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Ele é formado em biologia. Sim, BIOLOGIA! E você deve estar
se perguntando o que tem a ver um biólogo com tráfego pago e com
alavancagem de vendas pela internet. Bom, Nada. O que demonstra que
não ser formado em publicidade, marketing, propaganda e nada desse
nicho de marketing digital, não tem o menor problema. Você pode ter
um negócio e pode alavancar o faturamento dele com o tráfego pago,
independentemente da sua formação.

Lucas descobriu o tráfego pago em 2015, quando criou uma


empresa de alimentação saudável congelada. Na época, ele precisava
alavancar as vendas desse e-commerce porque ele não vendia em pontos
de venda como supermercados e em lojas de produtos naturais e o
objetivo era vender direto para o consumidor final.

Mas ele se deparou com o seguinte: não era só criar o site, a loja
on-line, que começaria a vender. Ele aprendeu que as pessoas precisam
descobrir que aquilo ali existe, precisa existir um fluxo de pessoas lá
dentro. E a partir daí Lucas começou a pesquisar sobre esse mundo digital
e como poderia alavancar as suas vendas, e descobriu o tráfego. Na época,
não tinha ninguém distribuindo conteúdo sobre tráfego pago. Então, ele
aprendeu na marra: aplicando na prática o que aprendia na teoria no
próprio negócio. E foi assim que começou a se desenvolver nessa área de
anúncios on-line.

Até que chegou o momento, em que, em 2017, fazendo uma pós-


graduação de empreendedorismo e inovação, Lucas conheceu uma
pessoa que tinha um e-commerce de moda feminina. Ele então ofereceu
a ela os serviços que fazia no seu próprio negócio, como anunciar dentro
do Facebook. Vale lembrar que naquele tempo nem tinha o Instagram
como posicionamento. Era só o Facebook mesmo. Ela topou e Lucas
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passou a ser o gestor de tráfego da loja dela - termo que na verdade
ainda nem existia - gestão de tráfego, gestor de tráfego, tráfego pago,
são expressões relativamente novas, que surgiram para melhor definir o
que antes era chamado de links patrocinados ou anúncios on-line. E aí
começou a dar muito certo. Lucas viu isso como uma boa oportunidade e
resolveu se profissionalizar nesse negócio.

Em 2019 mergulhou de cabeça 100% nesse mundo digital,


deixando para trás tudo que não se relacionava com tráfego pago. Naquele
momento, ele tinha saído de uma carteira de cinco clientes em meados
de 2018 para finalizar o ano com 20 clientes em sua carteira de gestão de
tráfego. Por isso, em 2019, quando começou a alavancar e viu que sozinho
não conseguiria mais absorver novos clientes, resolveu começar a montar
uma equipe. Hoje, Lucas tem uma agência com mais de 80 clientes, que
investem um milhão de reais por mês em tráfego pago em anúncios on-
line, e têm um faturamento mensal médio de 10 milhões de reais, ou seja,
um ROI médio de 10 vezes. Pela agência já passaram mais de 350 marcas
e só nos últimos 18 meses os clientes faturaram mais de 100 milhões de
reais. Esses são exemplos para você ver que também pode seguir por esse
caminho e alavancar as vendas do seu negócio.

Lucas tem na agência vários cases de sucesso de e-commerces que


começaram pequenos, com um faturamento muito baixo, e chegaram em
faturamentos de múltiplos seis dígitos e até mesmo de sete dígitos. Além
disso, em paralelo à agência, em meados de 2019 começou a distribuir
conteúdo na internet, ensinando as pessoas a fazerem exatamente o que
faz, desenvolvendo a sua metodologia, que é o método “Rei do Tráfego”.
São mais de três mil alunos com muitos resultados; mais de setenta deles
são gestores 5D, ou seja, um gestor de tráfego que presta serviço para
outras empresas, outros e-commerces, por exemplo, e faturam mais de
10 mil reais por mês na gestão de tráfego. Fora alunos que tem o próprio
e-commerce e conseguiram alavancar o faturamento do seu próprio
negócio.

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Gestão de tráfego para e-commerce é
essencial para você que deseja alavancar as
vendas do seu negócio por meio da internet.
Se você quer ser um gestor de tráfego ou tem
um negócio e quer alavancar as suas vendas,
nesse curso você vai aprender o que é tráfego
pago, como funciona, como desenvolver
estratégias e estruturas de campanha através
do Facebook Ads, além de aprender quais
são as fontes de tráfego pago que você pode
utilizar no seu negócio para alavancar o
faturamento do seu e-commerce.

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Para começar, você precisa entender primeiro o que que
é tráfego pago. Pense no tráfego rodoviário. É o deslocamento.
Um carro sai do ponto A e vai se deslocar até o ponto B. Isso
é tráfego.

A B

Tráfego é movimento. E o que é o tráfego pago? Nada


mais é do que você colocar dinheiro para fazer com que o
deslocamento funcione do jeito que você precisa e ser o
responsável por esse movimento.

Por exemplo, no tráfego rodoviário o que move o carro


de um ponto “A” para um ponto “B” é o combustível. Já
quando estamos falando sobre tráfego na web, os anúncios
on-line vão levar as pessoas aos pontos em que você quer
que elas cheguem; e o tráfego pago serve para fazer esse
movimento. Nele, o combustível seria o dinheiro que você
coloca para fazer com que a pessoa vá de um ponto “A” para
um ponto “B”. E como isso acontece?

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Vamos imaginar que uma pessoa está usando seu celular
para navegar nas redes sociais, e rolando o feed, ou passando
os stories ela vê um anúncio; e a partir daquele momento em
que ela viu o anúncio, ela clica ali no botão “saiba mais”, no
botão de “comprar agora”. E assim ela é deslocada daquele
ponto “A” em que ela está, para determinado ponto “B” -
que pode ser, por exemplo, o site do seu e-commerce ou do
e-commerce que você ainda vai criar ou o WhatsApp ou o
direct do Instagram.

Não é nenhum bicho de sete cabeças. É algo muito


simples: tráfego pago é um deslocamento que tem um custo
para acontecer. E o tráfego pago, não se esqueça, são os
anúncios on-line.

Basicamente existem dois mecanismos responsáveis


para que o tráfego pago ocorra - e apenas deixando claro
que você não faz tráfego pago, você compra tráfego. Tráfego
é pagar para que o deslocamento aconteça.

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E esses dois mecanismos de compra são:

COMPRA NO COMPRA POR


LEILÃO ALCANCE E FREQUÊNCIA

O que mais se utiliza é a compra pelo leilão. Porém,


antes vamos explicar como funciona a compra “secundária”,
que é a compra por alcance e frequência.

Quando você entra na fonte de tráfego específica


Facebook Ads, que é a que mais utilizamos hoje, existe a opção
da compra por alcance e frequência. E o que que significa essa
compra por alcance frequência? Você já reserva determinada
verba, um valor que você vai investir nos anúncios e compra
um espaço para aparecer previamente. Ou seja, o valor para
você anunciar varia de acordo com os dias, a quantidade de
anunciantes, com o seu público.

Quando você resolve fazer a compra por alcance e


frequência, você já garante que esse valor não vai mudar. Por
exemplo, uma das métricas principais que balizam o custo por
resultado que você vai ter, o CPM (custo por mil impressões),
quando você faz a compra por alcance e frequência o
Facebook já te fala de quanto vai ser esse valor, de acordo
com o tamanho do seu público, com o período que o seu
anúncio vai rodar e com a verba que você vai investir, você já
sabe quanto seu CPM vai custar. Vamos dar como exemplo R$
5. Esse valor não vai variar de acordo com o tempo; se você
está rodando ali sete dias, na segunda-feira ele vai custar
R$ 5, na terça também R$ 5, ele não vai passar disso e não
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vai ficar mais barato que isso. O CPM médio vai ficar sempre
o mesmo. Porém, essa forma de anunciar não é a que traz
melhor resultados em conversão.

A forma que mais traz resultado em conversão é a


compra dentro do leilão. E como que funciona a compra
dentro do leilão? O próprio Facebook, de acordo com todo o
ecossistema de tráfego de anúncios on-line ali dentro, define
o CPM de acordo com o seu público, com a verba que você
tem, e com a qualidade do seu anúncio; e faz isso de forma
automatizada, como se fosse mesmo um leilão. Em um leilão,
o item é anunciado e os lances vão subindo: alguém começa
com um lance de R$ 1 mil, outro aumenta para R$ 3 mil, dá R$
5 mil, e vai aumentando de acordo com o que o mercado está
pedindo, de acordo com a demanda e com a oferta. Então,
basicamente o leilão dentro do Facebook Ads, funciona da
mesma forma. O algoritmo do Facebook vai definir o preço
que você vai pagar e vai acabar automatizando esses lances.
E como a inteligência do algoritmo é muito maior do que a
nossa - porque ele tem dados de milhões de pessoas que
estão anunciando - a compra no formato de leilão funciona
muito melhor do que a compra de alcance e frequência.

Sempre quando tem muita demanda e a oferta é baixa,


o que acontece? O preço daquele negócio vai subir. E já que a
tráfego é deslocamento, nada melhor do que dar um exemplo
de tráfego rodoviário para deixar a ideia mais clara.

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Pensa em um dia de jogo de futebol. Um jogo no estádio
do Mineirão, em Belo Horizonte. Segunda-feira, dia normal, o
fluxo para chegar até o Mineirão é muito baixo, porque não tem
jogo acontecendo ali; não tem nenhuma disputa acontecendo
para a pessoa chegar primeiro dentro do Mineirão e pegar o
melhor assento ali. Já quando é dia de clássico, o que acontece?
No dia de jogo aquele fluxo para chegar no Mineirão fica muito
mais alto. Tem uma competição muito maior para chegar ali
no tempo e horário certo, e escolher o melhor lugar. Estamos
falando isso para você fazer uma analogia justamente com
o leilão. Porque a demanda vai ser muito maior que a oferta
no dia do jogo. Mas, onde entra o tráfego pago, que são os
anúncios on-line, nisso? Pensa o seguinte, você está dentro
do seu carro e precisa se movimentar para chegar dentro do
estádio do Mineirão.

Em dia de jogo temos um fluxo muito maior e várias


pessoas estão no trânsito, dentro dos seus carros parados,
durante um período muito grande para atingir aquele objetivo,
que é chegar ao Mineirão. O Mineirão é a pessoa que você
quer atingir com o seu anúncio; a pessoa que está lá do outro
lado, que está no ponto B.

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Quem vai dirigir o carro? Você, o gestor de tráfego. A
pessoa que vai ser responsável por criar os anúncios on-line.
O carro é o próprio anúncio, é o que a pessoa que está no
ponto B vai ver. E o que é responsável por movimentar esse
carro para chegar do ponto A para o ponto B é o combustível,
que, no caso do tráfego, é o dinheiro que você coloca no seu
anúncio para chegar dentro do Mineirão.

E aí, mais uma vez lembrando, demanda em dia de jogo


é muito mais alta. Você vai ter uma certa dificuldade, você
vai gastar mais tempo para chegar dentro do Mineirão. E a
mesma coisa ocorre com o tráfego pago nos anúncios on-
line quando tem muita demanda para atingir determinado
público; o custo para você atingir determinada pessoa, para
você comprar aquele resultado vai ficar mais alto. Assim, a
gente pode relacionar que o custo por resultado vai ficar
mais alto, com o tempo gasto pra chegar ao Mineirão. Quanto
maior é o tempo para chegar ao estádio, maior é o custo que
você vai ter para atingir aquela pessoa do seu público.

E como podemos ganhar esse leilão? Ganhar essa


competição e comprar aquele resultado, chegar na pessoa
certa para ela ver seu anúncio, ir para o seu site e fazer uma
compra? Tem basicamente três pilares responsáveis por você
ganhar no leilão:
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LANCE TAXA DE AÇÃO ESTIMADA QUALIDADE DO ANÚNCIO

Lance
Quanto mais você estiver disposto a gastar para atingir
determinado público, maior é a chance de você conseguir
aquele resultado. Lembra do leilão? Quem paga mais caro
pelo produto na hora do leilão é quem vai levar; quando o
martelo bater, pronto, vendido. Quanto mais dinheiro você
estiver disposto a investir no lance para comprar aquela
conversão, maior é a chance de você conseguir aquele
resultado e fazer com que uma compra ocorra no seu site. E
existem alguns formatos, algumas estratégias de lance que
podemos trabalhar dentro da ferramenta Facebook Ads, para
você conseguir se encaixar melhor dentro do leilão e ter um
melhor resultado.

As duas principais estratégias de lance, que obtêm mais


resultados são:
• a estratégia de limite de custo;
• e a estratégia de menor custo ou maior valor.

Na estratégia de limite de custo, você delimita na sua


fonte de tráfego - o Facebook Ads, por exemplo - quanto você
quer gastar. Assim, a plataforma sabe que você está disposto
a pagar para uma pessoa realizar uma conversão no seu site
até R$ 20, digamos.

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E aí o Facebook não vai pagar mais caro para comprar
aquela conversão, para você conseguir obter aquele resultado.

Vamos imaginar, por exemplo, que o Facebook está


distribuindo os seus anúncios e ele percebe que determinada
pessoa pode converter no seu site; porém para aquele anúncio
aparecer para essa determinada pessoa, ele teria que gastar
R$ 30. Só que você já estabeleceu que não pode gastar mais
de R$ 20 para comprar aquela conversão.

O que vai acontecer? Ele não vai distribuir o seu anúncio


para aquela pessoa, você não vai ter o seu resultado e a sua
verba não será gasta. Por isso, é necessário ter muito cuidado
ao utilizar a estratégia de limite de custo. Antes, você tem que
ter um histórico de resultado e um de gastos para conseguir
entender qual é o mínimo e o máximo que você pode pagar
para o Facebook comprar aquele resultado para você. Lógico
que todos gostariam de usar o limite de custo, pagar R$ 1
para comprar conversão, vender milhões e ficar milionário
do dia para a noite. Na teoria parece muito bom isso, muito
fácil. Só que na prática não acontece isso. Porque várias
pessoas estão anunciando ao mesmo tempo que você. Você
tem concorrência, pessoas tentando atingir o mesmo público
com vários outros anúncios. E tem pessoas dispostas a dar R$
30, R$ 50, e isso muda todo o cenário dentro do Facebook,
dentro do leilão.

Porque se você instrui o Facebook a gastar só R$ 1


para comprar aquela conversão, ele nem vai gastar sua verba,
porque a realidade de mercado ali dentro é diferente; se a
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média para comprar aquele resultado que você quer é R$ 30,
caso você não gaste o mesmo, não vai conseguir comprar
aquele resultado. Então a estratégia de lance de limite de
custo é válida, desde que você entenda seus números e
consiga encaixar isso dentro da realidade de mercado em que
você está testando os seus anúncios.

A outra estratégia é a de menor custo ou maior valor.


Ela é uma estratégia mais automatizada e a mais recomendada
principalmente para quem está começando, já que não vai ter
histórico para saber como utilizar o custo mínimo e máximo
para os lances. O Facebook automatiza o lance de acordo
com inúmeras variáveis para que você consiga comprar aquele
resultado, aparecer para aquela pessoa específica, para ela ir
até seu site e realizar uma compra, fazendo com que você
tenha um maior retorno sobre o investimento.

Taxa de ação
estimada
Segundo pilar de como você pode vencer no leilão. Ou
seja, ganhar de vários outros anunciantes que estão tentando
atingir aquela mesma pessoa e fazer com que ela converta
no seu site. O que é a taxa de ação estimada? É um cálculo
que o Facebook - que não revela como é feito - que consegue
“prever” se determinada pessoa tem o potencial de comprar
do seu negócio ou não. Ninguém sabe como esse cálculo é
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feito de fato, só que é de acordo com o algoritmo do Facebook,
que é uma inteligência artificial.

Qualidade do
anúncio
Quando você recebe um anúncio no seu feed ou nos
seus stories, por exemplo, e não se identifica com aquilo, não
está conversando com você, não é um produto que você quer,
não é um serviço que você quer, você achou aquele anúncio de
alguma forma abusivo, se você não gostou daquela oferta, você
pode optar por ocultar o anúncio. Isso interfere diretamente
na qualidade do seu anúncio, jogando a qualidade dele para
baixo, porque você provavelmente está direcionando para um
público que não é o seu, ou o seu criativo - o anúncio de
fato (o vídeo, a imagem, a legenda, que é a copy), não está
conversando com a sua audiência. E aí você começa a ter
feedbacks negativos no seu anúncio.

Da mesma forma, a pessoa vê o seu anúncio, entra na


publicação do anúncio e faz um comentário negativo. E isso
pode gerar uma onda de “hate”. Isso interfere negativamente
na qualidade do seu anúncio.

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Consequentemente, o seu custo por resultado vai
ficando mais caro. A ferramenta vai te prejudicando porque
você não está seguindo da melhor forma possível para atingir
a pessoa certa na hora certa. A qualidade do anúncio é um
pilar extremamente importante que pode impactar tanto
positivamente quanto negativamente no seu anúncio.

Então, você cumprindo esses três pilares da melhor


maneira possível, a chance de você ganhar no leilão, chegar
primeiro lá no Mineirão e escolher a melhor cadeira, é muito
maior.

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Agora que você já viu o que é tráfego pago e como ele
funciona, a lição é de que você pode aplicar isso em qualquer
negócio. Você pode aplicar na padaria que fica na esquina da
sua casa ou no restaurante do seu bairro; você pode investir
em tráfego pago para divulgar determinados serviços, como
banho e tosa em animais; para divulgar o seu infoproduto e
fazer a venda dele.

Porém, o nosso foco aqui é em tráfego pago para


e-commerce. E o que é de fato um e-commerce? O e-commerce
é uma loja virtual. É simplesmente um local onde a pessoa
pode entrar, ver tudo que você tem para oferecer e fazer uma
compra sem precisar do auxílio de um vendedor para realizar
aquela compra. Você entra ali dentro e tem várias opções de
produtos, de variedade e de tamanho, e você pode realizar a
compra diretamente sem um auxílio humano.

E ponto importante aqui: o e-commerce é a casa da sua


marca e é a melhor forma de você escalar as vendas dos seus
produtos físicos. Tem muita gente que começa vendendo
na internet apenas pelo WhatsApp e pelo Instagram, por
exemplo. Mas essa forma não é nem um pouco escalável
porque depende muito do atendimento humano. E todo
mundo tem 24 horas para resolver seus problemas. E você
não passa 24 horas trabalhando. Então, você tem um limite de
atendimento quando você está vendendo em sua loja física
ou pelo Instagram ou pelo WhatsApp. Já no e-commerce não,
ele está funcionando ali, trabalhando para você 24 horas por
dia, sete dias na semana.

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E tem muita gente que pensa que vender em Marketing
Places - como Mercado Livre, Shopee, Magazine Luiza - é ter
um e-commerce. Mas se formos analisar, isso não passa de
uma venda on-line de um produto físico, não é a sua marca
em um e-commerce. Quando você começa vendendo só em
Marketing Place, está construindo um negócio em terreno
alugado. Aquilo lá não é seu. Inclusive, a base dos clientes
que compram ali nem retorna para você e você não consegue
trabalhar ações para aumentar o LTV (Lifetime value) do seu
cliente - que é o tempo de vida que ele consome com a sua
marca.

Se você está começando uma venda on-line de um


produto físico, e está trabalhando só com marketing place,
não considere que você tem um e-commerce, porque o
e-commerce tem que ser a casa da sua marca. Você tem que
ter um próprio e-commerce, uma própria loja virtual.

Então, quais são e-commerces famosos que você


consegue entrar na internet e pesquisar hoje? A Amazon, por
exemplo, é um e-commerce. O Magazine Luiza também. E
ambos esses negócios trabalham com o esquema também de
você poder se tornar um afiliado e vender lá dentro.

Na próxima aula vamos falar sobre a relação da


pandemia e crescimento do e-commerce nos anos de 2020 e
2021.

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O mercado on-line cresceu absurdamente nos anos de
2020 e 2021 e continua crescendo. A pandemia acelerou esse
desenvolvimento em pelo menos cinco anos, então é como
se o ano de 2020 tivesse valido por cinco. Isso aconteceu
porque a forma de consumo mudou muito. As pessoas
tiveram que voltar seus olhos 100% para o on-line quando o
país inteiro estava em lockdown. Com os negócios fechados,
todos voltaram sua atenção para a televisão e para a tela do
celular. E isso muda a forma de consumo: onde antes você
podia comprar presencialmente, como no supermercado, não
dava mais para ir porque estava fechado e tinha que pedir on-
line.

O comportamento mudou e não há caminho de volta,


ele vai continuar mudando a cada dia que passa. E qual é a
relação do crescimento do e-commerce com a pandemia? A
necessidade de os negócios migrarem rapidamente do físico
para o on-line foi muito grande.

De uma hora pra outra, aquele negócio que faturava


X mil reais por mês passou a faturar zero porque teve que
fechar as portas. Então, os negócios tiveram que sair correndo
rápido para o digital e para ter uma presença digital. Porque
muita gente nem presença digital tinha, mal tinha um perfil
no Instagram, ou nem sabia o que era um e-commerce. E
aí eles tiveram que correr para criar a sua loja virtual. Esse
processo foi muito acelerado pela pandemia, justamente pela
necessidade de sobrevivência do negócio.

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Quem não se adaptou e não teve resiliência para
descobrir o digital, criando seu negócio nesse ambiente,
acabou fechando e falindo. Não há como negar o fato de
que a pandemia acelerou muito esse processo. E a forma de
consumo vai continuar mudando a cada dia que passa, vai
mudar ainda mais.

20 MILHÕES

DE NOVOS CONSUMIDORES FIZERAM UMA COMPRA ONLINE


PELA INTERNET PELA PRIMEIRA VEZ EM 2020.

Vinte milhões de novos consumidores fizeram uma


compra pela internet pela primeira vez no ano de 2020. Isso
é muita gente, quase 10% da população brasileira que nunca
tinha comprado on-line passou a comprar.

A compra on-line é muito mais prática, simples, fácil,


rápida e cômoda. Se cada uma daquelas vinte milhões de
pessoas que compraram on-line pela primeira vez, teve uma
boa experiência de compra, por que ela vai gastar uma hora
do dia dela para se deslocar num lugar físico e fazer a compra
daquele produto? Não vai.

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Digamos que você precise de um novo telefone e vá
presencialmente comprar, mesmo que a loja esteja vazia e os
vendedores disponíveis, todo o processo de comprar pode
levar até duas horas, muito mais do que os alguns minutos que
são necessários em uma compra on-line. Por essa dificuldade,
por essa lentidão, o consumo on-line vai aumentar cada dia
mais.
150 MIL
NOVAS LOJAS VIRTUAIS

ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO


2020 2020 2020 2020 2020 2020

300 MILHÕES + 126 BILHÕES


DE PEDIDOS ONLINE DE REAIS

2020 2020
Só de abril a setembro de 2020 foram criadas 150 mil
lojas virtuais, 150 mil novos e-commerces. E no ano de 2020
foram registrados mais de 300 milhões de pedidos on-line: um
faturamento de R$ 126 bilhões de reais. Esses números dão
uma ideia de como a pandemia acelerou todo esse processo
de crescimento. E reforçando aqui: a cada dia que passa mais
gente entra para o mundo digital e maior fica a concorrência.
E como diz o velho ditado, “quem chega primeiro, bebe água
limpa”. Então se você ainda não está com a sua loja virtual
rodando, não perca tempo e crie uma para ontem.
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Depois de ver sobre o crescimento do e-commerce na
pandemia, qual é a relação do tráfego pago com a alavancagem
das vendas on-line? Se você já está no mundo digital e tem
um perfil da sua empresa no Instagram, por exemplo, talvez
tenha percebido que a cada dia que passa o seu alcance
orgânico fica menor.

Os números de visualização dos stories fica menor, o


número do alcance do seu post diminui, você tem menos
curtidas, comentários, salvamentos e compartilhamentos.

A tendência de toda rede social é essa. Quando a rede


social é criada, lá no início, ela entrega muito organicamente,
para fazer com que a massa se interesse em utilizar a
plataforma. Aquilo lá tem que ser muito bom para ela, gerar
muita interação.

O problema é que, a partir da evolução dessas redes


sociais, elas precisam de alguma forma monetizar. Elas
precisam ganhar dinheiro para pagar seus investidores, por
exemplo. E é aí que entra o tráfego pago. 99% da fonte de
renda de uma plataforma como o Facebook Ads, vem dos
anúncios on-line. A tendência é essa, a rede social nascer
e entregar muito bem organicamente, praticamente 100%.
Alguns podem lembrar do Facebook há cinco anos, quando as
páginas tinham muita movimentação, muita gente comentava
e curtia.

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Hoje, se você for observar essas mesmas páginas
grandes, a interação é praticamente zero. Porque a entrega
da plataforma organicamente foi piorando. É a mesma
tendência do Instagram, que a cada dia que passa piora a
entrega orgânica.

Podemos ver isso na prática com o TikTok. Plataforma


relativamente nova, agora em outubro o TikTok liberou para
todo mundo poder anunciar lá dentro. Até outubro estava
meio limitado, não era todo mundo no Brasil e nem no mundo
que poderia anunciar. Mas, por enquanto, o TikTok tem uma
entrega orgânica muito boa porque é uma rede muito recente
- e nesse período a entrega vai ser sempre muito boa para
trazer pessoas para dentro da rede.

À medida que o tempo for passando, o custo para você


anunciar ali dentro vai subir e seu alcance orgânico diminuir,
ou seja, tudo para te obrigar a investir em anúncios on-line,
porque as marcas precisam sobreviver. O Facebook, o Google,
o TikTok e o Pinterest monetizam com os anúncios on-line
que os gestores de tráfego fazem dentro da plataforma.
Então eles te “obrigam” a criar anúncios on-line porque a sua
entrega orgânica está zerada.

Como você vai impactar novas pessoas? Ou até mesmo


as pessoas que te seguem organicamente? Não tem jeito.
Você tem que pagar para aparecer para elas. Você tem que
investir em tráfego pago.

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Se você começa um negócio do zero hoje, cria seu site,
seu perfil no Instagram e pronto, acha que vai vender muito
nesse mês e faturar bastante, dependendo só do orgânico,
pode esquecer essa ideia. Você não vai conseguir isso, porque
a entrega orgânica hoje é muito baixa. Quem está chegando
ao mercado hoje precisa do tráfego pago para acelerar o
resultado.

Vamos imaginar uma loja física que fica em um beco


sem saída. Quem passa por ali? Ninguém passa ali. Às vezes
é perigoso, pode ser que ninguém conheça aquela rua. Fato é
que ninguém vai entrar naquela loja. Agora imagine uma loja
dentro do shopping. Tem gente vendo aquela loja o tempo
inteiro. Então a chance de uma pessoa entrar lá é muito mais
alta. Quando você cria um negócio do zero, se você não
investe em tráfego pago, está criando a sua loja em um beco
sem saída, escuro e apertado. Ninguém vai chegar lá. Agora,
se você começa a investir em tráfego pago, é como se a sua
loja estivesse em um shopping. Vai passar muita gente na
frente daquela loja ali.

Então, você precisa investir em tráfego pago. Precisa


colocar gasolina, esse combustível que vai fazer as pessoas
se deslocarem do ponto A e chegarem ao ponto B - que é a
sua loja - para você conseguir de fato realizar as conversões e
aumentar o faturamento do seu negócio.

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E quais são os melhores lugares para você começar a
criar os seus anúncios on-line? Depois que você criou o seu
site e o seu Instagram, você precisa começar a anunciar.
Precisa comprar tráfego. E, antes disso, precisa saber quais
são as principais fontes de tráfego e qual a melhor para você
começar a criar os seus anúncios on-line.

As fontes de tráfego têm grandes diferenças entre elas.


O Facebook Ads é a principal rede onde quem tem loja virtual
anuncia hoje. Porque para quem está focado em e-commerce
a plataforma vira muito bem, traz muita conversão a um custo
mais baixo. Por exemplo, um e-commerce de moda feminina,
tem produtos muito visuais, a compra é muito por impulso,
a loja gera muito desejo, e preço médio do produto não é
tão alto. Então, no Facebook Ads, que engloba o Facebook e
o Instagram, esse tipo de negócio vira muito bem, porque a
pessoa está vendo ali um vídeo de um vestido, um carrossel
com produtos que ela já tinha interesse porque o anúncio foi
direcionado para ela. É muito visual e está com uma oferta
boa. Ela vai realizar a compra. O Facebook Ads é uma rede
de atração. As pessoas ficam atraídas por aquele produto. É
muito visual, por isso funciona muito bem.

Mas temos outras fontes de tráfego, como o Google


Ads. O Google Ads é uma rede de intenção. A pessoa vai ser
impactada quando for fazer uma pesquisa de um produto. Ela
já tem a intenção de realizar aquela compra.

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Mas vale abrir um parêntese aqui. Não, não funciona
só assim por pesquisa. Conseguimos fazer remarketing
lá dentro, entre outras estratégias. Mas tome como base o
Google Ads sendo uma rede primariamente de intenção. É
uma das maiores redes de pesquisa do mundo, não dá para
ignorar que a pessoa já tem intenção naquele produto.

Se você está começando do zero um e-commerce de


moda feminina, ninguém conhece sua marca, ninguém vai
ter intenção naquele seu produto. Provavelmente você não
vai conseguir um bom resultado no início no Google Ads. O
recomendado é começar, então, pelo Facebook Ads, porque
é uma plataforma mais fácil de aprender, visualmente melhor,
com um layout mais fácil e mais dinâmico. Além disso, é
possível começar a investir em anúncios on-line dentro do
Facebook Ads a partir de um dólar por dia. Digamos então -
arredondando o valor do dólar hoje - que com R$ 6 por dia
você consiga investir em tráfego pago para o seu negócio.

FACEBOOK ADS: GOOGLE ADS:


REDE DE ATRAÇÃO REDE DE INTENÇÃO

São as duas maiores fontes de tráfego utilizadas hoje


por agências e empresas. O investimento pode ser maior em
um ou em outro, mas não existe qual é o melhor. Depende
do seu nicho, do seu produto, da sua oferta. Pode ser que o
Facebook Ads desempenhe melhor para você, por isso que
a sua verba estará mais alocada lá; e a partir do momento
em que você perceber que o Google Ads está dando um ROI
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maior - que é um alto retorno sobre investimento, você pode
migrar um pouco da verba que tinha dentro do Facebook
para o Google.

Essas são as duas principais redes fontes de tráfego


que trabalhamos, porém tem a uma nova rede despontando:
a rede “da dancinha”, que é o TikTok, agora já liberada para
anúncio. Mas como é uma plataforma muito nova, o pixel do
TikTok não tem tanta inteligência, o algoritmo dele ainda não
consegue identificar os melhores compradores para o seu
negócio, porque passaram poucas pessoas fazendo o registro,
chegando no seu site, adicionando o produto ao carrinho e
finalizando a compra.

São poucos dados ainda para essa estrutura, essa


inteligência artificial dele, analisar, porém é um caminho
muito bom. Muitos consideram o TikTok como uma rede de
entretenimento e não de relacionamento, como o Instagram.
É quase como se fosse uma Netflix. A pessoa acessa e fica
em um looping, vendo as dancinhas, os vídeos por horas - e
achando que passou apenas 15 minutos. Por isso, pode ser
considerada uma rede de entretenimento.

Pode ser muito bom dependendo do nicho do seu


negócio. Outra rede que tem um bom potencial, é o Pinterest.
O Pinterest é legal porque é uma mescla de uma rede de
intenção e de atração, ele funciona muito visualmente, porém
é também um local de pesquisa. As pessoas se inspiram muito
dentro do Pinterest, é uma rede inspiracional.

33
Se você vai decorar a sua casa, o melhor lugar para você
achar algumas ideias e pegar alguns insights é o Pinterest;
se você vai fazer uma festa de casamento, você procura no
Pinterest... É uma mescla de intenção e atração, porém o
Pinterest não tem um volume muito grande de usuários pelo
mundo, é uma rede mais limitada, com um tamanho mais
limitado. Dependendo do seu nicho, do seu negócio, pode ser
muito bom para anunciar também.

Um ponto legal de comentar é o seguinte, como o


Facebook Ads é uma das redes de anúncios on-line mais
difundidas hoje - porque foi uma rede muito fácil de aprender
a trabalhar - as outras fontes de tráfego tentaram replicar o
layout da ferramenta da plataforma de anúncios. Então, se
você entrar no Facebook hoje e for para o Pinterest, o layout é
muito parecido. Os níveis de campanha, conjuntos de anúncio
e anúncios são muito parecidos. A própria nomenclatura dos
botões é parecida. No TikTok é a mesma coisa, a estrutura
e a interface é muito semelhante. E eles estão certos, foram
muito espertos. O Facebook Ads é muito utilizado, para
que criar uma ferramenta totalmente diferente e dificultar a
usabilidade para o usuário? Não faz sentido.

Então temos aí quatro redes de tráfego: duas principais,


Google Ads e Facebook Ads, e o Pinterest e o TikTok. Existem
outras inúmeras fontes de tráfego que não vamos falar aqui,
até porque não temos um retorno sobre o investimento que
justifique o investimento nessas redes, como por exemplo
Taboola e Outbrain, que são Native Ads.

34
Para o nosso negócio não faz muito sentido. Vai
começar do zero? Primeira fonte de tráfego para você criar
os seus anúncios e se familiarizar com esse mundo on-line é o
Facebook Ads.

35
36
Agora um passo muito importante é aprender a manejar
a ferramenta. Você tem que aprender a “apertar os botões”
ali dentro para poder criar os seus anúncios on-line. E agora
vamos ver o passo a passo para você criar o seu gerenciador
de negócios dentro do Facebook e criar o seu primeiro
anúncio on-line.

Acessando esse link aqui:

bussiness.facebook.com

Você consegue entrar no ambiente do gerenciador de


negócios. Ponto importante: se você já tem uma conta do
Facebook, você vai utilizar o seu e-mail e senha atuais para
entrar nesse ambiente do gerenciador de negócio.

Se você não tem nenhuma conta no Facebook, você


não tem um perfil pessoal, você tem que primeiro criar esse
perfil, para depois continuar esse passo a passo. Ao entrar
no gerenciador de negócios você vai ou cair na página inicial
dentro do gerenciador de negócios ou dentro do Facebook
Business Suite. Se você for direcionado para página do
Facebook Business Suite, você vai clicar em “todas as
ferramentas” e vai procurar a aba “gerenciador de anúncios”
ou “gerenciador de eventos”.
37
Se você clicou no gerenciador de anúncios você vai
ser direcionado provavelmente para uma tela de conta de
anúncio, mas o mais importante é ir novamente em “todas
as ferramentas”, no canto superior esquerdo, e depois ir em
“configurações do negócio”. Nesse local, vamos fazer toda a
nossa configuração inicial.

Existem alguns pré-requisitos para você subir um


anúncio on-line. Você precisa ter obrigatoriamente uma
página comercial no Facebook. Então, se você criou o seu
e-commerce e não criou uma página no Facebook, você precisa
dessa página comercial e precisa também criar a conta de
anúncio. Quando você cria o gerenciador de negócios, você
não criou uma ainda, você tem que entrar nele e criar a conta
de anúncio. O gerenciador de negócios é um ambiente, como
se fosse a sua empresa digital dentro do Facebook: ali dentro
tem todos os ativos. Você consegue adicionar novas pessoas,
limitar acessos, consegue ter várias contas de anúncio, várias
páginas, entre outros ativos.

38
Vamos ver agora a criação da página e criação de uma
conta de anúncio. Tudo dentro do Business Manager, que é
a mesma coisa que gerenciador de negócios. Lembrando
que dentro desse ambiente de negócios, dentro desse BM,
você pode ter vários colaboradores, várias pessoas que
podem realizar ações específicas em determinadas contas de
anúncios, páginas etc.

Mas, voltando aos pré-requisitos principais que você


precisa para poder criar o seu primeiro anúncio on-line,
você precisa criar a sua página. Se você não tem, vá até a
39
opção “página”, depois em “adicionar” e então em “criar
nova página”. Depois prossiga com o passo a passo que o
Facebook vai te dar, sem mistério, é bem tranquilo.

Outro detalhe importante: você precisa integrar o


Instagram dentro da página do Facebook, para poder utilizar
a criação de públicos personalizados do Instagram, utilizar a
sua audiência para os anúncios on-line e para posicionamento
de anúncio no Instagram (no feed, nos stories, nos reels).

Ponto a ser lembrado: a conta do seu Instagram, da


sua marca, precisa estar no modelo de conta comercial. Para
conectar seu perfil do Instagram com o Facebook, vá na sua
página do Facebook em “configurações” no canto inferior
esquerdo, você vai descer as opções até chegar em Instagram.

Chegando aqui vai ter um botão para você conectar o


seu Instagram comercial, depois simplesmente coloque o seu
login e a sua senha. Esse é o primeiro passo: ter uma página
no Facebook e atrelar essa página ao seu perfil comercial do
Instagram.

O segundo passo é criar uma conta de anúncio. Você


criou o seu BM, você fez o login dentro do seu ambiente
empresarial para poder anunciar, mas ainda não tem uma
conta de anúncio dentro do gerenciador de negócios, assim
como a página, ela é um ativo dentro do BM.

40
Você vai em “conta de anúncio” e depois “adicionar”.
São três opções, você vai em “criar uma nova conta de
anúncio”.

Dê um nome para a conta de anúncio, pode ser nome


da sua marca, por exemplo. Você tem que definir o fuso
horário, nem sempre ele vem com o fuso horário certo, então
você tem que selecionar o fuso horário América/São Paulo
GMT 3, porque senão você vai ter divergência em horários
41
de anúncios. Por exemplo, você programou um anúncio para
começar meio-dia, só que a sua conta estava configurada
em outro fuso horário. Então não vai ser veiculada a partir
do meio-dia no horário de Brasília. Você perde esse controle.
Então tem que estar no GMT 3 América/São Paulo.

O próximo item é a moeda, que é extremamente


importante. Pode ser que ela venha pré-selecionada como
peso argentino, mas tem que estar como BRL Real Brasileiro.
Porque se você seleciona outra moeda, você será cobrado
no seu cartão de crédito com o IOF. Você vai pagar imposto
em cima disso. Então, selecione real brasileiro. Não esqueça
desse detalhe. Depois é só seguir o processo, “avançar” e a
sua conta de anúncio, vai estar pronta, vai ter sido criada.

Vamos entrar agora na conta de anúncio. Você já vai ter


sido adicionado como pessoa automaticamente nela, porque
você é o dono do gerenciador de negócios, então você já cai
como pessoa para administrar essa conta. Outras pessoas
podem ter acesso a sua conta de anúncio, que você pode
acrescentar ao seu BM na parte de “pessoas”. Conta criada,
página criada, você vai abrir o gerenciador de anúncios, que
é o ambiente de fato onde podemos criar os nossos anúncios
on-line. E aqui temos que fazer algumas configurações, como
por exemplo, inserir forma de pagamento.

Lembrando da nossa analogia, você tem que colocar o


combustível ali. Tráfego pago é pago, porque você tem que
colocar dinheiro.

42
Você vai inserir a forma de pagamento, que pode ser
cartão de crédito ou boleto bancário e você vai adicionar
saldo ali dentro.

Para configurar, você vai no canto superior esquerdo,


em “cobrança” e abre essa aba porque você vai configurar as
informações de pagamento.

Com a aba “configurações de pagamento” aberta, você


vai no canto superior direito, e insere os dados de pagamento.
Você tem algumas opções para adicionar fundo, como, por
exemplo, usar um boleto: você paga um saldo já previsto - se
vai gastar R$ 1 mil no mês, você adiciona um boleto de R$ 1
mil.

43
Ou então simplesmente adiciona um cartão de crédito
como forma de pagamento, para ser cobrado à medida em
que você vai gastando com os anúncios. Não é cobrado de
uma vez os R$ 1 mil, isso é só no boleto, em que você define
um saldo a ser consumido em determinado período. O cartão
de crédito é diferente, o Facebook vai debitando aos poucos
de acordo com o histórico de gasto que você tem.

Se você nunca anunciou e selecionou um cartão de


crédito, ele vai fazer cobranças curtas, picadas. Gastou R$
50? Ele te cobra. Gastou R$ 75? Ele faz outra cobrança, e
assim por diante. Quando você tem um histórico de gastos
positivo, ele vai liberando um limite maior entre as cobranças
no seu cartão. Esse limite pode chegar até R$ 3 mil reais.

Logo embaixo dos dados do seu cartão você vai fazer


a configuração da sua empresa, para fins fiscais. O Facebook
vai te enviar uma nota fiscal dos gastos em anúncio que você
teve. Então, é importante você colocar seu CNPJ, endereço
etc. Faça isso mesmo que não tenha CNPJ ainda, coloque os
seus dados de pessoa física, coloque seu cartão pessoal, sem
problema.
44
Passamos então pelas principais etapas:
• Criação de página do Facebook;
• Criação de conta de anúncio e;
• Inserção de forma de pagamento.

Agora estamos prontos para criar os anúncios, que é o


vamos ver nas próximas aulas.

45
46
Antes de criarmos a primeira campanha, temos que
entender como funcionam os objetivos de campanha do
Facebook Ads. Os objetivos de campanha nada mais são do
que objetivos de marketing.

O que que você quer fazer com aquela sua campanha?


Você quer gerar alcance, reconhecimento de marca, ou você
quer ter envolvimento dentro do seu Instagram? Você quer
levar pessoas para o seu site, ou quer que as pessoas convertam
dentro dele? Todos esses são objetivos de marketing que
você tem que definir para o seu negócio antes de subir a sua
primeira campanha.

Afinal de contas, o tráfego pago é apenas um meio,


não é o fim. Dentro do Facebook temos vários objetivos de
campanha, e muita gente se engana achando que só o objetivo
de conversão é o que deve ser utilizado, já que todo mundo
quer vender. Certo? Errado. Antes de chegar a essa etapa
precisamos passar por um “funil de objetivos de campanha”,
que segue toda a lógica de um funil de vendas. As pessoas
têm níveis de consciência diferentes, temos que atuar com os
objetivos de campanha de forma diferente em cada nível em
que a pessoa se encontra. Se fosse para usarmos só objetivo
de campanha de conversão, o Facebook nem daria outras
opções de objetivos de campanha. E lá tem vários outros
objetivos além do de conversão, que a gente vai ver já, já.

Para isso, a gente tem que entender como funciona a


jornada do cliente.

47
JORNADA DO
CLIENTE:
1. DESCOBERTA
2. RECONHECIMENTO
3. CONSIDERAÇÃO
4. COMPRA
5. RETENÇÃO

Essa jornada é dividida basicamente em cinco etapas:


• Descoberta;
• Reconhecimento;
• Consideração;
• Compra e;
• Retenção.

E para cada etapa dessa jornada existe um objetivo de


campanha diferente. Os objetivos de campanha são divididos
em três grandes categorias, que seguem justamente a ideia
de um funil.

CATEGORIA DE
RECONHECIMENTO

CATEGORIA DE
CONSIDERAÇÃO

CATEGORIA DE
CONVERSÃO

48
O topo do funil é sempre mais amplo. Mais pessoas
chegam ali, um pouco menos de pessoas vão para a segunda
etapa, da consideração, e menos ainda chegam na conversão
de fato e realizam a compra. Isso faz muito sentido, pois você
nunca vai ter uma conversão de 100%. Isso aí é importante
porque, às vezes, você está levando 100 pessoas por dia
para o seu site e duas estão comprando. E tudo bem. É isso
mesmo, a taxa de conversão de 2% é uma taxa de conversão
legal. Mas temos que entender essa jornada e quais objetivos
de campanha devemos utilizar em quais momentos.

RECONHECIMENTO
OBJETIVO: ALCANCE E
RECONHECIMENTO DE MARCA

O topo do funil é a parte de reconhecimento. Os


objetivos que temos hoje dentro do Facebook Ads para
trabalhar topo de funil são os objetivos de alcance e
reconhecimento de marca. Vale ressaltar aqui que, nesse
momento, o Facebook já avisou que os objetivos de campanha
devem mudar, provavelmente no início de 2022.

Eles vão unificar alguns objetivos de campanha, mas


nada que mude o comportamento e a lógica do que estamos
apresentando aqui. Então, para topo de funil use campanhas
de alcance e reconhecimento de marca. Essas campanhas
são para quando você quer alcançar mais pessoas, o objetivo
delas é esse. Isso significa que você vai “imprimir” o seu
anúncio para mais pessoas. Com um custo X diário - de R$
10, por exemplo - a campanha com o objetivo de alcance vai
49
alcançar muito mais pessoas com esse valor do que em uma
campanha com objetivo de tráfego ou objetivo de conversão.

E é aí que você vai usar campanha de alcance: quando


você quiser alcançar mais pessoas com uma verba X. Essas
pessoas provavelmente não vão clicar no seu anúncio para ir
para o seu site e nem vão converter lá. Porque esse não é o
objetivo da campanha. O algoritmo sabe definir exatamente
para quem ele deve mostrar aquele anúncio, qual é o nível/
estágio daquela pessoa naquele momento. E para essas
campanhas o ideal é sempre tentar atingir um público novo,
que é o chamado “público frio”, que não conhece a sua
marca. E aí a gente vai para a segunda etapa.

RECONHECIMENTO
OBJETIVO: ALCANCE E
RECONHECIMENTO DE MARCA

CONSIDERAÇÃO
CAMPANHAS DE TRÁFEGO,
CAMPANHAS DE ENVOLVIMENTO
E DE VISUALIZAÇÃO DE VÍDEO

A segunda etapa, nas grandes categorias, é a etapa da


consideração, o meio do funil. E os objetivos de campanha de
meio do funil são a campanha de tráfego, que são campanhas
que deslocam a pessoa do ponto A para o ponto B, levam até
o site, por exemplo; campanhas de envolvimento e campanhas
de vídeo.
50
Nessa etapa da consideração, a pessoa que vai receber
aquele anúncio já sabe que tem um problema ou um desejo.
O desejo do produto que você vende já foi gerado nela, ela já
tem um nível de consciência mais alto e começa a considerar
comprar de você. Ela já conheceu a sua marca naquele
momento e vai começar a analisar quais são os benefícios de
comprar com você ou não. Nesse momento já podemos utilizar
os “públicos quentes ou mornos”, que são pessoas que já te
conhecem dentro de um determinado período de tempo, que
chegaram ao seu site, visitaram seu Instagram, interagiram
com algum vídeo, interagiram com algum anúncio. Você vai
mostrar para ela um conteúdo de valor, para tentar quebrar a
objeção dela.

RECONHECIMENTO
OBJETIVO: ALCANCE E
RECONHECIMENTO DE MARCA

CONSIDERAÇÃO
CAMPANHAS DE TRÁFEGO,
CAMPANHAS DE ENVOLVIMENTO
E DE VISUALIZAÇÃO DE VÍDEO

CONVERSÃO
OBJETIVOS: CONVERSÃO
E VENDA DO CATÁLOGO

E agora vamos para a terceira etapa, que é a etapa do fim


do funil, que é quando temos a conversão. É onde chegamos
ao nosso objetivo final: fazer a venda para aquela pessoa.
Temos dois grandes objetivos de campanha para essa etapa,
que são os “objetivos de conversão” e “vendas de catálogo”.
Nesses objetivos, o algoritmo vai procurar a pessoa que está
mais propensa naquele momento a realizar uma compra com
você.
51
Esse é o funil de objetivos de campanha, também
conhecida como “metodologia de foca” (funil de objetivos
de campanha). Ela foi desenvolvida justamente para corrigir
erros, baseada em campanhas fracassadas, como uma
campanha de conversão para compra que em um primeiro
momento não dava resultado. Porque aquela marca não era
conhecida por ninguém.

Então fazia sentido usar o objetivo de campanha, o


objetivo de marketing, de acordo com o funil de vendas. Além
disso, um e-commerce que começa do zero tem o pixel do
Facebook instalado, mas sem muita inteligência, porque ele
não recebeu o tráfego, ele está zerado; então nesse momento
não conseguimos otimizar as campanhas de conversão para
compra.

Por isso a “metodologia foca”, para você passar por


essas etapas do funil e conseguir um melhor resultado para o
e-commerce.

52
53
O segundo passo depois de entender os objetivos de
campanha é entender o segundo nível que temos dentro da
nossa conta de anúncio, que são os conjuntos de anúncio,
onde definimos os públicos: quem queremos atingir com
aquele anúncio que vamos criar. E temos basicamente três
tipos de públicos dentro do Facebook Ads para trabalhar:

PÚBLICOS PÚBLICOS DE PÚBLICOS


PERSONALIZADOS INTERESSE SEMELHANTES
Públicos Quentes, Públicos que a gente Público Lookalike
Públicos de Remarketing procura interesse dentro
do Facebook

Vamos falar agora como criar e descobrir esses públicos


para aplicarmos nas nossas campanhas. Dentro do ambiente
da conta de anúncio, no canto superior esquerdo , em
“todas as ferramentas”, vamos achar uma aba de “públicos”.
Clique e você estará no ambiente onde vê todos os públicos
que você já havia criado e o que você quer criar. Então, vamos
mostrar aqui o passo a passo para você criar os três tipos de
públicos. Primeiro você vai em .

Vamos começar pelo público personalizado. Público


personalizado é um público que já teve contato com você em
algum momento.
54
Se você está começando do zero, obviamente você
não vai ter público personalizado. Você já pode até deixar
ele criado aqui, que ele vai sendo “populado” com o passar
do tempo, com o passar do tráfego que você está gerando.
Mas se você começou seu e-commerce hoje, o público
personalizado não vai ter ninguém. Então, se você criar um
anúncio e veicular para essas pessoas, provavelmente vai
gastar zero reais, porque não tem ninguém ali dentro.

Público personalizado é um público de remarketing, de


quem já teve um contato com você. Tem algumas formas de
criar o público personalizado. Pode ser através do “público
do site”, que é um público das pessoas que passaram pelo
seu site e realizaram algumas ações.

55
São várias as ações que podemos traquear. Você pode
escolher, por exemplo:

PESSOAS QUE SÓ VISITARAM O SITE

PESSOAS QUE VISITARAM PÁGINAS DE PRODUTOS ESPECÍFICOS

PESSOAS QUE ADICIONARAM PRODUTO AO CARRINHO

PESSOAS QUE INICIARAM FINALIZAÇÃO DE COMPRA

PESSOAS QUE FIZERAM UMA COMPRA DE FATO

Você consegue criar públicos específicos e veicular


anúncios direcionados para eles em determinados
momentos. Por exemplo, para pessoas que nos últimos sete
dias adicionaram o produto ao carrinho, mas não realizaram
uma compra. Você cria esse público e direciona um anúncio
específico para ele de promoção, algo como: “estou te
lembrando que você deixou um produto no seu carrinho,
finalize a sua compra agora e ganhe 5% de desconto”.

Dentro dos públicos personalizados, dá para criar um


público os contatos de uma lista de clientes. Vamos supor que
no seu e-commerce, mil pessoas já compraram de você. Você
vai fazer o download dessa lista do seu site e vai importá-
la para dentro do Facebook. Assim, você consegue impactar
novamente essas pessoas com novas ações por meio dos
seus anúncios.

56
Outra forma de criar público é a partir da sua conta
do Instagram e página do Facebook. Você pode escolher
impactar pessoas que visitaram o seu perfil nos últimos 30
dias ou pessoas que apenas salvaram alguma publicação
nos últimos 365 dias. Aliás, um ano é o máximo de prazo
que podemos estabelecer dentro do público de perfil de
Instagram: podemos ir de zero até 365 dias. Não é possível
pegar retroativo além desses 365 dias.

Conseguimos selecionar várias outras formas de


segmentação, como, criar um público só de quem enviou uma
mensagem nos últimos 90 dias. Ou ainda de pessoas que
engajaram com qualquer publicação, ou que apenas tenham
visitado seu perfil do Instagram. Você também pode combinar
mais de uma ação para criar esse público.
57
A próxima etapa é dar um nome para o seu público.
Nomeie de forma a conseguir identificar de maneira fácil de
que público se trata. Se selecionou pessoas que enviaram
mensagem para a conta, pode colocar uma abreviação
de Instagram, mensagem, o período de retenção que você
selecionou e a data de criação do público: IG MENSAGEM 90
DIAS 01/01/22.

Depois da nomenclatura, clique em criar público.


Depois de cerca de 30 minutos a 1 hora o seu público vai estar
preenchido e pronto para usar. Essas são algumas formas de
criar um público personalizado, que é um público quente de
remarketing.

E temos outra opção, a de público semelhante, que é o


famoso público “look alike”.

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O público semelhante é criado pela inteligência artificial
do Facebook, de acordo com interesses, comportamentos e
dados demográficos das pessoas que utilizam a plataforma. Ele
é criado a partir de um público matriz que é, obrigatoriamente,
um público personalizado.

Então, você só cria um público semelhante, um “look


alike”, a partir de um público personalizado. Você pode criar
um público semelhante a partir do público anterior que
demos de exemplo: pessoas que enviaram mensagem para
o seu Instagram nos últimos 90 dias. E o que é exatamente
esse público semelhante? O Facebook vai pegar pessoas
dentro do universo dele em percentuais que variam de 1 até
10% de semelhança. Sendo que quanto mais próximo de um,
mais semelhante é aquele público que ele vai atingir do meu
público matriz.

E aí ele vai ter um tamanho médio de cerca de um


milhão de pessoas. Ele vai pegar novas pessoas, um público
frio de acordo com a semelhança que eles têm com o seu
público personalizado. Quanto mais próximo de um, mais
qualificado, mais semelhante ele tende a ser do seu público
matriz e quanto mais próximo de dez menos semelhante ele
tende a ser, porém o universo de amostragem de pessoas que
ele vai pegar vai ser muito maior.

PÚBLICO MAIS
QUALIFICADO, PÚBLICO MENOS
PÚBLICO MAIS 1% 10% SEMELHANTE
SEMELHANTE

59
No look alike de 1% tem cerca de um milhão de pessoas,
no look alike de 10% tem cerca de dez milhões de pessoas,
e aí você consegue expandir a sua atuação para públicos
que têm um potencial de conversão melhor. Se o seu público
personalizado está convertendo bem, você pode criar um look
alike dele de 1%, 5%, 10% e testar para ver se vai conseguir
uma conversão tão boa quanto ou próxima daquilo.

Além disso temos os públicos de interesse. O Facebook


dá o nome também de público salvo.

Dentro das configurações você consegue fazer a


segmentação de idade, por exemplo. Vamos voltar no nosso
exemplo de e-commerce de moda feminina; você pode
segmentar seu público de acordo com a sua persona - digamos
que seu público-alvo são mulheres de 18 a 34 anos - então
60
você coloca esses dados e vai restringindo o seu público.
A próxima seção você vai preencher com os interesses, é a
parte do direcionamento detalhado, onde você vai buscar
interesses e comportamentos que têm relação com o público
que quer atingir.

Então, pensando em uma mulher de 18 a 34 anos, que


é consumidora de um e-commerce de moda feminina, quais
os interesses que você pode procurar? Pode ser, por exemplo,
“compras e modas”; faz sentido ser um interesse desse
público-alvo. Uma outra opção pode ser uma peça específica,
como “vestidos”. É possível encontrar esse interesse dentro
do Facebook. E aí ele começa até a fazer sugestões com base
no que você já procurou. Como vestuário pode fazer sentido,
ele sugere saias, blusa, calça e por aí vai.

Dessa forma, você direciona para qual público vai


aparecer os seus anúncios. Esses são os interesses. E você
consegue fazer tanto exclusão de público como limitação.
Você colocou todos esses interesses que demos de exemplo:
vestido, blusa, calça, compras e moda; quando você faz isso
e coloca vários interesses em conjunto, está dizendo ao
Facebook que quer pessoas que tenham interesse em vestidos
ou blusa ou calça, e ele aumenta o tamanho do seu público.

61
Agora, quando você faz uma limitação de público, diz
para o Facebook que as pessoas têm que ter interesse em
todas essas coisas que você colocou e também por tatuagem.
Ou seja, você não vai aparecer para pessoas que não tenham
aquele interesse em tatuagem nesse momento, porque já está
segmentado. As pessoas têm que ter interesse em vestidos e
interesse em tatuagem.

E você também consegue fazer exclusão. Seguindo o


nosso exemplo, você vai aparecer para essas pessoas que tem
interesses que selecionamos e em tatuagem, só que essas
pessoas não podem ter interesse nenhum, por exemplo, em
futebol. Essa mulher de 18 a 34 anos não gosta nenhum pouco
de futebol. E aí você pode excluir esse interesse.
62
O Facebook, então, com base em tudo o que ele traqueia
e rastreia dos usuários - a partir do momento que você entra
no Facebook, cria seu login e senha, começa a interagir com
outras pessoas e começa a curtir páginas - ele sabe tudo que
você está fazendo. Ele sabe a sua idade, onde você mora, o que
que você tem interesse, quais são os seus comportamentos.
Você não vai estar em um único interesse, você pode estar em
vários interesses, em vários comportamentos.

Essas são as três formas de criar públicos dentro do


Facebook Ads: público semelhante, que é o público look
alike, público personalizado, que é um público quente de
remarketing e os públicos de interesses, que são definidos no
direcionamento detalhado.

63
64
Agora vamos para o terceiro e último nível que temos
dentro de uma conta de anúncio, que são os anúncios em
si, o que de fato a pessoa vai receber na tela do celular dela.
Existem tipos diferentes de anúncios que podemos trabalhar
dentro de um e-commerce. Essa parte é extremamente
importante, porque o anúncio muda muito o resultado do
tráfego que você está comprando.

Um bom anúncio vai te trazer um custo por clique menor,


um CTR maior, taxa de clique maior e, consequentemente,
você vai ter mais pessoas acessando o seu site a um custo mais
baixo. Além disso, mais pessoas converterão ali, aumentando
o seu ROI, o retorno sobre o investimento.

Por isso, é extremamente importante você testar novos


anúncios em formatos diferentes, para conseguir quebrar o
padrão. Quando o seu anúncio fica aparecendo para aquela
pessoa por muito tempo, ela acaba cansando. Existe uma
fadiga de criativo. Quando a veiculação aumenta muito a
frequência para determinado público o seu resultado começa
a cair. E aí você tem que testar e validar novos criativos.

Um dos criativos com maior sucesso é o de carrossel,


em que você consegue inserir várias imagens de produtos
dentro de um único anúncio específico, só para stories ou só
para reels. Há ainda a imagem única, o criativo de catálogo,
que puxa automaticamente produtos que estão ativos no seu
site.

65
Lembrando sempre que o objetivo maior é um bom
retorno de investimento, o chamado “ROI no talo”, quando
você ganha até quinze vezes o valor investido, ou seja, investe,
por exemplo, R$ 3.500 e fatura R$ 56 mil.

Mas o que importa agora são os anúncios. São várias


opções de criativos que você pode trabalhar dentro de um
e-commerce. O anúncio de carrossel, que já mencionamos,
é um deles. Você tem várias imagens, de diversos produtos,
inclusive com a possibilidade de colocar o link para o site em
cada produto ali dentro. Então, a pessoa que vê o cartão um
do carrossel e clica nele, vai direto para o produto que ela viu.
A pessoa que vê o cartão dois no carrossel e clica “no saiba
mais” ou “comprar agora” vai ser direcionada para o produto
dois, e por aí vai. Esse é um nível dos anúncios em que você
escolhe de fato o que quer que aquele possível cliente veja do
outro lado da tela.

Você precisa selecionar a sua página do Facebook, a


sua página do Instagram para veicular seus anúncios através
delas. Lembrando que o BM pode ter como ativos várias
páginas do Facebook; você tem, então, que selecionar a
página da sua marca. Depois você escolhe os formatos de
anúncio.

66
Basicamente são três formatos: imagem única ou vídeo
único, carrossel de produtos (você consegue colocar até dez
imagens ou até dez vídeos dentro dele) e o formato coleção
(que puxa os produtos a partir do seu site).

Selecionado o formato, você pode ver uma prévia


dentro do Instagram, de como o anúncio vai ficar e simular
como a pessoa vai receber o anúncio exatamente.
67
Geralmente embaixo fica alguma frase como “comprar
agora”, que é o CTA. O que é o CTA? É uma parte muito
importante de um anúncio, que é a chamada para a ação.
Você está chamando a pessoa para realizar uma ação dentro
do seu site. Poderia ter outra opção, como, por exemplo,
“saiba mais”. Só que o seu objetivo não é que a pessoa só
saiba mais. Você quer que ela compre. Então, você vai dar o
comando da ação que quer que ela faça dentro do seu eu site,
que é o “comprar agora”.

Você insere as imagens e/ou vídeos, o link para a pessoa


ir para o ponto B - para o site -, e a legenda, o texto principal,
o que a pessoa vai ter para ler;

Você coloca ali as principais informações que a pessoa


precisa saber para gerar mais desejo nela de ir até o site e
realizar a ação de conversão.

Um ponto importante de comentar é que você tem que


estar atento aos movimentos de mercado nas redes sociais.
Hoje, por exemplo, o TikTok está bombando muito; cada dia
que você entra lá tem uma música, uma dancinha em alta. Sabe
o que você faz? Pega essa dancinha em alta e modela para
dentro do seu negócio. Faz um criativo com as músicas que
estão em alta hoje. Porque assim você vai conseguir prender
muita atenção da pessoa que está ali, e vai gerar muito desejo
nela.
68
É bem mais provável que a pessoa clique no seu anúncio
e vá para o seu site com um criativo que gera mais curiosidade,
que retém mais atenção dela. Esse é um exemplo de criativo
que funciona muito bem.

O que dá para fazer também para melhorar o resultado?


Ou para testar de forma diferente? Você pode colocar algum
texto no vídeo, como os nomes das peças e no final colocar
um “clique aqui no botão e conheça o site”.

Mas o padrão que funciona muito bem para e-commerce


são os carrosséis, porque dão uma variedade maior de opções
para a pessoa ter o desejo despertado ali, curiosidade de ver
a oferta dentro do site. Quando é uma única imagem, ela vai
ver um único produto, e no carrossel você consegue colocar
até dez produtos. E o vídeo é uma parada mais dinâmica, com
mais movimento, é mais legal, retém mais atenção. E é muito
bom para testar também nos stories e no posicionamento de
reels.

Então, temos como predominantes os carrosséis e os


vídeos. Você consegue puxar um criativo direto do Instagram
da marca ou do Facebook e usá-lo como anúncio - não criar
uma publicação nova, mas usar uma existente.

69
Porém, quando você faz isso não consegue mexer na
legenda, então esse é um ponto importante que você tem
que ficar atento. Outro ponto que merece atenção é quando
pausar um anúncio, mesmo que ele tenha bons resultados.

Digamos que você tenha um anúncio de catálogo que


teve ao longo da vida dele 577 conversões de compra, a um
custo por compra de R$ 4,50, gerando um retorno de R$ 159
mil cinquenta de faturamento. Ou seja, um retorno sobre o
investimento de 60 vezes. Com tamanho sucesso, por que
esse anúncio estaria desativado? Porque um anúncio não vai
rodar tão bem para sempre. De uma forma ou de outra ele vai
perdendo a performance ao longo do tempo e não faz sentido
mais manter aquele anúncio ali. Você precisa observar isso
constantemente, de sete em sete dias é um período ideal para
você ficar testando novos criativos, porque eventualmente
um negócio que está bom não vai ficar bom para sempre.

Voltando a falar dos formatos, vamos nos aprofundar


um pouco mais no formato de catálogo de produtos.

70
Esse criativo de catálogo você não consegue escolher
a opção da imagem, ele puxa automaticamente o arquivo do
seu site que está nas configurações de venda de catálogo,
mas você pode configurar a legenda. Esse tipo de criativo é
muito usado para remarketing, justamente usando a legenda,
com textos como:

Você está atingindo só as pessoas de acordo com a


sua segmentação de público, nos conjuntos de anúncio, só
as pessoas que adicionaram o produto ao carrinho e não
compraram. E aí você apareceu de novo para elas com um
copy mais atrativo, de acordo com o comportamento que ela
teve dentro do site.

Esse anúncio de venda de catálogo vai aparecer com


os produtos que aquela pessoa pesquisou dentro do seu site,
adicionou ao carrinho e produtos semelhantes. Então, é um
anúncio que funciona muito bem. Com certeza você mesmo
já foi impactado por esse tipo de anúncio: entrou em um
site grande, como a Netshoes, por exemplo, pesquisou um
tênis de corrida, saiu do site, entrou no Instagram, e em 5
minutos começou a aparecer anúncios daquele exato tênis,
porque você não comprou. Esse é o Remarketing Dinâmico, e
funciona também muito bem para e-commerce.

71
Esses são os principais tipos de criativo que tem bom
potencial de conversão para o seu E-commerce.

72
73
Agora, para você que está começando do zero, quais
são os tipos de campanha ideais que você tem que trabalhar
dentro do tráfego pago? Não existe uma fórmula mágica, mas
sim algumas opções que podem ser um start legal para você
começar a fazer os seus anúncios para o seu E-commerce. A
primeira opção é:

CAMPANHA DE VISITA
AO PERFIL E VENDA
NO 1 A 1
Nesses tipos de campanha você não vai gerar tráfego
para o site, de fato, nesse primeiro momento. Esse é um tipo
de campanha que pode ajudar quem no momento está sem
verba para investir ou tem uma verba muito baixa. Se você tem
R$ 6 por dia só para investir, que é o mínimo, é recomendado
começar com esse tipo de campanha.

Porque, para fazer a outra etapa que vamos sugerir


dentro do seu e-commerce você precisa de um mínimo de R$
1 mil no mês, cerca de R$ 33 por dia.

O que é essa campanha de visita ao perfil? Vários


gestores de tráfego não gostam do famoso “botão promover”
ou “turbinar publicação” que vemos no Instagram. Dentro do
aplicativo tem, no feed, a opção de promover ou turbinar a
publicação. Essa forma de impulsionar e criar os seus anúncios
74
on-line não é a melhor opção porque é super limitada. Ela
não é como o gerenciador de anúncios, em que você tem
diversas segmentações para trabalhar. Porém, ela serve para
um único objetivo, e para quem está começando vale a pena,
traz bastante crescimento para o perfil.

Você vai turbinar as suas melhores publicações - ou


impulsionar, ou promover, chame da forma como quiser
- e vai criar os seus anúncios on-line pelo botão promover.
Lembrando que, tem que ser um bom anúncio, com um bom
criativo. O objetivo desse anúncio é trazer as pessoas para
visitarem o seu Instagram nesse primeiro momento, porque
ele é uma rede de relacionamento e engajamento, então as
pessoas querem conversar umas com as outras.

Esse objetivo de campanha, quando você cria pelo botão


de promover, vai gerar um tráfego para dentro do seu perfil,
as pessoas vão começar a interagir com você e vão começar
a te mandar mensagem, e aí é um ponto muito legal, porque
você consegue criar um relacionamento e fazer essa venda
“no um a um”. Então, em um primeiro momento, se você não
tem muita verba para investir, pode começar fazendo isso, até
para se capitalizar, e, aí sim, ir para o gerenciador de anúncios
e subir as campanhas de forma ideal.

E aqui vai o exemplo de uma campanha de tráfego


para o site respeitando as etapas do funil. O cronograma é
dividido em quatro semanas; ao longo de um mês você vai ter
R$ 1 mil, em cada semana você vai gastar R$ 250 para rodar
os anúncios. Os objetivos de campanha respeitam o funil de
75
objetivos de campanha, a jornada de consciência do cliente
(reconhecimento, consideração e conversão).

Na semana 1, você vai ter três objetivos de campanha;


de alcance, de visualização de vídeo e de tráfego, para fazer
essa máquina de topo de funil começar a rodar.

ALCANCE VISUALIZAÇÃO TRÁFEGO


DE VÍDEO

60% 20% 20%

Então, você vai usar 60% da verba em uma campanha


de alcance; você vai utilizar 20% da verba em visualização
de vídeo e os 20% restantes em tráfego. Você vai alcançar
pessoas em níveis de consciência e objetivos de campanha
diferentes. Muita gente vai receber anúncio da sua marca nas
campanhas de alcance, isso vai aumentar o reconhecimento.
Muita gente vai interagir com um vídeo seu (vale reforçar que
tem que ser um vídeo bom, um criativo para chamar e reter
atenção). E o engajamento com o vídeo, inclusive, pode ajudar
a formar um público depois, específico de quem visualizou o
vídeo.

76
Inclusive, na campanha de alcance você pode usar o
mesmo vídeo que for usar na campanha de visualização de
vídeo. E, por último, uma campanha de tráfego. Porque para
começar a mandar gente para o seu site, tirar pessoas do ponto
A e mandar para o ponto B, você vai começar a popular seu
pixel com pessoas que têm determinados comportamentos.
Essa é a semana 1.

Na semana 2 você vai mudar um pouco os seus


objetivos de campanha. Vai manter os três, porém vai alterar
o investimento que está alocando neles: vai diminuir a verba
em alcance e em visualização de vídeo e vai subir a verba
no tráfego, para começar a aumentar ainda mais o fluxo de
pessoas que você está mandando para dentro dele, afinal, o
objetivo é que você consiga bastante tráfego qualificado para
fazer a venda direto no seu site, e não ter que ficar fazendo
aquela venda no um a um que demanda um esforço humano
muito grande e você não consegue escalar.

Na semana 3 o cenário já muda bastante. Você


diminui ainda mais a verba nas campanhas de alcance e
nas campanhas de visualização de vídeo e surge com um
outro objetivo de campanha, que é o objetivo de conversão,
onde você vai alocar 60% da verba. E aí você pode utilizar o
objetivo de conversão com o evento otimizado para “page
view”, “view content”, por exemplo, ou até mesmo o “adição
ao carrinho”, que é um evento mais qualificado, em que o
Facebook acha pessoas que tenham comportamentos de
adicionar produto ao carrinho. É um evento que custa um
pouco mais caro do que se você fosse comprar apenas uma
77
conversão para a pessoa chegar na home do seu site, mas em
compensação vai trazer um tráfego mais qualificado, porque
terão pessoas chegando no seu site e adicionando produto
ao carrinho.

E vamos para a semana 4, em que você foca a maior


parte do esforço nas campanhas de conversão, cortando a
campanha de alcance e mantendo um pouco da campanha
de visualização de vídeo. Isso é para gerar engajamento e
envolvimento, criando um público de remarketing, para você
utilizar, inclusive, na campanha de conversão.

Você não só vai utilizar esse público quente de


remarketing - de quem viu o vídeo e seus anúncios nessas
últimas três semanas - como também vai utilizar públicos
frios de interesse e look alike. Aqui você dá o foco maior
nas campanhas de conversão para adição ao carrinho, que
é o evento recomendado para você popular o pixel com um
evento ainda mais qualificado. Você vai usar 80% da sua
verba nesse objetivo de campanha.

E passando por essas quatro semanas o seu site já vai


ter acumulado um volume de dados mais relevante, o seu pixel
vai começar a acumular mais inteligência, e aí o algoritmo
vai começar a otimizar as suas campanhas da melhor forma
e consequentemente vai começar a reduzir o seu custo por
aquisição ou o seu custo por venda. O seu custo por resultado
tende a ficar mais baixo e você começa a ter um retorno sobre
o investimento maior nas suas campanhas de conversão.

78
79
Nessa aula, vamos ver os tipos e estruturas de
campanha para você alavancar o seu e-commerce. Um ponto
extremamente importante é o seguinte: estrutura de tráfego
não é uma formação de time de futebol, ela pode mudar
constantemente.

Dito isso, vamos falar aqui de alguns modelos de


estrutura de campanha, mas não tenha isso travado na sua
cabeça, você pode mexer nessas estruturas que vamos usar
de exemplos. De qualquer forma, pode ser um ponto inicial,
um start legal para você poder replicar no seu negócio.

Tudo é teste, tráfego é teste. Até mesmo quando você


está acertando nas suas campanhas, que estão trazendo
um bom retorno sobre o investimento, você está testando.
Porque eventualmente essa campanha não vai funcionar mais
tão bem, a campanha perde desempenho, perde performance
ao longo do tempo e você tem que continuar testando outras
campanhas, outros conjuntos de anúncios e outros anúncios.
Mantenha em mente que tráfego é teste. 100% do tempo você
está testando. Até quando você acerta, você erra.

Essa estrutura 3X3X3 necessita de um pouco de verba


diária a mais do que o recomendado inicial, que era de R$ 1
mil por mês ou R$ 30 por dia. Nunca teste um conjunto de
anúncio em público com menos do que R$ 10 por dia. Porque
tráfego é compra de dados. Você precisa entregar para a
plataforma dados para que o algoritmo consiga entender
como te ajudar a otimizar aquilo da melhor maneira. Quando
você pulveriza demais a verba em vários conjuntos, a compra
80
desses dados fica comprometida. Você compra poucos dados
para determinado conjunto de anúncio, para determinado
anúncio e aí o algoritmo não vai otimizar tão bem a sua
campanha, como faria se você tivesse muitos dados. Se você
tem uma verba mais baixa, vai ter que reduzir o número de
conjuntos de anúncio que você vai testar ao mesmo tempo.

Ponto importante: nunca teste conjuntos de anúncios,


públicos, com menos do que R$ 10 por dia. E essa estrutura
que estamos mostrando aqui é para você considerar que
cada conjunto de anúncio gaste pelo menos R$ 10 por dia ali
dentro.

CAMPANHA 1 CAMPANHA 2 CAMPANHA 3


QUENTE LAL 1% QUENTE INTERESSES
00 - Compradores 180D 00 - Lal 1% Compradores 00 - Público Super Indico
+ Lista de Clientes 180D = Lista de Clientes
01 - Público Nichado
01 - AddToCart 90D 01 - Lal 1% AddToCart 90D
02 - Público Amplo
02 - Page View 30D 02 - Lal 1% Page View 30D

03 - IG Envolvimento 30D 03 - Lal 1% IG


Envolvimento 30D

Então, a gente tem a campanha um, uma campanha só


de públicos quentes, só de remarketing. Você vai fazer com
que o seu anúncio apareça para as pessoas que já conhecem a
sua marca. Aqui você divide a campanha em quatro conjuntos
de anúncios diferentes, para atingir públicos diferentes.

81
Por exemplo, o primeiro conjunto de anúncio, o 00. Você
cria um público personalizado de pessoas que já compraram
no seu e-commerce nos últimos 180 dias e, caso tenha, adicione
dentro desse mesmo conjunto uma lista de clientes. Porque
é muito mais fácil vender para uma pessoa que já comprou
de você, que já te conhece, do que vender para uma pessoa
que não tem a menor ideia da sua marca, que nunca viu e não
conhece. Esse tipo de conjunto de anúncio tende a trazer um
resultado muito bom, porque é um público super qualificado,
é um público super quente.

Para a pessoa que já comprou na sua loja você pode


oferecer outros produtos, promoção, lançamento de coleção
etc. Você tem uma grande chance de converter ela novamente
ali dentro. E de quebra você aumenta o LTV do seu cliente
com você, o tempo de vida dele na sua marca, enquanto ele
está gastando ali com você.

Outro conjunto de anúncio - continua sendo R$ 10 por


dia - é o de pessoas que adicionaram o produto ao carrinho
nos últimos 90 dias, mas não compraram. Você vai tentar
quebrar alguma objeção que ela tenha para, enfim, comprar
na sua marca. Essa pessoa já chegou no carrinho e abandonou
o produto ali dentro, então ela tem um interesse. Agora, por
que ela não comprou? Por isso, você faz o remarketing para
essa pessoa.

Terceiro conjunto de anúncio: pessoas que visitaram


qualquer página do site nos últimos 30 dias, pode ser quem
chegou na home, quem chegou em uma página de produtos
82
específica, e por aí vai. Você vai aparecer de novo para essa
pessoa, que já visitou seu site, e, portanto, tem um nível de
consciência diferente. Ela não é mais um público frio, então
você tem o potencial de conversão mais alto nela também.

E por último na campanha de público quente, o quarto


público, que é o público de envolvimento com seu Instagram
nos últimos 30 dias, é um público que tem um potencial legal
de conversão.

Essa é a primeira estrutura de campanha para você


pegar em todas as pontas soltas do remarketing e conseguir
trazer um alto retorno sobre o investimento. Esses públicos
de remarketing costumam trazer o que é chamado de “ROI
no talo”, que é o alto retorno sobre o investimento para as
suas campanhas. Só que tem um porém: o público quente,
o público personalizado de remarketing, normalmente não é
muito grande, ele tem uma limitação.

Existem muito mais pessoas que não conhecem a sua


marca do que pessoas que conhecem ou já compraram dela.

Por ser um público mais restrito, um público pequeno,


você não consegue alocar tanta verba nele diariamente. Ou
seja, você não consegue escalar muito o investimento nas suas
campanhas. Aquela verba não vai condizer com o tamanho do
público. Você pode rodar uma campanha de público quente
com R$ 30 por dia, subir para R$ 150 e o resultado não ficar
bom, provavelmente porque você está investindo mais verba
do que deveria.
83
Podemos fazer uma analogia para você entender melhor,
digamos que você tenha uma xícara de café que você toma
todo dia, que tem 200 ml. E você tem a cafeteira do lado com
um litro. Se você tenta despejar um litro de café dentro da
xícara de 200 ml, o que vai acontecer? Vai transbordar, você
vai desperdiçar o café.

E a mesma coisa que acontece no tráfego pago quando


você tenta colocar mais verba em um público, um conjunto,
que é limitado. Você não tem muita escala, porém, tende a
ter um bom retorno sobre o investimento. Por isso, são muito
importantes as duas outras campanhas, que são campanhas
para público frio, que é onde você vai alimentar o seu topo
de funil, trazendo pessoas que não conhecem a marca para
conhecerem.

E aí tem a segunda campanha, que é a campanha de


look alike de 1% de todos os públicos quentes que você está
testando. Basicamente você vai duplicar a primeira campanha,
e nessa segunda campanha você vai criar um público
semelhante de 1% de compradores dos últimos 180 dias, de
1% de pessoas que adicionaram o produto ao carrinho, mas
não compraram nos últimos 90 dias, um público look alike de
1% de quem visitou o site nos últimos 30 dias, e por fim, de 1%
de quem se envolveu com o Instagram nos últimos 30 dias. Já
são duas campanhas que você tem aí.

A terceira campanha são as campanhas de público frio,


de públicos de interesse. São três conjuntos de anúncio para
essa campanha. E você vai tentar segmentar esses conjuntos
84
de anúncio de acordo com o nível de consciência de cada
público. Pessoa X está no interesse X. Será que esse interesse
X faz muito sentido ou não? Isso que você precisa pensar.
Para ficar mais fácil, separe em três partes.

Primeiro conjunto de anúncio é um público de interesse


“super nichado”. Pegando o exemplo anterior de e-commerce
de moda feminina, qual seria o interesse super nichado? E aí
você já viu no exemplo da aula anterior. O próprio interesse em
vestidos pode ser considerado um interesse super nichado.
Esse vai ser um conjunto de anúncio. Segundo conjunto de
anúncio, público nichado.

Diferentemente do público super nichado o público


nichado vai ser um pouco mais amplo. E qual interesse você
pode selecionar para essa finalidade? Compras e modas seria
o interesse de público nichado, por exemplo.

E o terceiro conjunto de anúncio é o público amplo. É


um público que não é tão específico sobre a sua marca e o
seu público-alvo, porém tem um potencial daquelas pessoas
converterem com você. Existe um comportamento que se
chama “compradores envolvidos”, em que o Facebook sabe
exatamente quais foram as pessoas que compraram em X
período, em X dias atrás. Você pode usar um interesse desse,
um comportamento desse para testar os seus públicos ali.

Então, você passou por essas três estruturas de


campanha: campanha um quente, campanha dois 1% da
quente e campanha três de interesses de público frio.
85
E, por último, temos as campanhas de propósito
específico. É quando você aproveita algumas datas
comemorativas para trazer um volume maior de tráfego para
o seu site e tentar aumentar o número de vendas com custo
por venda mais baixo.

Por exemplo, a Black Friday em novembro. O que você


pode fazer de campanha com propósito específico pra Black
Friday? Dar um desconto especial para quem comprar só no
dia da Black Friday. Você antecipa essa ação e cria antes, por
exemplo, uma campanha de captação de lead, que vai durar
de dez a vinte dias com uma isca muito forte - porque para a
pessoa deixar o contato dela, para ela virar um lead seu, você
tem que dar algo em troca: “na Black Friday ao se cadastrar
aqui você vai ganhar 50% de desconto mais frete grátis”. Com
isso, você consegue captar bastante contatos, aumentar o
número de pessoas dentro da sua base e quando chegar a
Black Friday, você solta a oferta para esse pessoal por e-mail;
e você também vai impactar essas pessoas novamente com
anúncios de remarketing, porque elas deixaram o contato e
agora viraram um público quente.

Essas são as campanhas de propósito específico. E tem


várias datas do ano que você consegue aproveitar e criar
as campanhas de propósito específico para trazer pico de
faturamento, para aumentar o número de pessoas na sua base.
Natal, Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais, Dia
das Crianças...e tem datas também para nichos específicos,
como por exemplo, para um e-commerce de moda fitness, o
dia do personal trainer. Você consegue fazer uma campanha
86
de propósito específico no mesmo formato desse exemplo
da Black Friday, fazendo uma campanha do dia do personal
trainer, dia da alimentação saudável, dia do emagrecimento e
por aí vai.

Vai ter algum nicho onde você consegue trabalhar uma


campanha de propósito específico. Basicamente todo mês
você consegue fazer campanhas assim.

Essas são as estruturas de campanha para que você


teste no seu e-commerce para alavancar o seu faturamento.

87
88
Agora uma estrutura de campanha extremamente
importante para o seu e-commerce e que precisa rodar 100%
do tempo são as vendas de catálogo. Subir uma campanha de
venda de catálogos segue a mesma lógica para subir qualquer
outra campanha.

Primeiro, no gerenciador de negócios, você vai até


“configurações do negócio” para configurar seu catálogo,
você vai baixar um arquivo dentro da sua plataforma - é
um formato XML ou um CSV - e vai importar dentro do seu
catálogo do Facebook. Um passo a passo bem simples. Com o
catálogo configurado você consegue criar as suas campanhas
de venda de catálogo.

Dentro da sua conta de anúncio você tem 3 níveis - nível


de campanha, nível de conjunto de anúncio, que é o segundo
nível e o terceiro nível, de anúncios de fato, o criativo que a
pessoa vê do outro lado da tela.
89
Para criar a sua primeira campanha, vá até “criar
campanha”. Você pode escolher o objetivo de campanha, que
nada mais é do que objetivo de marketing.

A venda de catálogo está na última grande categoria,


no fundo de funil, de conversão. Você vai selecionar a “venda
de catálogo” e logo depois vai selecionar o seu catálogo de
produtos.

90
O Facebook vai puxar de acordo com o estoque que
você tem no seu site, exatamente todos os produtos que têm
disponíveis e indisponíveis e as quantidades, tudo vem para
dentro desse catálogo, que são os anúncios dinâmicos. Clique
em “continuar” e agora você vai para a segunda fase. A fase
de criação dos conjuntos de anúncio.

Antes, você coloca uma nomenclatura, sempre de


modo a identificar facilmente do que se trata a campanha.
Você pode chamar de [VENDAS CATÁLOGO] e colocar, por
exemplo, a data que subiu a campanha para manter o controle.
Vamos supor que nessa campanha você queira gastar
R$ 30 por dia. Então, você coloca o orçamento a nível de
campanha, R$ 30, ali mesmo na página inicial, preenchendo
na coluna de “orçamento”. Já clicando em cima do nome da
campanha você vai automaticamente para o segundo nível,
o nível de conjunto de anúncio, que é onde você vai definir o
meu público, quem você quer atingir com essa campanha de
venda de catálogo.

Para fazer essa configuração clique na linha “novo


conjunto de anúncios” em “editar”. Lembra do exemplo
que usamos na aula anterior, em que você entra em um site,
adiciona um produto ao carrinho - um tênis, por exemplo, - e
depois ele fica aparecendo em anúncios para você? Esse é o
tipo de campanha que você está criando aqui.

91
Você seleciona todos os produtos no seu catálogo - ou
alguma categoria que já tenha pré-selecionado; você também
pode programar a data de início e término, caso não queira
que ela comece a rodar imediatamente após apertar o botão
de publicar.

Descendo na mesma página está a seção onde você vai


escolher alguns públicos específicos de venda de catálogo.
Como pessoas que adicionaram o produto ao carrinho, mas
não efetuaram a compra nos últimos X dias, o prazo fica a
sua escolha. Pode ser pessoas que fizeram essa ação nos
últimos cinco dias, ou então dos últimos 30 ou 90 dias. Como
é um público do site você consegue pegar o público até dos
últimos 180 dias.
92
Qual é a grande diferença? Quanto menor o período,
menor fica o seu público, menor a escala e menor a verba que
você consegue investir.

Pode começar testando com 30 dias. É um padrão


legal porque você vai ter eventos suficientes de pessoas que
adicionaram o produto tal no carrinho, mas não compraram e
a sua campanha deve rodar sem problemas. Essa é a seleção
que você faz, “pessoas que adicionaram o produto ao carrinho,
mas não compraram nos últimos trinta dias”.

E na hora de nomear o conjunto, não esqueça de colocar


os dados para identificar qual objetivo dele:

Nesse momento, você não mexe em públicos


personalizados e em nenhum direcionamento, você seleciona
apenas essa segmentação.

Na última parte, bem no fim da página, você vai mudar


a “otimização para veiculação do anúncio”. Porque você não
quer que a pessoa clique no anúncio apenas. Você quer que
93
as pessoas convertam lá dentro do seu site. Então você muda
para “otimização de conversão” e ele já puxa automaticamente
o evento para “comprar”. Você quer que as pessoas comprem
por meio dessa campanha. Nível dois, conjunto de anúncio
resolvido, agora vamos para a última etapa da criação de uma
campanha, que é o nível três, a parte dos anúncios, que é
onde de fato você vai escolher o que vai aparecer para aquela
pessoa.

Então, você tem que selecionar a sua página do


Facebook, e a página do Instagram e dar um nome para o
anúncio.

Você vai deixar formato e criativo dinâmico, que é o


objetivo desse catálogo, ele já puxa aqui todos os produtos.

94
Na mídia da capa você pode escolher exatamente a
imagem ou vídeo que vai representar o seu anúncio.

A primeira imagem desse carrossel de venda de


catálogo vai ser a imagem que você definir. Você pode deixar
em vídeo dinâmico, porque assim o Facebook vai pegar
automaticamente o produto anunciado ali e veicular para a
pessoa que o adicionou ao carrinho, mas não comprou. No
texto principal você tem a legenda, que é a copy, onde você vai
tentar quebrar a objeção da pessoa. Além dela ver a imagem
ou vídeo que é atrativo para ela - que já tinha adicionado o
produto ao carrinho mas não comprado - você pode escrever
na legenda argumentos para quebrar aquela objeção, e
ela finalmente voltar para o seu site e comprar aquele seu
produto. Você pode fazer uma legenda do tipo “Ei, miga, vi
que você largou um produto no seu carrinho. Viemos aqui te
presentear com um cupom de 10% de desconto para você
finalizar sua compra agora”.
95
Porque aí você já coloca um gatilho de urgência para
aquela pessoa. Você pode até colocar “esse cupom não vai
durar mais do 24 horas”, que aí você adiciona escassez, um
gatilho mental muito forte. Provavelmente a pessoa vai clicar
e vai para o site finalizar a compra dela.

Não esqueça de mudar o CTA para atender seu objetivo.


Se você quer que a pessoa compre no seu site, então a chamada
vai ser “comprar agora”. Para isso, você precisa fornecer
a URL do seu site. Vão aparecer várias imagens dentro do
carrossel, não se preocupe, o Facebook sabe qual é o produto
específico da imagem específica e o link do produto, você não
tem que ficar mudando isso manualmente nessas campanhas.
Você coloca o site específico aqui e seleciona o seu domínio
verificado.

Pronto. É bem simples. Não é um bicho de sete cabeças,


qualquer um pode subir um anúncio on-line desde que siga
uma metodologia, entenda sobre a ferramenta, a estratégia e
a lógica.

Aqui passamos pelas três etapas. Campanha, definição


do objetivo, conjunto de anúncio, além da definição do público
e anúncio, formato do criativo que você quer veicular e que
vai aparecer de fato para a pessoa que está do outro lado da
tela.
96
Acabou de fazer a criação, o que você vai fazer? Clicar
em publicar. Campanha publicada, você pode voltar para a
aba de campanha, dar um F5 depois e vai ver ela publicada.

Sempre quando você finalizar alguma ação dentro da


fonte de tráfego da ferramenta Facebook Ads, dá um F5
depois para atualizar a página. Em até 24 horas o Facebook
pode aprovar a sua campanha ali. Vimos todo o passo a passo
da criação de uma campanha extremamente importante, que
tem que rodar 100% do tempo no seu e-commerce.

97
98
Falamos sobre a importância da criação das campanhas
de propósito específico, e agora vamos ver os quatro pilares
para o sucesso de um e-commerce em épocas comemorativas
como a Black Friday, ou em alguma outra campanha de
propósito específico que seja muito robusta e precise de uma
preparação anterior.

Pilar 1

Marketing
Você precisa preparar as suas campanhas com muita
antecedência, então você já tem que ter mapeado a oferta
que você vai dar, quais são os criativos que você vai produzir
para trabalhar, o e-mail marketing do seu site. Você precisa
também criar os banners para colocar no seu site na época
da Black Friday. Em resumo, você tem que preparar a sua
campanha.

A Live Commerce que é uma tendência, principalmente


lá na China, é o ato de a pessoa fazer a venda de um produto
apresentando-o em tempo real. Quem assiste TV nas
madrugadas, já deve ter visto um programa do Shoptime, em
que uma pessoa apresenta o produto, mandando você ligar
para comprar, a Live Commerce é tipo isso.

Só que a interação é toda dentro de uma plataforma


digital, como Instagram ou YouTube, e ali você consegue
colocar o CTA para pessoa ir ao seu site. Lançar a sua
campanha de proposta específica em uma Live Commerce
pode dar um resultado muito bom para você.
99
Outro ponto, alinhamento de produto e conteúdo:
detalhar quais produtos estarão na Black Friday. Você precisa
pegar certinho o que você vai dar de desconto, quais são as
promoções, os produtos, olhar a profundidade de estoque
etc. Você tem que alinhar o conteúdo que você vai trazer
junto com o seu produto.

Outro ponto, alinhamento da comunicação da marca.


Você tem que ter preparados os criativos para divulgação.
Entrou a Black Friday? Material tem que estar pronto. Vários
sites que estão na Black Friday começam sem ter um banner
específico, sendo o principal do site; esquecem de postar
no Instagram, esquecem de fazer um stories e de deixar um
destaque de Black Friday no Instagram rodando. Você tem
que preparar toda a comunicação da sua marca antes, esse é
o pilar de marketing.

Pilar 2

Produto e Preço
Primeiro, qual é a ideia de uma grande promoção? É que
você escoe todo aquele estoque parado que existe dentro
do seu E-commerce. Você tem que fazer um compilado do
que você tem parado de estoque, o que está agarrado ali há
muito tempo que você precisa dar um rumo; porque estoque
parado dentro de um e-commerce é dinheiro parado, então
você tem que movimentar para ter capital de giro.

100
Outro ponto, desconto agressivo. Defina o desconto em
categorias e defina o desconto em produtos na campanha. Na
Black Friday, você precisa de uma chamada muito agressiva
para funcionar bem.

Você precisa saber o preço de custo do produto para


saber o que você tem de margem para não ter prejuízo, tudo
calculado na ponta do lápis: quanto custou aquele produto,
quanto você pode gastar em tráfego para conseguir um
retorno sobre investimento para, então, saber quanto você
pode diminuir no preço daquele produto, qual o desconto
que você pode dar.

Você pode dar 50%, 75%, e tem um ponto importante


que é o seguinte, dependendo se você tem um estoque parado
há muito tempo e precisa fazer a queima dele, é ok “tomar um
prejuízo”, porque melhor você desovar aquilo que está parado
há anos do que continuar sem movimentar o seu capital. Às
vezes você queima seu estoque, tem um pequeno prejuízo do
que você comprou há um, dois anos atrás, mas você utiliza
essa verba que você conseguiu com a venda daquele produto
para investir mais em tráfego, por exemplo.

Você precisa ter uma profundidade de estoque mínima


na Black Friday. Se você sabe que naquele produto você está
dando um bom desconto, são grandes as chances de esgotar
o que você tem. Prepare-se antes, comprando mais produtos,
porque você sabe que tem o potencial de ser um grande best-
seller no seu site, e se esgotar rapidamente e acabar, você está
dando mole, perdendo uma oportunidade de faturar muito.
101
Sempre misture produtos best-sellers do seu site de
épocas normais com produtos que você precisa desovar. Isso
vai ser o atrativo para o seu negócio. De nada adianta você
pegar e fazer uma Black Friday, uma superpromoção só de
produtos que você precisa desovar, porque se esse produto
está parado ali há muito tempo, é porque ele não vendeu.

E não vendeu muito bem justamente porque o pessoal


não tinha muito interesse. Então, pode ser que colocar só
esses produtos em promoção não traga um bom resultado.
Você tem que mesclar com alguns produtos que você sabe
que sempre tem muita saída. Eles vão ser a isca. Claro que
esse produto que já sai normalmente, você não vai dar 50%,
70% de desconto, mas às vezes você pode dar 20%, 30%,
atrelar com algum desconto progressivo, com frete grátis
etc. Isso é muito importante, trabalhar produtos best-seller e
produtos que precisam ser desovados.

Outro ponto, é criar uma categoria de Black Friday no


seu site, assim como você tem de vestido, saia, blusa, sapato
etc. Muita gente esquece de criar uma nova categoria, um
novo botão no site para direcionar para uma aba só da Black
Friday, só da promoção específica.

Um último aspecto importante, que é relacionado com


produto e com marketing também é, ao subir um produto no
seu site que está na promoção na Black Friday, deixar algum
marcador que já mostre rapidamente que aquele produto
está na promoção. Você coloca uma tag chamativa com o
percentual de desconto, assim as pessoas vão ver de fato que
vários produtos estão em promoção.
102
Pilar 3

Operação
Você precisa ter tudo redondinho antes de surgir com
uma superpromoção como essa. Conte seu estoque, uma,
duas, três vezes antes de partir para a Black Friday, para ver se
está tudo certo. Garanta que o estoque do site esteja batendo
com o estoque que você tem dos produtos no seu ambiente
físico, para não acabar vendendo um produto que não tem, e
depois é bem chato ter que entrar em contato com o cliente
falando que aquele produto não existe, o que pode causar
bastante problema. Então, tem que alinhar o estoque.

Outro aspecto importante é o frete; ele tem que


ser muito competitivo. Frete, é a principal barreira para
desistência de compra em e-commerce. Se o frete representa
um percentual muito alto do preço do produto, da compra
do cliente, provavelmente ele vai parar na barreira da adição
ao carrinho. Porque o pessoal não paga frete muito caro. É
preferível você embutir o valor do frete no produto e dar frete
grátis ou conseguir dar um desconto ali do que ter um frete
muito alto. O frete é um fator decisivo para compra.

A parte de empacotamento dos pedidos também faz


diferença. Vamos supor que você tenha um fluxo X de pedidos
no seu site. Na Black Friday, você vai ter um fluxo de 10 X, 15 X,
20 X, 30 X, depende. Se você tinha uma pessoa para te ajudar
embalando pedido, etiquetando, mandando para despacho
103
nos Correios, você vai ter um fluxo muito maior. Isso pode ser
um gargalo. Você tem que preparar a sua equipe antes para
receber esse volume, essa demanda.

Outro ponto importante é o SAC (Serviço de Atendimento


ao Consumidor). Ele tem que estar preparado também, porque
o fluxo aumenta muito e vai ter gente reclamando de alguma
coisa e você precisa prestar um suporte bem efetivo nessa
época. Com esse volume, se você tem alguma demanda que
não consiga atender, pode acabar gerando um buzz negativo,
então o SAC tem que estar preparado para resolver várias
questões como, devoluções de produtos que não serviram,
que chegaram com leves defeitos etc.

Nunca faça alterações robustas na sua plataforma, no


seu site antes da Black Friday. Não faça isso em um período
de 30 dias antes do evento, porque você pode ter algum
problema estrutural e não conseguir resolver a tempo.

Pós-Venda
Pilar 4

O último pilar, para gente encerrar essa parte, é o pilar


do pós-vendas. Ele entra um pouco também na parte do SAC,
em que você tem que estar preparado para as trocas, que é
a logística reversa.

104
Então, já coloca as políticas de troca do seu site
nos destaques na época da Black Friday. O pós-venda é
extremamente importante para você conseguir reter o seu
cliente, a experiência de compra com você tem que ser muito
boa, assim você consegue aumentar as vezes em que ele vai
comprar de você, aumentar o LTV (tempo de vida dele com a
sua marca).

O que vale a pena fazer no pós-venda? Mime o seu


cliente. Quem não gosta de receber um mimo? Então, comprou
um produto seu, manda um chaveirinho, manda algum brinde
para o seu cliente. Mime ele de alguma forma e você vai ver
que vai ter um resultado bem diferente. Inclusive gera muito
retorno positivo nas redes sociais. Se a pessoa está esperando
uma coisa e recebe uma entrega a mais, ela vai fazer um
stories, vai te postar e vai te marcar espontaneamente sem
você nem pedir. Isso é muito bom no pós-venda.

Outro ponto importante: tem que cumprir com o prazo


de entrega. Se a pessoa comprou na Black Friday prometendo
entrega em três dias, você tem que entregar em três dias.
Esteja preparado para isso, porque se atrasar muito, aí você
vai ver que o SAC vai ter muita gente reclamando.

105
Também é essencial controlar o NPS (Net Promoter
Score), que é o índice de satisfação do cliente. Temos três
classificações de NPS:
• Os detratores da marca, 0 a 6;
• Os neutros e passivos, 7 a 8;
• E os promotores da marca, 9 a 10.

A pessoa que está como detrator da marca vai falar


mal da sua marca, talvez porque o produto não foi entregue
a tempo. As pessoas neutras e passivas não vão fazer nada;
não vão reclamar, mas também não vão falar positivamente
e não vão te indicar. E a partir de nove a dez estão os
promotores da marca, aquelas pessoas que viram fãs da sua
marca, por estarem extremamente satisfeitas com o produto,
o atendimento, o prazo de entrega, ou o mimo que você
mandou; essas pessoas vão divulgar a sua marca sem você
pedir.

Tem algumas ferramentas, depois você pode digitar lá


no Google “ferramenta de NPS” que você consegue utilizar
no seu negócio para conseguir um resultado melhor no longo
prazo.

Finalizamos por aqui a parte dos quatro pilares para


você conseguir fazer uma Black Friday de sucesso.

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107
Chegamos ao final do treinamento. E um recado muito
importante é o seguinte: “quem chega primeiro, bebe água
limpa”. O melhor momento para você começar a fazer tráfego
pago, a comprar tráfego pago para o seu e-commerce é
agora. Nós vimos no começo toda a relação do crescimento
do e-commerce com a pandemia, como o comportamento
de consumo mudou nesse período. As pessoas estão mais
propensas a consumirem on-line, e a cada dia que passa isso
vai só aumentar. Isso é extremamente relevante. A hora de
começar é agora. Não deixe para amanhã.

No Brasil, a tendência das vendas on-line é crescer cada


dia mais. Não só no Brasil, mas no mundo como um todo. Esse
ano o crescimento vai ser X. Provavelmente, ano que vem o
crescimento vai ser dois X. Então tem muito espaço para você
poder vender on-line.

Hoje, o percentual de vendas on-line comparado a


todo o universo de vendas físicas e on-line é muito baixo; não
está chegando nem a 15% ainda para que todas as vendas
sejam on-line. Ou seja, temos um caminho muito grande para
percorrer. Tem muito espaço para você crescer.

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Fazendo um compilado, um resumo de tudo que vimos,
passamos pelas três principais etapas para você rodar as suas
campanhas:

1ª ETAPA: Definição do Objetivo de Campanha

Escolha do objetivo de marketing

2ª ETAPA: Direcionamento de Público

Quem você quer atingir com aquele seu anúncio

3ª ETAPA: Anúncio em Si

O que a pessoa vai ver ali

Esse curso te deu toda a base para você entender o que


é tráfego pago, como funciona e como você pode estruturar
as suas campanhas de forma efetiva para escalar as suas
vendas on-line.

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