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Universidade Federal de Pelotas

Faculdade de Veterinária
Centro de Controle de Zoonoses

BRUCELOSE

claudiomarbrod@yahoo.com.br
2017-1
Segundo a Bíblia,
o Deus israelense enviou
pelas mãos de Moisés sobre
o Faraó do Egito e seu
povo, narradas no livro de
Êxodo, capítulos 7—12. As
pragas foram enviadas para
que Israel fosse libertado
da terra do Egito.

1600 a.C.
As dez pragas que Deus teria enviado
para salvar os judeus da escravidão no
Egito podem ser um eco fantasiado de
uma catástrofe ecológica que realmente
aconteceu no Egito.

O histórico da Brucelose data de 1600 a.C., sendo


qualificada como a possível quinta praga, relatada na
história do Antigo Egito, suspeita de dizimar o
rebanho bovino existente na época na região. Análises
de medula óssea de antigos Egípcios, realizadas
recentemente, revelam comprometimentos como
osteoartrites provavelmente derivados de Brucelose
datados de 750 aC (PAPPAS et al. 2007).
BRUCELOSE

Hipócrates (Grécia Antiga 460-377 aC) - Esta


enfermidade estava descrita em seu ―Corpus Médico‖,
como doença de remissão e recorrência periódica, que
se apresentava como uma febre irregular, prolongada,
com suores profusos. A sazonalidade principal dos
sintomas típicos era no outono e verão, e os enfermos
não evoluíam na gravidade da doença, porém,
apresentavam recaídas características
A erupção do vulcão Vesúvio na Itália, na cidade de Herculano,
no ano 79 da era cristã, foi uma catástrofe que soterrou os
habitantes locais. Recentemente estudos dos esqueletos
encontrados no local, revelaram lesões ósseas compatíveis com
aquelas causadas pela Brucelose. A elucidação da pesquisa
conta com alimentos como queijos de leite de cabras
carbonizados, que revelaram a presença de cocobacilos
compatíveis com Brucella spp. (CAPASSO, 2002).
1859 – Jeffery Allen Marston
(Médico Maltes) –―Febre
Gástrica Remitente‖ – doença
febril, iniciando com
dispepsia subaguda, anorexia,
náuseas, cefaléia, sensação de
fadiga, incapacidade física e
mental. Febre precedida de
calafrios, durante 5 a 10
semanas, com exacerbações e
remissões irregulares.
1886 - Capitão David Bruce da Armada
Britânica, chefiando uma comissão
médica à ilha de Malta e estudando a
doença que acometia soldados ingleses,
visualizou microscopicamente uma
bactéria que denominou de Micrococus
melitensis. Em 1887 conseguiu isolar a
bactéria do baço de soldados mortos.
1897 –Dinamarca o Veterinário Bernhard Lauritz
Frederik Bang -Bacillus abortus bovis,
relacionado com o abortamento infeccioso
bovino, depois chamado ―Doença de Bang‖
1905 Themistokles Zammit
estudando as cabras de Malta
através do Teste de
aglutinação de Zammit em
soro lácteo e culturas de leite,
verificou que quase metade
do rebanho era positivo para a
Febre de Malta e que cerca de
10% das cabras secretavam as
bactérias da doença no leite
(WYATT, 2000, 2005, 2009,
2011).
Wright, em 1896, idealizou uma soro-aglutinação
lenta com cultivos do agente da Febre de Malta e
soro de enfermos.
Zammit em 1905, em Malta, sob a direção de Sir
David Bruce, verificou que o soro de grande
proporção de cabras dava reação positiva com o
antígeno de Wright, que seu leite continha o agente e
que o soro lácteo também aglutinava o antígeno
(CORRÊA et al., 1992).

Zammit verificou também que era possível isolar o


microrganismo do sangue e da urina de pessoas
doentes, quando tinham mais de 39°C. (CORRÊA
et al., 1992)
1905 - Médico Maltes Themistokles Zammit -
produtos lácteos não fervidos, provenientes de
cabras infectadas eram a fonte de contaminação
para o homem.
3.631 casos da doença entre 1900 à 1906
Após a descoberta de Zammit, em 1906
leite de cabra proibido para os Em 1907 apenas 21 casos
serviços da Armada britânica.

Em 1909 a grande Ala


Hospitalar do Exército
estava vazia e foi usada
para uma enorme recepção
1909- Alice Evans 1ª Mulher graduada como especialista
em microbiologia.
1910 – Terminou seu Mestrado em Ciências e começou a
trabalhar no Depto. de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA) na Divisão de Produtos Lácteos Frescos.
1913 - 1ª Mulher a obter um contrato fixo no USDA para
realizar análise bacteriológica de leite e queijo.
1913 - Dr. Manuel Gonçalves Carneiro, professor
de Microbiologia e Pediatria da Faculdade de Porto
Alegre. Diagnósticos clínico e sorológico (prova
de aglutinação usando antígeno de Wright c/M.
melitensis – título 1:200) do primeiro caso de Febre
Ondulante causado pelo micrococcus melitensis .
A infecção ocorreu em Cidreira, praia balneária do
Rio Grande do Sul, no município de Osório, onde
havia um rebanho de cabras.
1913 – No Rio Grande do Sul, a Doença de Bang
foi diagnosticada clinicamente pela primeira vez
pelo Veterinário Dr. Danton Jacques de Seixas.
Revista mensal. Edição de Janeiro
de 1920. Publicação dirigida pelo
prof. Danton Jacques de Seixas,
primeiro brasileiro diplomado em
Zooiatria, formado pela Real
Universidade de Parma. Foi
professor da Cadeira de Patologia
Geral e Semiologia do curso de
Veterinária da Escola de
Agronomia e Veterinária da
Universidade de Porto Alegre -
hoje, UFRGS.
1917 – Nesta época pensava-se que o leite e
derivados eram muito mais nutritivos, quanto mais
frescos e menos manipulados, fossem consumidos.
Alice Evans – demonstrou que o consumo humano
de leite fresco de vacas estava cheio de
microorganismos provenientes do úbere. Além
disso, os abortos causados pela Doença de Bang
causavam estragos nos estabelecimentos leiteiros
dos EUA.

Nesta época, o chefe da Divisão de Patologia do


USDA chamou a atenção de Alice Evans para os
trabalhos de Bruce, Zammit e Bang.
Evans conseguiu demonstrar em
1917 que o consumo de leite fresco
de vacas infectadas podia
transmitir a bactéria Bacillus
abortus e causar a Febre de Malta
em humanos.

―Era a primeira vez que se demonstrava que uma


mesma bactéria podia causar enfermidades distintas
em humanos e em animais‖.
Evans demonstrou que Micrococcus melitensis, a
bactéria isolada por Bruce, era muito similar
ao Bacillus abortus encontrado por Bang. A única
diferença entre ambos era que o primeiro havia dito
que a bactéria tinha forma esférica e o segundo que
a forma era bacilar.

Durante anos, seus resultados foram desprezados e


ignorados por ser mulher e por não possuir
doutorado. Evans contraiu brucelose ao fazer a
pesquisa, e sofreu com a doença por 30 anos
Pouco a pouco outros investigadores encontraram
evidências que apoiavam os resultados de Evans.
Muitos se deram conta que enfermidades
diagnosticadas como paludismo ou como gripe
eram na realidade casos de Febre de Malta.

1920 – Mayer e Shaw – criaram o gênero Brucella


São Paulo (1930) - Cícero Neiva e Alexandre
Melo, o primeiro isolamento de Brucella
abortus, sendo caracterizada pelo Prof. Otto
Bier como estirpe do tipo suíno.
Porto Alegre e Bagé (1937) - diagnóstico
sorológico da Brucelose Bovina pelo Dr
Desidério Finamor e Outobrino Corrêa.
Definição
zoonose causada pela Brucella spp., caracterizada
por causar infertilidade e aborto no final da
gestação, afetando principalmente as espécies
bovina e bubalina (PNCEBT)
No homem pode causar sintomas que são similares
ao resfriado, podendo incluir:
Pode ocorrer severa infecção do sistema nervoso
central ou infarto do miocárdio.

A Brucelose pode também causar sintomas


crônicos que incluem febre recorrente e
impotência sexual.
Caso índice: Menino 10 anos c/febre persistente
p/3 semanas. Cultura de sangue positiva e sorologia
positiva. Consumo de queijo de cabra. Quatro dos
cinco membros da família consumiram o queijo.
Pai (37 anos) sintomático: febre e debilidade p/5
semanas, esplenomegalia e anemia. SAT 1:1280,
cultura sangue positiva.
Mãe (34 anos) Assintomática, amamentando,
c/exames físicos normais. SAT 1:640 cultura de
leite e sangue positivas.
Irmã (12 anos): Assintomática SAT 1:640; cultura
de sangue positiva.
Irmão (7 meses) Mamando, s/alterações físicas e
testes laboratoriais negativos.
Um japonês de 64 anos, previamente saudável, foi admitido em
um hospital de Tóquio em 8 de junho de 1998, 10 dias depois de
uma visita à Bagdá, Iraque, em 8 de março de 1998. Ele se
queixava de uma severa dor lombar por cerca de uma semana. O
único achado em sua admissão foi febre, com temperatura
máxima de 39.5⁰C.
A ressonância magnética revelou
diminuição de intensidade do sinal nos
corpos vertebrais e espaços epidurais
adjacentes em L3, L4 e L5. Estes
achados revelaram espondilite,
complicada com abscesso epidural.
Na admissão foi cultivado do sangue,
bacilo Gram negativo que
posteriormente foi identificado como
Brucella melitensis biotipo 2. Teste de
aglutinação em tubo revelou título de
800 UI.

Uma detalhada anamnese revelou que


Biópsia da medula revelou granuloma
ele tinha consumido queijo de cabra
consistente com brucelose.
no Iraque.
A esposa do paciente, uma japonesa de 60 anos, previamente
saudável, começou a queixar-se de febre e uma dor na articulação
esternoclavicular em 31 de maio de 1998.
Cultura de sangue e de fluido da
articulação revelou Brucella
melitensis biotipo 2. Teste de
aglutinação em tubo revelou título de
400 UI.

Ela foi tratada via oral com rifampicina (600 mg/dia) e doxiciclina
(100 mg duas vezes ao dia) por 6 semanas em combinação com
streptomicina intramuscular (750 mg/dia) nas primeiras três
semanas. Ela não tinha visitado o Iraque com seu marido e não
apresentou nenhum outro fator de risco para brucelose.
O Oriente Médio, incluindo o Iraque, tem a mais alta incidência de
Brucelose no mundo, enquanto que o Japão é considerado um país livre
de Brucelose, sendo esta enfermidade de notificação obrigatória no
Japão. De acordo com os dados de vigilância nacional, somente três casos
de brucelose humana e dois de brucelose bovina foram informados no
Japão no período de 1999 a 2005. Nenhum surto de brucelose humana ou
animal foi relatado no Japão no ano de 1998. Considerando o período de
incubação da brucelose (média de 2 a 4 semanas podendo chegar a
alguns meses), o consumo de queijo de cabra em um país endêmico para
brucelose, Iraque, e a raridade da doença em seu país, Japão, é provável
que o paciente 1 tenha contraído brucelose durante sua estadia no
exterior.
O intervalo de tempo da doença entre o paciente 1 e o paciente 2 foi
de aproximadamente 1 mês, que é similar ao período médio de
incubação humano. Ainda que o período de incubação possa variar
amplamente, é difícil argumentar para uma fonte comum de
exposição que ocorreu nestes dois pacientes, uma vez que o
paciente 1 não trouxe qualquer produto de origem animal ou
derivado do Iraque para o Japão. Também, o paciente 2 não
apresentou qualquer ligação epidemiológica com brucelose.
Portanto, é fortemente sugestivo que a doença foi transmitida do
paciente 1 para o paciente 2.
64.3%
Em Novembro de 2001, uma laboratorista de 57 anos começou a
apresentar sintomas inespecíficos de mau estar, vômitos, dor de
cabeça, cãibras nas partes inferiores das pernas, anorexia e febre.
Uma semana após o início dos sintomas, ela foi avaliada, para a
severa dor de cabeça, em um laboratório de emergência, onde
foram coletados sangue e líquido cefalorraquidiano e realizadas
culturas. A cultura do LCR foi negativa e do sangue foram isolados
pequenos bacilos gram positivos caracterizados como bacilos
coriniformes, os quais são interpretados como contaminantes de
desconhecida importância clínica. A despeito de múltiplas
admissões hospitalares, a laboratorista continuava com sintomas,
entretanto sua condição permanecia sem diagnóstico.
Aproximadamente 5 semanas após o início dos sintomas, seus
colegas do laboratório de microbiologia de um hospital, coletaram
seu sangue para novas culturas. Depois de 5 dias de incubação, um
cocobacilo gram variável foi isolado e mais tarde identificado como
Brucella spp.
As consequências patológicas da exposição
a cepas vacinais B19 foram avaliadas em 30
funcionários de uma planta de produção de
vacinas. Brucelose ativa foi identificada em
21 indivíduos, dos quais somente cinco
relataram alguma exposição acidental. As
manifestações clínicas foram fracas e
somente um paciente apresentou uma
complicação. Depois da antibiótico-
terapia, pacientes sintomáticos apre-
sentaram remissão dos sinais e alguns
ainda continuaram com fracos e persis-
tentes sintomas. Este é o primeiro estudo
relatando infecção por B. abortus B19 em
trabalhadores de plantas de manufatura de
vacinas, as quais foram adquiridas de
exposições não identificadas. Medidas de
melhorias de segurança do manuseio de B.
abortus B19 deverão ser implementadas.
Espécies de brucela
ESPÉCIE AGENTE PRINCIPAL OUTROS
AGENTES

B. melitensis B. abortus
Bruce, 1887 - Malta

B. abortus B. melitensis
Bang, 1897- Dinamarca B. suis
ESPÉCIE AGENTE PRINCIPAL OUTROS
AGENTES

B. suis B. melitensis
Traum, 1914 - EUA
B. abortus

B. ovis (epididimite) B. abortus


Buddle  1953 - Nova Zelândia B. melitensis
ESPÉCIE AGENTE PRINCIPAL OUTROS
AGENTES

B. neotomae
Stoenner & Lackman  1957 – EUA

B. canis B. abortus

Carmichael  1968 - EUA B. melitensis


B. suis
ESPÉCIE AGENTE PRINCIPAL OUTROS
AGENTES
B. marinea
Ross et al.  1994 – Escócia - golfinhos

Brucella ceti (Foster et al. 2007) - já foi isolada de casos


humanos, provando o potencial impacto zoonótico desta brucela
Brucella pinnipedialis (Foster et al. 2007) – Em 1994,
Ross e colaboradores, na Escócia, isolaram e
identificaram de penípedes (focas) uma nova espécie
do gênero Brucella. Em 2007, os novos isolados foram
incluídos no gênero Brucella como o nome de B.
pinnipedialis .
Brucella microti (Scholz et al. 2008) – Duas bactérias
cocóides Gram-negativas, não-móveis, não-
formadoras de esporos, (estirpes CCM 4915T e CCM
4916), foram isoladas a partir de amostras clínicas de
ratazana comum (Microtus arvalis) durante uma
epizootia na República Checa em 2001
B. microti foi também isolada no mesmo ano a partir
do solo da mesma área da República Checa, (Scholz et
al. 2008c), e de gânglios linfáticos mandibulares de
raposas selvagens (Vulpes vulpes) na Áustria. (Scholz et
al., 2009).
Brucella inopinata (BO1) (Scholz et al. 2010). Isolada a
partir de um implante de mama contaminado, de uma
mulher do Oregon (USA) com sinais clínicos de
brucelose.
Uma perereca de olhos grandes 4 anos de idade (Leptopelis
vermiculatus) com duas massas firmes (4 mm de diâmetro) do
lado direito de suas costas do tamanho de uma ervilha, que
foram abertas cirurgicamente, e isolando-se de seu conteúdo
culturas puras de Brucella semelhante à B. inopinata.

Fischer et al. Journal of Zoo and Wildlife Medicine 43: 625–628, 2012
Outra cepa com características típicas de Brucella, mas
distinta das espécies atualmente descritas, foi isolada a
partir de dois babuínos, ambos apresentados como
natimortos (Schlabritz-Loutsevitch et al., 2009)
Finalmente, um relato alarmante veio do Egito. Lá, B.
melitensis foi isolada de peixe-gato (Clarias gariepinus), um
peixe de água doce do Nilo. Estes peixes foram supostamente
infectados pela ingestão de resíduos de carne de animais
infectados jogados no rio (ilegalmente) (El-Tras, et al., 2010).

B. abortus B. suis
ESPÉCIE AGENTE PRINCIPAL OUTROS
AGENTES

B. melitensis B. canis
B. abortus

B. suis

B. melitensis – 3 biovares

B. suis – 5 biovares
B. abortus – 9 biovares
Brucelas confirmadas no Brasil
até 1985

B. abortus: biovares 1,2 e 3 B. suis: biovar 1

Brucelose

B. ovis B. canis
Fonte: Carrillo,1990.
Características da brucella
Cocobacilos ou bacilos curtos com 0,5 m de
largura por 1 m de comprimento.
São gram negativas, não esporuladas, sem cápsula
ou flagelos.
As colônias de Brucella visíveis em meio sólido em
2 – 3 dias.

Colônias lisas são pequenas, arredondadas e


convexas.

A perda da cadeia O do LPS, forma variantes


mucóides ou rugosas.

Estas últimas formas são


naturais nas brucelas canis e
ovis onde o LPS não tem a
cadeia O.
Possible Bioterrorism Agents
BACTERIA
TOXINS
• Bacillus anthracis *
• Yersinia pestis * • Staphylococcal enterotoxins *
• Francisella tularensis * • Botulinum toxins *
• Brucella species * • Ricin
• Coxiella burnetii * • Trichothecene mycotoxins
• Shigella sp. • Saxitoxins
• Salmonella sp.

VIRUSES

• Alphavirus encephalitis viruses *


• Variola virus (smallpox)
• Hemorrhagic fever viruses (Marburg and Ebola)
Brucellae são organismos da classe 3 e potenciais agentes do
bioterrorismo. É uma doença rara em países industrializados, e os
laboratórios de microbiologia clínica não estão freqüentemente
familiarizados com o gênero. Um baixo índice de suspeita por médicos
ou por falta de notificação do laboratório, equivocados resultados da
coloração de Gram, erro de identificação do organismo por sistemas
comerciais, práticas de laboratório inseguras, e acidentes de laboratório
têm sido responsáveis ​por numerosos casos de exposição ao organismo e
doença adquirida em laboratório nos últimos anos. A descoberta de uma
exposição de laboratório para Brucellae deve exigir uma investigação
exaustiva do evento e suas circunstâncias, a definição da população em
situação de risco, a aplicação de práticas de laboratório seguras, e
profilaxia antimicrobiana para as pessoas expostas. Exposições
inadvertidas para Brucellae em laboratório clínico indicam uma
generalizada falta de preparo para lidar com eventuais ameaças
biológicas envolvendo o uso do organismo.
Taxa de Incidência = 82.5%
Taxa de Letalidade = 0.5%
EPIDEMIOLOGIA
Prevalência da brucelose bovina por região, 1996

9,53% 3,74%

1,02%
2,59%

0,76%
Fonte: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO.
Boletim de Defesa Sanitária Animal. V. 29, n. 1-4. 1996.
(a)
(a) 1,04%(0,00%<CI<0,13%)
0,05%
0,64% (0,41%<CI<1,68%)
(0,00%<CI<1,74%)
(a) 2,61%
(a)
(a)0,95%(0,32%<CI<4,90%)
0,00% (0,00%<CI<1,97%)
(-,--%<CI<-,--%)
(b)
(b)(b) 7,55%
0,61%
0,64%
5,73% (4,34%<CI<11,31%)
(0,08%<CI<2,20%)
(0,08%<CI<2,29%)
(2,65%<CI<10,60%)
(b)
(b)3,11%
0,00% (1,43%<CI<5,83%)
(0,00%<CI<1,27%)

Fronteira
SERRA
LITORAL Oeste
Metropolitana
Norte
SUL
NORTE
0,64% 0,61%

7,55%

7,55% 0,0%

5,73%

3,11%
BRUCELOSE BOVINA NA
REGIÃO SUL DO RS.
MATERIAIS E MÉTODOS
Animais Produtores %
Extrato 1 até 50 578 48,0
Extrato 2 51 - 100 223 18,5
Extrato 3 101 - 300 235 19,5
Extrato 4 301 - 500 74 6,1
Extrato 5 mais 500 95 7,9
Total 1205
MATERIAIS E MÉTODOS
Delineamento amostral:
Programa EpiInfo 6.04
Prev. Estimada – 10%
Erro – 5% - 95% Confiança

124 propriedades amostradas


MATERIAIS E MÉTODOS
Delineamento amostral:
Extrato 1 48,0 59
Extrato 2 18,5 23
Extrato 3 19,5 24
Extrato 4 6,1 8
Extrato 5 7,9 10
Total 124
MATERIAIS E MÉTODOS
Extrato 1 – 578 produtores

59 Produtores

578/59 = 9,8  pulo ≈ 10


MATERIAIS E MÉTODOS

Extrato 2 – 223 produtores

23 Produtores

223/23 = 9,7  pulo ≈ 10


Para cada extrato foram sorteados
10 produtores reservas
MATERIAIS E MÉTODOS
Coleta de animais:
Extrato 1 até 50 50%
Extrato 2 51 - 100 20%
Extrato 3 101 - 300 20%
Extrato 4 301 - 500 6%
Extrato 5 mais 500 8%
MATERIAIS E MÉTODOS
Pulo Amostral:

Animais a coletar
Dividir
Total animais
RESULTADOS PARCIAIS
Sangue
Propriedades coletadas - 84
Propriedades positivas - 12
Prevalência – 14,3%
Leite
Propriedades coletadas - 50
Propriedades positivas - 7
Prevalência – 14%
AAT +
2Mercaptoetanol +
TAL +
Prevalência – 14,3%
Total 1205 Produtores

Total 172 Propriedades com


Brucelose nos Municípios de
Santa Vitória do Palmar e
Chuí
Perdas Econômicas por Brucelose

Perda de Leite:

P.L.= N x T. PREV x T. NATAL. x P.L.V.P.A. x 20%

Se:
Média de Produção de leite vaca/dia = 3,5litros
Período médio de lactação = 270 dias
P.L.V.P.A. = 945 lts./leite/ano
T. Prev. = 15%
T. Nat. = 80%

Então:
P.L. = 100 x 15% x 80% x 945 x 20%
P.L. = 2.268 l./leite/ano
Perda de Terneiros:

P.T.= N x T. PREV x %F.BA.(18%)

Então:
P.T. = 100 x 15% x 18%
P.T. = 2,7 terneiros abortados/ano

Perda de Vacas por Infertilidade:

P.V. = N x T. Prev. x %E.F.B. (10%)

Então:
P.V. = 100 x 15% x 10%
P.V. = 1,5 vacas eliminadas/ano
Perda de Carne:

P.C. = N x T. Prev. x P.M.A. x %P.C.A. (15%)

Então:
P.C. = 100 x 15% x 350 Kg x 15%
P.C. = 787,5 Kg./carne/ano deixam de ser produzidas.
Perdas Econômicas por Brucelose
propriedade com 100 fêmeas

2.268 lst/leite

3 terneiros abortados

2 vacas eliminadas p/infertilidade

788 Kg/carne deixam de ser produzidas


R$ ???
PL= N x TP x TN x PLVPA x 20%  PL = 2.268 litros/leite/ano
PT= N x TP x %FBA (18%)  PT  3 terneiros abortados/ano
PV = N x TP x %EFB (10%)  PV  2 vacas eliminadas/ano
PC= N x TP x PMA x %PCA (15%)  PC  788 Kg de carne
deixam de ser produzidas
Considerando o leite produzido com R$ 0,50 o litro e R$
3,50 o valor do kg de carne em peso vivo, sem considerar os
três terneiros abortados, teríamos um custo anual devido a
uma TP de 15%, de R$ = 6.342,00. Isto sem considerar as
perdas em saúde, caso algum funcionário, familiar ou o
próprio produtor rural adquirisse brucelose.
As perdas devidas à brucelose bovina no Brasil foram
estimadas em R$ 420,12 ou R$ 226,47 para cada fêmea
de leite ou corte, respectivamente. O prejuízo total
estimado foi de, aproximadamente, R$ 892 milhões
(equivalentes a $ 448 milhões de dólares americanos).
A cada 1% de variação na prevalência, estima-se a
variação de 155 milhões de reais no custo da brucelose
bovina no Brasil. (Santos et al. (2013) Perdas
econômicas devidas à brucelose bovina no Brasil Pesq.
Vet. Bras. 33:759-764.)
Então Propriedade Leiteira:
100 vacas c/15% de Prevalência
15 vacas Infectadas
15 X 420,12 = R$ 6.301,80
Resistência da brucela
Condição Ambiental Tempo de sobrevivência
Luz solar direta 4 – 5 horas
Solo seco 4 dias
Solo úmido 66 dias
Solo com baixas temperaturas 151 - 185 dias
Fezes 120 dias
Urina 4 - 5 dias
Dejetos
Esgoto 8 – 240 / 700 dias
Altas temperaturas 4 horas – 2 dias
Água
Potável 5 – 114 dias
Poluída 30 – 150 dias
Feto à sombra 180 dias
Exsudato uterino 200 dias
Resistência da brucela nos alimentos
• Temperatura de 71,7ºC 15 segundos
• Temperatura de 60ºC 10 minutos
• Leite 17 dias
• Iogurte até 3 meses
• Manteiga até 4 meses
• Queijos até 6 meses
• Leite congelado > 2 anos
• Carne congelada ou salgada até 40 dias

RIISPOA
Art. 163 - Brucelose - devem ser condenadas as carcaças
com lesões extensas de brucelose.
Parágrafo único - Nos casos de lesões localizadas,
encaminham-se as carcaças à esterilização pelo calor,
depois de removidas e condenadas as partes atingidas.
SENSIBILIDADE DA BRUCELA
• DESINFETANTES

– Álcool 96oGL
– Hipoclorito de sódio 5%
– Hipoclorito de cálcio 5%
– Formol 3%
– Fenol 5%
• CALOR

– Autoclavação: 120oC por 20 minutos


– Pasteurização lenta: 65oC por 30 minutos
– Pasteurização rápida: 72 a 74oC por 15-20 seg.
– Fervura
Fonte: WHO/VPH/84.4
Mecanismos de Transmissão
RESERVATÓRIO
SILVESTRE
Lebre, ratão, javalí

CONTÁGIO DIRETO
Pele e mucosas c/secreções
vaginais, aborto, urina, suor fezes
e secreções nasais
RESERVATÓRIO
DOMÉSTICO VIA DIGESTIVA
Bovino, suíno, caprino, Verduras, água
ovino
CONTÁGIO INDIRETO
contaminação do ambiente pelos
mesmos agentes que originam o HOMEM
contato direto VIA INALATÓRIA
poeira de estábulo,
aerosóis

LEITE E DERIVADOS
INGESTÃO
Como se infectar com brucela?
Vias de penetração da brucela
Patogenia
Depois de sua entrada no organismo a bactéria invade
primeiro os ganglios linfáticos regionais
Vencida esta barreira do sistema imune, se propaga
por via linfática ou pelo sangue até o fígado, baço e
órgãos genitais

Paradoxalmente, a brucela se aloja nas células


fagocitárias, cuja função é acabar com os corpos
estranhos.
Patogenia
Para alcançar suas células-alvo, a Brucella precisa
atravessar as barreiras das mucosas do trato respiratório,
trato geniturinário ou digestivo, onde se submete a
fagocitose por macrófagos residentes e células
dendríticas, resultando na disseminação do organismo
para órgãos linfóides e reprodutivos. A invasão através
do trato digestivo está associada a transmigração
epitelial de bactérias preferencialmente através de células
M. Fagócitos intra-epiteliais também podem transportar a
Brucella do lúmen intestinal para a lâmina própria.
Representação esquemática da invasão Brucella através do trato digestivo. A
entrada é através de células M e, subsequentemente, as bactérias são tomadas
por macrófagos do tecido linfóide associado à mucosa (MALT). Estes
macrófagos transportam as bactérias para os gânglios linfáticos e para locais
sistêmicos. Macrófago explodido mostra tráfico dentro do macrófago de
entrada via balsas lipídicas, através da via endosomal ao compartimento de
ER-like em que Brucella replica [10]. Em vermelho são fatores de virulência
Brucella que estão envolvidos na criação de infecção.
Figura 1: A interação Brucella e macrófagos. As células
preferenciais a serem infectadas pela Brucella são os
macrófagos. Cepas de Brucella com LPS liso (S-LPS)
entram na célula através da interação com jangadas
lipídicas e depois são englobadas em um compartimento
ligado à membrana chamado vacúolo contendo Brucella
(BCV). Este vacúolo mantém alguns marcadores de
jangada lipídica, que encaminham o BCV para o retículo
endoplasmático (RE). Brucella funde com o RE,
adquirindo marcadores RE para evitar a fusão com o
lisossoma antes de começar a se replicar. Mutantes LPS
rugosos não entram no macrófago através das balsas
lipídicas e são rapidamente fundidos com o lisossoma e
mortos. Mutantes na via de biossíntese CβG (Δcgs e Δcgt)
não se fundem com o RE, mas são direcionados para o
lisossoma.
Patogenia
Após multiplicação no sítio de entrada, a B. abortus é
transportada livre ou dentro dos macrófagos para os
linfonodos regionais onde pode permanecer por meses.
Patogenia
As localizações preferenciais são:
Patogenia
Os órgãos de predileção são aqueles em que há maior
disponibilidade de elementos necessários para seu
metabolismo, como o eritritol (álcool polihídrico de
quatro carbonos), que está presente no útero
gravídico, tecidos mamários e ósteoarticulares e
órgãos do sistema reprodutor masculino. A partir do
quinto mês de gestação, a concentração de eritritol
eleva-se atingindo níveis máximos próximo ao parto,
estimulando a multiplicação da bactéria de forma
crescente.
Patogenia
Eventualmente a B. abortus pode se instalar nas
articulações mais exigidas, dando origem a lesões
denominadas higromas, que podem supurar.
Patogenia
A infecção do útero gestante ocorre por via
hematógena.
As brucelas se multiplicam nos placentomas, levando a
uma reação inflamatória da placenta.
Infecção do feto também por via hematógena.
Patogenia
As lesões placentárias raramente atingem todos os
placentomas.
As lesões inflamatório-necróticas impedem a passagem
de nutrientes e oxigênio da mãe ao feto, assim como a
infecção maciça do mesmo causando estresse e o
aborto.
Necrose em placentomas - placenta de bovino
Patogenia
Após 1º aborto imunidade celular  diminuição em nº e
tamanho das lesões de placentomas nas gestações
subseqüentes.
O aborto torna-se infreqüente, aparecendo então
retenção de placenta, natimortalidade ou nascimento de
terneiros fracos.
Sinais Clínicos e Lesões
Sinais Clínicos e Lesões
Higroma
Sinais Clínicos e Lesões
brucelose em eqüídeos: mal da cernelha

Abscesso nas regiões da cernelha ou espinha


da escápula (bursite supra espinhosa)
Caso - 2009
Período de Incubação
O período de incubação da brucelose pode ser de
poucas semanas e até mesmo, meses ou anos.
Quanto mais adiantada estiver a prenhes menor será
o período de incubação.
Período de Incubação
Se a fêmea se infectar por via oral no
momento do serviço, o período de
incubação pode prolongar-se por até 200
dias.
Período de Incubação
Se a fêmea se infectar seis meses após a
monta, este período passa para dois
meses.
Diagnóstico
Métodos diretos: Isolamento e identificação
Diagnóstico
Métodos diretos: Imunohistoquímica
Realizada em material de aborto após fixação em formol.
Permite a identificação do agente, bem como a
visualização de aspectos microscópicos do tecido
examinado.
Métodos diretos: PCR

Detecta um segmento de DNA específico da brucela em


material de aborto, secreções e excreções.
Diagnóstico
Métodos Sorológicos
Testes que visam detectar anticorpos em soro sangüíneo,
leite, muco vaginal e sêmen.

Teste Perfeito:
Detectar infecção no estágio inicial
Discriminar anticorpos vacinais de infecção
Não apresentar reações falso-positivas ou
falso-negativas.
Falso-positivos
Presença de Anticorpos Inespecíficos:
Yersínia enterocolítica O:9; Salmonella sp.; Escherichia coli
O:157 ou Pseudomonas sp.

Presença de Anticorpos Vacinais:


Utilização da vacina B19 após a idade recomendada.

Fatores que influenciam provas sorológicas


Período de incubação muito longo
Status vacinal
Variação individual à resposta vacinal
Estágio de gestação no momento da infecção
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DE BRUCELOSE
(Provas Oficiais PNCEBT)

Teste de triagem diagnóstica:


Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT)
(Rosa de Bengala)
Teste confirmatório de diagnóstico:
Teste do 2-Mercaptoetanol (2-ME)
(2-Mercaptoetanol + Soroaglutinação Lenta)
Teste de referência e para trânsito internacional:
Teste de Fixação de Complemento

Teste para vigilância epidemiológica:


Teste do Anel em Leite (“Ring Test”)
Sorodiagnóstico da brucelose
 Pesquisa de anticorpos  rebanho

TRIAGEM
 AAT ou Rosa Bengala  IgG, IgM
 TAL  IgA , IgG, IgM
______________________________________________________________________________________________

CONFIRMATÓRIOS
 RFC’  IgG1- referên. e trânsito internacional
 2-ME  IgG - dois critérios de interpretação
 FPA  IgG - mP (LPS + Isotiocianato de Fluorosceína)
Sorodiagnóstico da brucelose

TESTES SENSIBILIDADE ESPECIFICIDADE AUTORES

AAT 99,6% 83,1% DAVIES et al., 1971


SLT 70,4% 94,7% NIELSEN, 1998
2-ME 97,1% 97% NICOLETTI , 1966; PAULIN, 2002
RFC’ 97,5% 99,9% NIELSEN et al., 1995
IELISA 99,7% 98,0% UZAL et al., 1998
CELISA 99,3% 99,6% NIELSEN & GALL 1998
FPA 99,2% 99,7% NIELSEN et al., 1998
Título de anticorpos em bovinos infectados com B. abortus ao longo do tempo.
250

Título de Anticorpos em UI
200
IgG1
150
IgM
100 IgA
IgG2
50

0
0 5 12
Tempo em meses

• Título de anticorpos em terneiras vacinadas entre 3 e 8 meses com B-19.


250
Título de Anticorpos em UI

200
IgG1
150
IgM
100 IgA
IgG2
50

0
0 2 4 5 8 10 12
Tempo em meses
Sorodiagnóstico da brucelose
O FPA parte da seguinte premissa: uma molécula contida em
uma solução gira aleatoriamente a uma taxa inversamente
proporcional ao seu tamanho. Essa taxa de rotação pode ser
medida em planos horizontal e vertical utilizando-se um
indicador fluorescente e uma luz polarizada. A molécula de
antígeno solúvel (LPS), conjugada ao isotiocianato de
fluorosceína, girará a uma velocidade alta, resultando em uma
baixa despolarização de luz, enquanto o complexo antígeno-
anticorpo, bem maior e mais pesado, girará mais lentamente,
levando a uma despolarização da luz com velocidade muito
maior. Desta forma, se o anticorpo estiver presente no soro,
irá ligar-se ao antígeno, e a taxa rotacional desse antígeno
conjugado será alterada, e esta mudança poderá ser
determinada pelo analisador de polarização fluorescente,
baseado nas diferenças rotacionais entre o LPS e o complexo
antígeno-anticorpo.
Controle da Brucelose
PROPRIEDADE:
medidas específicas
 Vacinação;
Capítulo III - Da Vacinação Contra a Brucelose
Art. 7º -
§1º A marcação das fêmeas vacinadas é
obrigatória, utilizando-se ferro candente, no lado
esquerdo da cara, com um V, acompanhado do
algarismo final do ano de vacinação.
§ 2º Excluem-se do disposto no § 1º as fêmeas
destinadas ao Registro Genealógico, quando
devidamente identificadas, e as fêmeas identificadas
individualmente por meio de sistema aprovado pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 8º A vacinação será efetuada sob a
responsabilidade técnica de médico veterinário
cadastrado, utilizando dose única de vacina viva
liofilizada, elaborada com amostra 19 de Brucella
abortus (B19). --------------
Parágrafo único. Onde não houver médicos
veterinários cadastrados ou em regiões onde eles não
atenderem plenamente a demanda do PNCEBT, o
serviço de defesa oficial poderá assumir a
responsabilidade técnica ou mesmo a execução da
vacinação.
Art. 9º O cadastro de médicos veterinários será
gratuito.

Art. 10. É proibida a utilização da vacina B19 em


machos de qualquer idade e em fêmeas com idade
superior a 8 (oito) meses. --------
Art. 11. É obrigatória a comprovação da vacinação
das bezerras na unidade local do serviço de defesa
oficial, no mínimo uma vez por semestre.

ATESTADO DE VACINAÇÃO CONTRA BRUCELOSE

Atesto que foram vacinadas _________ ( _____________ )


bezerras contra brucelose e marcadas com V____, de
propriedade do(a) Sr(a).
___________________________________________________, na
Propriedade ________________________________, cadastrada
no serviço de defesa oficial estadual sob o nº ______________,
localizada no município de _______________________________,
U.F. _______.
A vacina utilizada foi a B19, do laboratório _____________,
partida nº ______________, fabricada em _______________ e
com validade até _______________.

________________________________________
Local e data de vacinação

_________________________________________
Médico veterinário
Carimbo – CRMV e nº de cadastro no serviço de defesa
oficial estadual
Parágrafo único. A comprovação da vacinação será
feita por meio de atestado emitido por médico
veterinário cadastrado, de acordo com normas e
usando modelo a ser definido pelo Departamento
de Defesa Animal. Anexo 4
VACINAÇÃO CONTRA BRUCELOSE
PROPRIETÁRIO: _____________________________________________
PROPRIEDADE: ______________________________________________
CADASTRO DA PROPRIEDADE NO SERVIÇO DE DEFESA OFICIAL
No :___________________ MUNICÍPIO: _____________ U.F.: ________

Atesto, para os devidos fins, que usando vacina


B19 contra brucelose, do laboratório _______________, partida
nº ____________, fabricada em ______________ e com validade
até __________________, foram vacinadas as seguintes bezerras:
(número, nome, idade e raça)
1. _____________________________________________________
2. _____________________________________________________
3. _____________________________________________________
4. _____________________________________________________
5. _____________________________________________________

_____________________________________________
Local e data de vacinação
______________________________________________
Médico veterinário
Carimbo – CRMV e nº de cadastro no serviço de defesa oficial
estadual
Art. 12. A vacinação de fêmeas com idade superior a
oito meses poderá ser autorizada com imunógenos
que não interferem nos testes de diagnóstico, nas
condições definidas pelo Departamento de Defesa
Animal.

Art. 15. Para comercialização de vacina será exigida


a apresentação de receita emitida por médico
veterinário cadastrado, a qual ficará retida no
estabelecimento comercial à disposição da
fiscalização do serviço de defesa oficial.
AAT Teste de
triagem
 Monitoramento sorológico;
+ -
C
- O
2-ME N
FC F
I
- + I +
R
M
A
Sacrifício 2-ME (reteste) Sacrifício T
Ó
R
- + I I
O
Sacrifício
 Monitoramento sorológico;
Erradicação na propriedade
1 2 3
+ +
30-90 dias 12 meses

30-90 dias
3-4 meses 3-4 meses L L
6-8 meses
3-4 meses
3-4 meses
6-8 meses 6-8 messes
6-8 meses
L L L
L L L 30-90 dias
12 meses 12 meses
12 meses 12 meses
L +
12 meses
 Sacrifício progressivo dos reatores;
 Sacrifício progressivo dos reatores;
Animal Positivo deve ser marcado, isolado e
sacrificado em até 30 dias após diagnóstico.
Pode ser enviado para frigorífico para abate
sanitário ou...
 Sacrifício progressivo dos reatores;
Abatido na própria propriedade com presença
de veterinário oficial (IVZ), para conferir
identificação do animal positivo e normas
para evitar contaminação ambiental.
 Quarentena.
Proveniente de propriedade
livre de Brucela ou...
Dois testes negativos com
intervalo mínimo entre testes
de 30 dias
1º Teste 30 dias antes do embarque. 2º Teste
até 30 dias após ingresso no estabelecimento
de destino. Mantido isolado até resultado 2º
teste.
COMBATE À BRUCELOSE BOVINA

• Educação sanitária
• Vacinação
• Rotina de testes sorológicos
• Abate sanitário ou destruição dos animais
reagentes
• Desinfecção das instalações e destruição
de restos placentários, fetos abortados e secreções
• Piquetes maternidade
• Quarentena de animais introduzidos no rebanho
• Exame de saúde das pessoas envolvidas
POTENCIAIS FONTES DE INFECÇÃO PARA
REBANHOS LIVRES

1- PORTADORES SOROLOGICAMENTE NEGATIVOS


2- PORTADORES LATENTES
3- OUTRAS ESPÉCIES
4- ANIMAIS INFECTADOS COM OUTRAS ESPÉCIES
DE Brucella
5- ANIMAIS DE ÁREAS VIZINHAS
6- ANIMAIS INTRODUZIDOS DE OUTRAS ÁREAS
7- USO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
CONTAMINADOS
OBRIGADO
PELA
ATENÇÃO

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