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PEDAGÓGICAS ELETIVAS
VOLUME II
Aracaju – SE
2022
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, DO ESPORTE E DA CULTURA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
SERVIÇO DE ENSINO MÉDIO
Cabe ressaltar que algumas dessas atividades integradoras eletivas foram disponibilizadas
neste Caderno integralmente, isto é, mantendo-se sua originalidade, não necessitando de quaisquer
ajustes; entretanto, algumas eletivas sofreram ajustes necessários, de ordem técnica, o que não
compromete o conteúdo da proposta originalmente construída, respeitando, assim, o trabalho do
professor. Para além disso, salientamos que as referências bibliográficas/complementares, assim
como o material de apoio disponibilizados em cada Atividade Integradora é de responsabilidade de
seus respectivos autores(as).
Reforça-se, ainda, que todas as atividades foram analisadas pela equipe SEMED,
considerando alguns critérios, como: apresentar intencionalidade pedagógica; relacionar-se às
Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular; perpassar por no mínimo um eixo
estruturante, entre outros. Além disso, solicitou-se a prévia autorização aos respectivos professores-
autores para a publicação.
Por meio dessa ação, é perceptível a responsabilidade profissional envolvida em cada
professor(a), sua compreensão e real significado sobre a composição das Eletivas. Assim,
parabenizamos a todos vocês, estimados professores, que, com criatividade, dedicação e competência,
abrilhantaram este documento na elaboração das atividades.
Direitos Humanos: em terra de mitos, bandido bom é bandido morto?
Adriano Morais Araújo1
Temas: Declaração Universal dos Direitos Humanos; Política Nacional de Direitos Humanos; Violência
e seus tipos; Cidadania; Homofobia; Xenofobia; Racismo; Intolerância Religiosa; Crise de Refugiados;
entre outros.
Carga Horária: 40 m/a
Área do Conhecimento: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Linguagens e suas
Tecnologias
Unidade Curricular:
Observatório: grupos de estudantes que se propõem, com base em uma problemática definida,
a acompanhar, analisar e fiscalizar a evolução de fenômenos, o desenvolvimento de políticas públicas
etc.
Recursos Necessários:
Computadores, datashow, internet, biblioteca, material de papelaria e suporte entre outros.
Avaliação:
Inicialmente, deve ser estabelecido um modelo simplificado de avaliação diagnóstica para
identificar o nível de compreensão sobre os temas abordados e nortear as demais ações. Após essa
etapa todo o processo deverá ser formativa destacando o envolvimento e a produção dos estudantes.
Todo esse processo deve estar em sintonia com as habilidades propostas pelo eixo estruturante da
Mediação e Intervenção Sociocultural.
Os processos avaliativos serão assim estabelecidos: pesquisas bibliográficas, relatórios, mesa
redonda, debates e seminários voltados para o conhecimento da realidade dos direitos humanos em
âmbito global, nacional, regional e local.
1
E-mail: moraisadri@gmail.com
Orientações Didáticas:
O ano de 2018 marca o 70º aniversário de um dos mais importantes documentos referência para
as relações humanas. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi construída após a Segunda
Guerra Mundial como consequência das atrocidades cometidas em nome da autoafirmação e em defesa
da liberdade. A violência é um fator social, e não pode ser sinônimo da noção de crime, já que nem
tudo o que é crime implica violência e nem toda violência é tipificada como crime. O que determina
se um comportamento é violento ou se um tipo específico de violência deve ser apenado por lei e,
portanto, constituindo em crime, é a sociedade se manifestando através de um corpo de normas para
um momento histórico determinado. Desse modo, a noção de Direitos Humanos, que tem na Revolução
Francesa um dos marcos das primeiras transformações no Ocidente pela garantia da liberdade e da
igualdade, foram deixados de ser uma pauta social durante o período das duas grandes guerras
mundiais.
Os crimes contra a humanidade historicamente cometidos foram potencializados pelo avanço
da máquina de guerra nazista, Soviética e pelo mundo Ocidental. Os judeus sentiram na pela as marcas
desse “poder”. Buscando acabar com a possibilidade de que essas atrocidades voltassem a ocorrer, no
dia 10 de dezembro de 1948 a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou e proclamou a Declaração
Universal dos Direitos Humanos. Logo após, a Assembleia Geral solicitou a todos os países membros
que publicassem o texto da Declaração para que ele fosse divulgado, mostrado, lido e explicado,
principalmente nas escolas e em outras instituições educacionais, sem distinção nenhuma baseada na
situação política ou econômica dos países ou estados.
A Declaração defende que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da
família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz
no mundo, apontando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos
bárbaros que ultrajaram a consciência da humanidade e que o advento de um mundo em que todos
gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem
a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do ser humano comum;
demonstrando ser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo império da lei, para que o
ser humano não seja compelido, como último recurso, a rebelião contra a tirania e a opressão;
considerando ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações;
considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta da ONU, sua fé nos direitos
humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de direitos entre homens
e mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma
liberdade mais ampla.
Cabe aos os Estados-membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações
Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades humanas fundamentais e a observância desses
direitos e liberdades, considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais
alta importância para o pleno cumprimento do respeito ao ser humano.
O estudante terá acesso ao aprofundamento dos seguintes OBJETOS DO CONHECIMENTO
como: A Declaração Universal dos Direitos Humanos, Política Nacional de Direitos Humanos,
violência e seus tipos, cidadania, homofobia, xenofobia, racismo, intolerância religiosa, crise de
refugiados entre outros.
A interdisciplinaridade é uma premissa da proposta, pois engloba temáticas pertinentes as
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e a Linguagens códigos e suas tecnologias objetivando a
dimensão da EXPANSÃO e EXPLORAÇÃO para que o estudante possa aprender a conviver, a
refletir sobre as relações sociais; ampliar os horizontes e possibilidades, encontrar-se com o outro numa
perspectiva da dimensão cidadã. Acredita-se que o mergulho nesta proposta possa elevar reflexões
visando o desenvolvimento do indivíduo crítico uma vez que a atividade encontra-se sobre a orientação
do eixo MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL que visa ampliar a capacidade dos
estudantes de utilizar conhecimentos relacionados a uma ou mais Áreas de Conhecimento, à Formação
Técnica e Profissional, bem como a temas de seu interesse para realizar projetos que contribuam com
a sociedade e o meio ambiente.
O “Observatório” aqui ofertado buscará contribuir para uma reflexão sobre o processo histórico
e social de construção dos direitos humanos e da violência enquanto um problema social, de modo a
sensibilizar o estudante para as temáticas abordadas por meio de uma visão para além do senso comum.
A proposta vai ser conduzida por um foco pedagógico que envolva os estudantes nos campos de atuação
da vida pública, através da participação em projetos e ações de intervenção promovendo a educação
integral objetivando a transformação de uma sociedade mais JUSTA e INCLUSIVA elencada pelos
princípios da COLABORAÇÃO, RESPEITO à DIFERENÇA, INCLUSÃO e a EQUIDADE.
Referências:
CARDOSO, Mauricio. Et al. Direitos Humanos: diferentes cenários, novas perspectivas. São Paulo,
Editora do Brasil, 2012.
COMPARATO, Fábio Konder. A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos. São Paulo: Saraiva.
DOUZINAS, Costas. O Fim dos Direitos Humanos. São Leopoldo: Editora Unisinos.
HUNT, Lynn. A invenção dos direitos humanos: uma história. 1º Ed. Curitiba: A Página, 2012.
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional internacional. São Paulo: Saraiva.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Et al. Cidadania, um projeto em construção: minorias, justiça e direitos. 1º
Ed. São Paulo: Claro Enigma, 2012.
Onde você Esconde seu Racismo?
Agnes Santos Melo2
Unidade Curricular:
Núcleo de Estudos.
Recursos Necessários:
Computador, internet, material de papelaria, livros.
Avaliação:
Os estudantes serão avaliados de forma processual pela participação e
comprometimento no desenvolvimento das atividades propostas. Atividades essas como
fóruns, campanhas, seminários, entre outros.
2
E-mail: profagnes29@gmail.com
Orientações Didáticas:
Torna-se pertinente discutir este tema, visto que, o Brasil é o país com a segunda
maior população negra no mundo, ficando atrás somente da Nigéria. Dessa forma, mais da
metade do povo brasileiro descende de povos africanos. Apesar disso, situações racistas ainda
acontecem com certa frequência em diversas esferas da sociedade, bem como as culturas
africanas e afro-brasileiras não são respeitadas e valorizadas. Sendo assim, através do
fomento a discussões e reflexões, levantar questões fundamentais a respeito da importância
dos negros na construção da história do povo brasileiro, alicerçado entre outros pontos na
Lei 11.645/08 que regulamenta a obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Afro-
brasileira em todos os níveis de ensino.
A unidade curricular utilizada será o Núcleo de Estudo: desenvolve estudos sobre
tema específico de interesse do grupo e dissemina conhecimento através de eventos como:
seminários, fóruns, palestras, publicações, campanhas.
No tocante a interdisciplinaridade, o tema proposto na atividade integradora
conversa com os seguintes componentes curriculares: Geografia e História. Podemos perceber
essa interdisciplinaridade através dos objetos de conhecimento que serão trabalhados a
exemplo da diferenciação entre etnia, raça e cor; escravidão no Brasil; abolição da
escravatura; racismo estrutural e institucional e ações afirmativas.
Torna-se pertinente ressaltar que, a forma de avaliação utilizada promoverá a
articulação principalmente com a dimensão 2: Expansão e exploração, visto que, promoverá
a discussão crítica dos temas do racismo estrutural, algumas formas de preconceito e de
discriminação como resultado das relações e práticas sociais estabelecidas historicamente,
além de promover a reflexão a respeito da igualdade racial e do respeito às diferenças.
O tema proposto pode ser desenvolvido através de pesquisa com os estudantes onde
eles possam autodeclarar sua raça/cor, fazendo uso da classificação utilizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sendo eles: Amarelo, Branco, Indígena, Pardo e
Preto. Solicitar que os estudantes que participam da atividade integradora, façam essa
pesquisa com os familiares que residem no mesmo imóvel que eles. Tabular os dados obtidos
através da confecção de 02 (dois) gráficos: 01(um) com os dados exclusivos dos estudantes
e outro gráfico utilizando as informações dos estudantes e dos seus respectivos familiares.
Balizar os dados através de pesquisas em livros e artigos que tratem sobre os dados de raça/cor
que foram coletados. Apresentar
os dados através de fóruns ou seminários; pesquisar sobre o conceito de racismo e casos de
racismo no Brasil. Os estudantes irão pensar em estratégias para o enfrentamento do racismo
no Brasil.
Por fim, elencamos alguns títulos (referências) que serviram de base para a
construção da Atividade Integradora.
Referências:
ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo Estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.
RIBEIRO, Djamila. Pequeno Manual Antirracista. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras,
2019.
Não me Cale: gênero, sexualidade e empoderamento feminino
Agrimaria Nascimento Matos3
Temas: O papel e o lugar da mulher ao longo da história; Patriarcado; A construção do machismo como
sistema social e cultural; Visões sobre feminilidade e masculinidade; Identidade de gênero; Sexo e
sexualidade; Violência doméstica e contra a mulher; A mulher na ciência, no trabalho e na política;
Feminismos, igualdade de gênero e empoderamento feminino.
Carga Horária: 40 m/a
Área do Conhecimento: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Unidade Curricular:
Núcleo de estudos.
Recursos Necessários:
Computadores, datashow, internet, laboratório de informática, biblioteca, impressora, material de
papelaria e afins.
Avaliação:
Processual e contínua, que leve em consideração o envolvimento e produção dos estudantes em
cada etapa de aprendizagem. A avaliação deve estar em consonância com as habilidades gerais e
específicas definidas nos eixos estruturantes de investigação científica e de mediação e intervenção
3
E-mail: guiumatos@yahoo.com.br
sociocultural. Os processos avaliativos poderão ser mensurados por meio da análise dos materiais
produzidos (pesquisas bibliográficas e exploratória em diversos meios científicos e na mídia,
levantamento e produção de dados), da interpretação e comunicação feita pelos estudantes dos objetos
de conhecimento investigados (elaboração de relatórios, debates, rodas de conversa ou seminários) bem
como a criatividade, inovação e pertinência das ações de mobilização e intervenção propostas para a
sensibilização e possíveis soluções dos problemas identificados (produção de material visual e escrito:
propaganda, panfleto, exposições, vídeos, etc.), tendo como horizonte o respeito aos direitos humanos,
à ética, à solidariedade, o respeito à diversidade e aos princípios democráticos.
Orientações Didáticas:
A atividade integradora eletiva “Não me cale”: gênero, sexualidade e empoderamento feminino
visa contribuir para o desenvolvimento de competências gerais da BNCC e as habilidades previstas nos
eixos estruturantes selecionados para uma formação integral do estudante no ensino médio articulada
aos seus projetos de vida.
Em relação às competências gerais da BNCC destacamos aquelas com as quais esta atividade
integradora articula-se mais diretamente: 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente
construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; 2. Exercitar
a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das diferentes áreas; 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a
cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades,
culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
A proposta da presente atividade integradora parte de uma percepção protagonista e crítica do
sujeito, na medida que apresenta em seus eixos estruturantes – investigação científica e mediação e
intervenção sócio cultural - a possibilidade da construção de um pensamento e raciocínio científico, para
uma compreensão e abordagem do fenômeno de forma analítica e reflexiva que contribua para fortalecer
nos estudantes valores éticos, democráticos, igualitários e solidários.
A unidade curricular de núcleo de estudos visa desenvolver estudos e pesquisas, promover fóruns
de debate sobre um determinado tema de interesse e disseminar conhecimentos por meio de eventos
diversos – seminários, palestras, encontros, colóquios -, publicações, campanhas, entre outros.
Referências:
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Sejamos todos feministas. São Paulo, Companhia das Letras, 2014.
BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo: fatos e mitos. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1960a.
HEILBORN, Maria Luiza e SORJ, Bila. Estudos de gênero no Brasil in: MICELI, Sérgio (org.) O que
ler na ciência social brasileira: 1970-1995, ANPOCS/CAPES. São Paulo: Editora Sumaré, 1999, p.
183-221.
HOBSBOWN, Eric. A era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Cia das Letras, 1995.
HOOKS, Bell. O feminismo é para todo mundo. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018
SOUZA, Luiz Antônio F. de; SABATINE, Thiago Teixeira; MAGALHÃES, Boris Ribeiro. (org.)
Michel Foucault: sexualidade, corpo e direito. Marília: Oficina Universitária; São Paulo: Cultura
Acadêmica, 2011.
Um Passo para o Futuro: educação financeira e sustentabilidade
Almir Souza Vieira Junior4
Ronney Marcos Santos5
Unidade Curricular:
Oficinas: espaços de construção coletiva de conhecimentos, técnicas e tecnologias, que
possibilitam articulação entre teorias e práticas (produção de objetos/equipamentos, simulações de
“tribunais”, quadrinhos, audiovisual, legendagem, fanzine, escrita criativa, performance, produção e
tratamento estatístico etc.).
4
E-mail: almirgeojr@gmail.com;
5
E-mail: ronneymarcos@gmail.com
Recursos Necessários:
Computador, Datashow, internet, e-books, planilhas eletrônicas, material de papelaria,
calculadora e afins.
Avaliação:
Orientações Didáticas:
Referências:
BUAES, Caroline Stumpf. Comerlato, Denise. Doll, Johannes. Caderno de Educação Financeira: viver bem
com o dinheiro que se tem. Porto alegre: ed. UFRGS, 2015. 87 p.f
FILHO, Manuel. ABREU, Aline. Desatando os nós: economia para crianças. Editora Melhoramentos,
2014.
FUNDAÇÃO PREVIDENCIÁRIA IBM. Educação Financeira: seu futuro financeiro está em suas mãos
- aprenda a cuidar bem do seu dinheiro.
JACOBI, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de pesquisa, n. 118, p. 189-
205, mar. 2003.
JR, Valter Police. Aposentadoria: faça seu próprio pé de meia. Infomoney. ONU. Relatório
brundtland, 1997. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente/>. Acesso
em: 30 mai. 2017.
ORRELL, David. Loon, Borin Van. Entendendo economia. De pitágoras aos principais economistas
contemporâneos. 2. Ed. Leya. 2013.
SOUZA, Rosimeri Melo e (org.). Território, planejamento e sustentabilidade: conceitos e práticas. São
cristóvão: Editora UFS, 2009.
VEIGA, José Eli. Sustentabilidade: a legitimidade de um novo valor. São paulo: SENAC São Paulo, 2010.
Educação Ambiental e Qualidade de Vida
Temas: Educação Ambiental; Meio Ambiente; Identidade; Pertencimento; Lugar, Percepção Ambiental;
Problemas Socioambientais; Indicadores de Qualidade de Vida.
Carga Horária: 40 m/a
Área do Conhecimento: Ciências Humanas e Sociais e Aplicadas
6
E-mail: cleanegeografia@gmail.com
Mediação e (EMIFCG07) Reconhecer e (EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que
Intervenção analisar questões sociais, ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
Sociocultural culturais e ambientais diversas, sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes
identificando e incorporando identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
valores importantes para si e para local, regional, nacional e/ ou global, com base em
o coletivo que assegurem a fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
tomada de decisões conscientes, Aplicadas.
consequentes, colaborativas e (EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de
responsáveis. mediação e intervenção para resolver problemas de
(EMIFCG09) Participar natureza sociocultural e de natureza ambiental, em
ativamente da proposição, âmbito local, regional, nacional e/ou global,
implementação e avaliação de relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
soluções para problemas
socioculturais e/ou ambientais
em nível local, regional, nacional
e/ou global,
corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos
voltados ao bem comum.
Unidade Curricular:
Oficinas.
Recursos Necessários:
Computador; data show; internet; material de papelaria; material de reciclagem (garrafas pet,
madeira, tecidos usados, entre outros).
Avaliação:
Será avaliada a participação do estudante nas discussões do tema, leitura e fichamento de
referenciais teóricos voltados para a investigação científica, assim como para a compreensão da temática.
Além disso, o estudante será avaliado enquanto membro de uma equipe e seu papel protagonista na
elaboração de uma ação coletiva. Por fim, os estudantes deverão apresentar estratégias práticas de difusão
da temática com vistas a difusão na sociedade.
Orientações Didáticas:
A questão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que envolve um conjunto
de atores do universo educativo. Desse modo, refletir sobre a complexidade ambiental implica questionar
valores e premissas que norteiam as práticas sociais prevalecentes, suscitando mudança na forma de
pensar e transformação no conhecimento e nas práticas educativas. Isso justifica a necessidade de se
multiplicarem as práticas sociais baseadas no fortalecimento do direito ao acesso à informação e à
educação ambiental em um ponto de vista integrador.
Trata-se de gerar o crescimento da consciência ambiental, expandindo a possibilidade de a
população participar de forma mais efetiva no processo decisório, como um modo de fortalecer sua co
responsabilidade na fiscalização e no controle dos agentes de degradação ambiental.
A principal linha de atuação da educação ambiental deve estar ligada, acima de tudo, à
solidariedade, à igualdade e ao respeito à diferença através de formas democráticas de atuação baseadas
em práticas interativas e dialógicas. Isto está relacionado à finalidade de criar novas atitudes e
comportamentos diante do consumo na nossa
sociedade e de estimular a mudança de valores individuais e coletivos (JACOBI, 2003).
Atualmente o sentido de educar ambientalmente precisa ir além de sensibilizar a população, neste
caso os estudantes, para o problema, visto que não basta mais apenas ter conhecimento do que é certo
ou errado em relação ao meio ambiente. “É preciso, portanto, o exercício pleno de nossa cidadania em
um processo de conscientização” (consciência + ação)” (GUIMARÃES, 2003, p. 102).
Assim, a educação ambiental assinala para propostas pedagógicas situadas na conscientização,
mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação
dos estudantes no meio ambiente, no espaço geográfico. Tais mudanças devem e serão estimuladas no
espaço mais próximo, ou seja, no espaço cotidiano, no espaço escolar.
Será adotada a investigação científica como eixo estruturante que tem como ênfase ampliar a
capacidade dos estudantes de investigar a realidade, compreendendo, valorizando e aplicando o
conhecimento sistematizado, por meio da realização de práticas e produções científicas relativas a uma
ou mais Áreas de Conhecimento, à Formação Técnica e Profissional, bem como a temáticas de seu
interesse.
Neste eixo, os estudantes participam da realização de uma pesquisa científica, compreendida
como procedimento privilegiado e integrador de áreas e componentes curriculares. O processo pressupõe
a identificação de uma dúvida, questão ou problema; o levantamento, formulação e teste de hipóteses; a
seleção de informações e de fontes confiáveis; a interpretação, elaboração e uso ético das informações
coletadas; a identificação de como utilizar os conhecimentos gerados para solucionar problemas diversos;
e a comunicação de conclusões com a utilização de diferentes linguagens.
A mediação e intervenção sociocultural, é o outro eixo estruturante da atividade, e tem como
ênfase ampliar a capacidade dos estudantes de utilizar conhecimentos relacionados a uma ou mais Áreas
de Conhecimento, à Formação Técnica e Profissional, bem
como a temas de seu interesse para realizar projetos que contribuam com a sociedade e o meio ambiente.
Neste eixo, privilegia-se o envolvimento dos estudantes em campos de atuação da vida pública,
por meio do seu engajamento em projetos de mobilização e intervenção sociocultural e ambiental que os
levem a promover transformações positivas na comunidade.
Na presente proposta de atividade integradora o componente curricular Geografia poderá fazer
uma interação com a Biologia, no sentido de que tais componentes tenham seu embasamento teórico
voltados para a discussão das questões socioambientais, do uso e ocupação do espaço/natureza/meio
ambiente de forma consciente e sustentável.
A proposta objetiva apresentar para os estudantes de que modo a educação ambiental pode
contribuir para o nivelamento da qualidade de vida da sociedade em geral, em meio a todo contexto de
degradação dos recursos naturais em prol do elevado processo de urbanização desordenada,
industrialização crescente e uso dos recursos naturais. Além disso, objetiva levantar uma discussão e
elaboração de estratégias que transmita para a população em geral o quanto o cuidado com o nosso
espaço, nosso lugar, de forma coletiva e consciente pode contribuir para mudança na qualidade de vida
nas cidades, especialmente.
Sabe-se que as práticas de educação ambiental geram um aumento de conhecimento, mudança de
valores e aperfeiçoamento de habilidades, condições básicas para estimular uma maior integração e
harmonia dos indivíduos com o meio ambiente e espaço geográfico, condições que se estendem além dos
limites do espaço escolar.
A ideia essencial aqui apresentada é do desenvolvimento de uma proposta de pesquisa em que os
estudantes serão incentivados a desenvolverem essa proposta diretamente na condição de pesquisador.
É uma forma de inovar na Geografia, torná-la dinâmica e crítica, pois visa instigar a curiosidade dos
alunos e unir assuntos cotidianos que nos livros didáticos parecem não ter conexão. De forma mais
especifica, pode-se dizer que a construção do conhecimento
através da prática de pesquisa e da elaboração de estratégias de intervenção sociocultural é uma ação que
aproxima o aluno da realidade que o cerca, isto é, do espaço geográfico que o cerca.
Como forma de avaliação destacam-se a participação nas discussões do tema, leitura e fichamento
de referenciais teóricos voltados para a investigação científica, assim como para a compreensão da
temática. Na oficina será avaliado o papel do estudante como protagonista no estudo de uma ação coletiva
de conscientização ambiental, não esquecendo da elaboração de estratégias práticas de difusão da
temática com vistas a difusão na sociedade, possibilitando uma articulação entre a teoria e prática.
A educação ambiental pode ser um elo e uma ferramenta para aprimorar o exercício da cidadania
no ambiente escolar através da observação da realidade socioambiental local e das práticas de cada
sujeito envolvido nesse contexto. A atividade integradora abrirá possibilidade do estudante descobrir seus
interesses para com as questões ambientais, refletir sobre as relações sociais e seu papel na sociedade
enquanto cidadão informado e consciente de suas atitudes, além disso, o estudante enquanto protagonista
de sua trajetória poderá despertar para caminhos da vida pessoal e profissional.
Referências:
CASTELLAR, S. M. V. (Org.) Educação Geográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo: Contexto,
2007.
FAZENDA, Ivani. Interdisciplinaridade: definição, projeto, pesquisa. In: FAZENDA, Ivani (org)
Práticas interdisciplinares na escola. São Paulo: Cortez, 2002. p.15 – 18.
JACOBI, Pedro. Educação e meio ambiente – transformando as práticas. In: Revista de Educação
Ambiental, Vol II, n. 0, nov, 2004.
_____. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. In: Caderno de pesquisa (118): 189, mar. 2003.
Temas: A presença indígena na formação do Brasil; A cultura dos povos indígenas do Brasil; Os índios na
atualidade.
Carga Horária: 40 m/a
Área do Conhecimento: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Unidade Curricular:
Disciplina.
Recursos Necessários:
Acesso à internet, mídias móveis, datashow, sala de aula, espaços públicos, material de papelaria,
material impresso.
Avaliação:
A avaliação será contínua, avaliando assim, a participação no que se refere à interação dos
alunos, diante da proposta de aula, dentro das habilidades e eixo estruturante, que objetiva uma avaliação
permanente no processo da aprendizagem acerca das atividades que serão trabalhadas por meio de
seminários, resumo avaliativo, documentários e exposições.
Orientações Didáticas:
7
E-mail: alcantaragilvania@yahoo.com.br
Caro(a) professor(a), venho através desta, apresentar, a relevância dos temas afins ao título
proposto à Atividade Integradora trabalhando desta forma com ênfase na contribuição para indígena para
o Brasil, a cultura indígena como legado para sociedade brasileira, trabalhando e entendendo o índio na
atualidade.
Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente
100 milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos,
aproximadamente.
Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco linguístico ao
qual pertenciam: tupi-guaranis (região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do Planalto Central),
aruaques ou aruak (Amazônia) e caraíbas ou karib (Amazônia).
Atualmente, calcula-se que apenas 800 mil índios ocupam o território brasileiro,
principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 305 etnias
indígenas e 274 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos portugueses. O
contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.
Apresentamos aqui a primeira parte da Atividade Integradora “Núcleo de Estudos da África,
da Diáspora e dos Povos”, que compõe o Itinerário Formativo de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
De um modo mais amplo, segundo os documentos oficiais que versam sobre o Novo Ensino
Médio, com ênfase na Lei 13.415 e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM),
os Itinerários Formativos têm como objetivo: 1. Aprofundar as aprendizagens relacionadas às
Competências Gerais e às Áreas de Conhecimento; 2. Consolidar a formação integral dos estudantes,
desenvolvendo a autonomia necessária para que realizem seus projetos de vida; 3. Promover a incorporação
de valores universais, como ética, liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade; 4. Desenvolver habilidades que permitam aos estudantes ter uma visão de mundo ampla
e heterogênea, tomar decisões e agir nas mais diversas situações, seja na escola, seja no trabalho, seja na
vida. Devemos evidenciar que esse espaço de flexibilização faz uma conexão direta com a Formação Geral
Básica dos estudantes de Ensino Médio, cuja finalidade é promover a formação humana integral dos
estudantes em suas dimensões intelectual, física, social, emocional e cultural, em articulação com a
construção de seu projeto de vida, e contribuir com a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.
Entre as Unidades Curriculares possíveis para desenvolvermos a parte flexível do currículo,
escolhemos para essa Atividade Integradora o NÚCLEO DE ESTUDOS. De acordo com o Guia de
Implantação do Novo Ensino Médio, NÚCLEO DE ESTUDOS significa: espaço para desenvolver estudos
e pesquisas, promover fóruns de debates sobre um determinado tema de interesse e disseminar
conhecimentos por meio de eventos — seminários, palestras, encontros, colóquios, publicações,
campanhas etc. (juventudes, diversidades, sexualidade, mulher, juventude e trabalho etc.).
Trata-se de uma situação de aprendizagem aberta e dinâmica, na qual, para a aprendizagem é
reservado um espaço coletivo, de interação de grupo, que permite a inovação e a troca de experiências.
Durante toda a execução dessa Atividade Integradora, serão mobilizadas as habilidades citadas acima em
articulação com os conceitos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas presentes na Formação Geral
Básica e nas outras Atividades Integradoras desse Itinerário.
O eixo estruturante é INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, cujo objetivo, de acordo Com o Guia
de Implementação do Novo Ensino Médio é – investigar a realidade, compreendendo, valorizando e
aplicando o conhecimento sistematizado, por meio da realização de práticas e produções científicas.
Em “Núcleo de Estudos da África, da Diáspora e dos Povos”, os estudantes se debruçarão sobre
Sergipe, identificando seu desenvolvimento a partir das categorias tempo, espaço e lugar. O foco é a análise
e descrição da produção do espaço, condicionantes geoambientais, história, economia, governo, trabalho,
buscando identificar suas características, limitações, permanências e resistências no contexto do Estado de
Sergipe.
Inicia-se essa Atividade Integradora com o estudo histórico e geográfico do nosso estado
buscando possibilitar o conhecimento básico geral para aprofundamento dos estudos territoriais e culturais.
É possível também destacar habilidades relativas à gestão de projetos e levantamento de dados por meio de
pesquisa bibliográfica e em diferentes mídias, análise e seleção de fontes confiáveis, registro de atividades
experimentais, com foco na produção de texto dissertativo-argumentativo, a partir do exercício da prática
investigativa. Essa Atividade Integradora tem como foco aprofundar conceitos fundantes das ciências
humanas para a interpretação de ideias, fenômenos e processos, bem como ampliar habilidades relacionadas
ao pensar e fazer científico. Assim, ao utilizar esses conceitos e habilidades em procedimentos de
investigação voltados à compreensão e enfrentamento de situações cotidianas, poderão ser realizadas
propostas de intervenções que considerem o desenvolvimento local e a melhoria da qualidade de vida da
comunidade. Essa proposta também tem o intuito de estabelecer relações de proximidade com o projeto de
vida do estudante e seu cotidiano.
O ensino das Ciências Humanas deve começar a partir do saber que o aluno tem através de suas
experiências de vida, ou seja, estabelece uma relação com o saber popular e o científico através de
pesquisas, diálogos, etc. O professor deve estimular e criar situações para que os alunos sejam envolvidos
pelo tema abordado passando assim a serem participativos e ampliando seu conhecimento, pois o Estudo
das Ciências Humanas reflete as transformações sofridas pela sociedade moderna, com o objetivo de
formar cidadãos críticos, sujeitos de suas ações e construtores de suas próprias histórias. Portanto, “Núcleo
de Estudos da África, da Diáspora e dos Povos”, por meio de uma abordagem interdisciplinar no
desenvolvimento das atividades e temas propostos, leva os estudantes a construir o raciocínio filosófico,
geográfico, histórico e sociológico.
Diante do contexto atual é preciso que a organização do trabalho pedagógico, nas instituições
de ensino, esteja voltada para um replanejamento coletivo, onde se busque estratégias do trabalho
educativo, visando à formação humana integral. Desse modo, se estabelece o projeto de vida por meio
do aprofundamento da percepção pessoal e da definição de metas para os estudantes colocar em prática
ao longo de sua trajetória, possibilitando que este reflita sobre desejos e objetivos, aprendendo a planejar
e perseguir, com determinação, autoconfiança e persistência seus projetos. A partir de uma abordagem
interdisciplinar no desenvolvimento das atividades propostas, espera-se que os estudantes possam, entre
outras coisas: 1. Construir raciocínio filosófico, geográfico, histórico e sociológico, a partir da articulação
de diferentes fenômenos e variáveis elucidados por meio da investigação científica; 2. Desenvolver
atitude mais protagonista, por meio do incentivo à resolução de problemas, elaboração de pesquisa,
confronto de documentos e informações, sistematização de ideias, processos essenciais para a formação
de sujeitos capazes de entender e transformar a realidade contemporânea; 3. Compreender mais
amplamente os processos que envolvem conhecer Sergipe, identificando seu desenvolvimento a partir
das categorias tempo, espaço e lugar. O foco é a análise e descrição da produção do espaço,
condicionantes geoambientais, história, economia, cultura, governo, trabalho, buscando identificar suas
características, limitações, permanências e resistências no contexto do Estado de Sergipe; 4. Desenvolver
a Dimensão 2 relacionada ao componente curricular Projeto de Vida - Expansão e Exploração, através da
qual ele aprende a conviver, refletir sobre as relações sociais, ampliar os horizontes e possibilidades,
encontrar-se com o outro e o mundo, com ênfase na dimensão cidadã.
Referências:
ALENCAR, Aglaé D'ávila Fontes de. Danças e Folguedos. Aracaju. 2 edição. 2003.
ALENCAR, Aglaé D’Ávila Fontes de. Danças e folguedos: iniciação do folclore sergipano. 2. ed.
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Sergipe (1855-1856). Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, n. 27, 1965-1978, p. 15-
39.
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capitalista. Aracaju: UFS, 1993.
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Fundação Cultural Cidade de Aracaju, 1992.
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PASSOS SUBRINHO, Josué Modesto. História econômica de Sergipe: 1850-1930. Aracaju: UFS, 1987.
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VILAR, José Wellington Carvalho. Problemas Socioambientais da periferia de Aracaju. In.: ARAÚJO,
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Cultura 2015 Os índios no Brasil” em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009- 2020.
Disponível em: http://www.sohistoria.com.br/ef2/indios/. Acesso em: 01 set. 2020.
Leitura e Produção Gráfica e Cartográfica
José Fonseca da Silva8
Unidade Curricular:
Laboratório.
Recursos Necessários:
Sala de aula, material de papelaria, mídias móveis, impressos, bibliotecas, logística para
visitas técnicas e acesso à internet, redes sociais, museus, memoriais e lugares de memórias,
8
E-mail: pjfonsecasd@hotmail.com
Universidades, logística de transporte para visita lugares específicos na cidade, entre outros.
Avaliação:
A avaliação será diagnóstica, contínua, devendo levar em consideração o desenvolvimento
das habilidades propostas pelos eixos estruturantes INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, PROCESSOS
CRIATIVOS e MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL, durante todo o
desenvolvimento do LABORATÓRIO, cujo foco é acompanhar e avaliar os alunos nas diferentes
etapas do processo de aprendizagem, compreender as estratégias utilizadas por eles na construção
do conhecimento e organizar formas de intervenção adequadas às reais necessidades dos estudantes
e que possibilitem avanços cognitivos. Lembrando sempre que a BNCC é centrada na aprendizagem
e não no ensino, é importante tentar diversificar a avaliação, por meio de:
❖ Autoavaliação dos alunos (oral ou por escrito): participação individual e grupal nos
momentos da aula propostos pelo professor.
❖ Avaliação dos alunos pelo professor: respeito aos momentos de fala e de escuta e às
opiniões dos colegas. Envolvimento e participação dos alunos nas atividades propostas.
❖ Avaliar se os alunos foram capazes de desenvolver habilidades ativas, propostas pelos
eixos temáticos desta unidade, a exemplo de saber reconhecer e analisar, os valores
fundamentais para todo ser humano que definem os Direitos Humanos, ou mesmo de
posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para garantir respeito e a valorização da diversidade, aos conceitos de
sustentabilidade e de formação da cidadania ativa.
Orientações Didáticas:
Professor(a),
1. A presente atividade integradora justifica-se pela necessidade de nossos alunos, ou
qualquer pessoa, de possuir um olhar diferenciado do mundo, neste caso, a partir da
leitura e produção de gráficos e mapas específicos ou mesmo aqueles que encontramos
cotidianamente em publicações impressas e digitais, que muitas vezes o senso comum
não dá conta de decifrar, mas que são relevantes para leitura e ampliação da visão de
mundo do cidadão;
2. A aprendizagem da Cartografia e dos gráficos é extremamente importante para o
entendimento de diversos conteúdos escolares ou conhecimentos formais e informais
tanto na esfera acadêmica quanto na vida cotidiana; tornando a leitura gráfica e
cartográfica uma necessidade a ser suprida durante a vida escolar do educando.
3. Diante do exposto, acredito que o tema sugerido seja plenamente possível de ser
executado e atenda a demandas de aprendizagem que contribuirão a inserção do nosso
aluno (cidadão) no contexto social, com capacidade de intervir em benefício pessoal e
coletivo em situações diversas.
Referências:
BACICH, Lilian; MORAN, José (org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma
abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular / Etapa Ensino Médio.
Brasília: Ministério da Educação, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/.
Acesso em: 20 jan. 2022.
BATISTA, Natália Lampert; BECKER, Elsbeth Léia Spode; CASSOL, Roberto. Mapas híbridos e
multimodais: em busca de multiletramentos na cartografia escolar. Pesquisar Revista de Estudos
e Pesquisas em Ensino de Geografia, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. ISSN 2359-1870, v.
5, n. 7, maio 2018. Disponível em:
http://stat.ijkem.incubadora.ufsc.br/index.php/pesquisar/article/view/5160/5230. Acesso em: 20
jan. 2022.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 24. ed. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2018.
ROXANE, Rojo; MOURA, Eduardo (org.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola
Editorial, 2012.
SILVA, Angela Corrêa da; OLIC, Nelson Bacic; LOSANO, Ruy. Geografia: contextos e redes. 2.
ed. São Paulo: Moderna, 2016. (Volume 1 Ensino Médio)
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3.
ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2020.
Unidade Curricular:
a. Núcleo de Estudos.
b. Observatório.
Recursos Necessários:
Papelaria (papel, tesoura, cola, cartolina, marcadores coloridos, canetas, lápis grafite e
borracha);
Computadores, internet e impressora.
Avaliação:
Mural;
Relatórios;
Exposição.
Orientações Didáticas:
9
E-mail: welto.santos@hotmail.com
A atividade integradora “DEMOCRACIA NOSSA DE CADA DIA” compõe o itinerário
formativo CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS cujo objetivo é oportunizar ao
estudante um aprofundamento nos estudos de História, Filosofia e Sociologia. Essa atividade está
composta de um módulo com carga horária de 40h módulos aula.
Segundo o Guia de Implementação do Novo Ensino Médio produzido pelo Ministério da
Educação e disponível em (http://novoensinomedio.mec.gov.br/#!/guia), adotamos o conceito de
unidades curriculares sendo os elementos com carga horária pré-definida cujo objetivo é desenvolver
competências específicas, seja da Formação Geral Básica, seja dos Itinerários Formativos. Além da
tradicional organização por disciplinas, as redes e escolas podem escolher criar unidades que melhor
respondam aos seus contextos e às suas condições, como projetos, oficinas, atividades e práticas
contextualizadas, entre outras situações de trabalho.
Desde as Diretrizes Curriculares Nacionais orientavam para a relação e aproximação das
disciplinas (atuais componentes curriculares), com o intuito pedagógico da interdisciplinaridade, da
contextualização, da identidade, da diversidade e autonomia. No componente curricular de História,
por exemplo, é possível trabalhar conteúdos que abrangem a Filosofia e a Sociologia. Portanto, na
área do conhecimento referente a esses componentes curriculares estão inseridos os mais variados
aspectos que devem ser explorados.
A interdisciplinaridade “trata-se de um movimento, um conceito e uma prática que está em
processo de construção e desenvolvimento”, portanto é um elemento necessário para a didática e para
a execução da difusão do conhecimento. Existem ainda vários níveis de interdisciplinaridade, que
pode ir do diálogo à integração ou superação das fronteiras entre os componentes curriculares. Para
ficar mais claro apresentamos essa definição
A prática interdisciplinar é um “esforço de superar a fragmentação do conhecimento, tornar
este relacionado com a realidade e os problemas da vida moderna. Muitos esforços têm sido feitos
neste sentido na educação. Na ciência, por sua vez, os esforços estão na busca de respostas,
impossíveis com os conhecimentos fragmentados de uma única área especializada.” Silva (1995). A
aplicação dos métodos que aplicam a interdisciplinaridade para o ensino de História, Sociologia e
Filosofia é uma necessidade que visa facilitar o trabalho do professor e melhorar o desempenho do
estudante.
A interdisciplinaridade busca, fundamentalmente, a relação entre os componentes
curriculares no momento de enfrentar temas de estudo. De acordo com Hernández (1998) pode-se
situar a prática interdisciplinar em pelo menos três eixos:
● a) Como forma de sabedoria, como um sentido do conhecimento que se baseia na busca de relações
que ajude a compreender o mundo no qual vivemos a partir de uma dimensão de complexidade;
● b) Como referência epistemológica que restabelece ‘o pensamento atual como problema
antropológico e histórico chave’, o que leva a abordar e pesquisar problemas que vão além da
compartimentação curricular;
● c) Como concepção do currículo que adota formas tão díspares como a que coloca globalização na
sequência de programação desde a qual podem relacionar conteúdos conceituais, procedimentais e
atitudinais, como propõem as atuais reformas de países como o Brasil e a Espanha (p.34).
Dessa forma, o desafio da interdisciplinaridade é um elemento imprescindível para a
compreensão da dinâmica do conhecimento perpassando por diversos componentes curriculares.
Debater o tema Democracia é, talvez, um assunto em moda nos últimos cem anos. Nesse
contexto, a escola é um laboratório por excelência na nossa sociedade para fazer uma oficina de como
em sociedade podemos conviver em democracia.
Revisitando o conceito clássico de Democracia da Antiga Grécia (século VI a. C.), e fazendo
um paralelo com o conceito de democracia moderna.
Contudo, não podemos afirmar que a ideia de democracia entre os gregos seja a mesma
defendida pelos pensadores iluministas do século XVIII ou do atual mundo contemporâneo.
Dentro desses modelos temos, com a evolução histórica e de diferentes sociedades a
mudança da Democracia Direta praticada na Grécia Antiga, de forma precisa em Atenas dos séculos
VI e IV a. C, para a Democracia Indireta ou representativa do mundo atual.
Atualmente, quando definimos basicamente a democracia, entendemos que este seria o
“governo” (cracia) “do povo” (demo). Ao falarmos que o “governo pertence ao povo”,
compreendemos que a maioria da população tem o direito de participar do cenário político de seu
tempo. De fato, nas democracias contemporâneas, os governos tentam ampliar o direito ao voto ao
minimizar todas as restrições que possam impedir a participação política dos cidadãos. Todavia, o
conceito mais desafiador para as democracias modernas é não somente a vontade da maioria sobre as
minorias, mas sim o governo da maioria que respeitam e reconhecem os direitos das minorias.
Tomando o Brasil como exemplo, percebemos que a nossa democracia permite que uma
parte dos menores de 18 anos vote e que as pessoas com mais de 70 anos continuem a exercer seu
direito de cidadania. Além disso, a nossa constituição não prevê nenhum empecilho de ordem
religiosa, econômica, política ou étnica para aqueles que desejem escolher seus representantes
políticos. Até os analfabetos, que décadas atrás eram equivocadamente vistos como “inaptos”, hoje
podem se dirigir às urnas.
A distância entre a democracia grega e a atual somente corrobora com algo que se mostra
bastante recorrente na história. Com o passar do tempo, os homens elaboram novas possibilidades e,
muitas vezes, lançando o seu olhar para o passado, fazem com que a vida de seus próximos seja
transformada pelo intempestivo movimento de ideias que torna nossa espécie marcada pelo signo da
diversidade.
Com base numa bibliografia previamente apresentada para que sirva de ponto de partida para
o aprofundamento teórico e fundamente a roda de conversa para que os estudantes materializem os
conceitos de democracia e suas duas formas de exercitá-la, o professor terá o desafio e a liberdade
tanto nas escolhas dos textos bases como também na condução do debate como menor intervenção
para que seja possível florescer o protagonismo estudantil.
Desta forma, fazer da escola um laboratório de espaço democrático e avaliar as
manifestações democráticas em nossa sociedade local através das ações dos nossos representantes
dos poderes executivo e legislativo será de grande valia para aprofundar as competências e
habilidades desenvolvidas em nossos estudantes.
Como ferramenta de avaliação formativa, o professor utilizará a produção de murais, os
relatórios e uma exposição contendo as ideias de cada grupo de como intervir na sociedade para
contribuir com o aperfeiçoamento e melhoria do exercício democrático.
Dessa forma, a atividade integradora se articulará com a dimensão 2 do projeto de vida, qual
seja:
DIMENSÃO 2 - EXPANSÃO E EXPLORAÇÃO - Aprender a conviver
Refletir sobre as relações sociais; ampliar os horizontes e possibilidades; encontrar-se com o outro e o mundo,
com ênfase na dimensão cidadã.
Na produção de mural pelos estudantes envolvidos, com a orientação do professor, irá expor
notícias locais, de jornais ou acessados na internet, que tratarão das manifestações democráticas dos
poderes constituídos e das organizações sociais que militam nesse campo. Em seguida vão produzir
relatórios de como desenvolveram seus trabalhos para vincular o conhecimento teórico sobre o tema
com as matérias de jornais e internet que foram pesquisadas e expostas nos murais. Por fim, farão
uma exposição para destacar os principais entraves e possíveis soluções no exercício da democracia
na realidade local.
Por fim, permitir que na construção do conhecimento sobre o tema abordado os estudantes
trabalhem em equipe, exponham sua capacidade de opinar e intervir na realidade local irá fortalecer
tais elementos essenciais para seu desenvolvimento pleno, o que se espera de um estudante do século
XXI, em sintonia com seu Projeto de Vida.
Evidente que tal temática perpassa por todos os componentes curriculares da área de
conhecimento Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Embora ganhe destaque inicial o conhecimento
da História e a Filosofia, por fim será da Sociologia que mais será utilizado para que o estudante faça
a relação entre o indivíduo e a sociedade.
Referências:
Brasil. MEC. Guia de Implementação do Novo Ensino Médio. 2018 Disponível em:
http://novoensinomedio.mec.gov.br/resources/downloads/pdf/Guia.pdf
SILVA, Tomaz Tadeu. Os novos mapas culturais e o lugar do currículo numa paisagem pós-
moderna. In: SILVA e MOREIRA (orgs.). Territórios contestados: o currículo e os novos mapas
políticos e culturais. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
Material de Apoio:
Bandos de babuínos tomam decisões democraticamente. Folha de São Paulo, 19/06/2005. Ciência
- disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2015/06/1644815-bandos-de-babuinos-
tomam-decisoes-democraticamente.shtml.
Coisa Nostra!
Unidade Curricular:
Oficina.
Recursos Necessários:
Sala de aula, material de papelaria, máquina fotográfica, mídias móveis, impressos e logística para
visitas técnicas aos locais de arquitetura e memória da cidade, bem como aos folguedos.
Avaliação:
A avaliação será diagnóstica, contínua devendo levar em consideração o desenvolvimento das
habilidades propostas, pelo eixo estruturante mediação e intervenção sociocultural, onde os estudantes
serão avaliados ao final do curso na produção de um portfólio, que deve constar os locais de memória da
cidade, com sua respectiva pesquisa histórica, bem como fotos, assim como os folguedos populares sua
história no local, relatos de participantes e registro fotográfico e em vídeo.
Orientações Didáticas:
A proposta consiste em desenvolver uma oficina de Pesquisa, onde o tema central será o
Patrimônio Cultural, para sua realização o professor nos primeiros momentos irá trabalhar com os alunos
conceitos bases de Patrimônio Cultural e seus desdobramentos em material, imaterial e natural, assim
10
E-mail: jucahistoria@hotmail.com
como enfatizar conceitos como memória e identidade cultural. Em seguida constituir junto aos alunos
quais monumentos ou folguedos devem ser pesquisados levando em consideração a sua relevância
histórica e cultural. Após isso fazer um cronograma de visitas planejadas a estes locais de memória
coletiva e aos agentes e seus folguedos, entrevistando, fotografando e descrevendo, ou seja produzindo
subsídios para a construção do portfólio final.
Acreditamos que este projeto se justifica pois ele consiste no autoconhecimento do local
historicamente falando de onde os alunos estão inseridos promovendo para os mesmos uma noção de
pertencimento e de conhecimento de sua história o que vai agregar ainda mais nuances para o seu projeto
de vida.
Quanto aos conceitos partiremos do conceito macro de Patrimônio Cultural e seus desdobramentos
em patrimônio cultural material e imaterial.
No tocante à desenvolver uma proposta interdisciplinar se faz necessário o diálogo com a
sociologia no que diz respeito à ampliação dos conceitos hora mencionados ,bem como a congruência
com a arte, tanto para entender os períodos artísticos dos monumentos arquitetônicos, assim como na
proposta de compreender os trajes e o colorido dos folguedos.
Referências:
ALENCAR, Aglaé D'avila Fontes de. Danças e Folguedos: iniciação do folclore sergipano. 2ed. Aracaju,
2003.
CARRETERO, Mario et al. Ensino de História e memória coletiva. Porto Alegre: ArtMed, 2007.
NOGUEIRA, Adriana Dantas. Patrimônio arquitetônico e História urbana. São Cristóvão: Ed. UFS;
Aracaju: Fundação Oviêdo Teixeira, 2006.
FOTOGEO – Explicar as coisas sem usar palavras
Unidade Curricular:
Oficina.
11
E-mail: lailopess@hotmail.com
Recursos Necessários:
Computador, internet, material de papelaria (e afins), sala de aula, mídias móveis, câmeras
fotográficas, logística para visitas técnicas, museus, cidades.
Avaliação:
Avaliação diagnóstica e contínua, que atenda ao desenvolvimento das habilidades propostas
pelos eixos estruturantes investigação científica, mediação e intervenção sociocultural.
O processo implica o diagnóstico da realidade sobre a qual se espera atuar, abarcando a busca
de dados oficiais e a escuta da comunidade local assim como a observação das transformações da
respectiva cidade ou comunidade observada na busca do alargamento de informações.
O planejamento e execução poderá ter como avaliação uma recomendada ação social e/ou
ambiental que corresponda às necessidades da comunidade escolar e possível superação dos conflitos
interculturais ou ambientais.
Orientações Didáticas:
Nesta ocasião, apresentamos a primeira parte da Atividade Integradora FOTOGEO – Explicar
as coisas sem usar palavras, que compõe o Itinerário Formativo de Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas. De maneira mais abrangente, conforme os documentos oficiais que tratam sobre o Novo
Ensino Médio, com ênfase na Lei 13.415 e no (DCNEM), os Itinerários Formativos têm como
objetivo: 1. Aprofundar as aprendizagens relacionadas às Competências Gerais e às Áreas de
Conhecimento; 2. Consolidar a formação integral dos estudantes, desenvolvendo a autonomia
necessária para que realizem seus projetos de vida; 3. Promover a incorporação de valores universais,
como ética, liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade; entre
outros.
Desta forma, um ambiente de flexibilização faz um atrelamento direto com a Formação Geral
Básica dos estudantes de Ensino Médio, cujo intuito é promover a formação humana integral dos
educandos em suas mais diversas dimensões em articulação com a edificação de seu projeto de vida,
construindo assim uma sociedade mais justa e inclusiva. Os eixos estruturantes escolhidos foram
investigação científica e mediação e intervenção sociocultural que segundo o Guia de Implementação
do Novo Ensino Médio o objetivo é investigar a realidade, compreendendo, valorizando e aplicando
o conhecimento sistematizado, por meio da realização de práticas e produções científicas e utilizar
conhecimentos para realizar projetos que contribuam com a sociedade e o meio ambiente.
O objetivo é que o estudante compreenda 1. Reconhecer no espaço os diferentes conceitos da
geografia: espaço, paisagem, região e lugar através das lentes fotográficas. 2. Analisar as
transformações ocorridas no espaço e nas relações socioambientais. 3. Detectar os possíveis impactos
e conflitos advindos dessas transformações.
Dentre as Unidades Curriculares plausíveis para desenvolvermos a flexibilidade do currículo,
propusemos para essa Atividade Integradora o formato oficina, que segundo o Guia de
Implementação do Novo Ensino Médio, constitui: espaço de construção coletiva de conhecimentos,
técnicas e tecnologias, que possibilita articulação entre teorias e práticas (produção de
objetos/equipamentos, simulações de “tribunais”, quadrinhos, audiovisual, legendagem, escrita
criativa, performance, produção e tratamento artístico etc). Para isso, recomendamos a observação,
fotografias , pesquisa documental, trabalho de campo e entrevistas na comunidade, produção de
pequenos murais com fotos para uma exposição com o intuito de resgatar a nossa memória
sociocultural e ambiental. Dentro de uma abordagem interdisciplinar no desenvolvimento das
atividades propostas, almeja -se que os estudantes obtenham a construção do raciocínio filosófico,
geográfico, histórico e sociológico, mediante a articulação de diferentes fenômenos por meio das
habilidades características dos eixos estruturantes Investigação científica e mediação e Intervenção
sociocultural.
Referências:
Temas: Os fundamentos filosóficos da tolerância; Como educar sob o signo da tolerância?; É possível tolerar
o intolerável?; O aspecto ético e político da tolerância; Tolerância e intolerância no Brasil.
Carga Horária: 40 m/a
Área do Conhecimento: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
12
E-mail: marceloprimo_sp@hotmail.com
valores importantes para si e para o
coletivo que assegurem a tomada de
decisões conscientes, consequentes,
colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar
a situação, a opinião e o sentimento do
Mediação e outro, agindo com empatia, flexibilidade
Intervenção e resiliência para promover o diálogo, a –
Sociocultural colaboração, a mediação e resolução de
conflitos, o combate ao preconceito e a
valorização da diversidade.
(EMIFCG09) Participar ativamente da
proposição, implementação e avaliação
de solução para problemas socioculturais
e/ou ambientais em nível local, regional,
nacional e/ou global,
corresponsabilizando-se pela realização
de ações e projetos voltados ao bem
comum.
Unidade Curricular:
Núcleos de estudos.
Recursos Necessários:
Acesso à internet, textos literários, tempo para leitura, escrita e criação.
Avaliação:
Todas as avaliações estarão de acordo com a unidade curricular proposta e alinhadas aos
fundamentos pedagógicos da BNCC.
Orientações Didáticas:
Estimado(a) professor(a), como proposta de atividade integradora, mostrarei a necessidade
primeiramente de apresentar o conceito de tolerância sob uma perspectiva histórica, há de se
mencionar também o seu caráter filosófico, pedagógico, militante e interdisciplinar, visto que a
tolerância surge do embate contra a intolerância, sendo uma reação contra determinadas situações
sejam de cunho ético, político, filosófico, étnico, social, educacional e religioso. À luz dessa
perspectiva, a tolerância torna-se a negação de sua negação, significando afirmar a sinonímia entre
ser intolerante e ser intolerável. Nesse sentido, tratando desse conceito tão esquecido e banalizado
nos séculos XX e XXI, tentaremos mostrar a urgência de uma retomada e reflexão mais acurada do
conceito de tolerância, já que tolerar está muito distante de um mero suportar, mas como uma sólida
defesa do pleno direito de expressar pontos de vista fundamentados e do respeito pelo outro em todas
as esferas da sociedade. Dessa maneira, nos tempos atuais, eis onde se assenta a justificativa do
presente projeto: tanto filosoficamente quanto pedagogicamente, tentaremos entender que tolerar não
é ficar passivo diante de determinados acontecimentos, mas que é um exercício crítico e prático de
como defender fundamentadamente opiniões e que mostra, em última instância, as consequências e
perigos iminentes da tolerância para com os intolerantes.
Em relação aos objetivos desta atividade integradora, no que concerne ao objetivo geral,
iremos tratar da gênese da questão, ou seja, como surgiu a necessidade de fundamentar
filosoficamente o conceito de tolerância. Marcado por conflitos de ordem religiosa e política, o século
XVII se viu assolado por todo tipo de contendas doutrinárias que eram defensoras ferrenhas e
dogmáticas dos seus pontos de vista e não medindo esforços para que eles fossem impostos à força.
Diante da intolerância vigente no que concernia à esfera das opiniões à época, entre o que crer e o
que não crer, alguns autores escreveram livros que justamente colocaram em xeque a necessidade de
ser intolerante para com o próximo.
Em relação ao objetivo específico, será empreendida a atualização da discussão sobre a
tolerância surgida na modernidade, isto é, como ela contemporaneamente se desdobra e se renova em
momentos de conflitos e dogmatismos políticos, religiosos, sociais e educacionais. Dessa maneira,
abordaremos no projeto de pesquisa um referencial teórico sobre as discussões atuais em relação ao
objeto de estudo, objetivando entender e problematizar em que o conceito moderno de tolerância pode
nos ajudar a entender justamente o fenômeno contemporâneo da intolerância. Em outros termos, a
partir da reflexão e o debate advindos do objeto da pesquisa, trataremos de ver quais os limites de
uma visão moderna do conceito de tolerância e qual a originalidade desse termo quando ele se
consolida na filosofia e educação contemporâneas. Nesse sentido, o estudo comparado, reflexivo e
crítico entre contextos históricos, filosóficos e pedagógicos distintos subsidiará a discussão à medida
que possibilite perceber as nuances que determinados conceitos filosóficos sofrem no decorrer dos
tempos e entrever quais as possibilidades de serem sempre renovados.
Desenvolvendo atividades concernentes ao tema proposto em um núcleo de estudo,
refletiremos acerca do nascedouro da discussão filosófica e pedagógica sobre o que seja tolerar e, em
um segundo momento, com o entendimento da contribuição dos autores modernos para a
contemporaneidade. Para a circunscrição do objeto estudado e desenvolvimento da pesquisa,
selecionaremos textos de autores e de comentadores que auxiliem na discussão, reflexão e crítica
sobre o tema. Dessa maneira, com a leitura, pesquisa, reuniões, apresentação dos resultados em
eventos científicos relativos ao tema estudado na pesquisa e entrega dos relatórios parciais e finais,
esperamos fazer com o que o(s) aluno(s) entenda a atualidade da discussão filosófica e pedagógica
sobre o conceito de tolerância. Sem dúvida, tal conceito está estritamente vinculado às noções de
ética, cidadania, respeito, educação e liberdade de expressão, dos quais nenhuma sociedade pode
prescindir e que fazem ou devem fazer parte de qualquer projeto de vida escolhido.
Referências:
AURÉLIO, Diogo Pires. Um fio de nada: ensaio sobre a tolerância. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
BAYLE, Pierre. Da tolerância: comentário filosófico sobre essas palavras de Jesus Cristo “Forçai-
os a entrar”. Trad. de Marcelo Primo. Prefácio e revisão da tradução de Danilo Bilate. Seropédica:
Editora do PPGF-UFRRJ, 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Guia de implementação do Novo Ensino Médio. Brasília, 2018.
DUCROCQ, Françoise-Barret (org.) A intolerância. Trad. de Eloá Jacobina. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da tolerância. Organização e notas de Ana Maria Araújo Freire. São
Paulo: Paz e Terra, 2012.
MARCUSE, Herbert; MOORE JR., Barrington; WOLFF, Robert Paul. Crítica da tolerância pura.
Trad. de Ruy Jungmann. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1970.
NEUMEISTER, Sebastian. “Pierre Bayle: uma luta por tolerância religiosa e política”, in:
KREIMENDAHL, Lothar. Filósofos do século XVII: uma introdução. Trad. de Benno Dischinger.
São Leopoldo: Unisinos, 2000.
PRIMO, Marcelo de Sant’Anna Alves; SILVA, Saulo Henrique Souza. Os fundamentos filosóficos
da tolerância na Modernidade: Bayle e Locke. São Cristóvão: EDUFS, 2020.
ROUANET, Luiz Paulo. Paz, justiça e tolerância no mundo contemporâneo. São Paulo: Loyola,
2010.
SANTOS, Antônio Carlos dos. “Pierre Bayle: ateísmo e tolerância”, in: ___. Variações filosóficas:
entre a Ética e a Política. São Cristóvão: UFS, 2004.
SAHEL, Claude. A tolerância: por um humanismo herético. Trad. de Paulo Neves. Porto Alegre:
L&PM, 1993 (Série “Éticas”).
SILVA, Saulo Henrique Souza. Tolerância civil e religiosa em John Locke. São Cristóvão: EDUFS,
2013.
Estudos Sergipanos
Temas: Um passado muito próximo e distante; A valorização da História local; Pela possibilidade de uma
nova História “dos outros”; A final, o que é cultura?; Tupinambá e Tapuia: modo de ser indígena?; A
arqueologia do Xingó e nossos primeiros habitantes; A colonização de Sergipe: histórias; Os jesuítas na
perspectiva da historiografia sergipana; Lourenço, primeiro missionário jesuíta em Sergipe; O mundo dos
jesuítas – (parte I ); O mundo dos jesuítas – ( parte II ); A Carta de Tolosa como documento histórico: (
reflexão I ); A Carta de Tolosa- ( parte II ); A Carta de Tolosa- (parte III- final); A praticidade e o despertar
do português; Em nome da civilização cristã; A coroa e o projeto de pacificação do território; O papel não
pode ficar branco: fúria, acordos e acomodação; Beatriz Góis Dantas e os índios de Sergipe; A cidade de
São Cristóvão.
Carga horária: 40 m/a
Área de conhecimento: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
13
E-mail: meuryloopes@gmail.com
(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes (EMIFCHSA04) Reconhecer produtos e/ou
manifestações criativas, artísticas e culturais, processos criativos por meio de fruição, vivências e
por meio de vivências presenciais e virtuais reflexão crítica sobre temas e processos de natureza
que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou
criticidade e criatividade. cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou
(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar global.
ideias existentes e criar propostas, obras ou (EMIFCHSA05) Selecionar e mobilizar
Processos soluções criativas, originais ou inovadoras, intencionalmente recursos criativos para resolver
Criativos avaliando e assumindo riscos para lidar com as problemas reais
incertezas e colocá-las em prática. relacionados a temas e processos de natureza
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou
obras ou soluções por meio de diferentes cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou
linguagens, mídias e plataformas, analógicas e global.
digitais, com (EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas,
confiança e coragem, assegurando que estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais
alcancem os interlocutores pretendidos. relacionados a temas e processos de natureza
histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou
cultural, em âmbito local, regional, nacional e / ou
global.
Unidade Curricular:
Núcleos de estudos.
Recursos Necessários:
Bibliotecas, acesso à internet, redes sociais, museus, projetores, material de estudo na sala de
aula, material de papelaria, mídias móveis, impressos, material fotográfico, entrevistas, câmera.
Avaliação:
A avaliação será diagnóstica, contínua, devendo levar em consideração o desenvolvimento das
habilidades propostas pelos eixos estruturantes INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, PROCESSOS
CRIATIVOS E MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL e nessa Atividade Integradora, os
estudes serão avaliados por meio do seu engajamento em projetos de mobilização, intervenção sociocultural
e ambiental que os levem a promover transformações positivas na comunidade.
O processo pressupõe o diagnóstico da realidade sobre a qual se pretende atuar, incluindo a busca
de dados oficiais e a escuta da comunidade local bem como a ampliação de conhecimentos sobre a temática
a ser pesquisada. Com relação ao planejamento e execução poderá ter como avaliação uma proposta de ação
social e/ou ambiental que responda às necessidades e interesses da comunidade escolar tendo como propósito
a superação de situações de estranheza, resistência, conflitos interculturais, dentre outros possíveis
obstáculos.
Orientações Didáticas:
Apresentamos aqui a Atividade Integradora “Estudos Sergipanos”, que compõe o Itinerário
Formativo de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. De um modo mais amplo, segundo os documentos
oficiais que versam sobre o Novo Ensino Médio, com ênfase na Lei 13.415 e nas Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM), os Itinerários Formativos têm como objetivo: 1. Aprofundar as
aprendizagens relacionadas às Competências Gerais e às Áreas de Conhecimento; 2. Consolidar a formação
integral dos estudantes, desenvolvendo a autonomia necessária para que realizem seus projetos de vida; 3.
Promover a incorporação de valores universais, como ética, liberdade, democracia, justiça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade; 4. Desenvolver habilidades que permitam aos estudantes ter
uma visão de mundo ampla e heterogênea, tomar decisões e agir nas mais diversas situações, seja na escola,
seja no trabalho, seja na vida.
Devemos evidenciar que esse espaço de flexibilização faz uma conexão direta com a Formação
Geral Básica dos estudantes de Ensino Médio, cuja finalidade é promover a formação humana integral dos
estudantes em suas dimensões intelectual, física, social, emocional e cultural, em articulação com a
construção de seu projeto de vida, e contribuir com a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva. Nessa Atividade Integradora, os eixos estruturantes escolhidos são: INVESTIGAÇÃO
CIENTÍFICA, PROCESSOS CRIATIVOS e MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL que de
acordo com o Guia de Implementação do Novo Ensino Médio o objetivo é para o primeiro – investigar a
realidade, compreendendo, valorizando e aplicando o conhecimento sistematizado, por meio da realização
de práticas e produções científicas e no segundo - Aprofundar conhecimentos sobre as artes, a cultura, as
mídias e as ciências aplicadas e sobre como utilizá-los para a criação de processos e produtos criativos;
Ampliar habilidades relacionadas ao pensar e fazer criativo; Utilizar esses conhecimentos e habilidades em
processos de criação e produção voltados à expressão criativa e/ou à construção de soluções inovadoras para
problemas identificados na sociedade e no mundo do trabalho e terceiro este eixo tem como ênfase ampliar
a capacidade dos estudantes de utilizar conhecimentos relacionados a uma ou mais Áreas de Conhecimento,
à Formação Técnica e Profissional, bem como a temas de seu interesse para realizar projetos que contribuam
com a sociedade e o meio ambiente.
O foco aqui é que o estudante compreenda: 1. O conceito de passado/presente e sua correlação 2.
A importância da história local 3. A História do “Outro” numa perspectiva de um novo olhar 4. Tupinambá
e Tapuia: suas alteridades culturais 5. Arqueologia do Xingó a forma encontrada pelos homens Pré-Histórico
de interagir com o mundo 6. Colonização sergipana novas possibilidades 7. O trabalho dos missionários da
Companhia de Jesus nas terras sergipanas em uma perspectiva historiográfica 8. Toloza: “Lourenço um
missionário de carne e osso”? O que dizem os documentos? 9. O mundo de pertencimento do colonizador
europeu: o europeu, o jesuíta o índio/mameluco? 10. Índios de consciência “manso”: uma forma de
pacificação 11. Resistência e Conquista das terras indígenas 12. O processo de formação das vilas brasileiras
com ênfase para as nordestinas com destaque para São Cristóvão.
Entre as Unidades Curriculares possíveis para desenvolvermos a parte flexível do currículo,
escolhemos para essa Atividade Integradora o formato Núcleos de Estudo, que segundo o Guia de
Implementação do Novo Ensino Médio, significa: desenvolver estudos e pesquisas, promover fóruns de
debates sobre um determinado tema de interesse e disseminam conhecimentos por meio de eventos
seminários, palestras, encontros, colóquios – publicações e campanhas etc. (juventude, diversidade,
sexualidade, mulher, juventude e trabalho).
As habilidades características dos eixos estruturantes INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA,
PROCESSOS CRIATIVOS E MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL têm como foco
desenvolver o protagonismo do aluno, por meio de ações concretas como pesquisa de campo, leitura de
documentos, debates e rodas de conversa, produção de jornais, produção de vídeos e produção de textos,
apresentação de seminários, montagem de mural, investigação e levantamentos de hipóteses sobre as
transformações ocorridas no espaço, com ênfase no povoado ou rua onde mora, em suma, visa despertar no
educando a criticidade necessária para que o mesmo possa realizar o seu projeto de vida enquanto cidadão
transformador de sua realidade.
Referências:
BRASIL. Lei no 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio
de 1943, e o Decreto-Lei no 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei no 11.161, de 5 de agosto de 2005;
e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Diário
Oficial da União, Brasília, 17 de fevereiro de 2017. Disponível
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20152018/2017/lei/L13415.htm>. Acesso em: 20 jun. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Guia de implementação do Novo Ensino Médio. Brasília, 2018.
SOUSA, Antônio Lindvaldo. Temas de História de Sergipe I / Antônio Lindvaldo Sousa. São Cristóvão:
Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2007.
Cidadania e Direitos Humanos com Ênfase na Inclusão Identitária X Fascismo,
14
E-mail: maxerb@gmail.com
Unidade Curricular:
Laboratório;
Clube de Interesse;
Núcleo de Estudo.
Recursos Necessários:
Acesso à internet, às redes sociais e ao computador ou às mídias móveis;
Uso de vídeo, data show, espaços públicos;
Confecção de material periódico de abrangência local.
Avaliação:
Relatório das atividades sendo produzidas.
A avaliação será diagnóstica, contínua e processual, devendo levar em consideração
o desenvolvimento das habilidades propostas pelo eixo estruturante Investigação
Científica durante todo o desenvolvimento do Laboratório: acompanhar e avaliar
os alunos nas diferentes etapas do processo de aprendizagem, compreender as
estratégias utilizadas por eles na construção do conhecimento e organizar formas
de intervenção.
Autoavaliação dos alunos (oral ou por escrito): participação individual e grupal
nos momentos da aula proposto pelo professor.
Avaliação dos alunos pelo professor: respeito aos momentos de fala e de escuta e
às opiniões dos colegas. Envolvimento e participação dos alunos nas atividades
propostas.
Avaliar se os alunos foram capazes de desenvolver habilidades ativas, propostas
pelos eixos temáticos desta unidade, a exemplo de saber reconhecer e analisar, os
valores fundamentais para todo ser humano que definem os Direitos Humanos, ou
mesmo de posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos,
utilizando dados, fatos e evidências para garantir respeito e a valorização da
diversidade, aos conceitos de sustentabilidade e de formação da cidadania ativa.
Orientações Didáticas:
Caro(a) professor(a), o Brasil vive um processo evidente de negação cidadã dos
fundamentos civilizatórios construídos, ainda que deficitariamente, ao longo dos últimos 35
anos, marco do processo de redemocratização, eleição no colegiado em 1985, construção da
Constituição Federal de 1988 e retomada dos processos eleitorais diretos, com participação
ampla da população. Esse processo que se presumia direcionar para a inclusão dos grupos
identitários, redução da desigualdade e ampliação da participação e intervenção cidadã,
encontrou um ponto de inflexão que direciona para a negação do Estado Democrático e de
Direito e das liberdades e convivências democráticas.
Assim a atividade integradora “Cidadania e Direitos Humanos com ênfase na Inclusão
Identitária X Fascismo, Intolerância e Totalitarismo como elementos de difusão de ódio” que
aqui compõe o Itinerário Formativo de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas corroboram de
um modo mais amplo, segundo os documentos oficiais que versam sobre o Novo Ensino
Médio, com ênfase na Lei 13.415 e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio (DCNEM), os Itinerários Formativos têm como objetivo: 1. Aprofundar as
aprendizagens relacionadas às Competências Gerais e às Áreas de Conhecimento; 2.
Consolidar a formação integral dos estudantes, desenvolvendo a autonomia necessária para
que realizem seus projetos de vida; 3. Promover a incorporação de valores universais, como
ética, liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade; 4.
Desenvolver habilidades que permitam aos estudantes ter uma visão de mundo ampla e
heterogênea, tomar decisões e agir nas mais diversas situações, seja na escola, seja no
trabalho, seja na vida.
Evidenciamos assim um processo de identificação desses processos de negações
diversas, autorizados pelas autoridades e determinadas pelas problematizações das regras do
jogo democrático.
Devemos evidenciar que esse espaço de flexibilização faz uma conexão direta com a
Formação Geral Básica dos estudantes de Ensino Médio, cuja finalidade é promover a
formação humana integral dos estudantes em suas dimensões intelectual, física, social,
emocional e cultural, em articulação com a construção de seu projeto de vida, e contribuir
com a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Entre as Unidades Curriculares possíveis para desenvolvermos a parte flexível do
currículo, escolhemos para essa Atividade Integradora o LABORATÓRIO, que de acordo
com o Guia de Implementação do Novo Ensino Médio, compreende um conjunto de
atividades que envolvem observação, experimentação e produção em uma área de estudo e/ou
o desenvolvimento de práticas de um determinado campo (línguas, jornalismo, comunicação
e mídia, humanidades, ciências da natureza, matemática, etc.).
Trata-se de uma situação de aprendizagem aberta e dinâmica, na qual, temos a
experimentação como prática científica. “O laboratório didático ajuda na
interdisciplinaridade e na transdisciplinaridade, já que permite desenvolver vários campos,
testar e comprovar diversos conceitos, favorecendo a capacidade de abstração do aluno. Além
disso, auxilia na resolução de situações-problema do cotidiano, permite a construção de
conhecimentos e a reflexão sobre diversos aspectos, levando-o a fazer inter-relações.”
(Laboratórios, 2007, p. 24)
Nesse sentido, o LABORATÓRIO é um espaço dinâmico. O conteúdo proposto nessa
Atividade Integradora está apresentado em sete grupos temáticos, para serem desenvolvidos
em 40h horas. Esse formato orienta o professor a desenvolver um aprendizado que possa se
refletir diretamente na prática em sala de aula e na escola.
A partir de uma abordagem interdisciplinar no desenvolvimento das atividades
propostas, espera-se que os estudantes possam, entre outras coisas:
1. Construir raciocínio filosófico, geográfico, histórico e sociológico, a partir da articulação
de diferentes fenômenos e variáveis vivenciados por meio das habilidades características do
eixo estruturante INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA;
2. Desenvolver atitude mais protagonista, por meio do incentivo à resolução de problemas,
elaboração de pesquisa, confronto de documentos e informações, sistematização de ideias,
processos essenciais para a formação de sujeitos capazes de entender e transformar a realidade
contemporânea;
3. Compreender mais amplamente os processos que envolvem a temática Direitos Humanos,
com enfoque especial no Brasil, buscando analisar os fenômenos a partir das perspectivas dos
diferentes tempos, lugares e sujeitos envolvidos;
4. Desenvolver a Dimensão 2 relacionada ao componente curricular Projeto de Vida -
Expansão e Exploração, através da qual ele aprende a conviver, refletir sobre as relações
sociais, ampliar os horizontes e possibilidades, encontrar-se com o outro e o mundo, com ênfase
na dimensão cidadã.
Desta forma, os elementos a serem discutidos versam sobre intolerância e a construção
de uma lógica do ódio como problematização necessária para a reconstrução da cidadania
ampla, inclusiva e dinâmica para refletir e dar o parâmetro para a construção de abordagens
que exponham esses elementos de depreciação da coesão social.
Referências:
AGUIAR, Roberto Armando de Ramos. Direito, poder e opressão. São Paulo: Alfa-Ômega, 1990.
_____. O que é justiça?: uma abordagem dialética. São Paulo: Alfa-Ômega, 1995.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à
filosofia. 6. Ed. São Paulo: Moderna, 2016.
_____. O positivismo jurídico: lições de filosofia do direito. São Paulo: Ícone, 1995.
BRABO, Tânia Suely Antonelli Marcelino Brabo. Direitos humanos: diversidades e grupos sociais
vulneráveis. In: LEMES, Sebastião de Souza; MONTEIRO,
BRASIL. Ministério da Educação. Guia de implementação do Novo Ensino Médio. Brasília, 2018.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo Caminho.. Rio de Janeiro: Editora
Civilização Brasileira, 2004.
CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003. _______. Iniciação à Filosofia. 3.
Ed. São Paulo: Ática, 2017.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da filosofia: história e grandes temas. 4. Ed. São Paulo: Saraiva,
2017.
FLORES, Joaquín Herrera. A Reinvenção dos Direitos Humanos. Florianópolis: Boiteux, 2009.
HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre faticidade e validade. Vol. I. Rio de Janeiro:
Tempo Brasileiro, 1997.
JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2006.
JAPIASSU, Hilton. Introdução às Ciências Humanas. São Paulo: Letras e Letras, 2002.
MELANI, Ricardo. Diálogo: primeiros estudos em filosofia. 2. Ed. São Paulo: Moderna, 2016.
MELLO, Paulo Eduardo Dias de. Currículo e Direitos Humanos. São Paulo: UNIFESP, 2015
(Especialização em Educação em Direitos Humanos, módulo 5)
RAYO, José Tuvilla. Alguns aspectos teóricos do ensino dos direitos humanos. Disponível em
http://www.dhnet.org.br/educar/redeedh/bib/tuvilla.htm. Acesso jan 2017.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Por uma concepção multicultural de direitos humanos. Disponível
em:
http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/boaventura/boaventura_dh.htm. Acesso em 10 jan.
2008.
SAVIAN FILHO, Juvenal. Filosofia e filosofias: existência e sentidos. Belo Horizonte: FTD, 2016.
SOUSA, Sônia Maria Ribeiro de. Um outro olhar: filosofia. São Paulo: FTD, 1995.
SOUSA JUNIOR, José Geraldo (Org.). O Direito Achado na Rua: concepção e prática. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2015.
SCHILLING, F. (Org.). Direitos Humanos e Educação: Outras Palavras, Outras Práticas. São Paulo:
Cortez Ed. 2005.
TRINDADE, José Damião de Lima. História Social dos Direitos Humanos. São Paulo: Peirópolis,
2002. VALADÃO, Vanda de Aguiar. Cidadania e direitos sociais neste final de século: uma análise
a partir de Marshall. Interface, Vitória, n. 5, p. 9-32, set. 1999.
VASCONCELOS, José Antonio. Reflexões: filosofia e cotidiano. São Paulo: SM, 2016.
ZENAIDE, Maria de Nazaré Tavares. Direitos Humanos: capacitação de educadores et al. João
Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2008. 2.V. +
CriAção: oficina criativa sobre consumo consciente e reaproveitamento de materiais
Temas: Arte e lixo combinam; Sustentabilidade: o papel de cada um; Lixo: a poluição nossa de cada dia;
Embalagens PET (PoliEtileno Tereftalato): origem, trajetória, consumo, descarte, decomposição e
reciclagem; Pneu: a invenção do pneu, produção, distribuição, consumo, descarte, decomposição e
reciclagem; Transformando o coletivo escolar em comunidade de prática.
Carga Horária: 40 m/a
Área do Conhecimento: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Unidade Curricular:
Oficina.
15
E-mail: paula.saraiva@yahoo.com.br
Recursos Necessários:
Sala de aula, computador, Datashow, pneus velhos, garrafas pet, tinta, pincel, corda, plantas
e sementes.
Avaliação:
A avaliação será diagnóstica, contínua, devendo levar em consideração o desenvolvimento
das habilidades propostas pelos eixos estruturantes MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO
SOCIOCULTURAL e PROCESSOS CRIATIVOS.
Nessa atividade integradora os estudantes podem ser avaliados por meio do seu engajamento
em processos de mobilização, intervenção sociocultural e ambiental que os levem a promover
transformações positivas na sociedade e comunidade escolar.
Durante todo o desenvolvimento da OFICINA: acompanhar e avaliar os alunos nas diferentes
etapas do processo de aprendizagem, compreender as estratégias utilizadas por eles na construção do
conhecimento e organizar formas de intervenção adequadas às reais necessidades dos alunos e que
possibilitem avanços cognitivos.
Orientações Didáticas:
Caro (a) professor(a), apresentamos aqui a Atividade Integradora “CriAção: Oficina Criativa
sobre consumo consciente e reaproveitamento de materiais”. De um modo mais amplo, segundo os
documentos oficiais que versam sobre o Novo Ensino Médio, com ênfase na Lei 13.415 e nas
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM), os Itinerários Formativos têm
como objetivo: 1. Aprofundar as aprendizagens relacionadas às Competências Gerais e às Áreas de
Conhecimento; 2. Consolidar a formação integral dos estudantes, desenvolvendo a autonomia
necessária para que realizem seus projetos de vida; 3. Promover a incorporação de valores universais,
como ética, liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade; 4.
Desenvolver habilidades que permitam aos estudantes ter uma visão de mundo ampla e heterogênea,
tomar decisões e agir nas mais diversas situações, seja na escola, seja no trabalho, seja na vida.
Devemos evidenciar que esse espaço de flexibilização faz uma conexão direta com a
Formação Geral Básica dos estudantes de Ensino Médio, cuja finalidade é promover a formação
humana integral dos estudantes em suas dimensões intelectual, física, social, emocional e cultural,
em articulação com a construção de seu projeto de vida, e contribuir com a construção de uma
sociedade justa, democrática e inclusiva.
Entre as Unidades Curriculares possíveis para desenvolvermos a parte flexível do currículo,
escolhemos para essa Atividade Integradora a OFICINA, que segundo o Guia de Implementação do
Novo Ensino Médio, significa: espaço de construção coletiva de conhecimentos, técnicas e
tecnologias, que possibilitam articulação entre teorias e práticas (produção de objetos/equipamentos,
simulações de “tribunais”, quadrinhos, audiovisual, legendagem, fanzine, escrita criativa,
performance, produção e tratamento artístico etc).
Trata-se de uma situação de aprendizagem aberta e dinâmica, na qual, para a aprendizagem é
reservado um espaço coletivo, de interação de grupo, que permite a inovação e a troca de experiências.
Assim ao aprofundar seus conhecimentos sobre questões da vida dos seres humanos e do
planeta em nível local, regional, nacional e global, o estudante pode ampliar a mobilização de
habilidades relacionadas à convivência e atuação sociocultural, podendo ainda utilizar esses
conhecimentos e habilidades para mediar conflitos, promover entendimentos e propor soluções para
questões e problemas socioculturais identificados em sua comunidade.
Nesse sentido, a OFICINA é um espaço dinâmico a ser desenvolvido em 40h horas.
A partir de uma abordagem interdisciplinar no desenvolvimento das atividades propostas,
espera-se que os estudantes possam, entre outras coisas: 1. Construir raciocínio geográfico, artístico,
histórico e sociológico, a partir da articulação de diferentes fenômenos e variáveis vivenciados por
meio das habilidades características dos eixos estruturantes MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO
SOCIOCULTURAL e PROCESSOS CRIATIVOS. 2. Desenvolver atitude mais protagonista, por
meio do incentivo à resolução de problemas, sistematização de ideias, processos essenciais para a
formação de sujeitos capazes de entender e transformar a realidade contemporânea; 3. Compreender
mais amplamente os processos que envolvem a temática consumo consciente, buscando analisar os
fenômenos a partir das perspectivas dos diferentes tempos, lugares e sujeitos envolvidos; 4.
Desenvolver a Dimensão 2 relacionada ao componente curricular Projeto de Vida -Expansão e
Exploração, através da qual ele aprende a conviver, refletir sobre as relações sociais, ampliar os
horizontes e possibilidades, encontrar-se com o outro e o mundo, com ênfase na dimensão cidadã. 5.
Utilizar esses conhecimentos e habilidades em processos de criação e produção voltados à expressão
criativa e/ou à construção de soluções inovadoras para problemas
identificados na sociedade e no mundo.
Com relação ao desenvolvimento dessa Atividade Integradora, é necessário que o projeto de
culminância possua um olhar voltado para integração das áreas do conhecimento, em um movimento
de transdisciplinaridade, onde os conceitos de cada uma das áreas são aplicados para um objetivo
comum- Despertar nas novas gerações a responsabilidade e desejo de consumir de forma consciente,
motivar a expressão artística a partir de materiais alternativos apresentando o trabalho genial do artista
plástico sergipano Arthur Bispo do Rosário. Utilizar garrafas PET e pneus descartados no meio
ambiente para realizar uma exposição de Arte na escola, com o intuito de colorir, tornar mais
confortável e aconchegante o ambiente escolar, abrir as portas da escola para toda comunidade e
assim fortalecer nos alunos o sentimento de pertencimento.
Referências:
A. LEONARD, Leonard Anie. A História das coisas: da natureza ao lixo, o que acontece com tudo
que consumimos. Rio de Janeiro: Zahar 2011.
BRASIL. Ministério da Educação. Guia de implementação do Novo Ensino Médio. Brasília, 2018.
CUNHA, Lenita. Ecoetiquetando: como ser elegante em harmonia com a natureza. Itabaiana: Info
Graphics, 2013.
MOREIRA, Tereza. Vamos Cuidar do Brasil com escolas sustentáveis: educando-nos para pensar e
agir em tempos de mudanças socioambientais globais. Brasília, 2012.
GONÇALVES, Carlos Walter Porto. O desafio ambiental: os porquês da desordem mundial. Mestres
explicam a globalização. 3ª ed. Rio de Janeiro. Record, 2012.
SARIEGO, José Carlos. Educação Ambiental : as ameaças ao planeta azul. 1ª Edição, São Paulo.
Scipione, 2000.
Núcleos de Estudos: pensar a cidade – vivenciar o meio
Temas: Origem e a evolução das cidades: conceito de cidade e ambiente; Tipos de cidades; Cidade e
meio ambiente; Problemas nas cidades: a natureza, o homem e a sociedade - planejamento eficiente na
cidade (simulador com cidades: estratégias com problemas e resoluções); Identidade Urbana: os grupos
e suas territorialidades.
Processos Criativos (EMIFCG05) Questionar, modificar e (EMIFCHSA04) Reconhecer produtos e/ou processos
adaptar ideias existentes e criar propostas, criativos por meio de fruição, vivências e reflexão
obras ou soluções criativas, originais ou crítica sobre temas e processos de natureza histórica,
inovadoras, avaliando e assumindo riscos social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em
para lidar com as incertezas e colocá-las âmbito local, regional, nacional e/ou global.
em prática (EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas,
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais
propostas, obras ou soluções por meio de relacionados a temas e processos de natureza histórica,
diferentes linguagens, mídias e plataformas social, econômica, filosófica, política e/ou cultural,
analógicas e digitais, com confiança e em âmbito local, regional, nacional e/ ou global.
coragem, assegurando que alcancem os
interlocutores pretendidos.
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E-mail: reginaufs@gmail.com
(EMIFCG12) Refletir continuamente (EMIFCHSA10) Avaliar como oportunidades,
sobre seu próprio desenvolvimento e sobre conhecimentos e recursos relacionados às Ciências
Empreendedorismo seus objetivos presentes e futuros, Humanas e Sociais Aplicadas podem ser utilizadas na
identificando aspirações e oportunidades, concretização de projetos pessoais ou produtivos, em
inclusive relacionadas ao mundo do âmbito local, regional, nacional e/ ou global,
trabalho, que orientem escolhas, esforços e considerando as diversas tecnologias disponíveis, os
ações em relação à sua vida pessoal, impactos socioambientais, os direitos humanos e a
profissional e cidadã. promoção da cidadania.
Unidade Curricular:
Núcleo de Estudos.
Recursos Necessários:
Sala de aula, computador/notebook; internet, sites oficiais do governo (IBGE, Observatório de
Sergipe) e de sites com pesquisas (universidade, bibliotecas virtuais, material de papelaria (papel diversos:
paraná, madeira, sulfites coloridos, canetas, hidrocor, tintas, etc), visitas aos monumentos históricos
(arquivo público, palácio do governo, entre outros, universidade).
Avaliação:
A avaliação será diagnóstica e contínua a partir do desenvolvimento da: Investigação Científica e
Processos Criativos desenvolvidos junto às atividades propostas no Núcleo de Estudos. a fim de
acompanhar os alunos no processo de construção do conhecimento e no fazer científico. Avaliar se os
estudantes são capazes em desenvolver as habilidades ativas propostas no BNCC do NOVO ENSINO, a
exemplo em saber investigar as fontes de pesquisas e contextualizar com o seu cotidiano e propor
intervenções científicas que promovam a qualidade de vida e o desenvolvimento da sua localidade.
Orientações Didáticas:
O estudante terá a oportunidade de entender que o seu papel como cidadão vai muito além dos
seus direitos e deveres, previstos na Constituição Federal. A aplicabilidade dos conhecimentos e das
habilidades ativas promovidas pelo Componente Curricular demonstra que com ideias eficientes,
inovadoras e criativas podemos intervir junto ao espaço geográfico - olhando tanto para o ambiente como
para a sociedade na busca da qualidade de vida entre os agentes do processo.
A Atividade Integradora: “Núcleos de Estudos: pensar a cidade - vivenciar o meio” faz parte do
Itinerário Formativo da área de Ciências Humanas Sociais e Aplicadas. Tomando como referência oficial
sobre O Novo Ensino Médio - a Lei 13.415 de 16 de fevereiro de 2017 junto com os documentos que
norteiam as orientações didáticas e pedagógicas: Referenciais Curriculares e o Guia de Implementação do
Novo Ensino Médio, os objetivos da Atividade Integradora, visam:
Aprofundar as habilidades as competências gerais e as áreas de conhecimento;
Vivenciar experiências educativas associadas a sua realidade contemporânea, promovendo a sua
formação pessoal, cidadã e profissional;
Promover a incorporação de valores universais tais como: ética, justiça, democracia, liberdade,
respeito, solidariedade, sustentabilidade e pluralidade;
Desenvolver as habilidades que permitam ao estudante ter uma visão do mundo ampla e
heterogênea, tomar decisão e agir nas mais diversas situações, seja na escola, seja no trabalho, seja
na vida.
No desenvolvimento da Atividade Integradora teremos a interdisciplinaridade dos componentes
curriculares da área de Ciências Humanas Sociais e Aplicadas, de Linguagens (produções dos textos de
pesquisa) e de Matemática (tabulação e interpretação dos dados estatísticos na identificação de temas ou
problemas), o objetivo é tratar junto aos alunos:
a identificação de como utilizar os conhecimentos gerados para solucionar problemas diversos; e a
comunicação de conclusões com a utilização de diferentes linguagens;
a identificação e o aprofundamento de um tema ou problema, que orientará a posterior elaboração,
apresentação e difusão de uma ação, produto, protótipo, modelo ou solução criativa, tais como obras
e espetáculos artísticos e culturais, campanhas e peças de comunicação, programas, aplicativos,
jogos, robôs, circuitos, entre outros produtos analógicos e digitais, esses destacados no foco
pedagógico na Investigação Científica e do Processo Criativo nos Referenciais Curriculares do
Novo Ensino Médio.
De acordo com o Guia de Implementação do Novo Ensino Médio como sugestões de atividades a
serem desenvolvidas junto aos Itinerários Formativos, temos: laboratório, oficinas, clubes, observatórios,
incubadoras, núcleos de estudo e núcleo de criação artísticas.
Para nossa Atividade Integradora teremos como proposta - o Núcleo de Estudos: Pensar a Cidade:
Vivenciar o meio que: desenvolvem estudos e pesquisas, promovem fóruns de debates sobre um
determinado tema de interesse e disseminam conhecimentos por meio de eventos — seminários, palestras,
encontros, colóquios —, publicações, campanhas etc. (juventudes, diversidades, sexualidade, mulher,
juventude e trabalho, meio ambiente, identidade, cultura.). Os eixos estruturantes que serão pautadas no
núcleo de estudos, serão a “Investigação Científica e o Processo Criativo - com a ideia da construção de
um simulador de uma cidade a fim de propor ideias de intervenções eficientes e ecologicamente corretas a
partir dos estudos de casos partindo da origem, evolução da cidade e na identificação dos problemas.
No Projeto de Vida, o objetivo a ser alcançado é o PLANEJAMENTO - Aprender a fazer e a
conhecer - Construir caminhos para a vida pessoal e profissional e a ação cidadã; encontrar-se com
o futuro e o nós, com ênfase na dimensão profissional.
Como a sugestão do Núcleo de Estudos é um simulador de uma cidade, inicialmente faremos a leitura
de textos que explicam o surgimento de uma cidade seja de forma espontânea ou planejada, a partir dos
conhecimentos obtidos, a elaboração de um quadro comparativo na identificação dos prós e contras entre
as duas formas estudadas.
A seguir, a partir da leitura, identificar quais são os elementos básicos e estruturantes para a existência
de uma cidade pontuando os elementos naturais, sociais, mobilidade e desenvolvimento das atividades
econômicas (qual dos segmentos produtivos melhor se relacionam com a estrutura no simulador da cidade
em processo de construção)
Construção de uma maquete ilustrando a cidade a ser construída em dois momentos de análise: origem
de forma espontânea e origem de forma planejada/ protótipo digital (game); elaboração de um relatório ou
banner identificando as análises construídas ao longo do processo de estudos desenvolvidas a partir da
pesquisa, coleta de dados, levantamento de ideias eficientes e ecologicamente corretas que podem ser
absorvidas no contexto da sua realidade cotidiana. As experiências educativas devem promover a
importância do desenvolvimento do conhecimento junto às necessidades existentes no meio, mostrando
que a partir do planejamento é possível construir um espaço que “seja de todos e para todos”.
Referências:
BRASIL. Lei no 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta
o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de
maio de 1943, e o Decreto-Lei no 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei no 11.161, de 5 de agosto
de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo
Integral. Diário Oficial da União, Brasília, 17 de fevereiro de 2017. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ ato2015-2018/2017/lei/L13415.htm>. Acesso em: 20 jun. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Guia de implementação do Novo Ensino Médio. Brasília, 2018.
Unidade Curricular:
Núcleo de Estudos.
Recursos Necessários:
Acesso à internet, data-show, mídias móveis, biblioteca, impressos, sala de aula, espaços
públicos, material de papelaria.
Avaliação:
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E-mail: sandreasilva@yahoo.com.br
A avaliação será diagnóstica, contínua, devendo levar em consideração o desenvolvimento
das habilidades propostas pelo eixo estruturante INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA. Nessa Atividade
Integradora, os estudantes podem ser avaliados através da produção de textos, seminários, palestras,
levantamento bibliográfico e estatístico nas pesquisas desenvolvidas sobre os temas propostos nesse
Plano. Que no primeiro momento será observado e coletado dados a partir das visitas aos museus.
Orientações Didáticas:
A cultura perpassa por um conjunto de técnicas, saberes, atitudes, ideias e valores, presentes
nos componentes materiais, sociais, intelectuais e simbólicos. São transmitidos, por meio de sistemas
de relações entre os indivíduos e expressos diferentemente por cada um. É o caso das manifestações
culturais do Encontro Cultural de Laranjeiras e que se materializam no cotidiano daqueles que o
percebem como parte do lugar, como elemento identitário, considerando as diversas facetas que
caracterizam a festa em questão. Nesse caso, as manifestações culturais que abrilhantam a festa é
fruto da tradição daqueles que cultuam seus ritos, suas danças e crenças.
O presente projeto objetiva proporcionar reuniões de várias manifestações culturais locais,
onde os alunos irão conhecer um pouco mais sobre sua própria história e futuramente compartilhar
suas experiências na sociedade como uma forma de resistência. Desse modo, os educandos
compreenderão a importância da cultura local por meio da história dos seus antepassados,
incorporando o sentimento de pertencimento da cultura e da arte para valorizar sua identidade.
Será desenvolvido por alunos do 1ª, 2ª e 3ª série do Ensino Médio do Colégio Estadual
Professora Zizinha Guimarães em Laranjeiras -SE, através a disciplina de Geografia que abordará os
conteúdos sobre diversidade cultural e a questão étnica no Brasil a partir da influência
afrodescendente. O desenvolvimento e sua aplicação abrangerão a multidisciplinaridade com as
disciplinas de Filosofia, Sociologia e Artes, estes que abordavam nos seus conteúdos a diversidade
cultural e a influência afrodescendente cuja proposta da culminância é despertar ou confirmar o senso
de pertencimento da cultura do lugar vivido.
Durante o planejamento de execução ficou definido que os alunos envolvidos no projeto
realizassem revisão bibliográfica, entrevistas e registros fotográficos sobre os grupos folclóricos, os
museus e a história da cidade. Desta forma, estes darão sua contribuição complementando
informações juntamente com os monitores dos museus para a comunidade escolar, mediante
deslocamento dos demais alunos para os espaços das manifestações do Encontro Cultural de
Laranjeiras com o intuito de transmitir aos colegas o que aprendeu sobre a importância do constructo
da identidade, espelhada nos saberes e enfatizando desta maneira, acontecimentos e manifestações
que fazem parte do seu cotidiano.
A culminância do projeto foi estabelecida com visitação aos espaços disponibilizados a partir
da programação do Encontro Cultural ficando estabelecido um dia de visitação para cada série. Serão
visitados os Museu de Arte Sacra que terão a oportunidade de conhecer a história da patrona da escola
em estudam além de ter o conhecimento da grande valorização da religiosidade passada de geração a
geração; no Museu Afro para compreender a história do negro em laranjeiras desde sua chegada ;
Museu Afro Comunitário Filhos de Obá conhecer o primeiro Terreiro a chegar no Estado de Sergipe
este que tem forte influência na cultura africana local; Casa João Ribeiro; Casa de Folclore Zé
Candunga onde conheceram a história e o legado do intelectual mais importante de Laranjeiras; além
da participação das palestras na UFS-Campus Laranjeira e das apresentações dos grupos folclóricos
( Taieiras, Cacumbi, Chegança e São Gonçalo).
Durante as visitações haverá explicação dos monitores junto com alunos participantes do
projeto, onde alguns alunos irão tirar dúvidas assim, que a efetivação desse trabalho será de extrema
importância objetivando o resultado positivo entre o papel de mediador entre os estudantes, as
revisões bibliográficas e o espaço vivido sendo nosso laboratório.
A participação dos alunos no papel de pesquisadores e enquanto visitantes proporcionará o
despertar do senso de pertencimento a sua cultura, que remete a história de um grupo social, ao
próprio sentido de identidade. Para tanto, oportunizando outras linguagens de aprendizagem
relacionando os conteúdos com o espaço vivido e conhecer a história do seu lugar, vistos que alguns
alunos nunca terem ido aos museus.
Contudo , o encontro promoverá enaltecer o reencontro no contexto da alteridade, história,
tradição, é o encontro de identidades e de singularidades que são permeadas de significados
traduzidos no ato de pertencer ao lugar.
Referências:
ALENCAR, Aglaé D’ávila Fontes de. Danças e folguedos: iniciação ao folclore sergipano. 2ª ed.
Aracaju, 2003.
DANTAS, Beatriz Gois. Vovó nagô e papai branco: usos e abusos da África no Brasil. Rio de
Janeiro: Graal, 1988.
MATOS, Gabrielle do Nascimento; SILVA, Déboralys Ferreira da. Casa do folclore Zé Candunga, a
conservação de uma memória. Aracaju: V Congresso Sergipano de História e V Encontro Estadual
de História da ANPUH/SE. 2016.
causados pela ação do ser humano na natureza; economia e impactos ambientais em Sergipe; conquistas
relevo, solos, climas, hidrografia e uso dos rios; poluição e impactos ambientais com a industrialização.
Unidade Curricular:
● Núcleo de estudos;
● Laboratório.
Recursos Necessários:
● Papelaria (papel, tesoura, cola, cartolina, canetas, lápis, pincéis coloridos, borracha).
● Materiais alternativos (garrafa pet, copo de vidro, canudos, prato de vidro, etc.).
● Notebook e data show.
Avaliação:
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E-mail: silvanagte@hotmail.com
Será contínua e qualitativa, será verificado, no decorrer das aulas e ao final de todo o processo,
se as habilidades requeridas foram alcançadas pelo eixo estruturante da INVESTIGAÇÃO
CIENTÍFICA. Os estudantes poderão ser avaliados através da realização de uma pesquisa científica
por meio de análise de dados e questão problema, selecionando informações de fontes para a
interpretação dos dados pesquisados com realização de desenhos de gráficos e textos que possibilitem
a expressão cientifica e artística dos estudantes, dando sentido ao seu processo de aprendizagem e
conhecimento daquilo que está a sua volta.
Orientações Didáticas:
Caro(a) educador(a), esta Atividade Integradora irá possibilitar que o estudante ao estudar “
A Relação ser humano-natureza” que compõe o Itinerário Formativo de Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas , possa :1. Aprofundar as aprendizagens relacionadas às Competências Gerais e às Áreas
de Conhecimento; 2. Consolidar a formação integral dos estudantes; 3. Promover a incorporação de
valores universais: como ética, liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade; 4. Desenvolver habilidades que permitam aos estudantes ter uma visão de mundo
ampla e heterogênea, tomar decisões e agir nas mais diversas situações, seja na escola, seja no
trabalho, seja na vida.
Tendo esse Itinerário Formativo o objetivo de desenvolver de forma flexível os estudantes em
suas dimensões intelectual, física , social, emocional e cultural com a construção de seu projeto de
vida, e construindo uma sociedade justa e sustentável que tenha a natureza o respeito e cuidado para
o equilíbrio ambiental e social da humanidade.
Visando uma situação de aprendizagem dinâmica essa parte flexível do currículo , possibilita
um espaço para desenvolver estudos e pesquisas, promover fóruns de debates com temas de interesse
dos alunos , seminários e palestras sobre recursos naturais e desmatamento, mudanças climáticas etc.
O eixo estruturante é INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, cujo objetivo, de acordo com o Guia
de Implementação do Novo Ensino Médio é investigar a realidade, compreendendo, valorizando e
aplicando o conhecimento sistematizado, por meio da realização de práticas e produções científicas
foi criado esse itinerário formativo.
Através do desenvolvimento das atividades espera-se que de forma interdisciplinar os
estudantes consigam: 1. Construir raciocínio filosófico, geográfico, histórico, e sociológico, a partir
da articulação de diferentes fenômenos e variáveis elucidados por meio da investigação científica; 2.
Desenvolver atitude mais protagonista, por meio do incentivo à resolução de problemas, elaboração
de pesquisa, confronto de documentos e informações, sistematização de ideias, processos essenciais
para a formação de sujeitos capazes de entender e transformar a realidade contemporânea; 3.
Desenvolver a Dimensão 2 relacionada ao componente curricular de Projeto de Vida- Expansão e
Exploração, através da qual ele aprende a conviver, refletir sobre as relações sociais, ampliar os
horizontes e possibilidades, encontrar-se com o outro e o mundo.
Tendo como foco aprofundar conceitos fundamentais das ciências humanas para a
interpretação de fenômenos e processos ambientais, bem como ampliar habilidades relacionados ao
pensar e fazer científico relacionando as ações humanas e impactos no meio ambiente, essa proposta
também visa criar relações de proximidade com o projeto de vida do estudante e seu cotidiano. O
foco é a análise das relações entre o homem e a natureza, alterações no espaço, condicionamento
geoambientais, economia, trabalho, buscando identificar suas características, limitações,
permanências e resistências socioambientais.
Referências:
ALMEIDA, Maria da Graça Santana de. Estrutura de produção: a crise de alimentos da província
de Sergipe(1855-1856). Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, n. 27, 1965-
1978,p. 15-39.
FELDMANN, Fabio. Sustentabilidade planetária, onde eu entro nisso? Terra virgem editora .2015