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PRINCÍPIOS DE OCLUSÃO

O QUE É OCLUSÃO?
Relação dinâmica morfológica e funcional entre todos
componentes do sistema mastigatório ( dentes,
tecidos de suporte, sist. neuromuscular, ATMs),
esqueleto crânio facial, região cervical, laringe,
região supra e infra-hioidea.
MÚSCULOS DA CABEÇA E PESCOÇO

• M. temporal
• M. masseter Elevadores da mandíbula
• M. pterigoideu medial

• M. pterigoideu lateral Abertura bucal


• Ventre ant do digastrico

• M. digástrico Fala, deglutição e postura


• M. língua de cabeça
• M. do pescoço
Ação das forças
dos musc da mastigação
O QUE É UMA OCLUSÃO NORMAL?
• É muito além do que uma avaliação
morfológica da posição de molar ou de dentes
anteriores ( classificação de Angle) Está
baseada mais em uma avaliação
neuromuscular e equilíbrio morfo-funcional do
sistema.
GUIAS E DETERMINANTES OCLUSAIS

• A forma anatômica de cada estrutura


influência a morfologia oclusal
• As ATMs são consideradas fatores fixos e de
controle posterior - guia não dentária
• Os dentes anteriores são fatores que
modificam-se com o tempo são até certo
ponto um controle anterior - guia dentária
GUIAS E DETERMINANTES OCLUSAIS
• FATORES DE CONTROLE POSTERIOR
• Guia Condilar
➢ depende da angulação da eminência articular e é
determinado a partir de um plano horizontal
➢ este ângulo é maior em movimento lateral devido a
maior inclinação da parede medial da fossa
mandibular (depende do perfil frontal do paciente-
doli, braqui e normo, ou seja, distância inter-condilar)
Tipos faciais

Braqui

Dólico

Normo
Plano sagital
P
l
a
n
o
s
a
g
i
t
Aresta distal a
dos post l
GUIAS E DETERMINANTES OCLUSAIS

• FATORES DE CONTROLE ANTERIOR


Guia anterior - Dentária
Determinada pela grau de movimento vertical
da mandíbula
clinicamente as cusp. dos post., em uma
oclusão normo e braqui, devem ser mantidas
curtas e menos inclinadas (23o.)
Guia anterior promovendo desoclusão
dos dentes posteriores em protrusiva
- proteção mútua
RELAÇÕES OCLUSAIS

• guia anterior
guia incisal
Determinada pela superfície palatina dos
incisivos superiores, guia o movimento de
protrusão mandibular
➢ Não é uma estrutura fixa pois modifica-se com
a idade, restaurações, acidentes...
RELAÇÕES OCLUSAIS EM LATERALIDADE

• guia pelo canino


levantamento dos dentes posteriores durante
o movimento de lateralidade, distribuição das
forças oclusais em seu eixo.
RELAÇÕES OCLUSAIS

• TRESPASSE HORIZONTAL (OVERJET)


• TRESPASSE VERTICAL (OVERBITE OU
SOBREMORDIDA)
1 A 3mm
GUIAS E DETERMINANTES OCLUSAIS
• Curva de Spee
Posiciona o longo eixo dos dentes durante a
trajetória de fechamento bucal em uma
direção ântero-posterior.

Se estende da ponta dos


incisivos a ponta das cúspides
dos molares inferiores
GUIAS E DETERMINANTES
OCLUSAIS
• Curva de Wilson
A inclinação lingual dos dentes posteriores
inferiores ( paralela aos músculos masseter e
pterigoideu medial) produz uma curva
translateral
Det. pelo plano frontal
sendo formada pela
ponta das cusp. dos
molares inf.

Essa curva tende a desaparecer com a


idade
MOVIMENTOS MANDIBULARES

• Relação cêntrica (RC) - relação


maxilomandibular na qual os côndilos se
articulam na porção articular mais delgada de
seus respectivos discos, em posição ântero-
superior contra a vertente posterior da
eminência articular.

• Relação obtida com o uso de JIG para a


montagem em ASA
MOVIMENTOS MANDIBULARES

• ROC- contatos dentais ocorridos na relação


cêntrica.
• Máxima Intercuspidação Habitual (MIH)-
máxima intercuspidação dos dentes,
independentes da posição condilar.
RELAÇÕES OCLUSAIS
• ROC
Relação dinâmica dos dentes que irá originar o
• MIH Compasso oclusal (pé de galinha)
• Trabalho
• Não trabalho ou balanceio
Ciclo mastigatório
forma de gota
RELAÇÕES OCLUSAIS

• OCLUSÃO DE PROTEÇÃO MÚTUA


guia anterior
guia incisal
guia pelo canino
RELAÇÕES OCLUSAIS
• Guia de grupo ou função em grupo
Desoclusão lateral progressiva em que um grupo de
dentes de canino a molar se tocam desde o começo
do movimento levantando os dentes do lado de não
trabalho
Preferencialmente esse movimento deve ser o mais
anterior possível, mas não intercalado
MOVIMENTOS MANDIBULARES

• LATERALIDADE
trabalho
não trabalho ou balanceio
• PROTRUSÃO
• RETRUSÃO ROC
Osso móvel - mandíbula

E o retrusivo?
GUIAS E DETERMINANTES OCLUSAIS

• MOVIMENTO DE BENNETT
movimento lateral do corpo da mandíbula durante os
movimentos laterais
cabeça orbitante- move-se para frente, para baixo, para
dentro da fossa mandibular
➢ depende da morfologia da parede média da fossa
mandibular e do ligamento temporo-mandibular
( influência a posição dos sulcos de escape do lado
de trabalho e não trabalho)
Determinação da posição de sulcos e
cristas
GUIAS E DETERMINANTES OCLUSAIS

• Quanto maior o movimento de Bennett menor a altura


das cúspides posteriores (pac braqui)
da cusp. Superior
MORFOLOGIA DA ANATOMIA OCLUSAL

• O movimento de Bennett determinará horizontamente


➢ a direção das cristas e sulcos nas superfícies
oclusais, assim como a localização das cúspides e
sulcos

Originalmente, as cúspides, são arredondadas, no entanto,


com a função tornam-se mais amplas
e planas nas superfície de contato o que não significa bruxismo
MORFOLOGIA OCLUSAL
• Cúspides posteriores que atuam como suporte vertical - DV-
são denominadas de:
suporte, manutenção cêntrica, funcionais - estão mais próximas
do centro vestíbulo lingual do diâmetro radicular
• As cúspides posteriores de não contenção atuam como guia e
corte não exercendo a função de anteparo vertical- bordas
cortantes ( vest dos sup e linguais dos inf )
As cúspides de contenção cêntrica contatam em dois pontos
com o sulco/ crista/ vertente lisa ou triturante

Aspecto externo funcional - espaço funcional


zona variável em torno de 1mm nas vertentes
externas das cúspides de contenção que auxiliam
a posição intercuspidal
Vermelho - ROC
Azul - mov. de trabalho
Verde- mov não trabalho
Preto-protusão
Amarelo-laterotrusivo

vermelho- cusp. cont. inf

Pé de galinha

Vermelho- cusp. cont sup.


MORFOLOGIA DA ANATOMIA OCLUSAL

• Cristas marginais e vertentes internas - mesa


oclusal
• A área entre as pontas das cúspides
vestibulares e linguais formam apenas de 50
a 70% de toda a dimensão V-L da coroa
• A mesa oclusal está centrada sobre a raiz do
dente - melhor posição funcional para
suportar as forças oclusais para o longo eixo
do dente
Superfícies e contatos oclusais
• Relação cúspide-crista marginal e guia anterior presente
➢ cúspides vest. dos pré-molares inferiores e as mesio-vest. dos
molares inferiores ocluem com as cristas marginais mesiais de
pré-molares e de molares superior. Mas, as cúspides distas
(médio-vestibular do 10. molar inferior) ocluem em sulco central-
classe I
➢ Quando os anteriores estão também em uma relação de classe
I temos a aresta distal do canino inferior desocluindo pela aresta
mesial do canino superior
Superfícies e contatos oclusais
• Relação cúspide-fossa determinando uma classe II
➢ Variação morfológica denominada por Angle como classe II, a
mandíbula está em uma posição para posterior. As cúspides
vestibulares dos dentes inferiores estão posicionadas nas
fossetas proximais e a aresta mesial do canino inferior
desocluindo pela aresta distal do canino superior.
Superfícies e contatos oclusais
• Contato no lado de não trabalho
➢ Movimento dos dentes inferiores em direção a linha
média – saída pelo sulco de Bennett
➢ Pode haver contato nessa posição- direcionamento
de movimento, não trombada (contatos prematuro)

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