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sumário

módulo 1 História da
Auriculoterapia

módulo 2 A Auriculoterapia Chinesa e Francesa

módulo 3 Fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa


(MTC) e Teoria do Yin e Yang

módulo 4 Anatomia da Orelha e Topografia do Pavilhão Auricular

módulo 5 Aspectos Neurológicos da Orelha

módulo 6 Benefícios da Auriculoterapia

módulo 7 Algumas Indicações e Contraindicações da Auriculoterapia

módulo 8 Diagnósticos

módulo 9 Mapa de Pontos


módulo 10 Estimuladores Terapêuticos

módulo 11 Reações Normais e Esperadas em uma Sessão


de Auriculoterapia

módulo 12 Passo a Passo de uma Sessão de


Auriculoterapia

módulo 13 Passo a Passo das Técnicas de


Auriculoterapia

módulo 14 Materiais Utilizados


na Auriculoterapia
1 História da
Auriculoterapia
Embora as origens exatas sejam difíceis de rastrear, a prática de usar a
orelha para tratar doenças e promover a saúde tem sido documentada
em diferentes partes do mundo ao longo dos séculos.
A auriculoterapia francesa tem sua origem baseada no método da
auriculoterapia chinesa. É uma técnica da Acupuntura que utiliza o
pavilhão auricular para efetuar tratamentos e restabelecer a saúde,
aproveitando o reflexo que a aurícula exerce sobre o sistema nervoso
central.
A auriculoterapia, como o próprio nome indica, trata disfunções e
promove analgesia através do estímulo em pontos reflexos localizados
na orelha externa. A orelha é um dos vários microssistemas do corpo
humano, assim como as palmas das mãos, as plantas dos pés, o crânio,
as regiões laterais da coluna vertebral. De acordo com a Medicina
Tradicional Chinesa (MTC) – o pavilhão auricular possui mais de 200
pontos para tratamento em sua parte anterior e posterior.
A história e origem da auriculoterapia tem alicerces na antiguidade,
mesmo que exista divergências sobre o país no qual o método foi
usado pela primeira vez, China ou Índia. Mas tudo indica que, a partir
de então, a técnica passou para os egípcios e persas, que a divulgaram
pela costa do Mediterrâneo, isto é, Itália, Espanha, França e norte da
África.
Há menção de utilização da auriculoterapia no Egito durante o período
dos faraós, quando as mulheres que não queriam ter filhos mandavam
pinçar certas áreas da orelha.
De volta à antiguidade, no século IV a.C., Hipócrates teria passado um
tempo no Egito e, assim, conseguido tomar conhecimento dos
primórdios da auriculoterapia. É a conclusão à qual estudiosos de
suas obras chegaram.
Um exemplo disso seria o tratado de Hipócrates chamado “Dos ares,
das águas e dos lugares”, no qual ele escreveria sobre o sangramento
de uma veia atrás da orelha como forma de tratar a impotência. E
mais: provocar queimadura em ponto da antélice da orelha como
terapia para dor ciática. Aliás, esta cauterização para aliviar a dor
ciática seria utilizada mais tarde, já no século XVII, por um médico
português chamado Zacutus Lusitanus.

A relação dos meridianos com


a orelha é explicada no livro
Hoang Ti Nei King, o “Cânon de
Medicina do Imperador
Amarelo”, considerado o mais
antigo de que se tem
conhecimento. Nele, há
referências sobre diagnóstico e
tratamento com acupuntura.

Um texto também clássico, o


Ling Shu (475 – 225 AC.), cita a
ligação entre orelha e demais
órgãos. Já na dinastia Tang, a
estimulação da orelha para
tratar condições físicas
internas é uma mostra da
história e origem da
auriculoterapia em tempos
mais recentes.
Referências, pesquisas, citações e obras não faltam para contar essa
trajetória. No século XVIII, o anatomista italiano Valsalva, em sua obra
“De aura humana tractatus”, aponta a cauterização de um local no
pavilhão auricular para aliviar a dor de dente.
Um salto no tempo e vamos aos anos 1950, quando, na França, o Dr.
Nogier teve contato com um caso de tratamento da dor ciática. Foi o
seguinte: uma paciente chegou até ele com um trabalho feito por
uma curandeira local.

Nogier passou a estudar o fenômeno e, depois de longas análises,


começou a experimentar um tipo de mapa dos pontos da orelha que
estavam relacionados aos órgãos e demais estruturas do corpo
humano. E publicou alguns trabalhos nos quais mostra essa ligação,
chegando a descrever os ótimos resultados obtidos com seus
clientes.

Diz-se ainda que o Dr. Nogier observou também povos do


mediterrâneo e seu hábito de fazer pequenas cauterizações na orelha
para combater diversas enfermidades. Assim, conseguiu descobrir
uma porção de pontos curativos, e estabeleceu um vínculo entre a
posição deles no pavilhão da orelha e a posição que um bebê ocupa
na barriga da mãe pouco antes de nascer.

Estes estudos do Dr. P. Nogier foram publicados inclusive em


jornais de Xangai. Com ajuda deles, até os chineses puderam
impulsionar suas investigações nesse campo, criando diversos
núcleos de pesquisa por toda a China.
Na década de 1980, muitos estudos levaram ao desenvolvimento
do diagnóstico e tratamento por auriculoterapia. Em 1990 a OMS
reconhece e recomenda a auriculoterapia. Em 1999, Huan Li Chun
desenvolve a técnica da semente dupla.

As terapias auriculares têm vários mapas (francês, chinês, japonês)


mas todos com vários pontos em comum, porque todos partiram do
mapa do feto invertido de Paul Nogier.
Existem três escolas (correntes) da auriculoterapia, a Escola
Chinesa, que se divide em dois segmentos, a que usa agulhas e a que
usa sementes duplas (Huan Li Chun), e a Escola Francesa, criada pelo
Dr.Paul Nogier, caracterizada por tratar uma orelha em cada sessão.

AURICULOTERAPIA NO BRASIL

Vale ressaltar um grande


ícone da popularização da
Auriculoterapia no Brasil, o
Prof.º Marcelo Pereira de
Souza.
Ele foi o criador do
Triângulo cibernético,
como resultado de seus
estudos com antigos
mestres da acupuntura.
Segundo ele, os pontos
shenmen, rim e simpático,
usados em conjunto nesta
mesma ordem e como
pontos iniciais de um
tratamento, dinamizam
qualquer tratamento, quer
na acupuntura auricular,
quer na acupuntura
sistêmica.

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