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DA INSATISFAÇÃO AO DESPERTAR:

Uma introdução
completa aos
ensinamentos
de Buda.
LIVROS SOBRE BUDISMO
ÍNDICE 01
I. INTRODUÇÃO
- Propósito do livro
- O que é o budismo?

II. CAPÍTULO 1: A RODA DA VIDA-


INSATISFAÇÃO E SOFRIMENTO
- A Origem do Sofrimento: A Insatisfação
- As Quatro Nobres Verdades
- Aprofundando as 4 Nobres Verdades

III. CAPÍTULO 2: A
IMPERMANÊNCIA E A MUDANÇA
- A Natureza da Impermanência
- Aceitação da Mudança como Parte da Vida

IV. CAPÍTULO 3: A PRÁTICA DA


ATENÇÃO PLENA
- O Que é Atenção Plena?
- A Atenção Plena no Cotidiano
- Exercícios Práticos de Atenção Plena
V. CAPÍTULO 4: O DESAPEGO E A PAZ
INTERIOR
- O Conceito de Desapego
- Como o Desapego Leva à Paz

VI. CAPÍTULO 5: A JORNADA DE CADA


ESTAÇÃO DA VIDA
- Apreciando as Estações da Vida
- A Conexão com a Natureza e o Mundo
- Explorando os estágios da vida
- A Beleza e a Sabedoria na Simplicidade

VII. CAPÍTULO 6: VIVER NO PRESENTE


- A Importância do Agora
- Libertando-se do Passado e do Futuro

VIII. CAPÍTULO 7: OS ENSINAMENTOS DE


BUDA NA VIDA COTIDIANA

- Aplicando a Sabedoria Budista no Dia a Dia


- Aplicando as Quatro Nobres Verdades e o
Caminho Óctuplo na Vida Diária
- Histórias de Mestres Budistas Renomados
IX. CAPÍTULO 8: O CAMINHO DO
AUTOCONHECIMENTO

- Autocompaixão e Autoaceitação
- O Poder do Autoconhecimento
- Como praticar autocompaixão, autoaceitação
e autoconhecimento no cotidiano

X. CAPÍTULO 9: A PRÁTICA DA
MEDITAÇÃO BUDISTA

- A Meditação como Ferramenta para o Despertar


- Exercícios de Meditação Práticos

XI. CAPÍTULO 10: CULTIVANDO


GRATIDÃO E COMPAIXÃO

- A importância da gratidão
- A prática da compaixão

XII. CONCLUSÃO: DA INSATISFAÇÃO AO


DESPERTAR

- Resumo dos Ensinamentos de Buda


- O Caminho Adiante
- A Prática em Comunidade: O Suporte Para a
Jornada do Despertar
SUPERVISÃO:
MONGE GENSHO SENSEI

Mestre Zen budista, com mais de 50 anos de


prática.

É sucessor do mestre japonês Dōshō Saikawa Roshi,


em uma linhagem sem interrupção há mais de
2500 anos, desde o tempo do Buda histórico.

Passou por períodos de treinamentos monásticos


nos Estados Unidos, Japão, é Missionário
Internacional da Escola Japonesa Soto Zen e
Abade do Templo Daissen-Ji de Florianópolis/SC.
CRIAÇÃO, PLANEJAMENTO, REVISÃO:
MONGE BUTSUKEI

É Monge Zen budista, da ordem Soto Zen e


aluno de Monge Genshô Sensei. Pratica o
Budismo há 12 anos.

Iniciou e coordenou centros budistas pelo Brasil.


Também cooperou na realização de muitos
retiros com mestres budistas nacionais e
internacionais vindos da Índia, Nepal e Butão.

É fundador da plataforma “Sobre Budismo” no


Instagram, Podcast e Youtube. Fundou a
Tutoria Sobre Budismo em 2019 um programa
para simpatizantes do Budismo que conta com
mais de mil alunos ativos.

PRODUÇÃO, CRIAÇÃO, EDIÇÃO E


DIREÇÃO ARTÍSTICA:
BRENDA ANDRADE

Aluna de Monge Gensho Sensei, praticante do Zen e


companheira do Monge Butsukei.

Trabalha no suporte da Comunidade online Tutoria


Sobre Budismo.

Produz conteúdos na plataforma Instagram da


Sobre Budismo, cria e edita os Livros Sobre Budismo.
PROPÓSITO DO LIVRO

Este livro, "Da Insatisfação ao Despertar - Uma


Introdução aos Ensinamentos de Buda", busca
apresentar os fundamentos do budismo sob a
perspectiva do venerável mestre Thich Nhat
Hanh, um renomado monge zen vietnamita e
ativista da paz.

Este é um guia para todos aqueles que


desejam compreender e aplicar em suas
vidas os ensinamentos de Buda, criando
uma existência mais pacífica e compassiva.
Thich Nhat Hanh destacou-se pela sua
abordagem única do budismo, combinando as
tradições do Zen com insights da psicologia
moderna.

Ele enfatizou a importância da atenção plena


no cotidiano e a interconexão de todas as
coisas, o que chamou de "Inter-Ser".

Inspirados por seus ensinamentos, pretendemos


ajudar o leitor a encarar os desafios do
cotidiano com sabedoria, amor e compaixão.
O que é o
budismo?
O budismo, originado na Índia há mais de 2500 anos com
Siddhartha Gautama, o Buda, é um método prático para
despertar a mente das ilusões e superar o ciclo de
insatisfatoriedade e sofrimento através de um caminho de
vida que nos encoraja a entender a realidade de nossa
própria experiência e os fenômenos como realmente são.

Os ensinamentos budistas,
com base nas Quatro
Nobres Verdades, exploram
a natureza das nossas
insatisfações (Dukkha),
suas causas, como cessá-lo
e o caminho que leva a
esse fim.

O budismo é conhecido por seus ensinamentos sobre a


impermanência e a ideia de "não-eu" - a compreensão de
que não há um "eu" fixo e independente.

Tais conceitos, juntamente com a prática da atenção plena


e da compaixão, são fundamentais para a transformação
pessoal na tradição budista.
Thich Nhat Hanh interpretou esses ensinamentos de uma
maneira que ressoa profundamente com os desafios da
vida contemporânea.

...que através da
atenção plena, podemos
o u q u e o
le a firm tocar a "natureza do
E u m a
e nt o é Buda" em nós mesmos e
so fr im o
d e p a ra
u n id a em todos os seres; e que
oport a r;
desp e rt a compaixão não é
apenas um ideal, mas
uma prática diária.

Este livro se propõe a guiar você em uma


jornada para explorar esses ensinamentos e
práticas, sempre com os sábios conselhos de
Thich Nhat Hanh como nosso norte.
CAPÍTULO 01

A Roda da Vida -
Insatisfação e Sofrimento
A Origem do Sofrimento: A Insatisfação
As Quatro Nobres Verdades
Aprofundando as 4 Nobres Verdades
A INSATISFAÇÃO
Segundo os ensinamentos budistas, a insatisfação ou o sofrimento,
conhecido como dukkha, é uma parte fundamental da experiência
humana. Este é um conceito que Thich Nhat Hanh explorou
profundamente em sua prática e ensinamentos.

Ele nos lembra que o sofrimento não é algo a ser evitado, mas
reconhecido e compreendido. Ele nos ensina que "O sofrimento é
necessário para nos ajudar a crescer".

Nesse contexto, a insatisfação é vista


não como um fardo, mas como uma
oportunidade para despertar, para
cultivar:

PRAJNA= COMPREENSÃO PROFUNDA

KARUNA= COMPAIXÃO

Neste capítulo, exploraremos as várias


formas de dukkha, desde o sofrimento
físico e mental até a insatisfação mais
sutil que pode surgir em momentos de
mudança ou incerteza.

Analisaremos como Thich


Nhat Hanh recomenda
reconhecer e abraçar
nosso sofrimento,
transformando-o em
um caminho para a
compreensão e a
compaixão.
AS QUATRO NOBRES VERDADES
As Quatro Nobres Verdades são os ensinamentos fundamentais do
Buda sobre a natureza do sofrimento e o caminho para a libertação.
Thich Nhat Hanh, em sua abordagem prática, enfatiza a importância
dessas verdades no cotidiano.

e ir a 2. A se
r im gunda
1. A p k k h a, Samuda verdade
d e , D u ya, iden ,
verda q u e a origem tifica a
a fir m a a insatisf dessa
ç ã o é um ação (D
insati sf a a ukkha)
ere n t e d frequen ,
parte i n associa t em ente
vida. aversão
da ao
desejo,
e ignor
ância.

a d e , 4. A
v e rd
e ira a a verd qua
t e rc c l a r r apr ade, rta
A d e e ss a esen M
3. odha, d e c Cam ta agga
ir
N ilidad fação e in o ,
sib t is n d o com ho Ó Nobr
pos sa insa lcança do que o o c ctup e
es a), a e st a leva ami lo
k k h u m az . insa o f ho
a n
u
(D rvana ão e p , tisf im d
o N i t a ç (Du açã a
li b er kkh o
de a).

A seguir, analisaremos como Thich Nhat Hanh interpreta e


aplica estas verdades em sua prática e ensinamentos,
destacando a interconexão entre o sofrimento e a felicidade, a
importância da atenção plena e a prática do "Inter-ser" em
nosso caminho para a compreensão e a paz.
APROFUNDANDO AS 4
NOBRES VERDADES

As Quatro Nobres Verdades são os ensinamentos centrais do budismo,


articulados pela primeira vez por Siddhartha Gautama, conhecido
como Buda. Essas verdades tratam da insatisfação, da origem da
insatisfação, do fim da insatisfação e do caminho que leva ao fim da
insatisfação.

A Primeira Nobre Em "O Coração dos


Verdade - Dukkha Ensinos de Buda", Thich
(Insatisfação) Nhat Hanh descreve
dukkha não apenas
como sofrimento, mas
como insatisfação,
estresse e desconforto.
Ele acentua que o
reconhecimento de
dukkha é o primeiro
passo na prática
budista, dizendo:

"O SOFRIMENTO É
NECESSÁRIO PARA NOS
AJUDAR A CRESCER".

O sofrimento pode, portanto, ser


uma porta para a compreensão
e a transformação.
A Segunda Nobre
Thich Nhat Hanh observa Verdade - Samudaya
que a origem do (Origem da
sofrimento está em nossa Insatisfação)
mente, com base em
nossos desejos e aversões,
bem como nossa
ignorância da natureza
da realidade. Em "A Arte
de Transformar o
Sofrimento", ele diz que
os Três Venenos - desejo,
raiva e ignorância -
podem levar a dukkha.

A Terceira Nobre
Verdade - Nirodha
(Cessação da
Insatisfação) Thich Nhat Hanh ensina
que a cessação do
sofrimento é alcançável
através do entendimento e
da transformação de
dukkha.

Em "O Coração dos


Ensinos de Buda", ele
descreve o nirvana (a
extinção do fogo das
paixões (entenda paixões
como as emoções que nos
arrastam para lá e para
cá)) como a "extinção de
todas as ideias", incluindo
a ideia de eu e não-eu,
nascimento e morte.
A Quarta Nobre
Verdade - Magga (O
Caminho que leva à
Cessação da
Insatisfação)

Esta é frequentemente expressa como o Nobre Caminho


Óctuplo. Em "O Caminho do Buda", Thich Nhat Hanh
apresenta uma interpretação detalhada do Nobre Caminho
Óctuplo e de como ele pode ser aplicado na vida
cotidiana. O caminho inclui:

compreensão correta

pensamento correto
fala correta

ação correta
sustento correto
Em todos os seus
ensinamentos, Thich
esforço correto Nhat Hanh enfatiza a
atenção plena correta importância da prática
da atenção plena para
compreender
profundamente essas
concentração correta
verdades e aplicá-las
em nossa vida diária.

Ele sugere que, por meio da atenção plena, podemos tocar


a natureza interconectada da realidade (Inter-ser) e
cultivar a compaixão por nós mesmos e pelos outros.
CAPÍTULO 02

A Impermanência
e a Mudança
A Natureza da Impermanência
Aceitação da Mudança como Parte da Vida
A NATUREZA DA
IMPERMANÊNCIA
Impermanência, ou Anicca, é um conceito central no Budismo, e
é frequentemente destacado nos ensinamentos de Thich Nhat
Hanh. Ele acredita que entender a natureza da impermanência
pode ser uma libertação em vez de uma causa de medo ou
ansiedade.

Em seu livro "Sem Morte, Sem Medo", Thich Nhat Hanh escreve:

"GRAÇAS À
IMPERMANÊNCIA,
TUDO É POSSÍVEL."

A impermanência não
significa que tudo acaba,
mas que tudo está em um
estado constante de
mudança. Nada no
universo é estático ou
imutável, e isso inclui nós
mesmos e nossa
experiência de vida.

A compreensão da impermanência nos ajuda a


apreciar o aqui e o agora, a perceber que cada
momento é precioso e único. Também nos dá uma
perspectiva sobre nosso sofrimento, nos lembrando
que, como tudo mais, ele não é permanente.
ACEITAÇÃO DA MUDANÇA
COMO PARTE DA VIDA

A impermanência é uma característica intrínseca da vida, e


entender e aceitar essa verdade nos ajuda a lidar com as
mudanças e incertezas que inevitavelmente encontraremos.

Em "A Arte de Amar", Thich


Nhat Hanh ensina que a
compreensão e aceitação da "Se você am
impermanência nos permitem a alguém,
a melhor c
amar mais profundamente. oisa que
pode ofere
Ele diz: cer é sua
presença. C
omo você
pode amar
se não
estiver pres
ente?"

Aceitar a mudança como parte


da vida também nos permite
responder a mudanças e desafios
com flexibilidade e resiliência.

Não estamos presos a formas fixas de


ser ou fazer as coisas. Podemos
adaptar-nos, crescer e mudar.

Neste capítulo exploramos a prática da atenção plena na


aceitação da mudança, um dos ensinamentos centrais de
Thich Nhat Hanh. A atenção plena, estar totalmente
presente e consciente no momento atual, é a chave para
perceber a impermanência em ação. Através da atenção
plena, podemos viver cada momento profundamente e
responder à vida com sabedoria e compaixão.
CAPÍTULO 03

A Prática da
Atenção Plena
O Que é Atenção Plena?
A Atenção Plena no Cotidiano
Exercícios Práticos de Atenção Plena
O QUE É ATENÇÃO PLENA?
Atenção Plena, ou Mindfulness, é a prática de estar plenamente
presente no momento, de estar ciente do que está acontecendo
dentro de você e ao seu redor. É um conceito fundamental no
budismo, e Thich Nhat Hanh tem sido um dos maiores
defensores contemporâneos desta prática.

Segundo Thich Nhat


Hanh, em seu livro
"A Arte de Viver": P LE N A É A
"ATEN Ç ÃO
A Q U E N O S
ENER G I R
E C O N H E CE
PER M IT E R
ÇA D O Q U E
A PRE S E N O
T EC E ND O N
EST Á A C O N " .
P R ES E N T E
MO M EN TO

A atenção plena permite que você viva sua vida mais


profundamente e, ao mesmo tempo, tenha uma
compreensão mais clara de quem você é e do que
está acontecendo ao seu redor.
A ATENÇÃO PLENA
NO COTIDIANO
Thich Nhat Hanh enfatiza que a atenção plena não é apenas
para meditação formal ou retiro, mas pode ser praticada em
todas as atividades diárias.

Em "Silêncio: O Poder do Calar Num Mundo Que Não Para De


Falar", ele nos ensina que:

"A PRÁTICA DA ATENÇÃO PLENA NÃO DEVE


SER CONFINADA A UM CANTO DE NOSSO
TEMPO, MAS DEVE SER LEVADA PARA CADA
MOMENTO DA VIDA DIÁRIA".

Seja caminhando, comendo, lavando a louça, ou ouvindo


alguém falar, podemos praticar a atenção plena. Isso
envolve prestar atenção total à atividade, estar
plenamente presente em vez de se perder em pensamentos
sobre o passado ou preocupações sobre o futuro.
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
DE ATENÇÃO PLENA

Agora apresentaremos exercícios práticos de atenção plena


com base nos ensinamentos de Thich Nhat Hanh. Em seu livro
"O Milagre da Atenção Plena", Thich Nhat Hanh fornece uma
série de práticas simples que qualquer pessoa pode incorporar
em sua vida diária.

íc io s in cl u em
Estes exerc ç ã o
r e s p ir a
práticas de
en te , co m er
consci
consci en t e m e n t e ,
c o m at e n ç ã o
caminhar s .
u it o m a i
plena e m

Cada exercício é uma oportunidade para trazer sua mente de volta


ao presente e encontrar alegria e paz no momento presente.

Essas práticas ajudam a criar um espaço de


calma e clareza em meio ao caos e à pressa
da vida moderna.
1. RESPIRAÇÃO CONSCIENTE

A respiração é um dos mais poderosos e acessíveis


instrumentos para a prática da atenção plena. Thich Nhat
Hanh, em seu livro "O Milagre da Atenção Plena", nos ensina a
praticar a respiração consciente. Aqui está um exemplo:

1. Sente-se em uma posição


confortável.

2. Feche os olhos e
concentre-se em sua
respiração.

4. Ao expirar, esteja
3. Ao inspirar, esteja ciente de que você está
ciente de que você está expirando.
inspirando.

Não tente controlar a respiração,


apenas observe-a. Isso ajuda a ancorar
a mente no presente.
2. COMER CONSCIENTEMENTE

Thich Nhat Hanh ensina a


prática do "comer consciente"
para transformar uma
atividade cotidiana em uma
prática de atenção plena.
Quando você come, preste
atenção em cada mordida, o
sabor dos alimentos, as
sensações que eles causam e a
ação de mastigar e engolir.

Isso promove uma experiência mais plena e


apreciativa de uma necessidade básica e cotidiana.

3. CAMINHAR COM ATENÇÃO PLENA

Caminhar com atenção plena é uma


prática que Thich Nhat Hanh
muitas vezes ensina em seus retiros.
Envolva-se totalmente no ato de
andar, esteja atento a cada passo,
ao contato dos pés com o chão, à
movimentação dos braços e ao
ritmo da respiração. Isso permite
que você se conecte com o presente e
aprecie simplesmente estar vivo.
4. MEDITAÇÃO NA ATENÇÃO PLENA
Meditar também pode ser uma prática de atenção plena.
Thich Nhat Hanh sugere uma meditação simples:

"RESPIRANDO, EU SEI
QUE ESTOU RESPIRANDO.
EXPIRANDO, EU SEI QUE
ESTOU EXPIRANDO."

Concentre-se na respiração e em cada pensamento e sensação


que surge. Se a mente vagar, simplesmente note isso e
gentilmente traga sua atenção de volta à respiração.

Cada um desses exercícios é uma


oportunidade para trazer sua mente de
volta ao presente e encontrar alegria e
paz no momento presente. Estas práticas
ajudam a criar um espaço de calma e
clareza em meio ao caos e à pressa da
vida moderna.
CAPÍTULO 04

O Desapego e
a Paz Interior
O Conceito de Desapego
Como o Desapego Leva à Paz
O CONCEITO DE DESAPEGO
Desapego, no contexto budista, não significa evitar ou se isolar
do mundo, mas sim desenvolver uma relação saudável com os
fenômenos da vida. Thich Nhat Hanh, em muitos de seus
ensinamentos, enfatiza que desapego não é sinônimo de
indiferença ou negligência. Na verdade, é um profundo
entendimento da impermanência de todas as coisas.

No livro "No Lama, No Lótus",


Thich Nhat Hanh ilustra o
desapego através da metáfora
do oceano e das ondas.

O oceano representa a nossa verdadeira natureza de não-


nascimento e não-morte, enquanto as ondas representam
nossas percepções, emoções e situações transitórias da vida.

Ao nos apegarmos às ondas,


sofremos. Mas, ao nos lembrarmos
de que somos também o oceano,
podemos experienciar a paz, a
alegria e a liberdade.
COMO O DESAPEGO
LEVA À PAZ
Thich Nhat Hanh ensina que o desapego nos ajuda a aceitar e
abraçar a impermanência, o que leva à paz interior. Quando nos
agarramos às coisas - seja uma ideia, uma posse, um
relacionamento ou nossa própria identidade - criamos
sofrimento para nós mesmos. Isso ocorre porque tudo está sujeito
à mudança e nada é permanente.

q u a n d o
t a n t o , o ,
N o e n e s a p e g
m o s o d n ça s
a
pratic eitar as mud a
em o s a c d e e
pod e re n id a e
com s v e z d
a d e . E m
a n im id de d a
equ à r e a l id a
r es ist ir a , n ó s a
a n ê n c i ão
im p er m a c ei ta ç
o s. E s s a m a
a m a u
abraç aminho par r.
b re o c i n t er io
a d a p a z
pr o f u n

O desapego nos permite experienciar a vida de maneira mais


plena e livre. Não estamos mais presos por nossos desejos ou
aversões, e podemos interagir com a vida como ela é, não como
gostaríamos que fosse. Essa é a verdadeira paz, de acordo com
Thich Nhat Hanh.

"O FIM DO SOFRIMENTO, O FIM DO ESTRESSE, SÓ É POSSÍVEL SE


PUDERMOS TOCAR A PAZ, A ALEGRIA, A LIBERDADE, QUE ESTÃO
DISPONÍVEIS APENAS NO MOMENTO PRESENTE"
,ensina Thich Nhat Hanh em seu livro "A Arte de Viver"."
CAPÍTULO 05

A Jornada de Cada
Estação da Vida
Apreciando as Estações da Vida
A Conexão com a Natureza e o Mundo
Explorando os estágios da vida
A Beleza e a Sabedoria na Simplicidade
APRECIANDO AS
ESTAÇÕES DA VIDA
Em várias de suas palestras e escritos, Thich Nhat Hanh
enfatiza a beleza e a singularidade de cada fase da vida. Ele
ensina que devemos apreciar cada momento, cada estágio da
vida, por mais desafiador que seja, como uma parte preciosa de
nossa jornada humana.

No seu livro "Vivendo Buda, Vivendo


Cristo", Thich Nhat Hanh expressa que
cada estágio da vida é uma oportunidade
para aprender, crescer e aprofundar
nossa compreensão da realidade.

, a id ad e
tu d e
A juven lhice - cada
a , a v e a s
adult su a s p r ó p ri
gio te m e
está s, d e sa f io s
bele z a a r a o
i d a d e s p
n
oportu imento.
cresc

A seguir, exploraremos como podemos apreciar


plenamente cada estágio de nossa vida e as lições que
eles nos oferecem. Thich Nhat Hanh oferece reflexões
profundas e práticas de atenção plena que podem nos
ajudar a estar totalmente presentes em cada momento,
e assim apreciar plenamente a jornada de nossa vida.
EXPLORANDO OS
ESTÁGIOS DA VIDA
No coração do ensinamento de Thich Nhat Hanh está a prática da
atenção plena - estar totalmente presente em cada momento. Em
seu livro "Você está aqui: Descobrindo o Poder do Momento
Presente", ele escreve:

"A MELHOR MANEIRA DE CUIDAR DO FUTURO


É CUIDAR DO PRESENTE, PORQUE É O ÚNICO
LUGAR ONDE A VIDA REALMENTE ACONTECE".

Através da atenção plena,


somos capazes de apreciar
cada estágio de nossa vida,
independentemente dos
desafios que ele possa trazer.
Cada estágio, cada momento,
é uma oportunidade para
praticar a atenção plena e
experimentar a vida mais
profundamente.

Thich Nhat Hanh ensina várias práticas de atenção plena para


nos ajudar a estar presentes. Uma delas é a respiração
consciente, como já foi ensinada no capítulo 3, que nos ajuda a
nos concentrar no aqui e agora. Ao focar em nossa respiração,
podemos acalmar nossa mente e retornar ao momento presente.

Ele também sugere a prática da atenção plena durante


as atividades diárias, como comer, beber, caminhar e
lavar os pratos, como também já foi ensinada no
capítulo 3. Em cada atividade, somos convidados a estar
totalmente presentes, a experimentar plenamente o
momento e a apreciar a beleza da vida.
Apreciar as estações da vida é também aprender a aceitar as
mudanças e transições na vida. Como Thich Nhat Hanh observa em
seu livro "No Death, No Fear", a mudança é uma parte natural da
vida. Ao aceitarmos a impermanência da vida, podemos viver cada
momento mais plenamente e com maior aceitação.

Através da prática da atenção plena, podemos viver cada momento


de nossa vida com profundidade e plenitude.

A CONEXÃO COM A
NATUREZA E O MUNDO
Thich Nhat Hanh frequentemente se refere à natureza como uma
fonte de sabedoria e um espelho para nossas vidas. Em seus retiros,
ele muitas vezes ensina através de metáforas da natureza - uma flor
desabrochando, um rio fluindo, uma montanha imóvel. Estes são
todos símbolos de processos que também ocorrem dentro de nós.

No livro "Paz a cada passo", Thich Nhat Hanh oferece


exercícios práticos de atenção plena para se conectar com a
natureza e o mundo ao nosso redor. Ele nos ensina a ver a
interconexão entre nós e o mundo, a entender que nós
somos a natureza e que a natureza está dentro de nós.

A seguir, examinaremos
mais de perto esses
ensinamentos.
Exploraremos como
podemos cultivar uma
relação mais profunda
e consciente com a
natureza e o mundo ao
nosso redor, e como essa
relação pode nos
enriquecer e apoiar
nosso caminho de
despertar.
A BELEZA E A SABEDORIA
NA SIMPLICIDADE
Em seu livro "A Arte de Viver", Thich Nhat Hanh descreve a prática
do "Inter-ser" - uma forma de contemplação que nos ajuda a ver a
interconexão de todas as coisas. Por exemplo, se olharmos para uma
flor, podemos ver que ela contém o sol, a chuva, o solo e o tempo -
todos os elementos que contribuíram para sua existência. Da mesma
forma, somos o produto de muitas condições e influências, e estamos
intrinsecamente conectados ao mundo ao nosso redor.

Além disso, Thich Nha


t Hanh
ensina que a prática d
a atenção
plena na natureza po
de nos ajudar
a desenvolver um sens
o de paz e
gratidão. No livro "Pa
z a cada
passo", ele sugere prát
icas simples,
como ouvir o canto do
s pássaros ou
observar uma folha ca
indo, para
nos trazer de volta ao
momento
presente e ajudar a cu
ltivar a
apreciação pela vida.

Thich Nhat Hanh também utiliza


a natureza para nos ensinar
sobre a impermanência e a
mudança. Em "No Death, No
Fear", ele usa a metáfora de uma
nuvem se transformando em
chuva para ilustrar a ideia de que
nada é perdido no universo,
apenas transformado.

Através da prática da atenção plena na natureza, podemos


aprender a viver de maneira mais harmoniosa com o mundo
ao nosso redor e a apreciar a beleza e a sabedoria da vida.
CAPÍTULO 06

Viver no Presente
A Importância do Agora
Libertando-se do Passado e do Futuro
A IMPORTÂNCIA DO AGORA

Um dos principais ensinamentos de Thich Nhat Hanh é a


prática da atenção plena, que é essencialmente a prática de
estar plenamente presente no momento atual. Em seu livro
"O Milagre da Atenção Plena", Thich Nhat Hanh explora o
conceito do "aqui e agora" e enfatiza a importância de se
estabelecer completamente no momento presente.

Thich Nhat Hanh ensina que o momento presente é a única


realidade que temos certeza, o único lugar onde a vida realmente
acontece. O passado já foi e o futuro ainda está por vir.

Ao nos fixarmos no passado ou


preocuparmos com o futuro,
perdemos a capacidade de
vivenciar e apreciar a vida no
momento presente.

Práticas de atenção plena, como a respiração consciente e a


meditação caminhando, como expostas no capítulo 3, são
algumas das ferramentas que Thich Nhat Hanh sugere para
nos ajudar a ancorar nossas mentes no momento presente.

Ele nos ensina que, ao trazer nossa atenção para as


atividades do dia-a-dia - seja comer, caminhar ou lavar a
louça - podemos transformar esses momentos em
oportunidades para nos conectarmos com o aqui e agora.
LIBERTANDO-SE DO
PASSADO E DO FUTURO
Thich Nhat Hanh frequentemente aborda a tendência
humana de se apegar ao passado e se preocupar com o futuro,
e como isso pode nos impedir de viver plenamente no presente.

Em seu livro "Não-Fazer", ele discute a ideia de que nossa


felicidade e paz só podem ser encontradas no momento
presente, e que estar preso ao passado ou ao futuro é uma
grande fonte de sofrimento.

Para se libe
rtar do pas
Thich Nhat sado,
aconselha a H anh nos
aceitar noss re conhecer e
as experiênc
passadas, m ias
permitir que as não a
elas definam
nosso presen
te.

f u t u r o , e le
ç ã o a o
Em rela b o r a se j a ú t il
e , em
ensina qu er m e ta s, n ã o
r e t
planeja m it ir q u e a s
os p e r
devem e an s ie d a d e s
a ç õ es
preocup o n o s i m p e ç a m
u tu r
sobre o f e apreciar o
de viver e se n t e.
om e n t o p r
m
CAPÍTULO 07

Os Ensinamentos de Buda
na Vida Cotidiana
Aplicando a Sabedoria Budista no Dia a Dia
Aplicando as Quatro Nobres Verdades e o
Caminho Óctuplo na Vida Diária
Histórias de Mestres Budistas Renomados
APLICANDO A SABEDORIA
BUDISTA NO DIA A DIA
Thich Nhat Hanh tem uma abordagem prática e aplicada do
budismo. Ele acredita que os ensinamentos de Buda não são
apenas para serem contemplados, mas também para serem
vividos. Em sua obra "A Arte de Viver", ele oferece diretrizes sobre
como podemos aplicar a sabedoria budista em nossa vida diária.

Por exemplo, ele fala sobre como podemos


incorporar a prática da atenção plena em
nossas rotinas cotidianas, transformando
atividades mundanas como lavar a louça ou
caminhar até o trabalho em atos de meditação.

le n am en t e pr es en te e
A ideia é estar p n ã o
m ca d a m om en to ,
consciente e o .
ste jam os f az en d
importa o que e

Thich Nhat Hanh também fala sobre como podemos aplicar as Quatro
Nobres Verdades e o Caminho Óctuplo do Buda em nossa vida diária,
usando esses ensinamentos como um guia para nos ajudar a lidar com
o sofrimento e a cultivar a felicidade e a paz interior.
1. APLICANDO AS QUATRO NOBRES
VERDADES E O CAMINHO ÓCTUPLO
NA VIDA DIÁRIA

A Verdade do Sofrimento: Thich Nhat


Hanh nos lembra de que reconhecer e
aceitar a existência do sofrimento é o
primeiro passo para superá-lo. Ao invés
de evitá-lo ou negá-lo, devemos
aprender a enfrentá-lo com atenção
plena e compaixão.

A Origem do Sofrimento: Segundo Thich


Nhat Hanh, o sofrimento geralmente
surge do nosso desejo, raiva e
ignorância. Ao cultivar a consciência
dessas emoções e aprender a deixá-las
ir, podemos começar a aliviar nosso
sofrimento.

O Fim do Sofrimento: Para Thich Nhat Hanh,


o fim do sofrimento é alcançado não apenas
através da eliminação do sofrimento, mas
também através do cultivo de alegria e
felicidade. Ele ensina que podemos aprender a
tocar a alegria e a felicidade que estão
disponíveis no presente, através da prática da
atenção plena.

O Caminho que Leva ao Fim do Sofrimento:


Thich Nhat Hanh interpreta este caminho
como sendo o Nobre Caminho Óctuplo. Ele
sugere que seguindo este caminho, podemos
desenvolver a compreensão e a compaixão que
são a base para a transformação do
sofrimento. Veja como, a seguir:
2. PRATICANDO O NOBRE
CAMINHO ÓCTUPLO

- Entendimento Correto:
Thich Nhat Hanh encoraja
a prática da atenção
plena para desenvolver
uma compreensão mais
profunda da realidade,
incluindo a
interdependência de todas
as coisas e a natureza do
sofrimento.

- Pensamento Correto: Para


Thich Nhat Hanh, isso
significa pensar com
compaixão e compreensão, e
evitar pensamentos de raiva,
ganância e delusão.

- Fala Correta: Thich Nhat


Hanh enfatiza a importância
de falar com verdade, bondade
e utilidade, e de evitar falar de
maneira prejudicial ou
enganosa.

- Ação Correta: Thich Nhat


Hanh ensina que devemos agir
de maneira ética e compassiva
em todas as áreas de nossa vida,
inclusive em nosso trabalho e
consumo.
- Modo de Vida Correto: Isso
envolve escolher um modo de
vida que não cause dano a nós
mesmos ou aos outros, e que
esteja de acordo com nossos
valores éticos e espirituais.

- Esforço Correto: Thich Nhat


Hanh encoraja o esforço
diligente para cultivar a
atenção plena e a compaixão, e
para transformar nossos
hábitos negativos.

- Atenção Correta: Para Thich


Nhat Hanh, isso envolve estar
plenamente presente e
consciente em cada momento, e
trazer atenção plena para todas
as nossas atividades.

- Concentração Correta: Thich


Nhat Hanh ensina a prática
da meditação para desenvolver
a concentração e aprofundar
nossa compreensão da
realidade.

Ao trazer estes ensinamentos para nossa vida cotidiana,


Thich Nhat Hanh nos mostra como o budismo não é apenas
uma filosofia abstrata, mas uma prática viva que pode nos
ajudar a cultivar a paz, a alegria e a liberdade em cada
momento de nossa vida.
HISTÓRIAS DE MESTRES
BUDISTAS RENOMADOS

Thich Nhat Hanh, em suas várias obras e palestras, frequentemente


conta histórias e anedotas sobre mestres budistas renomados, como
uma maneira de ilustrar e trazer à vida os ensinamentos de Buda.

Uma das histórias zen famosas que Thich Nhat Hanh compartilhou
várias vezes, e que ilustra bem a sabedoria zen budista, é a história
do "copo já quebrado". Esta história é contada de várias maneiras,
mas a essência é a mesma. A história é a seguinte:

Havia um professor zen que tinha


um copo favorito. Ele o amava
muito, não por sua
funcionalidade como um copo,
mas por sua beleza - a maneira
como refletia a luz, o som que
fazia ao ser colocado na mesa,
e o sabor que dava à água. Ele
costumava dizer a seus alunos:

"PARA MIM, ESTE COPO JÁ ESTÁ QUEBRADO. EU DESFRUTO


DELE; EU BEBO ÁGUA DELE. MAS NA MINHA MENTE, ELE JÁ
ESTÁ QUEBRADO. E QUANDO O VENTO BATE NA MINHA
MESA E O COPO CAI, EU DIGO, 'CLARO'. QUANDO EU O
ENTENDO DESTA MANEIRA, E EU O APRECIO SEM FICAR
APEGADO A ELE, NÃO SOFRO. A VIDA É ASSIM".
Thich Nhat Hanh utiliza esta história para ensinar sobre a
impermanência, um conceito central no budismo. Tudo no mundo é
transitório e está em constante mudança. Nossas possessões, nossos
entes queridos, nossas próprias vidas - tudo é impermanente.

Quando entendemos profundamente a impermanência, podemos


apreciar plenamente a vida e tudo o que ela nos oferece, sem
ficarmos presos ao desejo de que as coisas sejam de um jeito ou de
outro. Isso não significa que devemos viver com medo ou tristeza, mas
que devemos viver com consciência.

A compreensão da
impermanência nos
ajuda a viver no
momento presente, a
apreciar cada momento
que temos e a não
ficarmos apegados às
coisas.

Assim como o mestre zen que vê seu copo favorito como já


quebrado, podemos aprender a apreciar as pessoas e coisas em
nossa vida por sua verdadeira natureza impermanente. Esta
percepção pode nos liberar do sofrimento e nos permitir viver
com mais alegria e liberdade.
CAPÍTULO 08

O Caminho do
Autoconhecimento
Autocompaixão e Autoaceitação
O Poder do Autoconhecimento
Como praticar autocompaixão,
autoaceitação e autoconhecimento no
cotidiano
O Mestre Thich Nhat Hanh em seus ensinamentos destaca
a importância do autoconhecimento e como a
autocompaixão e a autoaceitação são elementos-chave
nesse caminho. Vamos explorar cada um desses tópicos:

AUTOCOMPAIXÃO E
AUTOACEITAÇÃO
Thich Nhat Hanh enfatiza que para podermos oferecer compaixão e
amor aos outros, primeiro precisamos ser capazes de oferecê-lo a nós
mesmos. No livro "Como Amar", ele fala sobre a importância da
autocompaixão e da autoaceitação. Ele sugere que devemos aprender
a tratar a nós mesmos com gentileza, a cuidar de nossa dor e
sofrimento, em vez de negá-los ou rejeitá-los.

Thich Nhat Hanh acredita que


todos nós temos sementes de alegria Com a autoa
ceitação,
e sementes de sofrimento dentro de reconhecemo
aceitamos to se
nós. A prática da atenção plena nos das as parte
ajuda a regar as sementes de alegria de nós mesm s
os, mesmo
e a entender e transformar as aquelas que
podem ser
sementes de sofrimento. difíceis de en
frentar.

O PODER DO
AUTOCONHECIMENTO
No livro "A Arte de Viver", Thich Nhat Hanh explora a ideia
do autoconhecimento como um caminho para a liberdade.
Ele sugere que quanto mais profundamente nos conhecemos,
mais capazes somos de viver de uma maneira que está em
harmonia com nossa verdadeira natureza.

A atenção plena é uma ferramenta poderosa para o


autoconhecimento.Ela nos permite ver claramente nossos
pensamentos, sentimentos e ações. Através da atenção
plena, podemos ver nossos padrões habituais de pensamento
e comportamento, e com essa consciência, podemos escolher
responder de maneiras mais hábeis e compassivas.
A seguir, vamos explorar os
ensinamentos de Thich Nhat Hanh
sobre autocompaixão, autoaceitação e
autoconhecimento, e como essas
práticas podem nos ajudar a viver de
uma maneira mais autêntica e
amorosa.

COMO PRATICAR
AUTOCOMPAIXÃO,
AUTOACEITAÇÃO E
AUTOCONHECIMENTO
NO COTIDIANO
Nos ensinamentos de Thich Nhat Hanh, a prática da atenção
plena é fundamental para a autocompaixão, autoaceitação e
autoconhecimento. Vamos ver como cada uma dessas práticas
pode ser aplicada de forma prática em nossas vidas diárias.

1. AUTOCOMPAIXÃO:
A autocompaixão começa
reconhecendo nosso próprio
sofrimento. Ao invés de ignorar
a n d o , e u a nossa dor ou criticar-nos por
"Resp ir
u e es to u nossas falhas, nós olhamos
sei q para o nosso sofrimento com
n d o .
sofre eu
um coração gentil e
i ra n d o , compassivo. Thich Nhat Hanh
Ex p e u sugere a prática da meditação
d o d o m
cui t o ". sobre a respiração consciente,
so f rim e n vista no capitulo 3, onde você
foca sua atenção em sua
respiração e usa a frase:

Esta prática simples nos ajuda a nos conectar com


nosso próprio sofrimento de uma maneira amorosa.
2. AUTOACEITAÇÃO:
Thich Nhat Hanh ensina que a
autoaceitação começa com a
consciência de nós mesmos, tanto "Respira
nossas qualidades positivas ndo, eu
quanto nossas falhas. Em sua sei que e
stou
prática de meditação, ele com rai
frequentemente usa a técnica de Expiran va .
"nomear" ou "rotular" os do, eu
cuido d
pensamentos e sentimentos à
minha r a
medida que surgem. Por exemplo, aiva".
se você sentir raiva, você pode
dizer silenciosamente para si
mesmo:

Este tipo de prática pode nos ajudar a aceitar


todas as partes de nós mesmos.

3. AUTOCONHECIMENTO:
O autoconhecimento é a base de todas as outras práticas. Sem um
profundo conhecimento de nós mesmos, não podemos realmente
cuidar de nós mesmos ou dos outros. Thich Nhat Hanh encoraja a
prática diária da atenção plena para cultivar um profundo
conhecimento de nós mesmos.

Seja comendo uma refeição, escovando os dentes ou caminhando,


ele nos lembra de trazer nossa atenção total para o momento
presente. Dessa maneira, começamos a reconhecer nossos padrões
habituais e a desenvolver uma maior compreensão de nós mesmos.

Em resumo, a prática da autocompaixão, autoaceitação


e autoconhecimento nos ajuda a abordar a nós mesmos
e aos outros com mais bondade, aceitação e
compreensão. Ela nos permite viver de forma mais
autêntica, honrando nossas próprias experiências e
sentimentos, e nutrindo a nossa capacidade de sermos
amorosos com nós mesmos e com os outros.
CAPÍTULO 09

A Prática da
Meditação Budista
A Meditação como Ferramenta para
o Despertar
Exercícios de Meditação Práticos
Thich Nhat Hanh é mundialmente conhecido por sua
prática e ensino da meditação mindfulness (ou atenção
plena) que é central para os ensinamentos budistas.

Segundo ele, a meditação é uma ferramenta fundamental


para o despertar para a realidade do momento presente e
para a interconexão de todas as coisas. Além disso, ele
oferece várias práticas de meditação acessíveis e práticas que
qualquer pessoa pode integrar à sua rotina diária.

A MEDITAÇÃO BUDISTA COMO


FERRAMENTA PARA O DESPERTAR

No budismo, a
meditação
não é apenas
uma prática
para acalmar
a mente ou
reduzir o estre
sse. É uma
maneira de de
senvolver a
sabedoria e co
mpreensão
necessárias pa
despertar, a r ra o
ealização
última no bud
ismo.

Thich Nhat Hanh ensina que a meditação nos ajuda a


despertar para a realidade do momento presente e a ver a
interconexão entre nós mesmos e o mundo ao nosso redor.

Ao cultivar a atenção plena, desenvolvemos a capacidade de


ver claramente a natureza das coisas, libertando-nos de
nossos conceitos e percepções errôneas e despertando para a
verdade da impermanência e do não-eu.
EXERCÍCIOS DE
MEDITAÇÃO PRÁTICOS
Thich Nhat Hanh é conhecido por tornar a meditação
acessível e prática. Ele ensina uma variedade de práticas de
meditação, incluindo a respiração consciente, a caminhada
meditativa e a contemplação profunda. Aqui estão alguns
exemplos de suas práticas de meditação:

1. RESPIRAÇÃO CONSCIENTE

Sentado confortavelmente, traga


toda a sua atenção para a sua
respiração. Ao inspirar, saiba que você
está inspirando. Ao expirar, saiba que
você está expirando. Não tente
controlar ou mudar a respiração,
apenas observe-a como ela é.

2. CAMINHADA MEDITATIVA

Ao caminhar, sincronize sua


respiração com seus passos. Com cada
inspiração, dê um passo e com cada
expiração, dê outro passo. Traga toda
a sua atenção para a sensação de
caminhar, sentindo o contato dos pés
com o chão.
3. CONTEMPLAÇÃO PROFUNDA

Escolha um objeto de
contemplação, como uma flor
ou uma xícara de chá. Observe-o
profundamente e veja como ele
está conectado a tudo o mais
no universo.

Todas estas práticas de meditação ajudam a trazer a


atenção plena para o momento presente, e a desenvolver
uma maior compreensão e aceitação de nós mesmos e do
mundo ao nosso redor.
CAPÍTULO 10

Cultivando Gratidão
e Compaixão
A Importância da Gratidão
A Prática da Compaixão
Os ensinamentos de Thich Nhat Hanh abordam
profundamente a importância de cultivar gratidão e
compaixão em nossas vidas.

Segundo ele, a gratidão nos ajuda a reconhecer e


apreciar a beleza e as bênçãos presentes em nossa
vida cotidiana, enquanto a compaixão nos permite
responder com bondade e entendimento aos desafios
e ao sofrimento.

A IMPORTÂNCIA
DA GRATIDÃO
Thich Nhat Hanh ensina que a gratidão é uma prática central na
transformação de nossa mente e de nosso coração. Quando
reconhecemos as muitas condições de felicidade já presentes em
nossa vida, nossa felicidade e satisfação aumentam. Ele
frequentemente sugere o uso da atenção plena para reconhecer as
"maravilhas do momento presente". Ele diz:

, a vi d a
d e n ó s
re d or n o
"Ao á em p le
d o
es t Q u a n
o c h a r . a
b r
desa s a vida c o m
a m o n ç ã o
toc a d a a t e
o
en er g i s t u d o
oc a m o
n a , t n t e,
ple r ef r es c a
s o
qu e é r a v ilh o
o e m a o sso
c ur a t iv e a o n
d e n ó s
den t r o r ".
re d o

"RESPIRANDO, EU SEI QUE


Um exemplo simples de prática
de gratidão seria respirar ESTOU VIVO. RESPIRANDO, EU
conscientemente e dizer: SORRIO PARA A VIDA DENTRO
DE MIM E AO MEU REDOR."
A PRÁTICA DA COMPAIXÃO
A compaixão, no budismo, é uma resposta ao sofrimento - nosso e
dos outros - com bondade e cuidado. Thich Nhat Hanh ensina
que a compaixão é cultivada através da prática da atenção
plena e do entendimento profundo. Quando entendemos nosso
próprio sofrimento, podemos entender o sofrimento dos outros e
responder com compaixão.

Ele ensina uma prática chamada "meditação do


amor benevolente" que pode ser usada para
cultivar a compaixão. Ela envolve recitar
determinadas frases como:

"QUE EU ESTEJA EM PAZ.


QUE EU SEJA FELIZ. QUE EU
ESTEJA SEGURO. QUE EU
SEJA LIVRE DE
SOFRIMENTO".

Depois de cultivar a compaixão


por si mesmo, você pode
direcionar esses sentimentos
para os outros:

"Que vo
cê estej
paz. Qu a em
e você s
feliz. Qu eja
esteja s e você
eguro. Q
você sej ue
Através dessas práticas, Thich a livre d
Nhat Hanh nos orienta a sofrime e
transformar nossa mente e nto".
coração, a fim de levar uma vida
de maior alegria, gratidão e
compaixão.
CONCLUSÃO

Da Insatisfação ao
Despertar
Resumo dos Ensinamentos de Buda
O Caminho Adiante
A Prática em Comunidade: O Suporte Para
a Jornada do Despertar
O trabalho de Thich Nhat Hanh é um convite para todos nós
transformarmos nossa insatisfação e sofrimento em despertar e
compreensão profunda.

RESUMO DOS
ENSINAMENTOS DE BUDA
Os ensinamentos de Buda, conforme apresentados por Thich Nhat
Hanh, centram-se no reconhecimento e compreensão do sofrimento
como o primeiro passo para a transformação. As Quatro Nobres
Verdades e o Nobre Caminho Óctuplo, com seus princípios de ética,
concentração e sabedoria, servem como um guia prático para viver uma
vida de mais atenção plena, compaixão e entendimento.

A prática de viver plenamente no momento presente, a


aceitação da impermanência e a realização do não-eu
são todos temas centrais. Thich Nhat Hanh encoraja
cada um de nós a aplicar esses ensinamentos em nossa
vida diária, não apenas durante o tempo de meditação.

O CAMINHO ADIANTE
O caminho adiante, segundo Thich Nhat Hanh, é a
continuação da prática. Ele encoraja a cada um de nós a
tornar a prática da atenção plena, compaixão e compreensão
uma parte integrante de nossa vida cotidiana.

Ele também nos lembra que a prática não é


apenas para o nosso benefício, mas também
para o benefício de todos os seres. Como ele
frequentemente diz:
"SOMOS TODOS
Thich Nhat Hanh convida-nos
a considerar nossas vidas como
INTERCONECTADOS. A
uma obra de arte em FELICIDADE DE UM É A
constante transformação, FELICIDADE DE TODOS.
sempre capaz de despertar e
libertação. A prática, ele nos O SOFRIMENTO DE UM
ensina, não é um fim em si É O SOFRIMENTO DE
mesma, mas uma maneira de
viver a cada momento TODOS."
A PRÁTICA EM COMUNIDADE: O SUPORTE
PARA A JORNADA DO DESPERTAR
Enquanto nosso próprio compromisso e disciplina são fundamentais
para manter uma prática de meditação regular e absorver plenamente
os ensinamentos de Buda, a prática em comunidade, ou Sangha, é
igualmente crucial. O Buda disse:

"UMA COMUNIDADE
QUE PRATICA A VISÃO
CORRETA E A AÇÃO
CORRETA, QUE É DIGNA,
TEM CORAÇÃO E É
PROFUNDAMENTE
ESTABELECIDA NO
DHAMA, PODE ESPERAR
CRESCIMENTO, E NÃO
DECLÍNIO".

Nossa comunidade online, a "Tutoria sobre Budismo", oferece um


lugar seguro e solidário para você aprofundar seu entendimento dos
ensinamentos budistas e manter a regularidade em sua prática.
Além de conectar-se com outros praticantes, o curso para
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para ajudar você a aprofundar seus estudos e sua prática dos
ensinamentos de Buda.

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caminho de despertar.
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Esse material foi criado com muito carinho. Que


ele seja de grande proveito para seu cotidiano.

A Equipe Sobre
Budismo deseja a
você uma ótima
prática.

Gasshô

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