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MOTINS DO MANETA

O que são movimentos nativistas?


• Tratam-se de um conjunto de levantes cujo objetivo principal era o protesto
contra atitudes de abuso da Coroa Portuguesa, como no caso dos altos
impostos. Foram movimentos exclusivamente locais, sem intenção, num
primeiro momento de se separar da metrópole portuguesa.
O que foi o Motins do Maneta?

• Os Motins do Maneta foram duas sublevações ocorridas no Brasil Colônia em


Salvador contra o monopólio da comercialização do sal e aumento de impostos,
ocorridos, respectivamente, em:
• 19 de outubro de 1711 – primeiro motim;
• 2 de dezembro deste mesmo ano – segundo motim.
CONTEXTO
• A Inglaterra, no período do século XVIII, estava se destacando como uma das maiores potências da
região e possuía vários acordos comerciais com diversos países do velho continente, incluindo com
Portugal. Este era dono do Brasil, que ocupava grande parte da América do Sul, de onde a Inglaterra
extraia a maior parte dos recursos para as manufaturas. Essa aliança entre Portugal e a Inglaterra é uma
das alianças mais antigas da Europa, datando desde a Idade Média.
• Quem não ficava satisfeito com essa aliança era a França, inimiga histórica da Inglaterra e que também
possuía interesses econômicos e comerciais na colônia portuguesa na América. O rei da França, Luís
XIV, queria o trono espanhol, pois acreditava que não existia a descendência direta no governo
da Espanha. Os ingleses ficaram temerosos desse conflito ocorrer e os franceses conseguissem tomar o
trono espanhol. Para que isso não ocorresse, a Inglaterra declarou guerra à França e teve Portugal como
seu aliado. Como vingança e sendo, então, seu inimigo, o governo francês enviou o corsário Jean
François Duclerc, no ano de 1710, para invadir e saquear o Rio de Janeiro.
Invasão da França no Rio de Janeiro
• foram enviadas naus francesas, mas com bandeiras falsas da Inglaterra. Entretanto, a farsa foi
descoberta e a invasão foi combatida. A França não desistiu e no ano seguinte, em 1711, foi enviado
o almirante René Duguay-Trouin para invadir o Rio de Janeiro, só que muito mais equipado.
Essa invasão teve sucesso e a cidade foi tomada, saqueada e foi exigido um resgate de altíssimo
valor. Esse rombo nas finanças fizeram a Coroa Portuguesa elevar o valor dos impostos que
seriam pagos pelos colonos.
Os impostos
• Já o preço do sal sofrera aumento em suas taxas, que subiram para o montante de
720 Réis, contra os anteriores 480. Este produto era de comércio exclusivo da
metrópole, ou seja, sua produção era proibida no Brasil
• Também o imposto devido por cada escravo vindo da África havia sido elevado de
3 para 6 cruzados.
• Estas taxas foram foram anunciadas em outubro de 1711 pelo novo Governador-
geral do Estado do Brasil, Pedro de Vasconcelos de Sousa, que acabava de chegar
à capital colonial, Salvador. Estava criado o clima de revolta, que resultou nos
motins populares.
O primeiro motim
• O comerciante João de Figueiredo da Costa, cuja alcunha era “Maneta”, junto ao
Lourenço de Almada, Juiz do Povo, comandou a sublevação que teve início com a
distribuição de cartazes pela cidade. Ajuntando-se, as pessoas invadiram o comércio de
Manuel Dias Figueiras que, com seus sócios, detinha o monopólio da venda de sal. Houve
saque e depredação, marchando os populares, já com apoio de guarnições militares, rumo ao
Palácio do Governador – sendo contidos apenas com a intervenção do arcebispo D.
Sebastião Monteiro de Vide.
• Sobre o Maneta disse o historiador Roberto Macedo que era "homem resoluto" que
"encabeça desatinado movimento popular, mais impulso de irritação coletiva que
revolta propriamente dita.“
• O governador, intimidado com a reação, prontamente desistiu de aplicar as sobretaxas, e
os líderes do tumulto não foram punidos.
Segundo Motim (motim dos patriotas)

• Com a invasão e tomada da cidade do Rio de Janeiro, pelos franceses, o temor invadiu o povo na
capital. Providências eram exigidas pela população, mas o governador Vasconcelos alegava que,
não tendo recursos, nada poderia fazer.
• Tendo à frente Domingos da Costa Guimarães, Domingos Gomes e Luís Chafet, o povo
marchou até o governador que, acuado, enviou tropas ao Rio, encontrando a cidade restabelecida
com o pagamento de resgate a René Duguay-Trouin.
• O almirante francês já havia partido e, apesar de tencionar realmente o ataque à Capital, o mau
tempo e naufrágio de duas das embarcações nos Açores demoveram-no de tal empresa, seguindo
então para Caiena.
Segundo Motim (motim dos patriotas)

• O desvio dos franceses fez apaziguarem os ânimos da população e o governador, que


enfrentara duas revoltas mal tendo assumido suas funções, procedeu ao castigo dos cabeças
dessa última insurreição: foram açoitados em praça pública, e ainda pagaram multas e
sofreram o degredo africano...
• Contudo, o parecer do Conselho Ultramarino condenava a conduta do governador,
recomendava sua substituição e reiterava ser necessária a cobrança dos impostos. Assim,
seguindo tais recomendações, Carta Régia de 31 de março de 1713 concedia o perdão
régio ao segundo motim, condicionado à aceitação dos novos tributos, adiados até 1717.
Turma 210
Alunas:
Juliana Nunes 9860
Albuquerque 8932

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