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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

IFCH – DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA


HISTÓRIA DO BRASIL I
Prof. Fábio Kuhl
Nomes: Pedro Lara e Rafael Trindade

Revoltas do Maneta - 1711

No ano de 1711, em Salvador na Bahia, eclodiu dois eventos motivados pelo


aumento de tributação da metrópole sobre a colônia. Esses acontecimentos ficaram
conhecidos como revoltas ou motins do Maneta, no entanto por definição o
enquadramento como motim se apresenta de forma mais adequada, pois se trataram de
eventos curtos, com o objetivo de surpreender as autoridades contra o aumento de
impostos.

Os eventos que marcaram os Motins do Maneta ocorreram em duas datas: 17 de


outubro de 1711 e 02 de dezembro do mesmo ano. A alcunha do movimento foi uma
homenagem a um dos líderes do movimento, o comerciante João de Figueiredo da
Costa, que comumente era chamada de “o Maneta”. A reivindicação do motim era a
exigência do cancelamento do aumento de impostos sobre os escravos, mercadorias
importadas e a diminuição do preço do sal. Tais medidas foram propostas no início do
ano para recuperar os custos das invasões francesas a colônia.

Em 17 de outubro de 1711, a Câmara da cidade de Salvador foi invadida pelos


revoltosos, exigindo o cancelamento dos novos tributos. Dois dias depois, reuniram-se
na praça, os revoltosos e Cristóvão de Sá, juiz do povo, para negociar com o governador
Pedro de Vasconcelos e Souza. No entanto, não chegaram a um acordo satisfatório.
Então um grupo de militares, liderados pelo “Maneta” saqueou residências,
estabelecimentos comerciais e destruíram depósitos de sal.

O juiz do povo continuou a negociação com o governador e conseguiu que o


aumento de impostos fosse suspenso. Por fim, com essa medida, a população revoltada
foi dispersada.

No mesmo ano, dia 02 de dezembro, em Salvador inicia um novo tumulto. A


multidão revoltada exigia que o governador enviasse tropas para expulsar os franceses
que fazem nova investida no Rio de Janeiro. Foram designados um delegado, Domingos
Vaz Ferreira, para negociar com o governador. Contudo, nessa mesma data, os franceses
foram repelidos do Rio de Janeiro e o que deixava o movimento sem objetivo.

No segundo motim, vários participantes foram presos, dentre eles Cristóvão de


Sá e Domingos Vaz Ferreira. E no início do ano seguinte, 1712, devassas e punições
severas foram impostas aos amotinados.

O parecer do Conselho Ultramarino de julho de 1712 condenou a conduta do


governador, recomendou a sua substituição e reforçava a necessidade da cobrança dos
impostos. A Carta Régia de 31 de março de 1713 concedeu o perdeu do Rei aos
participantes do segundo motim, condicionando o perdão com a aceitação dos colonos
dos novos tributos. Esses que passaram a ser cobrados em 1717.

Pedro – Coloca alguns artigos e diz como é abordado esse tema. Fiz o resumo a partir
do Impressões rebeldes. Só me manda depois de pronto para colocar no dropbox.
Abraço!

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