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Governo de Angola

Ministério da Educação
Colégio Jó Rael

Trabalho de Educação Moral e Cívica

Tema:
Relações Interpessoais: Comunicação na
sociedade, na família e o diálogo

Grupo nº: 03
Sala: 06
Turno: Tarde
Disciplina: Educação Moral e Cívica

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Docente

Viana ano Lectivo de 2021/2022


Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus Todo-Poderoso, pelas inúmeras bençãos até a


concretização deste trabalho.

Agradeço de igual modo a minha Professora pelos ensinamentos prestados que foram
preponderantes para nós.

Repleto de satisfação agradeço aos meus colegas, pelo dinamismo, prontidão e


participação que não mediram esforço para realização do trabalho realizado.
Integrantes do Grupo

1. Danila dos Santos________________________________________________________________

2. Eliandra Vieira Joaquim________________________________________________________

3. Joelsia Muamuxito_______________________________________________________________

4. Jussira Isabel Pedro_____________________________________________________________

5. Laurinda Graciano_______________________________________________________________

6. Manuela dos Santos______________________________________________________________


Índice

Agradecimentos_________________________________________________________________

Introdução________________________________________________________________________

1.1 Enquadramento Teórico___________________________________________________

1.1.1 Relações interpessoais e aprendizagem_______________________________

1.1.2 O professor e as Relações interpesoais em sala ______________________

1.1.3 Relações interpessoais no trabalho____________________________________

1.1.4 Relações interpessoais: áreas de


investigação________________________

1.1.5 Comunicação na sociedade______________________________________________

1.2.1 Os valores e comunicação: Refências na família____________________

Conclusão__________________________________________________________________________
Introdução

Ao se falar em relacionamento, é a relação romântica que nos vêm à mente.


Relações interpessoais, contudo, estão presentes em todos os âmbitos sociais. Todo
encontro entre duas pessoas representa uma interação ou mesmo um relacionamento.

O estudo das Relações interpessoais busca examinar os factores que condicionam


as relações humanas e, face aos mesmos, sugerir procedimentos que amenizam a angustia
da particularidade de cada um, dinamizem solidariedae para todos que buscam conviver em
harmonia, facilitando a comunicação e linguagens estabelece laços sólidos nas relações
humanas.

As Relações interpessoais que acontecem de forma harmonioza refletem


positivamente na qualidade do docente. Os sujeitos envolvidos nesse processo: professor e
o aluno são personagens que merecem atenção especial, por isso as interações que se dão
entre eles e outros indivíduos que fazem parte da escola são factores que podem
condicionar para a realização da aprendizagem.

Relações interpessoais ocorrem dentro de uma sociedade e de uma cultura.


Assim, as relações entre as pessoas são afetadas pela posição na sociedade que cada pessoa
ocupa, pelos diferentes tipos de papéis sociais e como estes são afetados pela cultura.
Assim, ocupar diferentes posições na família, no mercado de trabalho, em organizações
religiosas, na vizinhança, em diferentes círculos sociais, permite diferentes interações e
relacionamentos.

Estas interações e relacionamento se estendem e se tornam mais complexos com os


avanços tecnológicos, não apenas devido à utilização dos meios de comunicação, desde o
telefone e seus desdobramentos, até a internet, mas também pela ampla disseminação de
interações e relacionamentos nos produtos culturais, como na literatura, cinema, teatro,
entre outros

Maria de Fátima Roque Pinto, Relações interpessoais, Universidade Estadual da Paraíba, 1ª


Edição, Editora: Itaporanga (PB), 2014.

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1.1 Enquadramento Teórico
1.1.2 Relações Interpessoais e a Aprendizagem

Um dos principais problemas da Educação refere-se ao processo de aprendizagem,


ou melhor, a dificuldade em aprender determinados conteúdos e assuntos no dia-a-dia
escolar e, também no que diz respeito à interação, no relacionamento entre pessoas e nesse
processo, existem a troca mútua de conhecimentos e assim uns aprendem com os outros.

Não há dúvidas que as pessoas se diferem uma das outras. Mesmo os gêmeos
tiveram a mesma criação, a mesma educação, desde pequenos demonstram características
diferentes nas personalidades e no modo de agir em sociedade. Apesar de tudo isso,
compartilhamos algo que é comum a todos os seres humanos: a capacidade de nos
relacionarmos de forma consciente e voluntariamente uns com os outros.

As relações humanas são estruturadas através das interações entre as pessoas no


seu cotidiano. Desde a infância aprendemos a nos relacionar, inicialmente com os nossos
familiares. Este processo prolonga-se através dos tempos, acompanhando os indivíduos em
todas as etapas da nossa vida: escolas, grupos de amigos e trabalho. Este processo acaba
sendo de extrema importância na estruturação da personalidade do ser humano.

Devido aos diferentes factores que são envolvidos nas relacões humanas, tais
como: características psicoógicas de cada pessoa, de como esta pessoa se integra nos
círculos sociais, da sua história de vida, este é um processo de alta complexidade, que não
possui modelos.

Segundo Piletti (2006, p.80): “ a aprendizagem é um processo contínuo,


que dura para toda vida. Só crescemos e nos desenvolvemos na medida que
estivermos abertos a novos conhecimentos” Na sala de aula o professor pode
aprender muito com o alunos e ambos constroem seu processo de conhecimento, deixando
para atrás o modelo em que o professor manda, instrui, e o aluno mero depósito de
conhecimento.

Maria de Fátima Roque Pinto, Relações interpessoais, pág.13.


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O professor precisa ter consciência a impotância de sua prática da construção do


conhecimento de seus alunos, através de seu trabalho ele transforma vidas, sua influência
ultrapassa seus limites de sua formação acadêmica. Através da relação professor-aluno ele
pode projectar nos alunos uma visão positiva do seu potencial, confiando na capacidade dos
educandos levando em conta a dignidade dos alunos enquanto seres humanos.

Através da interação podemos conhecer as pessoas como elas são. Nos relacionamos
buscamos dar e receber ao mesmo tempo, entender e ser entendido. Dessa forma percebe-
se como as relações interpessoais contribuem para o aprendizado do ser humano.

1.1.2 O professor e as Relações Interpessoais em sala

O prazer em aprender é fundamental para o processo ensino-aprendizagem. As


interações que ocorrem na escola também são marcadas pela afectividade em todas as suas
dimensóes. Para Vytosky “ o ser humano se caracteriza por sua sociabilidade
primária ”

O rerlacionamento interpessoal na escola deve ser um processo contínuo. Para


isso os professores precisam integrar.se com os seus alunos e com os demais funcionários da
escola, com atitudes positivas que proporcionem a sensação de bem-estar na escola. A
relação entre o afeto e cognição é a mola propulsora da discussão sobre o processo de
ensino-aprendizagem.
Ibidem, pág.13

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1.1.3 Relações Interpessoais no trabalho

O processo de interação humana encontra-se presente nas organizações, e a forma


como se dão essas interações influencia os resultados de toda a empresa. Conviver com o
outro não é uma tarefa fácil, e conviver com o outro no trabalho sem entender o
comportamento de cada um é praticamente impossível.

Wagner et al. (2009) afirma que:

“As relações interpessoais se estabelecem a partir de um processo de interação entre os membros de


uma mesma equipe, criando-se vínculos profissionais, uma condição relacional entre trabalhadores, a
fim de executarem uma ação coletiva, e alcançarem um objetivo em comum”.

Em vista disso, sabe-se que cada um de nós possui algumas noções sobre o
comportamento e as reações de outras pessoas, e até já desenvolveu certa habilidade para
lidar com as maneiras diferentes que cada um possui; porém, essas noções são empíricas e
nos basearmos apenas no que “achamos” nem sempre é um bom caminho.

A interação de pessoas num ambiente organizacional, tem que ser levado em


consideração que o ser humano não é uma máquina e que muitas vezes o comportamento é
diferente do que se espera. Isso porque, quando estamos em interação com outras pessoas,
o funcionamento de ser de cada um é afetado, alterando o que se poderia chamar de
“previsto ou esperado”.

Relacionamentos interpessoais éticos e gentis diminuem o individualismo,


aumentam o comprometimento e a responsabilidade. Um clima organizacional harmonioso
resulta em entusiasmo, amplia a visão de futuro, melhora o desempenho e a produtividade.
No que tange o clima organizacional, é necessário proporcionar ao trabalhador motivações
para que ele sinta prazer durante a execução de suas tarefas diárias.
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Segundo Fonseca e al. (2016), proporcionar um ambiente favorável com


relações saudáveis traz grandes benefícios para os gestores e, consequentemente, para as
organizações. Equipes sólidas são mais fortes não só por compartilharem as vitórias, como
também para dividirem os resultados negativos e buscarem as soluções que possam reverter
essa situação.

A interação socioemocional pode favorecer o resultado do trabalho e as relações


interpessoais. Se os processos são construtivos, a colaboração e o afeto predominam, o que
possibilita a coesão do grupo. Caso contrário, o grupo passa a ter conflitos internos. O que se
observa é que para trabalhar bem, e em grupo, as pessoas precisam possuir não apenas
competências técnicas para realizar suas funções, mas também competências emocionais.
Vemos que a realização do eu é fundamental na interação com os outros; a forma como eu
me vejo, minhas motivações, ideologia, influem em cada interação interpessoal.

1.1.4 Relacionamento Interpessoal: Áreas de Investigação

Relações interpessoais representam uma vasta área de estudos, investigando


uma ampla gama de interações e relações humanas, incluindo relacionamentos próximos ou
íntimos e laços fracos ou temporários.

Alguns exemplos de possíveis contribuições de diferentes disciplinas são indicados


abaixo:

 Psicologia e Estudos da Família - representam os grupos com a maior


produção voltada para a questão das relações interpessoais, especialmente em se
tratando de relações próximas ou íntimas.

 Educação - O contato humano está no cerne da transferência de conhecimento,


seja de uma geração para outra, seja entre diferentes pessoas dentro de uma
sociedade. Assim, o estudo de interações e relações humanas relacionadas ao ensino
e aprendizagem, desde a infância até a velhice, são outra possibilidade de
investigação de uma ciência dos relacionamentos mais ampla, além das relações com
colegas e interações professor-aluno.

Agnaldo Garcia, Relações interpessoais e sociedade, Centro Internacional de Pesquisa, 1ª


Edição, Editora: CIPRI/UFES, 2013.

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 Economia - Do ponto de vista econômico, há uma grande diversidade de relações


econômicas interpessoais em diferentes culturas e momentos históricos. Há assim, a
possibilidade de ampliação dos estudos dos fundamentos relacionais da actividade
econômica, por exemplo, as interações e relações humanas na indústria, agricultura,
comércio e serviços, afetando mercados de consumo, financeiro e de trabalho.
Administração - Vivemos em uma sociedade cada vez mais complexa e organizada,
na qual participamos de diferentes organizações com diferentes modelos de
administração. As relações interpessoais no local de trabalho, com colegas, clientes e
outros surgem como tema relevante de investigação, incluindo os relacionamentos
em equipes e organizações e a gestão das relações interpessoais.

1.1.4 Comunicação na Sociedade

-Conceitos orientadores: família e comunicação

O termo “família” surge do latim “famulus” que significa “escravo doméstico”.


Este termo surge na Roma antiga para determinar um grupo social que surgiu entre as tribos
latinas ao serem introduzidas a agricultura e também a escravidão legalizada. (Antunes,
2009, p.12). Dias (1996) refere que este conceito tem sofrido alterações ao longo dos
tempos, Menezes (1990, cit. Dias, 1996) acrescenta que estas alterações advêm dos
tempos da idade média, sendo, no entanto, a família permeável a todas as mudanças
políticas e económicas que se vão verificando na sociedade.

A representação mental que nos é manifestada pela palavra família, é um núcleo


constituído por pai, mãe e filhos, que partilham habitação, afetos, convívios cotidianos e
entreajudas, não é, de todo uma realidade universal e transversal às diferentes sociedades e
culturas, nem aos diferentes períodos que fomos vivendo ao longo da história (Gimeno,
2003, p. 39; Bayle & Martinet, 2008, p. 25 e ss.).

Agnaldo Garcia, Relações interpessoais e sociedade, pág. 92,

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Mas, além da família como representação mental, é também no sentido a que o


nosso senso comum se refere, uma construção social, uma vez que representa um modo de
agir e de pensar coletivo, que evolui ao longo do tempo em relação com a organização e o
funcionamento da sociedade (Costa, 2004).

Existem sociedades nas quais este conceito não tem aplicabilidade, pois a estrutura
funcional, a organização e a relação entre as pessoas é diferente, o que não significa
inexistência de laços e regras familiares, mas antes a existência de normas diferentes de
organização das relações entre os membros

Sobre o Conceito de Comunicação

Comunicar é uma palavra derivada do termo latino “comunicare”, que significa


“partilhar, participar algo, tornar em comum (Machado, 1995, p. 197). A comunicação
é um modo de entrar em relação com o outro. É muito mais que uma simples transmissão
de informação, é uma relação recíproca entre um emissor e um recetor que se torna, por
sua vez emissor (Ferreira & Dias, 2005, p.95).

A comunicação é um processo interpessoal que envolve trocas verbais e não-


verbais. Por um lado, a comunicação interpessoal entre duas pessoas, mas por outro,
entre um pequeno grupo, é a que mais se usa na família, uma vez que esta é um grupo que
estabelece relações entre os seus membros, manifestadas através da comunicação.

Deste modo, a comunicação não se refere só ao conteúdo, mas também aos


sentimentos e emoções que as pessoas podem transmitir num relacionamento.
Comunicação é um processo de transferência de significado entre as partes. Durante a
interação, a comunicação verbal e não-verbal mantêm-se juntas, mas nem sempre a
mensagem verbal é igual à não-verbal, dada que nos expressamos de muitos modos. São
muitos os autores que consideram a comunicação verbal a forma de construir relações com
os outros (Relvas, 1996, Sousa, 2015).

Ibidem pág. 93.

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A Comunicação no Sistema Familiar e o Diálogo

Neste ponto propomo-nos analisar e evidenciar a importância da comunicação,


entendida como expressão geradora de diálogo, no sistema familiar e como factor
determinante das relações subjacentes no processo. Sem dúvida os membros da família
interagem e influenciam-se mutuamente. Mas também, de igual modo, os conflitos
familiares estão relacionados com distúrbios na comunicação, adquirindo um caráter muito
próprio na organização do quotidiano da família.

De acordo com a teoria geral dos sistemas, nada acontece isoladamente e qualquer
coisa que afete um dos componentes, afeta todos os outros, ou seja, qualquer alteração
causa impacto sobre todos os outros membros do sistema (Alarcão, 2006; Andrade &
Martins, 2011, p. 188; Dias, 2011, p.147).

Os Valores e a Comunicação: Referências na família

A adesão a valores, na instituição familiar, estabelece maneiras de interagir na


família, privilegiando, acima de tudo, a satisfação afetiva e relacional dos seus membros,
procurando que as normas sejam democráticas e aplicadas por todos.

Ora, a comunicação e o exemplo têm influência na família como comunidade, na


qual, a partir da infância, se podem aprender os valores morais, se começa a ser livre, mas
também a respeitar os outros. A vida de família é uma iniciação à vida em grupo e uma
preparação para a vida em sociedade, por isso, podemos referir que a família é expressão
primeira e fundamental da natureza humana e social. A família é como a célula num
organismo vivo: o elemento mais simples, primário e fundamental da
sociedade. Não admira que seja o seu seio o lugar mais apropriado para a transmissão de
valores e padrões de conduta, que conduzem não apenas à interação e integração na
família, mas também na sociedade.

Daqui, pensamos ser importante fomentar e valorizar os canais de comunicação


entre os pais e os filhos e vice-versa. As responsabilidades correspondem a um crescimento
saudável, na integração dos indivíduos, em primeiro lugar na família, seguidamente na
sociedade. É necessário uma cultura de responsabilização, adequada às capacidades de cada
um, que são diferentes não só em relação à idade mas também às funções de pai, mãe, e
filhos. Esta concretização vem consolidada através de hábitos e da participação de todos na
vida e dinâmica familiar.

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Conclusão

Após variadíssimas abordagens, deduzimos que, a interação de qualquer ambiente


nasce da aceitação do outro onde o respeito e o acolhimento facilita a relação entre os seres
humanos. Na escola, o ambiente das relações interpessoais, deve estar focalizado na
constituição do Eu, a compreensão dos indivíduos com as suas diferenças e qualidades, para
ter condições nos grupos. Nesta interação constante nos vemos através dos outros, em que
vemos os outros através de nós mesmos.

As relações interpessoais devem ser pautadas nos valores e como o homem é o


ser social, a socialização nesses relacionamentos deve favorecer a cooperação entre todos os
diferentes sectores da escola tendo em vista a aprendizagem dos alunos.

A família constitui um recurso riquíssimo para o desenvolvimento harmonioso,


coerente, sadio e equilibrado dos jovens que nascem e crescem no seu seio. A família tem
recursos naturais únicos, capazes de constituir uma marca que se não pode apagar na
estrutura da personalidade dos elementos que a ajudaram a edificar e criar oportunidades
de interação e integração dos elementos que a constituem, tendo por base as suas práticas
educativas e formativas, os aspetos de interação e de comunicação,

Portanto, a família é o lugar e ao mesmo tempo o instrumento mais eficaz, de


humanização e de personificação da sociedade. A família, comunidade natural, contribui de
modo único e insubstituível para o bem da sociedade. Ela é a primeira sociedade humana,
tendo em vista que é uma comunhão de pessoa.
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Referências Bibliográficas

Maria de Fátima Roque Pinto, Relações interpessoais, Universidade Estadual


da Paraíba, 1ª Edição, Editora: Itaporanga (PB), 2014.

Agnaldo Garcia, Relações interpessoais e sociedade, Centro Internacional de


Pesquisa, 1ª Edição, Editora: CIPRI/UFES, 2013.

Sousa, F. (2015). A importância da comunicação familiar [Em linha].


Consultado em 2 de fevereiro de 2015. Disponível em http://família.com.br/a-
importancia-da-comunicaçao-fam

Vigotsky L.S., A Formação social da mente, São Paulo, Martins Fontes, 1984.

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