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OS TRÊS URUBUS

Cena: General sentado atrás de uma mesa, chega correndo um soldado e bate continência.

CORONEL - Meu general, meu general!

GENERAL - Acalme-se coronel!

CORONEL - Meu general, sinto-me no dever de comunicar-lhe a ocorrência de coisas muito estranhas no
acampamento.

GENERAL - Diga, coronel.

CORONEL - Sabe-se, de maneira positiva, que um dos nossos soldados sentiu ligeira indisposição; daí a
pouco aumentou o seu mal estar; mais tarde acabou vomitando três urubus vivos.

GENERAL - (LEVANTA-SE COM UM AR ESPANTADO E ENCARA O CORONEL) Vomitou o quê?

CORONEL - Três urubus, meu general.

GENERAL - Puxa! mais isso é incrível.

CORONEL - Não lhe parece, meu general, que é um caso muito estranho?

GENERAL - Estranho, realmente!

CORONEL - E o que o senhor pensa a respeito?

GENERAL - (SE LEVANTA DA CADEIRA E VAI PARA FRENTE DA MESA) Coronel, realmente não sei o que
pensar! Vou agora mesmo comunicar o fato ao Ministério. Mas, são mesmo... (PAUSA)

CORONEL - Três urubus, meu general.

GENERAL - Mas isso não pode ser, deve haver algum engano!

CORONEL - Não, meu general, engano nenhum; são três urubus.

GENERAL - Por acaso o coronel os viu?

CORONEL - Não exatamente, meu general, mas são três urubus com certeza.

GENERAL - Bem admito, embora não possa explicar ser um fato estranhíssimo, mas se o senhor não o viu
quem lhe deu a informação?

CORONEL - O MAJOR Epaminondas, meu senhor

GENERAL - Pois bem, mande-o vir aqui imediatamente, enquanto eu preparo meu relatório.

CORONEL - Neste mesmo instante, meu general.

(BATE CONTINÊNCIA E SAI CORRENDO, O GENERAL FICA EM CENA SOZINHO SE SENTA E COMEÇA
A ESCREVER AI CHEGA O MAJOR.)

GENERAL - MAJOR Epaminondas!

MAJOR - (BATE CONTINÊNCIA) Pronto, meu general!


GENERAL - Que história é essa dos três urubus que um dos nossos soldados doente vomitou?

MAJOR - Três urubus?

GENERAL - Sim, MAJOR.

MAJOR - Bem, sei de dois, nada mais, meu general; não de três ...

GENERAL - (O GENERAL OLHA PRO MAJOR E SE LEVANTA LENTAMENTE) Quê! Bem, dois ou três,
pouco importa. A questão é averiguar se realmente neste caso figuram urubus de verdade.

MAJOR - Com certeza, lá isso figuram, meu general.

GENERAL - Então foram dois urubus?

MAJOR - Sim meu general

GENERAL - E como foi isso?

MAJOR - Ora, a coisa mais simples, meu general. O soldado Pantaleão deixou lá no seu povoado uma noiva
que segundo se diz, é de fechar o comercio. Que olhos meu general! parecem duas estrelas! Que boca ! Olhar
travesso, sorriso brincalhão, talhe flexível, seios altos e uma covinha deliciosa em cada face...

GENERAL - MAJOR!

MAJOR - Pronto, pronto meu general!

GENERAL - Seja breve e omita tos os pormenores inúteis.

MAJOR - Às ordens, meu general!

GENERAL - E os urubus, afinal de contas?

MAJOR - Bem: o rapaz estava triste com a dolorosa ausência daquela de que falei, e não queria provar o
rancho, nem provar nada, até que caiu doente do estômago e deu para vomitar, vomitar...(PAUSA) Num
desses vômitos - zás! - dois urubus.

GENERAL - Muito bem, você teve ocasião de vê-los?

MAJOR - Não meu general; estou contando como me contaram.

GENERAL - E quem lhe deu a notícia?

MAJOR - O capitão Aristófanes.

GENERAL - Está bem. Diga-lhe que venha aqui o quanto antes.

MAJOR - Agora mesmo, meu general.

(SAI COMO O CORONEL)

GENERAL - Capitão Aristófones!

CAPITÃO - (BATE CONTINÊNCIA) Pronto, meu general!

GENERAL - Quantos urubus vomitou o soldado Pantaleão?

CAPITÃO - Um, meu general.

GENERAL - (O GENERAL OLHA DEVAGAR PARA O CAPITÃO E PASSA A MÃO NO ROSTO) Capitão,
acabo de saber que são dois, e antes me haviam dito que forma três, tem certeza que foi só um.
CAPITÃO - Sim, meu general, foi apenas um, felizmente; no entanto, salvo a respeitável opinião do meu chefe,
parece-me que basta um para se considerar o casso como um fenômeno inédito...

GENERAL - Também penso assim, capitão.

CAPITÃO - Sabe general, um urubu nada tem de extraordinário, se o considerarmos do ponto de vista
zoológico. (PAUSA) Que é o urubu? Não o confundamos com o corvo europeu, meu general, que é o corvo
cora de Lineu. A espécie que conhecemos aqui pertence á numerosa a família das aves de sacoprofas,
diurnas, e eu tenho para mim que se trata do verdadeiro e legítimo sarcoramphus, pois tem caraterísticas
muito interessantes no seu bico. Porém, as abalizadas opiniões dos zoólogos quanto...

GENERAL - (NERVOS, SE LEVANTA E BATE A MÃO NA MESA GRITANDO) Capitão!

CAPITÃO - Pronto meu general!

GENERAL - Por acaso estamos numa aula de Biologia?

CAPITÃO - Não, meu general.

GENERAL - Então, vamos ao que interessa. Que diz o senhor sobre o urubu que o soldado Pantaleão
vomitou?

CAPITÃO - É verdade, meu general.

GENERAL - Você o viu?

CAPITÃO - Bem, ver eu não vi, meu general, mas soube pelo tenente Pitágoras, que foi testemunha do fato.

GENERAL - Está bem. Quero falar sem demora com o tenente Pitágoras.

CAPITÃO - Pois não, meu general!

(SAI COMO O ANTERIOR)

GENERAL - Tenente Pitágoras!

TENENTE - Pronto, meu general!

GENERAL - Que sabe a respeito do urubu?

TENENTE - O caso é raro, na verdade, meu general; mas tem sido muito exagerado.

GENERAL - Como assim?

TENENTE - Não se trata de um urubu inteiro, mas de parte de um urubu, nada mais. O que o doente vomitou
foi uma asa de urubu, meu general. Eu, como é natural, fiquei muito surpreendido e apressei-me em
comunicar o fato ao capitão Aristofones; mas parece que ele não ouviu a palavra asa e acreditou que era um
corvo inteiro; por sua vez levou a notícia ao meu MAJOR Epaminondas, que entendeu que eram dois urubus e
passou o boato ao coronel Anaximandro, que supôs que eram três.

GENERAL - Mas... e essa assa o que o quer que seja, você a viu?

TENENTE - Eu não a vi, meu general; quem a viu foi o sargento Esopo. A ele é que se deve a notícia.

GENERAL - (NERVOSO) - Com mil diabos! Mande vir aqui agora mesmo o sargento Esopo.

TENENTE: Virá agora mesmo, meu general!

(SAI COMO O ANTERIOR)

GENERAL - Sargento Esopo!

SARGENTO - Pronto meu general.


GENERAL - Que é que tem o soldado Pantaleão?

SARGENTO - Está doente, meu general.

GENERAL - Mas que tem ele?

SARGENTO - Esta com enjoado.

GENERAL - Desde quando?

SARGENTO - Desde esta noite.

GENERAL - A que hora então ele vomitou a asa do urubu que dizem?

SARGENTO - Ele não vomitou asa nenhuma, meu general.

GENERAL - (COM RAIVA SE LEVANTA E VAI PARA FRENTE DO SARGENTO) Então, seu pedaço de asno,
com é que você foi dizer que o soldado Pantaleão tinha vomitado uma asa de corvo?

SARGENTO - Com sua licença, meu general: sabe, eu desde de pequeno que sei um versinho que diz assim:

EU TENHO UMA NAMORADA

DE OLHOS PRETOS COM A NOITE

E A CABELEIRA TÃO PRETA

QUE NEM AS ASAS DE UM CORVO

EU TENHO UMA NAMORADA....

GENERAL - Basta seu idiota!

SARGENTO - Bem, meu general, o que se deu foi o seguinte: quando eu vi que meu companheiro estava
vomitando uma coisa escura, me lembrei do versinho e disse depois ao tenente que ele tinha vomitado preto
que nem, asa de urubu, comecei a declamar esse versinho.

GENERAL - OH, diacho

SARGENTO - Foi só isso, meu general, e dai veio o boato.

GENERAL - Suma-se daqui, seu animal.

(SARGENTO BATE CONTINÊNCIA E ASSUSTADO SAI CORRENDO)

GENERAL - Esta é boa! Creio que pus, na minha informação, cinco ou sei urubus, como acontecimento
extraordinário de campanha. Imaginem só se estivesse em guerra.

(O general se senta novamente, começa a escrever, fecha a cortina)


A VELHA CONTRABANDISTA

TEXTO ADAPTADO DA OBRA DE STANILAW PONTE PRETA


CENA: UM GUARDA NA FRONTEIRA SENTADO QUANDO CHEGA SE CHEFE E AVISA:

CHEFE: - Sentido soldado, você foi transferido para ca, por que me disseram que você e o melhor inspetor de
fronteira que existe, e nos temos tido grandes problemas com contrabandistas nesta região. Pois bem! Quero
que você preste muita atenção. Existe aqui uma velhinha que todos os dias passa por aqui tanto deste lado da
fronteira quanto do outro, sempre com uma sacola nas mãos, e nos suspeitamos que ela e contrabandista. Só
que até hoje nenhum dos meus homens, nem mesmo o melhor consegui prende-la por contrabando, se o
senhor conseguir prende-la será promovido além disso será muito bom para sua ficha de aposentadoria, esta
me entendendo.

POLICIAL: (batendo continência) Sim, senhor. Não se preocupe senhor, Garanto que em pouco tempo esta
velhinha estará em nossas mão.

CHEFE: Assim espero, assim espero.

POLICIAL: (como se estivesse falando sozinho) Esse pessoal daqui deve ser muito bobo, deixar uma velhinha
passar a perna neles por tanto tempo. Há, mas comigo não violão, se ela realmente estives trazendo
contrabando eu vou descobrir e ai (faz um gesto como estivesse pegando algo) eu boto ela atrás das grades.
(Começa a escrever)

VELHINHA: (ENTRA A VELHINHA COM UMA SACOLA NAS MÃOS E CANTAROLANDO UM CANÇÃO
QUALQUER, ELA CUMPRIMENTA O GUARDA) Bom dia seu guarda.

POLICIAL. ( O GUARDA SORRI , MAS PERCEBE QUE É A VELHINHA, E MANDA ELA PARAR) Alto lá
minha Senhora, espere um pouco.

VELHINHA: (A VELHINHA PARA E COM UMA CARA ESPANTADA PERGUNTA) O que foi seu guarda, o que
foi que aconteceu.

POLICIAL. ( O GUARDA COMEÇA A EXAMINAR A VELHINHA E A SACOLA, COM UM SORRISO NA BOCA


E PERGUNTA ) O que a senhor pensa que esta fazendo ?

VELHINHA: (COM AR DE SURPRESA) Seu guarda estou indo visitar meu neto, que mora ali do outro lado da
fronteira. Por que seu guarda.

POLICIAL. (AINDA EXAMINANDO A VELHINHA, PARA E OLHA PARA A SACOLA E PERGUNTA


APONTANDO ) Visitando o netinho hem ! O que há dentro desta sacola minha senhora?

VELHINHA: (A VELHINHA FAZ UMA CARA DE ESPANTO E PEGA A SACOLA E PÕE DEBAIXO DO
BRAÇO) Nada não seu guarda, é apenas um jornais velhos que eu estou levando para o meu netinho recortar.

POLICIAL. ( DA UMA RISADA E PEDE A SACOLA A VELHINHA ) Jornal velho hem, pois bem passe para cá
quero revistar essa sacola. (ESTENDE A MÃO)

VELHINHA: (VIRA A SACOLA PARA O OUTRO LADO E SE RECUSA A DAR A SACOLA) Mas seu guarda,
para que revistar é só jornal velho, eu garanto, o senhor não esta desconfiado de mim está?

POLICIAL. (COM UMA CARA DE DEBOCHE, ELE SE APROXIMA DA VELHINHA ) Que isso, minha
senhora ,eu só estou curioso pra ver as datas do jornais, ( COM UM CARA SERIA AGARRA UMA PONTA DA
SACOLA ) Agora me de essa sacola.

VELHINHA: (A VELHINHA AGARRA NA OUTRA PONTA) Não precisa revistar e só jornal.

(OS DOIS COMEÇAM A DISCUTIR CADA UM SEGURANDO EM UMA PONTA DA SACOLA, ORA UM PUXA
PRO SEU LADO ORA PUXA PARA O OUTRO LADO)
POLICIAL. Me dá a sacola

VELHINHA: Não do

POLICIAL. Me dá

VELHINHA: Não do

POLICIAL. (ENCARA A VELHINHA E DA UM GRITO BEM ALTO E PUXA A SACOLA ) Me dá isso agora.
(PEGA A SACOLA E A VELHINHA E VAI ATÉ A MESA PÕE A SACOLA NA MESA E OLHA PRA VELHINHA)
Pois bem, jornal velho, isso aqui tá me cheirando a contrabando e do grosso, (PEGA A SACOLA ABRE E
OLHA LÁ DENTRO COM UMA CARA DE ESPANTO VIRA TODO O CONTEÚDO DA SACOLA NA MESA E
COMEÇA A VASCULHAR) Mas isso e só jornal velho.

VELHINHA: (COM A CARA MAIS SAFADA) Eu não disse ao senhor, jornal velho, posso ir agora.

POLICIAL. (OLHA PRA VELHINHA, COM UMA CARA SEM GRAÇA E COMEÇA A COLOCAR OS JORNAIS
NA SACOLA NOVAMENTE) Me desculpe minha senhora, eu cometi um lamentável engano , por favor me
perdoe, pode seguir seu caminho(ENTREGA A SACOLA A VELHINHA ).

VELHINHA: (VELHINHA PEGA A SACOLA) Não se preocupe meu filho isso pode acontecer a qualquer, ou
até mesmo a um qualquer como o senhor. (VAI EMBORA COM A SACOLA DE BAIXO DO BRAÇO)

POLICIAL. (COMEÇA A ANDAR DE UM LADO PARA O OUTRO E FALAR EM VOZ ALTO) Isso não é
possível, como posso ter me enganado assim, tenho 40 anos nessa profissão, conheço de longe o cheiro de
contrabando, e tenho certeza que essa velha e contrabandista,(PARA E OLHA PRO PUBLICO )Já sei , é se
ela traz contrabando e de lá para cá, isso significa que é na volta que a muamba vai vir, e como nos tivemos
essa discussão aqui ela deve pensar que eu não vou revista a sacola na vinda, pois sim é ai que eu pego essa
velha.(VOLTA E SE SENTA NA MESA )

VELHINHA: (VOLTA NOVAMENTE A VELHINHA CANTANDO E CARREGANDO OUTRA SACOLA) Olá seu
guarda,

POLICIAL. (LEVANTA-SE E CUMPRIMENTA A VELHINHA )Olá minha, senhora, então já voltado de sua visita
ao seu netinho, como ele está.

VELHINHA: Bem, obrigada

POLICIAL. (OLHANDO PARA A SACOLA ) O que a senhora trouxe de volta, lá da casa do seu netinho.

VELHINHA: (COM UMA CARA ESPANTADA) O que eu trouxe? Ora essa nada, só algumas revistas para
minha sobrinha que mora comigo do outro lado ler.

POLICIAL. (COM UM RISO IRÔNICO ) Pensa que me engana duas vezes, em ? Pois, sim, revistinhas para a
sobrinha (PEGA A SACOLA DA VELHA E NOVAMENTE PÕE EM CIMA DA MESA E ABRE) Quero ser mico
de circo se aqui dentro não está cheio de ... (METE A MÃO NA SACOLA E PEGA ALGUMAS REVISTA, E
COM UMA CARA ESPANTADA, DIZ BEM ALTO) Revista. !?

VELHINHA: (COM UMA CARA MUITO SAFADA) Pois, sim são revistas, é alias na próxima vez que eu passar,
trago pro senhor umas bananas, seu mico de circo.

POLICIAL. (ZANGADO OLHA PRA REVISTAS ENFIA ELAS DENTRO DA SACOLA E MANDA A VELHA
PASSAR ) Pois sim , Ande logo minha senhora, que eu tenho mais o que fazer.( A VELHA PEGA A SACOLA
E VAI EMBORA.) (O GUARDA COMEÇA NOVAMENTE A ANDAR DE UM LADO PARA O OUTRO E
FALANDO EM VOZ ALTA.) Como isso pode acontecer, será que ela realmente e mais esperta que eu, ou será
que eu estou ficando louco. (PARA OLHA PRA CIMA E DIZ) Já sei, ela traz contrabando dia sim dia não, é
hoje foi o dia não. É isso amanhã eu pego ela. (VOLTA PARA A MESA)

A CENAS A SEGUIR NÃO POSSUEM FALAS FIXAS MAS SÃO COPIAS DA ANTERIOR, A VELHA PASSA
NOVAMENTE COM OUTRA SACOLA, E O GUARDA PARA ELA NOVAMENTE ABRE A SACOLA VÊ QUE
NÃO TEM NADA E LIBERA ELA, A CADA LIBERAÇÃO ELE FICA COM MAIS RAIVA E DESESPERADO.
DEPOIS DA 4 PASSADA.
POLICIAL. (DESESPERADO, SENTADO NA MESA ) Eu não agüento mais, vou ser obrigado a pedir arrego.
(APARECE A VELHINHA NOVAMENTE )

POLICIAL. : ( LEVANTA-SE DA CADEIRA E VAI ATÉ O ENCONTRO DELA ) Minha senhora, eu tenho 40
anos nesta profissão, já prendi vários contrabandistas famosos, conheço todos os truques para se transportar
contrabando, mas o seu , o seu e não consigo nem imaginar qual é. Olha, vamos fazer um trato, eu juro que
não prendo a senhora, juro que libero a senhora e que peço transferência pra outro posto de fronteira, mas
pelo amor de Deus, me diga (FALANDO EM VOZ ALTA E AJOELHANDO-SE ) O QUE É QUE A SENHORA
CONTRABANDEIA ?

VELHINHA: (OLHANDO PARA O POLICIAL.) O senhor jura que não vai “espraia” pros outro.

POLICIAL. ( DE JOELHOS COM AS MÃO POSTAS ) Juro por tudo que e mais sagrado. Eu juro

VELHINHA: Tá, bom moço, é muito simples eu contrabandeio sacola, uai sô. (E LEVANTA A SACOLA -
POLICIAL OLHA ESPANTADO E COMEÇA A RIR) FECHA CORTINA.

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