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Cartórios -
Criminologia
2022 (Curso Regular)
Autor
Diego Pureza 13 de Setembro de 2022
Estratégia Carreira Jurídica
Sumário
Concursos Cartórios - Criminologia - Prof. Diego Pureza
Introdução .......................................................................................................................................................... 2
Modelo Ressocializador............................................................................................................................... 9
Modelo Integrador, Restaurador, Consensual de Justiça Penal, Justiça Negociada, Consensual de Justiça
Penal ou Justiça Restaurativa.................................................................................................................... 10
Resumo Estratégico.......................................................................................................................................... 20
Gabarito ........................................................................................................................................................... 46
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INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a), dando sequência ao nosso curso, trabalharemos nesta
aula todos os assuntos que relacionam a Criminologia e o Estado Democrático
de Direito.
Após superar as questões, você perceberá que com métodos de revisão este
tema estará entre os seus pontos de segurança em qualquer concurso público! Aliás, vale frisar que é tema
previsto em QUALQUER EDITAL de concurso público que venha exigir a Criminologia.
Bons estudos!
@prof.diegopureza
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Ao longo da história, diversos sistemas que visavam evitar ou combater a criminalidade foram sendo
desenhados, alguns com mais, outros com menos sucesso nesse intento. O mais importante é destacar a função
da prevenção criminal fundada em um Estado Democrático de Direito.
Na vigência de um Estado Democrático de Direito, a criminologia e a política criminal possuem como norte a
orientação prevencionista (afastando ao máximo o caráter punitivista), vez que o interesse se volta a prevenir
o crime e não em propriamente puni-lo. Além disso, as atuais políticas públicas preventivas de Segurança
Pública devem priorizar a prevenção de crimes de forma integralizada com todos os entes federativos
(art. 144 da CF).
Nesse sentido, nos interessa para fins de concurso o estudo da chamada dimensão clássica dos sistemas
preventivos da criminalidade. Será importante perceber que essa classificação utiliza diversos critérios, tais
como:
A partir daí, podemos classificar os sistemas de prevenção em Prevenção Primária, Secundária e Terciária,
cuja compatibilidade os tornam complementares entre si. Estudaremos cada um em tópicos apartados a seguir.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
É considerado por muitos como a prevenção genuína, por excelência, já que se propõe em atuar sobre as causas
do delito.
É importante destacar que fatores externos ao criminoso podem influenciar ou criar o ambiente propício para
a criminalidade. Não como fatores decisivos, mas é inegável a influência de tais fatores.
Estamos falando de diversos valores que em um Estado Democrático de Direito representam direitos e
garantias fundamentais de todo cidadão (que, na prática, sabemos que apenas parcela minoritária acaba por
receber do Estado boa parte do provimento desses direitos), tais como o direito à vida, a educação, ao lazer,
saúde, segurança, trabalho, moradia, etc.
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É justamente por esse motivo que é correto afirmarmos que a prevenção primária incide sobre as causas do
delito, pois a sua finalidade é a concretização de direitos fundamentais de todos.
A ideia é que quanto menor for a desigualdade social, mais eficiente será a prevenção da criminalidade.
Com isso, podemos destacar como principais características das Prevenção Primária:
➢ Possui como destinatário toda a população: demandando investimentos de alto custo e exigindo
paciência para a percepção dos resultados positivos;
➢ São responsáveis pela concretização os administradores públicos: Presidente da República,
Governadores e Prefeitos são exemplos de responsáveis incumbidos pela concretização da Prevenção
Primária, devendo incidir sobre as raízes do problema;
➢ Visa garantir a concretização de direitos fundamentais como forma de diminuir a desigualdade
social;
➢ Exige o protagonismo do Estado, com exceção do Sistema Criminal de Justiça;
➢ Trata-se de instrumento preventivo de médio a longo prazo.
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
É a forma de prevenção mais presente nas ações estatais, especialmente pelas forças de segurança pública.
Caracteriza-se pela incidência na iminência do crime ou em momento logo posterior, conduzindo a atenção
e forças para o momento e local em que o crime é praticado.
Importante destacar que o foco da Prevenção Secundária recai sobre setores sociais que mais podem sofrer
com a criminalidade, e não sobre o criminoso propriamente dito, relacionando-se com ações policiais,
programas de apoio e controle das comunicações, dentre outros instrumentos seletivos de curso a médio
prazo.
➢ Possui como foco regiões e grupos sociais considerados vulneráveis e com maior probabilidade
para a criminalidade;
➢ Se traduz em prevenção e combate à criminalidade: a mera presença de uma viatura policial
poderá ter a força de inibir a prática de crimes e, em se tratando da prática de crimes, as forças
policiais poderão combate-los evitando um mal maior – a partir desta noção, se conclui que o aumento
do efetivo policial, reaparelhamento das polícias, políticas públicas dirigidas a grupos de risco ou
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vulneráveis (alcoólatras, usuários de drogas, vítimas de violência doméstica e familiar, dentre outros),
são exemplos de fortalecimento de políticas de Prevenção Secundária;
➢ Visa prevenir a prática de crimes em sua iminência ou diante de sua prática;
➢ Exige protagonismo do Estado, especialmente com enfoque nas forças de segurança pública e
Sistema de Justiça Criminal;
➢ Trata-se de instrumento de curto a médio prazo.
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
A Prevenção Terciária se instrumentaliza na fase de Execução da Pena sobre o condenado, ostentando
caráter punitivo e ressocializador, cuja finalidade é evitar a prática de novos crimes (busca evitar a
reincidência).
Assim como a Prevenção Secundária, a presente modalidade trabalha diretamente com mecanismos do Direito
Penal e da Política Criminal.
Já parte do fracasso do Estado, pois pressupõe que alguém já tenha praticado crime (Estado fracassou na
prevenção) e que seja condenado definitivamente. A partir daí, conforme destacado, tratar-se-á de mera
prevenção de reincidências, se revelando, na prática, extremamente ineficiente.
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Exemplos: condenado que cumpre pena privativa de liberdade (reclusão); Condenado que cumpre
o pagamento de prestação de serviços comunitários e pagamento de cestas básicas como pena
alternativa, etc.
Em síntese:
a) Construção de uma praça com equipamentos de lazer em uma comunidade com altos índices de
criminalidade e de vulnerabilidade social com o fim de evitar que jovens daquele local, em especial
em situação de risco, envolvam-se com a criminalidade.
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b) Projeto Começar de Novo, que visa devolver aos cumpridores de pena e egressos a autoestima
e a cidadania suprimidas com a privação de sua liberdade, por meio de ações de caráter preventivo,
educativo e ressocializador, atuando, assim, na humanização, a fim de que referido público
valorize a liberdade e passe a fazer escolhas melhores em sua vida, evitando o retorno ao cárcere.
c) Implementação de sistemas de leitores óticos de placas de veículos nas ruas e avenidas da cidade
de Salvador para identificação de veículos relacionados a algum tipo de crime.
e) Melhoria de atendimento pré e pós-natal a todas as gestantes de uma determinada cidade com a
finalidade de reduzir os índices criminais no município.
RESOLUÇÃO:
E) eis a alternativa correta com exemplo de prevenção primária, especialmente por atuar na
concretização de direitos fundamentais.
Gabarito: E
Sendo assim, o programa adotado para controlar a criminalidade (Política Criminal) deve conter medidas
oportunas e pertinentes, capazes de alcançar a composição do conflito social.
Em síntese, a prática de um delito provoca inevitavelmente impactos na sociedade. A sociedade, por sua vez,
representada pelo Estado, apresentará reações ao delito (respostas podendo visar punição, prevenção ou
restauração do conflito).
Nesse sentido, três modelos de reação ao delito disputam atenção: Modelo Dissuasório, Modelo
Ressocializador e Modelos Restaurador (Justiça Restaurativa). Vejamos:
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A ideia é que com a retribuição, a pena passaria a ostentar caráter dissuasório, intimidando psicologicamente
os demais membros da sociedade a não delinquirem com base no medo pelo castigo.
São protagonistas desse modelo: o Estado e o delinquente (a sociedade e a vítima são alocadas em posições
secundárias, por vezes esquecidas).
Cumpre destacar que o Modelo Retributivo não se preocupa com a ressocialização do delinquente ou
mesmo com a possibilidade de reparação dos danos suportados pela vítima, limitando-se no caráter
punitivo.
Este tema já foi cobrado em concursos públicos em mais de uma oportunidade, valendo destacar questão que
abordou as principais características do Modelo Dissuasório:
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Sujeitos providos de capacidade de entendimento e autodeterminação, passíveis, portanto de responsabilização penal.
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Sujeitos providos de parte da capacidade de entendimento e autodeterminação, podendo ser condenados criminalmente. Todavia,
a depender do grau de capacidade, o julgador poderá substituir a pena privativa de liberdade por medida de segurança. Além disso,
importante destacar que na Criminologia os semi-imputáveis são também chamados de criminosos fronteiriços, justamente por
possuírem capacidade de entendimento e autodeterminação na fronteira entre a lucidez e a insanidade.
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Sujeitos completamente desprovidos de qualquer capacidade de entendimento e autodeterminação.
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a) padrão consensual.
b) modelo ressocializador.
c) modelo segregador.
d) padrão associativo.
e) modelo dissuasório.
RESOLUÇÃO:
Perceba que o enunciado destaca as principais características do modelo dissuasório: pena com a
finalidade na punição do criminoso; pena proporcional ao dano causado; e, Estado intimidador.
Gabarito: E
MODELO RESSOCIALIZADOR
Modelo que segue em caminho diametralmente oposto ao anterior, apresenta a pena com caráter utilitário,
visando a reinserção social do condenado (prevenção especial positiva), afastando o caráter retributivo-
castigador da pena.
Justamente por intervir na pessoa do delinquente positivamente, é considerado pela doutrina como o modelo
humanista de reação ao delito.
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Perceba que segundo o modelo ora estudado, o Estado “abriria mão de seu protagonismo”4 no conflito
criminal, passando a atuar como mero coadjuvante (conciliador) intermediando acordos entre àqueles que
seriam os legítimos protagonistas (vítima e criminoso).
Para falarmos em justiça consensual, é necessário o preenchimento dos seguintes requisitos (para a
configuração efetiva da chamada Justiça Criminal Negociada):
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Forçando ignorar o fato de que o Direito de Punir é um poder-dever do Estado.
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Por fim, considerando se tratar de tema já cobrado em provas e concursos, vale a pena destacar que o modelo
de Justiça Restaurativa gerou reflexos de aplicação no Brasil. Como exemplos, destacamos:
1 – Mecanismos despenalizadores previstos na Lei nº 9.099/95 (Juizado Especial Criminal), tais como a
composição civil dos danos e a transação penal;
2 - Resoluções 1999/26, 2000/14 e 2002/12 da ONU, com recomendações para o desenvolvimento da justiça
restaurativa nos Estados membros;
4 - Delação premiada prevista no artigo 16, parágrafo único, da Lei 8.137/1990 (crimes tributários);
Essa tendência e exemplos práticos não raras vezes são também objetos de cobrança em concursos públicos,
valendo destacar uma dessas questões:
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e) um fato que serve exclusivamente como base para cálculo da pena do criminoso.
RESOLUÇÃO:
A “descarcerização” caminha lado a lado com a chamada Justiça Restaurativa, tendo em vista que
por meio da negociação entre a Dupla Penal evita-se o cárcere do criminoso. A questão, além de
destacar tal tendência, apresenta corretamente exemplo de reflexo da Justiça Negociada (Lei
9.099/95).
Gabarito: A
Sendo o principal instrumento de resposta estatal contra a criminalidade, o importante sobre este tema é
investigar e entender qual a finalidade da pena.
O que se busca ao penalizar um criminoso? Vingança? Castigo? Ressocialização? Terapia? A resposta de tais
indagações dependerá da teoria adotada.
Para fins de concurso público, importa analisarmos as teorias Absolutas, Relativas e Unificadoras, e, ao
final, frisarmos qual a teoria adotada por nosso Código Penal.
Parte do pressuposto de que, uma vez que o sujeito utilizou o livre-arbítrio para praticar o mal, deverá receber
também o mal como resposta estatal.
A pena passa a se justificar como quia peccatum est (“pune-se porque pecou”).
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A essência desse pensamento encontra-se na vingança, na retribuição do mal causado pelo delito que antes era
promovida pela vítima ou familiares desta (Era da vingança privada), e agora passa a ser exercida pelo Estado.
Utilizamos o plural para nos referirmos às “Teorias Absolutas” pois são compostas/divididas em três
teorias/vertentes, a saber:
a) Teoria da Retribuição Divina (defensores: Stahl e Bekker): o Estado pune o pecado do criminoso se
apresentando como um representante da divindade.
b) Teoria da Retribuição Moral (defensor: Kant): a pena é imperativo moral de justiça, punindo o criminoso
que escolheu o mal com pena igualmente maléfica. O valor de justiça é a Lei de Talião: “olho por olho, dente
por dente”.
c) Teoria da Retribuição Jurídica (defensor: Hegel e Pessina): considerando que o crime é uma violência
contra o Direito, a pena como punição seria a resposta violenta contra tal comportamento, justificando-se como
exigência da razão. Ademais, considerando que o criminoso escolhe racionalmente praticar crimes, a
possibilidade de receber pena já prevista em lei já estaria compreendida na esfera de escolha do criminoso.
Em síntese:
Teoria da
Estado como
Retribuição Divina
representante divino
(Bekker e Stahl)
Teorias Teoria da
Absolutas / Pena como imperativo
Retribuição Moral
moral
Retributivas (Kant)
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Por fim, importante frisar que a retribuição é personalíssima. Em outras palavras, a pena não pode ser cumprida
por terceiros, devendo recair exclusivamente sobre o condenado responsável pelo cometimento do crime.
Nesse sentido, vale destacar que a Constituição Federal Brasileira de 1988 apresenta reflexos das teorias
retributivas (assim como o Código Penal Brasileiro, conforme destacaremos adiante), como medida de justiça
na correta aplicação da pena. Cite-se:
“Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação
do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite
do valor do patrimônio transferido”.
(VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2013) Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma
das características da função retributiva da pena, segundo a Teoria Absoluta:
d) Derrogabilidade: o delito terá, por consequência, uma punição, ainda que injusta.
RESOLUÇÃO:
Gabarito: E
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Considerando que os criminosos, mais cedo ou mais tarde, voltarão ao convívio social, a pena deverá funcionar
como instrumento de prevenção de novos delitos, passando um claro recado à sociedade para não cometerem
crimes, bem como ao próprio criminoso para não reincidir.
A Prevenção pode ser geral e especial, sendo que ambas subdividem-se em positivas e negativas:
Prevenção Geral
A finalidade é que, a partir da aplicação da pena sobre o criminoso, seja apresentado dois claros recados para
os demais cidadãos:
Falamos em negativa pois o recado para os demais membros da sociedade é para NÃO delinquirem.
Com isso, a pena precisa ostentar característica intimidatória, na busca de desestimular os cidadãos a
praticarem crimes.
Não há a preocupação em educar o cidadão com base em valores morais, limitando-se em desestimulá-lo por
meio do medo, intimidação, demonstração de que o crime não compensará diante da pena sendo aplicada à
um semelhante que delinquiu.
Considerando o fato de que o Estado, em regra, detém o monopólio do poder de punir, bem como é o
responsável por garantir a segurança e ordem social, a pena passa a servir também como o meio de manutenção
dessa ordem.
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Logo, a pena deverá ser aplicada visando o reestabelecimento da credibilidade estatal – já que o Estado
fracassou em prevenir o crime, deverá reconquistar a confiança do corpo social ao aplicar a pena sobre o
transgressor.
Prevenção Especial
Chamamos de especial (ou individual) a prevenção que é destinada à pessoa do delinquente condenado em
definitivo.
Mesmo servindo a pena como instrumento de defesa social para esta corrente de pensamento, a sanção penal
também deverá ostentar caráter pedagógico sobre o condenado buscando evitar futuros novos delitos.
Sendo privado de sua liberdade e de outros valores importantes como a privacidade, intimidade, etc., a pena
se mostrará incômoda ao condenado.
A ideia é que o condenado reflita e perceba que o crime – ainda que egoisticamente – não compensa.
Com isso, podemos concluir que a Prevenção Especial Negativa visa evitar e reincidência.
Cediço que mais cedo ou mais tarde o condenado alcançará a liberdade e retornará ao convívio social. Voltando
a sociedade, apenas a ideia de não delinquir mais é insuficiente, pois será necessário retomar (ou criar) laços
afetivos, ocupações lícitas como o trabalho, etc.
Daí surge a prevenção especial positiva com a ideia de ressocialização do condenado, visando torna-lo apto
ao convívio social.
A ideia da ressocialização é reforçada especialmente com o correto cumprimento da Prevenção Geral Positiva,
já que o corpo social cumpre importante papel no processo de ressocialização, recebendo os ressocializandos
sem preconceitos e estigmas.
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Em síntese:
Busca, a um só tempo, que a pena seja capaz de retribuir ao condenado o mal por ele praticado (retribuição),
sem prejuízo de desestimular a prática de novos ilícitos penais (prevenção).
2) Prevenção (das Teorias Relativas ou Utilitaristas, em especial a prevenção geral negativa e positiva, e
prevenção especial negativa), e;
É a teoria adotada pelo Código Penal Brasileiro, conforme previsto em seu artigo 59:
“Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente,
aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima,
estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime”.
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Dessa forma, busca-se a aplicação de pena justa, proporcional ao delito praticado, e, ao mesmo tempo, o
reestabelecimento da ordem social evitando novos crimes pelos demais cidadãos e evitando a reincidência
pelo condenado.
PROCESSOS DE CRIMINALIZAÇÃO
O processo de criminalização corresponde ao conjunto de etapas de seleção penal visando identificar e rotular
abstratamente as condutas que merecem reprovação penal e, em atos seguintes, aplicar concretamente sanções
penais sobre os sujeitos que praticarem condutas correspondentes às figuras penais típicas.
CRIMINALIZAÇÃO PRIMÁRIA
Representa o processo legislativo até a sanção presidencial em rotular como crimes certas condutas.
No Brasil, ao menos em regra, compete privativamente à União legislar sobre Direito Penal (art. 22, inciso I,
da CF/88), recaindo sobre o Congresso Nacional a tarefa de eleger quais condutas antissociais merecem
reprovação penal.
CRIMINALIZAÇÃO SECUNDÁRIA
De nada adiantaria leis penais sem a efetiva aplicação. A Criminalização Secundária refere-se de forma ampla
ao exercício do poder punitivo estatal, manifestando-se de forma concreta (prática) a partir do momento em
que alguém pratica crime.
Em outras palavras, trata-se da aplicação prática do Direito Penal Objetivo (concretização do processo de
criminalização primária).
A título de exemplo, podemos analisar toda a persecução penal como reflexos da criminalização secundária.
Um sujeito, ao praticar determinado crime já previsto em lei (resultado da criminalização primária), passa a
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ser investigado pela polícia judiciária, posteriormente denunciado pelo Ministério Público e, por último,
condenado pelo Poder Judiciário e submetido coercitivamente ao cumprimento da pena. Todas essas etapas
destacadas constituem representações concretas do processo de criminalização secundária.
Importante destacar que o sistema de justiça penal não se limita a mera aplicação das leis, mas também
(e especialmente) na concretização e proteção dos direitos e garantias fundamentais do preso.
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RESUMO ESTRATÉGICO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Avançamos em mais um grande tema de nosso curso. Os editais mais modernos estão cada vez mais cobrando
os temas inseridos nesta aula diante da relevância prática e teórica de cada assunto.
Por esse motivo, será de fundamental importância que você enfrente todas as questões, entendendo, por meio
de nossos comentários, cada alternativa.
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum no Curso,
por e-mail e, inclusive, pelo Instagram e YouTube.
Diego Pureza
E-mail: contato@profdiegopureza.com.br
Instagram: https://www.instagram.com/prof.diegopureza
YouTube: Prof. Diego Pureza (https://cutt.ly/vyImRvk)
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (VUNESP – PC/BA – Delegado – 2018) Assinale a alternativa que contém um exemplo de
prevenção de infrações penais preponderantemente primária:
a) Construção de uma praça com equipamentos de lazer em uma comunidade com altos índices de
criminalidade e de vulnerabilidade social com o fim de evitar que jovens daquele local, em especial em
situação de risco, envolvam-se com a criminalidade.
b) Projeto Começar de Novo, que visa devolver aos cumpridores de pena e egressos a autoestima e a cidadania
suprimidas com a privação de sua liberdade, por meio de ações de caráter preventivo, educativo e
ressocializador, atuando, assim, na humanização, a fim de que referido público valorize a liberdade e passe a
fazer escolhas melhores em sua vida, evitando o retorno ao cárcere.
c) Implementação de sistemas de leitores óticos de placas de veículos nas ruas e avenidas da cidade de Salvador
para identificação de veículos relacionados a algum tipo de crime.
d) Bloqueio que impeça a ativação e utilização de aparelhos de telefonia celular subtraídos do legítimo
proprietário por meio de uma conduta criminosa.
e) Melhoria de atendimento pré e pós-natal a todas as gestantes de uma determinada cidade com a finalidade
de reduzir os índices criminais no município.
Comentários:
Em “e”: Certo – eis a alternativa correta com exemplo de prevenção primária, especialmente por atuar na
concretização de direitos fundamentais.
Resposta: E
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Comentários:
Em “b”: Certo – Como bem ensina Nestor Sampaio Penteado Filho, “no Estado Democrático de Direito em
que vivemos, a prevenção criminal é integrante da agenda federativa, passando por todos os setores do Poder
Público, e não apenas pela Segurança Pública e pelo Poder Judiciário”. A título de exemplo, o art. 144 da
Constituição Federal, que prescreve sobre a Segurança Pública, prevê que esta é dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, sendo exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas
e do patrimônio por meio da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Polícias
Civis, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.
Em “c”: Errado – A prevenção terciária decorre do sistema prisional ou em medidas de cumprimento da pena,
ou seja, não se trata propriamente de prevenção direta (já que o crime já ocorreu, demonstrando o fracasso do
Estado), mas, de certa forma, de prevenção da reincidência, não se tratando da prioridade da atual segurança
pública.
Em “d”: Errado – Alternativa que pode ser confundida com a alternativa correta. O equívoco está em priorizar
a repressão, e não a prevenção.
Resposta: B
a) secundária.
b) primária.
c) imediata.
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d) terciária.
e) controlada.
Comentários:
Em “a”: Certo – Medidas de prevenção secundária atuam na iminência ou logo após a prática do crime,
orientando-se pelos grupos que apresentam maior risco de sofrer ou praticar o crime. A Prevenção Secundária
é a mais presente nas ações do Estado atualmente, diante do clamor público e da crescente onda de
criminalidade que assola o país, seja por meio do aumento de efetivo policial, reaparelhamento das polícias,
políticas públicas dirigidas a grupos de risco ou vulneráveis, como os alcoólatras, usuários de drogas, vítimas
de violência doméstica e familiar, homossexuais, e outras minorias, assim como com programas de apoio, de
controle de meios de comunicação e de ordenação urbana.
Em “b”: Errado – Mecanismos de Prevenção Primária incidem sobre as causas do problema (crime), ou seja,
na concretização de direitos fundamentais de todos, como do acesso a saúde, educação, moradia, trabalho,
segurança (qualidade de vida).
Em “d”: Errado – A prevenção terciária decorre do sistema prisional ou em medidas de cumprimento da pena,
ou seja, não se trata propriamente de prevenção direta (já que o crime já ocorreu, demonstrando o fracasso do
Estado), mas, de certa forma, de prevenção da reincidência, não se tratando da prioridade da atual segurança
pública.
Resposta: A
a) primária.
b) imediata.
c) controlada.
d) secundária.
e) terciária.
Comentários:
O importante nessa questão é se atentar que liberdade assistida e prestação de serviços comunitários são
exemplos de penas restritivas de direito (penas alternativas em relação à privação da liberdade). Sendo assim,
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pressupõe a condenação definitiva do criminoso. Logo, em se tratando de aplicação da pena, visando, dentre
outras finalidades, evitar a reincidência (prevenção especial negativa), falamos de Prevenção Terciária.
Resposta: E
5. (VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2018) Assinale a alternativa que concilia os princípios do Estado
Democrático de Direito com a necessidade de prevenção da infração penal, sob a ótica do atual
pensamento criminológico:
a) A violação aos direitos fundamentais do preso, ainda que com a intenção de prevenir crimes, acaba por
provocá-los.
b) A pena indeterminada em abstrato e aplicada de acordo com a gravidade em concreto do fato, a livre critério
de cada juiz, é mais eficaz em termos de prevenção criminal.
c) A superlotação carcerária demonstra um deficit de aplicação da Lei de Execução Penal, contudo pode até
contribuir para a prevenção de infrações penais.
d) A conduta do policial que, em legítima defesa própria ou de terceiros, provoca a morte de alguém que se
opôs a uma intervenção legal deve ser equiparada aos crimes de homicídios a fim de que seja destacada a
letalidade policial.
e) Os limites impostos pelos direitos fundamentais na investigação do crime são obrigatórios nos termos
constitucionais, mas reduzem a eficácia da prevenção criminal.
Comentários:
Em “b”: Errado – Apesar do juiz ter liberdade para julgar e aplicar a pena conforme os próprias convicções
em análise da dinâmica das provas produzidas no processo, é importante que o Poder Legislativo estabeleça a
pena em abstrato (mínimo e máximo para cada crimes), especialmente para evitar condenações exageradas,
bem como condenações que representem uma proteção deficiente de bens jurídicos (penas brandas demais
para crimes violentos).
Em “c”: Errado – A alternativa aponta manifesta contradição. Independente do debate em tela (se o Brasil
prende muito ou não), a alternativa conclui que a superlotação carcerária demonstraria deficiência na aplicação
da lei de execução penal. Ora, se a sugestão é a de muitas prisões, então por óbvio estar-se-á aplicando a lei
de execução penal. Além disso, segundo a autointitulada Criminologia Moderna, prender não necessariamente
contribui para a prevenção de infrações penais.
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Em “d”: Errado – A alternativa aponta questão de Direito Penal, porém, de fácil resolução. Evidentemente,
um policial, agindo em legítima defesa, que tira a vida de um criminoso não responderá pelo crime de
homicídio, já que sua conduta está amparada por uma causa excludente da ilicitude (justificante).
Em “e”: Errado – Em termos práticos, a alternativa chega a fazer sentido, mas não é uma conclusão aceita pela
academia. É importante que o(a) candidato(a) esteja alerta para concluir que as formas de investigação devem
respeitar os direitos fundamentais e que tal ideia não diminui a eficácia nas investigações e, por conseguinte,
a prevenção de infrações penais.
Resposta: A
a) são relevantes para a criminologia, impactando na diminuição dos indicadores criminais, entretanto não
podem ser consideradas como medidas de prevenção.
b) são relevantes para a criminologia e integram a prevenção terciária, visando à recuperação do criminoso.
d) são relevantes para a vitimologia, atacando a raiz do conflito e visando à recuperação do criminoso,
entretanto não podem ser consideradas como medidas de prevenção.
e) são relevantes para a criminologia, atacando a raiz do conflito e visando à recuperação do criminoso,
entretanto não podem ser consideradas como medidas de prevenção.
Comentários:
Em “a”: Errado – O erro da alternativa está em afirmar que não se trata de medida preventiva de crimes.
Em “b”: Certo – Além de se tratar de relevante para a criminologia, tais medidas, por representar
concretamente a aplicação de penas aos condenados é considerado mecanismo de prevenção terciária.
Em “d”: Errado – É relevante para a criminologia, e não propriamente para a vitimologia. Além disso,
conforme acima, trata-se de mecanismo de prevenção terciária.
Resposta: B
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Comentários:
Em “d”: Certo – São exemplos de prevenção terciária, representando penas restritivas de direito.
Resposta: D
8. (VUNESP – PC/SP – Agente Policial – 2018) Assinale a alternativa correta sobre o atual estágio
de desenvolvimento dos estudos criminológicos, em relação ao conceito de prevenção da infração
penal e ao respeito ao Estado Democrático de Direito:
b) Não há evidências ou estudos que demonstrem que investimentos tecnológicos nas polícias contribuem para
a redução dos crimes.
c) Campanhas de orientação às vítimas de crimes sexuais com o objetivo de que denunciem os agressores
acabam por aumentar a vulnerabilidade das vítimas.
d) Não há evidências ou estudos que demonstrem que o aumento do número de esclarecimento de crimes e
prisões contribuiu para a redução dos crimes.
e) As mortes decorrentes de oposição à intervenção policial não devem ser equiparadas aos homicídios dolosos
em geral para fins criminológicos, em virtude de relacionarem-se a condicionantes criminais diversas.
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Comentários:
Em “a”: Errado – A igualdade prevista na Constituição Federal de 1988 é uma igualdade material, ou seja, que
exige análise do caso concreto, para tratar os iguais de forma igual, e os desiguais desigualmente. Sendo assim,
é medida que deve ser observada exatamente para atender o mencionado preceito fundamental.
Em “b”: Errado – Apesar de se tratar de alternativa vaga, está incorreta já que há sim diversos estudos e
números que demonstram a eficiência na redução da criminalidade quando adotada tecnologia para as forças
policiais.
Em “c”: Errado – Alternativa completamente contraditória. Ora, obviamente, o esclarecimento sobre crimes
sexuais diminuem a vulnerabilidade das vítimas.
Em “d”: Errado – Há, em verdade, a demonstração por meio de números oficiais no sentido de que quanto
maior o índice de resolutividade de crimes, menor a taxa de reincidência.
Em “e”: Certo – De fato, as mortes decorrentes do enfrentamento contra policiais não possuem as mesmas
motivações de outras mortes. Logo, não devem ser computados como crimes de homicídio pois, do contrário,
representaria conclusão errônea na motivação geral de crimes efetivamente de homicídio.
Resposta: E
9. (VUNESP – PC/SP – Agente Policial – 2018) A instalação, na cidade de São Paulo, de câmeras
de videomonitoramento que possuem a funcionalidade de leitura de placas de veículos e cruzamento
com banco de dados criminais, com o objetivo de identificar veículos utilizados ou que foram objeto
da prática de crimes pode ser definida, no âmbito do conceito de Estado Democrático de Direito e
dos modernos conceitos de prevenção criminal do crime, como uma medida prioritariamente de
prevenção:
a) terciária.
b) secundária.
c) primária.
d) quartenária.
e) básica.
Comentários:
O videomonitoramento de placas de veículos incide na iminência de crimes ou em tempo posterior ao fato (ao
exemplo, nos casos de criminosos procurados pela justiça criminal). Nesse sentido, representa claro exemplo
de prevenção secundária. A Prevenção Secundária tem como foco os setores sociais que mais podem sofrer
com a criminalidade, e não o indivíduo propriamente dito, estando relacionado com as ações policiais,
programas de apoio, e controle das comunicações, dentre outros instrumentos seletivos de curto a médio prazo.
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A Prevenção Secundária é a mais presente nas ações do Estado atualmente, diante do clamor público e da
crescente onda de criminalidade que assola o país, seja por meio do aumento de efetivo policial,
reaparelhamento das polícias, políticas públicas dirigidas a grupos de risco ou vulneráveis, como os
alcoólatras, usuários de drogas, vítimas de violência doméstica e familiar, homossexuais, e outras minorias.
Resposta: B
10. (VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2014) O conceito de prevenção delitiva, no Estado Democrático
de Direito, e as medidas adotadas para alcançá-la são:
a) o conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do delito, atingindo direta e indiretamente o delito.
b) o conjunto de ações que visam estudar o delito, atingindo direta e indiretamente o criminoso.
c) o conjunto de ações adotadas pela vítima que visam evitar o delito, atingindo o delinquente direta e
indiretamente.
d) o conjunto de ações que visam estudar o criminoso, atingindo o ato delitivo direta e indiretamente.
e) o conjunto de ações que visam estudar o crime, atingindo o criminoso direta e indiretamente.
Comentários:
Em “b”: Errado – Não se limita a estudar o delito e não tem como foco principal o criminoso.
Em “d”: Errado – Mais uma vez, o criminoso não é o foco principal da prevenção do delito.
Resposta: A
11. (VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2013) As políticas públicas de prevenção criminal terciária têm
por público-alvo:
b) o adolescente.
c) o preso.
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d) o idoso.
Comentários:
Resposta: C
12. (VUNESP – PC/SP – Papiloscopista – 2013) A prevenção criminal secundária é aquela que atua:
a) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio do trabalho e estudo, evitando sua
reincidência.
b) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por meio de ação policial, programas de
apoio e controle das comunicações.
c) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens patrimoniais e nos direitos individuais e sociais.
e) na reparação do dano causado em razão da delinquência, assistindo o recluso com programas psicológicos
e de assistência social.
Comentários:
Em “b”: Certo – A prevenção secundária tem como foco os setores sociais que mais podem sofrer com a
criminalidade, e não o indivíduo propriamente dito, estando relacionado com as ações policiais, programas de
apoio, e controle das comunicações, dentre outros instrumentos seletivos de curto a médio prazo.
Resposta: B
13. (VUNESP – PC/SP – Agente Policial – 2013) Entende(m)-se por prevenção primária:
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c) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserção familiar e/ou social.
Comentários:
Em “d”: Certo – Prevenção primária sobre as causas do problema (crime), ou seja, na concretização de direitos
fundamentais de todos, como da educação.
Resposta: D
a) inimputável pela lei penal, pois seu estado psicológico situa-se na zona limítrofe entre a higidez e a
insanidade mental.
c) imputável pela lei penal, tendo sua conduta caracterizada pelo transporte de produtos controlados, tais como
armas de fogo e drogas ilícitas, do exterior para o Brasil ou vice-versa.
e) semi-imputável pela lei penal, pois seu estado psicológico situa-se na zona limítrofe entre a higidez e a
insanidade mental.
Comentários:
A questão cobra expressão pouco conhecida, porém, de fácil compreensão. Tenta induzir ao erro por meio de
diversas alternativas desconexas. Por isso vamos simplificar: criminoso fronteiriço é expressão sinônima de
semi-imputável (ou semi-inimputável), tratando-se do sujeito que possui parte da capacidade de entendimento
e autodeterminação para a prática de crimes. Responde criminalmente, todavia, nos termos da lei penal, possui
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direito a causa geral de diminuição de pena. É chamado de fronteiriço justamente por possuir capacidade
mental na fronteira entre a lucidez e a insanidade.
Resposta: E
15. (VUNESP – PC/SP – Investigador – 2014) O modelo de resposta ao delito que foca na punição
do criminoso, proporcional ao dano causado, mediante um Estado atuante e intimidatório,
denomina-se:
a) padrão consensual.
b) modelo ressocializador.
c) modelo segregador.
d) padrão associativo.
e) modelo dissuasório.
Comentários:
O modelo que tem por base a proporcionalidade da pena, castigo ao delinquente diante do seu livre-arbítrio,
proporcionando-lhe intimidação como freio para novos crimes (visa persuadir o delinquente a não praticar
crimes por meio da intimidação) é o chamado Modelo Clássico/Dissuasório/Retributivo.
Resposta: E
16. (VUNESP – PC/SP – Investigador – 2014) A reparação dos danos e a indenização dos prejuízos
à vítima são vistas pela doutrina como:
e) um fato que serve exclusivamente como base para cálculo da pena do criminoso.
Comentários:
Em “a”: Certo – A questão se refere ao instituto da composição civil dos danos, previsto na Lei 9.099/95 como
uma das medidas despenalizadores. Para a atual Criminologia, é um exemplo de política-criminal moderna
que visa evitar o cárcere e restaurar o status quo ante da relação jurídico-criminal entre autor e vítima.
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Em “c”: Errado – Apesar de enxergar a vítima como protagonista do conflito criminal, não a enxerga como
autossuficiente, reconhecendo ainda a necessidade de intervenção (ou ao menos suporte) estatal.
Em “d”: Errado – Ao contrário, o mencionado instituto nem ao menos pressupõe pena, até mesmo porque pode
ser concedido antes mesmo do início da ação penal (audiência preliminar).
Resposta: A
17. (VUNESP – PC/SP – Investigador – 2014) Fruto da tendência atual da política penal brasileira,
verifica-se que as tradicionais penas privativas de liberdade vêm sendo substituídas por medidas
alternativas, tais como multa e obrigação de prestação de serviços à comunidade. O fenômeno
mencionado é denominado:
a) desconstitucionalização.
b) descarcerização.
c) descriminalização.
d) juridicização.
e) desjudicialização.
Comentários:
Em “a”: Errado – Desconstitucionalização é o fenômeno pelo qual uma norma prevista em constituição
anterior é recepcionada por constituição posterior, porém, com status de norma infraconstitucional.
Em “c”: Errado – Sinônimo de abolitio criminis, referindo-se ao fenômeno em que o Poder Legislativo, por
meio de lei, passa a retirar o rótulo de “crime” de conduta até então prevista na lei penal como criminosa.
Em “d”: Errado – Fenômeno pelo qual se exige juízo de valor/análise do Poder Judiciário.
Em “e”: Errado – Fenômeno que retira matéria da apreciação necessária do Poder Judiciário.
Resposta: B
18. (VUNESP – PC/SP – Investigador – 2013) O legislador brasileiro, ao dispor sobre as funções da
reprimenda pela prática de infração penal no artigo 59 do Código Penal – O juiz, atendendo à
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Comentários:
A Teoria Mista, Eclética ou Unificadora unifica os entendimentos das teorias Absoluta (Retributiva) e Relativa
(Utilitarista). Busca, a um só tempo, que a pena seja capaz de retribuir ao condenado o mal por ele praticado
(retribuição), sem prejuízo de desestimular a prática de novos ilícitos penais (prevenção). Há uma tríplice
finalidade: retribuição, prevenção e ressocialização. É a teoria adotada pelo nosso Código Penal (art. 59 do
CP).
Resposta: E
19. (VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2014) Uma das formas que o Estado Brasileiro adota como
controle e inibição criminal é a pena prevista para cada crime, cuja teoria adotada pelo Código Penal
Brasileiro é a mista, de acordo com o artigo 59 do Código Penal, que tem como finalidade a:
a) prevenção e a retribuição.
b) indenização e a repreensão.
c) punição e a reparação.
d) inibição e a reeducação.
e) conciliação e o exemplo.
Comentários:
Conforme questão anterior, a Teoria Mista aponta que a pena deve ser capaz de retribuir ao condenado o mal
por ele praticado (retribuição), sem prejuízo de desestimular a prática de novos ilícitos penais (prevenção).
Resposta: A
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20. (VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2013) Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma
das características da função retributiva da pena, segundo a Teoria Absoluta:
b) Duração indeterminada: a duração da pena dependerá, dentre outros fatores, do comportamento do apenado.
d) Derrogabilidade: o delito terá, por consequência, uma punição, ainda que injusta.
Comentários:
Para a Teoria Absoluta ou Retributiva da pena, a pena possui a finalidade de retribuir o mal causado pelo
delinquente (pune-se porque pecou). A essência desse pensamento encontra-se na vingança, na retribuição do
mal causado pelo delito que antes era promovida pela vítima ou familiares desta, e agora passa a ser exercida
pelo Estado. Nesse sentido, considerando o caráter personalíssimo da conduta criminosa, a pena também não
poderá passar da pessoa do condenado, valor este previsto em nossa Constituição Federal e Código Penal.
Resposta: E
21. (VUNESP – PC/SP – Papiloscopista – 2013) Umas das formas que o Estado Democrático de
Direito possui para prevenir o crime é a pena. De acordo com a teoria mista que estuda as penas,
estas têm a finalidade de:
b) trazer mais tranquilidade para a sociedade, uma vez que o criminoso não estará mais nas ruas.
Comentários:
Em “b”: Errado – Característica que se assemelha a prevenção geral positiva, porém incompleta.
Em “d”: Certo – A prevenção geral que se destina à sociedade pode ser negativa (caráter intimidatória da pena)
e positiva (restabelecimento da credibilidade estatal, e a prevenção especial que se destina ao delinquente,
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podendo ser negativa (evitando a reincidência) e positiva (visando a ressocialização), são algumas das
características da Teoria Mista.
Resposta: D
22. (VUNESP – PC/SP – Agente Policial – 2013) No que concerne à prevenção do delito, de acordo
com o Código Penal Brasileiro, assinale a alternativa correta:
a) A função da pena é unicamente repressiva, sendo irrelevante sua adequação em face do delinquente
individualmente considerado.
b) A função da prevenção especial da pena consiste principalmente na intimidação dos propensos a delinquir.
c) O legislador penal brasileiro adotou a teoria mista, também denominada eclética ou unitária da pena.
d) A função da prevenção geral da pena consiste principalmente em reeducação do condenado bem como em
sua ressocialização.
e) A função da pena é unicamente preventiva, sendo irrelevante sua adequação em face do delinquente
individualmente considerado.
Comentários:
Em “a”: Errado – O Código Penal brasileiro, em seu artigo 59, adotou a Teoria Mista que não se limita em
reprimir o delinquente.
Em “b”: Errado – A intimidação do delinquente não é a principal característica da pena (apesar de ser uma
característica também admitida por nosso CP).
Em “c”: Certo – Apresenta corretamente a teoria adotada por nosso CP, bem como os respectivos sinônimos.
Em “d”: Errado – A prevenção geral tem como destinatário o corpo social. A prevenção especial é que se
dedica a pessoa do criminoso.
Em “e”: Errado – A finalidade da pena não se resume a prevenção, mas também possui como finalidades a
retribuição e ressocialização.
Resposta: C
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LISTA DE QUESTÕES
1. (VUNESP – PC/BA – Delegado – 2018) Assinale a alternativa que contém um exemplo de
prevenção de infrações penais preponderantemente primária:
a) Construção de uma praça com equipamentos de lazer em uma comunidade com altos índices de
criminalidade e de vulnerabilidade social com o fim de evitar que jovens daquele local, em especial em
situação de risco, envolvam-se com a criminalidade.
b) Projeto Começar de Novo, que visa devolver aos cumpridores de pena e egressos a autoestima e a cidadania
suprimidas com a privação de sua liberdade, por meio de ações de caráter preventivo, educativo e
ressocializador, atuando, assim, na humanização, a fim de que referido público valorize a liberdade e passe a
fazer escolhas melhores em sua vida, evitando o retorno ao cárcere.
c) Implementação de sistemas de leitores óticos de placas de veículos nas ruas e avenidas da cidade de Salvador
para identificação de veículos relacionados a algum tipo de crime.
d) Bloqueio que impeça a ativação e utilização de aparelhos de telefonia celular subtraídos do legítimo
proprietário por meio de uma conduta criminosa.
e) Melhoria de atendimento pré e pós-natal a todas as gestantes de uma determinada cidade com a finalidade
de reduzir os índices criminais no município.
a) secundária.
b) primária.
c) imediata.
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d) terciária.
e) controlada.
a) primária.
b) imediata.
c) controlada.
d) secundária.
e) terciária.
5. (VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2018) Assinale a alternativa que concilia os princípios do Estado
Democrático de Direito com a necessidade de prevenção da infração penal, sob a ótica do atual
pensamento criminológico:
a) A violação aos direitos fundamentais do preso, ainda que com a intenção de prevenir crimes, acaba por
provocá-los.
b) A pena indeterminada em abstrato e aplicada de acordo com a gravidade em concreto do fato, a livre critério
de cada juiz, é mais eficaz em termos de prevenção criminal.
c) A superlotação carcerária demonstra um deficit de aplicação da Lei de Execução Penal, contudo pode até
contribuir para a prevenção de infrações penais.
d) A conduta do policial que, em legítima defesa própria ou de terceiros, provoca a morte de alguém que se
opôs a uma intervenção legal deve ser equiparada aos crimes de homicídios a fim de que seja destacada a
letalidade policial.
e) Os limites impostos pelos direitos fundamentais na investigação do crime são obrigatórios nos termos
constitucionais, mas reduzem a eficácia da prevenção criminal.
a) são relevantes para a criminologia, impactando na diminuição dos indicadores criminais, entretanto não
podem ser consideradas como medidas de prevenção.
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b) são relevantes para a criminologia e integram a prevenção terciária, visando à recuperação do criminoso.
d) são relevantes para a vitimologia, atacando a raiz do conflito e visando à recuperação do criminoso,
entretanto não podem ser consideradas como medidas de prevenção.
e) são relevantes para a criminologia, atacando a raiz do conflito e visando à recuperação do criminoso,
entretanto não podem ser consideradas como medidas de prevenção.
8. (VUNESP – PC/SP – Agente Policial – 2018) Assinale a alternativa correta sobre o atual estágio
de desenvolvimento dos estudos criminológicos, em relação ao conceito de prevenção da infração
penal e ao respeito ao Estado Democrático de Direito:
b) Não há evidências ou estudos que demonstrem que investimentos tecnológicos nas polícias contribuem para
a redução dos crimes.
c) Campanhas de orientação às vítimas de crimes sexuais com o objetivo de que denunciem os agressores
acabam por aumentar a vulnerabilidade das vítimas.
d) Não há evidências ou estudos que demonstrem que o aumento do número de esclarecimento de crimes e
prisões contribuiu para a redução dos crimes.
e) As mortes decorrentes de oposição à intervenção policial não devem ser equiparadas aos homicídios dolosos
em geral para fins criminológicos, em virtude de relacionarem-se a condicionantes criminais diversas.
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9. (VUNESP – PC/SP – Agente Policial – 2018) A instalação, na cidade de São Paulo, de câmeras
de videomonitoramento que possuem a funcionalidade de leitura de placas de veículos e cruzamento
com banco de dados criminais, com o objetivo de identificar veículos utilizados ou que foram objeto
da prática de crimes pode ser definida, no âmbito do conceito de Estado Democrático de Direito e
dos modernos conceitos de prevenção criminal do crime, como uma medida prioritariamente de
prevenção:
a) terciária.
b) secundária.
c) primária.
d) quartenária.
e) básica.
10. (VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2014) O conceito de prevenção delitiva, no Estado Democrático
de Direito, e as medidas adotadas para alcançá-la são:
a) o conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do delito, atingindo direta e indiretamente o delito.
b) o conjunto de ações que visam estudar o delito, atingindo direta e indiretamente o criminoso.
c) o conjunto de ações adotadas pela vítima que visam evitar o delito, atingindo o delinquente direta e
indiretamente.
d) o conjunto de ações que visam estudar o criminoso, atingindo o ato delitivo direta e indiretamente.
e) o conjunto de ações que visam estudar o crime, atingindo o criminoso direta e indiretamente.
11. (VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2013) As políticas públicas de prevenção criminal terciária têm
por público-alvo:
b) o adolescente.
c) o preso.
d) o idoso.
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12. (VUNESP – PC/SP – Papiloscopista – 2013) A prevenção criminal secundária é aquela que atua:
a) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio do trabalho e estudo, evitando sua
reincidência.
b) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por meio de ação policial, programas de
apoio e controle das comunicações.
c) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens patrimoniais e nos direitos individuais e sociais.
e) na reparação do dano causado em razão da delinquência, assistindo o recluso com programas psicológicos
e de assistência social.
13. (VUNESP – PC/SP – Agente Policial – 2013) Entende(m)-se por prevenção primária:
c) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserção familiar e/ou social.
a) inimputável pela lei penal, pois seu estado psicológico situa-se na zona limítrofe entre a higidez e a
insanidade mental.
c) imputável pela lei penal, tendo sua conduta caracterizada pelo transporte de produtos controlados, tais como
armas de fogo e drogas ilícitas, do exterior para o Brasil ou vice-versa.
e) semi-imputável pela lei penal, pois seu estado psicológico situa-se na zona limítrofe entre a higidez e a
insanidade mental.
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15. (VUNESP – PC/SP – Investigador – 2014) O modelo de resposta ao delito que foca na punição
do criminoso, proporcional ao dano causado, mediante um Estado atuante e intimidatório,
denomina-se:
a) padrão consensual.
b) modelo ressocializador.
c) modelo segregador.
d) padrão associativo.
e) modelo dissuasório.
16. (VUNESP – PC/SP – Investigador – 2014) A reparação dos danos e a indenização dos prejuízos
à vítima são vistas pela doutrina como:
e) um fato que serve exclusivamente como base para cálculo da pena do criminoso.
17. (VUNESP – PC/SP – Investigador – 2014) Fruto da tendência atual da política penal brasileira,
verifica-se que as tradicionais penas privativas de liberdade vêm sendo substituídas por medidas
alternativas, tais como multa e obrigação de prestação de serviços à comunidade. O fenômeno
mencionado é denominado:
a) desconstitucionalização.
b) descarcerização.
c) descriminalização.
d) juridicização.
e) desjudicialização.
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18. (VUNESP – PC/SP – Investigador – 2013) O legislador brasileiro, ao dispor sobre as funções da
reprimenda pela prática de infração penal no artigo 59 do Código Penal – O juiz, atendendo à
culpabilidade, aos antecedentes, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e
consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime... –, adotou a teoria da:
19. (VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2014) Uma das formas que o Estado Brasileiro adota como
controle e inibição criminal é a pena prevista para cada crime, cuja teoria adotada pelo Código Penal
Brasileiro é a mista, de acordo com o artigo 59 do Código Penal, que tem como finalidade a:
a) prevenção e a retribuição.
b) indenização e a repreensão.
c) punição e a reparação.
d) inibição e a reeducação.
e) conciliação e o exemplo.
20. (VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2013) Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma
das características da função retributiva da pena, segundo a Teoria Absoluta:
b) Duração indeterminada: a duração da pena dependerá, dentre outros fatores, do comportamento do apenado.
d) Derrogabilidade: o delito terá, por consequência, uma punição, ainda que injusta.
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21. (VUNESP – PC/SP – Papiloscopista – 2013) Umas das formas que o Estado Democrático de
Direito possui para prevenir o crime é a pena. De acordo com a teoria mista que estuda as penas,
estas têm a finalidade de:
b) trazer mais tranquilidade para a sociedade, uma vez que o criminoso não estará mais nas ruas.
22. (VUNESP – PC/SP – Agente Policial – 2013) No que concerne à prevenção do delito, de acordo
com o Código Penal Brasileiro, assinale a alternativa correta:
a) A função da pena é unicamente repressiva, sendo irrelevante sua adequação em face do delinquente
individualmente considerado.
b) A função da prevenção especial da pena consiste principalmente na intimidação dos propensos a delinquir.
c) O legislador penal brasileiro adotou a teoria mista, também denominada eclética ou unitária da pena.
d) A função da prevenção geral da pena consiste principalmente em reeducação do condenado bem como em
sua ressocialização.
e) A função da pena é unicamente preventiva, sendo irrelevante sua adequação em face do delinquente
individualmente considerado.
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GABARITO
1. E 9. B 17. B
2. B 10. A 18. E
3. A 11. C 19. A
4. E 12. B 20. E
5. A 13. D 21. D
6. B 14. E 22. C
7. D 15. E 23. E
8. E 16. A
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