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O QUE DIZER DESSE GOVERNO TEMER QUE MAL CONHEÇO E JÁ DESCONSIDERO PACAS?

Menos de 24 horas após a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment pelo


Senado, o governo Temer já disse a que veio. Deixando claro quais serão suas prioridades e
sua ideologia politica; o presidente golpista incluiu entre suas primeiras medidas a extinção da
Secretarias de politica para mulheres e de direitos humanos, bem como o corte do Ministério
de Ciências e tecnologia e o anexo do Ministério da Cultura ao Ministério da Educação.

Outro grande ataque aos estudantes - universitários e secundaristas – que lutam pela
educação e a todos que reivindicam uma sociedade mais igualitária foi a escolha do corpo
ministerial. Em um momento que se discute tão intensamente a importância da
representatividade nos espaços de visibilidade; as minorias politicas foram mais uma vez
desrespeitadas. Após a sessão na câmera dos deputados que horrorizou o Brasil no dia 17/04,
muito se ouviu a respeito de que os espaços de poder dentro do governo federal deveria ser
composto de legítimos representantes com quem o brasileiro pudesse se identificar, Temer
decide – não ingenuamente – nomear um ministrado composto inteiramente por privilegiados.
É sintomático que em um pais em que 54% da população de declara negra, não exista nenhum
negro ministro. É sintomático que em um pais de maioria feminina ( 51.5% são mulheres) ,
todos os ministros sejam homens (fato inédito desde a ditadura). Um minsteriado apenas de
homens brancos e ricos mostra bem para que e para quem Temer pretende governar. Vale
ressaltar que dentre estes homens brancos que o novo governo julga que deveria ter o poder
de decisão dentro do executivo, 7 são investigados pela Lava –Jato.

Como cereja do bolo, é necessário falar especificamente das escolhas de Alexandre Moraes
(PSDB) e Mendonça Filho (DEM). Escolhido para ministrar a segurança publica nacional,
Moraes tem em seu currículo ter advogado em favor do PCC e sua passagem em 2014 pela
secretaria de segurança do governo do estado de São Paulo durante o mandato de Geraldo
Alckmin, no qual Alexandre Moraes foi acusado diversas vezes de abuso de poder e excessiva
violência para com os estudantes. Ainda falando de segurança, o gabinete de segurança o
institucional do governo Temer (órgão responsável pela segurança interna da presidência) será
chefiado pelo coronel Sérgio Etchegoyen, famoso por ter se posicionado contrario as
conclusões da Comissão Nacional da Verdade por esta conter informações sobre a participação
de seu pai, Leo Etchegoyen no regime militar durante o qual foi secretario de segurança no
Rio de Janeiro.

Falando agora sobre educação publica – parte que tem relação direta com nossas pautas - o
escolhido para o ministério foi Mendonça Filho, cujo partido votou contra o Prouni, contra o
Fies, e contra o investimento do PIB e dos Royalities do Pre-sal na educação. O DEM e
Mendonça particularmente já se mostrou contra as Cotas nas universidades publicas também.
Isto só serve para mostrar como daqui pra frente no governo federal entrara em vigência um
projeto de educação excludente e reacionário que precariza a vida do estudante pobre das
escolas publicas, que impede o aceso do negro às universidades, que marginaliza as mulheres
e os LGBTs.
O plano para a educação publica deste ministro e do novo governo golpista é Elitista e
privatista, vai na completa contramão de nossa luta e contraria todas as nossas pautas e
reinvindicações. Defendemos politicas educacionais de inclusão social que facilitem o acesso
de negros e pobres na universidade, por isto reivindicamos cotas raciais . Queremos que, uma
vez dentro da universidade, a população de baixa renda tenha planas condições de
permanência e estudo por isso pautamos a permanência estudantil e defendemos uma Bolsa
SAE sem a contrapartida do trabalho. E sabemos que este governo Temer – ilegítimo e anti
democrático diga-se de passagem- será mais um inimigo nesta luta. Somos contra o golpe
pois sabemos qual a concepção de educação e politica esta direita que está ascendendo ao
poder possui; É a politica que marginaliza, a educação que exclui e a segurança que reprime,
agride e mata a população pobre e as minorias.

Diante disso que não podemos nos calar; os novos obstáculos impostos pelo governo Temer
só devem nos servir como maior motivação. Nossa luta é com os secundaristas, com os
professores e trabalhadores por uma educação publica acessível e de qualidade e contra esse
governo que não quer o pobre e o negro na universidade, não quer a mulher nos postos de
poder e não quer o LGBT nos espaços públicos. GOVERNO TEMER NÃO NOS REPRESENTA!

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