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AULA 04
Morfologia i
Sumário
Apresentação do Professor 3
2.0 Exercícios 10
AULA 04 - Morfologia I 2
Prof. Celina Gil
Apresentação do Professor
Olá!
Vamos lá?
Inegável
In-e-neg-ável
Esses elementos que estruturam a palavra podem ser divididos, segundo Cegalla (2008) em alguns
tipos:
AULA 04 - Morfologia I 3
Prof. Celina Gil
A raiz tem a ver com a origem da palavra no sentido histórico. No português, o mais comum é
que as palavras venham do latim ou do grego.
Veja um exemplo:
Radical
O radical é o elemento básico e significativo das palavras. (CEGALLA, 2008, p.91). Aqui, pensa-se
no aspecto gramatical prático, da língua portuguesa atual.
Palavras que compartilham o mesmo radical fazem parte do mesmo campo semântico, ou seja,
possuem significados conectados.
Veja um exemplo:
Radical livr- compõe uma série de palavras, todas do mesmo campo semântico.
Ex.: livro, livraria, livreiro, livrinho etc.
Todas essas palavras se relacionam de algum modo com o objeto livro, respectivamente, o
próprio objeto (livro), o local onde se compra essa objeto (livraria), a pessoa que vende esse
objeto (livreiro) e uma versão pequena desse objeto (livrinho).
Tema
O tema é formado pelo radical + vogal temática. Veremos melhor a vogal temática a seguir, então
por ora, apenas lembre-se do seguinte exemplo:
Canta = cant + a
O tema “canta” se liga ao -r para formar o verbo cantar. O verbo será flexionado mantendo o
tema “canta”
Ex.: Canta, cantava, cantara, cantarão etc.
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Raiz
Unidade mínima ligada à origem histórica da palavra.
Radical
Elementos básicos
Unidade básica que indica campo semântico no português atual.
Tema
Radical + vogal temática
Empobrecer
“ecer” = sufixo
“pobr” = radical
“em” = prefixo
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Desinência
A desinência é um elemento que se adiciona no fim das palavras para indicar sua flexão.
Menino
A flexão “o” indica masculino singular
As desinências verbais indicam flexões de número, pessoa, tempo e modo. Veja o exemplo:
Amamos
A flexão “mos” indica 1ª pessoa do plural, no presente do indicativo
Comeu
A flexão “u” indica 3ª pessoa do singular, no pretérito perfeito.
Vogal temática
Conforme adiantamos acima, a vogal temática é uma vogal que se liga ao radical formando nomes
e verbos. O mais importante sobre esse assunto é lembrar as vogais temáticas dos verbos:
Prefixos
Adicionados antes do redical
Afixos
Sufixos
Adicionados depois do radical.
Nominal
Indica flexão de gênero e número
Elementos Desinência
Verbal
modificadores Indica flexão de número, pessoa, modo e
tempo.
1ª conjugação
A
2ª conjugação
Vogal temática
E
3ª conjugação
I
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gasômetro
“metro” = sufixo
“o” = vogal de ligação
“gas” = radical
pezinho
“inho” = sufixo
“z” = consoante de ligação
“pe” = radical
2 – Derivação
A derivação é um processo que consiste em formar uma palavra nova (derivada) a partir de outra
já existente (primitiva) (CEGALLA, 2008, p.96). Pode ocorrer de alguns modos:
Sufixação
Ocorre quando se acrescenta um sufixo a um radical.
Prefixação
Ocorre quando se acrescenta um prefixo a um radical.
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Prefixação e sufixação
Ocorre quando se acrescenta um prefixo e um sufixo a um radical, frequentemente formando um
advérbio.
Parassintética
Ocorre quando se acrescenta um prefixo e um sufixo a um radical, formando um verbo.
ATENÇÃO: A pura retirada dos prefixos ou dos sufixos não gera uma palavra, diferente da derivação por
prefixação e sufixação.
Ex.:
Empobrecer = Em + pobre + cer
MAS
As palavras “Empobre” e “Pobrecer” não existem.
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Derivação regressiva
Ocorre quando a terminação do verbo é substituída por uma vogal, criando um substantivo.
Algumas palavras apresentam abreviações possíveis que não alteram seu significado. A esse
fenômeno, dá-se o nome de redução.
Foto Fotografia
Moto Motocicleta
Quilo Quilograma
Derivação imprópria
Ocorre quando não se adiciona nenhum elemento, mas há mudança na classe da palavra.
3 – Composição
A composição é um processo que consiste em associar duas ou mais palavras ou dois ou mais
radicais para formar uma palavra nova (CEGALLA, 2008, p.98). Pode ocorrer de dois modos:
Justaposição
Na justaposição, unem-se as palavras sem que sua estrutura seja alterada. Os elementos podem
se unir com hífen ou não.
Aglutinação
Na aglutinação, unem-se as palavras suprimindo um ou mais de seus elementos fonéticos. Isso
significa que na aglutinação há perda de algum som.
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Hibridismo
Consiste em palavras compostas por elementos de línguas diferentes. Veja exemplos:
ATENÇÃO: não se preocupe tanto em decorar as origens das raízes. Isso é um assunto pouquíssimo
cobrado.
ESTRANGEIRISMO E APORTUGUESAMENTO
Há outros dois processos que você precisa prestar atenção: o estrangeirismo e o
aportuguesamento. Não se trata de um hibridismo, mas de um processo de importação de palavras.
O estrangeirismo é um processo de assimilação de palavras estrangeiras no português. Em
algumas áreas, como a tecnologia por exemplo, isso é muito comum.
Ex.: Mouse, Shopping, Lingerie, Show, fast-fashion etc.
Já o aportuguesamento ocorre quando se submete uma palavra estrangeira às regras gramaticais
e ortográficas da língua portuguesa.
Ex.:
- Gang = Gangue
- Tarot = Tarô
- Cocktail = Coquetel
- Drink = Drinque
- Scan = Escanear
2.0 Exercícios
AULA 04 - Morfologia I 10
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questões inéditas e de concursos, como ITA e IME, que apresentam um grau mais amplo
de dificuldade.
➢ Recomendo que os exercícios sejam feitos na ordem em que aparecem, dado que
tentamos montar a lista de exercícios por grau de complexidade de resolução das
questões. Por isso, temos algumas delas que apresentarão textos mais longos, dada a
complexidade da questão. Bora que só bora?
1. (EEAR/2020)
1 – “Ia tomar sol, esquentar o corpo gigantesco que agora se dobrava em dois...”
2. (EsPCEx/2019)
c) aglutinação; hibridismo.
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3. (EEAR/2018)
a) descarregar.
b) empalidecer.
c) achatamento.
d) desligamento.
4. (EEAR/2018)
b) O amor deixará de variar, se for firme, mas não deixará de tresvariar, se é amor. (Pe.
Antônio Vieira) – derivação prefixal
c) O senhor tolere, isto é o sertão (...) Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem
de fechos. (Guimarães Rosa) – derivação imprópria
d) Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave,
e aliás ínfimo (...) (Machado de Assis) – derivação sufixal
5. (EsPCEx/2018)
Assinale a opção que identifica corretamente o processo de formação das palavras abaixo:
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6. (EEAR/2017)
a) aglutinação.
b) justaposição.
c) derivação prefixal.
d) derivação parassintética
7. (EEAR/2017)
“Professor bem-aventurado é aquele que, além de ser um leitor voraz, é crítico a ponto de
corrigir-se constantemente sobre sua forma incomum de pensar o mundo.”
Marque a correta.
8. (EEAr/2017.2)
É importante sempre estar hidratado, principalmente nos dias mais quentes – o calor,
a umidade e o suor muitas vezes sugam fluidos essenciais de nosso corpo mais rápido do
que imaginamos. Quando administrada de forma adequada, a hidratação traz grandes
benefícios, auxiliando a digestão, eliminando toxinas, lubrificando as articulações e
mantendo a memória afiada.
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A hiponatremia pode ser difícil de ser detectada no início devido à falta de sintomas
leves, o que torna ainda mais importante entender como hidratar-se corretamente. Quando
os sintomas finalmente aparecem, podem incluir dor de cabeça, vômito, confusão ou
convulsões devido ao inchaço do cérebro. Em casos raros, pode até ser fatal.
Disponível em http://super.abril.com.br/ciencia/sim-e-possivel-sofreruma-overdose-de-
agua. Acesso em 04 AGO 2015, às 14h26.
a) aglutinação.
b) justaposição.
c) derivação prefixal
d) derivação parassintética
9. (ESA/2016)
Marque a única alternativa em que as palavras não se formam pelo processo de composição.
a) beija-flor; pernalta
b) amanhecer; desalmado
c) embora; segunda-feira
d) pé-de-meia; aguardente
e) tira-teima; madrepérola
10. (ESA/2015)
Assinale a palavra abaixo cujo prefixo apresente o mesmo valor semântico do prefixo
componente de desatentos.
a) Antibiótico.
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b) Importação.
c) Insatisfeito.
d) Adjacência.
e) Antebraço.
a) embora.
b) beijo.
c) aeroporto.
d) entardecer.
e) infelicidade.
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As palavras assinaladas em ““Tal mudança nas recomendações relativas a uma prática com
a qual toda a população conseguiu se familiarizar pode criar mal-entendidos e reacender
dúvidas sobre a validade das recomendações oficiais”, escreveu a entidade em um
comunicado” são formadas, respectivamente, por
a) prefixação; parassíntese.
c) aglutinação; parassíntese.
d) justaposição; prefixação.
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a) hidroelétrica.
b) portunhol.
c) flexibilizar.
d) beija-flor.
e) inconstitucional.
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Lista 01 – Gabarito
1. C 9. B
2. D 10. C
3. B 11. E
4. A 12. E
5. E 13. D
6. C 14. C
7. NULA 15. A
8. C 16. B
1. (EEAR/2020)
1 – “Ia tomar sol, esquentar o corpo gigantesco que agora se dobrava em dois...”
Comentários:
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Gabarito: C
2. (EsPCEx/2019)
c) aglutinação; hibridismo.
Comentários:
Alternativa A é incorreta, pois “insignificante” possui “in-” antes da palavra, então não
corresponde a uma sufixação, mesmo que também possua o sufixo “-mente”.
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Gabarito: D
3. (EEAR/2018)
a) descarregar.
b) empalidecer.
c) achatamento.
d) desligamento.
Comentários:
Alternativa A é errada: essa palavra é formada pela prefixação, sendo alistar formada
por um sufixo e um prefixo.
Alternativa D é errada: mesmo que exista um dúvida sobre considerar a formação dessa
palavra parecida com a de “alistar” porque possui um prefixo e sufixo também, o fato de não
ser um verbo poderia levar a alternativa B a ser a opção mais adequada.
Gabarito: B
4. (EEAR/2018)
b) O amor deixará de variar, se for firme, mas não deixará de tresvariar, se é amor. (Pe.
Antônio Vieira) – derivação prefixal
c) O senhor tolere, isto é o sertão (...) Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de
fechos. (Guimarães Rosa) – derivação imprópria
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d) Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e
aliás ínfimo (...) (Machado de Assis) – derivação sufixal
Comentários:
Alternativa A está correta, pois a palavra ‘reinventada’ é formada por derivação prefixal.
Alternativa C está incorreta, pois a palavra ‘sertão’ possui derivação imprópria, sendo
usualmente um substantivo e funcionando na frase como adjetivo de “lugar”.
Alternativa D está incorreta, pois a palavra ‘cadavérica’ é formada por derivação sufixal.
Gabarito: A
5. (EsPCEx/2018)
Assinale a opção que identifica corretamente o processo de formação das palavras abaixo:
Comentários:
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Gabarito: E
6. (EEAR/2017)
Considerando que a palavra natremia significa a presença de sódio no sangue, é correto afirmar
que a palavra hiponatremia é formada por
a) aglutinação.
b) justaposição.
c) derivação prefixal.
d) derivação parassintética
Comentários:
A alternativa C está correta, pois o termo -hipo é um prefixo (dado que se associa a
substantivo – natremia – e estabelece sentido de escassez, pouca quantidade). Assim, ocorre
um processo de derivação prefixal.
Gabarito: C
7. (EEAR/2017)
AULA 04 - Morfologia I 22
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“Professor bem-aventurado é aquele que, além de ser um leitor voraz, é crítico a ponto de
corrigir-se constantemente sobre sua forma incomum de pensar o mundo.”
Marque a correta.
Comentários:
A alternativa C está incorreta, pois não existe processo de composição por sufixação. A
sufixação é um processo de derivação.
A alternativa D está incorreta, pois ocorre uma derivação prefixal, a partir da palavra
comum e do prefixo in-.
Gabarito: ANULADA
8. (EEAr/2017.2)
É importante sempre estar hidratado, principalmente nos dias mais quentes – o calor, a
umidade e o suor muitas vezes sugam fluidos essenciais de nosso corpo mais rápido do que
imaginamos. Quando administrada de forma adequada, a hidratação traz grandes benefícios,
auxiliando a digestão, eliminando toxinas, lubrificando as articulações e mantendo a memória
afiada.
AULA 04 - Morfologia I 23
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A hiponatremia pode ser difícil de ser detectada no início devido à falta de sintomas
leves, o que torna ainda mais importante entender como hidratar-se corretamente. Quando os
sintomas finalmente aparecem, podem incluir dor de cabeça, vômito, confusão ou convulsões
devido ao inchaço do cérebro. Em casos raros, pode até ser fatal.
Disponível em http://super.abril.com.br/ciencia/sim-e-possivel-sofreruma-overdose-de-
agua. Acesso em 04 AGO 2015, às 14h26.
a) aglutinação.
b) justaposição.
c) derivação prefixal
d) derivação parassintética
Comentários:
Gabarito: C
AULA 04 - Morfologia I 24
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9. (ESA/2016)
Marque a única alternativa em que as palavras não se formam pelo processo de composição.
a) beija-flor; pernalta
b) amanhecer; desalmado
c) embora; segunda-feira
d) pé-de-meia; aguardente
e) tira-teima; madrepérola
Comentários:
é formada pelo processo de aglutinação, dado que é oriunda da expressão “em boa hora”.
Assim, compreendemos que “ir embora” é o mesmo que “ir em boa hora”.
A alternativa E está incorreta, porque as duas palavras aqui encontradas são formadas
pelo processo de composição por justaposição, dado que não temos modificação fonética com
supressão em nenhum dos dois vocábulos.
Gabarito: B
AULA 04 - Morfologia I 25
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10. (ESA/2015)
Assinale a palavra abaixo cujo prefixo apresente o mesmo valor semântico do prefixo
componente de desatentos.
a) Antibiótico.
b) Importação.
c) Insatisfeito.
d) Adjacência.
e) Antebraço.
Comentários:
A alternativa D está incorreta, porque o prefixo “ad-“, nesse caso, indica a ideia de algo
que está próximo a outro elemento. Assim, as “adjacências” das cidades são os locais próximos
a elas.
Gabarito: C
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Comentários:
A palavra “amazônica” é formada pelo processo de sufixação, dado que temos a entrada
de um sufixo “-ica”, formador de adjetivos. Isso se comprova pelo fato de “amazônica” modificar
a palavra “bioeconomia”.
Gabarito: E
a) embora.
b) beijo.
c) aeroporto.
d) entardecer.
e) infelicidade.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque a palavra “embora”, diferente do que acontece com
superalimentação, é formada pelo processo de composição por aglutinação. A palavra
“superalimentação” é formada pelo processo de prefixação.
AULA 04 - Morfologia I 27
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A alternativa B está incorreta, porque a palavra “beijo”, diferente do que acontece com
superalimentação, é formada pelo processo de derivação regressiva. A palavra
“superalimentação” é formada pelo processo de prefixação.
A alternativa E está correta, porque as duas palavras são formadas pelo processo de
derivação prefixal e sufixal, dado que o “super” é classificado como um prefixo e não como um
radical, como podemos pensar.
Gabarito: E
As palavras assinaladas em ““Tal mudança nas recomendações relativas a uma prática com a
qual toda a população conseguiu se familiarizar pode criar mal-entendidos e reacender
dúvidas sobre a validade das recomendações oficiais”, escreveu a entidade em um
comunicado” são formadas, respectivamente, por
a) prefixação; parassíntese.
b) justaposição; prefixação e sufixação.
c) aglutinação; parassíntese.
d) justaposição; prefixação.
Comentários:
AULA 04 - Morfologia I 28
Prof. Celina Gil
A alternativa C está incorreta, porque, ainda que “mal-entendido” seja realmente formado
por composição, como não há modificação em nenhum dos dois radicais, a palavra
é formada por justaposição. Em “reacender”, ainda que seja construído como verbo terminado
em “er”, não há parassíntese, mas construção prefixal.
A alternativa D está correta, porque “mal” e “entendido” são palavras que foram
colocadas juntas para a criação de uma nova palavra. Cuidado para não pensar que temos em
“mal” um prefixo. Além disso, em “reacender”, parte-se do verbo “acender” para a construção
da repetição, ou seja, o sufixo já estava na palavra que foi usada como radical para a nova.
Gabarito: D
AULA 04 - Morfologia I 29
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Comentários:
Gabarito: C
Comentários:
AULA 04 - Morfologia I 30
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Gabarito: A
a) hidroelétrica.
b) portunhol.
c) flexibilizar.
d) beija-flor.
e) inconstitucional.
Comentários:
A alternativa B está correta, porque, ainda que não exista, a palavra “mediavalesco” é
claramente a junção das palavras “mídia” e “carnavalesco”, como apresentado no enunciado
da questão. Dessa forma, como há alteração em sua formação, aproxima-se de “portunhol”,
junção das palavras “português e espanhol”, com modificação em, ao menos, um dos radicais.
Gabarito: B
AULA 04 - Morfologia I 31
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1. (AFA/2013)
Assinale a opção correta quanto à análise das palavras abaixo, em destaque, retiradas do
texto
c) Na frase, “... tinham... personalidades radicalmente distintas.” (ref. 5), o termo distintas
é sinônimo de notáveis.
d) Nas palavras destacadas em “... Gates ficou fascinado por Jobs e com uma ligeira inveja
de seu efeito hipnótico...” (ref. 6), há, respectivamente, dígrafo, dígrafo e encontro
consonantal.
Tenho escrito reiteradas vezes sobre o assunto; estou, aliás, numa posição bastante
confortável para fazê-lo. Gosto igualmente de livros e de tecnologia, e seria a primeira a
abraçar meus dois amores reunidos num só objeto; mas embora o Kindle e os vários pads
tenham o seu valor como readers, os livros em papel não estão tão próximos da extinção
quanto, digamos, o tigre de Sumatra.
Para começo de conversa, é preciso lembrar que o negócio das editoras não é vender
papel, mas sim vender histórias. O papel é apenas o suporte para os seus produtos. Aos
poucos, em alguns casos, ele tende a ser mesmo substituído pelos tablets. Não dou vida
longa aos livros de referência em papel. Estes funcionam melhor, e podem ser mais
facilmente atualizados, em forma eletrônica. O caso clássico é o da Enciclopédia Britannica,
cujos editores anunciaram, no começo do ano, que a edição corrente, de 2010, seria a última
impressa, marcando o fim de 244 anos de uma bela - e volumosa - história em papel.
AULA 04 - Morfologia I 32
Prof. Celina Gil
Embora quase todos os conjuntos de folhas impressas reunidos entre duas capas
recebam o mesmo nome de livro, nem todos exercem a mesma função. Há livros e livros.
Um manual técnico é um animal completamente diferente de um romance; um livro escolar
não guarda nenhuma semelhança com um livro de arte; uma antologia poética e um guia de
viagem são produtos que só têm em comum o fato de serem vendidos no mesmo lugar.
Há livros que só funcionam em papel. É o caso dos livros que os povos angloparlantes
denominam coffee table books, “livros de mesinha de centro” - aqueles livrões bonitos, em
formato grande, cheios de ilustrações e muito incômodos de ler no colo, impossíveis de levar
para a cama. Estes são objetos que se destacam pelo tamanho, pela qualidade de
impressão, pela vista que fazem. Quem quer ver um livro desses num tablet? Quem quer
presentear um desses em e-formato?
Isso explica as lindas edições que a Zahar, por exemplo, tem feito de obras que já
encantaram várias gerações, como “Peter Pan”, “Os três mosqueteiros" ou “Vinte mil léguas
submarinas”: livros lindos de se ver e de se pegar, cujo esmero físico complementa a edição
caprichada. Ganhar de presente um livro desses é uma alegria que não se tem com um vale
para uma compra eletrônica. Fica a dica, aliás, já que o Natal vem aí.
AULA 04 - Morfologia I 33
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3. (Esc. Naval/2018)
Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é
considerado virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter
opinião". Não é fácil.
Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter
opinião é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião,
ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião.
Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser
ameaçador.
Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo,
defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é
uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se
tem diante dos acontecimentos.
Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre,
é das mais superficiais.
Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer,
reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-
AULA 04 - Morfologia I 34
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É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais
de prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.
As opiniões são uma espécie de fabricação em série de ideias sempre iguais, saídas
do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno
subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real.
É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da
complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem.
Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que
afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é
mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se lhe dá.
Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito
de algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes.
O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-
la e, assim, melhor conhecê-la.
Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável,
é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir
à opinião sua verdadeira função, que é nobilíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a
Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência – os quatro elementos que
compõem a verdade?
AULA 04 - Morfologia I 35
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TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
A) Derivação imprópria.
B) Formação regressiva.
E) Derivação parassintética.
4. (Esc. Naval/2017)
Leia o fragmento:
Assinale a opção em que a palavra sublinhada foi formada pelo mesmo processo que a
palavra destacada acima.
5. (Esc. Naval/2016)
Em que opção encontra-se uma palavra, cujo processo de formação é o mesmo do termo
destacado em “[...] o tão sonhado embarque [...].” (11º parágrafo)
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6. (Esc. Naval/2015)
Os celulares
Resolvi optar pela forma de plural, pois vejo tanta gente agora com, pelo menos, dois.
O que me pergunto é como se comportaria a maioria das pessoas sem celular, como viver
hoje sem ele? Uma epidemia neurótica grave atacaria a população? Certamente! Quem não
tem seu celular hoje em dia? Crianças, cada vez mais crianças, lidam, e bem, com ele.
Apenas uns poucos retrógrados, avessos ao progresso tecnológico. A força consumista do
aparelho foi crescendo com a possibilidade de suas crescentes utilizações. Me poupem de
enumerá-las, pois só sei de algumas. De fato, ele faz hoje em dia de um tudo. Diria mesmo
que o celular veio a modificar as relações do ser humano com a vida e com as outras
pessoas.
Até que não custei tanto assim a aderir a este telefoninho! Nem posso deixar de reconhecer
que ele tem me quebrado uns galhos importantes no corre-corre da vida. Mas me utilizo dele
pouco e apenas para receber e efetuar ligações. Nem lembro que ele marca as horas, possui
calendário. É verdade, recebi uns torpedos e, com dificuldade, enviei outros, bem raros.
Imagine tirar fotos, conectá-lo à internet, ao Facebook! Não quero passar por um desajustado
à vida moderna. Isto não! No computador, por exemplo, além dos e-mails, participo de rede
social, digito (mal), é verdade, meus textos, faço lá algumas compras e pesquisas... Fora
dele, tenho meus cartões de crédito, efetuo pagamentos nas máquinas bancárias e, muito
importante, sei de cabeça todas as minhas senhas, que vão se multiplicando. Haja memória!
Mas, no caso dos celulares, o que me chama mesmo a atenção é que as pessoas
parecem não se desgrudar dele, em qualquer situação, ou ligando para alguém, ou entrando
em contato com a internet, acompanhando o movimento das postagens do face, ou mesmo
brincando com seus joguinhos, como procedem alguns taxistas, naqueles instantes em que
param nos sinais ou em que o trânsito está emperrado.
Não há como negar, contudo, que esta utilização constante do aparelhinho tem
causado desconfortos sociais. Comenta a Danuza Leão: "Outro dia fui a um jantar com mais
seis pessoas e todas elas seguravam um celular. Pior, duas delas , descobri depois,
AULA 04 - Morfologia I 37
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trocavam torpedos entre elas." Me sinto muito constrangido quando, num grupo, em torno
de uma mesa, tem alguém, do meu lado, falando, sem parar, pelo celular. Pior, bem pior,
quando estou só com alguém, e esta pessoa fica atendendo ligações continuas, algumas
delas com aquela voz abafada, sussurrante... Pode? É frequente um casal se sentar a uma
mesa colada à minha, em um restaurante e, depois, feitos os pedidos aos garçons, a mulher
e o homem tomam, de imediato, os seus respectivos celulares. E ficam neles conversando
quase o tempo todo, mesmo após o inicio da refeição. Se é um casal de certa idade, podem
me argumentar, não devia ter mais nada para conversar. Afinal, casados há tanto tempo!
Porém, vejo também casais bem mais jovens, com a mesma atitude, consultando, logo ao
se sentarem, os celulares para ver o movimento nas redes sociais, ou enviando torpedos, a
maior parte do tempo. Clima de namoro, de sedução, é que não brotava dali. Talvez, alguém
parece ter murmurado em meu ouvido, assim os casais encontraram uma maneira eficiente
de não discutirem. Falando com pessoas não presentes ali. A tecnologia a serviço do bom
entendimento, de uma refeição em paz.
Mas vivencio sempre outras situações em que o uso do celular me prende a atenção.
Entrei em um consultório médico, uma senhora aguardava sua vez na sala de espera. Deu
para perceber que ela acabava de desligar seu aparelho. Mas, de imediato, fez outra
chamada. Estava sentado próximo a ela, que falava bem alto. A ligação era para uma amiga
bem intima, estava claro pela conversa desenrolada, desenrolada mesmo. Em breves
minutos, não é por nada não, fiquei sabendo de alguns "probleminhas" da vida desta
senhora. Não, não vou aqui devassar a vida dela, nem a própria me deu autorização para
tal... Afinal, sou uma pessoa discreta. Não pude foi evitar escutar o que minha companheira
de sala de espera... berrava. Para não dizer, no entanto, que não contei nada, também é
discrição demais, só um pequeno detalhe, sem maior surpresa: ela estava a ponto de
estrangular o marido. O homem, não posso afiançar, aprontava as suas. Do outro lado, a
amigona parecia estimular bem a infortunada senhora. De repente, me impedindo de saber
mais fatos, a atendente chama a senhora, chegara a sua hora de adentrar ao consultório do
médico. Não sei como ela, bastante exasperada, iria enfrentar um exame, na verdade,
delicado. Não deu para vê-la sair pela outra porta. É, os celulares criaram estas situações,
propiciando já a formação do que poderá vir a ser chamado de auditeurismo, que ficará,
assim, ao lado do antigo voyeurismo.
A) "Nem posso deixar de reconhecer que ele tem me quebrado uns galhos importantes no
corre-corre da vida." (2°§).
B) "No computador, por exemplo, além dos e-mails, participo de rede social, digito (mal), é
verdade, meus textos, faço lá algumas compras [...]." (2°§).
AULA 04 - Morfologia I 38
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C) "Não há como negar, contudo, que esta utilização constante do aparelhinho tem
causado desconfortos sociais." (4°§)
D) "Talvez, alguém parece ter murmurado em meu ouvido, assim os casais encontraram
uma maneira eficiente de não discutirem." (4°§).
E) "É, os celulares criaram estas situações, propiciando já a formação do que poderá vir a
ser chamado de auditeurismo, que ficará, [...]." (5°§).
7. (Esc. Naval/2014)
a) “E o irmão lá atrás, respeitoso, [...].” (3º parágrafo) - o sufixo “-oso” forma o adjetivo
sublinhado a partir de um substantivo.
b) “Não, não enchi a garrafinha de água salgada para [...].” (4º parágrafo) - em “garrafinha”,
o sufixo de diminutivo tem valor pejorativo.
c) “[...] o carioca, com esse modo natural de ir à praia, desvaloriza o mar.” (6º parágrafo) - o
prefixo “des-” denota repetição em “desvalorizar”.
d) “Ele vai ao mar com a sem-cerimônia que o mineiro vai ao quintal.” (6º parágrafo) - “sem-
cerimônia” é um neologismo formado por aglutinação.
e) “[...] que surpresas ondearão entre a lareira e a mesa de vinhos e queijos!” (7º parágrafo)
8. (Esc. Naval/2013)
VELHO MARINHEIRO
Sou marinheiro porque um dia, muito jovem, estendi meu braço diante da bandeira e
jurei lhe dar minha vida.
AULA 04 - Morfologia I 39
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Naquele dia de sol a pino, com meu novo uniforme branco, senti-me homem de
verdade, como se estivesse dando adeus aos tempos de garoto. Ao meu lado, as vozes de
outros jovens soavam em uníssono com a minha, vibrantes, e terminamos com emoção, de
peitos estufados e orgulhosos. Ao final, minha mãe veio em minha direção, apressada em
me dar um beijo. Acariciou-me o rosto e disse que eu estava lindo de uniforme. O dia acabou
com a família em festa; eu lembro-me bem, fiquei de uniforme até de tarde...
No meu primeiro navio, logo cedo, percebi que era novamente aluno. Todos sabiam
das coisas mais do que eu havia aprendido. Só que agora me davam tarefas, incumbências,
e esperavam que eu as cumprisse bem. Pouco a pouco, passei a ser parte da equipe, a ser
chamado para ajudar, a ser necessário. Um dia vi-me ensinando aos novatos e dei-me conta
de que me tornara marinheiro, de fato e de direito, um profissional! O navio passou a ser
minha segunda casa, onde eu permanecia mais tempo, às vezes, do que na primeira.
Conhecia todos, alguns mais até do que meus parentes. Sabia de suas manhas, cacoetes,
preocupações e de seus sonhos. Sem dar conta, meu mundo acabava no costado do navio.
A soma de tudo que fazemos e vivemos, pelo navio, é uma das coisas mais belas,
que só há entre nós, em mais nenhum outro lugar. Por isso sou marinheiro, porque sei o que
é espírito de navio.
Bons tempos aqueles das viagens, dávamos um duro danado no mar, em serviço,
postos de combate, adestramento de guerra, dia e noite. O interessante é que em toda nossa
vida, quando buscamos as boas recordações, elas vêm desse tempo, das viagens e dos
navios. Até as durezas por que passamos são saborosas ao lembrar, talvez porque as
vencemos e fomos adiante.
AULA 04 - Morfologia I 40
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Hoje os navios são outros, os marinheiros são outros - sinto-os mais preparados do
que eu era - mas a vida no mar, as viagens, os portos, a volta, estou certo de que são iguais.
Sou marinheiro, por isso sei como é.
Fico agora em casa, querendo saber das coisas da Marinha. E a cada pedaço que
ouço de um amigo, que leio, que vejo, me dá um orgulho que às vezes chega a entalar na
garganta. Há pouco tempo, voltei a entrar em um navio. Que coisa linda! Sofisticado,
limpíssimo, nas mãos de uma tripulação que só pode ser muito competente para mantê-lo
pronto. Do que me mostraram eu não sabia muito. Basta dizer que o último navio em que
servi já deu baixa. Quando saí de bordo, parei no portaló, voltei-me para a bandeira, inclinei
a cabeça... e, minha garganta entalou outra vez.
Isso é corporativismo; não aquele enxovalhado, que significa o bem de cada um,
protegido à custa do desmerecimento da instituição; mas o puro, que significa o bem da
instituição, protegido pelo merecimento de cada um.
Sei que, quando minha hora chegar, no último instante, verei, em velocidade
desconhecida, o navio com meus amigos, minha mulher, meus filhos, singrando para
sempre, indo aonde o mar encontra o céu... e, se São Pedro estiver no portaló, direi:
(Autor desconhecido. In: Língua portuguesa: leitura e produção de texto. Rio de Janeiro:
Marinha do Brasil, Escola Naval, 2011. p. .6-8}
Em que opção o autor, ao reportar-se ao passado, emprega um termo cujo sufixo tem valor
intensificador?
A) "Até as durezas por que passamos são saborosas ao lembrar [...]." (6°§)
B) "Quando saí de bordo, parei no portaló, voltei-me para a bandeira [...] (11°§)
AULA 04 - Morfologia I 41
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C) "Que bom se pudesse voltar ao começo, vestir aquele uniforme novinho [...]." (14°§)
D) "No meu primeiro navio, logo cedo, percebi que era novamente aluno." (4°§)
9. (EFOMM/2019)
Assinale a opção na qual a palavra sublinhada se formou por um processo diferente das
demais.
10. (EFOMM/2018)
a) Disse certo o poeta: ‘Navegar é preciso’, a ciência da navegação é saber preciso (...)
c) (...) multiplicam-se os meios técnicos e científicos ao nosso dispor, que fazem com que
as mudanças sejam cada vez mais rápidas (...)
e) A nau navega veloz e sem rumo. Nas universidades, essa doença (...)
11. (EFOMM/2017)
AULA 04 - Morfologia I 42
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b) Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e
imprevisível.
d) O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária (...)
e) O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer (...)
12. (EFOMM/2016)
a) Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai
dono de livraria.
b) Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa.
Lobato.
AULA 04 - Morfologia I 43
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Lista 02 – Gabarito
1. D 7. A
2. A 8. C
3. C 9. E
4. C 10. D
5. C 11. D
6. E 12. B
1. (AFA/2013)
Assinale a opção correta quanto à análise das palavras abaixo, em destaque, retiradas do texto
b) As palavras ímpar e saída seguem a regra de acentuação gráfica das vogais i e u tônicas
dos hiatos.
c) Na frase, “... tinham... personalidades radicalmente distintas.” (ref. 5), o termo distintas é
sinônimo de notáveis.
d) Nas palavras destacadas em “... Gates ficou fascinado por Jobs e com uma ligeira inveja
de seu efeito hipnótico...” (ref. 6), há, respectivamente, dígrafo, dígrafo e encontro
consonantal.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois, além da prefixação com prefixo in-, ocorre sufixação
com sufixo -vel, em indissociável, e sufixo -nte, em intransigente.
AULA 04 - Morfologia I 44
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A alternativa B está incorreta, pois não ocorre hiato em ímpar, que é acentuada por ser
uma palavra paroxítona terminada em -r. A acentuação em saída tem, de fato, correlação com
o hiato, pois se trata de um hiato com vogal i isolada, não seguida de nh ou s.
A alternativa C está incorreta, pois distintas tem sentido de diferentes, enquanto notáveis
significa que se destaca.
– sc, que apresenta o fonema /s/; inveja apresenta um dígrafo vocálico – in, que apresenta o
fonema; hipnótico apresenta encontro consonantal – pn.
Gabarito: D
Tenho escrito reiteradas vezes sobre o assunto; estou, aliás, numa posição bastante
confortável para fazê-lo. Gosto igualmente de livros e de tecnologia, e seria a primeira a abraçar
meus dois amores reunidos num só objeto; mas embora o Kindle e os vários pads tenham o
seu valor como readers, os livros em papel não estão tão próximos da extinção quanto,
digamos, o tigre de Sumatra.
Para começo de conversa, é preciso lembrar que o negócio das editoras não é vender
papel, mas sim vender histórias. O papel é apenas o suporte para os seus produtos. Aos
poucos, em alguns casos, ele tende a ser mesmo substituído pelos tablets. Não dou vida longa
aos livros de referência em papel. Estes funcionam melhor, e podem ser mais facilmente
atualizados, em forma eletrônica. O caso clássico é o da Enciclopédia Britannica, cujos editores
anunciaram, no começo do ano, que a edição corrente, de 2010, seria a última impressa,
marcando o fim de 244 anos de uma bela - e volumosa - história em papel.
Embora quase todos os conjuntos de folhas impressas reunidos entre duas capas
recebam o mesmo nome de livro, nem todos exercem a mesma função. Há livros e livros. Um
manual técnico é um animal completamente diferente de um romance; um livro escolar não
guarda nenhuma semelhança com um livro de arte; uma antologia poética e um guia de viagem
são produtos que só têm em comum o fato de serem vendidos no mesmo lugar.
AULA 04 - Morfologia I 45
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Há livros que só funcionam em papel. É o caso dos livros que os povos angloparlantes
denominam coffee table books, “livros de mesinha de centro” - aqueles livrões bonitos, em
formato grande, cheios de ilustrações e muito incômodos de ler no colo, impossíveis de levar
para a cama. Estes são objetos que se destacam pelo tamanho, pela qualidade de impressão,
pela vista que fazem. Quem quer ver um livro desses num tablet? Quem quer presentear um
desses em e-formato?
Isso explica as lindas edições que a Zahar, por exemplo, tem feito de obras que já
encantaram várias gerações, como “Peter Pan”, “Os três mosqueteiros" ou “Vinte mil léguas
submarinas”: livros lindos de se ver e de se pegar, cujo esmero físico complementa a edição
caprichada. Ganhar de presente um livro desses é uma alegria que não se tem com um vale
para uma compra eletrônica. Fica a dica, aliás, já que o Natal vem aí.
Assinale a opção cujo termo destacado exemplifica o mesmo processo de formação de palavras
observado em: “Há também os grandes clássicos, os romances que todos amamos e queremos
ter ao alcance da mão.” (6°§)
AULA 04 - Morfologia I 46
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Comentários:
A alternativa A está correta, pois “ler” também é uma derivação imprópria: o verbo “ler”
é tratado como um substantivo aqui.
Gabarito: A
3. (Esc. Naval/2018)
Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é considerado
virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter opinião". Não é
fácil.
Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião
é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente,
aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião,
em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.
Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo,
defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma
instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem
diante dos acontecimentos.
Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é
das mais superficiais.
AULA 04 - Morfologia I 47
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Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos
um repositório de primeiras impressões!
Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir,
sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de
analisar, tendo opinião; preservamo-nos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo
uma opinião.
É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de
prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.
As opiniões são uma espécie de fabricação em série de ideias sempre iguais, saídas do
modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno
subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real. É
eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da
complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem.
Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que
afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é
mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se lhe dá.
Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de
algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes. O
sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e,
assim, melhor conhecê-la.
Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável,
AULA 04 - Morfologia I 48
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é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir
à opinião sua verdadeira função, que é nobilíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a
Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência – os quatro elementos que compõem
a verdade?
TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
A) Derivação imprópria.
B) Formação regressiva.
E) Derivação parassintética.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a palavra não é formada por um processo de mudança
de classe de palavra sem mudança de grafia.
A alternativa B está incorreta, pois a palavra não é formada por um processo de retirada
de algum elemento da palavra.
A alternativa C está correta, pois a palavra “inalienável” é formada pela adição do prefixo
“in” e o sufixo “ável” ao radical “alien”. Pode-se confirmar esse processo, pois a retirada de um
dos elementos segue fazendo com a palavra tenha sentido: inalienar e alienável.
A alternativa D está incorreta, pois a palavra não é formada por um processo de junção
de dois radicais.
Gabarito: C
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4. (Esc.Naval/2017)
Leia o fragmento:
Assinale a opção em que a palavra sublinhada foi formada pelo mesmo processo que a palavra
destacada acima.
Comentários:
A palavra destacada passou por derivação imprópria, tendo sua classe alterada de
pronome para substantivo.
A alternativa A está incorreta, pois a palavra beija-flor foi formada pela junção de duas
palavras para formar uma terceira.
A alternativa B está incorreta, pois não ocorre alteração da classe gramatical de “infeliz”.
Gabarito: C
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5. (Esc. Naval/2016)
Em que opção encontra-se uma palavra, cujo processo de formação é o mesmo do termo
destacado em “[...] o tão sonhado embarque [...].” (11º parágrafo)
Comentários:
Alternativa B está incorreta, pois ‘certamente’ passou por uma derivação sufixal (sufixo
“mente”).
Alternativa C está certa, pois o substantivo “perda” tem origem no verbo “perder”, por
meio de uma derivação regressiva. Esse é o mesmo caso da palavra “embarque”, substantivo
que se originou do verbo “embarcar” por derivação regressiva.
Alternativa D está incorreta, pois a palavra “entremeados” é formada por composição por
justaposição, isto é, a junção das palavras “entre” e “meado”.
Alternativa E está incorreta, pois a palavra “notável” é formada por derivação sufixal, tal
qual a alternativa B.
Gabarito: C
6. (Esc. Naval/2015)
Os celulares
AULA 04 - Morfologia I 51
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Resolvi optar pela forma de plural, pois vejo tanta gente agora com, pelo menos, dois. O
que me pergunto é como se comportaria a maioria das pessoas sem celular, como viver hoje
sem ele? Uma epidemia neurótica grave atacaria a população? Certamente! Quem não tem
seu celular hoje em dia? Crianças, cada vez mais crianças, lidam, e bem, com ele. Apenas uns
poucos retrógrados, avessos ao progresso tecnológico. A força consumista do aparelho foi
crescendo com a possibilidade de suas crescentes utilizações. Me poupem de enumerá-las,
pois só sei de algumas. De fato, ele faz hoje em dia de um tudo. Diria mesmo que o celular veio
a modificar as relações do ser humano com a vida e com as outras pessoas.
Até que não custei tanto assim a aderir a este telefoninho! Nem posso deixar de
reconhecer que ele tem me quebrado uns galhos importantes no corre-corre da vida. Mas me
utilizo dele pouco e apenas para receber e efetuar ligações. Nem lembro que ele marca as
horas, possui calendário. É verdade, recebi uns torpedos e, com dificuldade, enviei outros, bem
raros. Imagine tirar fotos, conectá-lo à internet, ao Facebook! Não quero passar por um
desajustado à vida moderna. Isto não! No computador, por exemplo, além dos e-mails, participo
de rede social, digito (mal), é verdade, meus textos, faço lá algumas compras e pesquisas...
Fora dele, tenho meus cartões de crédito, efetuo pagamentos nas máquinas bancárias e, muito
importante, sei de cabeça todas as minhas senhas, que vão se multiplicando. Haja memória!
Mas, no caso dos celulares, o que me chama mesmo a atenção é que as pessoas
parecem não se desgrudar dele, em qualquer situação, ou ligando para alguém, ou entrando
em contato com a internet, acompanhando o movimento das postagens do face, ou mesmo
brincando com seus joguinhos, como procedem alguns taxistas, naqueles instantes em que
param nos sinais ou em que o trânsito está emperrado.
Não há como negar, contudo, que esta utilização constante do aparelhinho tem causado
desconfortos sociais. Comenta a Danuza Leão: "Outro dia fui a um jantar com mais seis
pessoas e todas elas seguravam um celular. Pior, duas delas , descobri depois, trocavam
torpedos entre elas." Me sinto muito constrangido quando, num grupo, em torno de uma mesa,
tem alguém, do meu lado, falando, sem parar, pelo celular. Pior, bem pior, quando estou só
com alguém, e esta pessoa fica atendendo ligações continuas, algumas delas com aquela voz
abafada, sussurrante... Pode? É frequente um casal se sentar a uma mesa colada à minha, em
um restaurante e, depois, feitos os pedidos aos garçons, a mulher e o homem tomam, de
imediato, os seus respectivos celulares. E ficam neles conversando quase o tempo todo,
mesmo após o inicio da refeição. Se é um casal de certa idade, podem me argumentar, não
devia ter mais nada para conversar. Afinal, casados há tanto tempo! Porém, vejo também
casais bem mais jovens, com a mesma atitude, consultando, logo ao se sentarem, os celulares
para ver o movimento nas redes sociais, ou enviando torpedos, a maior parte do tempo. Clima
de namoro, de sedução, é que não brotava dali. Talvez, alguém parece ter murmurado em meu
ouvido, assim os casais encontraram uma maneira eficiente de não discutirem. Falando com
pessoas não presentes ali. A tecnologia a serviço do bom entendimento, de uma refeição em
paz.
AULA 04 - Morfologia I 52
Prof. Celina Gil
Mas vivencio sempre outras situações em que o uso do celular me prende a atenção.
Entrei em um consultório médico, uma senhora aguardava sua vez na sala de espera. Deu para
perceber que ela acabava de desligar seu aparelho. Mas, de imediato, fez outra chamada.
Estava sentado próximo a ela, que falava bem alto. A ligação era para uma amiga bem intima,
estava claro pela conversa desenrolada, desenrolada mesmo. Em breves minutos, não é por
nada não, fiquei sabendo de alguns "probleminhas" da vida desta senhora. Não, não vou aqui
devassar a vida dela, nem a própria me deu autorização para tal... Afinal, sou uma pessoa
discreta. Não pude foi evitar escutar o que minha companheira de sala de espera... berrava.
Para não dizer, no entanto, que não contei nada, também é discrição demais, só um pequeno
detalhe, sem maior surpresa: ela estava a ponto de estrangular o marido. O homem, não posso
afiançar, aprontava as suas. Do outro lado, a amigona parecia estimular bem a infortunada
senhora. De repente, me impedindo de saber mais fatos, a atendente chama a senhora,
chegara a sua hora de adentrar ao consultório do médico. Não sei como ela, bastante
exasperada, iria enfrentar um exame, na verdade, delicado. Não deu para vê-la sair pela outra
porta. É, os celulares criaram estas situações, propiciando já a formação do que poderá vir a
ser chamado de auditeurismo, que ficará, assim, ao lado do antigo voyeurismo.
(UCHÔA, Carlos Eduardo Falcão. Os celulares. In:___ . A vida e o tempo em tom de conversa. Ia
A) "Nem posso deixar de reconhecer que ele tem me quebrado uns galhos importantes no
corre-corre da vida." (2°§).
B) "No computador, por exemplo, além dos e-mails, participo de rede social, digito (mal), é
verdade, meus textos, faço lá algumas compras [...]." (2°§).
C) "Não há como negar, contudo, que esta utilização constante do aparelhinho tem causado
desconfortos sociais." (4°§)
D) "Talvez, alguém parece ter murmurado em meu ouvido, assim os casais encontraram uma
maneira eficiente de não discutirem." (4°§).
E) "É, os celulares criaram estas situações, propiciando já a formação do que poderá vir a ser
chamado de auditeurismo, que ficará, [...]." (5°§).
Comentários:
AULA 04 - Morfologia I 53
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Alternativa E está correta, pois “auditeurismo” é uma palavra criada a partir da ideia de
“voyeurismo”, que significa o desejo e curiosidade a partir da visão, observação visual . No caso
dos celulares, é a partir do áudio que surge o desejo e a curiosidade. Assim, une-se a palavra
“áudio” com “ismo” para a criação de uma nova palavra.
Gabarito: E
7. (Esc. Naval/2014)
a) “E o irmão lá atrás, respeitoso, [...].” (3º parágrafo) - o sufixo “-oso” forma o adjetivo
sublinhado a partir de um substantivo.
b) “Não, não enchi a garrafinha de água salgada para [...].” (4º parágrafo) - em “garrafinha”, o
sufixo de diminutivo tem valor pejorativo.
c) “[...] o carioca, com esse modo natural de ir à praia, desvaloriza o mar.” (6º parágrafo) - o
prefixo “des-” denota repetição em “desvalorizar”.
d) “Ele vai ao mar com a sem-cerimônia que o mineiro vai ao quintal.” (6º parágrafo) - “sem-
cerimônia” é um neologismo formado por aglutinação.
e) “[...] que surpresas ondearão entre a lareira e a mesa de vinhos e queijos!” (7º parágrafo) -
o verbo sublinhado é formado por prefixação.
Comentários:
Gabarito: A
AULA 04 - Morfologia I 54
Prof. Celina Gil
8. (Esc. Naval/2013)
VELHO MARINHEIRO
Sou marinheiro porque um dia, muito jovem, estendi meu braço diante da bandeira e
jurei lhe dar minha vida.
Naquele dia de sol a pino, com meu novo uniforme branco, senti-me homem de verdade, como
se estivesse dando adeus aos tempos de garoto. Ao meu lado, as vozes de outros jovens
soavam em uníssono com a minha, vibrantes, e terminamos com emoção, de peitos estufados
e orgulhosos. Ao final, minha mãe veio em minha direção, apressada em me dar um beijo.
Acariciou-me o rosto e disse que eu estava lindo de uniforme. O dia acabou com a família em
festa; eu lembro-me bem, fiquei de uniforme até de tarde...
No meu primeiro navio, logo cedo, percebi que era novamente aluno. Todos sabiam das
coisas mais do que eu havia aprendido. Só que agora me davam tarefas, incumbências, e
esperavam que eu as cumprisse bem. Pouco a pouco, passei a ser parte da equipe, a ser
chamado para ajudar, a ser necessário. Um dia vi-me ensinando aos novatos e dei-me conta
de que me tornara marinheiro, de fato e de direito, um profissional! O navio passou a ser minha
segunda casa, onde eu permanecia mais tempo, às vezes, do que na primeira. Conhecia todos,
alguns mais até do que meus parentes. Sabia de suas manhas, cacoetes, preocupações e de
seus sonhos. Sem dar conta, meu mundo acabava no costado do navio.
A soma de tudo que fazemos e vivemos, pelo navio, é uma das coisas mais belas, que
só há entre nós, em mais nenhum outro lugar. Por isso sou marinheiro, porque sei o que é
espírito de navio.
Bons tempos aqueles das viagens, dávamos um duro danado no mar, em serviço, postos
de combate, adestramento de guerra, dia e noite. O interessante é que em toda nossa vida,
quando buscamos as boas recordações, elas vêm desse tempo, das viagens e dos navios. Até
AULA 04 - Morfologia I 55
Prof. Celina Gil
as durezas por que passamos são saborosas ao lembrar, talvez porque as vencemos e fomos
adiante.
Hoje os navios são outros, os marinheiros são outros - sinto-os mais preparados do que
eu era - mas a vida no mar, as viagens, os portos, a volta, estou certo de que são iguais. Sou
marinheiro, por isso sei como é.
Fico agora em casa, querendo saber das coisas da Marinha. E a cada pedaço que ouço
de um amigo, que leio, que vejo, me dá um orgulho que às vezes chega a entalar na garganta.
Há pouco tempo, voltei a entrar em um navio. Que coisa linda! Sofisticado, limpíssimo, nas
mãos de uma tripulação que só pode ser muito competente para mantê-lo pronto. Do que me
mostraram eu não sabia muito. Basta dizer que o último navio em que servi já deu baixa.
Quando saí de bordo, parei no portaló, voltei-me para a bandeira, inclinei a cabeça... e, minha
garganta entalou outra vez.
Isso é corporativismo; não aquele enxovalhado, que significa o bem de cada um,
protegido à custa do desmerecimento da instituição; mas o puro, que significa o bem da
instituição, protegido pelo merecimento de cada um.
Sou marinheiro e, portanto, sou corporativista.
Muitas vezes a lembrança me retorna aos dias da ativa e morro de saudades. Que bom
se pudesse voltar ao começo, vestir aquele uniforme novinho - até um pouco grande, ainda
recordo - Jurar Bandeira, ser beijado pela minha falecida mãe...
Sei que, quando minha hora chegar, no último instante, verei, em velocidade
desconhecida, o navio com meus amigos, minha mulher, meus filhos, singrando para sempre,
indo aonde o mar encontra o céu... e, se São Pedro estiver no portaló, direi:
(Autor desconhecido. In: Língua portuguesa: leitura e produção de texto. Rio de Janeiro: Marinha do Brasil,
Escola Naval, 2011. p. .6-8}
AULA 04 - Morfologia I 56
Prof. Celina Gil
Em que opção o autor, ao reportar-se ao passado, emprega um termo cujo sufixo tem valor
intensificador?
A) "Até as durezas por que passamos são saborosas ao lembrar [...]." (6°§)
B) "Quando saí de bordo, parei no portaló, voltei-me para a bandeira [...] (11°§)
C) "Que bom se pudesse voltar ao começo, vestir aquele uniforme novinho [...]." (14°§)
D) "No meu primeiro navio, logo cedo, percebi que era novamente aluno." (4°§)
Comentários:
Gabarito: C
9. (EFOMM/2019)
Assinale a opção na qual a palavra sublinhada se formou por um processo diferente das
demais.
AULA 04 - Morfologia I 57
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Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois goiabeira é formada pela sufixação da palavra goiaba,
utilizando o sufixo -eira, conforme demais alternativas (exceto E).
A alternativa B está incorreta, pois bambual é formada pela sufixação da palavra bambu,
utilizando o sufixo -al, conforme demais alternativas (exceto E).
A alternativa C está incorreta, pois adoração é formada pela sufixação da palavra adorar,
utilizando o sufixo -ção, conforme demais alternativas (exceto E).
A alternativa D está incorreta, pois beleza é formada pela sufixação da palavra belo,
utilizando o sufixo -eza, conforme demais alternativas (exceto E).
Gabarito: E
10. (EFOMM/2018)
a) Disse certo o poeta: ‘Navegar é preciso’, a ciência da navegação é saber preciso (...)
c) (...) multiplicam-se os meios técnicos e científicos ao nosso dispor, que fazem com que as
mudanças sejam cada vez mais rápidas (...)
AULA 04 - Morfologia I 58
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e) A nau navega veloz e sem rumo. Nas universidades, essa doença (...)
Comentários:
O processo de conversão ocorre quando, sem alterar a forma da palavra, muda-se sua
classe gramatical. Com isso, avaliam-se as alternativas.
A alternativa A está incorreta, pois a palavra saber, originalmente sendo verbo, atua
como substantivo na oração, ocorrendo processo de conversão.
A alternativa B está incorreta, pois a palavra remar, originalmente sendo verbo, atua
como substantivo na oração, ocorrendo processo de conversão.
A alternativa C está incorreta, pois a palavra dispor, originalmente sendo verbo, atua
como substantivo na oração, ocorrendo processo de conversão.
A alternativa D está correta, pois a palavra busca é formada pela derivação regressiva
da palavra primitiva buscar. Com isso, busca é o único termo, dentre as alternativas, que não
foi formado por conversão.
A alternativa E está incorreta, pois a palavra veloz, originalmente sendo adjetivo, atua
como advérbio de modo na oração, ocorrendo processo de conversão.
Gabarito: D
11. (EFOMM/2017)
a) As comidas, para mim, são entidades oníricas. Provocam a minha capacidade de sonhar.
b) Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e
imprevisível.
AULA 04 - Morfologia I 59
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d) O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária (...)
e) O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer (...)
Comentários:
A alternativa D está correta, pois estouro é formada pela derivação regressiva do verbo
estourar, sendo o único termo dentre os destacados nas alternativas que passa por esse
processo de formação.
Gabarito: D
12. (EFOMM/2016)
a) Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono
de livraria.
b) Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa.
Lobato.
Comentários:
AULA 04 - Morfologia I 60
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A alternativa A está incorreta, pois livraria é formada por derivação sufixal, entre a
palavra primitiva livro e o sufixo -aria. Assim, com exceção da alternativa B, o termo tem o
mesmo processo de formação das demais alternativas.
A alternativa B está correta, pois tortura é formada por derivação regressiva, a partir do
verbo torturar, de modo que o processo de formação do termo da alternativa se distingue das
demais.
A alternativa C está incorreta, pois crueldade é formada por derivação sufixal, entre a
palavra primitiva cruel e o sufixo -dade. Assim, com exceção da alternativa B, o termo tem o
mesmo processo de formação das demais alternativas.
A alternativa D está incorreta, pois ferocidade é formada por derivação sufixal, entre a
palavra primitiva feroz e o sufixo -idade. Assim, com exceção da alternativa B, o termo tem o
mesmo processo de formação das demais alternativas.
A alternativa E está incorreta, pois casualmente é formada por derivação sufixal, entre
a palavra primitiva casuale o sufixo -mente. Assim, com exceção da alternativa B, o termo tem
o mesmo processo de formação das demais alternativas.
Gabarito: B
No fim do quarteirão, um cinema menor exibia cartazes com cenas de caçadores num
safári. Interessou-se pela foto da loura sendo atacada por um crocodilo enquanto o caçador
(mas que homem lindo) era pisoteado por um javali.
AULA 04 - Morfologia I 61
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Assinale a alternativa que apresente palavras formadas pelo mesmo processo de formação
que a destacada no enunciado.
A ideia de vacina existe há mais de mil anos. Mas, nos seus primórdios, a vacinação era
indubitavelmente bruta. E arriscada.
A alternativa que contém uma palavra destacada formada a partir do mesmo processo de
formação que aquela destacada no enunciado é
c) com o médico sobreavisado de que, caso ela morresse, ele teria que fugir do país
AULA 04 - Morfologia I 62
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a) planalto
b) desnecessário
c) passatempo
d) velozmente
e) esquentar
AULA 04 - Morfologia I 63
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respiradores, em óbitos”
Analisando a palavra “assintomáticos”, percebemos que ela é formada a partir do prefixo “a”,
denotando negação e a palavra “sintomático”, alguém que tem sintomas de uma doença. A
palavra “comorbidades” também é formada por um processo de prefixação. Sabendo disso,
o significado dessa palavra deve ser
Em termos mais gerais, houve o reconhecimento das culturas não europeias, do qual derivou
uma queda do eurocentrismo e da suposta desigualdade entre os povos “civilizados”; e os
“não-civilizados”
a) sufixação apenas
b) prefixação apenas
c) sufixação e prefixação
d) aglutinação e sufixação
AULA 04 - Morfologia I 64
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e) justaposição apenas.
a) Ninguém
b) Inventou
c) Acompanhando
d) Impecavelmente
e) Importam
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que 23% dos jovens
brasileiros não trabalham e nem estudam (os chamados jovens nem-nem). A maioria é de
mulheres de baixa renda, um dos maiores porcentuais de jovens nessa situação entre nove
países da América Latina e Caribe. Ainda segundo a pesquisa, 49% se dedicam
exclusivamente ao estudo ou capacitação, 13% só trabalham e 15% trabalham e estudam
ao mesmo tempo. As razões para esse cenário são problemas com habilidades cognitivas e
socioemocionais, falta de políticas públicas, obrigações familiares com parentes e filhos,
entre outros. Embora o termo nem-nem possa induzir à ideia de que os jovens são ociosos
e improdutivos, 31% deles estão procurando trabalho, principalmente os homens, e mais da
metade – cerca de 64% – dedica-se a trabalhos de cuidado doméstico e familiar,
principalmente as mulheres. Para falar sobre o assunto, o Jornal da USP no Ar conversou
com o professor Ruy Braga, do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas da USP, especialista em Sociologia do Trabalho.
Jornal da USP, Número de jovens que nem estudam nem trabalham cresceu com a crise,
18/12/2018. Disponível em: <https://jornal.usp.br/atualidades/numero-de-jovens-que-nem-
estudam-nem-trabalham-cresceu-com-a-crise/> Acesso em ago. 2020
AULA 04 - Morfologia I 65
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a) I e II são corretas.
b) Apenas II é correta.
a) derivação prefixal
b) derivação sufixal
d) justaposição
e) aglutinação
AULA 04 - Morfologia I 66
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d) derivação parassintética.
[A] Facebook.
[B] ambiental.
[C] subsistência.
[D] Coronavírus.
[E] envergonhado.
AULA 04 - Morfologia I 67
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a) intransitivo.
b) formigamento.
c) infelicidade.
d) emagrecimento.
e) girassol.
a) derivação parassintética.
(B) Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.
(C) Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do
vestido e da elegância?
(D) E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da
agulha no pano.
(E) Eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
AULA 04 - Morfologia I 68
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Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido.
Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do
escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota,
histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.
LOBATO, Monteiro. Textos escolhidos. Por José Carlos Barbosa Moreira. 3. ed.
AULA 04 - Morfologia I 69
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e) por processo de composição por aglutinação, com o uso de dois radicais colocados
juntos sem alteração.
E — ó delicioso voo!
(Mário Quintana)
AULA 04 - Morfologia I 70
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Assinale, a seguir, a alternativa em que encontramos uma palavra formada por derivação
parassintética e uma formada por derivação prefixal e sufixal, respectivamente.
a) infelizmente e entardecer.
b) perfeitamente e constitucional.
c) legalidade e inconstitucional.
d) emagrecer e deslealmente.
e) menininha e amorzinhos.
AULA 04 - Morfologia I 71
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AULA 04 - Morfologia I 72
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à fragilidade deles, porque não resistem tempo suficiente para que sejam fossilizados”, as
palavras destacadas são classificadas, quanto à formação, como
AULA 04 - Morfologia I 73
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Em qual alternativa há palavra com prefixo que apresenta o mesmo valor do encontrado na
palavra em destaque no trecho “Como mostra o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, a
inconstância dos índios ‘obrigava’ os religiosos a promoverem uma constante
reevangelização”.
a) Revigorar
b) Rebuscar
c) Recapitalizar
d) Retornar
Dentre as alternativas a seguir, em qual não é possível encontrar uma palavra classificada
como derivação imprópria no contexto de uso.
AULA 04 - Morfologia I 74
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a) Amoral
b) Átomo
c) Anestesia
d) Anônimo
e) Abdicar
a) girassol.
b) felizmente.
c) emagrecer.
d) beija-flor.
e) hidrelétrica.
Ainda que não seja uma palavra em português, é possível identificar o processo de
formação utilizado em “Cyberbullying”. Assim, indique, a seguir, a opção em que há palavra
formada pelo mesmo processo.
a) Inconstitucional
AULA 04 - Morfologia I 75
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b) Hidroelétrica.
c) Entardecer.
d) Adaptabilidade.
e) Infeliz.
Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que contém palavra que apresenta o
mesmo processo de formação do utilizado na palavra em destaque em “A União Europeia
também possui normas rigorosas sobre o assunto, e as preocupações socioambientais
estão no centro do debate sobre o acordo com o Mercosul.”
a) Bioeconomia
b) Empoderamento
c) Hidroelétrica
d) Vinagre
e) Amanhecer
Lista 03 – Gabarito
1. C 12. B 23. A
2. C 13. D 24. E
3. C 14. A 25. C
4. D 15. E 26. C
5. D 16. C 27. A
6. D 17. B 28. A
7. A 18. C 29. E
AULA 04 - Morfologia I 76
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8. C 19. D 30. E
9. B 20. D 31. B
11. E 22. B
No fim do quarteirão, um cinema menor exibia cartazes com cenas de caçadores num
safári. Interessou-se pela foto da loura sendo atacada por um crocodilo enquanto o caçador
(mas que homem lindo) era pisoteado por um javali.
Assinale a alternativa que apresente palavras formadas pelo mesmo processo de formação
que a destacada no enunciado.
Comentários:
AULA 04 - Morfologia I 77
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A alternativa C está correta, pois todas essas palavras foram formadas por um processo
e sufixação, ou derivação sufixal: radical “bel-“ + sufixo “-eza”; radical “bebid-“ + sufixo “-inha”;
radical “lugar-“ + sufixo “-ejo”.
Gabarito: C
A ideia de vacina existe há mais de mil anos. Mas, nos seus primórdios, a vacinação era
indubitavelmente bruta. E arriscada.
A alternativa que contém uma palavra destacada formada a partir do mesmo processo de
formação que aquela destacada no enunciado é
c) com o médico sobreavisado de que, caso ela morresse, ele teria que fugir do país
Comentários:
AULA 04 - Morfologia I 78
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Prefixo: in-
Radical: dubit-
Sufixo: -avel-
Sufixo: -mente
A alternativa B está incorreta, pois essa palavra é formada por um processo de sufixação.
Radical: avis-
Sufixo: -ado
Gabarito: C
(Adélia Prado)
AULA 04 - Morfologia I 79
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a) planalto
b) desnecessário
c) passatempo
d) velozmente
AULA 04 - Morfologia I 80
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e) esquentar
Comentários:
Forma-prima foi formada por justaposição, ou seja, dois radicais sem perda fonética.
A alternativa A está incorreta, pois essa palavra é formada por aglutinação, ou seja,
apresenta perda fonética (plano + alto).
A alternativa B está incorreta, pois essa palavra é formada por derivação prefixal, ou
seja, acrescenta prefixo a palavra já existente (des + necessário).
A alternativa C está correta, pois a palavra foi formada por dois radicais sem perda
fonética: passa + tempo.
A alternativa D está incorreta, pois essa palavra é formada por derivação sufixal, ou seja,
acrescenta prefixo a palavra já existente (veloz + mente).
A alternativa E está incorreta, pois essa palavra é formada por derivação parassintética,
ou seja, acrescenta prefixo e sufixo a palavra já existente (es + quente + ar).
Gabarito: C
respiradores, em óbitos”
Analisando a palavra “assintomáticos”, percebemos que ela é formada a partir do prefixo “a”,
denotando negação e a palavra “sintomático”, alguém que tem sintomas de uma doença. A
palavra “comorbidades” também é formada por um processo de prefixação. Sabendo disso, o
significado dessa palavra deve ser
AULA 04 - Morfologia I 81
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Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois posterioridade é indicada pelo prefixo “pos” não
“co”.
A alternativa B está incorreta, pois o prefixo “contra” indica contrariedade, não “co”.
A alternativa C está incorreta, pois nesse trecho se fala sobre os problemas da Covid,
ou seja, não pode se tratar de algo positivo.
A alternativa D está correta, pois o prefixo “co” indica ideia de companhia, junção. A
palavra “morbilidade” remete à incidência de uma doença. Unidos, os dois elementos indicam
um quadro de múltiplas doenças ao mesmo tempo.
A alternativa E está incorreta, pois não há aqui prefixos que denotem a ideia de
grandeza, como seriam “super”, “hiper” ou “ultra”.
Gabarito: D
Em termos mais gerais, houve o reconhecimento das culturas não europeias, do qual derivou
uma queda do eurocentrismo e da suposta desigualdade entre os povos “civilizados”; e os
“não-civilizados”
a) sufixação apenas
b) prefixação apenas
c) sufixação e prefixação
d) aglutinação e sufixação
AULA 04 - Morfologia I 82
Prof. Celina Gil
e) justaposição apenas.
Comentários:
A alternativa E está incorreta, pois há perda fonética nas palavras, logo o processo é de
aglutinação.
Gabarito: D
a) Ninguém
b) Inventou
c) Acompanhando
d) Impecavelmente
e) Importam
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois ainda que a palavra seja negativa, não há aqui prefixo
de negação.
A alternativa B está incorreta, pois a palavra “inventou” não está acrescida de nenhum
prefixo.
AULA 04 - Morfologia I 83
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A alternativa E está incorreta, pois a palavra “importam” não está acrescida de nenhum
prefixo.
Gabarito: D
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que 23% dos jovens
brasileiros não trabalham e nem estudam (os chamados jovens nem-nem). A maioria é de
mulheres de baixa renda, um dos maiores porcentuais de jovens nessa situação entre nove
países da América Latina e Caribe. Ainda segundo a pesquisa, 49% se dedicam
exclusivamente ao estudo ou capacitação, 13% só trabalham e 15% trabalham e estudam ao
mesmo tempo. As razões para esse cenário são problemas com habilidades cognitivas e
socioemocionais, falta de políticas públicas, obrigações familiares com parentes e filhos, entre
outros. Embora o termo nem-nem possa induzir à ideia de que os jovens são ociosos e
improdutivos, 31% deles estão procurando trabalho, principalmente os homens, e mais da
metade – cerca de 64% – dedica-se a trabalhos de cuidado doméstico e familiar, principalmente
as mulheres. Para falar sobre o assunto, o Jornal da USP no Ar conversou com o professor
Ruy Braga, do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da USP, especialista em Sociologia do Trabalho.
Jornal da USP, Número de jovens que nem estudam nem trabalham cresceu com a crise,
18/12/2018. Disponível em: <https://jornal.usp.br/atualidades/numero-de-jovens-que-nem-
estudam-nem-trabalham-cresceu-com-a-crise/> Acesso em ago. 2020
a) I e II são corretas.
AULA 04 - Morfologia I 84
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b) Apenas II é correta.
Comentários:
A afirmativa I está correta, pois “nem-nem” parte de “nem trabalha” e “nem estuda” para
formar uma palavra nova que signifique as duas características ao mesmo tempo.
A afirmativa III está incorreta, pois essa palavra é formada por dois radicais “sócio” e
“emoc”, ou seja, é um processo de composição por aglutinação de suas palavras: “sociais” e
“emocionais”
Gabarito: A
a) derivação prefixal
b) derivação sufixal
e) aglutinação
AULA 04 - Morfologia I 85
Prof. Celina Gil
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a palavra não é apenas composta pela adição de um
prefixo, mas de um prefixo e um sufixo.
A alternativa B está incorreta, pois a palavra não é apenas composta pela adição de um
sufixo, mas de um prefixo e um sufixo.
A alternativa D está incorreta, pois a palavra não é apenas composta pela junção de dois
radicais, mas pela adição um prefixo e um sufixo a uma radical.
A alternativa E está incorreta, pois a palavra não composta pela junção de dois radicais,
mas pela adição um prefixo e um sufixo a uma radical.
Gabarito: C
d) derivação parassintética.
Comentários:
Alternativa B: correta. Essa palavra tem como radical “dependente”. A ele são
adicionados dois afixos: um prefixo de negação “in” e um sufixo formador de advérbios “mente”.
Como a palavra “independente” existe se for retirado o sufixo, não temos formação
parassintética, mas derivação prefixal e sufixal. Esse teste da retirada é o melhor para
diferenciar os processos próximos.
AULA 04 - Morfologia I 86
Prof. Celina Gil
Gabarito: B
[A] Facebook.
[B] ambiental.
[C] subsistência.
[D] Coronavírus.
[E] envergonhado.
Comentários
Alternativa B: correta. Nessa alternativa, todas as palavras são formadas pelo processo
de derivação sufixal. A palavra trollagem, do enunciado, é formada a partir do radical “troll-”,
que gerou o verbo “trollar”, em português, e pela inserção de um sufixo formador de
substantivos. Esse é um dos sufixos mais utilizados no português. A palavra da alternativa se
analisa da seguinte forma: ambiental (com o radical destacado em vermelho e os sufixos
marcados com marca-texto).
AULA 04 - Morfologia I 87
Prof. Celina Gil
Gabarito: B
Comentários
AULA 04 - Morfologia I 88
Prof. Celina Gil
Alternativa E: correta. Nesse caso, temos a construção de duas palavras pelo processo
de parassíntese. Isso ocorre quando temos a colocação simultânea de um prefixo e um sufixo
em um radical, com a impossibilidade de, com a retirada de um deles, a palavra exista.
Gabarito: E
a) intransitivo.
b) formigamento.
c) infelicidade.
d) emagrecimento.
e) girassol.
Comentários:
Os processos de formação de palavras são essenciais para uma língua, visto que é por
meio deles que o léxico, o vocabulário, cresce. No caso de “sanfoneiro”, temos a formação por
sufixação, no qual o sufixo “-eiro” junta-se ao radical “sanfon-”.
A alternativa A está incorreta, pois a palavra é formada por prefixação (in-) e sufixação
(-ivo).
A alternativa B está correta, pois a palavra é formada por sufixação. Radical (formig-) e
.ufixo (-mento).
AULA 04 - Morfologia I 89
Prof. Celina Gil
A alternativa C está incorreta, pois a palavra é formada por prefixação (in-) e sufixação
(-idade).
A alternativa D está incorreta, pois a palavra é formada por parassíntese. Nesse caso, o
prefixo (e-) é adicionado ao mesmo tempo do sufixo (-mento).
A alternativa E está incorreta, pois a palavra é formada por composição, não por
derivação.
Gabarito: B
a) derivação parassintética.
Comentários
A alternativa A está incorreta, porque, para que tivéssemos uma formação parassintética
o prefixo e o sufixo precisariam entrar ao mesmo tempo, sem que, sem um deles, a palavra
exista. No nosso caso, Toxicidade existe independente do prefixo.
AULA 04 - Morfologia I 90
Prof. Celina Gil
Gabarito: D
(B) Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.
(C) Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do
vestido e da elegância?
(D) E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da
agulha no pano.
(E) Eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
Comentários
A alternativa A apresenta uma leitura com possibilidade de ambiguidade pelo uso do adjetivo
“ordinária”, visto que ele pode apresentar, no contexto, duas significações. A primeira leitura é a
de que a linha se comporta de forma ordinária, ou seja, ela se aproveita das situações para se
sobressair, como podemos entender com relação à linha, que tem seu 14. (Estratégia
Militares/2020 – Wagner Santos)
(B) Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.
(C) Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do
vestido e da elegância?
(D) E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da
agulha no pano.
(E) Eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
AULA 04 - Morfologia I 91
Prof. Celina Gil
Comentários
A alternativa A apresenta uma leitura com possibilidade de ambiguidade pelo uso do adjetivo
“ordinária”, visto que ele pode apresentar, no contexto, duas significações. A primeira leitura é a
de que a linha se comporta de forma ordinária, ou seja, ela se aproveita das situações para se
sobressair, como podemos entender com relação à linha, que tem seu caminho aberto pela
agulha, mas não lhe dá o devido valor. É importante pensarmos que essa é a leitura mais
presente. Contudo, esse adjetivo poderia estar ligado à qualidade da linha, que, se entendida
como ordinária, deve ser entendida como uma linha de qualidade inferior.
Gabarito: A
Comentários
AULA 04 - Morfologia I 92
Prof. Celina Gil
Gabarito: E
Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto
amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do
escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica,
manca da perna esquerda e um tanto aluada.
LOBATO, Monteiro. Textos escolhidos. Por José Carlos Barbosa Moreira. 3. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1972.
(Nossos Clássicos,65).
e) por processo de composição por aglutinação, com o uso de dois radicais colocados juntos
sem alteração.
Comentário
AULA 04 - Morfologia I 93
Prof. Celina Gil
Alternativa A: incorreta. O processo utilizado foi a derivação, visto que temos somente
um radical. Para a composição, independente de qual seja sua realização, há necessidade de,
ao menos, dois radicais que aparecerão juntos.
Alternativa B: incorreta. Não temos, nos vocábulos, a inserção de prefixos, que são afixos
que precedem o radical. Nos vocábulos em questão, temos a inserção de outro tipo de afixo,
chamado sufixo, perfazendo o que chamamos de derivação sufixal.
Alternativa C: correta. As duas palavras são formadas por processo de derivação, visto
que há inserção de um afixo em um radical que contém o significado essencial da palavra. Esse
afixo inserido é claramente um sufixo. Em cada um deles, esse sufixo apresenta significação
de atividade desempenhada pelo elemento.
Alternativa E: incorreta. O processo utilizado foi a derivação, visto que temos somente
um radical. Para a composição, independente de qual seja sua realização, há necessidade de,
ao menos, dois radicais que aparecerão juntos.
Gabarito: C
Esperança
Todos os reco-recos
tocarem Atira-se
E — ó delicioso voo!
AULA 04 - Morfologia I 94
Prof. Celina Gil
(Mário Quintana)
Comentários
AULA 04 - Morfologia I 95
Prof. Celina Gil
Alternativa D: incorreta. Para que tivéssemos uma derivação prefixal e sufixal, seria
necessária a adição de um prefixo e um sufixo. Em ‘menininha’, temos apenas a entrada de
um sufixo, o -inha. No segundo caso, como visto temos, realmente uma onomatopeia.
Gabarito: B
Comentários
AULA 04 - Morfologia I 96
Prof. Celina Gil
Alternativa C: correta. Essa alternativa está correta, porque a palavra “livre-arbítrio”, que
manteve o hífen na nova ortografia, é formada pela junção de dois radicais, sem que tenhamos
a modificação fonética de algum deles. Assim, temos justaposição.
Gabarito: C
Assinale, a seguir, a alternativa em que encontramos uma palavra formada por derivação
parassintética e uma formada por derivação prefixal e sufixal, respectivamente.
a) infelizmente e entardecer.
b) perfeitamente e constitucional.
c) legalidade e inconstitucional.
d) emagrecer e deslealmente.
e) menininha e amorzinhos.
Comentários
AULA 04 - Morfologia I 97
Prof. Celina Gil
Alternativa D: correta. Emagrecer é formada por parassíntese, dado que são acrescidos
os dois afixos ao mesmo tempo. Na segunda palavra, há construção por derivação prefixal e
sufixal, dado que a retirada de um desses afixos não impossibilita a existência da palavra.
Gabarito: D
Comentários
Alternativa B: incorreta. Nessa alternativa, não temos nenhuma palavra em que entram,
simultaneamente, prefixo e sufixo em um radical. Logo, não há fator de confusão aqui.
AULA 04 - Morfologia I 98
Prof. Celina Gil
Gabarito: D
Comentários
Alternativa A: correta. Nesse caso, temos uma personificação, visto que o ato de
reclamar é, claramente, uma ação humana, visto que é a partir dela que podemos entender
ações de animais, como reclamar da ração.
Alternativa B: incorreta. Essa é uma ação que pode, sem problemas, ser desempenhada
por um gato, visto que, para abrir a porta, não é necessário que o ser seja humano. Cuidado
com essas construções que servem como “pegas” para vocês.
Alternativa C: incorreta. Nesse caso, tanto a televisão quanto os periquitos não têm
ações consideradas exclusivamente humanas. Esse é um peguinha bem interessante que
demanda atenção por parte do aluno.
Alternativa D: incorreta. Os cachorros, assim como muitos outros animais, podem estar
felizes ou tristes, visto que temos possibilidade de demonstração desse sentimento por meio
de comportamentos.
Gabarito: A
AULA 04 - Morfologia I 99
Prof. Celina Gil
Comentários
Alternativa A: incorreta. Nesse caso, temos uma palavra formada por onomatopeia, visto
que ela se dá pelo som que é produzido pelo instrumento musical.
Alternativa B: correta. Nesse caso, a formação se dá por justaposição porque temos dois
radicais que são simplesmente colocadas juntas, sem quaisquer modificações em um dos
radicais, como ocorre no processo de aglutinação, como na alternativa C.
Alternativa C: incorreta. Nesse caso, há junção de dois radicais, mas com alteração de
um deles, o primeiro. Por isso, temos uma relação de aglutinação, visto que se modifica
foneticamente um ou mais radicais no processo.
Gabarito: B
Comentários
Alternativa A: incorreta. Para que tivéssemos uma composição por justaposição, dois
radicais deveriam ser colocados unidos, sem alteração alguma nos radicais. No caso das
palavras em destaque, todas são formadas por sufixação, como aponta a alternativa E.
Alternativa B: incorreta. Para que tivéssemos uma composição por aglutinação, dois ou
mais radicais deveriam ser colocados unidos, com alteração fonética de um deles ou de mais
de um. No caso das palavras em destaque, todas são formadas por sufixação, como aponta a
alternativa E.
Alternativa C: incorreta. Para que tivéssemos uma derivação por prefixação e sufixação,
teríamos a inserção de um prefixo e de um sufixo a um radical, formando uma nova palavra.
No caso das palavras em destaque, todas são formadas por sufixação, como aponta a
alternativa E.
Alternativa D: incorreta. Para que tivéssemos uma derivação por prefixação, teríamos a
inserção de um prefixo a um radical, formando uma nova palavra. No caso das palavras em
destaque, todas são formadas por sufixação, como aponta a alternativa E.
Alternativa E: correta. Nesse caso, todas as palavras destacadas são formadas por
sufixação. Na primeira delas, o sufixo “lógicas” é ligada ao radical “arqueo”; na segunda, une-
se a “frágil” o sufixo “idade”, muito comum no português; e, por fim, em “Fossilizados”, une-se
o sufixo “izados” ao radical “fóssil”.
Gabarito: A
Comentários:
Gabarito: E
“Que vingativo!”
Comentários:
A alternativa D está incorreta, pois a palavra “conter” é formada por derivação prefixal.
Gabarito: C
Em qual alternativa há palavra com prefixo que apresenta o mesmo valor do encontrado na
palavra em destaque no trecho “Como mostra o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, a
inconstância dos índios ‘obrigava’ os religiosos a promoverem uma constante
reevangelização”.
a) Revigorar
b) Rebuscar
c) Recapitalizar
d) Retornar
Comentários:
A alternativa C está correta, porque a palavra “recapitalizar” deve ser entendida como
uma forma de capitalizar novamente, como ocorre na palavra “reevangelização”, em que temos
a ideia de que os indígenas deveriam ser evangelizados novamente.
Gabarito: C
Comentários:
A alternativa A está correta, porque todas as palavras são formadas por justaposição, indicando
que nenhum dos radicais utilizados sofre qualquer forma de alteração fonética. Vale lembrar
que a composição envolve mais de um radical, sendo a justaposição a colocação junta de dois
ou mais radicais sem a modificação de um deles, enquanto na aglutinação temos modificação
de um ou mais dos radicais.
A alternativa B está incorreta, porque somente a palavra “anjo da guarda” é formada por
justaposição. As duas outras palavras são formadas por aglutinação.
A alternativa C está incorreta, porque as três palavras são formadas por composição por
aglutinação e não por justaposição.
Gabarito: A
Dentre as alternativas a seguir, em qual não é possível encontrar uma palavra classificada
como derivação imprópria no contexto de uso.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque a palavra Judas está sendo usada sem modificação
de classe gramatical. Diferente do que acontece com a alternativa D, em que o substantivo é
usado como adjetivo e não como substantivo.
Gabarito: A
a) Amoral
b) Átomo
c) Anestesia
d) Anônimo
e) Abdicar
A alternativa A está incorreta, porque “amoral” significa aquele que não tem moral.
Dessa forma, podemos entender que a ideia de negação é trazida exatamente por meio do
prefixo “a”, em questão.
A alternativa B está incorreta, porque a palavra “átomo” significa “aquele que não pode
ser separado”, dessa forma entendemos a ideia do “a” como negação para o caso.
A alternativa D está incorreta, porque a palavra “anônimo” significa “aquele que não tem
nome”, dessa forma entendemos a ideia do “a” como negação para o caso.
A alternativa E está correta, porque a palavra “abdicar” significa “abrir mão”, tendo como
prefixo a construção “ab”, que significa separação e não negação. Dessa forma, temos a
construção da resposta.
Gabarito: E
a) girassol.
b) felizmente.
c) emagrecer.
d) beija-flor.
e) hidrelétrica.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque “girassol” é formado por justaposição, dado que
os radicais não sofrem modificação alguma. Dessa forma, como vinagre é formado por
aglutinação, não temos a resposta. A inserção do segundo “s” na palavra é necessária pela
manutenção fonética.
A alternativa D está incorreta, porque “beija-flor” é formado por justaposição, dado que
os radicais não sofrem modificação alguma. Dessa forma, como vinagre é formado por
aglutinação, não temos a resposta.
A alternativa E está correta, porque ambas as palavras são formadas por aglutinação.
“Vinagre” é formada a partir da junção de “vinho acre”. Hidrelétrica, por sua vez, é formada
pelas palavras “hidro” e “elétrica”. As duas apresentam processo de modificação de um dos
radicais ou dos dois.
Gabarito: E
Ainda que não seja uma palavra em português, é possível identificar o processo de formação
utilizado em “Cyberbullying”. Assim, indique, a seguir, a opção em que há palavra formada
pelo mesmo processo.
a) Inconstitucional
b) Hidroelétrica.
c) Entardecer.
d) Adaptabilidade.
c) Infeliz.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque não temos formação por derivação na palavra do
enunciado. Essa é formada por prefixação e sufixação.
A alternativa C está incorreta, porque não temos formação por derivação na palavra do
enunciado. Essa é formada por parassíntese.
A alternativa D está incorreta, porque não temos formação por derivação na palavra do
enunciado. Essa é formada por sufixação.
A alternativa E está incorreta, porque não temos formação por derivação na palavra do
enunciado. Essa é formada por prefixação.
Gabarito: B
Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que contém palavra que apresenta o mesmo
processo de formação do utilizado na palavra em destaque em “A União Europeia também
possui normas rigorosas sobre o assunto, e as preocupações socioambientais estão no
centro do debate sobre o acordo com o Mercosul.”
a) Bioeconomia
b) Empoderamento
c) Hidroelétrica
d) Vinagre
e) Amanhecer
Comentários:
Gabarito: A