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GRAVIMETRIA

Prof. Dr. Wilson Hino Kato Junior


Análise Gravimétrica
• Técnica Analítica Quantitativa

• Separação e pesagem de um elemento ou composto na forma mais


pura possível.

• Quantidade de analito presente na amostra.


Análise Gravimétrica - Métodos
• Volatilização - analito é convertido em um gás de composição
química conhecida e a massa medida desse gás serve como a medida
da concentração do analito.

• Eletrodeposição - analito é separado pela deposição em um eletrodo


por meio do uso de uma corrente elétrica.

• Precipitação
Precipitação
Preparo da
Precipitação Digestão
Solução

Secagem ou
Lavagem Filtração
Calcinação

Pesagem
Precipitação
Em uma análise gravimétrica ideal, o precipitado
deve ser insolúvel, facilmente separável da fase
líquida por filtração, estável ao aquecimento e ter
condições que facilitem sua medição como elevada
massa molar, possuir composição química fixa e
conhecida e não ser higroscópico.

- muitas vezes o
precipitado não se constitui uma forma adequada
de pesagem, não possui uma composição química
bem definida ou ainda não suporta o processo de
aquecimento.
Agente Precipitante
• O agente precipitante deve ser específico ou ao menos seletivo.

• Um exemplo de reagente inorgânico seletivo é o nitrato de prata


(AgNO3 ) que precipita, em meio ácido, Cl-, Br-, I- e SCN-.

• Já a dimetilglioxima é um exemplo de reagente orgânico específico


para Ni2+ , em soluções alcalinas.
Formação do Precipitado
Ocorre em duas fases: Nucleação e Crescimento da Partícula
• Nucleação: as moléculas, átomos ou íons presentes na solução
formam pequenos agregados sólidos, geralmente compostos de 4 ou
5 partículas. Muitas vezes, esses núcleos são formados na superfície
de sólidos insolúveis em solução, como poeira ou ainda a partir da
rugosidade de uma superfície de vidro.
• Crescimento da Partícula: moléculas ou íons do soluto se agregam ao
núcleo de cristalização de modo a formar um cristal.
Formação do Precipitado
• A partir da segunda etapa, ocorre uma competição entre a formação
de mais núcleos (nucleação) ou o crescimento dos já existentes
(crescimento da partícula).
• Se a nucleação predomina, o resultado é um precipitado contendo
grande número de pequenas partículas. Se o crescimento predomina,
o resultado é um número pequeno de partículas maiores.
• No caso de a solução conter mais solutos do que o necessário para o
equilíbrio, ocorre a supersaturação. Nestes casos, a nucleação ocorre
em detrimento do crescimento, levando à geração de partículas
muito pequenas.
Formação de Precipitado
Formação de crital adequado - Nucleação não pode ser excessiva
• Trabalhar em temperaturas elevadas para aumentar a solubilidade e
evitar a supersaturação no momento da adição do agente
precipitante;
• Adicionar vagarosamente o agente precipitante à solução e sob
vigorosa agitação para que o fluxo de precipitante não provoque
supersaturação na reação com o analito;
• Utilizar grandes volumes das soluções envolvidas para minimizar os
efeitos da supersaturação.
Suspensões Coloidais
Partículas muito pequenas que não conseguem ser filtradas.

As suspensões coloidais, também conhecidas como coloides, são


formadas porque existem repulsões elétricas entre as partículas devido à
presença de íons na superfície do precipitado. Essas atmosferas iônicas
ao redor das partículas impedem que elas colidam entre si, se
aglomerem e, por fim, precipitem
Suspensões Coloidais
• É possível induzir a coagulação dessas suspensões de forma a gerar
uma massa amorfa filtrável. Para isso, pode-se adicionar um
eletrólito à solução que seja capaz de diminuir o volume da segunda
camada (contraíon), aumentando assim as chances da coagulação
• Cuidado com a Peptização!

• Outra forma de induzir a coagulação é por meio do aquecimento da


solução (se possível, acompanhado de agitação) já que ele provoca a
diminuição do número de íons adsorvidos, diminuindo a espessura
da dupla camada, e também o aumento da energia cinética das
partículas, superando a barreira imposta pela dupla camada.
Utilização de Solução Homogênea
A precipitação em solução homogênea é uma forma de precipitação na
qual o agente precipitante é gerado no próprio meio reativo por meio
de uma reação química. Esse procedimento otimiza o crescimento dos
cristais, pois a formação do agente precipitante é lenta e gradual.
Digestão
A digestão, também chamada de envelhecimento, é a operação pela
qual o precipitado é deixado em contato com a solução-mãe aquecida
por um período de tempo e sem agitação com o objetivo de obter um
precipitado com partículas grandes, fácil de ser filtrado e com alto teor
de pureza.
Filtração
A filtração consiste na separação da fase
sólida contendo o precipitado desejado da
solução-mãe utilizando papéis de filtro,
membranas filtrantes ou cadinhos filtrantes
de vidro sinterizado permitindo a separação
e o recolhimento do precipitado.
A filtração é uma etapa muito importante
pois as partículas do precipitado não
podem ser tão pequenas a ponto de
entupirem o filtro ou passarem por ele.
Lavagem
A lavagem do precipitado é realizada com o intuito de remover o
excesso de soluto que ainda se encontra presente no líquido retido nas
partículas do precipitado.
Os principais fatores que devem ser levados em consideração na
lavagem são a solubilidade e a peptização do precipitado.
Alguns precipitados com baixa solubilidade podem ser lavados com água,
no entanto, outros precipitados pouco solúveis com características
coloidais necessitam da presença de eletrólitos na solução de lavagem
para evitar o efeito peptizante causado pela água.
Secagem e Calcinação
Secagem: Precipitados que já se encontram em uma forma de pesagem
adequada e que necessitam apenas de remoção da água e de eletrólitos
adsorvidos da água de lavagem. O processo de secagem envolve
aquecimentos brandos por 1 a 2 horas.

Calcinação: Aquecimento forte em temperaturas próximas a 1000 °C


visando modificar a composição química do precipitado, convertendo-o
em uma forma adequada de pesagem.
Secagem e Calcinação

SECAGEM CALCINAÇÃO
Contaminações de Precipitados
Inclusões: O íon contaminante apresenta tamanho e carga semelhante a
um dos íons pertencentes ao precipitado, sendo capaz de substituí-lo na
rede cristalina do precipitado.
São mais prováveis quando o íon da impureza tem tamanho e carga
semelhante ao do produto, como a formação de cristais mistos de
BaSO4 e PbSO4 .
Contaminações de Precipitados
Oclusões: íons contaminantes são retidos no interior do cristal em
crescimento na forma de imperfeições sem que haja a substituição dos
cátions e ânions originais na estrutura cristalina do precipitado. Um
exemplo é a contaminação do precipitado de BaSO4 por BaCl2 e Na2SO4.
O fenômeno observado nos dois processos supracitados é o de
absorção já que a impureza é incorporada ao precipitado.
Contaminações de Precipitados
Pós-precipitação: A contaminação de um precipitado ocorre depois de
completada a separação do precipitado. Isso ocorre nos casos em que a
solução-mãe se torna supersaturada de impurezas que começam a
cristalizar lentamente sobre o precipitado formado.
Quando uma impureza é ligada à superfície do cristal, o fenômeno
observado é a adsorção. ABSORÇÃO ADSORÇÃO
CÁLCULOS GRAVIMÉTRICOS
Deseja-se verificar a quantidade de Fe3+ em uma amostra de
composição desconhecida. Para isso uma alíquota de 0,500g foi
solubilizada e em seguida foi adicionado agente precipitante, dando
origem ao Fe(HCO2)3, que foi filtrado, lavado e submetido a altas
temperaturas, sendo transformado em Fe2O3, o qual foi pesado, sendo
possível constatar que sua massa era de 0,250g.
Quais os processos envolvidos?
Qual é o conteúde de Fe3+ na amostra?
Dados: MM Fe: 55,845u MM O: 15,999u
MM Al: 26,981539 u
MM O: 15,999 u

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