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Disciplina: Contabilidade 1
Professora: Giselle Carvalho
1. Introdução
Você já viu nas aulas anteriores que existem algumas demonstrações obrigatórias
de acordo com a lei 6.404/76 e o CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis.
As demonstrações contábeis são ferramentas importantes para diversos usuários como,
por exemplo, o governo, fornecedor, banco, investidor dentre outros. E cada usuário
extrairá desses relatórios o que lhe for importante. Então, por exemplo, se uma empresa
for pedir um financiamento em um Banco, este irá fazer uma análise para verificar se a
empresa possui um fluxo de caixa compatível para pagar suas obrigações, irá analisar o
Patrimônio dela e fazer algumas análises de indicadores financeiros que vocês aprenderão
na disciplina de análise econômica e financeira de balanços. O investidor que deseja
comprar as ações de uma empresa também irá verificar a saúde financeira da empresa
através da Demonstração de Fluxo de Caixa, se está gerando lucro e pagando dividendos
e se não há nenhum risco de descontinuidade do negócio. Isso são alguns exemplos de
uso das demonstrações contábeis e como eles são importantes para vários usuários.
Vamos agora aprender um pouco mais sobre o Balanço Patrimonial
2. Balanço Patrimonial
Nas aulas anteriores, vocês aprenderam o conceito básico de Ativo (bens e
direitos), Passivo (obrigações) e Patrimônio líquido (os valores investidos pelos sócios).
Vamos agora aprofundar um pouco mais esses conceitos?
Antes de começarmos a estudar o Balanço Patrimonial vamos entender o que é
patrimônio. O objetivo da contabilidade é o controle de um Patrimônio que pode ser tanto
da pessoa física como jurídica. Esse controle é realizado através de coleta,
armazenamento e processamento das informações diárias que tem potencial para alterar
esse patrimônio (PADOVEZE, 2014). Desta forma, o mesmo autor define então que a
contabilidade é o sistema de informação responsável por controlar o patrimônio de uma
entidade. E esse controle se dará ao longo dos anos, com a continuidade dela.
Como já vimos anteriormente, o Balanço Patrimonial é composto do Ativo,
Passivo e Patrimônio Líquido. Ele apresentará a situação patrimonial (bens, direitos e
obrigações) e capacidade financeira de uma empresa em determinada data. Por isso, ele
é considerado uma demonstração estática, como se fosse uma foto, a realidade naquela
data, naquele momento.
O CPC 00 – Estrutura Conceitual apresenta as seguintes definições para Ativo,
Passivo e Patrimônio Líquido conforme abaixo:
(a) ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do
qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade;
(b) passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja
liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar
benefícios econômicos;
(c) patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos
todos os seus passivos.
Fonte: https://canalcederj.cecierj.edu.br/recurso/7001
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ATIVO PASSIVO
Conta Corrente bancária 285.000 Passivo
Veículo 15.000 Fornecedores 22.500
Estoque de mercadorias 22.500 Patrimônio líquido
Capital Social 300.000
Total 322.500 Total 322.500
ATIVO PASSIVO
Conta Corrente bancária 285.000 Passivo
Estoque de mercadorias 22.500 Fornecedores 22.500
Veículo 15.000 Financiamento a pagar 180.000
Imóvel 180.000 Patrimônio líquido
Capital Social 300.000
Total 502.500 Total 502.500
e. A entidade verificou que uma parte da mercadoria estava danificada e por isso teve
que devolver parte da mercadoria ao fornecedor no valor de R$ 10.000.
Origem = Estoque de mercadorias
Aplicação = Fornecedores
ATIVO PASSIVO
Conta Corrente bancária 285.000 Passivo
Estoque de mercadorias 12.500 Fornecedores 12.500
Veículo 15.000 Financiamento a pagar 180.000
Imóvel 180.000 Patrimônio líquido
Capital Social 300.000
Total 492.500 Total 492.500
f. A entidade pagou a primeira parcela do fornecedor no valor de R$ 6.250.
Origem = Conta Corrente bancária
Aplicação = Fornecedores
ATIVO PASSIVO
Conta Corrente bancária 278.750 Passivo
Estoque de mercadorias 12.500 Fornecedores 6.250
Veículo 15.000 Financiamento a pagar 180.000
Imóvel 180.000 Patrimônio líquido
Capital Social 300.000
Total 486.250 Total 486.250
Pode haver situações nas empresas em que suas obrigações (Passivo Exigível)
sejam superiores aos seus bens e direitos (Ativo). Essa situação é denominada de Passivo
a descoberto ou Patrimônio Líquido Negativo. Mas isso não é nada bom para as
empresas, pois significa que ela está gastando mais do que pode pagar, consumindo
inclusive o patrimônio líquido. Vamos apresentar abaixo algumas situações patrimoniais
que podem ocorrer com uma empresa baseado na equação patrimonial (A=P+PL).
Lembrando que a situação abaixo é hipotética e serve apenas para analisarmos as
situações distintas que pode existir com o ativo, passivo e patrimônio líquido,
considerando também que o ativo e o passivo não podem ser negativos. Assim, baseado
na equação patrimonial, podemos extrair as situações abaixo:
ATIVO PASSIVO
Caixa e equivalentes a caixa $16.000 Passivo
Estoque $ 1.500 Fornecedores $2.000
Patrimônio Líquido
Capital Social $15.500
Total $ 17.500 Total $ 17.500
Neste caso, a situação líquida1 é positiva tendo em vista que o Ativo é maior que
o Passivo e assim a empresa tem capacidade suficiente de honrar com suas obrigações.
ATIVO PASSIVO
Caixa e equivalentes a caixa $16.000 Patrimônio Líquido
Estoque $ 1.500 Capital Social $17.500
Total $ 17.500 Total $ 17.500
A situação líquida também é positiva e demonstra que a empresa ainda não tem
dívidas (obrigações). Esta situação ocorre normalmente quando a entidade começa suas
atividades, quando apenas aplicou o capital investido em Ativos e ainda não contraiu
dívidas. Vamos estudar mais a frente sobre as configurações do capital, não se
preocupem!
c) A = P e P = 0, logo PL = 0
ATIVO PASSIVO
Caixa e equivalentes a caixa $16.000 Passivo
Fornecedores $16.000
Total $ 16.500 Total $ 16.500
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Situação líquida é a diferença entre o Ativo e o Passivo, ou seja, é o sinônimo de Patrimônio Líquido.
SL = A-P
A situação líquida, neste caso, é nula e apresenta uma situação hipotética em que
não há riqueza própria (patrimônio líquido) e seus ativos estão comprometidos com o
pagamento das obrigações com terceiros.
ATIVO PASSIVO
Caixa e equivalentes a caixa $16.000 Passivo
Fornecedores $20.000
Patrimônio Líquido ($4.000)
Total $ 16.000 Total $ 16.000
Neste caso, a situação líquida é negativa, pois as obrigações são superiores aos
bens e direitos da entidade revelando que entidade está em má situação financeira. A
situação líquida negativa também é chamada de Passivo a Descoberto.
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“É uma denominação utilizada na Contabilidade para os bens, direitos, obrigações, e todas as operações
(fatos) realizadas pelas entidades. Por exemplo, para o conjunto de cadeiras, mesas, armários de uma
empresa podemos utilizar a conta Móveis e Utensílios. Canetas, apontadores, cadernos, podemos incluir na
conta Material de Escritório. As contas são sempre expressas com a primeira letra maiúscula”. (Material do
Cederj, livro texto de Contabilidade Geral 1, Aula 4).
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“A liquidez é a capacidade de um bem ou direito se transformar em dinheiro. Você deve perceber que
existe uma relação direta entre liquidez e o preço absoluto da mercadoria/poder aquisitivo das pessoas.
Quanto menos custa um produto, maior o número de pessoas que estão aptas a comprá-lo. Se você comparar
um imóvel com uma caneta, certamente existem mais pessoas que possuem dinheiro para comprar uma
caneta do que para comprar um apartamento! Além disso, há outros aspectos que influenciam a liquidez de
um produto, como a propaganda que é feita para vendê-lo, o quanto ele é útil, necessário, duradouro e fácil
de ser encontrado, por exemplo”. (Material do Cederj, livro texto de Contabilidade Geral 1, Aula 4)
vender mais rápido (e até em maiores quantidades) do que a de menor valor. Por isso, o
Balanço das empresas começa sempre com o Caixa, a conta de maior liquidez do Ativo.
Gostaria apenas de mencionar que o CPC 26 não determina como deve ser a
disposição das contas no Balanço Patrimonial, mas determina que deve ser seguida a lei
brasileira. A lei 6.404/76 art. 178 §§ 1o e 2o determina a divisão do Ativo e do Passivo
conforme abaixo:
BALANÇO PATRIMONIAL
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Exercício social é o período de tempo (normalmente 12 meses) que as entidades registram os fatos
contábeis necessários para a elaboração das Demonstrações Contábeis e para a apuração dos impostos
entalecidos pela legislação do imposto de renda.
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O estatuto social é o documento de criação da Sociedade Anônima. Será estudado mais afundo na
disciplina de Legislação Empresarial.
o exercício social iniciará em 01 de maio e terminará 30 de abril. Quantos meses terá o
exercício social? Neste caso, o exercício poderá ter duração de 4 meses (de janeiro a abril
de 2015) ou 16 meses (os 12 meses de 2015 somados aos a primeiros meses de 2016).
A outra exceção é quando ocorre a alteração societária. Suponha que uma empresa
encerre seu exercício social em 30 de junho de 2015. Mas decida alterar o término do
exercício social para 31 de dezembro. A empresa irá encerrar seu exercício social em 30
de junho de 2015 e iniciará o novo exercício social em 01 de julho de 2015. Assim, no
ano-calendário de 2015, o novo exercício social terá a duração de 6 meses (julho a
dezembro), diferente dos 12 meses estabelecidos pela lei societária.
As empresas deverão elaborar anualmente o Balanço Patrimonial sendo que as
sociedades anônimas de capital aberto deverão elaborar o Balanço e as demais
demonstrações contábeis a cada trimestre além de ter a obrigatoriedade de publicá-las.
Mas é importante ressaltar que as demonstrações são elaboradas mensalmente pelas
empresas, ou seja, todos os meses as empresas encerram o mês para apurar seus resultados
e desta forma, a empresa poderá ter uma visão mais ampla sobre o seu negócio.
A Lei 11.638/2007, que alterou a lei 6.404/76, trouxe uma grande mudança para
as empresas consideradas de grande porte, independentemente de serem Sociedades
Anônimas ou não. A lei determinou que, grande porte é a sociedade ou conjunto de
sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior
a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual
superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais). Essas empresas deverão seguir
a lei 6.404/76 no que tange a escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a
obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na Comissão de Valores
Mobiliários. Assim, desde 2007 mais empresas são obrigadas a divulgar suas
demonstrações contábeis melhorando a transparência e permitindo que a sociedade tenha
acesso a informações que antes não estava disponível.
De acordo com o CPC 26, as entidades devem divulgar as demonstrações
contábeis de pelo menos dois anos para fins de comparação, ou seja, o exercício social
findo e do ano anterior, inclusive a nota explicativa deve constar as informações
relevantes dos dois anos publicados.
A seguir apresentamos um modelo de Balanço Patrimonial e discutiremos os
grupos adiante.
Empresa Estrela S/A
Balanço Patrimonial em 31/12/17
ATIVO R$ PASSIVO R$
Ativo circulante R$ 290.217,00 Passivo circulante R$ 278.300,00
Caixa e equivalentes a caixa R$ 180.000,00 Salários e encargos a pagar R$ 55.000,00
Banco R$ 23.487,00 Impostos a recolher R$ 11.800,00
Contas a receber ou Clientes R$ 29.500,00 Fornecedores R$ 47.980,00
(-) Perdas estimadas em
crédito de liquidação
duvidosa -R$ 3.700,00 Empréstimo a pagar R$ 13.700,00
Estoque R$ 54.830,00 Títulos a pagar R$ 16.300,00
Adiantamento a fornecedor R$ 1.500,00 Financiamento a pagar R$ 27.100,00
Despesa antecipada com
seguros R$ 4.600,00 Duplicatas descontadas R$ 15.900,00
Ativo não circulante R$ 906.720,00 Adiantamento de clientes R$ 19.520,00
Ativo realizável a longo
prazo R$ 25.300,00 Dividendos a pagar R$ 71.000,00
Contas a receber ou Clientes R$ 6.900,00
Empréstimo a diretores R$ 18.400,00
Investimentos R$ 279.800,00 Passivo não circulante R$ 229.200,00
Participação permanente em
outras entidades R$ 53.000,00 Empréstimo a pagar R$ 66.000,00
Propriedade para
investimento R$ 160.800,00 Debêntures R$ 69.200,00
Obras de arte R$ 66.000,00 Provisão para garantia R$ 94.000,00
Imobilizado R$ 530.820,00 Patrimônio Líquido R$ 689.437,00
Veículo R$ 150.000,00 Capital social subscrito R$ 650.000,00
(-) Depreciação Acumulada -R$ 30.000,00 Capital social a integralizar -R$ 80.000,00
(-) Perdas estimadas por
redução ao valor recuperável -R$ 10.000,00 Ajuste de Avaliação patrimonial R$ 20.000,00
Móveis e utensílios R$ 33.000,00 Reserva de capital R$ 7.747,00
(-) Depreciação Acumulada -R$ 13.000,00 Reserva de lucro R$ 120.000,00
Máquinas e equipamentos R$ 28.000,00 Ações em tesouraria -R$ 28.310,00
Terrenos R$ 166.000,00
Animais de tração R$ 29.300,00
Recursos minerais R$ 177.520,00
Intangível R$ 70.800,00
Marcas R$ 21.000,00
Patente R$ 18.400,00
Pesquisa e desenvolvimento R$ 44.000,00
(-) Amortização acumulada -R$ 12.600,00
Total do ativo R$ 1.196.937,00 Total do passivo + PL R$ 1.196.937,00
2.1 Ativo
Lei 6.404/76
De acordo com o CPC 26, o ativo deve ser classificado como circulante quando
satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no
decurso normal do ciclo operacional da entidade;
(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou
(d) é caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de
passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
Então, serão classificados como ativo não circulante os demais ativos da empresa.
Há sempre uma dúvida entre os alunos em relação ao circulante e realizável a
longo prazo. Por exemplo, a empresa efetuou a venda de mercadorias no valor de R$
50.000 e o comprador irá pagar em 20 parcelas iguais (desconsiderar neste momento o
ajuste a valor presente que vamos estudar mais adiante) iniciando em setembro os
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“Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto
prazo e não para investimento ou outros fins e devem ter conversibilidade imediata em um montante
conhecido de caixa e estar sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. Por conseguinte, um
investimento ou aplicação financeira (ex. CDB-DI), normalmente, se qualifica como equivalente de caixa
quando tem vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou menos, a contar da data da contratação”
(IUDÍCIBUS, et al, p. 41, 2018)
pagamentos. Considerando que o exercício social se encerra em 31 de dezembro de 2017,
vamos analisar o que será circulante e não circulante.
• Setembro de 2017 até dezembro de 2018 – 16 parcelas (R$ 40.000)
• Janeiro de 2019 em diante – 4 parcelas (R$ 10.000)
Investimento
Lei 6.404/76
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
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Coligada – quando a empresa investidora tem influência significativa sobre a entidade, ou seja, participa
do processo decisório, mas sem controlá-la.
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Controlada – quando a empresa investidora tem preponderância nas decisões operacionais e financeiras
da entidade capaz de controlá-la.
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se
destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
Imobilizado
Lei 6.404/76
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com
essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os
benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
Intangível
Lei 6.404/76
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive
o fundo de comércio adquirido.
2.2 Passivo
De acordo com o CPC 26 (R1), o passivo deve ser classificado como circulante
quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou
(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante
pelo menos doze meses após a data do balanço.
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Segundo o CPC 27 - Imobilizado valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que
seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do
mercado na data de mensuração
Apenas um item do patrimônio líquido vamos estudar um pouco mais. Vamos
aprender um pouco mais sobre o capital social?
Acho que todos devem ter ouvido esta frase algum dia na vida: “Quero abrir um
negócio e preciso de R$ XXX de capital para abrir meu negócio”. O que seria esse capital?
O capital seria o recurso inicial necessário para abrir um negócio, ou seja, o compromisso
inicial para a concretização do negócio. Quando se trata de sociedade anônima, elas
também precisam de capital, mas esse capital é denominado de Capital Social Subscrito.
O Capital Social Subscrito representa o compromisso assumido pelos sócios em
entregar recursos para a entidade. De acordo com o art.7º da lei 6.404/76, o capital social
poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens
suscetíveis de avaliação em dinheiro.
O art. 182 da Lei no 6.404/76 estabelece que “a conta do capital social discriminará
o montante subscrito, e, por dedução, a parcela ainda não realizada”. Isso significa que os
sócios podem integralizar (ou realizar), ou seja, entregar o numerário ou bem tudo de uma
vez só ou pode deixar para depois, respeitando o previsto no estatuto social. Desta forma,
caso a empresa não realize a integralização devemos criar a conta Capital Social a
integralizar ou realizar. Mas lembre-se, o que aparece no subgrupo Capital Social deve
ser o valor do Capital Social Realizado.
Referências Bibliográficas
Lopes, Cardoso, R., Szuster, Natan, Szuster, Rechtman, Szuster, Fernanda Rechtman S.
Contabilidade geral: introdução à Contabilidade Societária, 4ª edição. Atlas, 03/2013.
Rubens, GELBCKE, E., SANTOS, dos, IUDÍCIBUS, de, MARTINS, Eliseu. Manual
de Contabilidade Societária, 3ª edição. Atlas, 03/2018.