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Receita Bruta
(-) Deduções da Receita Bruta:
Desconto incondicional
Vendas canceladas
Abatimentos e devoluções
Impostos e contribuições incidentes sobre receitas
(=) Receita Líquida
Nas próximas aulas vamos estudar sobre os tributos que incidem sobre as receitas em determinadas
empresas.
Os tributos que incidem sobre as receitas com vendas são proporcionais às receitas geradas em
determinado período e estão vinculados ao preço de venda. Portanto, quanto maior o preço e maior
o volume vendido, maior serão os tributos sobre as vendas.
Estes tributos podem ser classificados como indiretos, uma vez que incidem sobre transações de
mercadorias, de modo que a cobrança é feita em cima do que é consumido.
Por outro lado, os impostos considerados diretos são aqueles que incidem sobre o lucro das
empresas ou sobre bens do patrimônio, tais como o Imposto de Renda, o IPTU e o IPVA.
Um tributo é cumulativo quando incide em todas as etapas intermediárias dos processos produtos e
de comercialização de um bem. Isso influencia o custo do produto, já que o imposto incide sobre o
imposto.
Por sua vez, um tributo é não cumulativo quando na etapa posterior ao processo de produção ou de
comercialização o imposto pago ou recolhido na etapa anterior é deduzido do novo valor a ser
recolhido.
Entre os tributos sobre vendas que nós estudaremos o IPI e o ICMS são não cumulativos.
Já o PIS e o COFINS podem ser cumulativos ou não cumulativos, dependendo do modo como são
calculados. Em nosso material, vamos usar as alíquotas aplicadas quando estes tributos são
cumulativos. Isso acontece quando a empresa trabalha com lucro presumido, que representa um
modo de tributação simplificado para determinação da base de cálculo do Imposto de Renda e da
Contribuição social sobre o lucro de pessoas jurídicas, que presume o seu lucro a partir de suas
receitas sujeitas à tributação. Além disso, a legislação efetua uma distinção de acordo com o setor de
atividade da empresa, podendo ser cumulativo ou não cumulativo.
Dizemos que o tributo é “por dentro” quando ele está incluído na base de cálculo. Por sua vez, um
tributo é considerado “por fora” quando é cobrado a parte.
Por exemplo, uma mercadoria custa R$1.000 e sobre ela incide R$100 de tributos.
No caso do tributo “por dentro”, a base de cálculo será de R$1.100 e a alíquota do tributo de
R$100/R$1.100, ou seja, de aproximadamente 9,1%
Já no caso do tributo “por fora”, a base de cálculo será de R$1.000 e a alíquota do tributo de
R$100/R$1.000= 10%.
Entre os tributos sobre vendas que nós estudaremos o ICMS, o PIS e o COFINS são tributos “por
dentro”, enquanto o IPI é um tributo “por fora”.
Portanto, segue um pequeno resumo sobre os tributos que vamos estudar nas próximas aulas:
O fato de o IPI e do ICMS serem não cumulativos e do PIS e da COFINS estudados serem cumulativos
significa que o tratamento contábil é diferenciado. Adotamos aqui esse procedimento, com o
objetivo de evidenciar as duas formas de tributação.
Base de cálculo
Os tributos que iremos estudar incidem sobre uma base de cálculo, de modo a serem obtidos do
seguinte modo:
Por exemplo, uma indústria fabrica canetas e vende para papelarias. Em dezembro de 2018 uma
papelaria comprou 500 canetas, por R$2.500.
Na venda, a base de cálculo é aplicada sobre a Receita Bruta deduzida dos descontos incondicionais,
das vendas canceladas e dos abatimentos e devoluções.
Por exemplo, uma empresa vende 200 unidades de mercadoria a R$50 cada. A empresa oferece um
desconto comercial de 20%. Depois da venda, o comprador devolve 40 unidades.
Portanto, a empresa vendeu 200 unidades – 40 que foram devolvidas= 160 unidades.
Além disso, o preço de venda era de R$50, que com o desconto de 20% foi de R$40.
A receita sobre a qual o imposto vai incidir é de 160 unidades x R$40= R$6.400
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial, 9ª edição. Ed. Atlas: São Paulo,
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PÊGAS, Paulo Henrique. Manual de Contabilidade Tributária, 8ª edição. Ed. Freitas Bastos: Rio de
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