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II - Imposto de Importação
IE - Imposto de Exportação
IRPJ
IRPJ
Conforme Hauser (2017, p. 86), a base de cálculo do IR trimestral ocorre da seguinte forma:
De acordo com Ziese (2015), a alíquota aplicada ao IRPJ é estabelecida de acordo com a
legislação, ficando estipulada em 15% sobre o lucro apurado para o período.
Veja um exemplo, adaptado segundo Hauser (2017, p. 87), para o cálculo do IRPJ com
alíquota de 15% e do adicional com alíquota de 10%:
Em resumo, o cálculo do adicional só acontecerá se o valor do lucro mensal exceder R$
20.000,00. No exemplo, a empresa obteve um lucro de R$ 80.000,00 no trimestre, ou seja, uma
média de R$ 26.666,67 por mês. Então, nesse caso, será necessário pagar o adicional sobre o
excedente de cada mês. Como é preciso calcular o imposto no trimestre, basta multiplicar R$
6.666,67 por 3 meses, o que resultará naqueles R$ 20.000,00. Então, R$ 20.000,00 x 10% = R$
2.000,00.
Considera-se como prazo de pagamento para o IRPJ o último dia útil posterior ao período de
apuração, podendo ser mensal ou trimestral. Quando é mensal, o pagamento deverá ocorrer no
mês seguinte ao da apuração. O pagamento poderá ser mensal ou trimestral. No entanto, para
empresas do Simples Nacional, a regra não se enquadra, pois o recolhimento é sempre mensal.
Se a empresa for optante pelo lucro real, o pagamento mensal corresponde ao pagamento
por estimativa, sendo apurado o IR definitivo no término do período de apuração. Em se tratando
de IR mensal por estimativa, no final do período pode ocorrer um recolhimento maior que o devido
pela empresa, mas, nesse caso, ela poderá se compensar com outros tributos que sejam de
competência da União. Do contrário, se, ao final do período, for constatado que a empresa
recolheu tributo menor que o devido, ela poderá realizar o recolhimento faltante com competência
de dezembro, fazendo desse modo o ajuste do imposto anual.
O cálculo da CSLL é apurado junto com o IRPJ. A base de cálculo usada para definir o IR
a pagar será usada como base de cálculo para definir a parcela da CSLL a recolher.
O PIS representa um tributo que todas as pessoas que habitam o território nacional pagam,
direta ou indiretamente. As pessoas acabam pagando o tributo por meio das mercadorias
adquiridas pelas indústrias, por exemplo, que incluem a alíquota do tributo nos produtos que são
comercializados.
A base de cálculo do PIS é o faturamento da empresa, mas considera-se também para sua
base o valor do produto importado. Em situações de produto importado, a incidência do PIS
ocorrerá para a pessoa física e para a pessoa jurídica.
As alíquotas usadas para o cálculo do PIS são diversas, pois a alíquota vai depender do tipo
de regime tributário adotado pela empresa. Quando se trata de importação de mercadorias, a
alíquota varia de acordo com o produto, sendo necessário muitas vezes pesquisar na legislação
sobre a alíquota a ser aplicada em virtude da sua diversidade.
O quadro a seguir apresenta as alíquotas aplicadas para o PIS, de acordo com cada tipo de
regime tributário:
IRPF
O IRPF é o imposto devido pelo contribuinte pessoa física. O imposto é calculado sobre toda
a renda auferida pela pessoa física, sem considerar a origem do rendimento. Cabe ao contribuinte
buscar na legislação as possibilidades de isenção, assim como as parcelas dedutíveis da base de
cálculo para o IR (ZIESE, 2015).
a Pessoa Física que estiver sujeita à retenção do Imposto de Renda pela prestação de
serviços, deverá apresentar anualmente a Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física.
Essa declaração é disponibilizada pelo Governo Federal, em sua página na internet, normalmente
entre os meses de março e abril.
Dessa forma, tem a obrigação de entregar a declaração do IRPF a pessoa física que
receber, no mesmo exercício social, o valor excedente daquele considerado isento. É importante
considerar que a declaração deve ser entregue de acordo com prazo definido pela Receita
Federal do Brasil. Depois de preenchida a declaração e apresentado o valor a pagar, o valor que
já foi recolhido pela fonte pagadora no mesmo exercício social poderá ser descontado (ZIESE,
2015).
IRRF
O IRRF é o imposto que tem por base de cálculo o rendimento bruto mensal decorrente do
trabalho.
Conforme o site da Receita Federal do Brasil (s.d.), esse imposto é considerado também
como base de cálculo do IRRF:
A alíquota aplicada para o IRRF tem variação de acordo com tabela progressiva vigente,
com alíquotas entre 15% e 27,5%.
O prazo para o recolhimento é de até o terceiro dia útil da semana seguinte à semana em
que ocorreu o fato gerador.
IOF
Conforme Ziese (2015), o imposto tem incidência sobre toda movimentação financeira que
envolva empréstimos e remessas para fora do território nacional. A incidência contempla tanto
pessoa física quanto pessoa jurídica.
O IOF contém alíquotas mais baixas, que são aplicadas para operações de necessidades
primordiais, como na aquisição de imóveis residenciais, por exemplo: nesse caso as alíquotas são
reduzidas.
O IOF para a pessoa jurídica tem incidência sobre financiamentos de máquinas e equipamentos,
pagamento de serviços oriundos do exterior, ou seja, fora do território nacional, e mútuo
executado entre pessoa jurídica.
Já para a pessoa física, o IOF tem incidência sobre os financiamentos realizados para aquisição
de veículos, assim como os empréstimos bancários para qualquer finalidade.
ITR
Conforme a Lei n.º 9.393/1996, o ITR é o imposto, com apuração anual, que tem como fato
gerador a propriedade rural, ou seja, aquela localizada fora do território considerado como zona
urbana.
A incidência do ITR ocorre sobre imóvel que foi declarado como sendo de utilidade social
com o intuito de uso para a reforma agrária, cabendo a exceção em caso de transferência da
propriedade.
A legislação compreende como área rural a extensão de terras que estão localizadas fora da
parte centralizada de municípios, sendo assim a zona mais afastada denominada de rural.
Conforme a Lei n.º 9.393/1996, a não incidência do ITR ocorre na seguinte situação:
Art. 2º Nos termos do art. 153, § 4º, in fine, da Constituição, o imposto não incide sobre
pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua
outro imóvel.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com área
igual ou inferior a:
I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal
mato-grossense e sul-mato-grossense;
II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia
Oriental;
III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município.
A SRF (Secretaria da Receita Federal) deve receber toda a informação dos dados cadastrais
do contribuinte, mediante DIAC (Documento de Informação e Atualização Cadastral) do ITR. Com
relação à entrega da declaração anual, a obrigação é do contribuinte, que deve enviar as
informações relativas a VTN (valor de terra nua) relativo ao imóvel.
Cabe ao contribuinte realizar a apuração e o pagamento do imposto do ITR, com base nos
prazos definidos pela SRF.
IPI
O IPI é o imposto que incide sobre a importação de produtos fora do território nacional. Ele é
devido por indústrias ou empresas equiparadas à indústria, conforme define a legislação federal.
O IPI não tem alíquota única, sendo assim, existem alíquotas diferenciadas conforme
apresenta a TIPI (tabela de incidência do imposto sobre produtos industrializados).
A apuração do IPI é decendial e o prazo de recolhimento considera até o terceiro dia útil do
decêndio subsequente ao período de ocorrência dos eventos, especialmente para veículos e
bebidas, por exemplo. Para os outros produtos, o prazo de recolhimento é até o último dia útil do
decêndio, posterior à ocorrência dos fatos geradores, conforme o que esclarece a Receita Federal
do Brasil (s.d.).
É permitido ao governo a elevação das alíquotas de IPI quando se tem o intuito de reduzir o
consumo de um produto, assim como poderá reduzi-las quando se busca a situação inversa, por
exemplo, a promoção de um produto.
Quando o contribuinte apresentar saldo credor, ele poderá fazer a compensação do valor,
posterior ao período subsequente ao encerramento do trimestre, podendo ser compensado com
outro tributo que seja de cobrança da Receita Federal do Brasil. Para que o contribuinte faça a
compensação do crédito de IPI, é necessário demonstrar a PERD/COMP (Pedido Eletrônico de
Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação) (ZIESE, 2015).
O IPI corresponde a um imposto que não tem cumulatividade, oportunizando assim que “[...]
o contribuinte sujeito à apuração desse imposto se aproprie do crédito dos produtos adquiridos e
para os quais haverá uma nova saída tributada” (ZIESE, 2015, p. 49). É importante destacar que
o crédito relativo ao IPI só ocorrerá se houver uma nova venda da mercadoria que já foi adquirida.
II
A base de cálculo do imposto, conforme a Receita Federal do Brasil e a Lei n.º 5.172, de 25
de outubro de 1966, é:
O II é devido pelo contribuinte que realiza a importação de um produto, por aquele que
arremata produtos que foram apreendidos pelos órgãos responsáveis pela fiscalização dessa
mercadoria que entra no território nacional ou mesmo por produtos que foram abandonados.
IE
Esse imposto, também de competência da União, tem por base a exportação de produtos
nacionais ou nacionalizados para fora do território nacional. O IE tem como fato gerador a saída
de produtos do âmbito nacional.
O IE tem como base de cálculo para o imposto uma alíquota definida, segundo o que
apresentam a Receita Federal do Brasil e a Lei n.º 5.172, de 25 de outubro de 1966:
De acordo com a Receita Federal do Brasil (2021), para que o pagamento do Imposto sobre
Exportação seja realizado, deve ser usada como base de cálculo a taxa de câmbio da compra
relacionada ao dia útil anterior ao que corresponde ao registro da DU-E (declaração única de
exportação).
As alíquotas são variáveis até mesmo por considerar o grau de risco ao qual estão expostos
os trabalhadores avulsos e segurados empregados. As alíquotas variáveis serão aplicadas de
acordo com a atividade da empresa. Para as demais entidades e fundos (terceiros), ocorrerá a
incidência sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, dentro
do período, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que tiverem realizado alguma
prestação de serviços.
Cabe destacar que existe o limite mínimo para o salário de contribuição que envolve as
categorias: segurados empregados e trabalhador avulso; empregado doméstico e segurado
contribuinte individual e facultativo. O recolhimento das contribuições sociais previdenciárias é de
responsabilidade da empresa (BRASIL, 2020).
Contribuições previdenciárias de pessoa jurídica
Representam a contribuição devida por empresas ou equiparada e que incide sobre a folha
de pagamento, no entanto, alguns contribuintes têm a incidência sobre a receita, como, por
exemplo, os produtores rurais pessoa jurídica, entre outros.
Cofins
Conforme Ziese (2015), a Cofins representa uma contribuição que é direcionada ao
financiamento de programas sociais. Geralmente, as regras aplicadas ao PIS também são
aplicadas à Cofins, havendo situações específicas que exigem um tratamento diferente.
A EFD (Escrituração Fiscal Digital) é usada pelas pessoas jurídicas para a escrituração do
PIS e da Cofins, em regime de apuração cumulativo ou não cumulativo, com base em
documentos e operações representativos das receitas auferidas, bem como dos custos, das
despesas, dos encargos e das aquisições geradores de créditos da não cumulatividade (Lei n.º
12.546/2011).
O fato gerador da Cofins tem por base o recebimento da receita e do faturamento da pessoa
jurídica, segundo o que define o artigo 5.º da Instrução Normativa n.º 1.911/2019. A importação de
bens de fora do país também sofre incidência da Cofins.
O quadro 3 apresenta as alíquotas aplicadas para a Cofins, conforme cada tipo de regime
tributário.
Lucro presumido 3%
Lucro arbitrado 3%
Os contribuintes da Cofins são as pessoas jurídicas de direito privado que também são
contempladas pela legislação que define o IR.
CIDE
CIDE
A legislação que define sobre a CIDE é a Lei n.º 10.336/2001, visando a garantir um total
mínimo de recursos para o investimento aplicáveis em infraestrutura dos transportes, assim como
projetos relacionados ao meio ambiente que estão vinculados à indústria de petróleo “[...] e em
subsídios ao transporte de álcool combustível, de gás natural e derivados, e de petróleo e
derivados”, segundo informações do site do Senado (s.d.).
AFRMM
É um tributo que surgiu a partir da Lei n.º 2.404/1987, que visa a responder aos encargos
relacionados à intervenção da União como suporte ao avanço da marinha mercante e da indústria
de construção e manutenção naval brasileira.
O AFRMM formou a fonte básica para o faturamento do FMM (Fundo da Marinha Mercante).
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Tributos estaduais
Conforme Simão (2021), os tributos de natureza estadual são pertencentes ao estado e ao
Distrito Federal. A tributação é recolhida como intuito de arrecadar recursos aos cofres públicos
para manter os serviços públicos, buscando beneficiar dessa forma a população, por meio de
investimentos aplicados à educação, segurança e saúde.
ICMS
Segundo Simão (2021), o ICMS é um imposto estadual que tem incidência sobre diversos
tipos de produtos.
O ICMS está inserido nas mercadorias adquiridas, assim como nos serviços, sendo
considerado o imposto que contém a maior arrecadação no âmbito nacional. As arrecadações do
ICMS são realizadas por meio de guias de recolhimento e cada estado tem seu próprio modelo e
um site específico, mas a finalidade será sempre a mesma, indiferentemente do estado: permitir
que cada contribuinte realize o recolhimento do tributo.
A alíquota do ICMS é definida pelo Senado Federal, que deve determinar as alíquotas a
serem executadas nas operações e prestações de serviços, tanto para serviços interestaduais
quanto para a exportação.
Para as operações interestaduais, o recolhimento do ICMS terá alíquota interna e
interestadual, e será de responsabilidade do destinatário, quando esse for o contribuinte do
imposto. Será de responsabilidade do remetente quando o destinatário não representar o
contribuinte do imposto (SIMÃO, 2021).
Imagine um substituto tributário sujeito à apuração normal do ICMS, sendo esse não optante
pelo Simples Nacional, com operação dentro do mesmo estado e tendo como base de cálculo da
operação própria de R$ 1.000,00 e a base de cálculo da substituição de R$ 2.500,00, com
alíquota interna de 17%. Assim, confira o cálculo:
IPVA
O IPVA representa o imposto que tem competência anual e é calculado sobre o valor de
veículos automotores.
O imposto poderá ser pago em parcelas nos meses de janeiro, fevereiro e março do
exercício social (SIMÃO, 2021).
ITCMD
É conhecido como o imposto que tem incidência sobre herança. Sua competência é do
estado e do Distrito Federal, de acordo com o que está definido no artigo 155 da CF.
A base de cálculo do ITCMD é o valor venal, ou seja, o valor de mercado de acordo com a
data da abertura da sucessão, com correção monetária até o período do pagamento do bem ou
direito transmitido.
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Tributos municipais
Os tributos municipais são cobrados pelos municípios, visando à arrecadação de recursos
financeiros para assegurar o atendimento das obrigações que o município tem a fim de atender à
comunidade. Os valores arrecadados são direcionados para a manutenção da administração
pública regional (SIMÃO, 2021).
ISS
O ISS incide sobre serviços de qualquer natureza, contemplando os que são realizados fora
do país, ou seja, aquele que a prestação de serviço tenha iniciado fora do território nacional,
desconsiderando os que forem tributados pelo ICMS.
Conforme Simão (2021, p. 50), “o contribuinte do ISS é o prestador de serviço, sendo que o
local de prestação vige a regra do recolhimento para o município do estabelecimento desse
prestador”.
Não há incidência de ISS nos seguintes casos específicos (SIMÃO, 2021, p. 50):
Exportações de serviços para o exterior do país
Não havendo a retenção do ISS, o recolhimento deve ser realizado pelo prestador de serviço
ao município.
ITBI
O imposto tem por finalidade a arrecadação de recursos financeiros que são direcionados
para a Fazenda Pública.
O ITBI está definido no artigo 156 da CF. Ele tem como base de cálculo o valor venal de um
bem e deverá ser pago se ocorrer a transferência de propriedade. O recolhimento do imposto é
destinado ao município no qual o imóvel está localizado.
Conforme Simão (2021, p. 52), “[...] o ITBI não é um imposto progressivo. A maioria dos
municípios brasileiros adota a alíquota de 2%”. Dessa forma, se um imóvel foi adquirido por R$
310.000,00, deve ser calculada a alíquota de 2% sobre seu valor, conforme segue:
R$ 310.000,00 x 2% = R$ 6.200,00
IPTU
O IPTU tem incidência sobre os imóveis que estão localizados na zona urbana e tem por
finalidade a arrecadação de recursos financeiros. A cobrança do imposto ocorre sobre todas as
espécies de bens imóveis, independentemente de serem residenciais, comerciais ou industriais.
O fato gerador do IPTU é a posse da propriedade urbana.
O IPTU está estabelecido artigo 33 do Código Tributário Nacional, no qual fica compreendido
que o valor da escritura do imóvel determinado pelo proprietário não é o mesmo avaliado pelo
município.
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