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Em face da publicação do Decreto nº 40.230/2020 - DOE PB de 12.05.2020, este procedimento foi atualizado.

Tópicos atualizados: Subtópico


3.2 Cálculo com base única - CE, MA, PB e RN e Subtópico 3.6 Cálculo com base dupla - PE

ICMS Nacional - Diferencial de alíquotas para contribuintes e não contribuintes - Cálculo

Resumo: Este procedimento trata das normas previstas nas Unidades de Federação relativas ao cálculo do diferencial de alíquotas nas
operações destinadas a consumidor final não contribuintes e contribuintes do ICMS.

Sumário

1. Quadro sinótico
2. Cálculo do Difal - Operações destinadas a não contribuintes
3. Cálculo do Difal - Operações destinadas a contribuintes
3.1 Cálculo com base única - AC, AM, AP, ES, MT, RJ, RR, SP e DF
3.2 Cálculo com base única - CE, MA, MS, RN e RO
3.3 Cálculo com base dupla - BA, MG, PA, PI, PR, RS, SC e TO
3.4 Cálculo com base dupla - SE
3.5 Cálculo com base dupla - AL e GO
3.6 Cálculo com base dupla - PE e PB
4. Cálculo do Difal - Operações sujeitas à substituição tributária
4.1 Difal ST - AC - Cálculo com base dupla
4.2 Difal ST - AP- Cálculo com base dupla
4.3 Difal ST - MA - Cálculo com base dupla
4.4 Difal ST - RJ - Cálculo com base dupla
4.5 Difal ST - RR - Cálculo com base dupla
4.6 Difal ST - RS - Cálculo com base dupla
4.7 Difal ST - SP - Cálculo com base dupla
4.8 Difal ST - MT - Cálculo com base dupla
4.9 Difal ST - MS - Cálculo com base única
5. Procedimentos específicos dos Estados
5.1 Diferencial de alíquotas para contribuintes
5.2 Diferencial de alíquotas para não contribuintes
6. Simples Nacional

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1. Quadro sinótico

Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 87/2015 , desde 1º.01.2016, foi alterada a forma de recolhimento do ICMS nas
operações interestaduais destinadas a consumidor final com mercadorias e serviços.

Até 31.12.2015, nas operações e prestações interestaduais destinadas a não contribuintes do ICMS, o valor do imposto era devido totalmente
à Unidade da Federação (UF) de origem, pela aplicação da sua alíquota interna sobre o respectivo valor.

Já nas operações e prestações destinadas a contribuintes, o ICMS devido à UF de destino era o resultante da aplicação da alíquota
interestadual de 4%, 7% ou 12% (de acordo com a origem da mercadoria e/ou a localização do destinatário), cabendo à UF de destino o
valor correspondente à diferença entre a sua alíquota interna e a alíquota interestadual - diferencial de alíquotas (Difal).

Desde 1º.01.2016, nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado
em outro Estado, será utilizada a alíquota interestadual, cabendo à UF de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença
entre a alíquota interna da UF destinatária e a alíquota interestadual, sendo a responsabilidade pelo recolhimento atribuída:
a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; e
b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto.

Neste texto, demonstraremos as formas de cálculo para recolhimento do Difal, prevista na legislação das UF destinatárias, cujas informações
sintetizamos no quadro a seguir:
.
DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS

Quando se aplica Nas operações e prestações com bens e serviços destinados a consumidor final, contribuinte ou não do ICMS.

- Operações destinadas a não contribuinte - o remetente;


Responsável pelo recolhimento
- Operações destinadas a contribuinte - o destinatário.

( Constituição Federal/1988 , art. 155 , II, § 2º, VII e VIII e ADCT , art. 99 )
.

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2. Cálculo do Difal - Operações destinadas a não contribuintes

Nessa hipótese, a responsabilidade pelo recolhimento do valor do Difal será do remetente.

Para o cálculo do Difal, todas as Unidades da Federação entendem que a base de cálculo será o valor total da operação ou prestação, com o
ICMS incluído na sua própria base de cálculo (ICMS "por dentro"), calculado com o percentual da carga tributária final da mercadoria no
Estado destinatário.

O valor total da operação ou prestação, com o ICMS incluído na sua própria base de cálculo (ICMS "por
Base de cálculo dentro"), calculado com o percentual da carga tributária final da mercadoria no Estado de destino,
nesta incluído o Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, se aplicável.

4% (mercadorias importadas ou com conteúdo de importação superior a 40%), 7% ou 12%. Caso haja,
Alíquota interestadual aplicável na UF de origem, incentivo ou benefício fiscal sem autorização em convênio ICMS, a alíquota a ser
utilizada será aquela correspondente à carga tributária efetivamente cobrada pela UF de origem.

A alíquota interna aplicável no Estado de destino da mercadoria ou serviço, correspondente à carga


Alíquota interna aplicável tributária efetiva incidente na operação ou prestação, considerando eventuais isenções e reduções de
base de cálculo vigentes.

Fundo Estadual de Combate e Erradicação da


Adicional à alíquota interna do ICMS no Estado de destino, se aplicável.
Pobreza

- Valor da mercadoria sem ICMS = R$ 10.000,00;

- Valor total da aquisição = R$ 12.195,12 (com o ICMS embutido com a carga tributária do Estado
destinatário);

- Alíquota ICMS interestadual = 12%;

- ICMS origem = R$ 1.463,41;


Exemplo de cálculo (sem o Fundo Estadual
de Combate e Erradicação da Pobreza), com
- Alíquota interna na UF de destino (ALQ intra) = 18%;
mercadoria sujeita à alíquota interna de 18%
Cálculo:

- ICMS Difal = [BC x ALQ intra] - ICMS origem;

- ICMS Difal = [R$ 12.195,12 x 0,18] - R$ 1.463,41;

- ICMS Difal = R$ 2.195,12 - R$ 1.463,41.

Nota

O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu medida cautelar ad referendum do Plenário suspendendo a eficácia da cláusula nona do
Convênio ICMS nº 93/2015 até o julgamento final da ADI nº 5.464. As empresas optantes pelo Simples Nacional não estão sujeitas,
portanto, ao recolhimento do diferencial de alíquotas instituído pela Emenda Constitucional nº 87/2015 , em face dessa determinação
judicial. Assim, foi republicado o Convênio ICMS nº 93/2015 , que passa, em sua cláusula nona, a fazer menção ao Despacho
SE/Confaz nº 35/2016 .
(Emenda Constitucional nº 87/2015 ; ADI nº 5.464; Convênio ICMS nº 93/2015 ; Despacho SE/Confaz nº 35/2016 )

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3. Cálculo do Difal - Operações destinadas a contribuintes

Nessa hipótese, a responsabilidade pelo recolhimento do valor do diferencial de alíquotas será do destinatário.

As UF divergem sobre a fórmula de cálculo do Difal, conforme demonstrado nos subitens seguintes.

Notas
(1) As formas de cálculo descritas nos subitens seguintes foram desenvolvidas com base na legislação das respectivas UF. Contudo, as
Secretarias de Fazenda, Finanças ou Tributação de alguns Estados têm publicado exemplos utilizando critérios diferentes para o cálculo
do Difal nos seus sites na Internet. Nesses casos, sugerimos que seja consultado o Fisco da UF respectiva, para um posicionamento
oficial do órgão sobre o assunto.

(2) O descrito nos subitens seguintes considera o estabelecimento destinatário e remetente sujeitos ao regime comum de tributação,
portanto, o contribuinte deverá observar as normas específicas previstas na legislação estadual quanto aos contribuintes sujeitos a
regime de apuração ou tratamento tributário diferenciados e eventuais benefícios fiscais concedidos na origem ou no destino.

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3.1 Cálculo com base única - AC, AM, AP, ES, MT, RJ, RR, SP e DF

Segundo a legislação dos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo e do Distrito
Federal, tanto o cálculo do ICMS devido ao Estado de origem como o devido ao Estado de destino (Difal) deverão ser efetuados considerando
uma base de cálculo única, o valor total da operação ou prestação (valor total da nota fiscal), com o ICMS incluído na sua própria base de
cálculo (ICMS "por dentro"), calculado com o percentual da carga tributária da operação interestadual (da UF de origem).

Base de cálculo O valor sujeito ao ICMS no Estado de origem.

Alíquota interestadual aplicável 4% (mercadorias importadas ou com conteúdo de importação superior a 40%), 7% ou 12%.

A alíquota interna aplicável no Estado de destino da mercadoria ou do serviço, correspondente


Alíquota interna aplicável à carga tributária efetiva incidente na operação ou prestação, considerando eventuais
isenções e reduções de base de cálculo vigentes.

Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza Adicional à alíquota interna do ICMS no Estado de destino, se aplicável.

Exemplo de cálculo (sem o Fundo Estadual de - Valor da mercadoria sem ICMS = R$ 10.000,00;
Combate e Erradicação da Pobreza), com mercadoria
sujeita à alíquota interna de 18% - Valor total da operação (com o ICMS embutido com a carga tributária interestadual) = R$
11.363,64;

- Alíquota ICMS interestadual = 12%;

- ICMS origem = R$ 1.363,64;

- Alíquota interna na UF de destino (ALQ intra) = 18%;

Cálculo:

- ICMS Difal = [BC x ALQ intra] - ICMS origem;

- ICMS Difal = [R$ 11.363,64 x 0,18] - R$ 1.363,64;

- ICMS Difal = R$ 2.045,46 - R$ 1.363,64;


Valor do Difal = R$ 681,82.

LEGISLAÇÃO

UF FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

AC RICMS-AC/1998 , art. 97 § 2º

AP RICMS-AP/1998 , Anexo I , art. 2º , I e II, art. 11 , § 1º, e art. 64 , VIII e § 1º

AM RICMS-AM/1999 , art. 12 , § 7º, e art. 13 , IX

ES RICMS-ES/2002 , art. 63 , XI, XII e §§ 1º e 9º

MT RICMS-MT/2014 , art. 72 , IX, § 5º, e art. 96, II, § 1º

RJ RICMS-RJ/2000 , Livro I , art. 4º , VI, VII, XIII e XIV

RR Lei nº 59/1993 , art. 11 , X e § 1º, e art. 12; RICMS-RR/2001 , arts. 29 , XI, "b" e § 1º, e 587

SP RICMS-SP/2000 , art. 37 , VI e X

DF RICMS-DF/1997 , art. 34 , IX, "c", e art. 48 , I e § 12

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3.2 Cálculo com base única - CE, MA, MS, RN e RO

Segundo a legislação dos Estados do Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Rondônia, tanto o cálculo do ICMS devido
ao Estado de origem como do devido ao Estado de destino (Difal) deverão ser efetuados considerando uma base de cálculo única, o valor
total da operação ou prestação (valor total da nota fiscal), com o ICMS incluído na sua própria base de cálculo (ICMS "por dentro"), calculado
com o percentual da carga tributária da operação interestadual (da UF de origem), com a aplicação direta do percentual do Difal sobre a base
de cálculo.

Notas
1) Paraíba:

Desde 1º.01.2021, o Estado de Paraíba passou a adotar o cálculo com a base dupla descrita no subtópico 3.6 deste procedimento.
(Decreto nº 40.006/2020 cc Decreto nº 40.230/2020 .
2) Maranhão:
A partir de 22.03.2021, com base na Lei nº 11.387/2020 , entraria em vigor no Estado do Maranhão a base dupla, ou seja, o
montante do ICMS relativo à diferença de alíquotas passaria integrar a base de cálculo do diferencial de alíquota, quando o destinatário
fosse contribuinte de ICMS.

Porém em 17.03.2021 o Governo do Maranhão voltou atrás e publicou a Medida Provisória n° 342/2021 , convertida na Lei nº
11.427/2021 , desistindo da aplicação da base dupla no cálculo do diferencial de alíquotas, assim sendo, o valor do Difal deve
continuar sendo obtido com a utilização base de cálculo única.
3) Mato Grosso do Sul:
A partir de 1º.01.2022, o cálculo do diferencial nesse Estado será alterado de acordo com o parágrafo único do art. 18 da Lei nº
1.810/1997.

Base de cálculo O valor sujeito ao ICMS no Estado de origem.

Alíquota interestadual aplicável 4% (mercadorias importadas ou com conteúdo de importação superior a 40%), 7% ou 12%.
A alíquota interna aplicável no Estado de destino da mercadoria ou do serviço, correspondente
Alíquota interna aplicável à carga tributária efetiva incidente na operação ou prestação, considerando eventuais
isenções e reduções de base de cálculo vigentes.

Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza Adicional à alíquota interna do ICMS no Estado de destino, se aplicável.

- Valor da mercadoria sem ICMS = R$ 10.000,00;

- Valor total da operação (com o ICMS embutido com a carga tributária interestadual) = R$
11.363,64;

- Alíquota ICMS interestadual = 12%;

Exemplo de cálculo (sem o Fundo Estadual de - Alíquota interna na UF de destino (ALQ intra) = 18%;
Combate e Erradicação da Pobreza), com mercadoria
sujeita à alíquota interna de 18%
Cálculo:

- ICMS Difal = [BC x % Difal];

- ICMS Difal = [R$ 11.363,64 x 6%];

Valor do Difal = R$ 681,82.

LEGISLAÇÃO

UF FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

CE Lei nº 12.670/1996 , art. 28, IX, § 3º; RICMS-CE/1997 , art. 3º, XV, art. 25, XI, "b" e art. 589

MA RICMS-MA/2003 , art. 15 § 4º

MS Lei nº 1.810/1997, art. 18 , §§ único; RICMS-MS/1998 , art. 1º , VI e art. 42.

RN RICMS-RN/1997 , arts. 69 , XIII, art. 82 , parágrafo único

RO RICMS-RO/2018 , arts. 16 e 17

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3.3 Cálculo com base dupla - BA, MG, PA, PI, PR, RS, SC e TO

Segundo a legislação dos Estados de Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e
Tocantins o cálculo do ICMS devido ao Estado de destino (Difal) deverá ser efetuado com base no preço total da operação, com exclusão do
valor do ICMS devido ao Estado de origem e incluindo-se, na própria base, o imposto calculado pela alíquota da mercadoria no Estado de
destino (ICMS "por dentro"), nesta incluído o Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, se aplicável.

Nota - Santa Catarina


Cumpre observar que, em que pese a legislação indicar como base de cálculo para o diferencial de alíquotas o valor da operação ou da
prestação no Estado de origem, o fisco estadual, através das soluções de consultas Copat n° 54/2017 e 71/2018 , defende que o
valor do imposto devido em função da diferença entre as alíquotas integra a sua própria base de cálculo, adotando como posicionamento
a aplicação de base de cálculo dupla.

Nota - Tocantins
De acordo com o art. 22, XV da Lei nº 1.287/2001 a base de cálculo do diferencial de alíquotas será formada pelo valor da operação ou
prestação na unidade Federada de origem, acrescido do valor do IPI, frete e demais despesas cobradas, devendo o montante do ICMS
relativo à diferença de alíquotas integrar a base de cálculo. Apesar da redação dada pelo art. 22 , XV do CTE/TO , que poderia induzir
ao cálculo do subtópico 3.4 desta matéria, "Consultas Tributárias" recentes publicadas por este Estado exigem que o responsável pelo
recolhimento efetue o cálculo com a utilização da "base de cálculo dupla" a seguir demonstrado, inclusive quando do recolhimento por
substituição tributária. Para maiores detalhes consulte nossa matéria Estadual no ICMS/TO - Diferencial de alíquotas para
contribuintes .

O valor total da operação com inclusão "por dentro" da alíquota do ICMS prevista para a
Base de cálculo
mercadoria no Estado de destino.

Alíquota interestadual aplicável 4% (mercadorias importadas ou com conteúdo de importação superior a 40%), 7% ou 12%.

A alíquota interna aplicável no Estado de destino da mercadoria ou do serviço, correspondente


Alíquota interna aplicável à carga tributária efetiva incidente na operação ou prestação, considerando eventuais
isenções e reduções de base de cálculo vigentes.

Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza Adicional à alíquota interna do ICMS no Estado de destino, se aplicável.

- Valor da mercadoria sem ICMS = R$ 10.000,00;

- Valor total da operação (com o ICMS embutido com a carga tributária interestadual) = R$
11.363,64;

- Alíquota ICMS interestadual = 12%;

- ICMS origem = R$ 1.363,64;

- Alíquota interna no destino = 18%;


Exemplo de cálculo (sem o Fundo Estadual de
Combate e Erradicação da Pobreza), com mercadoria
Cálculo:
sujeita à alíquota interna de 18%
- ICMS Difal = [R$ 11.363,64 - R$ 1.363,64] = R$ 10.000,00;

- R$ 10.000,00 / 0,82 = R$ 12.195,12;

- R$ 12.195,12 x 18% = R$ 2.195,12;

- ICMS Difal = R$ 2.195,12 - R$ 1.363,64;

Valor do Difal = R$ 831,48.

LEGISLAÇÃO

UF FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

BA Lei nº 7.014/1996 , art. 17 , XI e § 6º

MG RICMS-MG/2002 , Parte Geral, art. 43 , § 8º, I; Orientação Tributária Dolt/Sutri nº 2/2016

PA Lei nº 8.315/2015 , art. 7º

PI Lei nº 4.257/1989 , art. 24 , XII

PR RICMS-PR/2017 , art. 8º , IX, §§ 3º, II, 12 e 13

RICMS-RS/1997 , Livro I , art. 16 , I, "f", e art. 17 , III, e Livro III , art. 37 , parágrafo único, "a"; Instrução Normativa DRP nº 45/1998 , Título I,
RS
Capítulo III, item 10.1

SC RICMS-SC/2001 , art. 1º , VI e VII; art. 3º , XII e XIV; art. 9º , VII e § 3º; e art. 12 , § 2º; Consultas Copat nº 54/2017 e 71/2018

TO Lei nº 1.287/2001 , art. 22 , X e XV

.
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3.4 Cálculo com base dupla - SE

Segundo a legislação do Sergipe, o cálculo do ICMS devido ao Estado de destino (Difal) deverá ser efetuado com base no preço total da
operação, sem exclusão do valor do ICMS devido ao Estado de origem e incluindo-se, na própria base, o imposto calculado pelo percentual
relativo à diferença entre a alíquota interna e interestadual (ICMS "por dentro"), nesta incluído o Fundo Estadual de Combate e Erradicação
da Pobreza, se aplicável.

O valor total da operação com inclusão "por dentro" da alíquota do ICMS prevista para a
Base de cálculo
mercadoria no Estado de destino.

Alíquota interestadual aplicável 4% (mercadorias importadas ou com conteúdo de importação superior a 40%), 7% ou 12%.

A alíquota interna aplicável no Estado de destino da mercadoria ou serviço, correspondente à


Alíquota interna aplicável carga tributária efetiva incidente na operação ou prestação, considerando eventuais isenções
e reduções de base de cálculo vigentes.

Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza Adicional à alíquota interna do ICMS no Estado de destino, se aplicável.

- Valor da mercadoria sem ICMS = R$ 10.000,00;

- Valor total da operação (com o ICMS embutido com a carga tributária interestadual) = R$
10.752,69;

- Alíquota ICMS interestadual = 7%;

- Alíquota interna no destino = 18%;


Exemplo de cálculo (sem o Fundo Estadual de
Combate e Erradicação da Pobreza), com mercadoria
Cálculo:
sujeita à alíquota interna de 18%
- ICMS Difal = 18% - 7% = 11%;

[R$ 10.752,69 / (1 - 0,11)] = [R$ 10.752,69 / 0,89] = R$ 12.081,67;

- R$ 12.081,67 x 11% = R$ 1.328,98;

Valor do Difal = R$ 1.328,98.

LEGISLAÇÃO

UF FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

SE RICMS-SE/2002 , art. 23 , X; Portaria Sefaz nº 367/2016

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3.5 Cálculo com base dupla - AL e GO

Segundo a legislação dos Estados de Alagoas e Goiás, o cálculo do ICMS devido ao Estado de destino (Difal) deverá ser efetuado com base no
valor total da nota fiscal de aquisição, sem exclusão do valor do ICMS devido ao Estado de origem e incluindo-se, na própria base, o imposto
calculado pela alíquota interna da mercadoria no Estado de destino (ICMS "por dentro"), nesta incluído o Fundo Estadual de Combate e
Erradicação da Pobreza, se aplicável.

Nota - Alagoas
O cálculo exemplificado está conforme a redação do Anexo I do Comunicado SRE nº 20/2015 e da cartilha sob o título "ICMS
Antecipado da Lei nº 6.474/2004 " disponibilizada no site da Sefaz/AL. No entanto, observamos que nessas orientações não foi
considerada a exclusão do ICMS de origem, o que entendemos onerar a operação. Dessa forma, recomendamos ratificação do cálculo
junto ao fisco.
Base de cálculo O valor total da nota fiscal de aquisição com inclusão "por dentro" da alíquota do ICMS
prevista para a mercadoria no Estado de destino.

Alíquota interestadual aplicável 4% (mercadorias importadas ou com conteúdo de importação superior a 40%), 7% ou 12%.

A alíquota interna aplicável no Estado de destino da mercadoria ou serviço, correspondente à


Alíquota interna aplicável carga tributária efetiva incidente na operação ou prestação, considerando eventuais isenções
e reduções de base de cálculo vigentes.

Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza Adicional à alíquota interna do ICMS no Estado de destino, se aplicável.

- Valor total da nota fiscal de aquisição antes do difal (com o ICMS embutido com a carga
tributária interestadual) = R$ 10.752,69;

- Alíquota ICMS interestadual = 7%;

- Alíquota interna no destino = 17%;

Cálculo:
Exemplo de cálculo (sem o Fundo Estadual de
Combate e Erradicação da Pobreza), com mercadoria
ICMS Difal = 17% - 7% = 10%;
sujeita à alíquota interna de 17%
[R$ 10.752,69 / (1 - 0,17)] =

[R$ 10.752,69 / 0,83] = R$ 12.955,05;

R$ 12.955,05 x 10% = R$ 1.295,50;

Valor do Difal = R$ 1.295,50.

LEGISLAÇÃO

UF FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Lei nº 5.900/1996 , art. 1º , parágrafo único, III, "b"; art. 2° , V e VI; Lei nº 6.474/2004 , art. 1° , caput e § 4° e art. 2° ; Comunicado SRE nº
AL
20/2015

GO RCTE-GO/1997 , art. 12 , IV, "a", art. 20 , § 1º, IV, "a", item 1, e art. 65 , III

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3.6 Cálculo com base dupla - PE e PB

Segundo a legislação do Estado de Pernambuco e da Paraíba, o cálculo do ICMS devido ao Estado de destino deverá ser efetuado com a
aplicação do percentual do Difal sobre o preço total da operação, com exclusão do valor do ICMS devido ao Estado de origem e incluindo-se
na própria base o imposto calculado pela alíquota da mercadoria no Estado de destino (ICMS "por dentro"), nesta incluído o Fundo Estadual
de Combate e Erradicação da Pobreza, se aplicável.

Nota - Paraíba
Desde 1º.01.2021 o Estado de Paraíba passou a adotar o cálculo com a base dupla prevista neste Subtópico.
(Decreto nº 40.006/2020 cc Decreto nº 40.230/2020 .

O valor total da operação com inclusão "por dentro" da alíquota do ICMS prevista para a
Base de cálculo
mercadoria no Estado de destino.

Alíquota interestadual aplicável 4% (mercadorias importadas ou com conteúdo de importação superior a 40%), 7% ou 12%
Alíquota interna aplicável A alíquota interna aplicável no Estado de destino da mercadoria ou serviço, correspondente à
carga tributária efetiva incidente na operação ou prestação, considerando eventuais isenções
e reduções de base de cálculo vigentes.

Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza Adicional à alíquota interna do ICMS no Estado de destino, se aplicável.

- Valor da mercadoria sem ICMS = R$ 10.000,00

- Valor total da operação (com o ICMS embutido com a carga tributária interestadual) = R$
11.363,64

- Alíquota ICMS interestadual = 12%

- Alíquota interna no destino = 18%


Exemplo de cálculo (sem o Fundo Estadual de
Combate e Erradicação da Pobreza), com mercadoria
Cálculo:
sujeita à alíquota interna de 18%
- ICMS Difal = R$ 11.363,64 - R$ 1.363,64 = R$ 10.000,00

- R$ 10.000,00 / 0,82 = R$ 12.195,12

- R$ 12.195,12 x 6% = R$ 731,71

Valor do diferencial de alíquotas = R$ 731,71.

LEGISLAÇÃO

UF FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

PE Lei nº 15.730/2016 , art. 12 , X e XI, e art. 24

PB RICMS-PB/1997 , 2º, § 1º, IV; art. 3º , XIII, XIV e § 3º e art. 14 , IX e X

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4. Cálculo do Difal - Operações sujeitas à substituição tributária

O diferencial de alíquotas também será devido nas operações interestaduais com bens e mercadorias submetidos ao regime de substituição
tributária, destinados a uso, consumo ou Ativo Imobilizado do adquirente, hipótese em que seu recolhimento será efetuado pelo remetente
(substituto tributário).

Quanto ao cálculo do diferencial nas operações sujeitas à substituição tributária, em que pese se tratar do mesmo instituto (diferencial de
alíquotas), em razão da publicação do Convênio ICMS nº 142/2018 , Cláusula décima segunda, algumas Unidades da Federação têm
aplicado tratamento diferente do exposto no tópico 3, ou seja, calculam de forma diversa o Difal nas operações com substituição tributária,
quando comparadas às operações fora deste regime.

Cabe informar que a citada cláusula décima segunda do Convênio ICMS nº 142/2018 determina que o recolhimento do Difal por ST deverá
ser calculado utilizando-se uma base de cálculo que contenha a diferença entre a alíquota interna a consumidor final estabelecida na UF de
destino e a alíquota interestadual.

Neste ponto, a redação do Convênio vem proporcionando entendimentos diversos quanto à exata metodologia de formação da base de cálculo,
o que culmina neste cenário de cálculos discrepantes entre as Unidades da Federação.

Nos subtópicos a seguir trataremos apenas das Unidades da Federação que calculam o diferencial de alíquotas de forma diferente nas
operações sujeitas à substituição tributária da forma como é calculado nas operações normais (tópico 3).

(Convênio ICMS nº 142/2018 , cláusulas quarta e décima segunda)

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4.1 Difal ST - AC - Cálculo com base dupla

No Estado do Acre existe uma divergência na formação da base de cálculo do Difal quando a operação estiver sujeita à substituição tributária.
Sendo assim, tratando-se de operação interestadual com bens e mercadorias submetidos ao regime de substituição tributária, destinados a
uso, consumo ou ativo imobilizado do adquirente, a base de cálculo do imposto devido será o valor da operação interestadual adicionado do
imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna a consumidor final para o bem ou a mercadoria e a alíquota interestadual.

(a) Valor da operação origem (Sem o ICMS) R$ 10.000,00

(b) Percentual para embutir ICMS na Base de cálculo (1 - Item d) 0,88

(c) Valor da operação origem (Com o ICMS) (Item A/Item B) R$ 11.363,64

(d) Alíquota de ICMS Interestadual origem 12%

(e) Valor do ICMS origem (Item C x Item D) R$ 1.363,64

(f) Percentual para embutir ICMS na Base de cálculo (1 - Item J) 0,83

(g) Base de Cálculo do ICMS Diferencial de alíquota (Item A / Item F) R$ 12.048,19

(h) Alíquota de ICMS Interna destino 17%

(i) Percentual de Fundo de Combate à Pobreza 0%

(j) Alíquota + Fundo de Combate à Pobreza (Item H + Item I) 17%

(k) Valor do ICMS destino (Item G x Item j) 2.048,19

(l) Valor do DIFAL + Fundo de Combate à Pobreza (Item K - Item E) R$ 684,55

(m) Valor do Fundo de Combate à Pobreza (Item G x Item I) R$ -

(n) Valor do DIFAL (Item L - Item M) R$ 684,55

( RICMS-AC/1998 , art. 97 , § 1º)

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4.2 Difal ST - AP- Cálculo com base dupla

O imposto a ser recolhimento por substituição tributária em relação aos bens e mercadorias submetidas ao regime de substituição tributária
destinados a uso, consumo ou ativo imobilizado do adquirente, o valor calculado conforme a fórmula "ICMS ST DIFAL = [(V oper - ICMS
origem) / (1 - ALQ interna)] x ALQ interna - (V oper x ALQ interestadual)", onde:
a) "ICMS ST DIFAL" é o valor do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna a consumidor final estabelecida na unidade
federada de destino para o bem ou a mercadoria e a alíquota interestadual;
b) "V oper" é o valor da operação interestadual, acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro, impostos, contribuições e outros
encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, ainda que por terceiros;
c) "ICMS origem" é o valor do imposto correspondente à operação interestadual, destacado no documento fiscal de aquisição;
d) "ALQ interna" é a alíquota interna estabelecida na unidade federada de destino para as operações com o bem e a mercadoria a
consumidor final;
e) "ALQ interestadual" é a alíquota estabelecida pelo Senado Federal para a operação.
Segue exemplo de cálculo:

O valor total da operação com inclusão "por dentro" da alíquota do ICMS prevista para a mercadoria no Estado de
Base de cálculo
destino.

Alíquota interestadual aplicável 4% (mercadorias importadas ou com conteúdo de importação superior a 40%), 7% ou 12%.

A alíquota interna aplicável no Estado de destino da mercadoria ou do serviço, correspondente à carga tributária
Alíquota interna aplicável
efetiva incidente na operação ou prestação, considerando eventuais isenções e reduções de base de cálculo vigentes.

Fundo Estadual de Combate e


Adicional à alíquota interna do ICMS no Estado de destino, se aplicável.
Erradicação da Pobreza

Exemplo de cálculo (sem o - Valor da mercadoria sem ICMS = R$ 10.000,00; - Valor total da operação (com o ICMS embutido com a carga
Fundo Estadual de Combate e tributária interestadual) = R$ 11.363,64; - Alíquota ICMS interestadual = 12%; - ICMS origem = R$ 1.363,64; -
Erradicação da Pobreza), com Alíquota interna no destino = 18%; Cálculo: - ICMS Difal = [R$ 11.363,64 - R$ 1.363,64] = R$ 10.000,00; - R$
mercadoria sujeita à alíquota 10.000,00 / 0,82 = R$ 12.195,12; - R$ 12.195,12 x 18% = R$ 2.195,12; - ICMS Difal = R$ 2.195,12 - R$ 1.363,64;
interna de 18% Valor do Difal = R$ 831,48.

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4.3 Difal ST - MA - Cálculo com base dupla

Para compor a base de cálculo do diferencial de alíquotas para mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária o Estado do
Maranhão adotou em seu art. 510-A do RICMS-MA/2003 , a mesma regra prevista no Convênio ICMS nº 142/2018 , e nosso
posicionamento com escopo preventivo, é adotar a seguinte regra:

Difal sem ST base única

Difal com ST base dupla

Neste ponto, a redação do Convênio vem proporcionando entendimentos diversos quanto à exata metodologia de formação da base de cálculo,
o que culmina em um cenário de cálculos discrepantes entre as Unidades da Federação. Diante disso, sugerimos consulta formal ao Fisco para
ratificar nosso posicionamento.

(a) Valor da operação origem (Sem o ICMS) R$ 10.000,00

(b) Percentual para embutir ICMS na Base de cálculo (1 - Item D) 0,88

(c) Valor da operação origem (Com o ICMS) (Item A/Item B) R$ 11.363,64

(d) Alíquota de ICMS Interestadual origem 12%

(e) Valor do ICMS origem (Item C x Item D) R$ 1.363,64

(f) Percentual para embutir ICMS na Base de cálculo (1- Item J) 0,82

(g) Base de Cálculo do ICMS Diferencial de alíquota (Item A / Item F) R$ 12.195,12

(h) Alíquota de ICMS Interna destino 18%

(i) Percentual de Fundo de Combate a Pobreza 0%


(j) Alíquota + Fundo de Combate a Pobreza (Item H + Item I) 18%

(k) Valor do ICMS destino (Item G x Item j) 2.195,12

(l) Valor do DIFAL + Fundo de Combate a Pobreza (Item K - Item E) R$ 831,49

(m) Valor do Fundo de Combate a Pobreza (Item G x Item I) R$ -

(n) Valor do DIFAL (Item L - Item M) R$ 831,49

( RICMS-MA/2003 , art. 510-A , Convênio ICMS nº 142/2018 , cláusula décima segunda)

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4.4 Difal ST - RJ - Cálculo com base dupla

Esse Estado não incorporou em sua norma interna a nova regra de base de cálculo do diferencial de alíquota prevista no Convênio ICMS nº
142/2018 , contudo, com base no "Manual da substituição tributária da Sefaz/RJ", o Fisco orienta, com base no referido convênio, que o
imposto a recolher por substituição tributária será o valor calculado conforme a fórmula "ICMS ST DIFAL = [(V oper - ICMS origem) / (1 - ALQ
interna)] x ALQ interna - (V oper x ALQ interestadual).

Diante disso, entendemos que a base de cálculo do Diferencial de Alíquotas para os produtos sujeitos a substituição tributária, será dupla, o
qual, sobre o valor da operação de aquisição, exclui o ICMS da origem e inclui o ICMS do destino.

Dessa forma, exemplificamos, a seguir, o cálculo do Diferencial de Alíquota:

a) valor da operação interestadual R$ 100,00

b) alíquota interna do Rio de Janeiro 20%, já com os 2% do FECP

c) alíquota interestadual para operação 12%

d) imposto devido na operação interestadual ("a" x "c") R$ 12,00

e) base de cálculo do ICMS retido (["a" - "d"] / [1 - "b"]) R$ 110,00

f) imposto devido na operação interna ("e" x "b") R$ 22,00

g) ICMS sem FECP devido na operação interna ("e" x 18%) R$ 19,80

h) cálculo do ICMS/ST ("g" - "d") R$ 7,80

i) cálculo do FECP referente à ST ("e" x 2%) R$ 2,20

j) Valor total devido do Difal ICMS/ST ("h" + "i") R$ 10,00

Sobre este regime, bem como, a forma de cálculo e recolhimento do imposto, veja o procedimento sob o título: ICMS/RJ - Substituição
tributária - Regras gerais .
(Convênio ICMS nº 142/2018 , cláusulas décima primeira e décima segunda; RICMS-RJ/2000 , Livro II , Anexo II, art. 2º, § 5º)

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4.5 Difal ST - RR - Cálculo com base dupla

Neste Estado, apesar do Fisco não ter atualizado as disposições do RICMS-RR/2001 , o Convênio ICMS nº 142/2018 foi incorporado
internamente através do Decreto nº 28.037-E/2019.

Diante disso, entendemos que a base de cálculo do Diferencial de Alíquotas para os produtos sujeitos a substituição tributária, será dupla, o
qual, sobre o valor da operação de aquisição, exclui o ICMS da origem e inclui o ICMS do destino.

Dessa forma, exemplificamos, a seguir, o cálculo do Diferencial de Alíquota:

(a) Valor da operação origem sem o ICMS R$ 10.000,00

(b) Percentual para embutir ICMS na base de cálculo (1 - "d") 0,88

(c) Valor da operação origem com o ICMS ("a" / "b") R$ 11.363,64

(d) Alíquota de ICMS interestadual origem 12%

(e) Valor do ICMS origem ("c" x "d") R$ 1.363,64

(f) Percentual para embutir ICMS na base de cálculo (1 - "h") 0,83

(g) Base de cálculo do ICMS diferencial de alíquota ("a" / "f") R$ 12.048,19

(h) Alíquota de ICMS em Roraima 17%

(i) Valor do ICMS destino ("g" x "h") R$ 2.048,19

(j) Valor do DIFAL ("i" - "e") R$ 684,55

( RICMS-RR/2001 , arts. 731 , IV e 733, II)

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4.6 Difal ST - RS - Cálculo com base dupla

No Rio Grande do Sul a base de cálculo do Difal para contribuinte é dupla, conforme tópico 3 sendo a mercadoria com substituição tributária e
sem substituição tributária, exceto quando houver regra específica no respectivo Convênio ou Protocolo. Diante disso, a título de exemplo
segue um cálculo específico em Protocolo.

(a) Valor da operação origem (sem ICMS) R$ 10.000,00

(b) Percentual para embutir o ICMS na base de cálculo 0,88

(c) Base de cálculo da origem (com ICMS) R$ 11.363,64


(d) Alíquota de ICMS interestadual origem 12%

(e) Valor do ICMS origem R$ 1.363,64

(f) Base de cálculo do diferencial de alíquotas R$ 11.363,64

(g) Alíquota de ICMS interna destino 18%

(h) Percentual de Fundo de Combate à Pobreza 2%

(i) Diferencial de alíquota (alíquota interna - alíquota interestadual) 6%

(j) Valor do difal R$ 681,82

(k) Valor do difal (Fundo de combate à pobreza) R$ 227,27

( RICMS-RS/1997 , Livro I , art. 16 , I, "f", Livro III , art. 37 , parágrafo único, "a", Instrução Normativa DRP nº 45/1998 , Título I,
Capítulo III, item 10.1)

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4.7 Difal ST - SP - Cálculo com base dupla

Esse Estado não incorporou em sua norma interna a nova regra de base de cálculo do diferencial de alíquota prevista no Convênio ICMS nº
142/2018 .Contudo declarou sua autoaplicabilidade através na Resposta a Consulta nº 21.071/2019, mas não esclareceu sobre a fórmula
aplicada.

Diante disso, entendemos que a base de cálculo do Diferencial de Alíquotas para os produtos sujeitos a substituição tributária, será dupla, o
qual, sobre o valor da operação de aquisição, exclui o ICMS da origem e inclui o ICMS do destino. Esse havia sido o posicionamento de SP por
meio do Comunicado CAT nº 23/2017 , tacitamente revogado, por força do convênio ICMS nº 52/2017 .

Dessa forma, exemplificamos, a seguir, o cálculo do Diferencial de Alíquota:

(a) Valor da operação origem sem o ICMS R$ 10.000,00

(b) Percentual para embutir ICMS na base de cálculo (1 - "d") 0,88

(c) Valor da operação origem com o ICMS ("a" / "b") R$ 11.363,64

(d) Alíquota de ICMS interestadual origem 12%

(e) Valor do ICMS origem ("c" x "d") R$ 1.363,64

(f) Percentual para embutir ICMS na base de cálculo (1 - "h") 0,82

(g) Base de cálculo do ICMS diferencial de alíquota ("a" / "f") R$ 12.195,12

(h) Alíquota de ICMS em São Paulo 18%

(i) Valor do ICMS destino ("g" x "h") R$ 2195,12


(j) Valor do DIFAL ("i" - "e") (2.195,12 - 1.363,64) R$ 831,48

(Convênio ICMS nº 142/2018 , cláusula décima segunda; Resposta a consulta 21.071/2019)

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4.8 Difal ST - MT - Cálculo com base dupla

Nas operações interestaduais com bens e mercadorias submetidos ao regime de substituição tributária, destinados a uso, consumo ou ativo
imobilizado do adquirente a base de cálculo do imposto devido será o valor da operação interestadual adicionado do imposto correspondente
à diferença entre a alíquota interna a consumidor final estabelecida no Estado de Mato Grosso para o bem ou a mercadoria e a alíquota
interestadual.

O cálculo do diferencial será realizado aplicando-se a fórmula:

"ICMS ST DIFAL = [(V oper - ICMS origem)/(1 - ALQ interna) ] x ALQ interna - (V oper x ALQ interestadual)"

Onde:
a) "ICMS ST DIFAL" é o valor do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna a consumidor final estabelecida na unidade
federada de destino para o bem ou a mercadoria e a alíquota interestadual;
b) "V oper" é o valor da operação interestadual, acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro, impostos, contribuições e outros
encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, ainda que por terceiros;
c) "ICMS origem" é o valor do imposto correspondente à operação interestadual, destacado no documento fiscal de aquisição;
d) "ALQ interna" é a alíquota interna estabelecida na Unidade da Federação de destino para as operações com o bem e a mercadoria a
consumidor final, devendo esta ser acrescida do adicional destinado ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza nas
hipóteses previstas no inciso IV do art. 5º da Lei Complementar nº 144/2003, e o § 9º do art. 14 da Lei nº 7.098/1998.
e) "ALQ interestadual" é a alíquota estabelecida pelo Senado Federal para a operação.
Exemplificando:

Valor da operação interestadual: R$100,00;

Alíquota interna no Estado de Mato Grosso: 17% + 2% FECP

Alíquota interestadual de entrada: 7%

Cálculo:
a) Valor de aquisição R$ 100,00
b) Imposto devido na operação interestadual (R$100,00 x 7%) = R$ 7,00
c) Base de Cálculo do ICMS (R$100,00 - R$7,00) ÷ (1 - 19%) = R$ 114,81
d) Imposto devido na operação interna (R$114,81 x 19%) = R$ 21,81
e) ICMS sem FECP devido na operação interna (R$114,81 x 17%) = R$
19,51
f) Cálculo do ICMS/ST (R$ 19,51 - R$7,00) = R$ 12,51
g) Cálculo do FECP referente à ST (R$ 114,81 x 2%) = R$ 2,29
h) Valor total do ICMS/ST + FCEP ("f"+"g") = R$ 14,80

( RICMS-MT/2014 , Anexo X , art. 8º , § 4º)

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4.9 Difal ST - MS - Cálculo com base única

O Estado do Mato Grosso do Sul, em recente norma publicada no DOE MS de 21.12.2020, alterou a base de cálculo do Difal para mercadorias
sujeitas ao regime de substituição tributária, conforme segue:

a) de 1º.01 a 31.12.2021, a base de cálculo será o valor da operação (Base única):

Cálculo - sobre o valor da operação de aquisição aplica-se somente a diferença entre alíquotas (alíquota interna - a interestadual). O resultado é o valor do
diferencial.
Observação: Quando o remetente for optante pelo Simples Nacional, considerar a alíquota interestadual somente para fins de cálculo.

(a) Valor da operação origem ( Sem o ICMS ) R$ 10.000,00 (Itens A)

(b) Percentual para embutir ICMS na Base de cálculo 0,88 (1-Item d )

(c) Base de Cálculo da origem (Com ICMS) R$ 11.363,64 ( Item A/Item B )

(d) Alíquota de ICMS Interestadual origem 12% Recuperar/Importar do sistema

(e) Valor do ICMS origem R$ 1.363,64 (Item C x Item D)

(f) Base de Cálculo do ICMS Diferencial de alíquota R$ 11.363,64 (igual a Item C )

(g) Alíquota de ICMS Interna destino 18% Recuperar/Importar do sistema

(H) Percentual de Fundo de Combate a Pobreza 2% Recuperar/Importar do sistema

(I) Diferencial de Alíquota (Alíquota Interna - Alíquota Interestadual) 6% ( Item G -Item D )

(j) Valor do Difal R$ 681,82 (Item F x Item I)

(K) Valor do Difal (Fundo de Combate a Pobreza ) R$ 227,27 (Item F x Item H)

b) a partir de 1º.01.2022, a base de cálculo será o valor da operação interestadual adicionado do ICMS correspondente à diferença (Base
dupla). Entretanto, tendo em vista que não há posicionamento do Fisco quanto à fórmula dessa base, entendemos preventivamente pela
adoção do cálculo a seguir, mas sugerimos que ratifiquem esse entendimento junto ao Fisco:

Cálculo - sobre esta nova base de cálculo aplica-se a alíquota interna, deste resultado subtrai o ICMS da origem. O resultado é o valor do diferencial.

Observação: Quando o remetente for optante pelo Simples Nacional, considerar a alíquota interestadual somente para fins de cálculo.

(a) Valor da operação origem ( Sem o ICMS ) R$ 10.000,00 (Itens A)

(b) Percentual para embutir ICMS na Base de cálculo 0,88 (1-Item d )

(c) Valor da operação origem ( Com o ICMS) R$ 11.363,64 ( Item A/Item B )

(d) Alíquota de ICMS Interestadual origem 12% Recuperar/Importar do sistema

(e) Valor do ICMS origem R$ 1.363,64 (Item C x Item D)

(f) Percentual para embutir ICMS na Base de cálculo 0,82 (1-Item J )

(g) Base de Cálculo do ICMS Diferencial de alíquota R$ 12.195,12 (Item A / Item F)

(h) Alíquota de ICMS Interna destino 18% Recuperar/Importar do sistema

(I) Percentual de Fundo de Combate a Pobreza 0% Recuperar/Importar do sistema

(J) Alíquota + Fundo de Combate a Pobreza 18% (Item H + Item I)

(K) Valor do ICMS destino 2.195,12 (Item G x Item j )

(L) Valor do DIFAL + Fundo de Combate a Pobreza R$ 831,49 (Item K - Item E )

(M) Valor do Fundo de Combate a Pobreza R$ - (Item G x Item I )


(N) Valor do DIFAL R$ 831,49 (Item L - Item M )

(Lei 1.810/1997, art. 32 §§ 3º; RICMS-MS/1998 , Anexo III , arts. 26, I, 28, II e 29. I. Lei 1.810/1997, art. 41-A)

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5. Procedimentos específicos dos Estados

Apresentamos nos subtópicos a seguir os procedimentos estaduais relativos ao diferencial de alíquotas para contribuintes e não contribuintes
dispostos em cada Unidade da Federação.

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5.1 Diferencial de alíquotas para contribuintes

Clique nas siglas das Unidades da Federação para verificar o procedimento específico do Estado:

DIFAL - CONTRIBUINTES

AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MT MS PA

PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SE SC SP TO -

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5.2 Diferencial de alíquotas para não contribuintes

Clique nas siglas das Unidades da Federação para verificar o procedimento específico do Estado:

.
DIFAL - NÃO CONTRIBUINTES

AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MT MS PA

PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SE SC SP TO -

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6. Simples Nacional

Segundo a cláusula nona do Convênio ICMS nº 93/2015 que dispõe sobre os procedimentos a serem observados nas operações e prestações
que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra Unidade da Federação (UF), aplicam-se as
suas disposições aos contribuintes optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006 , em relação ao imposto
devido à UF de destino.
Contudo, em razão da concessão de medida cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 5.464, requerida pelo Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), foi suspensa a aplicação dessa cláusula que prevê o recolhimento do diferencial de
alíquotas nas operações e prestações interestaduais destinadas a consumidor final pelos contribuintes optantes pelo Simples Nacional.

Considerando que a medida judicial não tem caráter definitivo, recomendamos cautela e acompanhamento dos desdobramentos da referida
ação pelos contribuintes enquadrados no Simples Nacional.

As empresas optantes pelo Simples Nacional não estão sujeitas, portanto, ao recolhimento do diferencial de alíquotas instituído pela Emenda
Constitucional nº 87/2015 , em face dessa determinação judicial.

Assim, foi republicado o Convênio ICMS nº 93/2015 , que passa, em sua cláusula nona, a fazer menção ao Despacho SE/Confaz nº
35/2016 .

(Lei Complementar nº 123/2006 ; Convênio ICMS nº 93/2015 , cláusula nona; ADI nº 5.464; Despacho SE/Confaz nº 35/2016 ;
Emenda Constitucional nº 87/2015 )

Legislação Referenciada

RICMS-AC/1998

RICMS-AM/1999

RICMS-AP/1998

RICMS-CE/1997

RICMS-DF/1997

RICMS-ES/2002

RCTE-GO/1997

RICMS-MA/2003

RICMS-MG/2002

RICMS-MS/1998

RICMS-MT/2014

RICMS-PB/1997

RICMS-PR/2017

RICMS-RJ/2000

RICMS-RN/1997

RICMS-RO/2018

RICMS-RR/2001

RICMS-RS/1997

Instrução Normativa DRP nº 45/1998

54/2017

71/2018

RICMS-SC/2001

RICMS-SE/2002

Comunicado CAT nº 23/2017

Convênio ICMS nº 142/2018

convênio ICMS nº 52/2017

Convênio ICMS nº 93/2015

Decreto nº 28.037-E/2019

RICMS-SP/2000

Despacho SE/Confaz nº 35/2016


Emenda Constitucional nº 87/2015

Lei Complementar nº 123/2006

Lei Complementar nº 144/2003

Lei nº 1.287/2001

Lei nº 1.810/1997

Lei nº 7.098/1998

Resposta a Consulta nº 21.071/2019

CTE/TO

ADCT

Constituição Federal/1988

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