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que está inseparavelmente contido na

natureza de um ser ou de um objeto; inerente.


Gabarito

FRENTE ÚNICA
Capítulo 1 – Introdução à Filosofia Capítulo 2 – O nascimento da Filosofia
Revisando
Revisando
1. Soma: 04 + 08 = 12
1. A
2. D
2. Soma: 02 + 04 + 08 = 14
3. A
3. A
4. Soma: 01 + 02 + 04 = 07
4. E
5. B 5. Soma: 02 + 08 = 10
6. Soma: 02 + 04 + 16 = 22 6. A
7. A 7. A
8. Soma: 02 + 04 + 08 = 14 8. B
9. B 9. A
10. Soma: 01 + 08 = 09 10. Soma: 04 + 08 + 16 = 28

Exercícios propostos Exercícios propostos


1. D 1. A
2. E 2. C
3. Soma: 01 + 02 + 04 + 08 = 15 3. Soma: 01 + 04 + 08 = 12
4. Soma: 01 + 02 + 04 = 07
Exercícios complementares 5. A
1. Duas passagens explicitam o caráter grego e a novidade do 6. A
surgimento da filosofia: “criação própria do gênio dos gregos”
e “o que eles [gregos] criaram, instituindo a filosofia, constitui Exercícios complementares
novidade que, em certo sentido, é absoluta”. No entanto, “su-
1. E
perioridade dos gregos em relação aos outros povos” e “não
é em qualquer cultura que a ciência é possível” são passagens 2. A passagem do mito à filosofia foi marcada pelo abando-
que defendem uma hierarquia entre as culturas, colocando a no das narrativas de geração dos deuses e pela elaboração
cultura grega, assimilada pela cultura europeia, como superior de explicações racionais que investigavam a causalidade do
às demais culturas. O predomínio em uma cultura de crenças mundo. A valorização das explicações racionais esteve fortemen-
te associada a uma nova forma de estruturação política: a pólis
e dogmas irracionais e obscuros pode impedir ou prejudicar o
grega. O surgimento da filosofia foi possível graças a essa comu-
desenvolvimento do conhecimento científico.
nidade política, fundamentada no debate racional e de exposição
2. B de argumentos entre os cidadãos. O mistério e o misticismo,
3. Soma: 04 + 16 = 20 acessíveis somente a alguns iniciados nos ritos e mitos religio-
sos, eram substituídos pela razão e pelo pensamento filosófico.
BNCC em foco 3. B
4. Soma: 01 + 02 + 04 + 08 = 15
1. Resposta aberta. O medo da morte expõe a fragilidade de
sociedades onde há ausência de Estado organizado, levan- 5. Soma: 02 + 08 + 16 = 26
do à reflexão sobre o papel político do medo em situações 6. A
de anomia. A escassez de recursos para cuidados com a
saúde levanta discussão sobre quais são os critérios éticos BNCC em foco
para salvar vidas. O controle da pandemia em sociedades de-
mocráticas por meio da vigilância leva à reflexão sobre como 1. A biologia molecular e genética tem sido um vasto campo para a
interpretamos as liberdades fundamentais (usar ou não más- pesquisa científica. A descoberta da estrutura de DNA e do código
genético como uma espécie de tradutor da vida, presente em to-
cara, tomar ou não vacina etc.). Há também a reflexão sobre o
dos os seres, pode ser lida à luz dessa analogia com os primeiros
papel da ciência nas decisões políticas.
pré-socráticos. Pensar a vida a partir do que ela significa no âmbito
2. O fato explicitou um posicionamento reacionário em nossa puramente científico, e não do ponto de vista mítico ou religioso,
FRENTE ÚNICA

sociedade por meio de um discurso aparentemente mais pro- pode ocorrer mesmo sob pontos de vista opostos. O DNA, des-
gressista em relação aos direitos humanos, através da insígnia critor do código genético e, portanto, estrutura universal, também
“Todas as vidas importam”. De fato, o mais relevante foi ocultar apresenta a possibilidade de ser alterado, seja de modo natural, ou
sua verdadeira intenção: dificultar a visibilidade do racismo es- seja, ou pela intervenção humana, o que permite novas possibili-
trutural, diluir as desigualdades e negar as diferenças em um dades “de” vida ou “para” a vida, colocando-nos diante de dilemas
contexto que poderia promover uma reflexão sobre o assunto. éticos e morais relacionados ao limite do poder da ciência.

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Capítulo 3 – Sócrates Capítulo 4 – Platão

Revisando Revisando
1. B 1. B
2. A 2. D
3. C 3. D
4. Soma: 02 + 04 + 16 = 22 4. D
5. A 5. B
6. E 6. Soma: 01 + 08 + 16 = 25
7. A 7. C
8. C 8. C
9. C 9. B
10. D 10. C

Exercícios propostos Exercícios propostos


1. C 1. B
2. Soma: 01 + 02 + 04 + 08 = 15 2. A imitação, própria da arte, é uma imitação dos acontecimen-
tos humanos ou naturais. Esses acontecimentos já são uma
3. C
imitação das ideias, do verdadeiro. A arte, portanto, é uma
4. A imitação da imitação, encontrando-se, assim, a três graus de
5. Soma: 01 + 02 + 04 + 08 = 15 afastamento da verdade.

6. Soma: 02 + 04 + 16 = 22 3. Soma: 04 + 16 = 20
4. Soma: 01 + 04 + 16 + 64 = 85
Exercícios complementares 5. Soma: 01 + 04 + 08 + 32 = 45
1. B 6. B
2. C
Exercícios complementares
3. A tarefa de Sócrates é conduzir cada cidadão a cuidar de si
mesmo, a investigar as virtudes. Em sua defesa, em nenhum 1. B
momento Sócrates dá sinais de abandonar essa tarefa. Pelo
2. E
contrário: a reafirma, a ponto de dizer que morreria várias ve-
zes se fosse necessário. No entanto, chama a atenção de que 3. B
o que ele faz não seria nocivo, embora seus acusadores pen-
4. B
sassem o contrário.
5. Soma: 02 + 04 = 06
4. Sócrates divide seus acusadores em duas categorias: os acu-
sadores antigos e os acusadores recentes. Sócrates considera 6. Soma: 01 + 02 + 04 + 08 = 15
os acusadores antigos os mais temíveis, porque vinham fazen-
do acusações havia muito tempo, convencendo os jovens de BNCC em foco
suas opiniões. Depois de tanto tempo, Sócrates não podia
mais se defender dos acusadores antigos, mas tinha que lidar 1. Na contemporaneidade, estamos presos às mídias, que são
com os jovens que, tornados adultos, estavam convictos de nossa única fonte de informação, muitas vezes equivoca-
que a acusação contra Sócrates era válida. das, rasas ou confusas. Tais informações, em excesso, nos
cegam e nos deixam mais preguiçosos para buscar o conhe-
5. C
cimento verdadeiro e despertar nosso interesse para o que
6. C realmente é relevante para a vida em sociedade: a política.
A democracia contemporânea, como forma de governo de
BNCC em foco seres humanos livres, que elegem seus representantes, está
cada vez mais comprometida com a participação ou a repre-
1. A crítica de Sócrates concentra-se em que não se pode adqui- sentatividade do povo, que, muitas vezes, não compreende
rir ou transmitir conhecimento, pois o saber válido e possível é nem se identifica com projetos políticos, devido à extrema
somente o saber sobre si mesmo. fragmentação partidária, o que também pode impedir um
bom governo.
2. Questionar-se o tempo todo, assumindo que nada se sabe e
buscando encontrar os valores das ações e intenções morais
a partir de si mesmo. Os questionamentos provêm do diálogo
com outros que nos ajudam a esclarecer o que queremos co-
nhecer sobre nós mesmos.

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BNCC em foco
Capítulo 5 – Aristóteles
1. As reações das pessoas diante da pandemia de covid-19 per-
Revisando mitem pensar sobre qual ética orienta suas atitudes. A ética
das virtudes, orientada pelo meio-termo ou a justa medida,
1. Soma: 01 + 08 + 16 = 25
aparece como possibilidade de enfrentamento ao problema,
2. A questionando o que fazemos a partir das noções de liberdade
e do uso da razão. Decidir nos proteger em casa por medo
3. B
ao desconhecido – mas também por seguir os protocolos de
4. C isolamento social e assim proteger aos demais – acaba por
estimular a virtude em seus cidadãos, dando-lhes os exemplos
5. B
corretos para imitar, criando neles bons hábitos e aproximan-
6. C do-os da felicidade.
7. E
8. Soma: 01 + 02 + 08 = 11
9. As virtudes e os vícios são disposições de caráter. Enquanto Capítulo 6 – Filosofia Helenística
as virtudes são disposições racionais, os vícios são disposi-
ções irracionais. Não existe uma correspondência direta entre
Revisando
um vício e uma virtude, mas a virtude encontra-se no meio-ter-
mo entre dois vícios. 1. E

10. B 2. C
3. E
Exercícios propostos 4. A
1. Soma: 01 + 04 = 05 5. Soma: 01 + 16 = 17

2. A 6. A

3. Soma: 01 + 04 + 08 + 16 = 29 7. D

4. Soma: 01 + 02 + 04 + 08 = 15 8. Soma: 01 + 02 + 04 + 08 + 16 = 31
9. D
5. D
10. B
6. D

Exercícios propostos
Exercícios complementares
1. B
1. Soma: 01 + 08 = 09
2. C
2. 01 + 04 + 08 + 16 = 29
3. A
3. A matéria é o princípio de individuação e, portanto, da particu-
laridade. Por outro lado, a forma é princípio de universalidade,
Exercícios complementares
visto que define da mesma maneira diferentes matérias. Ve-
jamos um exemplo. Uma camiseta feita de algodão e uma 1. B
camiseta feita de poliéster são duas substâncias que possuem 2. a) Em primeiro lugar, a passagem convida a uma harmoniza-
a mesma forma (camiseta), mas com matérias diferentes (al- ção com a “Natureza”. De acordo com o estoicismo, uma
godão e poliéster). Uma calça feita de algodão tem a mesma razão universal ou cósmica ordena a natureza. Em segun-
matéria que a camiseta de algodão, mas isso não a torna uma do lugar, a passagem “adotar um espírito elevado e digno
camiseta, do homem nobre” indica a relação que o indivíduo deve
estabelecer com as contingências da vida: trata-se de es-
4. a) O animal político é todo animal falante dispensado de
tar de acordo com a razão universal.
trabalhar para poder se dedicar às atividades políticas.
b) A instituição republicana, a língua latina, o direito romano.
Apesar de serem animais falantes, o artesão e o escravo
não eram animais políticos porque precisavam se dedicar 3. B
ao trabalho, impedindo-os de usufruir de tempo livre para
se dedicar às atividades políticas. BNCC em foco
b) Em Platão, a democracia era criticada porque permitia que 1. O estoicismo afirma que, sem poder ter controle dos acon-
homens inferiores ou incapazes pudessem governar. Em tecimentos, o único controle é o de nossas emoções diante
FRENTE ÚNICA

Aristóteles, a crítica era dirigida à possibilidade de a de- do julgamento que temos das coisas do mundo. Para isso, é
mocracia se tornar uma demagogia, ou seja, uma cidade necessário praticar a nossa responsabilidade por nós mesmos
ser governada pelas massas. e pelos outros. A autoajuda é uma prática que se afasta dessa
filosofia, na medida em que torna o indivíduo dependente da
5. D
opinião de um terceiro, que lhe impõe regras de como ser
6. B bem-sucedido.

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2. A suspensão dos juízos sobre o que é bom ou ruim deve nos 2. B
ensinar a ser tolerantes e a praticar a generosidade para com-
3. a) Via do Movimento; via da causa eficiente; via do contin-
preender as diferenças entre opiniões e ideais políticos. O
gente e do necessário; via dos graus e perfeição; e via do
ceticismo nos ajuda a enfrentar o dogmatismo e a arrogância
governo das coisas.
diante dos limites do que podemos conhecer.
b) As cinco vias, de forma resumida, são:
Via do movimento: todas as coisas se movem. E todo movi-
mento tem uma causa. Buscando a origem do movimento
original, chega-se à necessidade da existência de Deus.
Capítulo 7 – Filosofia Medieval Via da causa eficiente: cada ente vem à existência por
meio de uma causa eficiente. O filhote tem como causa
Revisando eficiente o cão e a cadela, por exemplo. Seguindo essa via
até o fim, é impossível que a ordem das causas eficientes
1. D seja infinita. Deve haver, portanto, uma primeira causa efi-
2. B ciente, que é Deus.
Via dos graus de perfeição: notamos que os entes pos-
3. C
suem graus de perfeição: alguns são bons, outros nem
4. a) O pensamento de Agostinho foi influenciado pela teoria tanto. Só é possível, no entanto, perceber a existência dos
das ideias de Platão. A teoria das ideias foi preservada, graus, porque comparamos com o grau máximo de perfei-
mas, na filosofia agostiniana, as ideias não somente já ção. Esse grau máximo de perfeição é Deus.
eram conhecidas por Deus, como também já existiam em
Via do contingente e do necessário. Todos os seres que
Deus.
percebemos existem de forma contingente, ou seja, exis-
b) Em seu interior, o homem reconhece a existência divina. tem, mas não precisariam existir. Como de fato esses feres
Não se trata de uma reminiscência, mas de uma iluminação
existem é preciso que haja um ser que sempre foi neces-
divina. É por meio dessa iluminação que o conhecimento
sário. O ser necessário é Deus.
humano pode conhecer as verdades divinas.
Via do governo das coisas: Notamos que todos os seres
5. C possuem uma finalidade. A finalidade última de todas coi-
6. Soma: 02 + 04 + 08 = 14 sas, por extensão, é buscar a perfeição. Essa perfeição
é Deus.
7. A
8. D 4. Soma: 02 + 08 + 16 = 26

9. D 5. Soma: 01 + 04 + 08 + 16 = 29

10. Soma: 02 + 04 + 08 + 16 = 30 6. C

Exercícios propostos
BNCC em foco
1. Soma: 02 + 04 = 06
1. Mesmo sem abandonar a fé e a crença na existência de Deus,
2. B Tomás de Aquino admite a importância do pensamento racio-
3. C nal como válido para demonstrar a existência divina. Desse
modo, ao tomar as concepções de Aristóteles, para quem o
4. Soma: 01 + 04 + 16 = 21
mundo sensível e a observação da natureza eram importan-
5. C tes, Tomás constrói seu pensamento a partir de argumentos
6. Soma: 01 + 08 + 16 = 25 causais, portanto oferecendo explicações a posteriori e rom-
pendo com a tradição medieval pautada na “dedução”. Tal
pensamento abre caminho para o avanço filosófico sobre o
Exercícios complementares método científico, chave do pensamento moderno e que ficará
mais evidente com Descartes.
1. a) Alguns dos primeiros cristãos decidiriam rejeitar qualquer
influência da filosofia grega sobre a doutrina cristã. Essa
rejeição não foi dirigida especificamente à filosofia grega,
e sim a toda e qualquer tentativa de explicar racionalmen-
te as verdades reveladas pela fé cristã. A justificativa para
essa rejeição estava assentada em uma desconfiança na
capacidade do conhecimento humano em explicar as ver-
Capítulo 8 – Filosofia do Renascimento
dades da fé.
Revisando
b) A filosofia agostiniana foi profundamente influenciada pela
filosofia platônica. A teoria das ideias e a teoria da remi- 1. C
niscência de Platão, por exemplo, foram reapropriadas
por Agostinho. As ideias existiam, mas já eram conheci- 2. Soma: 01 + 04 + 08 + 32 = 45
das desde sempre por Deus. Assim como na teoria da 3. E
reminiscência, a verdade não era alcançada por meio dos
4. B
sentidos. Contudo, era necessária a iluminação divina para
que a mente humana pudesse alcançar a verdade. 5. A

210 FILOSOFIA Gabarito

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6. A revolução científica estabeleceu uma ruptura com os dog- 6. A concepção política de Tomás de Aquino (Texto 1) sustenta que
mas religiosos. Essa ruptura não ocorreu somente por conta os fins do poder político são temporais e espirituais. Por esse
de novas teorias a respeito do Universo – a fé religiosa mui- motivo, a Igreja católica pode intervir no Estado, e é exigido que
tas vezes debatia diferentes teorias a respeito de um mesmo o governante seja reconhecido por sua virtude moral. Por outro
tema. A ruptura se tornou radical por conta do novo modo de lado, a concepção política de Maquiavel (Texto 2), ao contrá-
se investigar, de produzir saber. O método experimental, por rio da anterior, não está preocupada com os fins espirituais do
esse motivo, trouxe autonomia à ciência em relação aos dog- poder político, ou seja, com aquilo que os homens devem ser.
mas da fé religiosa, baseados na ideia de revelação divina. Maquiavel investiga os homens como eles são. Por esse motivo,
interessam a ele os fins temporais do poder político e, mais ainda,
7. D
como conservar o poder político por ele mesmo, sem depender
8. E de qualquer intervenção externa, como a Igreja católica.
9. A 7. Soma: 01 + 02 + 08 = 11
10. Soma: 01 + 02 = 03 8. C
9. D
Exercícios propostos
1. C BNCC em foco
2. B 1. No Brasil, a descrença na política e nos seus governantes de-
3. C ve-se, em parte, à falta de responsabilidade ética de lideranças
políticas, e na desconfiança em relação às instituições que
4. Soma: 01 + 02 + 08 = 11
deveriam exercer a vigilância crítica sobre determinadas con-
5. B dutas morais (por exemplo, em relação à corrupção), ou seja, há
prevalência de interesses pessoais sobre os coletivos. Isso po-
6. a) Para Maquiavel, fortuna é sorte, não enquanto o acaso
deria ser explicado com o argumento de que a maneira de fazer
que resultou em consequências positivas, e sim enquanto
política possui semelhanças com o que escreveu Maquiavel,
acaso. Desse modo, a fortuna, ou acaso, pode ser boa ou
principalmente no que diz respeito ao ingresso e à permanên-
ruim. Trata-se de todos aqueles eventos ou circunstâncias
cia no poder; no entanto, na contemporaneidade não se pode
que não estão sob o controle do príncipe.
justificar as ações dos governantes em nome da astúcia, dado
b) Apesar de não manter nenhum controle sobre ela, o prín- que essas ações não são tomadas “em razões do Estado”.
cipe pode fazer com que a fortuna lhe resulte em algum
benefício ou, pelo menos, impeça um prejuízo. Para isso, o
príncipe deve lançar mão de suas habilidades políticas, ou
seja, daquilo que foi nomeado como virtù.
7. C Capítulo 9 – Filosofia Moderna:
8. Soma: 01 + 02 + 16 = 19 teorias do conhecimento
9. C
Revisando
Exercícios complementares 1. C
2. Soma: 01 + 32 + 64 = 97
1. D
3. Soma: 01 + 02 + 04 + 08 = 15
2. Soma: 02 + 04 + 16 = 22
4. Soma: 01 + 02 + 04 + 16 = 23
3. Soma: 02 + 04 + 08 + 16 = 30
5. C
4. a) Os cercamentos foram o processo de apropriação das ter-
ras cultivadas pelos camponeses e de sua utilização para 6. B
a criação de rebanhos ovinos. Com essa transformação, 7. A
as terras não eram utilizadas para a agricultura, e sim para
fornecer matéria-prima (lã) para a produção de manufatura 8. D
têxtil. 9. Soma: 02 1 08 1 16 1 32 5 58
b) Na obra de Thomas More, utopia é um termo ambíguo. Por 10. Soma: 01 1 16 5 17
um lado, é o nome de uma república idealizada. Por outro
lado, por sua etimologia (“não lugar”), significa um lugar ou
Exercícios propostos
uma sociedade que não existe.
1. C
5. a) A virtù é a habilidade ou a competência política do prín-
cipe para governar. Essa habilidade assume especial 2. E
relevância quando as circunstâncias fogem de seu contro- 3. C
le e se tornam adversas.
4. D
FRENTE ÚNICA

b) O novo príncipe deve ser amado e temido por seu povo.


Na impossibilidade de conservar esses dois afetos, é 5. D
preferível que o príncipe seja temido. O objetivo dessa 6. 01 1 02 1 08 5 11
relação não é a promoção de uma política voltada para o
7. Soma: 04 + 08 + 16 = 28
bem-estar dos súditos, e sim de um interesse em conser-
var o poder conquistado ou adquirido. 8. A

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Exercícios complementares BNCC em foco
1. A 1. Descartes instaura o método racional e objetivo a partir da
2. B sistematização do conhecimento, tomando por base a abstra-
ção da Matemática. Isso teve como consequência a distinção
3. B entre filosofia e ciência, que terminou por relegar à filosofia
4. Com a famosa proposição “a mente é um papel em branco”, o papel de descrever e analisar o pensamento científico ou
o filósofo inglês John Locke negou de uma vez por todas a de libertar a filosofia para a subjetividade. Na contemporanei-
noção de ideias inatas. Não haveria, portanto, nenhuma ideia dade, esse debate revive por meio do conflito dos distintos
inata na mente humana, ou seja, nenhuma ideia que não tives- papéis ocupados pela filosofia e pela ciência na educação e
se se originado, direta ou indiretamente, da experiência. Uma na formação dos cidadãos. Atualmente, há uma priorização da
segunda consequência dessa negação diz respeito à meta- ciência como um saber mais necessário para enfrentar os pro-
física: se todo conhecimento está baseado na experiência e blemas sociais do que a filosofia, considerada erroneamente
nenhuma ideia é inata ao ser humano, então a metafísica per- como mais abstrata e sem fins práticos.
de sua validade ou tem sua validade questionada. A própria
noção de Deus, nesse sentido, torna-se adquirida, apreendida
pela experiência, e não uma ideia inata na mente humana.
5. A
6. a) Trata-se da investigação filosófica a respeito da nature-
Capítulo 10 – Filosofia Moderna:
za do mal. David Hume menciona uma série de exemplos
de maldades. Um estranho atribuiria a autoria dessas Ética e Filosofia Política
maldades ao próprio ser humano, e não a uma entida-
de sobrenatural ou transcendente. O autor dos males do Revisando
mundo seria o próprio ser humano, e não o criador do
mundo. 1. Soma: 01 + 02 + 08 = 11
b) Para investigar a natureza do mal, Hume enumera uma 2. D
série de exemplos (ponto de vista empirista) que seria ava-
3. Soma: 02 + 08 + 64 = 74
liada por um estranho, e não por alguém já educado na
metafísica (ponto de vista cético). A função do estranho no 4. Soma: 04 + 08 = 12
raciocínio de David Hume é possibilitar um ponto de vista 5. Soma: 01 + 02 + 08 + 16 = 27
não viciado, ou seja, não carregado de toda a tradição me-
tafísica. Ao contrário, muito provavelmente um metafísico 6. D
tradicional não mencionaria exemplos empíricos nem du- 7. A
vidaria que a natureza do mal deve ser explicada do ponto
de vista da metafísica. 8. Soma: 01 + 02 + 04 + 16 = 23

7. Sim, as ações humanas são necessárias, de acordo com 9. A


Hume. A necessidade deve ser aqui entendida no contexto 10. B
empregado do texto: enquanto uniformidade, regularidade
(em oposição a irregularidade) e habitual (em oposição a
Exercícios propostos
anômalo). Somente por conta desses traços fundamentais é
que se torna possível produzir algum conhecimento sobre as 1. Soma: 01 + 02 + 04 + 08 = 15
ações humanas. Deve ficar claro que o conhecimento não
está voltado para o particular, para o singular, e sim para o 2. E
geral, para o universal (“seria impossível coletar quaisquer 3. Na filosofia kantiana, a menoridade não é definida de acordo
observações gerais”). com a idade cronológica, mas de acordo com o uso da razão.
8. a) A Revolução Copernicana é uma analogia entre a revolu- Desincumbir-se de utilizar a própria razão para se apoiar no
ção operada por Copérnico na Astronomia e a revolução uso da razão realizado por outro é permanecer na menorida-
operada por Kant no conhecimento. Assim como Copér- de. O oposto da menoridade é fazer uso da própria razão, seja
nico deslocou o centro do Universo da Terra para o Sol, em relação ao conhecimento, à moral ou à estética. Por esse
Kant deslocou o centro da investigação sobre o conhe- motivo, a saída da menoridade é a entrada no esclarecimento.
cimento do objeto para o sujeito. Antes de investigar os Contudo, nem todos realizam essa passagem, preferindo se
objetos, Kant declara que o mais importante é investigar o manter na menoridade.
sujeito que investiga os objetos.
4. Soma: 04 + 08 = 12
b) De acordo com Kant, o conhecimento a priori é obti-
do sem o recurso da experiência. Esse conhecimento 5. C
revela justamente as condições que tornam possível o 6. B
próprio conhecimento dos objetos empíricos, ou seja,
7. B
o conhecimento a posteriori, obtido com o concurso da
experiência. 8. A
9. C 9. D

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Exercícios complementares de que gozavam antes. Contudo, todos os indivíduos
devem entregar seu poder à vontade geral, ou seja, ne-
1. E nhuma vontade particular se sobressai às demais, pois
2. De acordo com o princípio utilitarista, todo valor pode ser me- todas estão, igualmente, submetidas à vontade geral.
dido e comparado. Ou seja: haveria um equivalente geral entre b) Os cidadãos e os súditos são dois lados da mesma moeda.
as diferentes espécies de valor. O equivalente geral é a forma Os cidadãos são os associados do pacto social, enquanto
assumida pelo dinheiro nas trocas capitalistas. A instituição de participam ativamente da soberania e da vontade geral.
um equivalente geral pressupõe não somente a quantificação Por outro lado, os súditos são esses mesmos cidadãos,
e mensuração dos produtos (no caso das trocas capitalistas) mas submetidos às decisões da vontade geral. Ou seja:
ou dos valores (no caso do princípio utilitarista), mas também quando participa ativamente, cidadão; quando se subme-
pressupõe a anulação das qualidades e das singularidades de te às decisões, súdito.
cada valor.
9. A
3. Para esclarecer essa aparente contradição, deve ser estabe-
lecida a distinção entre dever ou cumprimento do dever e uso
público da razão. A liberdade do cidadão deve ser exercida BNCC em foco
nas condições impostas pelo Estado. Dessa maneira, o cida-
dão está coagido a pagar seus impostos. Por outro lado, no 1. A intenção de levar adiante a gravidez do bebê anencéfalo,
intuito de promover a resolução de questões pertinentes à para depois provocar sua morte com a finalidade de doar seus
vida em sociedade, o cidadão pode livremente emitir um juízo órgãos e beneficiar crianças que precisam de transplante, se
racional, ainda que esse juízo contrarie as determinações do justifica, do ponto de vista das intenções dos pais, pelo princí-
Estado. O cidadão é coagido a cumprir com suas obrigações, pio utilitarista de maximizar a felicidade, beneficiando o maior
mas é livre para usar publicamente a razão. número de pessoas. Cabe considerar, no entanto, que a lógica
4. a) A ética kantiana é universalista porque não estabelece ética utilitarista não é a única possível para se avaliar o caso.
distinções entre os diferentes indivíduos. A dignidade é 2. Considerando uma ética utilitarista, o melhoramento genético
essencial ao ser humano. Portanto, a reciprocidade entre pode ser questionável se causar mais danos que benefícios.
respeitar e ser respeitado indica para esse universalismo Uma vez que não se podia prever cientificamente os prejuízos
próprio do Iluminismo, baseado na condição universal da
do consumo desses produtos, contou-se que os benefícios se-
humanidade.
riam da ordem da segurança alimentar e da ordem econômica.
b) De acordo com Maquiavel, o príncipe deve manipular po-
liticamente seus súditos para permanecer no poder. Essa
manipulação indica haver uma profunda distinção entre o
príncipe e seus súditos, pois os súditos são considerados
instrumentos ou objetos de manipulação do príncipe, o Capítulo 11 – Filosofia Contemporânea:
que contraria radicalmente a ética kantiana.
século XIX
5. A função do Estado, ou do soberano, é garantir a paz entre os
súditos. No estado de natureza, os indivíduos encontram-se
Revisando
em estado de “guerra de todos contra todos”. A instituição do
pacto social tem por objetivo instaurar a paz. Para realizar esse 1. D
objetivo, ao Estado é assegurado um poder absoluto, única
2. Soma: 01 + 04 + 08 + 16 = 29
maneira de impedir que outra vontade, superior à sua, recon-
duza os súditos ao estado de guerra de todos contra todos. 3. D
Os futuros súditos, portanto, devem abrir mão de seus pode-
4. Soma: 04 + 08 = 12
res em benefício do Estado, o qual, em contrapartida, deve
garantir a paz e a segurança entre eles. 5. Soma: 01 + 02 + 04 + 16 = 23

6. Soma: 01 + 02 + 04 + 08 = 15 6. D

7. Na filosofia política de John Locke, o objetivo do pacto social, 7. B


ou seja, a passagem do estado de natureza para o estado de 8. Soma: 01 + 04 + 16 = 21
sociedade, é garantir os direitos naturais que já existiam no
estado de natureza. O pacto social foi necessário porque es- 9. Soma: 01 + 08 = 09
ses direitos se viam constantemente ameaçados. Não se trata, 10. A
portanto, de eliminá-los, e sim de garanti-los. Por esse motivo,
o pacto social é o resultado do livre consentimento entre os
Exercícios propostos
homens, assim como o governante deve servir a esses ho-
mens. Com base nesse pressuposto, caso o governante não 1. B
atenda às expectativas de seus súditos, os súditos podem
destroná-lo, desfazendo o pacto social ou, caso o queiram, 2. B
refazê-lo em novas bases. 3. B
8. a) O pacto social implica a entrega do poder de cada indiví- 4. D
FRENTE ÚNICA

duo à vontade geral. Inicialmente, o pacto social assume


5. Soma: 01 + 04 = 05
uma aparência autoritária, pois os indivíduos ficam obriga-
dos a se submeter à vontade geral, perdendo a liberdade 6. D

213

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Exercícios complementares 7. Karl Popper desenvolveu o critério de falseabilidade para
estabelecer a demarcação entre ciência e não ciência. Uma
1. E teoria é científica somente se puder ser falseabilizada. O
2. C critério de falseabilidade substituía o critério de verificabilida-
de desenvolvido pela mentalidade positivista do Círculo de
3. Soma: 01 + 02 + 16 = 19
Viena. De acordo com esse critério, uma teoria é científica se
4. Soma: 01 + 04 = 05 suas proposições fundamentais puderem ser verificadas em-
piricamente.
5. A definição do homem como animal racional situava a razão
no centro da experiência humana. Isso significa dizer que a 8. Soma: 01 + 02 + 04 = 07
razão é aquilo que há de mais humano em um ser humano.
9. Soma: 02 + 16 = 18
No entanto, a noção de vontade inconsciente subverte aque-
la definição. Se existe uma vontade inconsciente, então nem 10. Soma: 01 + 08 + 16 = 25
tudo que fazemos ou pensamos é dirigido pela razão. Pode-
mos, ainda, extrapolar esse pensamento, dizendo que a razão Exercícios propostos
chega mesmo a justificar racionalmente aquilo que não tem
nenhum fundamento racional. Com essa concepção, a razão 1. A
deixa de ser aquilo que há de mais humano em um ser huma- 2. D
no. Algo que não é controlado e dominado pela razão acaba
3. No primeiro texto, a ciência ou teoria científica é definida de
assumindo papel fundamental na experiência humana.
acordo com sua capacidade de ser refutada ou falível. A de-
6. A marcação entre teoria científica e teoria não científica, portanto,
está baseada no critério de falseabilidade. Uma teoria é cientí-
fica não porque é verdadeira, e sim porque pode ser refutada.
BNCC em foco A refutação da teoria científica ocorre, assim, quando não pode
mais ser sustentada diante dos novos fatos empíricos.
1. O niilismo contemporâneo se expressa no individualismo e no
egocentrismo que, quanto mais acentuados, mais expressam No segundo texto, a ciência é definida de acordo com sua
a fragmentação e o relativismo dos valores. A perda dos re- capacidade de intervir, dominar ou transformar a realidade. A
ferenciais (comunidade, tradição, religião, cultura) gerou um demarcação entre teoria científica e teoria não científica não
“desespero silencioso”, que ao se agravar pode se expressar é relevante, pois a importância é deslocada para a eficácia da
com violência. No campo político, o niilismo expressa-se pela magia ou ciência, ou seja, para a sua capacidade de intervir na
falta do desejo por um modo de vida e por valores novos. realidade. Assim, a ciência ou magia pode ser mais ou menos
eficaz. Não existiria, portanto, uma refutação de uma ciência, e
sim uma disputa entre diferentes “ciências” ou “magia”. Sendo
assim, os fatos empíricos não servem para refutar uma ciência.
4. Soma: 02 + 04 + 08 + 16 = 30
5. Soma: 01 + 02 + 08 = 11
Capítulo 12 – Filosofia Contemporânea: 6. C
tendência analítica
Exercícios complementares
Revisando 1. A
1. C 2. A

2. Soma: 01 + 02 + 08 + 16 = 27 3. E

3. a) A verdade como coerência implica que uma proposição é 4. E


verdadeira somente se é coerente com um conjunto de- 5. Soma: 02 + 08 = 10
terminado de proposições. Dessa maneira, não se busca
uma correspondência entre a proposição e a realidade, e 6. C
sim a coerência entre a proposição e outras proposições.
a) A verdade como coerência possibilita o surgimento de
BNCC em foco
diferentes conjuntos de proposições coerentes com de- 1. A teoria da linguagem do primeiro Wittgenstein permite
terminada proposição, mas não coerentes entre si. Dessa descrever o modo como a gamificação esclarece o pensa-
maneira, qual desses conjuntos seria escolhido como o mento humano ao incorporá-la em nossas ações cotidianas,
verdadeiro? porém não caberia qualificá-la de boa ou ruim. O segundo
4. B Wittgenstein, da teoria dos jogos de linguagem, diria que a
gamificação expressa uma tentativa de comunicação, ou seja,
5. B
o uso dessa linguagem e sua função prática está acima de seu
6. Soma: 01 + 02 + 04 + 08 = 15 significado.

214 FILOSOFIA Gabarito

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Exercícios complementares
Capítulo 13 – Filosofia Contemporânea:
1. Soma: 01 + 02 + 04 = 07
tradição continental analítica
2. C

Revisando 3. Soma: 01 + 04 + 08 = 13
4. Soma: 02 + 04 + 08 = 14
1. D
5. A
2. Soma: 04 + 16 = 20
6. Soma: 01 + 02 + 08 + 16 = 27
3. a) A existência é um conceito fundamental no existencialis-
mo sartreano. No existencialismo, a existência precede a 7. A disciplina é o dispositivo responsável pela produção de
corpos dóceis. Os dispositivos disciplinares podem ser identi-
essência, ou seja, não existe uma natureza humana pre-
ficados em instituições como a escola, o manicômio e a prisão.
viamente dada à existência de qualquer ser humano. Dito
Já os corpos dóceis são aqueles em que ocorre a maximiza-
de outro modo: a essência humana é o resultado de uma
ção de sua capacidade produtiva e utilidade, mas também a
existência. Portanto, a essência de um indivíduo é conce-
minimização da capacidade política. A docilização, portanto,
bida somente depois de finda sua existência.
pressupõe corpos obedientes, mas altamente produtivos.
b) A responsabilidade, no existencialismo, está intimamen-
8. E
te associada à existência. Como não existe uma essência
previamente dada ao ser humano, a sua escolha é livre, 9. E
a existência é liberdade. Por esse motivo, o ser humano
é responsável por toda e qualquer escolha que venha a
tomar durante sua existência. Essa responsabilidade não
BNCC em foco
se resume somente ao indivíduo, mas abrange todos os 1. A sandália, que atingiu o mercado internacional, busca por
indivíduos, toda a humanidade. Escolher para si mesmo é meio da diferenciação cultural marcar seu posicionamento de
escolher para toda a humanidade. marca. A estratégia, de apelo cultural, atualiza o conceito de
4. Soma: 01 + 08 = 09 que a indústria de calçados e, particularmente, a indústria da
moda, ao transformar a cultura em mercadoria, torna-se mais
5. Soma: 01 + 08 = 09 relevante que os avanços científicos.
6. A
7. A
8. C
9. C Capítulo 14 – Filosofia Contemporânea:
10. C Ética e Filosofia Política

Exercícios propostos Revisando


1. D
1. E
2. D
2. E
3. C
3. A
4. C
4. D
5. E
5. Soma: 01 + 02 + 08 = 11
6. Soma: 01 + 02 + 04 + 08 = 15
6. A
7. A
7. A microfísica do poder deve ser entendida em uma oposição
a uma “macrofísica” do poder. Enquanto a “macrofísica” inves- 8. D
tiga as grandes batalhas, as guerras civis, as revoluções, os 9. A heteronormatividade é uma norma social que visa excluir
rituais políticos de coroação, a microfísica investiga as técni- ou marginalizar práticas e orientações sexuais que não este-
cas disciplinares dirigidas não para grandes personagens, e jam organizadas entre duas pessoas de sexos diferentes – ou
sim para a grande massa de anônimos. Essas técnicas não seja, entre homem e mulher. Os efeitos da heteronormativi-
chamam a atenção, pois ocorrem nos pequenos detalhes, nos dade são a perseguição a formas de união entre pessoas
pequenos gestos. Três exemplos de instituições disciplinares de mesmo sexo (homem e homem ou mulher e mulher) ou
são a escola, a prisão e o manicômio. a desconsideração desses relacionamentos amorosos.
A perseguição a essas formas de união também é chamada
8. C
de homofobia. De acordo com Butler, a homofobia não se jus-
9. A tifica, pois pressupõe que existam dois, e somente dois, sexos
FRENTE ÚNICA

215

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(masculino e feminino) e que esses sexos são determinados Exercícios complementares
biologicamente. Contudo, se considerarmos que a anatomia
corporal não define o gênero de cada indivíduo e que, por 1. E
esse motivo, pode haver muito mais gêneros do que somente 2. D
dois, então um casal que não seja constituído por um homem e
3. Soma: 01 + 04 + 08 + 16 = 29
uma mulher não é, necessariamente, um casal homoafetivo –
dois indivíduos com a mesma anatomia corporal não são, ne- 4. Soma: 01 + 02 + 04 = 07
cessariamente, dois homens ou duas mulheres. 5. D
10. C 6. Soma: 01 + 02 + 08 = 11

Exercícios propostos BNCC em foco


1. Soma: 02 + 04 + 16 = 22 1. A reivindicação dos direitos culturais das minorias encontra
2. C amparo nas democracias contemporâneas, à medida que se
alcança a coexistência das diferenças, considerando a possi-
3. De acordo com esse fragmento da obra de Habermas, o
bilidade de os discursos de autoentendimento se submeterem
trabalho cooperativo entre a tradição secular e as tradições
ao debate público, cientes de que estarão vinculados à coer-
religiosas depende de uma dupla exigência. De um lado, as
ção do melhor argumento.
tradições religiosas devem ser capazes de traduzir suas con-
vicções religiosas em uma linguagem secular. Se o espaço 2. Para diminuir a discriminação contra grupos minoritários po-
público é secular, então o passaporte de ingresso é a lingua- dem ser criadas políticas públicas que assegurem a justiça
gem secular. De outro lado, a tradição secular deve ser capaz social e promovam a inclusão desses grupos, concedendo-
de ouvir as demandas religiosas e de possibilitar que suas -lhes mais espaço para o diálogo e a participação.
convicções possam circular no debate que ocorre no espaço
público.
4. Soma: 02 + 04 + 08 = 14
5. E
6. a) Nesse debate, é consensual que a categoria gênero é
uma categoria social e, portanto, culturalmente construída.
b) Nesse debate, é divergente a posição a respeito do sexo.
Para Joan Scott, o sexo é biologicamente determinado, ou
seja, uma categoria natural. Para Judith Butler, o sexo, as-
sim como o gênero, é uma categoria social.
c) A heterossexualidade nomeia a atração sexual por uma
pessoa de sexo diferente. A homossexualidade nomeia a
atração sexual por uma pessoa do mesmo sexo. A bisse-
xualidade nomeia a atração sexual por pessoas de ambos
os sexos.

216 FILOSOFIA Gabarito

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