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2.8.

Estratégias pedagógicas na utilização de ç/s/z nas palavras

Para Netos e Infante (1998) a competência para a escrita correcta das palavras, destacando
principalmente todas aquelas em que a composição sonora reflete o /s/, está sempre amarrada
a convivência estabelecida entre os alunos e estas, em momentos distintos (textos e
dicionários), querendo dizer que a frequência desta conivência é a condição sine qua non para
a ilustração da grafia correcta das mesmas, o que não se considera tecnicamente alcançável a
prazo curto.

Muito pelo facto de a ortografia estar ligada a fonética e fonologia, o que perspectiva desafia
a sua apreensão e contraria o ideal, que exigiria uma só unidade gráfica para um só valor
fonético. Nas línguas românticas, como o português que em maior parte assume a herança
latina, três factores contribuem para que não se alcance uma ortografia ideal apesar de
entrarem em seu socorro recursos de letras e sinais diacrónicos não existentes em latim
(Bechara, 1999)

 O emprego do alfabeto estranho, como o latino, nem sempre é capaz de atender a


representação de fonemas das novas línguas;
 Mudanças com base no tempo de fonemas das novas línguas, depois do emprego do
alfabeto latim.
 Permanente indecisão das convenções ortográficas entre a opção fonética-fonológico e
a etimologia (este, pelo prestígio dos hábitos da escrita latina).

Na visão de Bechara (1999), a gramática normativa orienta os principais a quando da fala e


escrita correcta, numa língua, com base no uso incluindo as recomendações dos escritores
prestigiados, linguistas e dicionaristas esclarecidos. Em línguas humanas, onde para além da
fala, esta pode ser representada através do sistema gráfico ou ortográfico.

2.9. Os textos

A linguística do texto, campo recente de estudo, que visa a examinar o sentido do texto
considerado como entidade autónoma da linguagem. Investiga o plano individual da
linguagem.

É o estudo da hermenêutica do sentido. É nesta dimensão, que muitos erros linguísticos


podem ser superados (em particular a escrita correcta das palavras), submetendo os alunos as
palavras na oração, frase, período, parágrafo ou texto.
3. Lexicologia

Normalmente as palavras relacionam-se (família), nascem de uma outra (primitiva),


mantendo este laço lexical através do seu valor extralinguístico, consubstanciando desta
forma a família de palavras (evolução d léxico) por exemplo: prazer (prazeroso, aprazível,
apraz); caça (caçada, caçadeira, caçador), casa (casal, casota, casarão, casamento); graça
(desgraça, Gracinda, engraçado, agradecido)

É nessa relação familiar das palavras, que se demostra não só as relações de significação
como também de ortografia, ou seja, os radicais, praz-, caç-, graç-, ajudam na escrita das
diversas palavras derivadas.

3.1. Morfologia das palavras

Entre os sons das palavras e também entre as letras que os representam podem ocorrer
coincidências, totais (parónimas ou homófonas) ou parciais (como é o caso de uma sílaba),
por exemplo: composição, prisão/razão. Neste caso, o s chega a ser representado em três
formas: [z], [3] e [s], é mister compreender a colocação do s, ou z entre as letras (como
anteriormente demostramos as aplicações).

3.2. Exercícios de complementação

Devido a complexidade da ortografia muitas vezes principalmente para alunos da 7ª classe,


com pouco ou nenhum hábito de leitura, torna-se mais penosa a superação desta dificuldade,
fazendo com que vezes sem conta, se faça, o uso de exercícios de complementação (onde se
requer do aluno o preenchimento das lacunas, com as respectivas consoantes ç/s/z. Por
exemplo no caso da aplicação correcta das letras ç/s/z:

3.3. Princípios didáticos no ensino da ortografia

Diante de um princípio de um processo sistemático da língua, que demanda convenções


próprias, Moura (2002) citado em Leitão (2016), refere-se aos princípios a ter em conta no
ensino da orografia:

 Respeitar a espontaneidade na escrita dos alunos (oportunidades para retratar as regras


ortográficos)
 A ortografia deve ser reflectida em todas fases da escrita (integrar a ortografia em
outros domínios temáticos de forma descontraída)
 Demonstrar a compreensão metalinguística das regras gramaticais.
 Variação da aprendizagem (o rendimento é pessoal, dai que junto da turma de cada
aluno pode variar proveito do ambiente
 Actividades a serem desenvolvidas colectivamente (aos pares ou em grupos, a
cooperação e a cognição conjuntamente
 Discutir as aprendizagens dos alunos (partilhar duvidas e esclarecimentos, em torno
da ortografia, despertando regras relacionadas)

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