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Universidade Rovuma
Lichinga
2023
Rainha da Graça Júlio Manuel Sulila
Universidade Rovuma
Lichinga
2023
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
2. INTEGRAIS DEFINIDOS...........................................................................................5
4. CONCLUSÃO...........................................................................................................13
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................14
4
1. INTRODUÇÃO
Integrais definidos são ferramentas matemáticas que permitem calcular a área sob uma curva,
o comprimento de uma curva, o volume de um sólido de revolução e o excedente do
consumidor e do produtor em economia. A integral definida é um conceito matemático que
permite calcular a área de uma região limitada por uma curva, o comprimento de uma curva, o
volume de um sólido de revolução e o excedente do consumidor e do produtor em economia.
Essas aplicações são muito importantes para diversas áreas do conhecimento, como a física, a
engenharia, a biologia e a administração.
Neste trabalho, vamos apresentar alguns exemplos de como usar a integral definida para
resolver problemas envolvendo áreas, comprimentos, volumes e excedentes, mostrando as
fórmulas, os procedimentos e os resultados. Esperamos que este trabalho contribua para o
entendimento e o aprofundamento do tema, despertando o interesse e a curiosidade dos
leitores.
Objectivo
Geral
O presente estudo tem como objectivo geral de demonstrar a aplicação das integrais definidas
no cálculo de áreas, cumprimentos, volumes e excedentes.
Específicos
Metodologia
Metodologicamente, a pesquisa segue o enfoque quantitativo, onde, a sua produção foi com
base a leitura de manuais, livros artigos pela internet através de descritores como: aplicação
de integrais, cálculo de integrais, aplicação de integrais no cálculo de áreas entre curvas,
volumes.
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2. INTEGRAIS DEFINIDOS
Seja a função y = f(x) e consideremos o seguinte problema: calcular a área A limitada pelo
gráfico dessa função, pelo eixo x e pelas rectas x = a e x = b, conforme a Figura abaixo.
Vamos dividir o intervalo [a, b] em n subintervalos tais que:
a = x0 < x1 < x2 < ... < xi-1 < xi < ... < xn = b
Seja ci um ponto qualquer de um subintervalo e xi = xi - xi-1 o seu comprimento. Para cada
rectângulo construído, a sua base é xi e a sua altura f(ci).
Conforme a Figura anterior, a soma das áreas dos n rectângulos é dada por:
n
An =f ( c 1 )⋅Δx 1 + f ( c2 )⋅Δx 2 +. ..+ f ( c n )⋅Δx n=∑ f ( ci )⋅Δx i
i=1
Sendo conhecida como soma de Riemann da função f sobre o intervalo [a, b].
Note que, à medida que n cresce, o valor de xi decresce fazendo que a área An se aproxime
da área sob a curva.
Assim, podemos dizer que a área limitada pela curva y = f(x), pelo eixo x, de a até b, é dada
pelo limite
n n
A= lim ∑ f ( c i )⋅Δxi
máx Δx i →0 i=1
A=lim ∑ f ( c i )⋅Δx i
n→∞ i =1
ou equivalentemente
Este limite recebe o nome de integral definida da função f sobre o intervalo [a, b], sendo
b
∫a f ( x) dx
indicada pela notação , ou seja,
6
n
b
∫a f ( x ) dx=máxlim
Δx →0
∑ f ( ci )⋅Δxi
i i=1
Como o cálculo do limite anterior é muito trabalhoso, a integral definida poderá ser calculada
através do Teorema Fundamental do Cálculo.
b
cálculo.
Seja f contínua em [a, b], com f ( x )≥0 em [a, b]. Estamos interessados em definir a área do
conjunto A do plano limitado pelas retas x = a , x = b , y = 0 e y = f(x).
Seja, então, P : a = x0 < x1 < x2 < x3 < ... < xn = b uma partição de [a , b] e sejam c i e
c i em [x
i-
n
∑ f ( c i ). Δxi
Uma boa definição para a área de A devera implicar que a soma de Riemann i=1
n
∑ f (c i ). Δxi
seja uma aproximação por falta da área A e que i=1 seja uma aproximação por
excesso, isto é:
7
n n
∑ f ( c i ). Δxi ¿ Área ≤ ∑ f ( c i ). Δxi
i=1 i=1
b
Como as somas de Riemann mencionadas tendem a ∫a
f ( x) dx máx Δx i →0 , nada
, quando
mais natural do que definir a área de A por:
b
A=∫a f ( x ) dx
Exemplos:
[ ]
1
1 x2 1
A=∫0 x dx= =
2 0 2
[ ]
1
1 x3 1
A=∫0 x dx= 2
=
3 0 3
Solução:
Assim,
A=∫1
2 1
x2 [ ]1 2 1
dx= − =
x 1 2
Uma outra aplicação de integrais é para o cálculo de volumes. A ideia é a mesma que para o
cálculo de áreas de regiões planas. Isto é, aproximaremos o sólido pela união de sólidos
pequenos cujos volumes são conhecidos, para depois aplicar o limite quando o número destes
pequenos sólidos inseridos vai para o infinito.
Superfícies de Revolução
As superfícies de revolução são geradas por uma curva, chamada curva geratriz que gira em
torno a uma reta L chamada de eixo de revolução. Por exemplo, quando a parábola y = x2 gira
sobre o eixo Y gera um parabolóide, como ilustra as figuras a seguir.
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Ao longo do eixo de revolução a superfície se gera como uma função do raio. De forma
análoga, quando uma curva y = g(x) gira ao redor do eixo das abscissas temos, por exemplo:
A nossa curiosidade nos leva a estabelecer um processo para o cálculo do volume de sólidos
de revolução.
O processo para o cálculo de volume é mera extensão do processo estudado para o cálculo de
áreas, pois o volume procurado pode ser pensado como uma soma de Riemann, isto é:
n
V = lim
max Δx →0
∑ π⋅[ f⏟
(ci ) ]2 ¿ ⏟
Δx i
i i=1
raio altura
b b
V =∫a π .[ f ( x )] dx V =∫a π . y dx
2 2
ou
quando o eixo de revolução é uma fronteira da superfície girada for o eixo dos x.
k
Assim:
V =π⋅k 2⋅(b−a )
b b
V =∫ π⋅[ f ( x ) ]2 dx ⇒ V =∫ π⋅k 2 dx ⇒ V =[ π⋅k 2⋅x ]ba =π⋅k 2⋅b−π⋅k 2⋅a=π⋅k 2⋅( b−a )
a a
Exemplo numérico:
Solução:
Utilizando integrais:
4 4
V =∫ π⋅[5 ] 2 dx ⇒ V =∫ π⋅25 dx ⇒ V =[ π⋅25 x ]42 =25 π⋅4−25 π⋅2=100 π−50 π=50 π
2 2
Seja y = f(x) a função de demanda, representando os diversos preços (y) que os consumidores
estão dispostos a pagar pelas diferentes quantidades (x) de um produto. Considere o ponto de
equilíbrio (xo, yo), sendo que os consumidores dispostos a pagar mais do que yo pelo produto
são beneficiados. Esse benefício global dos consumidores é representado pela área colorida da
Figura abaixo e é chamado de excedente do consumidor (EC).
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xo
EC =∫0 f ( x ) dx−x 0 ¿ y 0
Portanto, o excedente do consumidor (EC) é dado por: .
Solução: Sendo y = 12, a quantidade de equilíbrio será dada por 12 = 20 - 2x, ou seja, 2x = 8,
que resolvendo, resulta: x = 4. Portanto, o ponto de equilíbrio é dado por (xo, yo) = (4, 12).
[ ]
2 x=4
xo 4 2x
EC =∫0 f ( x ) dx−x 0 ¿ y 0 =∫0 (20−2 x ) dx−4⋅12= 20 x−
2
−48=20⋅4−4 −48=16
2 x =0
Seja y = f(x) a função de oferta, para determinados artigos, onde y é o preço unitário para x
unidades ofertadas. Considere o ponto de equilíbrio (xo, yo), sendo que os produtores que
ofertariam os artigos a um preço inferior a yo lucram. Esse ganho total dos produtores é
representado pela área colorida da Figura abaixo e é chamado de excedente do produtor
(EP).
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xo
EP =x 0⋅y 0 −∫0 f ( x ) dx
Portanto, o excedente do produtor (EP) é dado por: .
{ y =36− x 2 ¿ ¿ ¿ ¿
Para x = 5 resulta y = 2.5 + 1 = 11, ou seja, o ponto de equilíbrio é (xo, yo) = (5, 11).
xo 5 x=5
EP =x 0⋅y 0 −∫0 f ( x ) dx=5⋅11−∫0 (2 x +1) dx=55−[ x +x ]x=0 =55−30=25
2
[ ]
3 x=5
xo 5 x 415 250
EC =∫0 f ( x ) dx−x 0 ¿ y 0 =∫0 (36−x ) dx−5⋅11= 36 x−
2
−55= −55= ≃83 , 33
3 x =0 3 3
4. CONCLUSÃO
Chegado a esta fase do trabalho, cabe em síntese analisá-lo como um todo, as aplicações de
integrais definidos em áreas, volumes e excedente são muito importantes para o estudo de
diversas ciências, como a física, a química, a biologia e a economia.
Com o uso de integrais, podemos calcular a área de uma região plana delimitada por curvas, o
volume de um sólido de revolução gerado pela rotação de uma curva em torno de um eixo, e o
excedente do consumidor e do produtor em um mercado competitivo. Esses conceitos nos
permitem entender melhor fenómenos naturais, modelar situações reais e optimizar processos.
Neste trabalho, apresentamos alguns exemplos de como aplicar as integrais definidas nessas
três áreas, mostrando as fórmulas, os procedimentos e os resultados. Espero que este trabalho
contribua para o aprofundamento do conhecimento sobre as integrais e suas aplicações.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Righetto, A. & Ferraudo, A.S. (1982). Cálculo Diferencial e Integral. (Vol. I). São Paulo:
IBEC – Instituto Brasileiro de Edições Científicas Ltda, São Paulo.
Flemming, D.M. & Gonçalves, B.G. (1992). Cálculo A: Funções, Limite, Derivação,
Integração. (5a Ed.). São Paulo: Makrow Books.
Flemming, D.M. & Gonçalves, B.G. (1999). Cálculo C: Funções Vetoriais, Integrais
Curvilíneas, Integrais De Superfície. São Paulo: Makrow Books.
Munen, F. (1982). Cálculo. (Vol. II). Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois S.A.