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A afirmação de que Deus está morto não é como quando alguém diz que a terra é plana,
a base para essa afirmação é científica. Mas mesmo depois de Freud, Einstein, Darwin
ainda estamos lidando com conflitos religiosos e quando se pensava que esse Deus
morto estava fora do Estado, ele ressurge como farsa norteando as políticas públicas
como acontece agora no Brasil.
‘Bailado’ ao demarcar a história com a morte de Deus sugere que só é possível iniciar
uma criação/reflexão a partir do reconhecimento deste fato, assim como não é possível
iniciar um debate sério sem reconhecer que há racismo estrutural, desigualdades
sociais, mudanças climáticas, que a Terra não é plana e não é o centro do universo.
Com atores como Roderick Himeros, o protagonista de ‘Roda Viva’, e Silvya Prado que
inclusive está muito bem, trilha sonora original e deliciosamente estranha composta
pelo diretor-musical Felipe Botelho que é executada ao vivo por ele ao lado de Carina
Iglesias e Amanda Ferraresi, sob a direção de Marcelo Drummond ‘Bailado do Deus
Morto’, a peça mais estranha e enigmática que assisti no Oficina, nasceu pra provar que
pode haver vida após a morte de Deus e que o seu bailado já é a nova estética!
Vagner Luís Alberto
FICHA TÉCNICA
Autor:
Flávio de Carvalho
Elenco
Lamentador – Roderick Himeros
Mulher do Deus – Sylvia Prado
Deus Animal – Marcelo Dalourzi
Coro – Cyro Morais, Danielle Rosa, Fernanda Taddei, Kelly Campello, Kael Studart,
Mayara Baptista, Sonia Ushiyama.
Músicos
Felipe Botelho (baixo, teclado e programação) Amanda Ferraresi (violoncelo) Carina
Iglesias (percussão)