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UNIDADE III

Teoria e História da
Arquitetura e Urbanismo
(Urbanismo I)
Profa. Dra. Valéria Eugênia Garcia
Cronologia do desenvolvimento urbano

 1. Cidade industrial (1850-1921)


 2. Cidade moderna (1922-1960)
 3. Cidade pós-moderna (1961-1991)
 4. Cidade contemporânea (1992 -Hoje)

Exemplo de projeto urbano contemporâneo


Vista aérea do Centro Cultural de Suzhou (2013-2020)
Tongzhou – Suzhou – China
Arquiteto: Christian de Portzamparc

Fonte:_https://www.christiandeportzamparc.co
m/en/projects/centre-culturel-suzhou-2
Portzamparc e a Terceira Era das Cidades

 A organização da cidade por meio de vias de circulação (ruas) que delimitam a ordenação
privada do território determinou o desenho do espaço público genérico das cidades pré-
industriais e industriais.
 A constituição de quadras como resultado oposto dos vazios viários, negativo privado do
espaço público, manteve-se como consequência obrigatória da consolidação dos núcleos
urbanos ao longo dos séculos.
 Quadras moldaram a forma urbana, tanto
em cidades de ocupação espontânea,
quanto naquelas de matriz planejada
(NOTO; SILVA, 2019).

Diagrama organização de vias e quadras ao longo do


desenvolvimento urbano. Realizada por Emest May em 1930.
Fonte: Noto; Silva (2019).
Portzamparc e a Terceira Era das Cidades

Christian de Potzamparc (1944), no artigo “A terceira era da cidade”, organiza a apropriação


das ruas e quadras no tecido urbano em três períodos (FIGUEROA, 2006):

CIDADE INDUSTRIAL
Primeira
Era das Cidades Em Paris, Haussmann
CIDADE PRÉ-INDUSTRIAL (1853-1870) marca o
momento em que o
Edifícios erguidos
Estado atua por meio de
no alinhamento, espaço
diretrizes urbanísticas.
reduzido interior da quadra.
Em Barcelona, Cerdá
(1859-1864) elabora o
plano diretor que propõe
o traçado ortogonal,
quadras de 113m x
113m e vias de 20m de
largura.
Fonte: Figueroa (2006).
Portzamparc e a Terceira Era das Cidades

 Rejeição da rua como modelo de ocupação da cidade. Segunda Era das Cidades
 Edifícios, antes desenhados pela matriz urbana existente, CIDADE MODERNA
tornaram-se objetos autônomos e precisos. A lógica milenar de
construção da cidade a partir
 Lógica de organização moderna pautada pela racionalidade. da distinção entre cheios e
 A difusão do automóvel transformou a lógica de funcionamento vazios é subvertida pela
dos sistemas de deslocamento urbano. possibilidade de
multiplicação dos vazios e
 A rua não é o único lugar do pedestre, uma vez que as
de concentração (em altura)
distâncias a serem percorridas passam a contar dos cheios.
com o auxílio da mecanização.
 Os espaços públicos se multiplicam em dimensão
e frequência.
(FIGUEROA, 2006).
Portzamparc e a Terceira Era das Cidades

Quadra com edifícios laminares paralelos Segunda Era das Cidades


CIDADE MODERNA
Forma laminar, opção pela
ausência de hierarquia entre
as partes, capacidade de
crescimento ilimitado, relação
de proximidade entre o espaço
interior e o espaço exterior.

Fonte: Figueroa (2006).

 No III CIAM (Bruxelas, 1930), Gropius lança a questão:


“Habitação alta, média ou baixa?”.
 Inversão de papéis: a habitação deixa de ser resultado da
forma do edifício, que era resultante da forma do lote, que era
resultante da sua localização na quadra.
 Para o urbanismo moderno, a célula de habitação é o
elemento base da formação da cidade.
Portzamparc e a Terceira Era das Cidades
Edifício-Cidade Segunda Era das Cidades
CIDADE MODERNA
Desconstrução da rua
corredor na formulação do
urbanismo da civilização
maquinista.

Fonte: Figueroa (2006).

 Síntese do pensamento de Le Corbusier, a Unité d’Habitation


representa ruptura com a cidade tradicional, à medida que dilui
o sentido de quadra tradicional como processo gradativo.
 A substituição da quadra pela unidade habitacional: crítica à
rua corredor.
 Edifícios sobre pilotis em concordância com as prescrições da
Carta de Atenas viabilizam sua implantação de forma
desvinculada com o sistema viário (FIGUEROA, 2006).
Portzamparc e a Terceira Era das Cidades

Segunda Era das Cidades Megaestruturas


 Revisão dos princípios da cultura
CIDADE PÓS-MODERNA
Exaltação estrutural e tecnológica
moderna, eclosão de distintas
que se sobrepõe ao ambiente tendências arquitetônicas nos países
urbano existente. Produz topografia industrialmente avançados e o
artificial que comporta as mais otimismo em relação às novas
distintas atividades necessárias para possibilidades tecnológicas tornam a
uma metrópole. A paisagem artificial década de 1960 um período de
em múltiplos níveis gera um sólido grande experimentalismo.
tridimensional.
 Das propostas radicais do grupo
Archigram às fantasiosas ideias do
Superstudio, todas compartilham o
ideal do progresso ilimitado do
positivismo moderno (FIGUEROA,
2006).

Fonte: Figueroa (2006).


Portzamparc e a Terceira Era das Cidades

Terceira Era das Cidades A Terceira Era das cidades considera a cartilha de Jane
CIDADE CONTEMPORÂNEA Jacobs que contesta a separação das funções (habitação,
A cidade da Terceira Era é formada lazer, trabalho e circulação) em prol da diversidade do
por arquipélagos de bairros que se ambiente urbano:
costeiam e fragmentos de todas as
escalas, alguns inteiros e quase
homogêneos em relação à época
de sua formação, outros bastante
heterogêneos.
(PORTZAMPARC, 1997)

Diagrama: conceitos na proposição dos arquipélagos urbanos.


Fonte: Autoria própria.
Portzamparc e a Terceira Era das Cidades

Vantagens da construção civil com impacto na Desafios a serem enfrentados pelo


produção de cidades: urbanismo contemporâneo:
 Tecnologias desenvolvidas nas últimas décadas. • Relacionamento rasos;
 Steel frame. • Sedentarismo;
• Doenças mentais (depressão);
 Glulam (MLC).
• Aceleração da atividades cotidianas;
 Protocolos de otimização do trabalho no • Instantaneidade.
canteiro de obras.

Fonte:_https://www.archd
aily.com.br/br/928061/o-
que-e-madeira-laminada-
colada-mlc-ou-glulam
Portzamparc e a Terceira Era das Cidades
Terceira Era das Cidades QUADRA ABERTA
CIDADE CONTEMPORÂNEA
A quadra arquipélago  Redefine a noção de rua quarteirão
reconhece a herança que a por meio de uma solução híbrida, a
modernidade impôs ao “quadra aberta” que admite soluções
oferecer alternativas arquitetônicas livres.
arquitetônicas bem-sucedidas
 Espaços públicos adentram áreas
em diversas escalas.
Utiliza edifícios multifuncionais do domínio privado, ocupando os
para prover flexibilidade de interiores das quadras e os
circulação e de usos. desenhando como extensão da rua.
 Objetos autônomos, mas ligados
entre si por regras que impõem
vazios e alinhamentos parciais.
Formas individuais e formas coletivas
coexistem (NOTO; SILVA, 2019).

Fonte: Figueroa (2006).


Portzamparc e a Terceira Era das Cidades

 O plano de massa é substituído por diretrizes


abertas a variações.
 A proposta aceita variados programas e
materiais construtivos.
 Respeita o gabarito adjacente do bairro
(quartier) em uma proposta de quadra aberta.
 Atende à flexibilidade da vida urbana
contemporânea que pode combinar o grande,
o médio, o pequeno e o evolutivo.

Fonte:_https://www.
christiandeportzam
parc.com/en/project
s/quartier-massena/
Portzamparc e a Terceira Era das Cidades
QUADRA ABERTA

 Alinhamentos parciais (ora alinhado,


ora recuado);
 Permeabilidade para pedestres;
 Variedade volumétrica;
 Variedade do tamanho e da localização dos
espaços livres;
 Valorização das pré-existências;
 Valoriza a escala humana.

Les Hautes Formes, Paris.


Arquiteto: Christian de Portzamparc, 1975.
Fonte: Portzamparc (1997).
Terceira Era das Cidades: Quartier Massena
FICHA TÉCNICA
Projeto urbano: 1994.
Volumetria, segmentação dos blocos,
disposição das vias e jardins públicos.

 Área construída: 337mil m²


 Habitação: 67.200 m²
 Lojas: 36.900 m²
 Escritórios: 117.600 m²
 Equipamentos: 5.200 m²
 Universidade: 110.000 m²
 Parque e Jardim Público: 11,2 ha
Quartier Massena, Paris (1994-1995)

Christian de Portzamparc (1944)


Rive Gauche: Gestão Urbana SEMAPA
Fonte:_https://www.christiandeportzamparc.c
om/en/projects/quartier-massena/
Terceira Era das Cidades: Quartier Massena

 Edificações são separadas


e independentes, situação
que permite a implantação
de aberturas internas
para jardim e
iluminação natural.
 Permeabilidade entre as
quadras e valorização da
circulação peatonal.

Vias locais ligadas a duas avenidas coletoras.


Circulação de pedestres dispostas junto às vias de
trânsito e separadas no interior das quadras.
Fonte: autoria própria.
Terceira Era das Cidades: Quartier Massena
Volumes atendem ao gabarito das áreas históricas da cidade: 6 pisos.
 Atende à flexibilidade da
vida urbana contemporânea
que pode combinar o
grande, o médio, o pequeno
e o evolutivo.
Quartier Massena
Rive Gauche: Gestão Urbana SEMAPA
Fonte:_https://www.christiandeportzamparc.co
m/en/projects/quartier-massena/

A implantação dos edifícios facilita a iluminação e a insolação.


Rive Gauche: Paris – França

SEMAPA: Empresa de Estudos, Gestão de


Projetos e Desenvolvimento Parisiense

FICHA TÉCNICA
Programa de Paris Rive Gauche: 1991-1995
 Investimento: 3 bilhões de euros;
 Preexistência: 260 mil m² de linhas férreas
(cobertas);
 Habitação: 430 mil m²;
 Escritórios: 710 mil m²;
 Equipamentos Públicos: 662 mil m²;
 Área Verde: 98 mil m².

SEMAPA estabelece cooperação entre escritórios de arquitetura


por meio de concursos.
 Habitação (5 mil unidades distribuídas entre apartamentos
para estudantes, interesse social e iniciativa privada);
 Escritórios;
 Biblioteca Nacional e a Universidade de Paris.
Rive Gauche: Paris – França

 Conceito: Interligar bairros (Austerlitz, Tolbiac, Masséna e Bruneseau) ao Rio Sena.


 Dimensão: Revitalização de área de interesse histórico de 1,3 km².
 Desafio: Superar a declividade do terreno e remanejar área de 260 mil m²
cobertas por linhas férreas.
 Economia: Criar novo pólo econômico, atrair indústrias e gerar empregos.
 Social: Promover a miscigenação urbana.
AUSTERLITZ TOLBIAC MESSÈNA BRUNESEAU

Gare e Área
Biblioteca e
linhas férreas Comercial e
Universidade
corporativa

Rive Gauche: Gestão Urbana SEMAPA


Fonte: https://www.skyscrapercity.com/threads/paris-rive-gauche-u-c.2129472/
Rive Gauche: Paris – França
Paris - Rive Gauche, 1991. Antes da intervenção.
Foco do projeto - sustentabilidade e equilíbrio social:
 Propõe habitações de interesse social.
 Gerencia consumo de energia e gestão de água.
 Redução da poluição sonora.
 Geração de empregos.
 Lazer.

Paris - Rive Gauche, atualmente.

Fonte:_https://www.skyscrap
ercity.com/threads/paris-
rive-gauche-u-c.2129472/
Rive Gauche: Paris – França

 Utilização de transportes
menos poluentes: metrô,
aluguel de bicicletas em
pontos estratégicos BRUNESEAU
do bairro.
PARC DE BERCY MESSÈNA

TOLBIAC

AUSTERLITZ

Fonte: https://www.skyscrapercity.com/threads/paris-rive-gauche-u-c.2129472/
Rive Gauche: Paris – França

TOURS DUO
Edifício Multifuncional: 2021
Em construção

 Programa: Escritórios e Hotel


 Área: 96.500 m²
 Altura: 180m e 125m
 Pisos: 39 e 25
 Arquiteto: Jean Nouvel

Rive Gauche: Gestão Urbana SEMAPA

Fonte:_https://www.skyscrapercity.com/t
hreads/paris-rive-gauche-u-c.2129472/
Rive Gauche: Paris – França

LE BERLIER
Edifício Multifuncional: 2022
Em construção

 Programa: Habitação e Museu


 Área: 6 338 m²
 Altura: 51 m
 Pisos: 15
 Arquiteto: Moreau Kusunoki

Rive Gauche: Gestão Urbana SEMAPA

Fonte:_https://www.skyscrapercity.com/thr
eads/paris-rive-gauche-u-c.2129472/
Rive Gauche: Paris – França

WOOD’UP
Edifício Multifuncional: 2022 Rive Gauche: Gestão Urbana SEMAPA

Em construção Fonte:
 Programa: Habitação https://www.skyscrapercity.com/threads/p
aris-rive-gauche-u-c.2129472/
 Área: 8 616 m²
 Altura: 58 m
 Pisos: 16
 Arquiteto: LAN
Potsdamer Platz, Berlim – Alemanha
FICHA TÉCNICA

Potsdamer Platz - Berlim: 1992-2000


 Cliente: Daimler-Chrysler AG
 Preexistência: Espaço histórico,
adjacências do Muro de Berlim
 Investimento: 2.2 bilhões de dólares
 Programa: Projeto urbano e 8 edifícios
 Terreno: 68 000 m²
 Área construída: 350 000 m²
 Arquiteto: Renzo Piando, RPWB em
colaboração com Christoph Kohlbecker

Potsdamer Platz. Fonte: http://www.rpbw.com/project/potsdamer-platz

Renovação de área histórica no centro de Berlim.


 1945: Área devastada por bombardeios.
 1961: Construção do Muro de Berlim.
 1989: Derrubada do Muro de Berlim.
 1990: Foco de atenção para requalificação urbana da área.
Potsdamer Platz, Berlim – Alemanha

 Diretrizes construtivas: blocos urbanos compactos, espaços abertos no piso térreo.


 Variedade de usos: escritórios, lojas, apartamentos, restaurantes, cinemas,
teatros, restaurantes.
 Vitalidade urbana responde à opção de uso misto que reconecta partes da cidade antes
separadas pelo Muro de Berlim.
 Utiliza elementos relevantes da cena urbana da cidade: áreas verdes e água.

Potsdamer Platz
Fonte:_http://www.rpbw.com/projec
t/potsdamer-platz
Potsdamer Platz, Berlim – Alemanha

 RPWP – Responsável pelo projeto de 8 edifícios.


 Concepção dos 10 blocos restantes responde a
concursos abertos à colaboração de outros
escritórios de arquitetura.
 Tecnologia de ponta da engenharia naval permite
que os blocos de fundação permaneçam submersos.
 Fachadas e ladrilhos de terracota.

Potsdamer Platz
Fonte:_https://architectuul.com/ar
chitecture/potsdamer-platz-
masterplan
Potsdamer Platz, Berlim – Alemanha

 Dois edifícios de escritórios locados como sentinelas na


entrada do complexo.

Potsdamer Platz
Fonte: https://architectuul.com/architecture/potsdamer-platz-masterplan
Potsdamer Platz, Berlim – Alemanha

 Galeria contemporânea
localizada no passeio comercial
e integra todos os edifícios.
 Complexo de entretenimento:
teatro e cassino, concebidos em
sintonia com o projeto da Neue
Staatsbibliothek (1967-1978).

Potsdamer Platz
Fonte: https://architectuul.com/architecture/potsdamer-platz-masterplan
Interatividade

No âmbito da elaboração de diagnósticos precisos que compreendam áreas centrais passíveis


de requalificação ressalta-se a necessidade do domínio do vocabulário que circunscreve a
leitura do espaço. Castilho e Vargas (2006) observam que os centros das cidades têm
recebido diversas adjetivações: centro histórico, centro de negócios, centro tradicional, centro
de mercado, centro principal ou, simplesmente, centro.

Leia e analise as alternativas a seguir e assinale a que não é pertinente ao juízo de centro, em
qualquer uma das condições expostas acima.
Interatividade

a) Ponto para onde convergem os trajetos ou as ações particulares que facilitam o


encontro, o descanso e o abastecimento, definindo-o historicamente como o lugar de
trocas comerciais.
b) Agregam-se, assim, diversas atividades urbanas como as religiosas, as de lazer, as
políticas, as culturais e as atividades financeiras.
c) Local associado à origem do núcleo urbano; consequentemente, à valorização do passado.
d) Implica a presença de diversidade étnica, cultural e pluralidade socioeconômica.
e) Regiões afastadas da dinâmica de comércio, das atividades bancárias e financeiras,
abstraídas dos fluxos de convergência, de trajetos e distantes de espaços destinados às
atividades culturais, religiosas e de lazer.
Resposta

a) Ponto para onde convergem os trajetos ou as ações particulares que facilitam o


encontro, o descanso e o abastecimento, definindo-o historicamente como o lugar de
trocas comerciais.
b) Agregam-se, assim, diversas atividades urbanas como as religiosas, as de lazer, as
políticas, as culturais e as atividades financeiras.
c) Local associado à origem do núcleo urbano; consequentemente, à valorização do passado.
d) Implica a presença de diversidade étnica, cultural e pluralidade socioeconômica.
e) Regiões afastadas da dinâmica de comércio, das atividades bancárias e financeiras,
abstraídas dos fluxos de convergência, de trajetos e distantes de espaços destinados às
atividades culturais, religiosas e de lazer.
Resposta

Os centros das cidades têm sido identificados como espaços dinâmicos da vida urbana,
animados pelo fluxo de pessoas, veículos e mercadorias decorrentes da marcante presença
das atividades terciárias, transformando-se no referencial simbólico das cidades. Sendo
lugares historicamente eleitos para localização de diversas instituições públicas e religiosas,
os centros têm a sua centralidade fortalecida pela somatória de todas atividades, e o seu
significado, por vezes, extrapola os limites da própria cidade (CASTILHO; VARGAS, 2006).
Parque Linear do Rio Manzanares, Madrid – Espanha
Requalificação Parque Linear
Rio Manzanares-Madrid
Fonte: https://niusdiario.art/es/madrid-rio-
urbanity.html

FICHA TÉCNICA
Parque Linear do Rio Manzanares - Madrid: 2006-2011
 Investimento: 5 bilhões de euros
 Preexistência: Pistas da Rodovia M30, tráfego diário de 200 mil veículos
 Programa: Revitalização e Paisagismo
 Área: 80 000 m²
 Arquitetos: West 8, Burgos & Garrido, Porras La Casta, Rubio Alvarez Sala
 Coordenação de Projeto: Ginés Garrido Colomero
Parque Linear do Rio Manzanares, Madrid – Espanha

 A organização de túneis
resguarda o parque das
vias de veículos particulares.
LEGENDA
 Projeto prioriza Pinheiros vivos Casa do relógio
Jardins da Virgem do Porto Jardins da ponte de São Isidro
transporte público. Acesso à casa de campo Matadouro

 Áreas de esporte, recreação Reservatórios temporários


Pomar da partida
Jardins da ponte de Toledo
Passeio da Ribeira Sul
e convívio: 253 mil m². Centro de estudos hidrográficos Jardins de Antonio López
Avenida de Portugal Nó Sul
 Lazer: praia urbana no verão. Parque Arganzuela Entorno da ponte Praga Oeste
Jardins da Ponte de Segóvia
(SOARES, 2017).

Projetos complementares
Esportivo
Edificação
Calçadas
Agentes de intervenção rápida Rua 30
Jogos infantis
Atividades saudáveis
Estruturas fluviais
Elementos de água
Manutenção Madrid-Rio
Fonte: acervo pessoal.
Parque Linear do Rio Manzanares, Madrid – Espanha

 Projeto preserva blocos de edifícios existentes.


 Levantamentos, análises e diagnóstico levam em
consideração estrutura preexistente.
 Qualifica margens do Rio Manzanares.
 Calçamento valoriza circulação peatonal.
 Ligação entre margens facilita circulação
e dinamiza áreas comerciais.

Parque Madri-Rio
Fonte:
https://www.skyscrapercity.com/threads/madrid-
van-prado-tot-real.2298687/#post-171642023
Projeto urbano no contexto contemporâneo: Modelo Barcelona

 Produção do espaço urbano a partir de 1990: associada ao modo de produção flexível.


 Significa: atender as necessidades dos usuários que demandam diversidade de produtos
sem sacrifício das vantagens econômicas.
 O conceito de cidade muda com a globalização que prioriza o fluxo: domínio do trajeto, do
movimento em detrimento das trocas e do encontro.
 Capital imobiliário: cria localizações privilegiadas e induz a demanda pela oferta.
 Poder Público: investe na valorização positiva da imagem local da cidade para a captação de
recursos e desenvolvimento da economia urbana (VARGAS; CASTILHO, 2006).

Diagrama ilustra a organização da


produção/qualificação de ambientes urbanos
contemporâneos.
Fonte: autoria própria.
Projeto urbano no contexto contemporâneo: Modelo Barcelona

Olimpíadas de 1992 em Barcelona, exemplo paradigmático:


 Promove a transformação de áreas portuárias deterioradas, tornando-se
conhecida e cobiçada por meio do City Marketing.
 Objetivo: intervenção urbana se transforma em modelo para todo o mundo
dada a recuperação da base econômica: emprego e renda no âmbito local.
 Estratégias: dimensão dos projetos, foco da intervenção, forma
de gestão e divulgação.
 Resultado: proliferação de grupos envolvidos nos processos de
intervenção urbana.
 Consequência: cidade pensada como um
empreendimento a ser gerenciado,
mediante a adoção de princípios do
planejamento estratégico.
Fonte: adaptado de:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e6/Torre_Agbar_-
_Barcelona%2C_Spain_-_Jan_2007.jpg
Projeto urbano no contexto contemporâneo: Modelo Barcelona

 Lira (2011) mostra uma leitura espacial da cidade a


partir de cenas da Praça dels Àngels, empreendida
como espaço de trânsito, não de permanência.
Usuários da praça são empurrados para suas bordas.
 Biutiful (2011) dirigido por Iñárritu. Uxbal (Javier
Bardem) olha pela janela do hospital uma Barcelona
diferente do modelo divulgado como empreendimento
Compras
de renovação de áreas degradadas. Nas cenas do Idoso Turista Cachorro
Serviço Skater
Família
Trânsito Skater
filme, os elementos de renovação urbana aparecem
ao fundo ligeiramente embaçados ou apagados.

Barcelona fora do roteiro do


City Marketing:
marginalização dos usuários da
Praça dels Àngles, Lima (2011).
Cena do filme Biutiful, 2011.
Fonte: acervo pessoal.
Projeto urbano no contexto contemporâneo: Modelo Barcelona

 A visibilidade que a arquitetura proporciona aos investidores urbanos transforma a cidade em


produto de consumo.
 Defensores de ações urbanísticas de grandes proporções
apontam que produtos imobiliários de última geração são
elementos catalisadores de processos de recuperação urbana.
 Vargas e Castilho (2006) ressaltam o paradigma de Barcelona
que serviu de referência para Faneuil Hall Marketplace,
Battery Park, Puerto Madero e Projeto Porto Maravilha no
Rio de Janeiro.
Porto Maravilha, Rio de Janeiro – Brasil
FICHA TÉCNICA
Porto Maravilha – Rio de Janeiro: 2009-2014
 Coordenação: Companhia de
Desenvolvimento Urbano da Região do Porto
do Rio de Janeiro (CDURP).
 Obras: Consórcio “Porto Novo”, Odebrecht,
OAS e Carioca Engenharia.
 Investimento: 8 bilhões de reais (estimativa).
 Área: 5 milhões m².
 Preexistência: Região Portuária do Rio de
Janeiro.
 Programa: revitalização urbana da Área de
Especial Interesse Urbanístico (AEIU) da
região do Porto do Rio.
 Objetivo: qualificar região para a Copa Fifa de
2014 e Jogos Olímpicos de Verão, 2016.
Porto Maravilha (Rio de Janeiro)
Fonte:
https://www.observatoriodasmetropoles.net.br/financeirizacao-
mercantilizacao-e-reestruturacao-espaco-temporal/
Porto Maravilha, Rio de Janeiro – Brasil
DIVERSAS CIDADES REVITALIZARAM SUAS ÁREAS PORTUÁRIAS, DIVERSAS CIDADES REVITALIZARAM SUAS ÁREAS PORTUÁRIAS,
CRIANDO NOVAS ALTERNATIVAS DE ECONÔMICAS E SOCIAIS (1/2) CRIANDO NOVAS ALTERNATIVAS DE ECONÔMICAS E SOCIAIS (2/2)
1986 1992

São
Francisco

Porto Maravilha (Rio de Janeiro)


Barcelona
Apresentação da proposta com
Buenos mapeamento, análise, diagnóstico e
Aires
cronograma de trabalho
Fonte:
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/6165
511/4162118/projeto_porto_maravilha.pdf
PORTO MARAVILHA PORTO MARAVILHA

 Cartilha realizada pela Companhia de Desenvolvimento


Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP)
mostra referências para elaboração do projeto: Barcelona,
São Francisco e Buenos Aires (RIO DE JANEIRO, 2009).
 Proposta declara objetivo de desenvolvimento econômico da
área e criação de oportunidades de emprego, moradia,
transporte, cultura e lazer para a população local.
Porto Maravilha, Rio de Janeiro – Brasil

 Revitalização da região
portuária do Rio de
Janeiro, compreendida
por 5 milhões de
metros quadrados.
 Engloba parte dos bairros
do Caju, Gamboa, Saúde,
Santo Cristo e parte do
centro da cidade.

Projeto Porto Maravilha (Rio de Janeiro)


Fonte: https://www.observatoriodasmetropoles.net.br/financeirizacao-mercantilizacao-e-
reestruturacao-espaco-temporal/
Porto Maravilha, Rio de Janeiro – Brasil

 Programa consiste na reurbanização de vias,


recuperação e ampliação da infraestrutura,
implantação de veículo leve sobre trilhos (VLT),
construção de túneis, além da implantação de
mobiliário urbano e redes de ciclovias.
 Premissas: preservação de patrimônio histórico e
construção de edifícios de impacto cultural:
Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR) e o
Museu do Amanhã por meio de parcerias
público-privadas (ZENATO; SILVA, 2017).
Porto Maravilha (Rio de Janeiro)
Museu de Arte do Rio (MAR)
Fonte:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Museu
_de_Arte_do_Rio_1.jpg

Museu do Amanhã:
Fonte:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Museu
_do_Amanh%C3%A3_11_2015_Rio_753.JPG
Porto Maravilha, Rio de Janeiro – Brasil

Demolição de parte do elevado da perimetral


realizada (2013-2014) possibilita:
 Construção de 17 km de ciclovia e diversos
túneis (2015-2016).
 Qualificação das calçadas, implantação de
mobiliário urbano e arborização.
 Instalação do Teleférico da Providência (2014).
 Implantação do VLT que integra aeroporto,
rodoviária e os demais modais de transporte.

Requalificações na Praça XV e
nos Galpões da Gamboa.
Museu do Amanhã e
requalificação da Praça Mauá
(ZENATO; SILVA, 2017).
Século XXI: exposições mundiais, laboratórios para pensar a cidade

 O papel das exposições mundiais tem sido significativo nos


processos de transformação da arquitetura e do urbanismo.
 Ao longo da história, cada nova Expo ofereceu aos arquitetos
uma oportunidade de apresentar ideias radicais e usar esses
eventos como um laboratório criativo para testar inovações
ousadas em tecnologia de projeto e construção.
 Profissionais da arquitetura têm oportunidade de avançar
para além das restrições programáticas e expressar ideias
em sua forma mais pura (RWAN, 2018).

Fonte: acervo pessoal.


Século XXI: exposições mundiais, laboratórios para pensar a cidade
FICHA TÉCNICA
Expo98: Lisboa, 1994-1998
 Cliente: Parque Expo 98 S.A.
 Preexistência: região portuária localizada
no Tejo, cidade de Lisboa.
 Programa: projeto de edifícios
representantes de vários países, blocos
permanentes e habitação de
interesse social.
 Área: 70 ha.
 Arquiteto: Manuel Salgado, Marino Fei,
Tomás Salgado e João Almeida.

EXPO 98: Exposição Mundial de Lisboa em 29 de maio, 1998. Foto: Vitor Oliveira.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Expo_98_-
_Lisboa_(Portugal)_(2513077565).jpg
Século XXI: exposições mundiais, laboratórios para pensar a cidade

 O projeto urbano do Parque Expo foi realizado com objetivo de recuperação urbanística e
ambiental de Lisboa. A organização da exposição recebeu autorização para conceber,
executar, construir e explorar a região da exposição, bem como intervir na restruturação
urbana da zona oriental de Lisboa. Guardadas algumas críticas, a intervenção se apresenta
com um caso bem-sucedido de aplicação de programa estratégico voltado à qualificação da
imagem urbana da cidade global portuguesa.
Plano de Urbanização da Expo 98 (NUNES DA SILVA; SEDOURA; COSTA; BENTO; LAJA, 2009).

Limite do concelho Limite da zona de proteção Habitação Uso Misto/Multiusos Comércio Serviço urbano Indústria
Limite da freguesia Limite da zona de intervenção Multiusos/Comércio
Habitação/Comércio Equipamentos Desporto Turismo
Século XXI: exposições mundiais, laboratórios para pensar a cidade

 Exposição Mundial de 1998 (Expo 98), mais do que a temática voltada à preservação dos
oceanos como patrimônio da humidade, mostrou-se sensível aos processos de qualificação
de áreas portuárias em vias de degradação.
 Organizadores optaram em realizar um projeto urbano que preserva parte dos edifícios
ao final da exposição.
 A implantação do recinto na região oriental da cidade participa de qualificação de áreas
residuais e vazios urbanos.

EXPO 98: Exposição Mundial de Lisboa.


Fonte:
https://espacodearquitetura.com/projetos/expo9
8-espaco-publico-do-recinto/
Expos: perspectivas para o futuro
Fonte: acervo pessoal.

Pensando nas duas primeiras décadas do novo milênio, a


partir das Expos como termômetro, o que se pode vislumbrar?
Expos: perspectivas para o futuro

 Em 2010, BIG (Bjarke Ingels Group) propõe um edifício em espiral, com estacionamento de
bicicletas sobre a cobertura.
 O que significa: a infraestrutura para bicicletas tem sido ampliada. Implantação de ciclovias
nas metrópoles é notícia comum e a conversão permanente das rotas ferroviárias, orlas,
docas e fábricas opta por corredores não veiculares de circulação.
 Na Expo Milão realizada em 2015, o designer Wolfgang Buttress recebe a medalha de ouro
do evento ao propor uma instalação artística que circunscreve a relevância das abelhas para
a manutenção da produção de alimentos.
 O que significa: a obra reforça a sensibilidade para a sustentabilidade da vida no planeta.
 Em Dubai 2020, o pavilhão Nature.Nurture.Future, de
Singapura, ilustra uma associação entre arquitetura, natureza,
tecnologia e cultura para um futuro sustentável.
 O que significa: as múltiplas camadas do espaço
criam um ecossistema autossuficiente que destaca uma
proposta sustentável e resiliente pela associação entre
tecnologia e natureza.
Interatividade

Leia com atenção o texto que se apresenta abaixo que complementa os assuntos tratados em
aula e auxiliam a resposta da questão proposta:

O processo de espetacularização urbana está cada vez mais explícito e sua crítica já se tornou
recorrente no meio acadêmico, mesmo que muitas vezes com outros nomes: cidade-cenário,
cidade-museu, cidade genérica, cidade parque-temático, cidade-shopping, em resumo:
cidade-espetáculo.

Correntes urbanas aparentemente distintas como o


planejamento estratégico, o urbanismo extra large ou o
urbanismo corporativo chegam a um mesmo resultado: a
mercantilização espetacular das cidades, o que pode ser visto
como um pensamento hegemônico, único ou consensual.

[Texto continua]
Interatividade

Diferentes processos urbanos, tais como: estetização, culturalização, patrimonialização,


museificação, gentrificação, disneylandização, shoppinização fazem parte do mesmo processo
de espetacularização das cidades contemporâneas que, por sua vez, é indissociável das
estratégias de marketing ou mesmo do que se chama branding, que buscam construir uma
nova imagem para as cidades contemporâneas de modo a lhes garantir um lugar na
geopolítica das redes globalizadas de cidades turísticas e culturais.

Talvez um dos maiores exemplos disso seja ainda o chamado


“modelo Barcelona” que, em sua versão para exportação, em
particular para América Latina, oferece consultores
especializados na criação de imagens-cenários e na construção
de consensos-simulacros de participação (JACQUES, 2009).
Interatividade

Avalie as afirmações dispostas abaixo e assinale a alternativa incorreta:


a) O processo de espetacularização urbana diz respeito a uma lógica de criação de imagens e
construção de consensos que são estratégicos para a organização publicitária e o
incremento do consumo.
b) O gosto pós-moderno pelas imagens passa pela transformação das próprias imagens em
mercadoria, tendo como finalidade principal a manipulação do gosto e da opinião.
c) A forma abrangente do planejamento urbano pós-moderno tem apenas desdobramentos
positivos para a qualidade das cidades contemporâneas.
d) A produção imagética sobre as ações de planejamento
urbano tem sua história ligada às estratégias do City
Marketing inaugurada pela reformulação espacial de
Barcelona para os Jogos Olímpicos de 1992.
e) A cidade pós-moderna é a própria encarnação dos
simulacros voltados para construção de consensos.
Resposta

Avalie as afirmações dispostas abaixo e assinale a alternativa incorreta:


a) O processo de espetacularização urbana diz respeito a uma lógica de criação de imagens e
construção de consensos que são estratégicos para a organização publicitária e o
incremento do consumo.
b) O gosto pós-moderno pelas imagens passa pela transformação das próprias imagens em
mercadoria, tendo como finalidade principal a manipulação do gosto e da opinião.
c) A forma abrangente do planejamento urbano pós-moderno tem apenas desdobramentos
positivos para a qualidade das cidades contemporâneas.
d) A produção imagética sobre as ações de planejamento
urbano tem sua história ligada às estratégias do City
Marketing inaugurada pela reformulação espacial de
Barcelona para os Jogos Olímpicos de 1992.
e) A cidade pós-moderna é a própria encarnação dos
simulacros voltados para construção de consensos.
Resposta

Comentário:
 Os espaços públicos contemporâneos, assim como a cultura são vistos como estratégicos
para a construção e a promoção de imagens pensadas como peças publicitárias destinadas
ao consumo imediato. Nesse sentido, as transformações urbanas de Barcelona, Olímpiadas
de 1992, tornaram-se um produto. Assim, o modelo Barcelona de planejamento passou a ser
comercializado como referência de boas práticas de renovação espacial. Em perspectiva
crítica, trata-se de projetos que buscam transformar os espaços públicos em cenários,
fachadas sem corpo: pura imagem publicitária. As cidades cenográficas contemporâneas
estão cada dia mais padronizadas e uniformizadas.
Referências

 FIGUEROA, M. Habitação coletiva e a evolução da quadra. Vitruvius, Arquitextos, fev. 2006.


Disponível em: https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385. Acesso em: 14 jul.
2022.
 JACQUES, P. Notas sobre o espaço público e imagens da cidade. Vitruvius, Arquitextos, jul.
2009. Disponível em http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.110/41. Acesso em:
14 jul. 2022.
 LIRA, A. C. Contradições e políticas de controle no espaço público de Barcelona: um olhar sobre
a Praça dels Àngels. Caderno Metropole, São Paulo, v. 13, n. 25, p. 279-302, jan/jun 2011.
 NOTO, F. S.; SILVA, H. A. O quarteirão como tipo urbano. ICHT, n. 3. São Paulo, 2019.
 NUNES DA SILVA, F.; SEDOURA, F. M.; COSTA, J. P.; BENTO,
N. B; LAJA, R. Operações de renovação urbana em frentes
ribeirinhas: O processo e o espaço público resultante, Lisboa,
Barcelona e Rotterdam. CESUR – Centro de Sistemas Urbanos e
Regionais: Projecto FCT-POCT AUR 43884, 2002-2009.
 PORTZAMPARC, C. A terceira era da cidade. In: Revista
Óculum, n. 9, Fau Puccamp, Campinas,1997.
Referências

 RAWN, E. Um laboratório de arquitetura: a história das exposições mundiais, 21 mai 2018. ArchDaily
Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/894771/um-laboratorio-de-arquitetura-a-historia-
das-exposicoes-mundiais. Acesso em: 14 jul. 2022.
 RIO DE JANEIRO. Prefeitura Municipal. Porto Maravilha. Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/6165511/4162118/projeto_porto_maravilha.pdf. Acesso em: 14
jul. 2022.
 SOARES, N. Em Madri, intervenção urbana transforma margem do rio em área de convívio público.
Seminário A Cidade e a Água, 30 out. 2017. In: ArchDaily Brasil. Disponível:
https://www.archdaily.com.br/br/883041/intervencao-urbana-transforma-margem-do-rio-em-area-de-
convivio-publico-em-madri. Acesso em: 14 jul. 2022.
 VARGAS, H. C.; CASTILHO, A. L. H. Intervenções em centros
urbanos: objetivos, estratégias e resultados. Barueri-SP: Manole,
2006.
 ZENATO, C.; SILVA, A. S. Requalificação de Espaços Residuais
Portuários no Brasil: Os Casos do Porto Maravilha e do Cais José
Estelita. Cidades: Comunidades e territórios. In: Open Editions
Journal. Disponível: https://journals.openedition.org/cidades/561.
Acesso em: 14 jul. 2022.
ATÉ A PRÓXIMA!

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