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Logística

O papel da logística na distribuição: relações


com os armazéns e transporte
Como sabemos, a logística é composta por inúmeras atividades, iniciando no
processo de compras, passando pela armazenagem, finalizando no processo de
transporte.

O aumento das necessidades e o maior poder aquisitivo dos indivíduos


acabaram gerando uma maior variedade de produtos e serviços disponíveis no
mercado. Em consequência, as vendas aumentaram, sejam elas de alimentos,
carros, tecnologias, roupas, sapatos, ocasionando uma demanda enorme para os
serviços logísticos.

Para atender a esse novo perfil de consumidor, as empresas estão


realizando pedidos de matéria-prima mensais com um valor maior, entretanto,
dividindo esse custo em mais entregas no período, assim, mantendo estoques
menores. Sendo assim, o prazo de entrega passou a ser fundamental para que
não haja falta dos produtos para a venda aos clientes. Devido a isso, a logística
tornou-se indispensável e um assunto de relevância nas instituições.

A distribuição física trata diretamente dos transportes. O transporte será a


entrega do produto ao consumidor por meio dos canais de distribuição. Por meio
disso será possível analisar a eficiência e a eficácia da empresa, pela
disponibilização do produto correto, na hora certa e no local adequado. Por isso, o
transporte poderá resultar no diferencial da instituição frente a sua concorrência.

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Figura 1 – Relação no processo de distribuição


Fonte: <http://www.onblox.com.br/wp-content/uploads/2016/06/produtos.png>.
Acesso em: 10 jul. 2017.

A imagem mostra a mercadoria saindo do armazém, passando pela


inspeção, após baixa no sistema dos itens, sendo transportado pelo modal
rodoviário por um caminhão, para chegar ao cliente.

Entretanto, deve haver um cuidado por parte dos gestores com relação às
políticas de estoque, pois podem determinar uma maior frequência de entrega de
itens e os meios de transportes mais apropriados.

Além disso, para que a logística de distribuição funcione da maneira correta,


se faz imprescindível que as organizações tenham um local para armazenagem de
suas mercadorias, ou seja, um armazém. Esses espaços são planejados para
armazenar itens em quantidade, e devem ser organizados para recepcionar,
manobrar e expedir diversas mercadorias.

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Apesar de os sistemas logísticos não serem desenhados para condicionar


estoque por longos períodos, existem momentos em que o armazenamento por
um maior período de tempo se faz necessário, devido a questões de custo e
serviço. Antigamente, acreditava-se que os depósitos eram um mal necessário,
que aumentava os custos do processo de distribuição. Com o desenvolvimento da
capacidade de transportes, tornou-se possível a especialização.

Atualmente, passou-se a utilizar o centro de distribuição, que reflete esse


aspecto dinâmico do armazenamento tradicional. As mercadorias podem ser
compradas e enviadas ao armazém central, estrategicamente localizado, assim
tendo o benefício do transporte consolidado.

A capacidade de receber carregamentos de itens diversificados presenteia os


consumidores com alguns benefícios, como:

Custo logístico menor, pois uma maior variedade de mercadorias


pode ser entregue ao mesmo tempo, pelo transporte consolidado.

Estoque de produtos com menor rotatividade pode ser diminuído,


tendo a capacidade de receber quantidades inferiores como parte de
um carregamento maior.

Devido à diversidade de demandas dos consumidores, a flexibilidade torna-


se um fator essencial, sendo possível uma maior variedade de produtos, serviços,
com valor agregado, além de as cargas serem sequenciadas e apresentadas. Por
meio da tecnologia da informação é possível que os operadores dos armazéns
reajam rapidamente às alterações nos desejos dos clientes.

Lembre-se de que armazéns estrategicamente localizados oportunizam aos


principais consumidores a ideia de que estão apoiados logisticamente. As
vantagens obtidas podem ser econômicas e de serviços. Um novo armazém não
poderá ser incluído a um sistema logístico se não for justificado com apoio da
combinação de custo e serviço.

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Figura 2 – Movimentação dentro do armazém


Fonte: <https://www.bloglogistica.com.br/wp-content/uploads/2017/05/como-
escolher-a-melhor-localizacao-do-seu-armazem.jpeg>. Acesso em: 10 jul. 2017.

A imagem mostra uma empilhadeira carregando três paletes com material


para a distribuição.

Por meio da redução os custos logísticos, poderão ser percebidas as


vantagens econômicas do armazenamento. Ao diminuir o custo total, o armazém
torna-se economicamente justificável. As principais vantagens econômicas são:
consolidação e fracionamento de carga, reconfiguração, estocagem sazonal e
logística reversa.

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Consolidação e fracionamento de carga

Geram a diminuição do custo de transportes utilizando a capacidade dos


armazéns para agrupar cargas. Assim, irá receber os itens de diversas fontes
que são organizados em quantidades exatas em um único grande
carregamento para um destino preciso.

Suas vantagens estão na aplicação da tarifa de carregamento menor


possível, na entrega precisa e controlada, além da diminuição do
congestionamento na doca de recebimento de determinado consumidor. Os
armazéns irão permitir que tanto a movimentação de entrada quanto a de
saída de mercadorias sejam consolidadas em um carregamento superior, o
que normalmente tem como efeito tarifas de transporte menores por item,
além de uma entrega mais veloz.

Tanto os arranjos de consolidação quanto de fracionamento utilizam a


capacidade do armazém para favorecer a eficiência dos transportes.

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Reconfiguração

Irá modificar a alteração do padrão da carga à medida que ela vai da


origem ao destino. Existem três formas de reconfiguração muito utilizadas nos
sistemas logísticos, são elas: crossdocking, composição (mixing) e
montagem.

O propósito do crossdocking é agrupar mercadorias de diversas origens


em uma diversidade pré-especificada para determinado consumidor. É muito
utilizado no varejo para reabastecer estoques de alta rotatividade.

A composição também gera resultados parecidos com o crossdocking,


mas geralmente é feita em local intermediário entre a origem e o destino da
carga. Normalmente, as cargas completas de itens são enviadas da origem
aos armazéns. Esses carregamentos são idealizados de modo a diminuir o
custo do transporte na chegada.

Já a montagem irá favorecer as operações de manufatura. Itens e


componentes são instituídos por meio de uma diversidade de fornecedores de
segunda camada por armazéns localizados próximos às instalações de
manufatura.

Todas as formas de reconfiguração utilizadas auxiliam para conseguir


um agrupamento de estoque em momento e locais específicos.

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Estocagem sazonal

Atende à produção ou à demanda sazonal. O armazenamento


proporciona lastro de estoque, o que concede uma produção eficiente dentro
das continências impostas pelas fontes de insumos e pelos clientes.

Estocagem sazonal

A maioria do trabalho físico relativo à logística reversa é praticado em


armazéns. Compreende atividades que apoiam: gerenciamento de
devoluções, remanufatura e reparo, revenda, reciclagem e disposição. A
administração de devoluções é realizada para facilitar o fluxo reverso de itens
que não foram vendidos ou para receber mercadorias retiradas do mercado
(recalls).

Após entendermos um pouco mais sobre os benefícios gerados pelo


armazém na distribuição, a seguir veremos as vantagens obtidas pelos
transportes.

Transporte
Para articularmos melhorias na etapa de distribuição, se faz imprescindível
atentar-se também aos transportes e à sua infraestrutura no Brasil. Lembre-se de
que o gestor poderá optar pelos seguintes modais para transportar suas

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mercadorias: rodoviário, aeroviário, ferroviário, aquaviário e o dutoviário. O mais


utilizado atualmente é o rodoviário, entretanto, o modal será escolhido conforme a
distância e o volume de itens.

Custos
Modal Custo fixo Vantagens
variáveis

Baixos
Médios
(rodovias com
Rodoviário (combustível e Disponibilidade
fundos
manutenção)
públicos)

Altos Segunda
(equipamentos, melhor
Ferroviário Baixos
terminais e capacidade e
vias férreas) disponibilidade

Altos Altos
(aeronaves e (combustível,
Aeroviário Velocidade
manuseio de mão de obra e
cargas) equipamentos)

Baixos
Médios (navios
(capacidade
Aquaviário e Capacidade
para grande
equipamentos)
tonelagem)

Mais elevado
Mais baixos
(construção,
(custo de mão
Dutoviário controle, Confiabilidade
de obra
estações e
irrelevante)
bombeamento)

Figura 2 – Principais características de cada um dos modais


Fonte: SALGADO, Tarcísio T. Logística: práticas, técnicas e processos de
melhorias. São Paulo: Editora Senac São Paulo; Rio de Janeiro: Senac Nacional,
2014.

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A imagem mostra uma tabela, em que são apresentados os modais de


transporte, o custo fixo, variável e as vantagens de cada um. Rodoviário: custo fixo
– baixos (rodovias com fundos públicos); custos variáveis – médios (combustível e
manutenção); vantagens – disponibilidade. Ferroviário: custo fixo – altos
(equipamentos, terminais e vias férreas); custos variáveis – baixos; vantagens –
segunda melhor capacidade e disponibilidade. Aeroviário: custo fixo – altos
(aeronaves e manuseio de cargas); custos variáveis – altos (combustível, mão de
obra e equipamentos); vantagens – velocidade. Aquaviário: custo fixo – médios
(navios e equipamentos); custos variáveis – baixos (capacidade para grande
tonelagem); vantagens – capacidade. Dutoviário: custo fixo – mais elevado
(construção, controle, estações e bombeamento); custos variáveis – mais baixos
(custo de mão de obra irrelevante); vantagens – confiabilidade.

Percebe-se que a eficiência da cadeia está diretamente ligada à escolha dos


transportes. Alguns anos atrás, acreditava-se que o processo de transporte
deveria ser feito pela própria empresa, porque assim teriam certeza de que estaria
correndo da melhor maneira. Além disso, presumia-se que o custo era menor.

Nos dias atuais, a verticalização tomou outra forma, adotando-se a


terceirização. As empresas perceberam que devem focar seus esforços em seu
objetivo principal, ou seja, sua competência, e deixar os especialistas do ramo de
transportes realizarem a parte deles.

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Figura 3 – Modais de transporte


Fonte: <http://www.armazenstrianon.com.br/imagens/informacoes/transporte-
distribuicao-logistica-01.jpg>. Acesso em: 10 jul. 2017.

A imagem mostra o planeta representando o universo logístico; navio,


representando o modal aquaviário; um avião, representando o modal aéreo; um
caminhão, representando o modal rodoviário.

Um serviço qualificado pode oferecer mais tecnologia por meio do


rastreamento via satélite ou mesmo um acompanhamento de escolta. Caso a
organização opte por ter sua própria frota, deverá lembrar que os seus veículos
deverão ser muito utilizados, a fim de recuperar o retorno de investimento,
reduzindo os custos.

A seguir, vamos detalhar os diferentes processos de transporte que podem


ser adotados pelas empresas.

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Frota própria

São veículos próprios da organização, que fazem parte do ativo. Os


motoristas e auxiliares deverão ser contratados pela própria empresa, fazendo
parte assim do quadro de colaboradores.

A contratação de terceiros poderá render vantagens quando existir


demanda regular em várias rotas, com uma boa ocupação dos veículos, além
do controle dos custos de manutenção e consumo de combustível. Entretanto,
os custos fixos da organização influenciam o lucro líquido e a rentabilidade.
Além disso, poderá ocorrer a falta de controle das operações, devido ao seu
foco principal não ser o processo de transporte, que fica em segundo plano.

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Frota terceirizada

Quando existe a contratação por parte da empresa de uma organização


prestadora de serviços especializada em transporte, ou inclusive em
armazenagem e transporte (operadores logísticos). Assim, existe a
possibilidade de reduzir custos fixos dos ativos da instituição, pois não existe
a necessidade de investimentos em frota ou em ferramentas para o aumento
da produtividade ou minimização de risco, por meio de roteirizados,
rastreadores etc. Por disso, se faz possível a concentração nos processos-
chave da organização.

Entretanto, a escolha do parceiro é muito importante. Preços atrativos


para a iniciação dos serviços poderão aumentar significativamente,
principalmente em épocas de alta demanda. As empresas devem estar
atentas também à falta de capacidade das transportadoras e à quarteirização
das operações, o que vem ocorrendo muito atualmente, pelo repasse da
carga para outra transportadora, que tem mais estrutura em determinada
região.

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Roteirização de carga

Trata-se do recurso utilizado para a programação e a distribuição da


carga em rotas ou roteiros de entrega, por meio da união de informações de
volume/peso da carga, capacidade dos veículos e locais de entrega, com o
objetivo de atingir uma maior ocupação dos caminhões e o cumprimento dos
prazos de entrega.

Pela rota fixa, o sistema distribuirá os itens a serem transportados por


uma rota previamente analisada e caracterizada pelos números do CEP. Já a
rota dinâmica irá propor a melhor rota de entrega pela análise de informações
sobre os itens a serem transportados, pela capacidade dos veículos, pelas
informações de ruas, bairros, cidades e locais de entrega.

O aumento da ocupação dos veículos e a redução de custos com


transporte, além do sincronismo de fluxo das mercadorias, desde a separação
dos pedidos até o carregamento, acabam aumentando o nível de serviço para
os consumidores. Mas existe a necessidade do envolvimento dos indivíduos
para que existam constantes manutenções nos cadastros das informações e
produtos, todavia, a exatidão de itens é baixa, visando assim a atingir bons
resultados.

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Agendamento de entrega ou coleta

É a análise do planejamento das entregas por meio de janelas de tempo


com clientes ou fornecedores e os transportadores. Trata-se da coleta ou
entrega com hora marcada.

Para que esse processo seja estruturado, será necessário um


planejamento operacional. A concentração da demanda e as reduções da
espera irão resultar em uma melhor utilização dos veículos, assim como em
um planejamento mais eficaz dos recursos e da mão de obra. Os
consumidores realizarão a programação da entrega, não sendo
responsabilidade de transportadoras ou fornecedores indicarem, ocasionando
aleatoriedade da demanda e dificuldade na administração dos recursos.

É imprescindível organizar os processos antes da implementação dessa


tática, mas ainda assim poderão ocorrer problemas como atrasos não
previstos em função de divergências entre pedidos e notas fiscais, devoluções
inesperadas e cargas inadequadas.

Além disso, deve existir uma área de recebimento ou estocagem


adequada e manutenção periódica de equipamentos para que não ocorram
retrabalhos que comprometam a programação e a credibilidade da instituição.

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Milk Run

Esse procedimento ganhou essa definição com base no processo de


entrega de leite dos pequenos produtores para as grandes cooperativas. O
propósito é organizar uma coleta colaborativa, na qual um único veículo
recolhe as cargas de diversos fornecedores, transportando para um único
destino, com a especificação dos itens a serem coletados e horários
anteriormente programados.

São inúmeras as vantagens da sua adoção, como maior ocupação dos


veículos, viabilização de transportes de pequenos lotes, maior frequência de
envio, além da redução de custos, que serão divididos entre todos os
fornecedores.

Baseado no assunto abordado, pode-se afirmar que, para que ocorra


uma boa distribuição de mercadorias, se faz imprescindível atentar-se aos
armazéns e transportes. Ambos estão ligados diretamente, podendo
oportunizar resultados benéficos e otimizados para a organizações.

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