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UM COMENTÁRIO BÍBLICO ESCRITO


POR UM DOS MAIORES ESTUDIOSOS
DA HISTÓRIA CRISTÃ
Editorial
a
EXPEDIEN TE
Presidente da CCADB
A jo rn a d a do cristão rum o ao Céu
José Wellington Costa Júnior em foco neste trim estre de EB D
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor-executivo Educação Cristã nada mais é do que um processo educa­
Ronaldo Rodrigues de Souza cional focado nos valores cristãos, o que implica a formação do
Editor-chefe caráter e o crescim ento espiritual dos alunos envolvidos nesse
Silas Daniel
processo. A razão de ser da Educação Cristã não é meramente
Gerente de Publicações
Alexandre Claudino Coelho nos proporcionar conteúdo bíblico-teológico. Doutrinas e prin­
Gerente Financeiro cípios bíblicos não são transm itidos no processo de Educação
Josafá Franklin Santos Bomfim Cristã para tão somente tornar os alunos conhecedores desses
Gerente Comercial assuntos, mas para os despertar a aplicar essas verdades em
Cícero da Silva
Gerente de Produção
suas vidas, levando-os efetivam ente a um maior conhecimento
Jarbas Ramires Silva - no sentido de relacionamento - de Deus. Logo, um dos temas
Gerente de Comunicação principais da Educação Cristã é a vida cristã, os princípios que
Leandro Souza da Silva
devem regê-la e orientá-la à luz das Sagradas Escrituras.
Chefe de Arte & Design
Wagner de Almeida O tem a da revista Lições Bíblicas A dultos de Escola D o­
Projeto Gráfico, Diagramação e capa minical da CPA D neste segundo trim estre de 2024 vai nesse
Suzane Barboza
sentido. Seu foco é a vida cristã. Ela trata do tema "A Carreira
Projeto Digital
Alan Valle que nos Está Proposta: O Cam inho da Salvação, Santidade e
Fotos Perseverança para C h eg ar ao C é u ". O pastor O siel G om es,
Shutterstock líder da A ssem bléia de Deus em Tirirical, São Luís (M A), com
TELEMARKETINC formação acadêmica em Teologia, Filosofia, Direito e Psicanálise,
0800 021 7373 é o com entarista desta edição da revista. Na seção Entrevista
2a a 6a das 8h as 17:30min do Comentarista desta edição da Ensinador Cristão, ele aborda
Opção 1 - Igrejas, cotas e assinaturas
alguns aspectois desse tem a.
Opção 2 - Colportores e Lojistas
Opção 3 - Pastores e demais clientes Por sua vez, a revista Lições Bíblicas Jovens da CPA D deste
WHATSAPP - (21) 2406-7373 segundo trim estre aborda um tem a sem elhante: "O Padrão
ASSINATURA IMPRESSA Bíblico para a Vida C ristã: Cam inhando Segundo os Ensinos
R$110,00 - (2 anos)
das Sagradas Escrituras". O comentarista é o pastor Alexandre
ASSINATURA DIGITAL
R$ 29,00 (1 ano) Coelho, gerente de Publicações da C PA D , formado em Letras,
www.cpaddigital.com.br com especialização em grego, e em Direito.
ATENDIMENTO ASSINATURA IMPRESSA
Em suma, podemos dizer que o foco deste trimestre de EBD
(21) 2406-7432
- tanto na revista de adultos como na de jovens - é a jornada do
E-mail: assinaturas@cpad.com.br
SUPORTE ASSINATURA DIGITAL cristão rumo ao Céu e os princípios que devem nortear a vida
(21) 2406-7315 do cristão em todas as suas áreas até o dia em que adentrará
E-mail: cpadweb@cpad.com.br a Eternidade.
Ano 25 I n° 97 I abr/m ai/jun de 2024 Nesta edição da revista Ensinador Cristão, além de subsí­
Ensinador Cristão - revista evangélica trimestral, dios para estas e outras revistas do trim estre de EB D , o leitor
lançada em novembro de 1999, editada pela Casa
Publicadora das Assembléias de Deus.
é brindado com os artigos "O Aprendizado bíblico como um
Correspondência para publicação deve ser endere­ processo contínuo", "Cristianismo puro e sim ples", "Conhecen­
çada ao Departamento de Jornalismo. As remessas
de valor (pagam ento de assinatura, publicidade do os livros dos profetas", "A s Parábolas de Jesus são vivas",
etc.) exclusivam ente à CPAD. A direção é respon­ " A im portância de o crente investigar a verd ade conform e
sável perante a Lei por toda m atéria publicada.
Perante a igreja, os artigos assinados são de res­ A tos 17.11" e "A saúde emocional do professor de EBD e sua
ponsabilidade de seus autores, não representando influência em suas atividades", os quais irão contribuir no seu
necessariam ente a opinião da revista. Assegura-se
a publicação, apenas, das colaborações solicitadas. crescim ento como educador cristão. Enfim , crem os que esta
O m esm o princípio vale para anúncios. edição será bênção para a sua vida. Portanto, boa leitura!
Revista Ensinador Cristão
E-mail: ensinador@ cpad.com .br
06 CAPA
O A p rend izad o Bíblico como
um Processo Contínuo

14 A RTIG O
O Padrão Bíblico poro o Vido C ristã:
C am inh and o Segundo os En sin o s
dos S a g ra d o s E s c ritu ra s

1Ô A RTIG O
C onhecend o os Livros dos Profetas

36 SUBSÍDIOS
A C arreiro que nos E stá Proposto: O
Cam inho do S a lva çã o , S a n tid a d e e
P erseveran ça p ara C h e g a r ao Céu

05 ESPAÇO DO LEITO R

10 ED EM FOCO
Divulgue as atividades
do departamento de
11
© CONVERSA FRANCA ensino de sua igreja

Entre em contato com


22
O REPORTAGEM ENSINAOOR CRISTÃO
Avenida Brasil, 34.401
25
© ENTREVISTA DO COMENTARISTA Bangu • Rio de Janeiro • RJ
CEP 21852-002

29
o S A IA DE LEITU R A
Telefone 21 2406-7371
Fax 21 2406-7370
ensinador@cpad.com.br

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© O PRO FESSO R RESPONDE
Reclam ação, crítica e/ou
sugestão? Ligue:
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© BOAS IDÉIAS 21 2406-7418
SETOR D E ASSINATURAS

ARTIGO Atendimento a todos


os nossos periódicos:
M EN SAGEIRO DA PAZ
EM EVIDÊNCIA MANUAL DO O BR EIR O
ENSIN ADO R CRISTÃO
® Revisto estim ulo m elhorio no conduto
Aprecio a leitura da revista Ensinador Cristão. O ensino cristão
é muito importante, pois proporciona desenvolvimento do caráter
e melhoria da conduta do cristão em seu relacionamento com seu
semelhante e com Deus.
Pr. Marcos Vinícíos Girão Borba, Aracaju (SE)

® Am paro e d u ca cio n a l
A Escola Dominical como firmeza doutrinária de nossa Assem­
bléia de Deus tem na revista Ensinador Cristão uma fonte de amparo
educacional que nos proporciona um conteúdo atual, sadio e bíblico
IlíÉif

discorrido através das sínteses das lições bíblicas bem como nos
artigos que compõem o seu conteúdo.
Pr. André Luís S.C. Oliveira, Ariquem es (RO)

® Q u a lid a d e e e nriq uecim ento


Como sempre, nas páginas da revista Ensinador Cristão encon­
tramos artigos esclarecedores sobre assuntos variados, com uma
fiu' qualidade que enriquece a mente e o espírito.
K®lUC li£f£ £
ÇykmiidE-dc Pr Ronei Gomes e Lima, Cariacica (ES)

® Q u a lific a ç ã o e d u ca cio n a l
A revista Ensinador Cristão ocupa importante espaço como
subsídio para os estudos bíblicos. Sabemos que a Escola Dominical
é uma importante agência de despertamento de obreiros para o
i Porto.Alegrelevareciclagemóe
magistério da Palavra. Logo, recomendo enfaticamente a leitura da
Ensinador Cristão não apenas como suporte às Lições Bíblicas de
Adultos, mas especialmente para aqueles que almejam se qualificar
C O M U N IQ U E-SE COM A para o magistério da Santa Palavra de Deus.
Pr Paulo Ferreira da Silva, Rio de Janeiro (RJ)
EN SIN ADO R C R IS T Ã O
Por carta: Av. Brasil, 34.401 - Bangu ® G ran d e fe rra m e n ta de enriq uecim ento
21852-002 - Rio de Janeiro/RJ Considero a revista Ensinador Cristão uma grande ferramenta,
Por fax: 21 2406-7370
não somente para o professor da Escola Bíblica Dominical, mas
Por email; ensinador@cpad.com.br
para todos os lideres e obreiros da Casa de Deus. Os subsídios
publicados em suas páginas oferece, a cada trimestre, informações
Entre em contato com a e experiências que enriquecem a alma dos leitores. Este periódico
revista Ensinador Cristão. nos traz um resumo de cada lição, facilitando a boa compreensão
Sua opinião é das'lições do trimestre, que já são bem didáticas. Esta revista é de
importante para nós! grande relevância e tem contribuído para o elevo espiritual do leitor
amante da Escola Dominical.
e n s in a d o r@ c p a d .c o m .b r
Pb. Natã Nóbrega, Ribeirão Preto (SP)

Devido às limitações de espaço, as


® G ran dem ente a b e n ço a d o s
cartas serão selecionadas e transcritas
Louvo a Deus pela existência, relevância e atualidade dos temas
na íntegra ou em trechos considerados
tratados na Ensinador Cristão. Nossa Escola Dominical e todas as
mais significativos. Serão publicadas
demais estratégias de educação cristã de nossa igreja têm sido
as correspondências assinadas e
grandemente abençoadas por esta publicação. Parabenizo a equipe
que contenham nome e endereço
especialmente pelos subsídios didáticos e pelas reportagens que
completos e legíveis. No caso de uso
de fax ou e-mari, só serão publicadas nos oferecem a oportunidade de conhecer os trabalhos de nossos
as cartas que informarem também a irmãos por todo Brasil, nos inspirando a uma constante renovação
cidade e o Estado onde o leitor reside. de recursos e estratégias. Glória a Deus!
Profa. Suely Lima, São Luís (MA)

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A

APRENDIZAGEM COMO
PROCESSO CONTÍNUO À
MATURIDADE ESPIRITUAL
O ensino da EB D no d esen vo lvim en to
do intelecto cristão

A aprendizagem é um processo ou caminho para "P o rq u e , d e ve n d o já se r m e stre s p e lo te m p o ,


a formulação de idéias e conceitos que nos permitem ainda n e ce ssitais de que se vos torne a en sin ar
*adquirir o conhecim ento. A instrução tem vínculo quais sejam os prim eiros rudim entos das palavras A
com o aprender, isto é, a capacidade de adquirir de D e u s..." (Hb 5.12). Por essa razão, cremos que
conhecim ento por meio de estudo, observação ou o am adurecim ento do crente acontece à m edida
experiência. Já o conceito de aprendizagem bíblica que ele se propõe a aprender sistem aticam ente a ..
nos rem ete ao processo dinâm ico do estudo, da Palavra de D eus. Contudo, o aprendizado bíblico |

*
com preensão e da prática das verdades contidas aco n te ce por m ediação de ag e n te s e d u cativo s, *
nas Sag rad as Escrituras. Esse processo deve ser bem com o pela busca pessoal do conhecim ento
; contínuo e progressivo, considerando as limitações da Palavra de Deus.
da m ente humana ao acessar a revelação bíblica Família
(Os 6.3). No Antigo Testam ento, o ensino da Palavra de
Como nossa ênfase está na aquisição da maturi­ Deus estava intim am ente ligado ao contexto fami-
liar. Q uando M oisés reiterou a Lei ao povo hebreu,
dade espiritual, é preciso definir o termo maturidade.
Do ponto de vista físico, a maturidade é o estado ou C
ele exortou os hebreus, dizendo: "E estas palavras
. qualidade de quem já se desenvolveu plenamente, ----que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as
: aproximando-se da perfeição, que é o alvo de todo intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em
; e qualquer crescim ento, seja físico, m ental, moral tua casa, e andando pelo cam inho, e deitando-te, ^
j ou espiritual. Um crente que é maduro apresenta i e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua
marcas perceptíveis de um viver produtivo no Se­ V mão, e te serão por testeiras entre os teus olhos.
nhor, com o am or pela Sua Palavra, vida santificada * E as escreverás nos um brais de tua casa e nas tuas
| e uma conduta digna do nome de Cristo. J p o rtas" (Dt 6.6-9). O ensino da Palavra de D eus
D entre todos os requisitos para se alcançar a ^ deveria ser tarefa prim ordial dos pais aos filhos (SI
j maturidade espiritual, a aprendizagem bíblica como * 103.13; Pv 22.6), para que ap ren dessem a te m e r
um processo contínuo tem relevante destaque, pois ao Senhor bem com o a andar nos Seus estatutos
o responsável pelo processo de am adurecim ento | (Dt 10.12; E f 6.4).
não é o tem po, mas a busca do pleno conhecim en­ Já nos tempos do Novo Testamento, a educação
to do Senhor Je s u s C risto (2Pe 3.18). O salm ista ■ bíblica e teológica se tornou mais formal, ao ponto
deixou registrado: "Tenho mais entendim ento do de o menino judeu com eçar a ler as Escrituras aos
que todo s os m eus m estres, porque m edito nos % cinco anos, estudar a Lei aos 10 anos e com 13 anos
; teus testem unhos. Sou mais prudente do que os fazer o Bar Mitzvah, que em hebraico significa "filho
velhos, porque guardo os teus preceitos" (SI 119. ~ ~ do mandamento". Temos o exemplo de Timóteo, que
99,100). O escrito r da carta aos Hebreus declara: veio a ser o pastor local da igreja de Efeso, porém
8 ENSINADOR CRISTÃO
teve a sua formação nas sagradas letras iniciada ainda continuada? Certam ente por meio do discipulado,
na infância. O apóstolo Paulo exortou o seu querido onde proporcionará a íntima relação de mestre e J
discípulo, dizendo: "Tu, porém, permanece naquilo discípulo aos que quiserem apender de Cristo (Mt |
que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo 11.29). Na etim ologia latina da palavra "discípula- :
de quem o tens aprendido. E que, desde a tua me­ d o ", o termo é discipulatus, que significa "reunião
ninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te de estudantes, classe em que muitos aprendem ". |
sábio para a salvação, pela fé em Cristo Je su s" (2Tm É nesse contexto que entra a atuação dos ministros j|
3.14,15). Não se sabe ao certo de "quem " Tim óteo do Senhor Jesus: "E ele mesmo concedeu uns para
recebeu toda a sua instrução, no entanto sua fé teve apóstolos, outros para profetas, outros para evange
como modelo a sua avó Lóide e a sua mãe Eunice, listas e outros para pastores e mestres, com vistas ao
bem como o próprio Paulo (2Tm 1.5; 3.10). Aos irmãos aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do
de Éfeso, Paulo exortou: "E vós, pais, não provoqueis seu serviço, para edificação do corpo de Cristo, até
a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admo- I que todos cheguem os à unidade da fé e do pleno
estação do Senhor" (Ef 6.4). conhecim ento do Filho de Deus, ao estado de pes-
j soa madura, à medida da estatura da plenitude de
Igreja
Cristo, para que não sejamos mais como meninos,
No escopo da Grande Comissão outorgada pelo I
arrastados pelas ondas e levados de um lado para
Senhor Je su s aos Seus discípulos, tem os a função
outro por qualquer vento de doutrina, pela artimanha
proclamadora (kerigm a) e a função educadora (di-
dos homens, que pela astúcia com que induzem ao
dásko) da Igreja: "Portanto, ide, ensinai todas as
[erro" (Ef 4.11-14, ARA).
nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho,
Os ministros de Cristo, em especial aos mestres,
e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas
| atuam na educação dos crentes dentro da realidade
as coisas que eu vos tenho m andado; e eis que
das igrejas em que atuam, seja por meio dos cultos
estou convosco todo s os dias, até a consum ação I
| de ensino, da Escola Dominica! ou até mesmo dos
dos séculos. A m ém !" (Mt 28.19,20). Sendo assim, é
institutos bíblicos e teológicos. Tudo isso "para que
tarefa da igreja ensinar todos os que se convertem
não mais sejamos como m eninos..." (Ef 4.14).
a Cristo, conduzindo-os ao processo do discipulado j
bíblico cristão. Busca pessoal
Para os novos convertidos em Cristo, a aprendi­ A busca pessoal pelo conhecim ento da Palavra
zagem bíblica como um processo contínuo terá seu I de Deus é um sinal claro do crescimento espiritual do
início com os "os primeiros rudimentos das palavras | crente. O salmista declarou: "Oh! Quanto amo a tua
de Deus" (Hb 5.12), os quais são também conhecidos lei! É a minha meditação em todo o dia!" (S1119.97).
como "leite" (1Co 3,2; Hb 5.12c) e "leite racional não I Precisamos nos alimentar diariamente da Palavra de
falsificado" (1Pe 2.2), isto é, o alim ento adequado j Deus a fim de que possam os viver a plenitude da
Josiel de Lima
para alguém que tenha nascido de novo (Jo 3.3). vida em Cristo (Cl 3.16).
Torres é pastor,
C o n tu d o , a m esm a E p ísto la aos H eb reus d eixa Paulo aconselhou Timóteo quanto a esse aspecto coordenador
claro que é preciso avançar: "Pelo que, deixando os do aprendizado bíblico: "Persiste em ler" (1Tm 4.13). de Discipulado
Certam ente, ele se referia à disciplina espiritual da da Assembléia
rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até
de Deus em
a p erfe ição ..." (Hb 6.1). Perfeição aqui é derivado j leitura e meditação da Palavra de Deus, tão necessária Candeias do Jamari
do adjetivo grego teleios, que significa "com pleto", [ não só aos obreiros, mas a todos os crentes. Essa (RO); bacharel
era uma prática pessoal de Paulo: "Q uando vieres, em Teologia,
"ad u lto ", "m ad uro ", "hom em ", "p erfe ito ". À me­
pós-graduando
dida que o crente vai crescendo, ele precisa fazer a ] traze a capa que d e ixe i em Trô ad e, em casa de
em Teologia
transição do "le ite" para o "m anjar", que tam bém Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos" e História da
é conhecido com o "alim ento sólido" (1Co 3.2; Hb | (2Tm 4.13). Todo crente precisa manifestar interesse Religião; e membro
da Secretaria
5.11-14). Fica subentendido que esse processo é na busca do conhecimento das Sagradas Escrituras.
de Planos
gradual e sistem ático, e que se for seguido com a I Assim sendo, sigamos o exemplo de Esdras: "Porque Estratégicos
devida constância, levará à m aturidade espiritual. Esdras tinha preparado o seu coração para buscar Evangelismo
e Discipulado
Pois bem , com o um agente educativo, de que I a lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em
(SPEED) da
maneira a igreja atua nesse processo de aprendizagem Israel os seus estatutos e os seus direitos" (Ed 7.10). • CEMADERON.
EO em Foco
0

AD EM SÃO CARLOS (SP) REALIZA 11°


SEMINÁRIO DE ESCOLA DOMINICAL
Evento anual tem com o alvo o aperfeiçoam ento
do corpo docente com a reciclagem de
conhecim ento s bíblicos e teológicos
baseado em Salmos 119.105. A igreja Ela enfatizou a im portância de a
é liderada pelo pastor Eli Martins de EBD estar preparada para lidar com
Souza. Foram contabilizados cerca a inclusão de alunos portadores de
de 250 inscritos. De acordo com a necessidades especiais, oferecendo
superintendente da EB D local, a acesso e possibilidade de interação
professora Elisama Rodrigues dos a todos. A palestrante destacou dois
Santos Barbosa, "o evento, realizado aspectos que o professor deve atentar:
anualmente, tem como objetivo a 1) conhecer o aluno e estabelecer vín­
capacitação do corpo docente bem culos; 2) buscar conhecimentos sobre
O concorrido evento na igreja do interior paulista foi brindado como o fortalecimento do ensino os novos transtornos, o que exige
com palestras inspiradas sobre a Palavra de Deus
bíblico. Nesta edição, contamos com uma postura ativa, que abandone o
a participação do pastor Antônio Mar­ comodismo, de maneira a adaptar-se
dônio Nogueira Vieira, uma referência a essa realidade tão presente na EBD.
no ensino bíblico na Assembléia de Ainda no período da manhã, o
Deus no Brasil. O preletor convidado pastor Antônio Mardônio discorreu
ministrou ensinos preciosos nos pe­ sobre o tema "Didática na Escola
ríodos de realização do seminário". Bíblica Dominical", no qual enfatizou
Na cerimônia de abertura do semi­ também o papel do Espírito Santo
nário, os presentes ouviram a preleção no ensino cristão e a importância
do pastor Mardônio, que abordou as de cada professor relacionar-se com
Os pastores Eli Martins e Antônio Mardônio posam para foto qualidades exigidas para um professor Deus e, consequentemente, ter uma
ao longo da programação do seminário da Escola Dominical
de EBD, além de trazer informações relação cooperativa com o Espírito
da sua experiência da época em que Santo agindo através de suas vidas.
atuou como funcionário do Setor de No período noturno, os fiéis se
Educação Cristã da Casa Publicadora reuniram a fim de agradecer ao Senhor
das Assembléias de Deus (CPAD). Na pela realização do 11° Seminário da
ocasião, ele destacou a importância EBD. Os inscritos agradeceram pelos
da CPAD e da sua missão de produ­ três dias de aprendizado. O pastor
zir materiais que contribuem para o Eli Martins de Souza manifestou sua
desenvolvimento do ensino cristão. satisfação pelos resultados positivos:
Na noite do sábado, o palestrante "Dedicamos um final de semana ao
A partir da esquerda, as superintendentes Jamilla Magalhães, abordou os sete passos para a salva­ estudo da Palavra de Deus e fomos
Elisama Barbosa, pastor Antônio Mardônio e esposa Cleonice
Mardônio, e o evangelista e superintendente Plínio Oliveira. ção através de um estudo profundo, agraciados com a conversão do ma­
trazendo luz à pergunta: "Estamos rido da sup erin tenden te Tatiane
A Assembléia de Deus Ministério salvos ou somos salvos?". Na con­ Sholz, que atua em uma de nossas
do Belém em São Carlos (SP) realizou clusão dos trabalhos, na manhã de congregações. Nossa irmã clamava
de 29 de setembro a 1 de outubro de domingo, os participantes ouviram a Deus pela conversão do marido há
2023 o seu 11o Seminário de Escola a prédica da terapeuta ocupacional 12 anos. Deus confirmou o trabalho
Bíblica Dominical, com o tema "A EBD Caroline Volping, que também atua com salvação, que tam bém é um
iluminando o caminho do cristão", como professora da classe Maternal. dos objetivos da Escola Dominical". •

10 ENSINADOR CRISTÃO
o Conversa Franca

A RELEVÂNCIA DA ESCOLA
BÍBLICA DOMINICAL PARA
A MANUTENÇÃO DA SAÚDE
TEOLÓGICA DO CRISTÃO
Educadora fala sobre tem as indispensáveis
para o sucesso dos professores de EB D

A e n tre vistad a de nossa C o n versa Franca é a p ro fesso ra Telm a


Bueno, conhecida por sua participação nos eventos de Escola Dom ini­
cal da C PA D , onde coloca seu talento e conhecim entos teoló gicos
a serviço do M estre. A o longo da en trevista, a educado ra fala
da im portância da Escola D om inical, sobre o que o p rofessor
d e ve levar em conta no m om ento de ap lica r a sua aula a
crianças e jo ve n s, sobre as principais carências que ainda
persistem na Escola Dom inical em muitas igrejas em nosso
país e sobre identificar os perigos para a saúde da igreja
e da Escola D om inical, entre outros assuntos p ertinentes
ao ensino bíblico .
A e n tre v ista d a é b a c h a re l em T e o lo g ia , p e d a g o g a ,
esp ecialista em G e stão Esco lar e jo rn alista. Ela atua como
redatora no Setor de Educação Cristã da CPA D . É com entarista
de revistas de currículo infanto-juvenil da C PA D , conferencista
em eventos da editora e professora do C A P ED . É ainda autora
dos livros "B o a s idéias para p ro fesso res de Educação C ris­
tã " ; " É Hora de Pintar, Recortar e C o la r"; "Ed u ca ção C ristã:
R eflexõ es e P rá tica s"; "Ensinand o a Fé C ristã às C rian ças"
e "Igreja S a u d á ve l", todo s ed itad as pela C P A D .

//
Pesquise, leia,
Qual a importância da Escola A irmã é editora das revistas
ore e peça
Dominical para a sua vida? Lições Bíblicas de Jovens da
CPAD e autora do livro “Ensi­ criatividade ao
A relevância da Escola D om i­
nical está no fato de que ela é nando a Fé Cristã às Crianças” Senhor. Temos um
(CPAD), dentre outros títulos.
uma ordenança de Cristo para a Oeus criativo que
Sua Igreja (Mt 28.19,20). Q uando Quais as principais peculiari­
dades que o professor de Es­ tem prazer em nos
tomei consciência dessa verdade,
passei a perceber o quanto o ensino cola Dominical deve levar em ajudar
sistem ático da Palavra de Deus é conta na hora de ministrar a
importante para que tenhamos uma lição para alunos dessas faixas //
espiritualidade saudável. etárias (crianças e jovens)?

E N S IN A D O R C ristã o 11
São duas fa ixa s e tá ria s bem carências que a irmã per­
d is tin ta s . O p ro fe sso r(a ) d e ve cebe ainda hoje em m uitas
p ro c u ra r c o n h e c e r a re s p e ito igrejas no que tange à Esco­
do d e se n vo lvim e n to hum ano e // la Dom inical?
assim sa b e r o que é c a ra c te rís­
A credito que uma das princi­
tico de cad a id a d e . D eus criou A relevância da pais dificuldades está no fato de
o se r hum ano e o dotou de um
Escola Dominical que p recisam os te r co n sciê n cia
d e s e n v o lv im e n to m e n ta l q ue de que o currículo não é apenas
é uma co n stru ção co n tín u a, de esta no fato de
uma sequência de revistas, ou uma
to d a a v id a , p o is a ca d a nova que ela é uma lista de conteúdos bíblicos a serem
fase ganham os novas estruturas ordenança de Cristo c u m p rid o s de fo rm a a le a tó ria ,
m e n ta is . O c o n h e c im e n to do
para a Sua Igreja sem uma fundamentação bíblica e
d e s e n v o lv im e n to hum an o nos
pedagógica coerente. Infelizmen-
p erm ite p la n e ja r o que e com o
te, falta essa co nsciência. Outra
e n s in a r em n o ssa s c la s s e s de // d ificuld ad e está no fato de que
E sc o la D o m in ica l. N os ajud a a
precisam os com preender que na
saber quem são os nossos alunos ap ree n d id a quando estudam os
Escola Dom inical não ensinam os
e como eles aprendem . Sabemos as teorias que explicam o nosso
o q u e p e n sa m o s ou a c h a m o s,
q u e a lin g u a g e m q u e usam o s desenvolvim ento.
mas a inerrante Palavra de Deus,
com as crianças da faixa etária do Viajando o país como pre- que tem po der para transform ar
M aternal (3 e 4 anos) não pode letora na área de Educação o no sso hom em in te rio r e nos
ser a mesma que usamos com os Cristã, inclusive em eventos to rn a r p e sso a s m ais p a re c id a s
jo vens e adultos, e tal verd ade é
da CPAD, quais as principais com Je su s C risto . Mas, no geral,
os p ro fesso res de Esco la D om i­
nical no Brasil estão vencendo as
dificuldades e fazendo um e xce ­
lente trabalho, seja com crianças,
jo vens ou adultos. Há um grupo
de professores com prom issados
com o Reino de Deus e que não
m edem esforços para superar as
dificuldades.

A irmã tam bém é responsá­


vel pela seção "Boas Idéias"
da revista Ensinador Cris­
tão. Que dicas daria para os
professores que desejam
increm entar ainda m ais as
suas aulas com ilustrações e
dinâm icas em sala de aula?
Pesquise, leia, ore e peça criati­
vidade ao Senhor. Temos um Deus
criativo que tem p razer em nos
ajudar. Faça a sua parte e tenha
certeza de que o Pai vai fazer a
dEle. O que não podem os fazer é
ficar de braços cruzados. Também
sugiro que sejam feitas reuniões

12 E N S IN A D O R C ristã o
de professores para que discutam // ensino herético sendo tolerado nas
e elaborem recursos para as faixas igrejas, a p seudo esp iritualidade,
a m ornidão esp iritual, a apatia e
etárias. Em grupo, as idéias fluem Oeus é fiel para
mais, pois todos podem contribuir a falta de tem or a Deus.
recompensar todo
com su g e stõ e s, m ateriais e até Que conselho a irmã dá
financeiramente. Também não dei­ o esforço que para aqueles que estão co­
xe de adquirir a revista Ensinador fazemos em prol m eçando como professores
C ris tã o , pois é uma fe rra m e n ta
do Seu Reino. de Escola Dom inical?
im portante para os que lecionam
Oê sempre o seu Estude a Palavra de Deus, ore e
na Escola Dom inical.
jeju e. Invista no seu ministério de
A irmã escreveu um livro
melhor, mesmo ensino e não deixe que os desafios
sobre "Igreja Saudável: que não seja e as dificuldades do nosso tempo
Educando Para Uma Vida reconhecido(a) façam você parar. Deus é fiel para
Plena” (CPAD). Em linhas recom pensar todo o esforço que
gerais, quais são os princi­
pais inim igos da saúde da
// fazemos em prol do Seu Reino. Dê
sempre o seu melhor, mesmo que
igreja e da Escola Dom inical são os m e sm o s a p re s e n ta d o s não seja reconhecido (a). Ja m a is
hoje? por Je su s nos capítulos 2 e 3 do e sq u eça que servir ao Senh o r é
C re io q ue os p rin c ip a is in i­ livro de A p o calip se . O s m esm os um p rivilég io , uma honra e uma
m ig o s da sa ú d e da ig re ja e da males que atacavam aquelas sete responsabilidade. Entretanto, no
Esco la D om inical na atu alid ad e igrejas da Á sia: a falta de amor, o Dia Final, vai valer a pena. •

E N S IN A D O R C ristã o 13
Artigo Revista Jovens
Alexandre Claudino Coelho

O PADRÃO BÍBLICO PARA A


VIDA CRISTÃ
C am inhando segundo os ensinos das
Sagradas Escrituras

Um novo trim e stre se ap ro xim a e d esta feita que tem por objetivo temas consagrados ao longo da
vam os tratar da fé cristã e de algum as te m áticas história da igreja e tem as mais recentes.
so b re e la . F a la r so b re o C ristia n ism o e os seu s A lição 1 tratará sobre a fé cristã. A sua origem, no
e n sin o s im p lica c o m p re e n d e r que a m en sag em primeiro século da nossa era, em um país dominado
do E va n g e lh o gera m udança de vida para o ser por uma potência estrangeira; a sua mensagem trazida
hum ano. Por força da sua doutrina, o Cristianism o por Jesus para o homem moderno e a necessidade
traz tam bém im p lica çõ e s para a so cie d a d e onde de se ver tudo o que acontece diante de nós sob a
ele chega. Essas m udanças pretendidas e exigidas perspectiva do certo e do errado aos olhos de Deus.
pelo Evangelho são um cam inho para que ele seja A lição 2 tratará sobre Deus. Não se pode falar
praticado e visto por todas as pessoas. Por isso, os da fé cristã sem que Deus esteja presente no ensino,
cristãos precisam saber exp licar a razão de sua fé visto que foi Ele que criou todas as coisas, e por nos
e da esperança que ela traz, pois essa é a vontade ter criado, estabeleceu princípios para que pudésse­
de Deus, que expliquem os de forma inteligível a fé mos nos relacionar com Ele. DEIe vem a salvação que
que uma vez nos foi dada. nos alcançou e a graça que é concedida para todos
Responder sobre a fé para quem já serve a Deus os homens.
é uma coisa, mas tal desafio se deve ao fato de que A lição 3 tratará sobre o pecado. A humanidade
a mente do homem natural não consegue com pre­ tem de se importar com essa má notícia, pois o pecado
ender o motivo de a hum anidade ter de ouvir a - e é real e tem a capacidade de não somente destruir a
se relacionar com - Deus. Mas o Cristianism o pode e vida de uma pessoa, mas de uma nação inteira. Cada
deve ser explicado aos não crentes (e a muitos crentes ser humano peca, portanto necessita do perdão e da
também), pois não é somente uma mensagem que tem graça de Deus.
o poder de salvar o homem dos seus pecados, mas A lição 4 tratará da salvação. Ela é necessária, pois
também de promover mudanças nas relações sociais. uma vez que o homem está debaixo do pecado, ele
Dentro desse objetivo, a revista deste trim estre precisa ser salvo, e essa salvação não acontece sem que
pretende abordar com os alunos alguns tem as que seja iniciada por Deus e o ser humano, por sua vez, res­
são importantes para a fé cristã, sob uma perspectiva ponda à graça que Deus disponibiliza através de Jesus.

14 ENSINAOOR CRISTÃO
A lição 5 tratará sobre a santida­ ele pode ser um ótimo servo ou um
de. A moralidade cristã é direciona­ senhor cruel, se não soubermos lidar
da para agradar e obedecer a um
Deus que é Santo e cuja santidade
// com ele e colocar a nossa confiança
nas riquezas. Finanças, portanto, é
é vista pelo m undo com o sendo o tema da lição 9.
desnecessária e baseada em idéias A nossa vocação Jesus é o tem a da lição 10. Se
retrógradas, Mas a santidade é ne­ é refletir a glória temos uma grande salvação, Jesus
cessária e esperada por Deus na vida foi a pesso a que pagou o preço
daqueles que já receberam a Jesus, de Oeus neste com seu próprio sangue por ela. E
e que não andam mais de acordo
com as orientações que o mundo
mundo, junto quem é Jesus? O que diziam sobre
Ele os Seus d iscíp u lo s e os Seus
tenta impor no tocante à forma de a pessoas de antagonistas? O que Ele disse sobre
pensar e ao com portam ento.
A lição 6 nos apresentará a forma
carne e osso si m esm o? E de que forma esses
dizerem influenciam aqueles que
com que o Cristianismo vê o corpo. acreditam no Seu nome?
Há pensamentos que descrevem o // A esperança é o tema da lição
corpo como impuro, como a residên­ 1 1 .0 Cristianism o é uma fé que, à
cia de todo o mal. Em nossos dias, luz da Bíblia, mostra ao homem a
questões com o a hom ossexualis- esperança da eternidade. Isso não
mo, o transgenerismo, a prostituição e o aborto vêm é uma forma de a pessoa escapar da realidade, onde
ganhando destaque na imprensa e nas redes sociais, se pensa em sofrer nesta vida para se ganhar o Céu.
e por isso precisamos com preender que Deus é que Ser cristão é ter esperança de dias melhores com base
fez o corpo humano e que por ser o ser humano a no que Jesus disse e fez.
obra-prima das m io s de Deus, devemos tratar nosso Na lição 12, trataremos sobre a interação entre o
corpo de acordo com os padrões das Escrituras. evangelho e a cultura. Sempre que ensinamos a Palavra
A lição 7 versará sore o casamento. O número de de Deus, temos em mente o poder que ela tem para
divórcios entre cristãos vem aumentando a cada ano, transformar vidas e sociedades. Todas as culturas, por
numa clara demonstração de que mesmo aqueles que causa do pecado, se tornaram imperfeitas e precisam
foram alcançados pela salvação precisam com pre­ de um referencial aceito por Deus: o Evangelho.
ender a im portância do casam ento e de que forma Por fim, a última lição terá como tema o Cristia­
o homem e a mulher devem tratar um ao outro, sem nismo como uma fé que faz a diferença na vida das
concorrências ou com a ideia de que são oponentes pessoas e da sociedade. A nossa vocação é refletir
dentro do projeto de Deus. a glória de Deus neste mundo, junto a pessoas de
Je s u s foi co nh ecid o com o um hom em e x p e ri­ carne e osso. Isso inclui interagir de forma santa com
Claudino Coelho m entado nos trabalho s. D eus nos deu o exem plo as pessoas da nossa família, do trabalho e até mesmo
é pastor, gerente de trabalho de excelência quando trouxe ordem ao ter uma p ersp ectiva de com o devem os zelar pelo
»de Publicações da
caos, e o trabalho deve ser visto pelos cristãos como meio ambiente como sendo também uma perspectiva
CPAD, formado em
- Teologia, Direito sendo uma grande oportunidade de dem onstrar a cristã da criação.
e Letras com grandeza de Deus em nossos talentos pessoais e na Essa va ria çã o de te m as tem por o b je tivo nos
especialização
nossa diligência no tocante à atividade laborativa. O mostrar a multiforme graça de Deus através da Sua
em Grego, e
com entarista das
trabalho é o assunto da lição 8. igreja e, acima de tudo, cum prir a ordem de Deus
Lições Bíblicas de O dinheiro é um assunto que envolve a nossa para que possam os responder acerca da nossa fé e
Jovens da CPAD. espiritualidade, e não podemos nos esquecer de que da esperança que ela traz.
Exemplo de Mestre
\

GERHARD
GROOT
Célebre educador e
pregador holandês
m edieval

Gerhard Groot (1340-1384) foi um célebre teólogo, três anos em meditação, oração e estudando. Em 1379,
pregador e educador holandês, que teve uma vida foi ordenado diácono e tornou-se pregador missionário
curta, mas impactante sobre sua geração. Ele fundou a da diocese de Utrecht. Sua pregação impactou a região.
Irmandade da Vida Comum, organização que iniciou o Conta-se que não apenas em Utrecht, mas em várias cidades
movimento religioso de Devoção Moderna, que tinha entre vizinhas sua mensagem despertou vidas a se dedicarem
seus seguidores Thomás de Kempis (1380-1441), autor do a Deus. Segundo Thómas de Kempis, "as pessoas dei­
clássico A Imitação de Cristo, que se tornou referência xavam seus afazeres e suas refeições para ouvirem seus
tanto para místicos católicos quanto para protestantes sermões, e até mesmo as igrejas não conseguiam conter
em busca de uma vida mais piedosa. as multidões que afloravam onde quer que ele fosse".
Groot nasceu na cidade de Deventer, em uma família No início, o bispo de Utrecht lhe deu apoio, mas, aos
com boas condições sociais. Muito estudioso, ele foi para poucos, a mensagem de Groot foi se tornando incômoda:
a Universidade de Paris com apenas 15 anos, tendo estu­ ele pregava contra o concubinato, contra os pecados da
dado Filosofia Escolástica e Teologia em Sorbonne, e sido comunidade e dos líderes religiosos seculares e regulares, e
aluno de Guilherme de Ockham. Em seguida, estudou contra as heresias, a venda de bênçãos e a avareza, provo­
Direito Canônico, Medicina, Astronomia e Hebraico. Seus cando a hostilidade do clero e acusações de heterodoxia.
estudos se deram em dois lugares: primeiro, na França, Em resposta, Groot escreve "Protesto Público", no qual
onde formou-se em 1358; e, depois, em Colônia, na declara que Jesus era o grande tema de seus discursos, que
Alemanha, outro grande centro acadêmico da época. estava em harmonia com a doutrina e que de bom grado
Concluídos seus estudos, Groot resolveu visitar a corte se submetia ao julgamento da igreja. O bispo de Utrecht
papal, que nessa época estava em Avignon, na França. foi forçado a emitir um decreto proibindo a pregação de
Em seguida, foi nomeado canonista em Utrecht e também Groot sob o argumento de que só sacerdotes poderíam
em Aachen, ganhando grande destaque e honras como pregar agora. Groot apelou ao papa Urbano VI, mas sem
erudito. Isso o deixou vaidoso, até que ele caiu em grave resultado. Mesmo assim, conta-se que até a sua morte
enfermidade. Seu estado o fez refletir sobre a brevidade ele ainda pregava e ensinava. Em 1381, ele foi convidado
da vida e o que realmente importa. Também exerceu a tornar seu grupo - a Irmandade da Vida Comum - em
grande influência sobre ele nesse período Heinrich von um monastério vinculado aos cônegos regulares de Santo
Kalcar, sábio e piedoso prior do monastério dos cartuxos Agostinho, mas morreu antes de se decidir. Após sua
em Munnikhuizen, perto de Arnhem. Assim, Groot resolveu morte, seus seguidores estabeleceram os Irmãos da Vida
renunciar os prazeres mundanos para se dedicar a Deus. Comum em Windesheim. Com o tempo, o movimento se
Sua conversão ocorreu em 1374, quando tinha 34 anos. espalhou para Alemanha, França e Suíça, influenciando
Em 1376, Groot se retirou para o monastério dos car­ reformas religiosos no século XV. O movimento é visto
tuxos - não para ingressar como monge, mas para passar como precursor da Reforma Protestante. •

ENSINADOR CRISTÃO 17
U CO N H ECEN D O
^ OS LIVRO S
DOS PR O FETA S
Neste trimestre, nossos alunos da classe Juvenis D epois de m uitas vezes alertar quanto às p rá­
terão a oportunidade de estudar sobre os livros pro­ tic a s a b o m in á v e is e in ju s tiç a s c o m e tid a s p e lo s
féticos do Antigo testam ento, bem como acerca da Reinos do N orte e do Sul não restou alte rn a tiva
natureza do ministério profético de João Batista, que para Deus a não ser aplicar o castigo por meio dos
serve de modelo para os crentes na atualidade. Em C ativeiro s A ssírio e B ab ilô nio . No ano 722 a .C ., os
sua maioria, as narrativas dos livros proféticos apon­ assírios investiram na ocupação de estrangeiros na
tam episódios cruciais da história de Israel (Reino do Terra de Isra e l, Reino do N o rte, tam bém c o n h e ­
Norte) e Judá (Reino do Sul). A mensagem anunciada cido com o Sam aria, e levaram cativo os israelitas
pelos profetas tinha a pretensão de orientar o povo para a terra de Haia, na A ssíria, junto ao rio G ozã
de Deus concernente à vontade divina, bem como (2 Rs 2.7, 24). S e m e lh an te m e n te , Ju d á , Reino do
adverti-lo a respeito das práticas que contrariavam a Sul (605-586 a.C ) tam bém foi levado em cativeiro,
Lei. Nesse sentido, o chamado profético, a natureza da porém , d essa vez o d estino era a Bab ilô n ia (2 Rs
mensagem e o caráter desses homens são claramente 25.1-11). O Cativeiro Bab ilô nio é o grande evento
encontrados nos escritos de seus respectivos livros. delim itad o r dos livros p ro fético s. Na classificação
O estudo sistem ático das histórias bíblicas dos desses livros encontram os os livros cham ados "Pro ­
profetas oferece informações fascinantes de ordem fetas M aiores" e aq ueles que são classificad o s no
histórica, cultural e literária. A d escoberta desses grupo de "Pro fetas M eno res". D entre os profetas
detalhes faz com que seus alunos tenham uma com ­ estão a q u e le s que e xe rce ra m o m inistério antes
preensão diferenciada dos escritos proféticos. Além ou durante o C a tive iro B a b ilô n ico e aq u e le s que
disso, a resposta de cada profeta ao chamado divino exerceram após o C ativeiro B ab ilô nico .
serve de encorajamento para que os juvenis não re­ Para com preender melhor a cronologia dos livros
cuem ou sintam-se incapazes de cumprir o ministério p ro fético s é fundam ental que vo cê , professo r(a),
Thiago Santos
para o qual foram chamados pelo Senhor. Saber que elabore uma linha do tem po no mural da classe ou é evangelista,
esses grandes homens de Deus também manifestavam mesmo no quadro e deixe exposto cartazes com as pedagogo,
inform ações básicas de cada livro a ser estudado: especialista
suas fraquezas, lim itações e crises existenciais que
em Docência e
geram identificação e, a partir de seus exem plos, os autor, data, contexto social e tem a do livro. A m e­
Gestão Escolar,
juvenis são edificados na esperança de que é possível dida que você realizar a introdução de cada lição, editor do Setor
experim entar o poder de Deus na mesma virtude e aproveite para lembrar seus alunos das informações de Educação
Cristã da CPAD e
autoridade que os profetas do passado. d isp o níveis nos cartazes. O utro asp ecto que, cer­
comentarista do
No decorrer das aulas, verem os como ocorreu a tam en te, facilitará a m inistração de cada aula é a Novo Currículo
escolha desses homens para serem profetas; o con­ intencionalidade de cada lição. Considere o profeta, de Escola
a natureza da mensagem anunciada e o público-alvo Dominical da
texto social em que estavam inseridos; os problemas
CPAD.
que surgiram em cada época por conta do pecado de suas profecias. Ter uma visão global de cada lição
e d e so b ed iên cia dos reis; as injustiças so ciais e o promoverá a aquisição dos conhecim entos bíblicos,
form alism o religioso por parte dos sacerdotes que, bem com o a extração de lições fundam entais para
em vez de ensinarem a Lei ao povo, com etiam toda a vida cristã no contexto atual.
sorte de pecados que m aculava a religião judaica. Por fim, en co raje os seus alunos à intim id ad e
Nesse sentido, a voz dos profetas soava na tentativa com D eus. O s ju ve n is estão enfrentando tem p o s
de evitar a destruição com pleta do povo de Deus. d e sa fia d o re s para a fé cristã. M ostre a p artir do
A co rru pção da nação e a falta de co m prom isso e xe m p lo d e sse s p ro fe ta s que assim com o D eus
com a Lei levou ao declínio espiritual, assim como guardou os seus servos no p assad o , certam ente,
à perda de prestígio no cenário político-econôm ico os guardará tam bém para que testem unhem que
de cada época. Je su s Cristo é o Senhor para a glória de Deus Pai.
Artigo
R e visto A d o le s c e n te s
'%ürw tP S? •
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A S P A P A B O LA S D E
J E S U S SÃO V IV A S
w

Je su s C risto foi um exím io // preparado? (Mt 25.1-13); Uma


contador de histórias. Ao con- parábola sobre Israel (Lc 13.6-9);
ta -la s, o R ab in o da G a iile ia , (Professor) Jamais O amor na prática (Lc 10.25-37);
d e p e n d e n d o da d is p o s iç ã o se esqueça que o seu Você está firm e? (Mt 7.24-27);
do coração de seus ouvintes, papel não se restringe Uma história sobre dinheiro (Lc
efetuava um movimento para­ 12.13-21); O am or do pai por
ao ambiente físico da
do xal em relação a sua m en­ seus filhos (Lc 15 .1 1-32).
sagem : de uma m aneira toda
sala de aula
N o sso d e s e jo q u e rid o (a )
especial ele revelava princípios professor(a), é que, para além
profundos acerca do Reino de // da leitura bíblica e dos materiais
D eus para quem tinha o lho s auxiliares, você se comprometa
atentos e corações receptivos; m com as disciplinas espirituais do
e, ao m esm o tem po, ocultava extrairmos suas principais lições jejum e da oração no momento
péro las de sab ed o ria aos so ­ e a p lic a ç õ e s p rá tic a s à vid a da preparação das aulas. Afinal
b e rb o s d e sse m u n d o , c u jo s | contem p o rân ea. N esse se n ti­ de contas, com o nos ensinou
corações estavam entorpecidos do, p ro curarem o s re sp o n d e r o irm ão Paulo "a s arm as da
pelo orgulho ensimesmado (Mc questões com o "o que é uma nossa m ilícia não são carnais,
4 .1 1 ,12 ). Suas p a ráb o las não p a r á b o la ? " ; "q u a l a m e lh o r mas, sim, poderosas em Deus,
eram co n tad as para e n tre te ­ m aneira de in te rp re tá-la ?"; e p ara d e s tru iç ã o das fo rta le ­
nim ento. Elas argum entavam , "com o aplica-la corretam ente zas; d e stru in d o os co n se lh o s
q u e stio n a v a m e d ia lo g avam ao nosso dia-a-dia?". e to d a a ltiv e z que se le v a n ­
visand o a p e rsu a são de seus D o m in g o ap ó s d o m in g o , ta contra o co nh ecim en to de
ouvintes, confrontando-os a uma persistentem ente, seguirem os D eu s, e le van d o cativo to d o
Rafael Rodrigo mudança de mentalidade e, ao no ssa jo rn a d a n esse m undo entendim ento à obediência de
^Figueiredo Luz é desconhecido e cativante das
mesmo tem po, revelando-os o Cristo" (2 Co 10.4-5). Exerça seu
pastor auxiliar da
mundo de Deus. parábolas aprofundando nosso dom para glória de Deus e em
Assembléia de Deus
lem São Francisco, A forma como compartilhava conhecimento subordinado aos benefício do seu próximo (sua
|Niterói (RJ), igreja seu s e nsin o s era tão e fe tiva , seguintes temas: Jesus, o Mes­ classe). Jam ais se esqueça que
gliderada pelo
d isru p tiv a , tran sfo rm ad o ra e tre que ensinava por parábolas o seu papel não se restringe ao
pastor Zilmárioj
(Elias; graduado! ad m iráve l que seus o u vin tes (M t 1 3 .1 0 -1 7 ); Um a h is tó ria ambiente físico da sala de aula,
|em Teologia pelai falavam sem titu b ear: "E le as so b re o ração (Lc 11.1-13); O esses meninos e meninas preci­
IFAECAD, Pós-’
ensinava como quem tem auto­ s e m e a d o r e a sua s e m e n te sam de cuidado, acolhim ento,
|Graduando en
TeoLogia Bíblica e j ridade, e não como os mestres (Mt 13.1-9,18-23); Uma história intercessão, carinho e dedicação
ISistemática PastoralT da lei" (Mt 7.29). Por esta e ou­ sobre graça e responsabilidade p ara além do te m p lo . Tenha
ípela FABAT/RJ.I (Mt 18.23-35); O reino de Deus
tras razões convocam os todos um ótimo trimestre e que Deus
formado em Gestão!
os p ro fe sso re s e p ro fe sso ras e as s e m e n te s (M c 4 .2 6 -3 4 ); lhe pro p orcio ne e xp e riê n cias
de Seguros e um 1
MBA em Seguro! da Escola Bíblica Dom inical à A o b e d iê n cia ve rd ad e ira (Mt profundas e transfo rm ad o ras
e Resseguro pela uma im ersão no universo das 21.28-32); A chados e perdidos na liderança de sua classe. O
Escola Nacionall
p a rá b o la s de Je s u s a fim de no reino (Lc 15.3-7); Você está Senhor é contigo! •
de Seguros.H

ENSINADOR CRISTÃO
Boas Idéias
Para Professores
de Educação Cristã
Telma Bueno
D) Suas aulas a partir de agora podem ser dinâmicas, criativas,
Q.
'tj- divertidas e espirituais. Nesta obra você encontrará
oitenta atividades que podem ser utilizadas na Escola
I Dominical, retiros, acampamentos e pequenos grupos
£ de estudo bíblico.
$
Elas estão divididas por faixas etárias, mas você poderá
adaptar cada uma delas de acordo com as suas neces­
IO sidades e a faixa etária na qual trabalha.
5i
A finalidade é auxiliar você e mostrar que podem os
T3
8 ensinar a Palavra de Deus utilizando atividades alegres
e inovadoras.

Leia Também:
Educação Cristã Reflexões e Práticas
Ensinando a Fé Cristã às Crianças

w w w .c p a d .c o m .b r

V . 0800-021-7373 m Livrarias CPAD

£ ) (021) 2406-7373 O 0 O O
Reportagem

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE


DEUS EM BRASÍLIA HOSPEDA A 34a
CONFERÊNCIA DE ESCOLA DOMINICAL
PROMOVIDA PELA CPAD

Mais de 900 educadores e líderes de toda a


Região Centro-Oeste do país participaram
do evento na capital federal

22 ENSINADOR CRISTÃO
O pasto r Orcival Xavier (centro) ladeado p e lo s palestrantes e cantores do evento
e p elo diretor-executivo da CPAD, Ronaldo Rodrigues d e Souza, acom panhou os
desdobram entos do evento em Brasília

A Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Brasília Para o dia do e ve n to , a A D E B d isp o n ib ilizo u


(A D EB), liderada pelo pastor Orcival Pereira Xavier, equip es integradas de colab orado res com tarefas
reuniu mais de 900 inscritos nas dependências de seu específicas, facilitando a dinâmica das atividades com
templo-sede nos dias 11 a 14 de outubro de 2023 para a coordenação da CPA D , entre as quais inscrições,
a realização da 34a Conferência da Escola Dominical credenciam ento, logística interna, monitoria, louvor,
(COED) da Casa Publicadora das Assembléias de Deus recepção e entrega de certificados.
(CPAD ). Plenárias, workshops e sem inários tiveram Anfitrião do encontro de educação, pastor Orcival
ministrações de palestrantes atuantes em várias frentes Xavier, que também é presidente da Convenção dos
da área de educação e afins, a partir do tema geral Ministros Evangélicos das A ssem bléias de Deus de
"O Espírito Santo capacitando a Igreja para o ensino Brasília e Goiás (CO M ADEBG) e 5o secretário da Con­
da Verdade", com base em João 14.26. venção G eral dos M inistros das Igrejas Evangélicas
Segundo o coordenador local da C O E D , pastor Assem bléia de Deus do Brasil (C G A D B), manifestou
Reinoldo da Silveira, no aspecto organizacional, o sua satisfação em ter hospedado o evento. "Minha
evento ocorreu conforme o calendário de program a­ avaliação da 34a Co nferência de Escola Dom inical
ções da CPAD, definido no ano anterior. "Seguindo
a ordem cronológica dos eventos, que nos manteve
intrinsecamente ligados, a CPAD decidiu, por ques­
tões internas, no mês de maio de 2023, que o evento
fosse realizado em nossa estrutura congregacional,
especificamente em nosso templo-sede. Isso encheu
de orgulho e expectativas centenas de nossos oficiais
da Escola Dom inical", comenta pastor Reinoldo, que
acrescenta: "Com o próximo passo, recebemos a visita
da comitiva da CPA D , que avaliou a capacidade de
nosso templo-sede e designou salas e auditórios para
os seminários e workshops, além do G rande Templo
para as plenárias tem áticas. Nos m eses seguintes,
trabalham os incansavelmente para oferecer um am­
biente confortável e condizente com a m agnitude
do evento. Ainda no aspecto organizacional, a A D EB
ficou encantada com a expertise dem onstrada pela
e/a£"^eTa^Z^Td" *
da Assembléia de Deus ~ ~ » d° evento realizado no
no templo-sede
em Brasília
equipe da CPAD, tanto em termos logísticos quanto
tecnológicos".
ENSINADOR CRISTÃO 23
A CO ED também contou com o apoio da Convenção
dos Ministros Evangélicos das Assem bléias de Deus
do Planalto Central (C O M A D EPLA N ), liderada pelo
pastor Rinaldo Alves dos Santos, presente ao evento;
da Convenção dos Ministros das Assembléias de Deus
no Estado de Goiás (CAD ESG O ), liderada pelo pastor
Wellington Carlos Almeida Rocha, também presente;
e a participação do pastor Geovani Neres Leandro da
Cruz, líder da Convenção Evangélica das Assembléias
de Deus no Distrito Federal (C EAD D IF),
Na percepção dos professores, superintendentes
e pastores, houve assertividade na especificação dos
temas e do quadro de preletores pela CPAD, uma vez
que atenderam às necessidades atuais das Escolas
Dominicais em seus contextos espiritual e social. Entre
os temas específicos ministrados nas plenárias, estavam
"A ação do Espírito Santo na educação cristã"; "A
importância do ensino das Escrituras para os últimos
dias"; "Desafios para a Escola Dominical pós-pandemia";
"Educação Cristã e Ortodoxia Bíblica"; "O currículo e
o desenvolvimento humano"; "O futuro de Educação
Cristã" e "Deixe vir a mim todas as crianças".
Ao final do evento, a CPAD sorteou algumas ces­
tas de seus produtos e, como em todas as edições
da C O E D , entregou prêmios à caravana com maior
D diretor-executivo da CPAD, Ronaldo Rodrigues d e Souza,
núm ero de inscritos e à caravana que percorreu a
coordenou a eq uip e da CPAD no Conferências de Escola Dominical
m aior distância para o evento. Excep cio n alm en te
s destacou o esm ero dos crentes na busca d e conhecim ento para
nesta edição, preenchendo os dois requisitos, com
aplicarem nas salas d e aula p o r todo o Brasil
58 com ponentes e tendo viajado mais de 800 km de
ônibus, ganhou os dois prêmios o grupo de Palmas
(TO), liderado pelo pastor Sant Clair, que recebeu uma
televisão de 55 polegadas e um notebook.
para a reg ião C e n tro -O e ste , re alizad a em nossa Para o irmão Ronaldo Rodrigues de Souza, diretor-
igreja, é extremamente positiva. Fui surpreendido, de -executivo da CPA D , a C O E D em Brasília mostrou,
maneira muito positiva, em todos os aspectos, tanto mais uma vez, a importância que aos assembleianos
na organização, que inclui m ateriais, equipam entos dedicam ao ensino da Palavra de Deus por meio da
e a estrutura física m o ntada, com o na q u alid ad e Escola Dominical em todas as regiões. "A CPAD tem
pessoal representada pela equipe da C PA D , seus percorrido todas as regiões do país realizando Confe­
palestrantes e cantores. Nisto, superaram todas as rências de Escola Dominical, nas quais temos percebido,
nossas exp ectativas. Foram dias verd adeiram ente em todas as edições, o quanto a cada dia que passa os
maravilhosos, que se passaram rapidam ente, reple­ irmãos se esmeram mais em busca de conhecimento
tos de conhecim ento, inspiração e enlevo espiritual. a fim de aplicarem nas salas de aula onde lecionam. O
Estamos ansiosos e já sonhando com o retorno dessa interesse é de professores de todas as faixas etárias,
conferência em uma data futura. É notável o impacto bem como de superintendentes e pastores que prezam
positivo que o evento teve em todos os participan­ por uma Escola Dominical mais dinâmica e estruturada.
tes, ressaltando a im portância da Escola Dominical Convidamos a todos os irmãos a participarem de nossa
e o com prom etim ento que seus professores devem próxima CO ED , que será realizada nos 14 a 17 de março
ter na form ação do caráter cristão de seus alunos", de 2024 no Centro de Convenções de Pernambuco",
com enta pastor Orcival. informa o diretor-executivo.

24 ENSINAOOR CRISTÃO
o
A JORNADA DO CRISTÃO AO CÉU
O entrevistado desta edição é o pastor, escritor e articulista Osiel
Gomes, comentarista da revista Lições Bíblicas Adultos da CPAD
para o segundo trimestre de 2024, cujo tema é: "A Carreira que
nos Está Proposta: O Caminho da Salvação, Santidade e Per­
severança para Chegar ao Céu". O pastor Osiel é líder da
Assembléia de Deus em Tirirical, São Luís (MA), formado em
Teologia, Filosofia, Direito e Psicanálise, além de professor
de Grego e Hebraico. Nesta entrevista, ele fala sobre o
conteúdo da revista deste trimestre.

Qual a relevância de uma lição peça onde os indivíduos são


sobre a jornada do cristão? os atores que desempenham
A CPAD está de parabéns por seus papéis durante a jornada
esse tema. Por vezes, em nossa ca­ da vida. O homem pode desen­
minhada neste mundo, mesmo como volver sua jornada com Deus ou sem
cristãos, esquecemos das coisas mais Deus: a escolha é dele. No início da
necessárias e simples para a nossa fé, vida, o primeiro homem começou
devido às pressões da vida, às labutas com Deus, mas depois procurou
e atividades afins. Israel, como povo caminhos diferentes, trazendo graves
de Deus, por algumas vezes teve que consequências (Gn 3). Deus esclarece
a Israel que o povo tinha diante de si Em alguns lugares, é incomum
parar em meio à jornada no deserto
a opção de fazer a escolha certa: vida ouvirmos mensagens sobre o
para reavivar a aliança com Deus. Jo ­
ou morte, bênção ou maldição (Dt Arrebatamento, Céu e Inferno.
sué teve que ler novamente perante
30.19). Há duas jornadas nesta vida: A que se deve isso?
todos a lei divina para relembrar o
compromisso que todos deveriam a sem Cristo, que é a vida desertada Há diversos fatores que contri­
manter com Deus (Js 8.30-35). Para de Deus, que será sem sucesso no buem para que haja um arrefecimento
voltar a realizar a Páscoa, o rei Josias seu final, pois se viverá uma eterni­ desses temas. Paulo diz que o deus
teve que primeiramente renovar o dade sem Deus; e a jornada com deste século cegou o entendimento
pacto com o Senhor, conclamando Cristo, onde quem decide trilhar das pessoas (2Co 4.4) e nos aler­
todo povo a um novo começo. Ao esse caminho com Ele terá paz, ale­ ta a não nos am oldarm os jam ais
longo da nossa jornada para o Céu, gria e, por fim, a vida eterna. Todos com este século (Rm 12.2). O verbo
por vezes vamos assumindo tantos quantos decidem seguir viagem "conform ar" no grego dá a ideia
afazeres que esquecemos o primeiro neste mundo com a certeza de uma de padronizar mente e caráter de
amor (Ap 2.4). A tem ática ora em vida melhor com Cristo será recom­ alguém ao padrão de outrem. Assim,
apreço procura evidenciar aos cristãos pensado grandiosamente. Foi isso é preciso ter a mente de Cristo para
a importância de viver neste mundo que Deus falou a Daniel (Dn 12.13) se ajustar ao padrão dEle (2Co 2.16),
como peregrino e forasteiro (1Pe e foi confirmado por Cristo, que é e não ao deste mundo maligno (1Jo
2.11), caminhando com Cristo, pois o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 5.19). As razões pelas quais tais temas
sem Ele nada podemos fazer (Jo 15.5). 14.6). Na jornada com Cristo neste não estão tão presentes se devem a
Ademais, essa jornada só pode ser mundo, temos lutas, batalhas, mas fatores como, por exemplo, a secula-
vitoriosa com a renúncia constante jam ais monotonia, tédio, e é uma rização. Cada vez mais é comum ver
do próprio eu, como destaca Paulo: vida liberta da lei do pecado e da cristãos de várias igrejas e tradições
"Não mais eu..." (GI 2.20). É tomar morte (Rm 8.2). A jornada com Cristo não manifestando mais interesse por
a cruz e seguir o Mestre Jesus (Mt é sempre muito melhor, pois em meio suas crenças e dogmas, incluindo o
16.24). Diversos poetas falaram da às agruras Ele garante estar conosco doutrinam ento escatológico. Um
vida com o uma grande jo rnad a. como Bom Pastor, de modo que não segundo fator é que boa parte dos
Shakespeare compara a vida a uma temeremos (SI 23.4). crentes está optando por uma aborda­

ENSINADOR CRISTÃO 25
gem de viés mais racional, científico, de caráter. A cada dia nesta vida o celestiais temos três companheiros
não querendo assuntos apocalípti­ cristão vai desenvolvendo uma vida infalíveis: Deus Pai, Deus Filho, Deus
cos em seus cultos. Outro fator é a de perfeição com a ajuda do Espírito Espírito Santo. Jesus garantiu estar
preferência religiosa por igrejas que Santo, fugindo do pecado e de suas conosco sempre (Mt 28.20). Os três
sejam flexíveis em seus assuntos e obras maléficas, bem como buscando inimigos sempre procuram estorvar
não dogmatizem nem espiritualizem crescerem Cristo (2Pe 3.18). Por fim, nossa vida de fé com Deus, impondo
demais esses temas. Podemos ainda temos a santificação final, também obstáculos à caminhada. Devemos
pontuar a nova abordagem que chamada de glorificação. Ela será correr com perseverança a carreira
se está dando à teologia, com um definitiva, quando Cristo nos trans­ que nos está proposta, o que deve ser
interesse por temas que sejam mais formar e nos levar ao Céu de glória feito nos desembaraçando de todo
relevantes para a vida neste mundo (1Jo 3.1,2). Nosso corpo será transfor­ peso e pecado que nos assediam
- por exemplo, ética, justiça social, mado, glorificado, não estando mais (Hb 12.1). Importante atentar para o
dentre outros - , m enosprezando sujeito ao pecado. A relevância da verbo apotithemi, traduzido por de­
totalmente a escatologia bíblica. E santificação progressiva se manifesta sembaraçar e que quer dizer colocar
o mais pesado de todos os fatores é a cada instante: é preciso ajustar-se a de lado, tirar do caminho, remover,
quanto ao líder. Muitos, por temerem Seu padrão, buscando desenvolver bem como correr. Após tirar o que
a perda de membros, evitam temas ações e atitudes que possam refletir pode impedir, é hora de correr, tendo
que possam confrontar o pecado e o o caráter de Cristo. Todos quantos como alvo Jesus (Hb 12.2). O cristão
destino final de quem vive na prática vivem os ensinamentos de Cristo irão que deseja vencer esses três inimigos
do pecado, pois pregar escatologia expressar na prática Seu estilo de vida. precisa desenvolver o hábito de ler a
bíblica leva a falar de Céu e Inferno, Nesse processo, é imprescindível que Palavra de Deus, que não é somente
e quem escolhe a porta larga vai se desenvolva uma vida de intimida­ o mapa do viajante, a bússola, mas o
esbarrar no Inferno (Mt 7.13). de com Cristo diariamente. Isso fala que nos desafia a viver em santidade,
Fale sobre a importância da san­ de um relacionamento constituído alimenta a nossa alma e nos dá as
tificação, da vida cristã como pela leitura da Bíblia, oração, jejum e orientações necessárias (S1119.105).
uma caminhada, um processo comunhão com os santos. O alvo da O cristão não precisa de outra coisa
contínuo de crescimento, me­ santificação, o propósito final, é que para sua vida, a não ser a Palavra de
lhoramento e amadurecimento. sejamos como Cristo é. Se essa cons­ Deus (Hb 4.12; 2Tm 3.16). É preciso
A santificação é por demais rele­ cientização estiver presente na vida do tam bém viver em oração. Através
vante. Sem ela ninguém verá o Senhor crente, jamais ele fugirá do alvo que da oração, teremos fortalecimento e
(Hb 12.14). Note o pronome oudeis: deseja alcançar, como pontuado pelo orientações precisas para continuar a
é ninguém mesmo, quer seja líder apóstolo Paulo: "Prossigo para o alvo, caminhada, por isso Paulo recomen­
ou membro, rico ou pobre, novo ou para o prêmio da soberana vocação dou orar sem cessar (1Ts 5.17). Deve­
velho. Sem a verdadeira santificação é de Deus em Cristo Jesus" (Fp 4.13). mos também fazer um autoexame da
impossível ver Deus. O hagiasmos, isto Quando o cristão avalia a sua jornada vida espiritual (2Co 13.5; 1Co 11.28),
é, a santificação, fala de consagração, de santificação como um processo ser sempre vigilantes (Mt 26.41) e
de purificação envolvendo toda a vida. contínuo, procura desenvolver sua dependerm os constantemente da
Teologicamente, falamos da santifi­ vida como um discípulo que precisa ajuda do Espírito Santo, que produz
cação em três estágios. O primeiro continuamente ajustar-se ao querer fruto (Gl 5.22) e nos ajuda a não deixar
é denominado santificação definitiva do Senhor Jesus, buscando crescer e a carne assumir o controle (Gl 5.16).
ou posicionai, e acontece logo no amadurecer em Cristo para ser como Vale ressaltar que a comunhão uns
momento que se inicia a caminhada Ele é (Rm 8.29). com os outros é fundamental para a
com Cristo, ou seja, na conversão (2Co Quais as providências para evi­ jornada cristã, pois não podemos viver
5.17). Está relacionada à justificação tar embaraços na jornada? a fé isoladamente. Ela estrutura-se no
(Rm 5.1). O segundo é a santificação, Na jornada para o Céu, o cris­ exercício dos dons que cada cristão
progressiva, também denominada de tão sempre terá que enfrentar três manifesta de um para com o outro
experiencial: trata-se de um contínuo grandes inimigos, dois externos e (1 Pe 4.10). Ademais, é bom e suave
progresso na vida cristã que envolve um interno: o D iabo, a carne e o os irmãos viverem em comunhão (SI
crescimento espiritual e amadureci­ mundo. O mais encorajador é que 113.1). Batalhemos juntos pela fé que
mento, bem como transformação na nossa viagem rumo às mansões nos foi dada (Jd 3). •

26 ENSINADOR CRISTÃO
Artigo
Jossv Soares

CH AM ADO S PA RA SER V IR
NO D ISC IPU LA D O
O chamado do Senhor é para sermos discípulos e detectar algo que eles ainda não desenvolveram .
fazer discípulos. Atender a este chamado envolve tudo A nova vida que desfrutam os em Cristo deve ser a
que temos e tudo que somos (Mt 28.19). Não devemos tem ática dos novos discípulos em nosso convívio,
separar nossa vida espiritual da vida secular. Nosso levando em conta que esse é o nosso estilo de vida
estilo de vida nesses dois aspectos deve sempre ter diário. Precisam de exem plo, precisam de segurança
o propósito de ensinar ser como Jesus, de enxergar em ser com o seu discip ulad o r. O ap ó stolo Paulo
o mundo na ótica de Cristo e frequentar locais onde mostrou eficiência no seu discipulado no momento
o Filho de Deus possa estar conosco (1Co 10.31-33). em que ousou dizer "Sede meus imitadores como eu
O cristão que entende o chamado para discipular sou de C risto " (1 Co 11.1). Cada seguidor de Je su s
aproveita todas as circunstâncias para ensinar o modo Cristo é um discípulo e um discipulador. Este princípio
de vida pautada em Jesus, e esse processo envolve decorre da forma de relacionam ento e da cham ada
nossa vida espiritual e serviço cristão, nosso trabalho de Je su s aos Seus. Se não estam os discipulando, é
secular, nossa vida em família e nossa vida em comu­ questionável nossa declaração de que seguim os a
nidade; e ainda mais, se o discípulo envolvido atua Cristo. Para termos êxito no discipulado, precisamos
como um estudante ou profissional de educação. Esse ser verd adeiram ente discípulos do Filho de D eus.
chamado para discipular também alcança o ambiente Existe a necessidade de alcançar o padrão de vida
secular de aprendizado, tendo como alvo as escolas espiritual de um discípulo.
e as universidades. Há uma condição para ser discípulo de Je su s: a
O Senhor nos chamou para desenvolver um estilo Palavra de Deus deve habitar em nós de forma tão
de vida semelhante ao dEle. Isso é bem diferente de determ inante e poderosa que deverá nos guiar em
ser religioso. Uma das razões pelas quais não temos todas as situações de nossa vida. Je su s expressa a
sido eficientes no discipulado é por muitas vezes dar­ condição para ser discípulo: "Se vós perm anecerdes
mos mais ênfase no método do que na necessidade na minha palavra, verdadeiram ente sereis meus dis­
de a nossa vida pessoal esp elh ar a vida de Je su s. cípulos" (Jo 8.31).
Porém , isso é fundam ental na visão daq ueles que Alinhar a vida com a Palavra de Deus é a condição
querem os alcançar. Os novos convertidos precisam para ser discípulo de Jesus. Seus mandamentos devem
perm anecer em nós com o o condutor de todas as A im portância de discipular em pequenos
nossas ações. Nossa visão de mundo deve ser norteada grupos
pela Bíblia Sagrada. Nosso trato com as pessoas deve Cristalizou-se no meio evangélico a tendência entre
ser pautado de acordo com as Sagradas Escrituras. os preletores de agendar suas apresentações para
C o n sid e ro este o nosso m aior desafio porque os auditórios lotados ou grandes grupos. Com isso se
m andam entos de Je su s são muito mais profundos perde a pessoalidade tão necessária para a atividade
e ataca o pecado ainda em seu nascedouro. "O u ­ de discipulado e para a comunhão. Em Seu ministério,
vistes que foi dito: Am arás o teu próximo, e odiarás Jesus priorizava indivíduos e pequenos grupos. Em
o teu inimigo. Eu, porém , vos digo: Am ai a vossos poucas oportunidades, observamos Jesus pregando
inimigos, bendizei os que vos m aldizem , fazei bem a grandes multidões. Contudo, o Messias podia ser
visto reunido com pequenos grupos e com pessoas
aos que vos odeiam , e orai pelos que vos maltratam
individualm ente. Um de seus m aiores serm ões foi
e vos perseguem ; para que sejais filhos do vosso Pai
para uma só pessoa: Nicodem os, conforme Jo ã o 3.
que está nos céus" (Mt 5.43,44). A expressão "E u ,
D ed iq u e o seu tem po à oração para o Senhor
po rém , vos d ig o " d em o nstra a su p e rio rid a d e da
mostrar as pessoas que devem ser discipuladas. Peça
Nova Aliança em Seu sangue, firmada em melhores
a Deus que coloque em você um profundo amor pelas
prom essas (Hb 8.6).
pessoas. O discipulado é um ato de amor. Apesar de
Muitos cristãos ainda não entenderam a neces­
trabalhoso, é prazeroso, porque o Espírito Santo nos
sid ad e em co nh ecer e guardar os m andam entos
acom panha e testifica a verdade bíblica. Encontre
de Je su s para ser considerado discípulo. Aqui está
alguém , com partilhe amor, conte sua história, fale
outra declaração condicional do Messias: "Vós sereis
o que Je su s fez em sua vida. Ouça a história dessa
meus am igos, se fizerdes o que eu vos m ando" (Jo
pessoa. É fundamental ouvir com atenção as pessoas
15.14). Deve haver total identificação e subm issão
do grupo. Num pequeno grupo de quatro pessoas,
do discípulo aos m andam entos de C risto , mesmo por exem plo, é possível reservar um espaço em cada
nos m ínim os d e talh e s. C o nta-se de certo cristão reunião para ouvir a história de uma pessoa. Natural­
que desfrutava de tam anha intim idade com Je su s mente, as pessoas gostam de serem ouvidas. Depois
e Seus m andam entos que, certa vez, estando ele de ouvi-la, sob a orientação do Espírito Santo, leia um
Jossy Soares é
em oração, alguém o cham ou para almoçar. Aí ele trecho da Bíblia e dirija uma palavra àquele coração,
pastor-auxiliar
na AD em falou em oração ao seu Senhor: "Je su s , eu posso seguida de oração. Todos serão edificados.
Cuiabá (MT) e ir?". Que intim idade! Você conhece, ama e pratica Com atitudes simples e com amor e atenção esta­
diretor nacional
os m andam entos de Je su s? Está disposto a praticar remos satisfazendo os reclames da Grande Comissão
do Ministério
Universitário Chi sua fé entre seus colegas de faculd ad e, escola ou de Je su s para fazer discípulos e experim entarem os
Alpha Brasil (APF) trabalho? Você é discípulo de Jesu s? um grande crescim ento espiritual em nossas vidas. •
o Sala de Leitura

ENSINANDO COM CONTRA A


E XC E L Ê NC I A TEOLOGIA
NA ESCOLA LIBERAL
DOMINICAL U M A D E F E S A CRISTÃ
BÍBLICA T R A D I C I O N A L

Olson

O Corpo de Cristo Ensinando com Excelência Contra a Teologia Liberal


José Gonçalves na Escola Dominical Roger Olson
Anderson Barreto O Cristianismo liberal eleva a
Este é o livro-texto da revista
Lições Bíblicas Adultos de Escola Romanos 12.7 afirma: "Se é en­ razão e a experiência modernas ao
Dominical da CPAD neste segundo sinar, haja dedicação ao ensino". nível de fontes e normas que se so­
trimestre de 2024. Trata-se de um Deus espera de todo professor de brepõem à Bíblia e à tradição cristã
estudo sobre a Igreja e a sua natureza Escola Dominical que haja em sua ortodoxa. Para os cristãos liberais,
a partir das Sagradas Escrituras e vida uma constante dedicação na a Bíblia é o conjunto das "nossas
elaborado na perspectiva didática busca de conhecimentos bíblicos históriaseagradas" mas não é sobre­
de uma Teologia Sistemática. Nele, a e pedag ógico s, para que possa naturalmente inspirada, nem infalível,
Eclesiologia é apresentada sempre a ensinar com excelência e, assim, mesmo em questões de doutrina.
partir da revelação bíblica, abordan­ poder edificar a vida espiritual dos Nesta obra, escrita em um tom direto
do a origem da igreja como projeto seus alunos. Cada capítulo deste e coloquial, o autor, o célebre teó­
de Deus para a humanidade, sua livro foi pensado e escrito visando a logo norte-maericano Roger Olson,
essência e natureza, seus aspectos dar aos professores uma clara noção adverte os leitores contra a aceitação
visível e invisível, local e universal. dos aspectos pessoais, humanos, passiva dessa teologia, pois, ao se
O autor do livro, o pastor, teólogo espirituais, técnico s e didáticos afastar do Cristianismo histórico,
e professor Jo sé G onçalves, co­ do seu trabalho e sobretudo do clássico e ortodoxo, o que sobra é
mentarista da revista Lições Bíblicas seu compromisso de ensinar com uma religião totalmente diferente.
A dultos deste trimestre, também excelência a Palavra de Deus. Trata- Em suma, esta obrarem linguagem
aborda na obra a missão da Igreja, -se d euma obra indispensável para acessível, procura demonstrar por
a igreja como organismo e como aqueles que desejam crescer na sua que o Cristianismo liberal é antagô­
organização, o seu ministério local, vocação como educadores cristãos, nico e até mesmo pernicioso para
as ordenanças (Batismo e a Ceia), o visando à excelência no ensino da o Cristianismo verdadeiro.
culto e o papel da pregação na igre­ Escola Bíblica Dominical.
ja, dentre outros temas relacionados.

'Q uando lem os o Novo


Testamento, ficam os sa b end o d e
que crer em E|e éo f l a g r e s atos d e pura coragem
ENTRE ASPAS

convencid ° do mundo. e evangelizaçao explosiva. Com o


“ ,lDOVS
MeSSiajn tanto nessa epístola espirituais explicam os isso? O nde eles
Contudo, tant agenSj ^ igreja
prim itiva conseguiram e sse im pulso? Uma
q u an to em oU f • e a algo m vestigaçao mais detalhada
Paulo parece rete Crist0
________________ fornece grande parte da resposta a

P Ü 0 é como e ^ nEle, do Espírito. S e s e S7 a la m r UnrrtaS: e/es eram p e sso a s


com Cristo, mas tam bém e V a ^ ^ preo cuP ad os
«°'éc°ZS^°Q
^ n°eam
>Ele é o contexto, p resença do Espírito S a n to " mUlt° atentos à
o nosso crer'
írS t"v a nUÍdade d° S D° nS ^sP,r,tua|s na Igreja
senses Ronald Kydd
L. G o n z á le s
1
Professor Responde W
Sílvio Vinícius Martins * ,J

QUAL O TEMPO NECESSÁRIO


PARA INDICAR O ALUNO
DA CLASSE DOS NOVOS
CONVERTIDOS AO BATISMO?

\ S a b em o s que o a m a d u re c im e n to na fé
cristã varia de pessoa p a ra pessoa, m as
q u a l o te m p o m ín im o p a ra que o novo
d e cid id o freq u e n te as a u las na classe de
d isc ip u la d o ?

Todos nós sabem os que nos tem p os da Igreja e espiritualm ente para que no período de um ano
P rim itiva não havia te m p o d e te rm in a d o p ara o estejam bem cientes das verdades sagradas e e n ­
novo d e cid id o optar pelo batism o, conform e nos raizados em Cristo visando ao batism o em águas.
mostra a passagem de Atos 8.35-38, quando vemos Com o consequência, já tem os tam bém , em várias
Filipe batiza o eunuco etíope, funcionário da rainha igrejas, m ediante suas estruturas organizacionais,
C a n d a ce . M as, com o passar do te m p o , algum as um grupo denom inado Classe de Discipulado, com
regras em torno desse assunto foram aprim oradas o intuito de fo rtalecer os novos convertidos.
e resultaram numa m elhor preparação para a nova Mas será que existe um tem po necessário para
vida em Cristo do candidato ao batism o. o novo convertido d escer às águas batism ais? O ra,
Sílvio Vinícius
Inicialm ente, agregou-se aos novos convertidos cada caso deve ser analisado antes da decisão final
Martins é a im portância de serem discipulados nos cultos de da descida do novo convertido às águas batism ais.
pastor, líder da doutrina da igreja e nas classes respectivas à sua Não podem os rejeitar a im prescindível necessidade
Assembléia de
idade na Escola Bíblica Dominical, pois não tínhamos de uma boa fo rm ação cristã ao novo convertido,
Deus em Campos
Frios, Xexéu (PE), classes específicas para eles nas aulas aos domingos. mas devem os avaliar a situação que leva o mesmo
articulista, escritor Diante dessa realidad e, a nossa C asa Publicadora a p edir o batism o nas águas. A cre d ito que a se n ­
e presidente da
das A ssem bléias de Deus (CPAD) se em penhou em sib ilidade espiritual e a coerência bíblica ajudarão
Comissão de
Apologética da reservar um esp aço d estinado na E B D aos novos na d e cisão de quando aq u e le novo cre n te deve
COMADAL d e c id id o s com o o b jetivo de p rep ará-lo s b íb lica d escer às águas. •

30 ENSINADOR CRISTÃO
Boas Idéias
um

A CARREIRA QUE NOS ESTA PROPOSTA


O Caminho de Salvação, Santidade e
Perseverança para chegar ao Céu
A E S C O L H A E N T R E A PORTA
O IN ÍC IO DA JO R N A D A E S T R E IT A E A PO RTA LARG A
LIÇÃO 1 LIÇÃO 2

Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus Na segunda lição, estudaremos a respeito da


vamos iniciar mais um trimestre de Lições Bíbli­ metáfora das duas portas citada por Jesus no Ser­
cas Adultos. O tem a é a jornada do cristão e a mão do Monte. A porta estreita é uma referência às
primeira lição tem como objetivo mostrar como dificuldades da caminhada, entretanto esse caminho
se dá o início da caminhada com Jesus Cristo, o estreito nos conduzirá ao Céu. O Cristianismo exige
Salvador. O cristão não está sozinho neste mundo renúncia e sacrifício, embora saibamos que a salvação
tenebroso, tem os a presença da Santíssima Trin­ é mediante a graça. No decorrer da atividade, ressalte
dade conosco. Je su s Cristo, antes de ascender aos alunos que a entrada pela porta estreita só é
aos Céus, prometeu que estaria conosco todos possível por meio do arrependimento, da confissão
os dias (Mt 28.20). Mostre aos alunos que o início de pecados e da experiência do perdão.
da jornada se dá mediante o Novo Nascimento, Explique que o 'cristianismo do caminho largo',
uma experiência jiroveniente do Espírito Santo. que alguns estão anunciando por aí, não levará
Objetivo: Apresentar o tema que será estudado ninguém para o Céu.
na primeira lição do trimestre. Objetivo: Mostrar que a opção é apenas em
Material: Quadro branco e caneta. relação à porta estreita.
Procedimento: Professor(a), escreva no quadro Material: Reproduza no quadro o esquema abaixo.
as palavras "N ovo N ascim en to ". Em seguida, Procedimento: Reproduza a tabela abaixo no
faça a seguinte pergunta: "O que é o Novo Nas­ quadro (sem as respostas). Depois de orar para iniciar
cim ento?". Incentive a participação de todos e a aula e fazer a Leitura Bíblica em Classe, explique que
ouça as respostas com atenção. Depois, explique a jornada cristã implica em esforço. Tomar a decisão
que o Novo N ascim ento é regeneração. Logo certa de seguir a Cristo já é um esforço, uma escolha
após, faça outra pergunta: "Q uem pode operar que nos leva a fazer o mesmo caminho que Jesus
o Novo Nascim ento em nós?". Esclareça que é fez: o caminho da renúncia até o calvário. Portanto,
um milagre operado no coração do ser humano caminhar com o Mestre é estar disposto a entrar pela
pelo Espírito Santo. Sem Ele, não há Novo Nas­ porta estreita. Em seguida, apresente o quadro (sem
cimento. M ediante a ação do Espírito Santo em as respostas) e peça que os alunos o completem.
nós, somos recriados segundo a imagem divina.
CAMINHO APERTADO/ CAMINHO LARGO/
Depois, faça mais uma pergunta: "N icodem os, PORTA ESTREITA PORTA LARGA
sendo um professor instruído, compreendeu esse Renúncia. Alimentar o "eu".
ensino?". Não! O conceito do Novo Nascimento Sacrifício. Facilidades.
não era ainda muito entendido naquele tempo. Amar os inimigos. Amar quem nos oferece algo
em troca.
Je su s Cristo veio para nos salvar e ensinar que
Acumular tesouros nos céus. Apego aos bens materiais,
o Reino de Deus é pessoal e as exigências para consumo exagerado.
a entrada nele são o arrependim ento e o Novo Ser verdadeiro. Hipocrisia.
Nascimento (Jo 3.3). Viver segundo a Palavra de Viver segundo as suas idéias.
Deus.

ENSINAOOR CRISTÃO 31
O C É U : O D E S T IN O DO O S IN IM IG O S DA
C R ISTÃ O P E R EG R IN O JO R N A D A C R ISTÃ
LIÇA O 5

Professor(a), na terceira lição, estudaremos a Professor(a), na quinta lição do trimestre, estu­


respeito da nossa jornada rumo ao Céu. Neste daremos a respeito dos inimigos da nossa jornada.
mundo, somos peregrinos. O destino do crente Em nossa cam inhada com Cristo rumo ao Céu,
é o Céu e por ele devemos anelar. Essa é a nossa teremos que enfrentar alguns inimigos que têm
maior esperança! Mas, para herdar a vida eterna, é como objetivo nos atrapalhar, desaminar e impedir
preciso nascer de novo, escolhera porta e o caminho que venhamos cumprir com o propósito do Senhor.
estreito, vivendo uma vida santa. A velha natureza Pela fé pertencemos a Cristo, nos tornamos novas
não tem direito ao Céu. criaturas e poderemos, um dia, desfrutar da vida
Objetivo: Mostrar que o nosso destino é o Céu. eterna, mas enquanto estivermos nesta terra, te­
Material: Quadro branco. remos que lutar com o Diabo, a carne e o mundo.
Atividade: Copie no quadro o esquema abaixo Objetivo: Compreender quem são os inimigos
(sem as respostas). Depois de orar para iniciar a lição, da jornada cristã.
diga que, na atualidade, infelizmente, alguns crentes Material: 4 ou 5 bolas de gás (bexiga).
temem a Volta de Jesus Cristo e já não anelam o Céu. Procedimento: Peça que os alunos formem um
Explique que uma característica peculiar do servo círculo. Explique que você vai jogar as bolas para o
do Senhor é desejar Seu retorno e o lugar que Ele alto e que eles não poderão deixar nenhuma das
foi preparar. Depois, peça que os alunos, em grupo, bolas caírem no chão. Certamente, depois de algum
leiam Apocalipse 21 e 22. Em seguida, solicite que tempo, algumas das bolas vão cair. Exalte os esforços
preencham o quadro com o que haverá no Céu e de todos e diga que se a nossa salvação dependesse
com o que não haverá. As afirmativas devem estar de alguma forma de nós, como as bolas dependiam
respaldadas pelas Escrituras Sagradas. Conclua para não caírem, nós, sem dúvida, estaríamos per­
a atividade lendo, juntam ente com os alunos, 2 didos. Todavia, a nossa salvação não depende dos
Timóteo 4.8. Neste texto, o apóstolo Paulo fala de nossos atos, dos nossos feitos. Ela depende única e
uma coroa de justiça guardada no Céu para todos exclusivamente da nossa fé no sacrifício do Filho de
os que amam a Vinda do Senhor Jesus. Deus. Entretanto, em nossa jornada, teremos que nos
esforçar, como vocês fizeram para não deixar as bolas
O QUE HAVERÁ O QUE NÃO caírem, para não sermos vencidos pelo Diabo, a carne
NO CÉU ENCONTRAREMOS LÁ
e o mundo. Conclua explicando que esses inimigos
Árvore da vida (Ap 22.1,2). Sem templos (Ap 21.22). vão fazer de tudo para destruir a obra realizada em
O trono de Deus e do Cordeiro Morte, tristeza ou dor nós por Jesus, por isso precisamos estar fortalecidos
(Ap 22.3). (Ap 21.4).
no Senhor mediante o Espírito Santo. Somente o
Alegria e paz. Sol e lua (Ap 21.23). crente cheio do Espírito Santo (Ef 5.18) tem condições
de vencer a carne, o mundo e o Diabo.

32 ENSINADOR CRISTÃO
R E S IS T IN D O À T E N T A Ç Ã O
O S E N S IN A M E N T O S D E D E U S
NA JO R N A D A
LIÇA O 9 PRIMÁRIOS

Professor(a), na nona lição, a tem ática a ser Prezado(a) professor(a), neste trim estre, as
estudada é a respeito das tentações. Jesus, en­ crianças da classe de primários (7 e 8 anos) vão
quanto realizava seu ministério terreno, também estudar a respeito dos ensinamentos de Deus. O
foi tentado por Satanás no deserto, mas Ele ven­ objetivo é mostrar que na Bíblia, o Livro de Deus,
ceu o Inimigo usando corretamente as Escrituras temos ensinos que vão nos ajudar a ser mais inte­
Sagradas. A tentação faz parte da jornada, mas ligentes e a viver de modo a agradar ao Senhor.
nós temos a certeza de que "fiel é Deus, que vos Os preceitos divinos são imutáveis e as crianças
não deixará tentar acima do que podeis; antes, desta geração precisam conhecê-los. E importan­
com a tentação dará também o escape, para que te que você, professor(a), tenha consciência de
a possais suportar" (1Co 10.13). que as instruções do Pai e do Filho não tinham o
Objetivo: Apresentar a temática da lição. objetivo de surpreender as pessoas com palavras
Material: Quadro. eloquentes, mas o alvo era transformar vidas.
Atividade: Professor(a), escreva no quadro a Objetivo: Introduzir o tema geral do trimestre.
palavra "tentação". Em seguida, pergunte aos alu­ Material: Folha de papel pardo, caneta hidrocor
nos o que vem à mente deles quando ouvem essa e lápis de cor.
palavra. Ouça os alunos com atenção e incentive a Atividade: Sente-se com os alunos em círculo
participação de todos. Em seguida, explique que no chão da classe. Em seguida, faça a seguinte
tentação é como um "em purrão" que tem como pergunta: "Quem gostaria de ser um professor(a)
objetivo nos levar à prática do pecado. Explique quando crescer?". Ouça os alunos com atenção e
que a tentação, em si, não é pecado; o atender às fale a respeito das atribuições de um professor(a).
suas reivindicações, sim. Peça que um aluno(a) leia Diga que neste trimestre eles vão aprender algumas
Mateus 6.13 e diga que Jesus nos ensina a orar para lições que foram ensinadas pelo melhor Professor
que não venhamos cair diante das tentações: "E de todos os tempos. Isso mesmo: vamos aprender
não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do a respeito de alguns ensinos de Deus e de Jesus.
mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, O Senhor Jesus, enquanto esteve ensinando aqui
para sempre. A m ém !" (Mt 6.13). Em seguida, per­ na terra, instruiu a respeito do Céu, da salvação,
gunte: "Quem nos induz à tentação?". Diga que do amor e da evangelização (leia e apresente os
Satanás é o agente da tentação (Mt 4.3; 1 Ts 3.5) e títulos das lições). Em seguida, distribua as folhas
que nenhum ser humano está livre de ser tentado, de papel ofício e peça que os alunos desenhem
seja por seus próprios desejos carnais, seja por o que eles gostariam de aprender com Deus ou
ele. Contudo, podem os vencer toda e qualquer com Je su s que não está na lição do trim estre.
situação quando conhecemos e procuramos viver Depois que os alunos forem terminando, fixe os
os princípios divinos da Palavra de Deus. desenhos em uma folha de papel pardo montando
um cartaz ou mais, dependendo do número de
alunos. Coloque como título o tema do trimestre:
"O s Ensinamentos de D eus". Utilize o cartaz para
mostrar que os ensinos de Deus e de Jesus estão
na Bíblia, o melhor Livro de todos os tempos. Eles
podem conhecer mais a respeito desses ensinos
lendo a Palavra de Deus.

ENSINADOR CRISTÃO 33
IS R A E L E A T ER R A CO N H ECEN D O O
PR O M ETID A C A R Á TER D E D E U S
J U N IO R E S W P R É -A D O L E S C E N T E S

Professor(a), a temática do trimestre de Lições Prezado(a) professor(a), neste trim estre, os


Bíblicas Juniores é a respeito de Israel e a Terra pré-adolescentes vão estudar a respeito de Deus.
Prometida. Na primeira lição, os alunos vão estudar O Todo-Poderoso é infinito e nenhum ser huma­
sobre o nascim ento de M oisés, aquele que foi no conhece tudo a respeito dEle, porém o mais
escolhido pelo Senhor para libertar o Seu povo importante é que seus alunos saibam que Deus
da escravidão do Egito e conduzi-lo até a Terra é bom e deseja se relacionar conosco como Pai.
Prom etida. Durante a realização da atividad e Objetivo: Introduzir, de modo criativo, o tema
sugerida, enfatize que a história de Israel e da geral do trimestre.
Terra Prometida estão narradas no livro de Êxodo. Material: Folhas de papel ofício com as ques­
Objetivo: Mostrar a história de Israel narrada tões e caneta.
no livro de Êxodo. Atividade: Arrume a disposição das cadeiras
Material: Quadro ou cópias com o esboço abaixo. em círculo. Sente-se com seus alunos e converse a
Atividade: Professor(a), para esta primeira aula, respeito do tema geral do trimestre. Depois, faça
sugerimos que seja feito um esboço geral do livro a seguinte indagação: "Você conhece a D eus?".
de Êxodo. Explique que é no livro de Êxodo que Incentive a participação de todos. Após, explique
encontramos a história do povo de Deus. Em seguida, que ninguém jamais pode conhecer totalmente a
faça a seguinte pergunta: "Vocês já leram o livro de Deus, pois Ele é infinito, mas Ele deseja que nós
Êxodo? Sabem quem foi que o escreveu?". Repro- o conheçam os e tenham os um relacionam ento
duza o esquema abaixo no quadro ou tire cópias com Ele. Podemos conhecer mais do Pai Celeste
para os alunos. Explique aos alunos que a palavra aprendendo a respeito de Seus atributos (carac­
"êxodo" significa saída. Moisés é o autor do livro e, terísticas ou qualidades que revelam Seu caráter).
como destaca a Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), Em seguida, peça que os alunos formem grupos.
o propósito dele ao escrever essa obra foi oferecer Distribua a folha com a atividade e a caneta. Em
aos hebreus um registro permanente a respeito do grupo, os alunos vão relacionar os atributos de
que Deus fez em favor do Seu povo. Comente que Deus. Explique que eles não podem consultar a
os acontecimentos mais importantes na história de Bíblia ou os colegas de outros grupos. D epois
Israel são enfatizados por Moisés no decorrer de recolha os papéis, faça a correção e ofereça um
todo o livro, como, por exemplo, a libertação da brinde ao grupo que mais acertou.
escravidão e a caminhada pelo deserto em direção
à Terra Prometido, que hoje é Israel. Onipresença (5) Um só Deus em
O LIVRO DE ÊX O D O : REVELA N DO A HIS­ três pessoas.
TÓRIA DE ISRAEL Onipotência (1) Deus pode estar em todos
Quem escreveu ? Moisés.
os lugares ao mesmo tempo.
O n d e M o isé s estava qu an do e scre v e u ? No
Onisciência (3) Conhecer todas as coisas.
deserto, durante a caminhada dos hebreus.
Eterno (4) Existe de eternidade a
Por que ele escreveu ? Para registrar os acon­
eternidade, não tem fim.
tecimentos da libertação de Israel do Egito e seu
desenvolvimento como nação. Trino e uno (2) Poder sobre tudo e todos.
Q uais as p rin cip a is h istó ria s? A história de Imutável (6) Jam ais muda.
Israel no Egito, a história de Israel no deserto e a Fiel (7) Cumpre com o que promete.
história de Israel no Sinai. Sábio (8) Seu conhecim ento é com
Quem são os principais person a g en s? pleto. Sabe tudo.
Moisés, Faraó, Miriã e Arão.

34 ENSINADOR CRISTÃO
A S P A R Á B O LA S DE CO N H ECEN D O O S
J E S U S S Ã O V IV A S L IV R O S D O S P R O FET A S

ADOLESCENTES JU V EN IS

Neste trim estre, os adolescentes estudarão Professor(a), neste trimestre, a classe de juvenis
a respeito das paráb o las de Je su s. O M estre, estudará a respeito dos profetas, homens chama­
com o ninguém , utilizou diversas histórias para dos por Deus para advertir e consolar o Seu povo,
ensinar as verdades fundam entais do Reino de- levando-o a cumprir os preceitos divinos. Logo na
Deus. Apesar da forma criativa, as parábolas têm primeira aula, explique que Deus sempre procurou
ensinos preciosos que contribuem para o nosso comunicar-se de modo pessoal com as pessoas. Os
crescimento espiritual. profetas eram os porta-vozes de Deus, ou seja, eles
Objetivo: Mostrar aos adolescentes que nas falavam em nome do Todo-Poderoso, estabelecendo
parábolas de Je su s encontram os ensinos p re­ um canal de comunicação entre as pessoas e Deus.
ciosos que nos ajudam a crescer na graça e no Objetivo: Que os juvenis compreendam que os
conhecim ento de Deus. profetas foram instrumentos de Deus para exortar,
Material: Um peixinho de cartolina ou de plás­ consolar e edificar Seu povo.
tico, um ramo de trigo, algumas sem entes, uma Material: Folha de papel pardo, caneta hidrocor
m oeda, a figura de uma ovelha, algum as uvas, e lápis de cor.
uma lanterna, figura de um noivo e uma noiva Atividade: Providencie pedaços de papéis com
(figuras que estejam relacionadas as parábolas os nomes dos profetas que serão estudados. Colo­
que serão estudadas). que esses papéis em uma sacola de modo que os
Atividade: Sente-se com os seus alunos em alunos não os vejam. Explique que Deus fala com
círculo. Divida a turma em dois grupos (rapazes o Seu povo ainda hoje por meio dos profetas. Fale
versu s m oças). Em se g u id a, faça as seguintes a respeito de todos os profetas que serão estuda­
perguntas: "O que é uma parábola?" Você tem dos no trimestre. Leia, juntamente com os alunos,
alguma parábola favorita?". Ouça os alunos com o título das treze lições. Em seguida, peça que os
atenção e in centive a p a rticip ação de todo s. alunos formem grupos. Cada grupo deverá retirar
Explique que uma parábola, segundo Lawrence um papel com o nome de um profeta e em segui­
Richards, "é uma história ou objeto colocado ao da, com gestos, só com mímica, dizer o nome do
lado de uma verdade espiritual para esclarecer seu profeta e suas características. Os grupos terão que
significado ou im portância". Depois, apresente o descobrir qual o profeta. Vence o grupo que tiver
peixinho de cartolina. Em seguida, dê um tempo mais acertos. Conclua enfatizando que os profetas
para que os alunos digam o nome da parábola a eram usados pelo Senhor para ensinar o povo. Toda
que se refere a figura (parábola da rede) e encontre vez que o povo errava e se afastava de Deus, o pro­ Telma Bueno
a referência bíblica (M ateus 13.47-52). Vence o feta entrava em ação a fim de denunciar o pecado Pedagoga,
grupo que acertar o maior número de parábolas e corrigir os erros, por isso eles não eram pessoas Jornalista e
muito populares. Entretanto foram fiéis ao Senhor. bacharel em
e encontrá-las mais rápido.
Teologia. Pós- i,
graduada em
Gestão Escolar
e editora das
revistas de Jovens
e Maternal da
CPAD. Palestrante
das conferências j
da CPAD e do
CAPED. Autora
de diversas obras,
todas publicadas
pela CPAD.

ENSINAOOR CRISTÃO 35
Lições Bíblicas
©

O IN ÍCIO D A CA M IN H A D A

A CARREIRA Prezado(a) professor(a), a paz de Nosso Senhor


e Salvador Jesus Cristo! Estamos iniciando um novo

QUE NOS ESTÁ trimestre de estudos com a revista Lições Bíblicas


A dultos, editada pela CPAD. Neste trimestre, seus
alunos aprenderão sobre a caminhada do crente rumo
PROPOSTA à cidade celestial. Nessa jornada, o crente depara-se
com muitos obstáculos que desafiam a sua fé e o
tentam fazer desistir da esperança vindoura. À luz da
O Cam inho da Palavra de Deus, refletiremos sobre assuntos que são
indispensáveis de serem estudados nestes últimos dias,
Salvação, Santidade como a realidade do Céu e do Inferno, e da tentação e
da bendita esperança do salvo. O autor desse trimestre
e Perseverança para é o pastor Osiel Gomes, líder da Assembléia de Deus
Campo de Tirirical, em São Luis, Maranhão. Ele é forma­

Chegar ao Céu do em Teologia, Filosofia, Direito e pós-graduado em


Docência do Ensino Superior, e professor de Hebraico
e Grego. Autor de diversos livros pela CPAD.
A primeira lição deste trimestre tem como finali­
dade apresentar o conceito de "novo nascimento" à
luz do que Nosso Senhor explicou ao mestre da Lei,
Nicodemos (Jo 3.3-8). O novo nascimento contrasta
com o nascimento natural, bem como das expectativas
e inclinações ao pecado. A nova natureza é espiritual,
regenerada e resultado da ação divina no interior do
ser humano com o fim de que este possa desfrutar
do relacionamento com Deus. Esse processo ocorre
milagrosamente mediante a fé em Cristo à medida
que o crente se dedica com temor a praticar os ensi­
namentos da Palavra de Deus.
Na sua obra Teologia Sistemática: Uma perspectiva
Pentecostal (CPAD), Stanley M. Horton elucida que "a
regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito
Santo, mediante a qual Ele cria de novo a natureza
interior. [...] O Novo Testamento apresenta a figura do
ser criado de novo (2Co 5.17) e da renovação (Tt 3.5),
porém a mais comum é a de 'nascer' (gr. gennaõ,
'gerar' ou 'dar à luz'). Jesus disse: 'Na verdade, na
verdade te digo que aquele que não nascer de novo
não pode ver o Reino de Deus' (Jo 3.3). Pedro declara
que Deus, em Sua grande misericórdia, 'nos gerou de
novo para uma viva esperança' (1 Pe 1.3). E uma obra
que somente Deus realiza. Nascer de novo diz respeito
a uma transformação radical. Mas ainda se faz mister
um processo de amadurecimento. A regeneração é
Envie sua carta ou email para CPAD o início do nosso crescimento no conhecimento de
Suas críticas e sugestões são muito importantes
Deus, na nossa experiência de Cristo e do Espírito e
para a equipe de produção de Ensinador Cristão.
no nosso caráter moral" (2021, pp. 371, 372). Assim
Av. Brasil, 34.401, Bangu - 21852-000 - Rio de Janeiro sendo, o maior desafio dos crentes é nutrir a nova
email: ensinador@cpad.com.br natureza espiritual regenerada e não perder de vista
Tel.: 21 2406-7371 / Fax: 21 2406-7370 a esperança do porvir.

36 ENSINADOR CRISTÃO
A E S C O L H A EN T R E A PO R TA
O C É U : O D ES T IN O DO C R IST Ã O
E S T R E IT A E A P O R TA LA R G A

A aula desta semana destaca as figuras da porta es­ Nesta aula, veremos o conceito de céu conforme a
treita e da larga, bem como as dos caminhos apertado e descrição bíblica (Ap 21). Após a jornada árdua neste
espaçoso, como analogias que representam a escolha feita mundo, o cristão desfrutará de um repouso eterno ao
pelos humanos concernente à salvação e à obediência lado de Deus. Para tanto, as Escrituras estabelecem os
à vontade de Deus. A decisão por trilhar pelo caminho requisitos que o cristão deve cumprir, como consequência
da salvação requer da pessoa a renúncia aos deleites e da fé em Jesus, durante a sua vida a fim de que estejam
prazeres deste mundo e a disposição para enfrentar os idôneos para adentrar a cidade santa celestial. Em pri­
desafios da jornada cristã em direção ao Céu. Nesse meiro lugar, é importante enfatizar que o céu deve ser
sentido, o assunto central desta lição é a necessidade de o alvo principal do cristão. Nesse sentido, os princípios
consistência da fé para uma vida cristã verdadeira com do Evangelho devem nortear a forma de pensar, de
vista à vida eterna. A decadência espiritual de muitos agir e de falar do cristão (Fp 2.12,13). Quando se vive no
crentes ou até mesmo o abandono da fé é resultado da temor do Senhor, a esperança do salvo é a vida eterna.
ambição de almejar por um "evangelho" que atende Logo, qualquer bênção material, realização pessoal ou
apenas às necessidades materiais ou emocionais com promessa divina que esteja atrelada a esta vida terrena
vista à vida terrena. A Palavra de Deus ressalta que se não podem ser comparadas com a realidade futura do
esperarmos em Cristo somente nesta vida somos os mais cristão na eternidade (1 Pe 5.10). Por essa razão, o salvo
miseráveis de todos os homens (1Co 15.19). A esperança deve gloriar-se nas adversidades, alegrar-se nas tribula-
do salvo não pode estar neste mundo, pois ele passa e ções ou mesmo nas perseguições, pois esses são sinais
a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de presentes na vida quem escolhe trilhar pelo "caminho
Deus permanece para sempre (1Jo 2.17). estreito" (Lc 13.24; 2Tm 3.12).
Nosso Senhor salientou que muitos procurariam A Palavra de Deus exorta o crente a perseverar na
entrar pela "porta estreita", mas não conseguiríam em fé de modo que não se embarace com os negócios
razão de não abdicarem das concupiscências deste desta vida (2Tm 2.4). No Comentário Devocional da
mundo (Lc 13.24). Como afirma o Comentário Pente- Bíblia (CPAD), o autor discorre: "Em primeiro lugar, o
costal Novo Testamento: Mateus-Atos (CPAD), "a porta nosso sofrimento na terra é 'por um pouco'. Até mesmo
para o Reino, para a salvação, permanece aberta, mas é anos, que nos parecem ser demorados, são menos do
estreita. Embora as pessoas não precisem abrir a porta, que um instante, quando comparados à eternidade. Em
elas têm de fazer muito esforço para entrar pela porta segundo lugar, as tentações têm grande importância para
estreita. O verbo 'porfiar' (agonizomai) significa 'agonizar', provar a fé genuína. [...] A 'fé' de alguns provou ser irreal
sugerindo que todos devem se esforçar diligentemente sob pressão muito menor. Mas a fé de muitos milhões
para entrar pela porta estreita para o Reino. Deus oferece provou ser real, apesar de intensos sofrimentos, e isso
só uma porta para o céu, e é estreita. Nunca pode ser leva a Deus 'louvor, e honra, e glória'. Em terceiro lugar,
questão de escolher entre uma variedade de portas, as tentações nos fornecem uma oportunidade singular
nem a porta larga é como uma estrada federal. O único de experimentar a nossa própria salvação. Quando
modo de atravessar essa porta é pelo arrependimento assumimos nossa posição ao lado de Jesus, nós nos
pessoal. Muitos obstáculos podem estar no caminho de encontramos cheios de 'gozo inefável e glorioso', apesar
nosso arrependimento e afastamento do pecado. Entre do sofrimento e da dor. Essa alegria, uma dádiva do
eles estão o orgulho próprio, a hipocrisia, a indiferença Espírito Santo, é evidência de que estamos 'alcançan­
à graça de Deus e as obras da carne. Mas entrar pela do o fim da nossa fé, a salvação da alma'. Aqueles que
porta estreita do Reino exige agonia diante de Deus e sofrem por causa de Jesus e que permanecem fiéis a
afastamento de viver negligentemente. Exige abnegação Ele encontram uma certeza interior de que Deus é real
e compromisso com o caminho da cruz (Lc 9.57-62)" e de que estão salvos!" (2012, 963).
(2003, p. 411). A trajetória da vida cristã é marcada pela O crente deve aplicar de modo contínuo à sua mente
renúncia às obras da carne, mas sobretudo pelo cultivo os ensinamentos bíblicos, pois tem em perspectiva a
do Fruto do Espírito. A intimidade com Deus deve ser eternidade. As tribulações tentarão distraí-los ou desviá-
nutrida pela devoção, o distanciamento do pecado e -los da esperança da eternidade, como se a vida terrena
a reflexão contínua acerca dos princípios da Palavra de fosse apenas aflições e infelicidades. Porém, a Bíblia
Deus. Nesse processo, podemos contar com o auxílio do classifica as aflições deste tempo presente como "breves
Espírito Santo, que não nos deixa caminhar sozinhos em e momentâneas". Estas não podem ser comparadas com
nossa peregrinação rumo à cidade celestial (1 Pe 2.11,12). o peso da glória que aguarda os salvos (Rm 8.18).

ENSINADOR CRISTÃO 37
O S IN IM IGO S D O C R IST Ã O

Na jornada da vida, o cristão deve atentar não As Escrituras Sagradas destacam que há uma batalha
apenas para o caminho que deve seguir, mas também espiritual que envolve o crente durante o tempo da sua
para o modo como seguir. A Palavra de Deus ressalta trajetória neste mundo. Nessa batalha, o crente se depara
que o cristão deve cuidar para que a sua comunhão com inimigos que não podem ser vistos aos olhos huma­
com Deus e a saúde espiritual sejam preservadas, bem nos, porém se manifestam por meio de situações ou até
como zelar por uma conduta que seja exemplar e sá­ mesmo por pessoas na intenção de desviar o crente da
bia, principalmente para com os que estão de fora (Cl fé. Para lidar com esses adversários, é necessário fazer uso
4.5,6). Para que a procedência do cristão seja correta, das armas espirituais apropriadas, sem as quais não será
há um aspecto indispensável à conduta que deve ser possível vencê-los. O primeiro inimigo é o próprio Satanás.
observado. A Carta de Tiago discorre que se alguém Ele possui uma natureza perversa e a Bíblia o retrata como
tem falta de sabedoria deve pedir a Deus que a todos a personificação do mal. O apóstolo João anunciou que
dá liberadamente e não o lança em rosto (Tg 1.5). Ser o mundo está no Maligno (1Jo 5.19), ou seja, submisso
sábio, do ponto de vista bíblico, é ter uma conduta de ao domínio do Diabo. No entanto, Paulo assegurou que
acordo com o que afirma e instrui a Palavra de Deus. o Pai nos tirou do império da potestade das trevas e nos
Isso inclui tomar decisões corretas, falar ou responder transportou para o Reino do Filho do Seu amor, em quem
prudentemente quando é indagado, e demonstrar temos a redenção pelo Seu sangue, a saber, a remissão
mansidão diante das ofensas (Tg 1.19). O viver sábio dos pecados (Cl 1.13,14). O crente em comunhão com
é marcado pela forma como o cristão se relaciona com Cristo não está mais sob o domínio de Satanás.
as demais pessoas. Tiago afirma ainda que a sabedoria Além do Diabo, temos como inimigos a carne e o
deve ser adquirida pela oração com fé (Tg 1.6). Quem mundo, os quais o crente também precisa enfrentar ao
se aproxima de Deus deve crer convictamente que Ele longo da jornada da vida cristã. Assim como Satanás,
é galardoador dos que O buscam (Hb 11.6). A conduta a carne e o mundo são inimigos que o cristão vence a
cristã deve ser norteada pela fé e não pela vista. partir do conhecimento das Escrituras Sagradas e da
O livro de Provérbios destaca diversas lições no submissão a seus ensinamentos. A Bíblia é o manual
tocante ao comportamento sábio a partir da aquisição de fé e prática do cristão, ela norteia a sua conduta,
da sabedoria. Em sua obra o Comentário Devocional da bem como molda a sua maneira de pensar. É por meio
Bíblia (CPAD), Lawrence O. Richards observa que "a pessoa dela que o crente encontra a sabedoria necessária para
sábia não é o indivíduo de grande êxito intelectual, mas a vencer o pecado e não se conformar com este mundo.
pessoa que faz as escolhas apropriadas na sua vida diária. Stanley Horton destaca em Teologia Sistemática: Uma
Saber o que é certo e fazê-lo é sabedoria, para você e Perspectiva Pentecostal (CPAD), "a única maneira de
para mim, assim como era para o hebreu antigo. A raiz lidar com o pecado é amando a Deus em primeiro lugar,
hebraica traduzida como 'sábio' e 'sabedoria' aparece e então passar a ser um canal para levar ao próximo o
mais de 300 vezes no Antigo Testamento. Juntas, retratam seu amor, mediante a graça divina. Somente o amor
uma pessoa sábia como sendo alguém que se sujeita é capaz de opor-se ao pecado, que se opõe a tudo
a Deus e que aplica as orientações divinas quando faz (Rm 13.10; 1 Jo 4.7, 8). Somente o amor pode cobrir
escolhas diárias. Por sua vez, a tolice envolve a rejeição das o pecado (Pv 10.12; 1 Pe 4.8) e, em último lugar, ser o
orientações divinas, ou qualquer outra falta de aplicação remédio contra ele (1 Jo4.10). E somente 'Deus é amor'
delas, quando se toma decisões morais, ou outras. [...] (1 Jo 4.8). No que diz respeito ao pecado, o amor pode
A literatura de sabedoria não declara a lei divina, nem expressar-se de maneiras específicas. O conhecimento
registra promessas divinas, mas simplesmente descreve o do pecado deve gerar santidade na vida do indivíduo
comportamento que exemplifica escolhas sábias e tolas e uma ênfase à mesma santidade, na pregação e no
que uma pessoa pode fazer" (2012, p. 338). ensino à igreja" (2021, p. 297).
Por fim, o viver sábio é também nutrir uma vida espiritual Assim sendo, convém aos crentes buscarem o preparo
saudável, afastada do pecado e da aparência do mal, isto é, espiritual para lidar com essas forças inimigas. Embora
evitando qualquer circunstância que possa ser interpretada a peleja faça-se penosa, temos a promessa de que o
como pecaminosa ou imoral (1Ts 5.22). A Palavra de Deus Espírito Santo estará conosco em todos os momentos,
exorta a ter uma vida íntegra e sossegada de modo que para proteger, consolar e instruir (Jo 14.26). Cabe-nos o
naquilo que os descrentes falam com malignidade, por compromisso de discernir que a nossa luta não é contra
vivermos em Cristo, fiquem confundidos em razão do as pessoas, mas, sim, contra as forças espirituais do mal
bom procedimento (1 Pe 3.16). que guerreiam nas regiões celestiais (Ef 6.12).

38 ENSINADOR CRISTÃO
B íb l ia

Na lição anterior, estudamos que há uma batalha que A murmuração é um pecado que contamina o ser
ocorre no mundo espiritual com efeitos significativos na humano, haja vista ser fruto da inquietação, increduli­
esfera material. Nesse contexto, enfrentamos inimigos dade e pecaminosidade que domina os corações (Mt
ardilosos que têm a pretensão de nos derrotar e impe­ 15.11,17,18). Na travessia pelo deserto, rumo à Terra
dir que sejamos instrumentos de Deus para alcançar Prometida, o texto de Êxodo descreve que a falta de
outras pessoas que carecem da salvação. Os ataques confiança e relacionamento com Deus levou os hebreus
do inimigo ocorrem em várias frentes de batalha nas a murmurarem e a desejarem retornar à vida antiga no
diversas áreas da vida do crente. São investidas na vida Egito (Êx 14.11,12). Mesmo após testemunharem as
espiritual, para tornar o crente morno espiritualmente; maravilhas e os sinais operados por meio de Moisés
no psicológico, com o fim de fazê-lo desanimar da fé; sobre os egípcios, o coração do povo escolhido não se
nas relações sociais, promovendo cisões e contendas converteu ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Esse tipo de
entre os crentes; e no conhecimento bíblico, por meio comportamento revela alguns aspectos interessantes que
de falsos ensinamentos que tentam corromper a inter­ servem de aprendizado para os crentes da atualidade. Em
pretação da Palavra de Deus ou mesmo descredibilizá-la primeiro lugar, o relacionamento com Deus não pode se
como Escritura inspirada. Diante de tais ofensivas, cabe configurar pela operação de milagres e maravilhas a nosso
aos crentes apropriarem-se das armas espirituais que o favor. Assim como no passado, Deus estabeleceu uma
Senhor coloca à disposição deles, a saber: a armadura nova aliança com os crentes. Nesse novo pacto, é dever
espiritual que é composta por várias peças de defesa e do Seu povo guardar e praticar os Seus mandamentos.
uma de ataque ( Ef 6.10-18), bem como o jejum, a oração Logo, servir a Deus não se trata de uma via de mão única
e o conhecimento das Escrituras. em que somente Deus tem o dever de abençoar os Seus
O apóstolo Paulo destaca que as nossas armas são servos. Aliás, não há dever algum da parte de Deus em
espirituais e poderosas em Deus para destruição das nos abençoar. Sua obra em nossas vidas é fruto do Seu
fortalezas (2Co 10.4). A despeito de seu ministério, o amor e graça e, portanto, somos privilegiados por sermos
Comentário Bíblico Beacon (CPAD) discorre que "Paulo alcançados pela mensagem do Evangelho.
não conduz o seu ministério com armas semelhantes Nesse sentido, é dever do povo de Deus honrar a
àquelas que são utilizadas pelo mundo: 'inteligência aliança e, mesmo quando as circunstâncias tornarem-se
ou engenhosidade humana, habilidade organizacional, desfavoráveis, permanecer crendo na provisão e no cui­
crítica eloquente ou confiança na sedução ou na força dado divinos. Quando não há fé para relacionar-se com
da personalidade'. Quando se confia nestas armas, elas Deus, o serviço em Sua obra e a conduta em Sua presença
se tornam carnais (corporais) ou pecaminosas no con­ tornam-se apenas manifestações vazias de formalismo e
texto do ministério. Elas não têm o poder 'de destruir' religiosidade. Mas Deus espera mais de Seus servos que
as fortalezas do inimigo nos corações dos homens. O valorosamente O servem e confiam na Sua bondade.
inimigo não pode ser derrotado em seu próprio nível De acordo com o Comentário Bíblico Beacon (CPAD),
de guerra. As armas de Paulo (hopla, cf. Rm 13.12, 'as "o termo grego goggusm on (murmurações) conota
armas [hopla] da luz') são poderosas em Deus; elas um espírito de descontentamento e teimosia, como
são 'divinamente poderosas'. Ele está armado com 0 que caracterizou os israelitas no deserto (cf. Nm 16;
um tremendo 'senso daquilo que o Evangelho é — a 1 Co 10.10). O termo grego dialogismon (contendas)
imensidão da graça nele contida, o terror do julgamen­ significa 'interrogatórios', 'questionamentos' ou 'dú­
to; e foi isto que lhe deu o poder e o levantou acima vidas' (cf. Rm 14.1). Estas atitudes estão na sequência
das artimanhas, da sabedoria e da timidez da carne"' em que normalmente ocorrem. Quase sempre, a dúvida
(volume 8, 2006, p. 459). intelectual acompanha a revolta moral contra Deus e a
Nesse sentido, o apóstolo Paulo deixa claro que a quebra de relações com nossos companheiros. O cristão
batalha que travamos não tem a mínima possibilidade não deve esquecer que 'as explicações, caso ocorram,
de ser vencida com a lógica da esfera terrena. Antes, vêm depois da obediência e não antes' (cf. Jo 7.17)" (2006,
somente com a capacitação do Espírito, coadunada com p. 259), Portanto, a murmuração é um comportamento
a disposição do crente de fazer uso das armas espirituais que brota e é nutrido no coração daqueles que não
(a oração, o jejum, a Palavra de Deus e a sabedoria conhecem a Deus. Que possamos fortalecer a nossa
divina revelada ao coração de Seus servos a partir da fé no cuidado de Deus, crendo que toda e qualquer
devoção e da obediência), é que se pode constatar tribulação produz paciência e, por conseguinte, a
avanços significativos e vitória sobre as forças do mal. experiência e a esperança (cf. Rm 5.3, 4).

ENSINADOR CRISTÃO 39

CO N FESSA N D O E R ESIST IN D O À T EN T A Ç Ã O
ABANDONANDO O PECA D O NO CA M IN H O

Nesta lição, veremos o que a Palavra de Deus ensina Nesta lição, seus alunos aprenderão o conceito
concernente à confissão de pecados. O pecado é um pe­ de tentação de acordo com as Escrituras Sagradas. A
rigo real para a jornada da vida cristã e, portanto, deve ser partir da experiência do Senhor Jesus, os discípulos
evitado. Nesse sentido, a orientação bíblica, caso ocorra ponderaram aspectos relevantes sobre a tentação, os
o pecado, é a imediata confissão e abandono da prática quais comunicaram aos crentes do primeiro século.
errada. E importante considerar que Deus já resolveu o Nosso Senhor passou pela tentação no deserto. Naquela
problema do pecado ao enviar Seu Filho Unigênito para ocasião, Ele foi tentado em três áreas específicas da
atender à justiça divina. A morte de Jesus sobre a cruz natureza humana, conforme aponta a lição e podemos
assumiu a nossa culpa e nos justificou diante de Deus. ver em Mateus 4.3-10. Assim, podemos dizer que o
Desde então, o crente pode desfrutar dos benefícios da nosso Senhor foi tentado na área física, com as neces­
reconciliação com o Criador. Para tanto, como descreve sidades humanas; em sua natureza divina, com a ideia
o apóstolo Paulo na Carta aos Romanos, é necessário de ostentar Seus divinos atributos ao público; e na área
lidar com os conflitos ainda existentes entre a natureza espiritual, no sentido da tentação de idolatrar outro ser.
humana e a nova natureza gerada pelo Espírito Santo. Semelhantemente, em sua Primeira Carta, o apóstolo
Paulo ressalta que a inclinação da carne é morte, mas a João apresenta maiores detalhes a respeito de como
inclinação do Espírito é vida e paz. Logo, a inclinação para os crentes são tentados nas três áreas da natureza
as coisas da carne é inimizade contra Deus (Rm 8.6,7). humana: na física (concupiscência da carne), na psico­
Para nutrir uma vida de comunhão com Deus, o lógica (concupiscência dos olhos) e no ego (soberba
crente precisa confessar os pecados, caso estes ocorram da vida) (1Jo 2.15-17). O conhecimento apurado sobre
ao longo da caminhada. Isso não significa que o crente essas áreas ensina os crentes a lidarem melhor com a
viva na prática do pecado, pois essa conduta revelaria tentação. Ainda em sua Carta, o apóstolo João destaca
o descuido com a vida espiritual e, por conseguinte, a oposição existente entre os filhos de Deus e o mundo.
o declínio moral e do vigor que o leva a servir a Deus O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD)
com excelência. Em sua Primeira Carta, o apóstolo João discorre que "no mundo, os crentes são forasteiros e
aponta o que é necessário para superar esse dilema peregrinos (Hb 11.13; 1Pe 2.11): a) Não devem pertencer
e manter a comunhão com Deus contínua (1Jo 1.9). ao mundo (Jo 15.19), não se conformar com o mundo
De acordo com o Lawrence O. Richards na obra (Rm 12.2), não amar o mundo (2.15), vencer o mundo
Comentário Devocional da Bíblia (CPAD), "a palavra (5.4), odiar a iniquidade do mundo (Hb 1.9), morrer para
'confessar' é homologeo. Significa fazer meia-volta a o mundo (Gl 6.14) e ser libertos do mundo (Cl 1.13;
respeito de um ato pecaminoso: reconhecê-lo como Gl 1.4). b) Amar o mundo (cf. 2.15) corrompe nossa
um pecado contra Deus. Quando reconhecemos os comunhão com Deus e leva à destruição espiritual. É
nossos pecados pelo que eles são, Deus pode agir impossível amar o mundo e ao Pai ao mesmo tempo
em nós. Ele não só nos perdoa, mas continua nos (Mt6.24; Lc 16.13; Tg 4.4). Amar o mundo significa estar
purificando de toda a iniquidade. Agostinho escreveu: em estreita comunhão com ele e dedicar-se aos seus
'Aquele que confessa e condena os seus pecados já valores, interesses, caminhos e prazeres. Significa ter
está agindo de acordo com Deus. Ele condena os seus prazer e satisfação naquilo que ofende a Deus e se
pecados; se você também os condenar, estará ligado opõe a Ele (ver Lc 23.35)" (1995, p. 1957).
a Deus'. [...] O que impede os cristãos de pecar não é Nesse sentido, o crente é encorajado diuturnamente
o medo do castigo; é o amor por Jesus. Quanto mais pelo Espírito Santo à prática das virtudes do Fruto do
percebemos a profundidade do nosso pecado e o Espírito. Dessa forma, consegue com efeito vencer as
quanto temos sido perdoados, mais amor sentimos pelo tentações que se originam das inclinações da natureza
Senhor. O amor que nos garante o perdão desperta o humana ou mesmo da operação de Satanás, que o incita
nosso amor, e escolhemos livremente não pecar por a pecar. Outrossim, o ensinamento de Paulo permanece
amor àqueEle que nos ama" (2012, pp. 981,982). A válido para os dias atuais: "Andai em Espírito, e não
confissão de pecados é um comportamento notado cumprireis a concupiscência da carne" (Gl 5.16). Assim
no crente que sente a contrição da separação de Deus. fazendo, à medida que o crente dedica-se a buscar a face
A semelhança de Davi, quem já compreendeu os ma­ de Deus por meio da oração, do jejum e da reflexão nas
lefícios do pecado confessa-o e ora na esperança de Escrituras Sagradas, ele tem a sua fé e a sua comunhão
que seja perdoado e criado dentro de si um coração com Deus fortalecidas e a sua jornada pavimentada para
puro e renovado um espírito reto (SI 51.10). entrar na eternidade com o Senhor (Jo 5.39).

40 ENSINADOR CRISTÃO
A R E A L ID A D E B ÍB L IC A
DO IN FER N O

Nesta lição, estudaremos a respeito da consciência As Escrituras Sagradas descrevem o inferno como um
de santidade que todo, cristão deve ter ao longo da sua lugar real de dor, agonia e desespero. O Senhor Jesus
jornada de fé. De fato, não podemos viver neste mundo ensinou a Seus discípulos a respeito do inferno com a
com a falsa imaginação de que servir a Deus cumprindo finalidade de alertá-los que este é o destino de todo
obrigações eclesiásticas - como, por exemplo, estar pre­ aquele que ama e pratica o pecado (Ap 22.15). Há muitos
sente nos cultos, entregar o dízimo e as ofertas, pregar, que não acreditam que o inferno seja real e, até mesmo,
cantar ou ensinar - são suficientes para atender à vontade tentam negá-lo com toda a veemência na intenção de
de Deus. A vida cristã está além do serviço, pois consiste deslegitimar a doutrina bíblica sobre o inferno. Entretan­
em um estilo de vida santo e justo que agrade a Deus, to, à luz da Palavra de Deus, podemos entender que a
seja por meio do testemunho cristão ou mesmo na par­ palavra "inferno" é uma realidade descrita ao longo dos
ticularidade, quando não somos vistos pelos homens. séculos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
Na perspectiva bíblica de santificação, o crente deve Embora a palavra "inferno" apareça com mais de um
ter a consciência de que esta é uma prática inerente ao significado no contexto bíblico, conforme expõe a lição,
caráter do salvo. Todos quantos experimentaram o "novo certamente este não é o lugar reservado para os salvos.
nascimento" devem ter em mente que a nova vida em O inferno, no sentido de castigo eterno, representa o
Cristo cuida de romper com as práticas pecaminosas do julgamento final de Deus sobre toda a iniquidade. E o
passado. O apóstolo Paulo explica essa condição ao afir­ local reservado para o Diabo e os seus anjos (Mt 25.41),
mar que, assim como um escravo que não tinha escolha, porém, infelizmente, parte da humanidade será lançada
apresentávamos o nosso corpo ao pecado, mas a partir no lugar final de sofrimento em razão de amarem mais o
de agora devemos apresentar o nosso corpo a Deus para pecado, bem como os deleites desta vida e rejeitarem a
o cumprimento da justiça (Rm 6.13,19). Isso significa que a Deus e a Sua vontade.
nova vida em Cristo exige do crente o empenho para viver Assim sendo, a lógica do inferno é mostrar à humanida­
de modo santo, afastado de tudo aquilo que pode levar de que Deus reservou um Dia para fazer justiça sobre todo o
a pecar e a perder a sintonia da comunhão com Cristo. mal praticado desde o início da criação até os últimos dias.
Na obra Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pen- Stanley M. Horton declara em Teologia Sistemática: Uma
tecostal (CPAD), Stanley M. Horton declara que "além da Perspectiva Pentecostal (CPAD) que "a Bíblia descreve o
purificação que o Espírito oferece a cada momento, Ele destino final dos ímpios como algo terrível e que vai além
também trabalha para nos ajudar a evitar o pecado. Por de toda a imaginação. São as 'trevas exteriores', onde
isso, podemos falar de 'um processo vitalício mediante o haverá choro e ranger de dentes por causa da frustração e
qual a santidade se realiza em nossa vida'. [...] os fariseus do remorso ocasionados pela ira de Deus (Mt 22.13; 25.30;
tinham um conjunto de leis não escritas (a Torá oral, a Rm 2.8,9. Jd 13). É uma 'fornalha de fogo' (Mt 13.42, 50),
'instrução' ou 'tradição dos antigos'), as quais determina­ onde o fogo pela natureza é inextinguível (Mc 9.43; Jd 7).
vam a sua conduta em todas as situações. Assim, sabiam Causa perda eterna, ou destruição perpétua (2Ts 1.9), e 'a
como evitar o tornar-se impuros. O crente tem o Espírito fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre' (Ap
Santo, que faz exatamente a mesma coisa. Ele orienta 14.11; cf. 20.10). Jesus usou a palavra Gehenna como o
sobre como agir a fim de evitar o pecado em todas as termo aplicável a isso. [...] Depois do juízo final, a morte e
situações (Rm 8.6-9). Pela mesma razão, o Espírito abre o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap 20.14), pois
as Escrituras aos crentes (1 Co 2.9-16) e frequentemente este, que fica fora dos novos céus e da nova terra (cf. Ap
lhes faz lembrar daquilo que Jesus tem dito na Palavra 22.15), será o único lugar onde a morte existirá. É então
(Jo 14.26). Desta forma, o Espírito ajuda a tornar a justiça que a vitória de Cristo sobre a morte, como o salário do
do crente mais concreta, em vez de apenas jurídica. E pecado, será final e plenamente consumada (1Co 15.26).
um processo contínuo, que durará enquanto o crente Mas nos novos céus e terra não haverá mais morte (Ap
viver na Terra (1 Ts 5.23)" (1996, p. 426). O crente não 21.4)" (2021, pp. 642,643). Ao tomar consciência de que o
pode perder de vista o compromisso da santificação. inferno não foi feito para si, o crente deve buscar o cuidado
Ele conta com a ajuda do Espírito no cumprimento do por uma vida espiritual em contínua comunhão com Deus.
seu papel como testemunha de Cristo. A santificação Por maiores que sejam os desafios e as tribulações que
é um processo em que o Espírito opera à medida que enfrenta nesta vida, a perseverança em Cristo deve ser
o crente se distancia do pecado e se inclina às virtudes nutrida pela alegria da vida eterna. Cristo foi preparar um
do Espírito. Com a Sua ajuda, mantemos firme nossa lugar para Seus discípulos ao lado dEle (Jo 14.1-3). Que
santificação (1Co 1.7,8). esta seja a nossa motivação a cada dia!

ENSINADOR CRISTÃO 41
A B EN D IT A E S P E R A N Ç A :
A M A R CA D O CR ISTÃ O

Amigo(a) professor(a), a paz do Senhor! Nesta Caríssimo(a) professor(a), a paz do Senhor! Esta­
oportunidade, veremos a importância da esperança mos encerrando mais um trimestre de estudos com
para a jornada da vida cristã. Diferentemente do resto as Lições Bíblicas Adultos CPAD. Nesta rica oportu­
do mundo que vive uma grande ilusão de dias me­ nidade, observaremos o que as Escrituras Sagradas
lhores e prosperidade a partir dos deleites dessa vida relatam sobre a glorificação do crente e a sua entrada
terrena, o cristão é encorajado pela Palavra de Deus na cidade celestial. Este será o fim da jornada cristã
a ter como base da sua esperança a vida eterna. Isso neste mundo material e, finalmente, a consumação
não significa que tenhamos de abandonar a esperança da vida eterna ao lado de Deus. Vale destacar que
nas promessas de Deus para nossas vidas neste tempo a jornada teve início quando decidimos pela fé em
presente. Entretanto, é necessário ter em mente que Jesus e experimentamos do Novo Nascimento (Jo 3.3).
a jornada de fé neste mundo enfrentará desafios que, Desde então, a nossa vida é direcionada pelo Espírito
muitas vezes, tentarão minar a esperança e confiança Santo e a vida que vivemos agora tem como propósito
no autor e consumador da nossa fé, a saber, nosso glorificar a Deus e trabalhar para que o maior número
Senhor Jesus Cristo (Hb 12.2). O mesmo Cristo ensinou de pessoas ouça a mensagem do Evangelho e decida
aos seus discípulos que uma vida de renúncia neste também por exercer a fé em Jesus (Gl 2.20).
mundo em função de atender ao chamado ministerial A mensagem da salvação por intermédio da fé
para servi-lo resultaria em perdas momentâneas, porém, em Jesus Cristo deve ser anunciada com prioridade
haveria recompensas nesta vida e, posteriormente, na e urgência. Esta é a mensagem que garante a quem
eternidade (Mc 10.28-30). tem fé a entrada no paraíso (Lc 23.42, 43). Por esse
O apóstolo Paulo ressalta a condição humana da­ motivo, o crente deve ter em mente que a experiência
queles que exercessem a fé a partir de uma perspectiva do paraíso não deve ser vista como algo distante ou
humana, desconsiderando que a consumação da fé que desfrutaremos apenas na eternidade. Na oração
é a vida com Deus na eternidade. A respeito disso, de Nosso Senhor, Ele nos ensinou a orar para que seja
o Comentário Bíblico Pentecostal (CPAD) discorre feita a Sua vontade assim na terra como é feita no
que "os cristãos seriam 'os mais miseráveis de todos Céu (Mt 6.10). Logo, os crentes são chamados a viver
os homens' se esperassem 'em Cristo só nesta vida' um estilo de vida vigilante, pois a nossa pátria não é
(v. 19). As palavras gregas significam, literalmente, aqui (Fp 3.20, 21). Somos peregrinos em terra alheia à
'estabelecemos nossa esperança e continuamos a ter espera da convocação celestial para tomarmos posse
esperança'. Paulo não nega que nesta vida presente da herança prometida aos salvos.
existam compensações para os crentes (1 Tm 4.8), Na consumação dos céus e da terra a união final
mas deseja destacar que se este mundo fosse tudo entre Deus e o seu povo se dará pela descida da Nova
que existisse para nós, então estaríamos enganados. Jerusalém Celestial, descrita no livro de Apocalipse.
Seríamos 'mártires de uma ilusão' (Héring, 163). Qual De acordo com Tim Lahaye em sua obra Enciclopédia
seria então a razão de sofrer a perda de todas as coisas Popular de Profecia Bíblica (CPAD), "o aparecimento da
por causa de Cristo (Fp 3.8) ou de lutar para ganhar a Nova Jerusalém também dá por encerrados os objetivos
coroa incorruptível? (1 Co 9.25)" (Vol. 2, 2003, p. 247). nesta terra para o Templo, o Tabernáculo (Êx 25.8) e a
O fato é que a esperança do crente é diferente, Igreja. Plaverá um 'templo espiritual' (Ef 2.21,22) onde
haja vista não estar baseada na plenitude de uma vida o Criador e suas criaturas viverão em harmonia. A Nova
Thiago Santos terrena próspera. É certo que as provas, tentações, Jerusalém é, portanto, 'o tabernáculo de Deus' onde
é evangelista, perseguições e investidas de Satanás surgirão ao o Altíssimo 'habitará' eternamente entre o seu povo
pedagogo, longo da jornada para fazer o crente desistir da fé. (Ap 21.3; 22.3, 4) e um 'templo' para 'o Senhor, o Deus
especialista em Contudo, Paulo afirmou aos crentes romanos uma Todo-Poderoso, e o Cordeiro (Ap 21.22). É importante
Docência e Gestão lição que se estende até os dias atuais. "A tribulação notar que a Nova Jerusalém é 'quadrangular' (Ap 21.16)
Escolar, editor do produz a paciência, e a paciência a experiência, e a que corresponde à forma cúbica singular do Santo dos
Setor de Educação experiência a esperança. E a esperança não traz con­ Santos no Templo (1 Rs 6.20; 8.10-13; 2 Cr 3.8; 5.14— 6.2).
Cristã da CPAD e fusão, porquanto o amor de Deus está derramado em A Nova Jerusalém, então, adequa-se ao propósito
comentarista do nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" do transitório Santo dos Santos, servindo como um
Novo Currículo de (Rm 5.3-5). Esta deve ser a confissão da esperança que local de encontro permanente e ilimitado para Deus
Escola Dominical nutre o crente e o encoraja a perseverar na presença e todos os santos (como sacerdotes do Altíssimo)"
da CPAD. de Deus, independentemente das circunstâncias. (2008, pp. 331,332).

42 ENSINAOOR CRISTÃO
r *

PERMANEÇA FIRME
DEBAIXO DA VONTADE 1
DE DEUSi

“■ * SAUDE
EMOCIONAL
Através dessa leitura você entenderá
como ter o controle emocional.
Aprenderá sobre o autoconhecimento,

A busca do equilíbrio entre sobre a depressão e como obter


o espírito, a alma e o corpo relacionamentos saudáveis colocando
Jesus no centro e entregando tudo
nas mãos do Pai.

Rejane Souza Silva

0800-021-7373 Livrarias CPAD

(C) (021) 2406-7373


CB©
Artigo J □s
Renata Damasceno

A IMPORTÂNCIA DE SERMOS
“CRENTES INVESTIGATIVOS”

Vivem os em uma era de m udanças e o enfrenta- não m anipulados por notícias infundadas, m atérias
mento deste cenário dem anda da igreja inteligência m entirosas ou ensinam ento s antib íb lico s.
e se n so crítico . O ace sso universal à inform ação , Entendendo que a Bíblia é a inspirada, infalível,
proporcionado pelo advento da internet, das mídias inerrante e com pleta Palavra de D eus, p recisam os
digitais e pelo avanço tecnológico, transformou radi­ o b s e rv a r q ue e sse p rin c íp io nos c o lo ca em um
calmente a sociedade, e não podemos desconsiderar papel relevante para a transform ação da so cie d a ­
essa transform ação. Se entendem o s que estam os de. Porém , com o p o dem o s ser relevantes em um
em g u erra, é p reciso e n te n d e rm o s, com o ig reja, m om ento de transform ação , se não en tenderm o s
que se vencem guerras com estratégias e Deus nos que esse com prom isso com a Palavra é não só de
deu inteligência para a escolha dessas estratégias. obediência, mas tam bém de compreensão, domínio,
Com a pletora de exem plo s práticos, podem os consciência e investigação ?
afirm ar que o com prom isso com a Palavra de Deus L u c a s fa z um a im p o rta n te o b s e rv a ç ã o p ara
se m p re foi um a p rio rid a d e para as A s se m b lé ia s e n te n d e rm o s q u al se ria o re fe re n c ia l a se g u ir.
de D eus. Entretanto, é p reciso salien tar que esse Refiro-m e aos b e re a n o s, c ita d o s em A to s 17.11.
compromisso vai além da leitura diária. Ele perpassa Uma das açõ es q ue tornava os crentes b erean o s
um am biente de análises críticas e de estudos her­ "m ais nobres" que os cid ad ão s de Tessalônica era
m enêuticos d estes escritos. É preciso que sua avidez no p ro cesso de in vestig ação diária da
cristãos com capacidade inveStigativa e Palavra de D eus.
R e q u e r-se q u e , a p artir da te o ria (do e stu d o var a e sp iritu a lid a d e ", m uitos foram e n sin ad o s a
te ó ric o da Pa lavra) e da p rá tic a (da v iv ê n c ia da o b e d e c e r suas lid eranças sem q u e stio nam ento e
Palavra) no dia a dia do cristão, possam os d e se n ­ investigação, e essa é uma perigosa escolha para a
volver habilidades críticas que afetarão diretam ente Igreja de Cristo. M esm o os pastores sendo ordena­
a vid a e re su lta rã o em im p a c to à s o c ie d a d e . O dos pelo próprio D eus, cab e ao crente dedicar-se
estudo aprofundado e coo rd enad o das Escrituras no estudo da Palavra para que esteja p rep arad o a
representa uma im portante ação na luta contra um discernir o que tem origem divina ou não, para não
conform ism o acrítico que pode m anipular o crente ser enganado por discursos humanos e equivocados
por falta de entendim en to (2Pe 2.1). (Mt 22.29). A fé não d eve ser irracional. Paulo nos
A leitura devo cional das Escrituras é parte fun­ ad verte so b re a n e ce ssid a d e de inteligência para
dam ental da vida cristã, m as, nessa referência de entregar ao Senhor um culto racional (Rm 12.1).
A to s, vem os que os b erean os não tinham apenas
A dedicação d iária
a leitura da Palavra com o hábito d evo cio n al, mas
O s b e re a n o s não e x a m in a v a m as E s c ritu ra s
a prática de exam inar as escrituras, com o indicado
a p e n a s nos s á b a d o s e n q u a n to re u n ia m -se nas
em Jo ã o 5.39. Isso era levado a sério e refletia no
sin ag o g as. O em p enho diário no estudo da Pala­
crescim ento da igreja. Essa é uma im portante refe­
vra e na an álise e va lid a çã o do que Paulo e Silas
rência para a vida cristã dos dias atuais, em tem pos
pregavam de acordo com as Escrituras foi um dos
em que a so cie d a d e é vítim a de notícias parciais e
pontos elogiados por Paulo no registro de Atos. Não
de interp retações inco eren tes da Palavra. O bom
p o d em o s achar que o estudo da Bíblia durante a
uso da herm enêutica bíblica perm itirá que a igreja
Escola D om inical e/ou o culto dom inical será sufi­
esteja preparada para os d eb ates do m undo atual.
cientes para preparar o bom soldado para a batalha.
Combate à obediência cego São necessários recursos adicionais, adm inistrados
A obediência cega é perigosa e sem pre foi uma pelo indivíduo à m edida que entend em o s o que é
ardilosa estratégia de Satanás para com prom eter estud ar a Palavra de D eus.
o crescim ento da igreja. Na intenção de "p re se r­
Um bom pensamento crítico
O bom uso da herm enêutica bíblica p o de p o s­
sib ilita r ao cre n te que e le esteja p re p ara d o para
id e n tifica r o que são e n sin a m e n to s b íb lic o s e o
que são discursos hum anos. Precisam os com b ater
a dicotom ia entre o universo acadêm ico-teológico
e a cultura de que a interpretação bíblica é por si só
auto-revelada, causando com isso um certo desprezo
pelo estudo científico das Escrituras. C o m o afirma
o p a s to r C é s a r M o isé s C a rv a lh o (2017), q u a n to
mais form os cheios do Espírito (experiencialm ente),
Renata
m ais buscarem os co n h ecim en to s a resp eito d E le
Damasceno é
(teoricam ente). professora da
É a busca constante pelo entendimento da Palavra Escola Dominical
de D eus que abrirá os olhos d a q u e le que deseja e vice-líder
da pasta de
ver, que d e se ja e n te n d e r e que d e se ja identificar
Educação Cristã
as verdades e mentiras nos dias atuais. A Bíblia não na Assembléia de
mudou e nunca mudará, mas isso não significa que o Deus no Bonfim,
que ouvim os da interpretação de um indivíduo seja Salvador (BA),
Administradora,
de fato a R evelação de D eus. E fato que o p ecad o
Licenciatura
o b scureceu o entendim en to do hom em , logo, se em Letras,
não tom arm os cuid ad o , correm os o risco de fazer Pós-Graduada
interpretações pessoais da Palavra. Diante disso, é em Gestão
de Projetos e
fundam ental que o crente se d e d iq u e a investigar
Mestranda em
as cham adas "ve rd a d e s" ou "m e n tiras" de acordo Desenvolvimento
com a Palavra de D eus. • e Gestão Social.

ENSINADOR CRISTÃO 45
GAÚCHA RECEBE
APERFEIÇOAMENTO
FESSORES DE EBD
contou com m ais de
e com abordagem
aprovada pelos professores
Fotos: Edison Lenn

Os participantes e os preletores do Curso de Aperfeiçoamento de Professores de Escola Dominical (CAPED) posam para
foto com os certificados em mãos após conclusão do evento na capital gaúcha

De 22 a 24 de se te m b ro de de D eus em São C ristó vã o , Rio Com o objetivo de proporcionar


2023, a Casa Pubiicadora das A s­ de Janeiro (RJ), o curso avançou a líderes, professores e gestores de
sembléias de Deus (CPAD) realizou por todo o país e tam bém pelo Escola Dominical mais conhecimen­
mais uma edição do seu Curso de exterior. De lá para cá, já são mais tos em áreas específicas relacionadas
Aperfeiçoamento para Professores de 100 edições. Em solo gaúcho, ao aprim oram ento do m inistério
de E sc o la D o m in ica l (C A P E D ), a última edição do evento havia de Ed ucação C ristã , o encontro
desta feita em Porto A legre (RS), acontecido no ano de 1982. Este em Porto A legre reuniu cerca de
no Centro Evangelístico da Assem­ ano, o C A P E D com pleta 50 anos 500 p articip an tes. O C A P E D em
bléia de Deus (C EA D ), localizado e sua próxima edição será no Rio plagas gaúchas foi possível graças
na Avenida. Bento Gonçalves, 343. de J a n e iro , d u ra n te a fe sta de aos esforços do pastor João Olivei­
Prom ovido d esde julho de 1974, com em oração dos 100 anos das ra de Souza, líder da A ssem bléia
com a prim eira edição ocorrida A ssem b léias de Deus no Estado de D eus em Porto A le g re , e do
na Igreja Evangélica A ssem bléia do Rio de Janeiro. irmão Ronaldo Rodrigues de Souza,

46 ENSINADOR CRISTÃO
O templo na capital gaúcha ficou pequeno diante da quantidade de alunos interessados na série de palestras do CAPED

diretor-executivo da CPAD. Sob a não apenas com o presidente da do conhecim ento com partilhado
liderança do pastor Gilson Motta, igreja, mas tam bém como m em ­ durante o C A PED .
o D epartam ento de Escola Bíbli­ bro ativo do evento , bem com o Ao final do C A P E D , o líder da
ca Dom inical abraçou o evento, o 1o vice-presidente, pastor Clau- AD gaúcha falou sobre o evento e
através do qual os participantes d e m ir G a rc ia . Pastor G e ra ld in o anunciou para este ano um novo
foram levados a uma jornada que Silva, presidente da Convenção de e n c o n tro p ara os e d u c a d o re s
abordou tem as com o T e o lo g ia, Igrejas Evangélicas e Pastores da gaúchos. "E ste evento foi p o ssí­
Bibliologia, Pedagogia e Psicologia Assem bléia de Deus no Rio G ran­ vel graças aos esforços da atual
Educacional. de do Sul (C IEPA D ER G S), esteve diretoria junto ao diretor-executivo
Os preletores do CA PED foram presente na noite de abertura. A da C PA D , Ronaldo Rodrigues de
o pastor Douglas Baptista, presi­ União dos A d o le s ce n te s da A D Souza, a fim de ajustar a agenda
dente do Conselho de Educação em Porto Alegre (UAADPA), sob a no intuito de encaixar esse evento
e C u ltu ra da C o n v e n çã o G e ra l superintendência do evangelista único, uma vez que o C A P E D é
dos Ministros das Igrejas Evangé­ Jo e lso n Lem os, cooperou na re­ realizado por todo o Brasil e no
licas Assembléia de Deus do Brasil cepção, organização e entrega do exterior. O s p articip an tes foram
(CGADB) e comentarista das Lições material didático do curso. levado s a uma jo rnad a a b e n ço ­
Bíblicas de Adultos da CPAD; pas­ O s m úsicos e cantores locais ada que ab o rdo u tem as d e sd e
tor Alexandre Coelho, gerente do conduziram os momentos de ado­ Teologia e Bib lio logia até Ped a­
Departamento de Publicações da ração a Deus durante o evento, gogia e Psicolog ia Ed ucacio nal.
CPAD; evangelista Marcelo de O li­ com cânticos congregacionais que E ste não é o fim, pois to d o s os
veira, chefe do Setor de Educação fo m en taram uma atm o sfera de anos o D epartam ento da Escola
Cristã; evangelista Tiag o Santos, comunhão. Ao final do C A PED , os Dominical promove um seminário.
editor do Setor de Educação Cristã; participantes receberam certificados Estamos esperançosos de que em
e a professora Telma Bueno, e d i­ das mãos dos palestrantes. 2024, na mesma ép oca, na reali­
tora das revistas de Lições Bíblicas O CEM A D PA (Com unicação e zação de mais um C A PED , que os
Jovens e Maternal da CPAD. Mídia da Assem bléia de Deus de particip antes do evento não vão
O pastor João Oliveira de Souza, Porto Alegre) cobriu o evento , re­ esquecer o que será apresentado
líder da AD em Porto Alegre, par­ gistrando fotos e gravando vídeos ao longo da programação incluída
ticipou ativam ente todos os dias, das palestras, tornando possível na grade de e ve n to s", anunciou
dem onstrando seu com prom isso uma m aio r d iss e m in a ç ã o lo cal o pastor Jo ã o O liveira.»

ENSINADOR CRISTÃO 47
Artigo
Sonía Pires Ramos ri

A SAÚDE EMOCIONAL DO
PROFESSOR E SUA INFLUÊNCIA
NAS ATIVIDADES JUNTO AOS
ALUNOS DA ESCOLA BÍBLICA
DOMINICAL
A conexão entre saúde e apresentação
do conteúdo bíblico por parte do docente
é real e de fundamental relevância

Ensinar em uma classe de Escola Bíblica Dominical é individuais. Cada ser humano é único e possui dife­
um privilégio e uma grande responsabilidade. É poder rentes histórias, influências e formas de agir e reagir
participar como instrumento de bênçãos na vida dos diante de uma situação-problema.
seus alunos. Valores são fortalecidos, verdades bíblicas Na classe de adolescentes e jovens, por exemplo,
passam a ser internalizadas e a nortear comportamen­ a atuação do professor é de fundamental importância
tos, fortalecendo a fé e o conhecim ento do cristão. para ajudá-los a chegar à vida adulta equilibrados e
O trabalho do professor da Escola Bíblica Domi­ conscientes, revendo os seus sonhos e idealizações,
nical é amplo e abrangente. Nossos alunos possuem inculcando na mente dos discentes a importância de
nece ssid ad e s gerais e e sp e cífica s, necessitam de considerar a vontade de Deus para as suas escolhas e
apoio, com preensão, atenção para serem ouvidos e realizações. Mais do que palavras que levem informa­
elem entos que fortaleçam a vida espiritual deles de ções importantes, a conduta do professor, a maneira
tal forma que valorizem a comunhão constante com o como ele resolve os seus problemas, são internalizados
Senhor. Além de ministrar sua aula, o professor ainda e funcionam como exemplo para os seus alunos. Qual
tem outras tarefas na classe, mantendo relacionamento a conexão da saúde emocional do professor com o seu
com outros professores e equipes. com portam ento junto aos alunos? Na verdade, nós
Em nosso cotidiano, nós, professores, enfrentamos somos movidos pela combinação de razão e emoção.
o desafio de superar diversos obstáculos e adminis­ A razão é o conjunto das faculdades intelectuais
trar positivam ente inúmeros conflitos até conseguir que distinguem o homem dos outros animais. Através
resolvê-los. São situações que envolvem, às vezes, mais dela desenvolvemos a aptidão para raciocinar e assim
o nosso raciocínio, a nossa capacidade de pensar, e podemos discorrer sobre diferentes temas, apresenta­
que em outras vezes exige muito o nosso equilíbrio mos ou deduzimos razões, encadeamos argumentos,
em ocional. A harmonia das nossas ações e reações refletimos e meditamos.
d e p e n d e do grau de m aturid ad e em o cional que Emoção é um estado afetivo que se caracteriza por
desenvolvem os para lidar com as nossas demandas. forte sentimento de prazer ou desprazer, uma reação
Nossos alunos, da mesma form a, considerando motora geralmente intensa e que adquire propriedades
as diferentes faixas etárias, apresentam necessidades motivacionais. As emoções são geralmente concebidas
específicas tam bém determ inadas pelas diferenças como tendo um com ponente biológico (estimulação

48 ENSINADOR CRISTÃO
ou depressão). Elas podem perturbar os processos a aptidão para raciocinar. O pensam ento é rápido
de raciocínio e têm um com ponente mental (prazer quando estam os alegres e é lento quando estam os
ou desprazer) e um com ponente social ou ambiental tristes.
(um objetivo ou meta). A harmonia entre a razão e a emoção torna possível
A s em oções podem ser agradáveis ou desagra­ a capacidade de adaptação de uma pessoa e propicia
dáveis. Com o tendem os a evitar a dor e a procurar a oportunidade de desenvolver a resiliência e a en­
o prazer, a em oção é a força orientadora que nos contrar estratégias mais adequadas para solucionar
aproxima ou afasta de várias situações ambientais. Em problem as. Daí a im portância da saúde em ocional
certas circunstâncias, as em oções podem perturbar para o professor de EBD
os p ro cesso s de racio cínio , da mesm a form a que Nesse sentido, vamos analisar a seguir alguns sen­
a incap acidade de sentir pode alterar gravem ente timentos que fazem parte do nosso mundo emocional.
Sentim entos construtivos: Angústia - É o estado emocional em que a pessoa
A m or- O mais nobre dos sentimentos (1Co 13. 4-8). se afasta progressivamente da área de atrito, que ela
Prazer - Estad o em ocional caracterizad o pelo considera insuportável e contrai-se.
imenso desejo de sua continuidade. Ira - E o estado em ocional caracterizad o pelo
A legria - É o estado de viva satisfação, conten­ acúmulo de irritação, que faz com que a pessoa perca
tamento. o controle emocional, podendo ficar com o compor­
A n siedade de preparação - E o estado emocional tamento amuado, retraído, agressivo ou deprim ido.
tem porário e nos prepara para situações adversas Culpa - E o estado emocional caracterizado pela
do cotidiano. Há um motivo claro e a intensidade e negligência ou imprudência, quando a pessoa percebe
duração não comprometem as ações da pessoa. que errou. Causa muita tensão interior.
Depressão - E o mais patológico de todos os estados
Sentim entos destrutivos:
emocionais, tendo em vista que a pessoa experimenta
M edo - Sentimento, pressentimento ou presença
profunda e longa tristeza, baixo interesse pela vida e
de um perigo constante e real.
pela sua atuação em tarefas, e até em atividades que
Fobia - Sentim ento de medo irracional que vem
anteriormente eram consideradas prazerosas.
acompanhado de com portam ento defensivo.
Tristeza - E o estado de esgotamento que a pes­ Uma das qualidades mais desejáveis da personalidade
humana é a maturidade emocional. A pessoa madura
soa sente em resposta ao sofrimento, a mágoas, ao
emocionalmente é aquela que tem relativo domínio das
desânimo ou à decepção e perda.
suas emoções. A maturidade emocional não depende so­
M ágoa - É o estado desagradável que a pessoa
mente da idade cronológica da pessoa. Ela é desenvolvida
sente quando é ofendida ou d e sco n sid e rad a. E a
a partir das experiências vivenciadas e da descoberta de
principal causadora de conflitos nos relacionamentos
novas, diferentes e mais saudáveis estratégias para lidar
Sonia Pires interpessoais.
Ramos é com as situações-problema: sabedoria de Deus + razão
Ansiedade-Consiste na irritabilidade e inquietação
psicóloga, (pensamento) + emoção (sentimento) = ação equilibrada.
motora que se origina no psiquismo da pessoa que
picoterapeuta
sente a sua segurança pessoal ameaçada. Dá origem a Veja o conselho bíblico para compor esse processo:
e professora
"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo
de EBD na vários tipos de ansiedade patológica e varia em graus
Assembléia o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro,
com prom etendo a dinâmica do dia a dia da pessoa.
de Deus no tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há
Belenzinho, São Pode ocorrer frequência cardíaca alterada, respiração
alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai" (Fl. 4.8). •
Paulo (SP) rápida, sudorese e sensação de cansaço.
OS DONS NA ERA
PÓS-APOSTÓLICA
SIM, V O C E PO DE SER UM
PR O FESSO R AINDA M ELH O R

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