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APRESENTAÇÃO
Bem-vindo à faculdade.
Você acaba de ingressar num mundo novo e gostaria de informá-
lo sobre os perigos e os benefícios deste mundo, para que você tire o
máximo proveito de sua estada aqui.
Alguma coisa mudou em comparação com seu curso fundamental
e médio. Ali você tinha de estar na sala de aula no horário, sob pena de
perder ao menos um tempo, quando não todas as aulas. Na faculdade,
você é mais livre. Embora a chamada seja feita e você receba faltas,
geralmente os professores não se importam se você chegar atrasado.
Agora você é adulto e responde pelos seus atos. Essa liberdade exige
responsabilidade, porque mesmo sendo livre para chegar atrasado ou não
vir à aula, há um número máximo de faltas que, se ultrapassado, você
estará automaticamente reprovado
No colégio, você recebia ordens de diretores e professores
quanto aos trabalhos e deveres que deveriam ser apresentados. Na
faculdade, você recebe orientação e prazos e é livre para cumprir ou não
essas orientações. Como você é considerado responsável pelos seus atos,
as conseqüências também virão e você será o único responsável por
sua aprovação ou reprovação.
Você vai perceber que muita coisa mudou em relação ao seu
tempo de estudante adolescente e que agora, na faculdade, você também
precisa mudar. Você, talvez, trabalhe e estude e o tempo deverá ser
aproveitado ao máximo para que você dê conta do recado e não fique em
dificuldade ao fim do semestre.
Uma das coisas que você possivelmente não tenha aprendido no
curso médio é estudar. Embora tenha estudado tanto, talvez até sendo
um dos primeiros alunos da classe, muitas vezes você não aprendeu a
estudar. Isso é muito importante agora. Adotar métodos de estudo, para
aproveitar o tempo, é por demais importante. Por isso, vamos dar
algumas sugestões para você aprender a aprender.
1.- O Tempo:
Aquele que trabalha e estuda vive numa constante corrida contra
o tempo. Os ponteiros do relógio tornam-se agora seus inimigos, a ponto
de desejar que o dia tenha pelo menos umas oito horas a mais.
Entretanto, como isso é impossível, você deve aprender a aproveitar as
24 horas de que dispõe, utilizando o tempo com parcimônia e inteligência.
Agora você vai entender o provérbio inglês: Time is money.
Então, reorganize sua vida de tal maneira que haja espaços para
todas as atividades, principalmente para os estudos. Não se admite que o
acadêmico pense que não precise estudar. Isso é impossível. Se você tem
muitas atividades, que tomem todo o seu tempo, agora é necessário
dispensar algumas delas para dedicar tempo ao estudo. Eu sei que é
difícil, pois sempre trabalhei e estudei, mas consegui aproveitar meu
tempo de tal forma que consegui estudar. Faça isso. É importante.
Faça um horário para ser seguido, levando em conta todas as
suas atividades e siga-o. Marque horário para levantar, para higiene
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 2
porque, enquanto os olhos estão lendo, a mente está em outro lugar. Para
entender o que se lê, é necessário estar muito concentrado. Mergulhe na
leitura de tal maneira que nada em volta o distraia. Há alguns exercícios
para aqueles que têm dificuldade de concentração. Fiz alguns desses
exercícios e, hoje, quando estou lendo, mesmo que falem mal de mim, eu
não escuto. Tente fazer alguns desses exercícios e você vai ver sua leitura
e sua compreensão melhorar.
5.-Aproveite a aula:
Agora você está na faculdade. Ou você ou seu pai está pagando
caro por isso. Aproveite seu tempo em sala, evitando conversas,
brincadeiras, ou qualquer outra coisa que distraia sua turma. Colabore.
As conversas paralelas, mesmo a respeito do assunto da aula, atrapalham
seus colegas e, principalmente, o professor. Se for uma aula de pesquisa
em grupo, participe ativamente do grupo, aproveitando todo o tempo que,
geralmente, é pequeno. Não perca tempo em conversas. Se for uma aula
expositiva, ouça o que o professor está falando, se tiver dúvida, interfira,
pergunte. Não faça perguntas capciosas, para desviar o assunto da aula,
porque o professor sabe disso. Ele tem experiência com outras turmas.
Não tente enganá-lo.
6.- Fazendo prova:
Há um costume deletério que se espalhou por todas as escolas,
desde o fundamental até a faculdade. Chama-se COLA. Dizem alguns que
quem não cola, não sai da escola. Só que sai sem saber nada, e ainda
com fama de ladrão. Sim, porque o aluno que cola está roubando o
conhecimento do outro, ou do autor do livro, conhecimento que não é seu.
Se você pega algo que não é seu, não deixa de ser roubo.
Outro problema que há com a cola é que, às vezes, você não
sabe responder a uma pergunta e pensa que seu vizinho sabe. Cola dele e
erra. Já vi isso muitas vezes. Alunos que marcaram a resposta certa,
apagaram e colaram errado do vizinho. Não seja bobo! Siga seu instinto,
ou melhor, aprenda a matéria. SIGA ESTAS ORIENTAÇÕES E ALCANCE
O SUCESSO!
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 4
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE I
1.- Ortografia:
do grego – orthos = correto e graphein = grafia;
significa grafia correta.
Introdução:
Proceder processo
Ceder cessão
Progredir progresso
Transgredir transgressão
Notas:
a.- Há palavras cujo C é pronunciado em Portugal e não o é no Brasil :
facto, factura etc.
b.- Algumas palavras admitem variantes:
inspeção, seção.
4.- Por razões etimológicas, algumas palavras são grafadas com CH:
archote, chuchu, flecha, chucha, machucar, mochila, pechincha,
salsicha, tacha (prego ou mancha).
Outro problema é dos pais que queriam dar aos filhos nomes
estrangeiros e não sabiam pronunciá-los direito e, como os cartorários
também eram analfabetos, saíram nomes como Irso, em lugar de Wilson,
Uóston, em lugar de Washington, Uilian, em lugar de William e outros
mais.
Eu mesmo fui vítima disso. Meu pai foi me registrar com o nome de
Gérson, mas o cartorário, que naquele tempo escrevia à mão, colocou
meu nome com dois “ss”. Hoje, ao invés de Gérson, como era a vontade
de meu pai, eu me chamo Gesson (sem acento), ficando,
gramaticalmente, um nome oxítono, quando devia ser paroxítono.
Conheço uma poetisa aqui de Porto Velho, cujo nome é “Deuta”, quando
os pais queriam que fosse Delta, letra grega e também a foz de um rio.
Chuva Chuvoso
Bom Bondoso
Prazer Prazeroso
Gosto Gostoso
Poder Poderoso
Ânsia Ansioso
Princesa Poetisa Pesquisa
AJA/HAJA/HAJA VISTA
Aja é do verbo agir. Aja com honestidade e você será bem sucedido.
MAL/MAU
Mal é advérbio e pode ser substituído por bem. Sua presença me faz
mal; não vou comer porque vai fazer mal; você foi muito mal na prova.
MAS/MÁS/MAIS
Mas é uma conjunção coordenativa adversativa e liga duas orações
contrárias. Pode ser substituída por porém. Vou com você, mas não
ficarei lá; Sua redação está boa, mas tem muitos erros ortográficos.
Más é plural de má e pode ser substituída por boas. As sogras não são
tão más; algumas noras é que não são boas para com elas; aquelas
alunas são muito más.
ONDE/AONDE/DONDE
Onde é estático, ou seja, indica permanência em um lugar. Pode ser
substituída por em que, no qual. onde você colocou meu livro? não sei
onde ela se escondeu.
Aonde é dinâmico, ou seja, indica movimento daqui para lá. Pode ser
substituído por para onde. Aonde você pensa que vai? não vi aonde ela
foi.
OUVE/HOUVE
Ouve é do verbo ouvir. Pode ser substituído por escuta. Falo, falo e
ninguém me ouve. Por que você não ouve os conselhos de sua mãe?
“fala, Senhor que Teu servo ouve!” (Samuel).
SENÃO/SE NÃO
Senão é uma conjunção e pode significar:
a) – de outra forma, de outro modo, ao contrário. Fale, senão
apanha; pára, senão atiro.
b) – mas sim. Minha crítica não foi para atrapalhar, senão para
ajudar.
c) – a não ser, mais do que. Ele não fará a prova, senão forçado;
nada há neste lugar, senão lixo.
SESSÃO/SEÇÃO/CESSÃO/EXCEÇÃO
Embora as palavras tenham pronúncia parecida, o significado é muito
diferente:
a) – Sessão significa reunião, encontro de duas ou mais pessoas. Você
não compareceu à sessão de fisioterapia; Não gosto de assistir à sessão
da tarde.
TRAZ/TRÁS/ATRÁS
Traz é do verbo trazer. Quando vieres, traz os livros que deixei aí.
(Paulo).
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 16
Trás é uma preposição, cujo sentido era, originalmente, além de. Daí a
região de Portugal, denominada Trás-os-montes, ou seja, além dos
montes. Hoje, é substituída por atrás de, depois de ou usada no sentido
de localzação posterior. Ela chegou por trás de mim e me deu um
susto.
1. Você deverá escrever por que, quando significar pelo qual, por que
motivo. É utilizado no início das frases interrogativas diretas ou dentro da
frase interrogativa indireta. Por que você não compareceu ao encontro?
não sei por que ela me deixou sozinho.
2.- Você escreverá por quê, quando significar por que motivo, mas
somente no fim da frase. Você não compareceu ao encontro, por quê?
ela me deixou sozinho, não sei por quê.
Exemplos:
calo – calo fui – fui
canto – canto – canto pio – pio
colo – colo rio – rio
caminho – caminho são – são – são
caminha – caminha vão – vão – vão
como – como vela – vela
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UNIDADE II
UNIDADE III
1.- Pronomes Pessoais
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solteira.
Você V. - Familiaridade.
Vossa Alteza V.A. VV.AA. Príncipes e Princesas.
Vossa Eminência V.Em V.Emas. Cardeais.
a.
Vossa Excelência V.Exª V.Exas. Autoridades superiores.
(detentores de cargos eletivos,
generais. (também utilizado para
juízes).
Vossa V. V.Magas. reitores.
Magnificência Magª
Vossa Majestade V.M. VV.MM. reis e rainhas.
Vossa Meritíssima por extenso juízes.
Vossa V.Rev V.Revma sacerdotes, bispos.
Reverendíssima . s.
Vossa Santidade V.S. - papa.
Vossa Senhoria V.Sª V.Sas. tratamento respeitoso em
correspondências comerciais e
também para pessoas que
ocupem cargos importantes.
Vossa Mercê
Vosmecê
Você
Grande parte do povo brasileiro, hoje, nem fala mais Você,
mas Cê.
b) Conectivo
c) Pronome Substantivo
d) Forma verbal proparoxítona
e) Preposição em + verbo no gerúndio
f) Oração exclamativa
g) Oração optativa (que expressa desejo)
h) Oração interrogativa.
a) Não me diga!
b) Eu perdôo a pessoa que me ofende.
c) Tudo se aproveita.
d) Nós o amávamos.
e) Em se plantando, tudo dá.
f) Não gosto que me corrijam.
g) Deus lhe dê em dobro tudo o que me desejas!
h) Você me quer bem?
2.- Concordância
2.1 – Verbal
2.2 – Nominal
2.3 – Silepse
3.- Regência
3.1 – Verbal
3.2 - Nominal
4.- Crase
4.1 – Os quatro aa
4.2 – Use a crase
4.3 – Não use a crase
5.- Pontuação Gráfica
5.1 – vírgula, ponto e vírgula,
5.2 – O uso do hífen.
UNIDADE IV:
1.- Noções de Comunicação
1.1 – Elementos, funções, alvos, sentido e expressão.
A Comunicação:
Todos os seres, de uma forma ou de outra, comunicam-se.
Desde a pequenina formiga até os grandes paquidermes, todos têm sua
maneira peculiar de comunicação. Cada qual tem sua linguagem própria.
É de causar admiração como as abelhas, por meio de danças, comunicam
às outras da colméia, o local exato onde encontrou alimento ou néctar.
Emissor Expressiva
1ª Pessoa Expressão
Mensagem Exclamação
Arte
interjeição Conotação
(Poética-
artística)
Recebedor Conativa
(Coação +/- Impressão (Estilística)
Canal sutil)
Fática
Contexto Referencial
Informação
Informação
Experiência Metalingüística Denotação Ciência
Código
ELEMENTOS
MENSAGEM
SUBJACENTE:
É inato, instintivo; o indivíduo já nasce com ele.
Ex.: mímica, sorriso, choro.
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PRIMITIVO:
É um tipo de código previamente convencionado. É transmitido
de indivíduo a indivíduo, partindo da família e estendendo-se a
outras. Ex.: A linguagem, a pintura, a música, a dança, a
escultura.
DERIVADO:
Procede de um primitivo e é adquirido com esforço consciente.
Dificilmente o indivíduo consegue dominá-lo completamente. Ex.:
A grafia (música, linguagem, pintura) e a leitura.
Exemplo:
CÓDIGO CANAL SENSORIAL
Telefonema Auditivo
Desenho Visual
Escrita Braille Táctil
Salva de Auditivo, visual
Palmas Auditivo, olfativo,
Abraço visual e táctil
Auditivo, visual, táctil,
Beijo gustativa, olfativa
FUNÇÃO
ALVO
SENTIDO
O sentido da mensagem pode ser conotativo ou denotativo.
EXPRESSÃO (Resultado)
A conotação tem como resultado a ARTE, cujo objetivo é provocar no
receptor as mais variadas interpretações.
A denotação tem como resultado a CIÊNCIA, cujo objetivo é que
todos os receptores cheguem ao mesmo resultado.
BARREIRAS
Física ruído, gagueira, surdez
Cultural diferença de padrão
cultural
Hierárquic aluno-professor
a soldado-general
Ideológica católico-protestante
comunista-facista
Linguagem Verbal:
2.1 – Níveis
COMERCIAL SILVA
BOLSAS, SAPATOS E CINTOS
Qualidades do texto:
Entendeu?
Claríssimo,
não???
.
AULA DE PORTUGUÊS
Gesson Magalhães
(Alguma Cousa, pág. 28)
UNIDADE V:
1.- Coerência e coesão textuais
2.- Argumentação
2.1 – Argumentação de Autoridade
2.2 – Argumentação de Consenso
2.3 – Argumentação com provas
2.4 – Lógica.
3.- Defeitos de Argumentação
3.1 – Noções confusas
3.2 – Noções de totalidade indeterminada
3.3 – Noçlões semiformalizadas
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UNIDADE VI:
1.- O Parágrafo
1.1 – Conceito
1.2 – Divisão
1.2.1 – Tópico Frasal
1.2.2 – Desenvolvimento
1.2.3 – Conclusão
1.1.4 - Elemento Relacionador.
2.- Tipologia Textual
2.1 – Descrição
2.1.1 – Objetiva
2.1.2 – Subjetiva
2.2 – Narração
2.2.1 – Elementos
Quem? O quê? Quando? Onde? Como? Por quê?
2.2.2 – Resultado
Previsível e Imprevisível.
2.3 – Dissertação
2.3.1 – Conceito
2.3.2 – Tipos
2.3.3 – Estrutura
2.3.4 – Técnicas de Elaboração
UNIDADE VII:
1.- Redação Técnica
1.1 – Vocabulário
1.1.1 – Palavras Técnicas
1.1.2 – Palavras abstratas
1.2 – Economia Verbal
1.2.1 – Texto prolixo
1.2.2 – Texto lacônico
1.2.3 – Texto conciso
1.3 – Cartas Comerciais
1.4 – Outras correspondências
Aviso, Bilhete , Circular, Convocação. Memorando, Ofício,
Telegrama.
1.5 – Outros documentos
Ata, Atestado, Contrato, Edital, Estatuto, Letra de Câmbio,
Nota Promissória, Ordem de Serviço. Procuração, Requerimento,
Protocolo, Recibo. Relatório.
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COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM
A Comunicação:
Todos os seres, de uma forma ou de outra, comunicam-se.
Desde a pequenina formiga até os grandes paquidermes, todos têm sua
maneira peculiar de comunicação. Cada qual tem sua linguagem própria.
É de causar admiração como as abelhas, por meio de danças, comunicam
às outras da colméia, o local exato onde encontrou alimento ou néctar.
Emissor Expressiva
1ª Expressão
Mensagem Pessoa
Exclamação Arte
Conotação
interjeição
(Poética-
artística)
Recebedor Conativa
(Coação +/- Impressão (Estilística)
Canal sutil)
Fática
Contexto Referencial
Informação
Informaçã Ciência
Experiência Metalingüíst o Denotação
ica
Código
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ELEMENTOS
MENSAGEM
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SUBJACENTE:
É inato, instintivo; o indivíduo já nasce com ele.
Ex.: mímica, sorriso, choro.
Em todos os lugares são conhecidos os gestos de aproximar e de
afastar; o sorriso é sempre sinal de agrado, o choro, de
desagrado.
PRIMITIVO:
É um tipo de código previamente convencionado. É transmitido
de indivíduo a indivíduo, partindo da família e estendendo-se a
outras. Ex.: A linguagem, a pintura, a música, a dança, a
escultura.
DERIVADO:
Procede de um primitivo e é adquirido com esforço consciente.
Dificilmente o indivíduo consegue dominá-lo completamente. Ex.:
A grafia (música, linguagem, pintura) e a leitura.
Exemplo:
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FUNÇÃO
ALVO
SENTIDO
O sentido da mensagem pode ser conotativo ou denotativo.
EXPRESSÃO (Resultado)
A conotação tem como resultado a ARTE, cujo objetivo é provocar no
receptor as mais variadas interpretações.
A denotação tem como resultado a CIÊNCIA, cujo objetivo é que
todos os receptores cheguem ao mesmo resultado.
BARREIRAS
Física ruído, gagueira, surdez
Cultural diferença de padrão
cultural
Hierárquic aluno-professor
a soldado-general
Ideológica católico-protestante
comunista-facista
LINGUAGEM
Linguagem Não-Verbal:
É a linguagem articulada por outros meios que não a palavra escrita
ou falada. É constituída por mímica, cores, desenhos, expressões
corporais ou fisionômicas e outros.
Linguagem Verbal:
COMERCIAL SILVA
BOLSAS, SAPATOS E CINTOS
Qualidades do texto:
ou dos que se adquirem pelo esforço e pelo trabalho, não pode granjear
os meios de subsistência, e menos ainda de obter qualquer colocação
saliente, ou um ancião, vencido na vida, para quem a fortuna foi
descartável madrasta nas profissões que tentou, sem disposição alguma
para o exercício de qualquer mister conhecido e lícito; dá-se não raro uma
espontânea conspiração entre os conjuntos por parentescos de um ou de
outro, os políticos militantes e os detentores do poder, para elevar o
inclassificável às várias posições políticas, então , com mais bem-
aventurado júbilo dos chefes das agremiações assim enriquecidos, esse
vai ser o legislador, esse vai ser o estadista.”
(Apud A. Passos, Arte de Pontuar, pág. 110).
Entendeu?
Claríssimo,
não???
.
AULA DE PORTUGUÊS
Gesson Magalhães
(Alguma Cousa, pág. 28)
Experiência: A vida traz para cada um de nós, alguma experiência.
Se você fizer um exame retrospectivo de sua vida, irá encontrar, sem
dúvida, assunto para muitas páginas. É bem melhor escrever sobre aquilo
que conhecemos, nossa experiência pessoal, a experiência daqueles com
quem temos permanente contato, pois estaremos adentrando um assunto
com pleno conhecimento. Use a experiência que a vida lhe deu e use em
seus textos.
2.- A CRASE
Os quatro “a”
Para entrarmos no estudo da crase, é muito necessário, até
imprescindível, que você consiga diferenciar, sem qualquer dúvida,
quando o “a” é pronome (oblíquo ou demonstrativo), artigo definido, ou
preposição. Vamos dar algumas “dicas”:
1.- O “a” artigo definido está sempre antes de um substantivo
feminino. Assim, se houver um “a” antes de um substantivo masculino,
ou antes de um verbo, ou antes de qualquer outra palavra que não seja
substantivo feminino, com certeza não é artigo.
Observe: Às vezes, entre o artigo e o substantivo feminino existe um
adjetivo ou um advérbio, que não deve atrapalhar você, porque, na
realidade, se você tirar essa palavra, ela não vai fazer falta, porque o
artigo está definindo o substantivo.
Vamos exemplificar:
a) A melhor aluna da classe é Maria.
b) A velha casa caiu.
Ora, as palavras melhor e velha são adjetivos que estão falando de
uma característica da aluna ou da casa. Se você tirá-las, fica: A aluna da
classe é Maria e A casa caiu. Viu só? não fizeram falta.
Assim você poderá fazer com qualquer palavra que estiver entre o
artigo e o substantivo que é definido por ele.
2.- O “a” pronome está sempre substituindo um nome feminino.
Quando ele é oblíquo, poderá estar antes ou depois de um verbo. Quando
está antes, você deve analisar se ele está substituindo algum nome;
quando está depois, sempre está ligado ao verbo por um hífen. Quando é
pronome demonstrativo, geralmente pode ser substituído por “aquela”.
Exemplos:
a.- Pronome oblíquo antes do verbo: Encontrei Joelma, mas não a
quero levar ao passeio
b.- Pronome oblíquo depois do verbo: Encontrei Joelma e convidei-
a para o passeio.
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Estudando a crase:
Usar a crase não é tão difícil como alguns dizem. Se você souber bem
diferenciar os quatro “a” de que falamos acima, não vai haver dificuldade
alguma.
Primeiro, ponha na cabeça que crase, significa fusão de dois “aa”.
Antigamente, no português arcaico, escrevia-se assim: Vou a a África.
O primeiro “a” é uma preposição e o segundo um artigo. Note como o
primeiro “a” pode ser substituído por outra preposição: Vou para a
África. O segundo “a” é claramente um artigo definido feminino, pois está
definindo a palavra África. Mais tarde, ainda no português arcaico, os dois
“aa” se juntaram e eles escreviam assim: Vou aa África.
Posteriormente, é que se resolveu fazer a crase, ou seja a fusão dos dois
“aa” e, para isso, convencionaram substituir um deles por um acento
grave. Assim, hoje escrevemos assim: Vou à África. Viu só? Todas as
vezes que você encontrar uma crase, você já sabe: Ali está um “a”
preposição fundido com outro “a”, que pode ser:
a) – artigo feminino a;
b) – pronome demonstrativo a;
c) – pronome relativo a qual, as quais;
d) – o “a” inicial de aquele (s), aquela (s) e aquilo.
Então, grave uma coisa:
Você somente poderá usar crase antes de palavra feminina
definida pelo artigo “a”.
Vamos, agora, dar um exemplo de cada um dos itens acima:
a) – Gosto de ir à aula; (para a) –preposição + artigo feminino.
b) – Falando em aula, prefiro à da Professora Tânia; (a aquela aula)
preposição + pronome demonstrativo.
Observação: O verbo preferir rege sempre a preposição a.
Quem prefere, prefere uma coisa a outra. Nunca use prefiro do que ,
pois está errado.
c) – A aula à qual me refiro, é a da Professora Tânia;
d)– Refiro-me àquela aula de ontem, quando a professora voltou
àquele exercício e nos disse para sempre nos dedicar àquilo.
Observação: O verbo referir e dedicar, quando acompanhados
de pronome reflexivo, regem a preposição a. Quem se refere ou quem se
dedica, refere-se ou dedica-se a alguma coisa ou a alguém.
Viu como é fácil? não há segredo. É só assimilar bem a diferença
entre os “aa”, e fundir o “a” preposição com qualquer um dos
mencionados acima.
Vamos dar mais algumas “dicas”:
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 50
Não creio que você tenha qualquer dúvida, mas se ainda tiver, use o
seguinte raciocínio:
a) Mude o verbo empregado. Se aparecer da, que é igual a de + a
(preposição + artigo), ou na, que é igual a em + a (preposição + artigo),
é necessário o uso da crase:
Assim: Vou a missa – voltei da (de + a) missa;
Fui a cidade - voltei da (de + a) cidade;
Vou a Bahia – Estou na (em + a) Bahia.
Logo: Vou à missa; fui à cidade; vou à Bahia.
b) Passe o substantivo para o masculino. Se o resultado for o, não
haverá crase, porque é somente artigo, mas se aparecer ao (a + o)
então o uso da crase é necessário.
Assim: Ganhei a casa – Ganhei o livro.
Vou à missa - Vou ao (a + o) culto.
Vamos dar, a seguir, algumas explicações que vão ajudar você a
entender algumas regras que as gramáticas trazem a respeito da crase.
Você sabe o que é locução? Pois é; precisa saber, para entender a
primeira regrinha que as gramáticas trazem.
Locução é uma expressão que exerce a função de uma palavra.
Assim, ao invés de dizer: apressadamente, você diz às pressas.
Apressadamente é um advérbio de modo. Às pressas é uma locução
adverbial de modo. Viu? a diferença é que a locução tem mais de uma
palavra.
Podemos ter locução prepositiva, que é uma expressão que exerce
a função de preposição, locução adverbial, que é uma expressão que
exerce a função de advérbio e locução conjuntiva, que é uma expressão
que exerce a função de conjunção.
Pois bem: há uma regrinha que diz: As locuções femininas exigem
a crase. às pressas, à maneira de; à medida que.
Só que as locuções adverbiais não têm obrigatoriamente a crase. Esta
somente é utilizada para evitar ambigüidade, ou seja, que a frase tenha
outro sentido.
Exemplo: Pegar a mão. Se não colocar a crase, a gente fica sem
saber se vamos pegar a mão de alguém ou se vamos pegar alguma coisa
com a mão. Assim, usamos a crase só para evitar o duplo sentido.
Escrevemos, portanto: Pegar à mão.
Aí você pode argumentar: “É, mas se colocar outra preposição, para
ver se há um artigo, temos: Pegar com a mão. Ora, se exigiu o artigo, é
claro que existem aí dois "a”, logo há a crase.
Você tem razão. Nesse caso, houve uma coincidência. Mas nesta
frase: Chegou a tarde. Não sabemos se foi a tarde que chegou ou alguém
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 51
2 – A palavra TERRA:
Quando a palavra terra for utilizada como antônimo de bordo, não
se usa a crase, porque não admite o artigo. Você diz: Quando viajo de
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 53
A crase facultativa:
.Há algumas expressões que diferem de acordo com a região do
Brasil. No Nordeste, por exemplo, não se costuma usar o artigo antes de
nome próprio, nem antes de pronome possessivo. Ali, geralmente se diz:
Maria é esposa de José; – Este livro é de minha mãe. Já no Sul,
usa-se o artigo antes de nome próprio e antes de possessivo. A mesma
frase no Sul, é dita assim: A Maria é esposa do José; - Este livro é da
minha mãe.
Definindo:
Exercícios:
UNIDADE III
2.- O Parágrafo
a.- Narração:
Exemplo:
—Você vai à escola hoje?
—Não, estou muito cansada.
—Então, quer ficar estudando comigo?
—Você quer estudar mesmo, ou. . .?
Exemplo:
Juvenal procurou Marta e perguntou-lhe se ela iria à escola.
Como Marta respondeu que não iria, Juvenal propôs que estudassem
juntos. Maria, desconfiada, perguntou se Juvenal pretendia estudar
mesmo, ou. . .
Por quê? Os motivos que levaram aos fatos nem sempre são
importantes, a não ser que a falta deles deixe a narração obscura.
Geralmente, o porquê dos fatos é narrado quando se trata de reportagem,
ou quando o autor deseja que o leitor conheça os motivos do
acontecimento narrados.
b.- Descrição:
Descrição Objetiva:
Beatilha – Renda.
c.- Dissertação:
Note que o texto acima não tem como objetivo emitir opinião,
mas apenas reunir informações a respeito do casamento entre os
indígenas.
UNIDADE IV
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 62
Ata
Ata da Reunião da Academia de Letras de Rondônia – ACLER,
realizada no dia 7 de agosto de 2001.
Aos sete dias do mês de agosto do ano dois mil e um, às dezesseis horas,
na sala de reuniões, reuniram-se os membros da Academia de Letras de
Rondônia – ACLER, com a presença dos seguintes acadêmicos: Abnael
Machado de Lima, Vice-Presidente, Eunice Bueno, Yêdda Maria Pinheiro
Borzacov, Pedro Albino de Aguiar, Dimas Ribeiro da Fonseca, Dante
Ribeiro da Fonseca, Marco Antônio Domingues Teixeira e Gesson Álvares
de Magalhães – Secretário-Geral. Na ausência do Presidente, Acadêmico
Aparício Carvalho de Moraes, que recebeu um chamado médico de
urgência, assumiu a presidência o Vice-Presidente, Acadêmico Abnael
Machado de Lima, que declarou aberta a sessão e comunicou que a ata da
reunião anterior fora lida e aprovada na mesma sessão. Em seguida,
distribuiu a pauta do dia, solicitando do Secretário-Geral a leitura da
correspondência recebida. Não havendo correspondência, o Presidente
passou a palavra à acadêmica Eunice Bueno, para falar sobre as
atividades programadas para a Academia. A acadêmica informou que
convidara o acadêmico Átila Ibañez e estava aguardando sua resposta. A
seguir, o presidente passou a palavra ao acadêmico Pedro Albino, para
falar sobre o lançamento do Informativo da Academia. O acadêmico
distribuiu o número experimental do informativo, tendo recebido diversas
sugestões dos outros membros, que foram anotadas, sendo que o
informativo apresentado deverá ser reformulado, antes de distribuído
oficialmente aos acadêmicos e a outras congêneres no país. Dentre as
sugestões, decidiu-se que devam ser retirados os nomes dos acadêmicos
ausentes à reunião, tendo em vista que não diz o motivo da falta, que
pode ser justa, como o caso do próprio Secretário-Geral, que estava
viajando por motivo de saúde. Sugeriu-se também a inclusão do logotipo
da Academia, sendo que o exemplar apresentado deveria ser recolhido e
apresentado o novo modelo. O Presidente sugeriu que se enviasse
correspondência em nome da Academia, à Academia Brasileira de Letras,
à Academia de Letras da Bahia e à escritora Zélia Gattai, apresentando
condolências pela morte do escritor Jorge Amado, ocorrida no dia anterior.
A acadêmica Ieda Borzacov informou que há uma verba federal para
reforma do prédio da Biblioteca Pontes Pinto, que será destinado para
sede da Academia, inclusive para mobiliário, fruto de emenda parlamentar
ao orçamento deste ano e que está em fase de liberação pelo Ministério
da Cultura. O acadêmico Dimas Fonseca informou que entrou em contato
com o Procurador-Geral do Estado, o qual informou haver um parecer
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 66
Gesson A. Magalhães-Secretário-Geral
GOVERNO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ATESTADO MÉDICO
Atesto que o Servidor ____________________
___________________________ portador da Carteira Profissional nº
___________ Série______, necessita de ______(_______________)
dias de afastamento do trabalho, a partir desta data, por motivo de
doença.
__________________________
Localidade e data
____________________________
Assinatura do médico
CID________________
Ilmo. Sr.
José dos Anzóis Parafuso
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 68
Prezado Senhor:
Atenciosamente,
Ilmo. Sr.
José dos Anzóis Parafuso
Rua Castro Alves, 546 – Armando Mendes
Manaus - AM
69089-063
Prezado Senhor:
Atenciosamente,
Ilmo. Sr.
José dos Anzóis Parafuso
Rua Castro Alves, 546 – Armando Mendes
Manaus - AM
69089-063
Prezado Senhor:
Atenciosamente,
Ilmo. Sr.
José dos Anzóis Parafuso
Rua Castro Alves, 546 – Armando Mendes
Manaus - AM
69089-063
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 70
Prezado Senhor:
Atenciosamente,
Ilmo. Sr.
José dos Anzóis Parafuso
Rua Castro Alves, 546 – Armando Mendes
Manaus - AM
69089-063
Prezado Senhor:
Atenciosamente,
Ilmo. Sr.
José dos Anzóis Parafuso
Rua Castro Alves, 546 – Armando Mendes
Manaus - AM
69089-063
Prezado Senhor:
Atenciosamente,
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CERTIDÃO
Circular
Quando uma correspondência (memorando, ofício, carta) for
dirigida, ao mesmo tempo, para diversos órgãos, empresas ou
pessoas chama-se memorando circular, ofício circular ou carta
circular. Sendo assim, os modelos dados dos documentos citados
servem de exemplo, somente que deve tratar-se de assunto de
interesse comum aos destinatários.
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 73
Contrato.
CONTRATO DE CESSÃO DE IMÓVEL
_______________________
Gesson Álvares de Magalhães
Cedente
______________________
Henrique Obermeier
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 74
Cessionário
Curriculum Vitae
CURRICULUM VITAE
IDENTIFICAÇÃO:
Nome:Gesson Álvares de Magalhães
Filiação:Propércio Álvares Pereira
Francisca Flora de Magalhães
Nascimento: (Data)12 de outubro de 1934
Local: Santana dos Brejos – Bahia
Cônjuge: Ivete Gomes de Magalhães
Profissão: Professor
Religião: Adventista do Sétimo Dia
Residência: BR 364, km. 9
Telefones: (69) 221-3758, 223-2334
DOCUMENTAÇÃO:
Carteira de Identidade (RG): 214.243/SSP-RO
C.P.F.: 118.823.369-68
Título Eleitoral: 14.675.923-68; 6ª ZE/RO
PASEP 1.701.727.103-1
Carteira de Trabalho: 11.362
Certificado de Reservista: 16.720 – 7ª CR
REGISTROS PROFISSIONAIS:
Professor de Língua Portuguesa, Literatura Portuguesa e Brasileira
102.551-L/MEC
Professor de Contabilidade 6.923-DEMEC
FORMAÇÃO ACADÊMICA:
Ensino Fundamental: Ginásio Adventista Campineiro
Ensino Médio (Contabilidade): Escola Técnica Doze de Outubro –S.Paulo
Ensino Superior: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jandaia do
Sul – PR – (Letras Anglo-Portuguesas)
Pós-Graduação:Universidade Federal de Rondônia(Metodologia do Ensino
Superior)
Pontifícia Universidade Católica de Minsa Gerais – (Especialização em
Língua Portuguesa)
Outros Cursos:
Administração Financeira e Contábil de Cooperativas
Aperfeiçoamento e Formação de Professores do Ensino Comercial
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 75
Psicologia da Aprendizagem
Aperfeiçoamento em Comunicação em Língua Nacional
Extensão em Teologia
Regência de Coral
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:
Declaração.
ACADEMIA DE LETRAS DE RONDÔNIA
Fundada em 10 de junho de 1986
Av. Farquar, esq. com Pinheiro Machado – Porto Velho - RO
DECLARAÇÃO
Edital
ACADEMIA DE LETRAS DE RONDÔNIA
Fundada em 10 de junho de 1986
Av. Farquar, esq. com Pinheiro Machado – Porto Velho - RO
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Exposição de Motivos
Senhor Secretário:
ESTADO DE RONDÔNIA
SECRETARIA DE ESTADO DA
EDUCAÇÃO
Departamento de Ensino
MEMORANDO
Nº 45/95
Em 30 de abril de 1995.
Senhor Diretor:
Atenciosamente,
Margarida de Abreu
Diretora
COMUNICAÇÃO INTERNA Nº 35
Em 16 de maio de 2002.
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 79
Senhor Chefe:
Atenciosamente,
Expedito Antunes
Chefe do SECOR
ESTADO DE RONDÔNIA
Gabinete do Governador
Of. 087/GG
Porto Velho, 20 de outubro de 1983.
Respeitosamente,
ESTADO DE RONDÔNIA
Gabinete do Governador
Of.nº 088/GG
Porto Velho, 20 de outubro de 1983.
Senhor Ministro:
Atenciosamente,
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
COMANDO DA TERCEIRA REGIÃO
17ª BRIGADA DE INFANTARIA DE
SELVA
Senhor Comandante:
Atenciosamente,
ESTADO DE RONDÔNIA
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
Conselheiro: Gesson Álvares de Magalhães
Parecer Técnico
Projeto de Lei nº 304/93-Deputado Wilson Stecca
HISTÓRICO:
Capeado pelo ofício nº 016/CCJR/93, de 5 de outubro de 1993, a
nobre deputada Marlene Gorayeb, Presidenta da Comissão de Constituição
e Justiça da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia, enviou-nos o
Projeto de Lei nº 304/93, de autoria do nobre deputado Wilson Stecca,
solicitando subsídios para o parecer da nobre deputada Elisabeth Badocha,
relatora naquela Comissão. O citado Projeto de Lei “autoriza a criação e
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 82
PARECER
Depois dessas considerações preliminares, vamos ao parecer técnico
solicitado pela nobre Presidenta da Comissão de Constituição, Justiça e
Redação da Assembléia Legislativa, sobre o projeto de lei de autoria do
nobre deputado Wilson Stecca:
Projeto de Lei nº 304/93:
O projeto de lei peca por ilegalidade, contradições e erros
terminológicos. Faremos o comentário artigo por artigo:
Art. 1º - O projeto é autorizativo e, como tal, não implica
obrigatoriedade. Entretanto, o parágrafo único desse artigo e o artigo 4º
determinam, de maneira obrigatória, que o curso seja implantado.
Além de incorrer no erro de determinar o que será feito, num projeto
autorizativo, o parágrafo único fere frontalmente a alínea “f”, do art. 5º da
lei 5692/71, alterada pela lei 7044/82, que diz in verbis:
“f) para atender às peculiaridades regionais, os estabelecimentos de
ensino poderão oferecer outras habilitações profissionais...”
Como se vê, o parágrafo único cerceia a autonomia do
estabelecimento de ensino e não leva em conta as peculiaridades
regionais, ao obrigar a inclusão do curso em todos os municípios do
Estado.
Art. 2º - Este artigo inclui nove disciplinas, pretendendo estruturar
um curso profissionalizante, competência exclusiva do Conselho Federal
de Educação, como determina o art. 5º parágrafo único, alínea “e” da lei
5692/71, alterada pela lei 7044/82.
Art. 3º - Determina que os Engenheiros Agrônomos ministrem as
disciplinas do curso, o que fere o art. 4º da Lei 5692/71, que reza:
“Art.4º - Será condição para o exercício do magistério ou
especialidade pedagógica o registro profissional em órgão do Ministério da
Educação e Cultura (hoje dos Desportos), dos titulares sujeitos a
formação de grau superior.”
Assim, os Engenheiros Agrônomos não estão habilitados a ministrar
aulas. Seria a mesma coisa de se querer autorizar o professor a clinicar ou
o médico a advogar.
O desrespeito ao professor chega às raias do absurdo, quando se
pretende que qualquer profissional possa invadir sua profissão, enquanto
as outras profissões não admitem qualquer interferência em sua área de
autuação. Já é tempo de se respeitar o professor como profissional e cabe
aos professores que detém mandatos eletivos, que são parlamentares,
Examinando a Língua - Gesson Magalhães 84
ESTADO DE RONDÔNIA
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
Gabinete do Presidente
Portaria nº 010/CEE
RESOLVE:
Dê-se Ciência.
Cumpra-se.
Relatório
Nestes Termos
Pede Deferimento
BIBLIOGRAFIA