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Estudar é muito
mas pensar é tudo!
Ary dos Santos
Orientações metodológicas
para rentabilizar o estudo
1. Como ser organizada(o)
Alimentação
Alimenta-te adequadamente.
Durante o estudo, come fruta e bebe bastante água. Evita alimentos ricos em
hidratos de carbono, tais como bolachas, pão, bolos, etc., pois estes induzem o
sono.
Descanso
Dorme bem (oito horas diárias), não entres pela madrugada a estudar.
O sono não é perda de tempo...
Conhece-te bem, a ti e aos teus ritmos e limites, procura respeitá-los.
Todos somos diferentes...
Lazer
Reserva um tempo para atividades de que gostes e que te reponham o
equilíbrio mental, combatendo o stress.
O ideal são as atividades físicas, pois, desta forma, consegue-se “aliviar” a
cabeça e fazer circular mais sangue no cérebro.
Condições físicas
Estuda sempre no mesmo local, se possível;
Escolhe um local confortável, onde te sintas bem;
Procura um ambiente bem iluminado e silencioso;
Prepara todo o material de que vais precisar, incluindo um dicionário;
Não faças interrupções constantes;
Concentra-te no que vais fazer;
Desliga a televisão e o telemóvel.
3. Autoavaliação
Memorizar
não é decorar.
Procura sempre traduzir os textos em palavras tuas.
Memorizar é aprender e fixar ideias
e noções devidamente estruturadas
e não apenas as palavras que exprimem essas ideias e noções.
O Ato de Estudar
e de Aprender
O que é ser feliz?
- Ser feliz é poder fazer tudo aquilo de que a gente gosta.
Provavelmente deve ter sido mais ou menos esta a tua resposta.
Foi ou não?
Caso tenha sido, colocaste as palavras certas numa ordem
errada. E, por esse motivo, provavelmente, vais ter muita
dificuldade em descobrir a felicidade.
Experimenta pensar bem nesta resposta:
- Ser feliz é gostar daquilo que se tem de fazer.
Se olhares bem as duas respostas, perceberás que existe entre
elas uma diferença muito importante, uma diferença essencial:
a felicidade não vem de um instante mágico,
de uma sorte colossal, mas do dia-a-dia,
das pequenas coisas que representam as nossas tarefas.
Para seres respeitado na tua casa e na tua escola, precisas de
gostar muito de ti mesmo, das coisas que te cercam, das tarefas
que precisas de cumprir. Essa é, realmente, uma grande jogada.
Aprende a gostar, mas gostar mesmo, das coisas que deves fazer
e das pessoas que te cercam. Em pouco tempo, descobrirás que a
vida é muito boa e que tu és uma pessoa querida por todos.
Não é difícil experimentar.
Gostar muito, mas bastante mesmo, de ti e das coisas
que precisas de fazer todos os dias.
Celso Antunes
MÉTODO DE ESTUDO
Muitos dos problemas de aprendizagem explicam-se pela ausência ou uso inadequado
de métodos de estudo e pela inexistência de hábitos de trabalho.
Além disso, muitos alunos manifestam uma enorme desmotivação para as atividades
escolares, dedicando-lhes muito pouco tempo.
O texto seguinte pretende proporcionar aos alunos e respetivos encarregados de
educação algumas pistas que possam ajudar a organizar as atividades escolares, de uma
forma mais eficaz.
De facto, há competências fundamentais para uma melhor aprendizagem. Entre elas,
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1. Motivação
Os reforços do interesse
Se a motivação é fraca, os jovens precisam de reforços, que podem surgir da iniciativa
de pais e professores, ou do próprio estudante.
Pensar no futuro
É bom que os jovens adquiram o hábito de pensar no futuro, encarando, assim, o
estudo como forma de realização pessoal e profissional. Assim, o jovem não estudará
apenas em função dos prémios ou dos castigos imediatos, mas terá consciência de estar a
construir o seu próprio futuro.
Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca – Prof. Luís Arezes 6
SABER ESTUDAR
Autoconfiança
A autoconfiança é uma atitude psicológica saudável (não deve confundir-se com
arrogância) que aumenta o interesse pelo estudo e diminui as angústias próprias dos
momentos difíceis. Permite uma reacção positiva perante uma dificuldade ou fracasso.
Os estudantes sem autoconfiança valorizam excessivamente as suas limitações e
duvidam de si mesmos; por isso, desistem ou deixam correr as coisas, à espera que outros
lhes resolvam os problemas.
O medo do fracasso tem origem, muitas vezes, na falta de estímulos positivos e no
abuso de castigos por parte dos educadores. Repreensões permanentes criam ansiedade e
matam a autoconfiança.
A construção da confiança
A autoconfiança pode construir-se, passo a passo, com pequenos êxitos, baseados no
esforço diário. Para isso, são essenciais o saber e a consciência do dever cumprido.
Eis dois exercícios mentais muito importantes para a construção da autoconfiança:
lembrar resultados positivos e acreditar no sucesso (quem já venceu pode voltar a vencer).
Persistência
O essencial para alcançar o sucesso é o empenho do aluno e não apenas a ajuda dos
pais ou professores.
Se os métodos de trabalho forem corretos, é necessário persistir, não cedendo às
primeiras dificuldades.
Pausas no trabalho
Quando o estudante começa a sentir cansaço, é conveniente fazer uma pausa ou
mudar de assunto.
O ideal é realizar pequenos intervalos ao fim de um período de esforço intenso e
concentrado. A regra pode ser: 10 m de intervalo por cada hora de estudo.
Para evitar a saturação, o estudante poderá também mudar de assunto, mas faça-o
para uma disciplina diferente (Inglês e Geografia, por exemplo), para não haver confusões.
A eficácia de um horário
É importante haver um horário semanal para o estudo. Deve ser realista e ajustar-se
às necessidades individuais e também ser flexível e ter em conta os compromissos relativos
às várias disciplinas (testes e trabalhos, por exemplo).
O horário deve funcionar como um guia que leva o aluno a trabalhar com regularidade.
Exercício de autodisciplina
O cumprimento do horário favorece a aquisição de autodisciplina, sendo que esta é um
trunfo fundamental para o sucesso nos estudos e na vida.
O trabalho regular implica alguma dose de sacrifício, mas traz enormes recompensas:
previne a fadiga, as confusões e a ansiedade de quem guarda o estudo para a última hora…
Ocupações extra-escolares
Um bom estudante deve dar prioridade ao trabalho escolar. Mas isso não significa que
se torne um “escravo do dever”.
Na escolha das suas atividades, é vantajoso ter em conta os seguintes critérios:
A saúde física e psicológica (música, desporto, …);
O convívio;
O contato com o mundo do trabalho (que abre novos horizontes e pode
ajudar na escolha de uma vocação profissional.
3. Local de estudo
O estudante deve ser incentivado a organizar o seu local de trabalho, tendo em conta
os seguintes aspetos:
Se possível, ter um local exclusivamente dedicado ao estudo;
Estudar num local confortável e com boa iluminação;
Ter todo o material necessário nesse local (para evitar interrupções);
Pôr fora do local de trabalho (ou desligar) tudo aquilo que possa servir de
distração (TV, jogos de computador, telemóvel, etc.);
Evitar ser interrompido por outras pessoas.
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SABER ESTUDAR
1. O material de trabalho
É muito importante levar sempre para as aulas o material necessário, para seguir as
explicações do professor, tirar apontamentos, ou sublinhar o manual.
Se o não fizer, mostra pouco brio e, certamente, não consegue trabalhar bem.
2. Os assuntos da lição
Se tiver conhecimento do assunto a ser tratado na próxima lição, o aluno terá toda a
vantagem em preparar-se com antecedência.
Com este tipo de preparação prévia, por vezes em forma de t.p.c., consegue:
Captar de forma mais rápida e profunda a matéria dada;
Participar de forma mais eficiente na aula, dando contributos ou colocando
dúvidas;
Registar apontamentos com maior facilidade.
O tempo gasto nesta atividade é bem compensado pelas vantagens conseguidas.
3. Saber escutar
A atenção é um fator essencial. Prestar atenção implica evitar brincadeiras, conversas
ou ocupações despropositadas (realizar trabalhos de outra disciplina, por exemplo).
Os alunos atentos concentram-se nas aulas, captando o essencial das matérias, tirando
bons apontamentos e poupando horas de trabalho posterior.
É importante saber escolher o lugar e a “companhia”, na sala de aula.
4. A descoberta do essencial
Quando existe um manual adoptado, é mais fácil descobrir o essencial das matérias,
que aparecem organizadas no manual. Mas, quando não existe manual, é muito mais
importante tirar bons apontamentos, conhecer o método do professor, interpretar bem as
palavras e ouvir até ao fim o que é dito na aula.
O aluno deve também escutar até ao fim as explicações do professor, mesmo que a
matéria não lhe agrade ou não concorde com o que está a ser dito.
5. O espírito crítico
O aluno deve refletir e avaliar aquilo que escuta. Isto significa que um aluno não se
deve limitar a assistir e a escutar, aceitando ou rejeitando as coisas sem reflexão.
A reflexão crítica é um processo ativo de aprendizagem e uma condição indispensável
para uma boa participação nas aulas.
6. Participação
Fazer perguntas
Fazer perguntas é um bom processo de participação. Mas elas devem ser interessadas,
concretas e oportunas.
Intervir nos debates
Intervir nos debates facilita a assimilação da matéria, já que a memória guarda melhor
aquilo de que se fala do que aquilo que apenas se escuta ou lê. Serve também de treino
para a comunicação com os outros e dá autoconfiança.
Tirar apontamentos
O normal é fixarmos cerca de 20% do que apenas ouvimos. A única técnica que
permite não perder o que se escuta é escrever apontamentos. É muito importante ter
sempre à mão um caderno onde estes apontamentos possam ser registados.
Selecionar
É fundamental saber selecionar o que é mais importante.
O manual contém o essencial da matéria, bastando anotar aquilo que completa ou
clarifica o que está escrito. Se não existir um manual, é importante escrever o mais
possível, centrando a atenção nas ideias e não nas palavras do professor.
Existindo ou não um manual, o aluno não deve deixar nunca de anotar:
Esquemas (quadros, gráficos, desenhos que resumem o essencial);
Definições, fórmulas, sínteses e comentários feitos pelo professor (estes
elementos dão pistas sobre os elementos mais valorizados nos testes, por
exemplo);
Exercícios realizados;
Indicações bibliográficas.
5. Trabalho em grupo
2. A realização do trabalho
Definir objetivos
Para que o trabalho possa ser realizado com êxito, é necessário que o grupo estabeleça
objetivos claros, que sejam compreendidos e respeitados por todos os elementos.
Distribuir tarefas
As tarefas podem ser distribuídas de diversas formas:
Cada elemento seleciona um aspeto do trabalho que deseja realizar;
Os elementos discutem e decidem, por consenso, a divisão do trabalho;
O grupo decide aceitar as orientações do líder.
Estabelecer regras
O equilíbrio do grupo exige regras que estabeleçam o modo de funcionamento e os
prazos a cumprir, não devendo tolerar-se a fuga ao definido por consenso.
Relações humanas
É muito importante cuidar das boas relações interpessoais, já que ajudam a confiança
mútua, a cooperação e a produtividade do trabalho. No grupo, o diálogo é a única forma
correta de ultrapassar conflitos.
As principais regras para a convivência são:
Escutar os outros, sem os interromper desnecessariamente;
Ter autodomínio, controlando os impulsos momentâneos;
Ser tolerante, compreendendo as limitações alheias;
Corrigir sem ofender, manifestando as nossas divergências com delicadeza;
Oferecer elogios, salientando os aspetos positivos do trabalho dos outros;
Usar o bom humor, acalmando e descontraindo o ambiente, nos momentos
de tensão.
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SABER ESTUDAR
Podemos distinguir dois tipos de atitude quanto à preparação para os testes e outras
formas de avaliação: o aluno que planeia e o que não organiza o estudo ao longo do tempo.
Este último prepara-se apenas na véspera das provas. O estudo “à última hora”,
apesar de resultar em algumas situações, não é de todo aconselhável, uma vez que a
informação apenas fica registada na memória a curto prazo e por pouco tempo. Impede o
desenvolvimento de capacidades de relacionar, compreender e aplicar conceitos e
conhecimentos de forma inteligente. Diversas disciplinas, como Matemática, Português,
Ciências Físico-Químicas, Inglês, Francês, não se compadecem com uma atitude deste tipo.
Outra tendência de quem concentra o estudo na véspera é a de fazer um esforço
intenso sem cumprir pausas de descanso – estudar até tarde, levantar-se de madrugada…
Na verdade, no dia anterior à prova, deve descansar-se mais, pois o sono regular é
indispensável à concentração e à capacidade de raciocinar com clareza. Um aluno cansado
fica mais irritável e menos lúcido e tem tendência a precipitar-se, a dar respostas
imediatas, sem uma leitura adequada das questões.
Para obter um bom desempenho nas provas de avaliação, além dos aspetos já
referidos, importa salientar os seguintes:
Estudar de forma planeada, não deixando o estudo para a véspera;
Proceder a uma cuidadosa revisão da matéria;
Treinar respostas, resolver testes anteriores;
Encarar a avaliação com confiança;
Refletir antes de responder, procurando captar o sentido exato da pergunta;
Responder de forma clara e segura;
Evitar falar daquilo que não se domina bem;
Não dar opiniões pessoais, caso não sejam pedidas;
Assumir as responsabilidades perante uma nota negativa;
Aproveitar o aviso, caso as notas estejam baixas, para modificar os métodos
de trabalho.
8. BIBLIOGRAFIA
ALAÍZ, Vítor; BARBOSA, João, Aprender a Ter Sucesso na Escola, Lisboa, Texto
Editora, 1995;
DIAS, Maria Margarida; NUNES, Maria Manuel, Manual de Métodos de Estudo, Ed.
Universitárias Lusófonas, Lisboa, 1998;
ESTANQUEIRO, António, Aprender a Estudar – Um Guia para o Sucesso na Escola,
Lisboa, Texto Editora, 8.ª edição, 1999;
LIEURY, Alain; FENOUILLET, Fabien, Motivação e Sucesso Escolar, Lisboa, Editorial
Presença, 1997;
MARUJO, Helena Águeda; NETO, Luís Miguel; PERLOIRO, Maria de Fátima, A
Família e o Sucesso Escolar, Lisboa, Ed. Presença, 1998;
SILVA, Ana Lopes da; SÁ, Isabel de, Saber Estudar e Estudar para Saber, Col. Ciências
da Educação, Porto, Porto Editora, 2.ª edição, 1997.
A
AOOSS PPA
AIISS…
…
Uma das características dos alunos bem sucedidos é saberem preparar-
se para os testes. Os melhores alunos não são necessariamente os mais
“espertos”, mas, quase sempre, os mais responsáveis e organizados.