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Mensagem
12º C ANO LETIVO: 2020/2021 Professora : Anabela Jorge
ULISSES
Fernando Pessoa
“Ulisses” (BRASÃO)
Ulisses: figura mítica fundadora da cidade de Lisboa (= Portugal). É o pai mítico dos
Portugueses, de quem terão herdado as suas marcas genéticas, ou seja, estão
predestinados para grandes aventuras marítimas.
1ª estrofe
definição paradoxal de MITO (oxímoros: vv.1, 4-5)
- é “nada”, porque é uma invenção (não existe)
- é “tudo”, porque é fonte de vida (permite gerar novas realidades): está na origem
dos grandes acontecimentos. Para realizar, é preciso, primeiro, acreditar.
Metáforas:
O “mito” é…
- “o nada que é tudo.” (v.1: oxímoro)
- “O mesmo sol que abre os céus” (v.2) em si mesmo não é vida, mas traz vida
(luz; clarividência)
2ª estrofe
Essência do MITO: a contradição (oxímoros: vv. 1, 4-5)
ainda que ficção, o mito é uma força criadora, que permite a superação dos limites
impostos pela realidade e pela condição humana
3ª estrofe
(conclusiva, na estrutura argumentativa): reforça a afirmação contida no primeiro
verso e explica a passagem do “nada” ao “tudo”: a lenda entra na realidade e fecunda-
a, tornando insignificante a vida do mundo real, isto é, a realidade só vive através do
mito.
CONCLUSÃO
Ulisses = primeiro castelo força do mito de Ulisses: primeira base de renovação de tudo
o resto
sempre à espera de ser reaproveitado quando a realidade enfraquece
(é Deus morto ainda vivo)
Antes dos homens reais, há o homem-mito, do qual vem a energia do futuro. O mito
(“tudo”) é a fonte da vida (“nada”).