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Bibliografia compl m t-

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Estudamos, até aqui, os objetivos, tarefas e componentes do processo


didático, bem como o processo de ensino e seus elementos constitutivos
- objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas (destacando a aula
como forma básica de organização do ensino), e a avaliação. Na seqüência
dos capítulos, preocupamo-nos em assentar as linhas básicas de direção e
realização do ensino, no entendimento de que essa tarefa se constitui no
ponto de referência das outras duas tarefas docentes: planejar e avaliar.
Com efeito, o planejamento do ensino e a avaliação são atividades que
supõem o conhecimento da dinâmica interna do processo de ensino e apren-
dizagem e das condições externas que co-determinam a sua efetivação.
O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão
das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em
face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer
do processo de ensino. O planejamento é um meio para se programar as
A ações docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão inti-
lmamente ligado à avaliação.
Há três modalidades de planejamento, articuladas entre si: o plano da
escola, o plano de ensino e o plano de aulas.
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Neste capítulo serão tratados os seguintes l ma () 1'11111 111111 IItll 111111 u-ru, ",'jlll, I. .' '!lIjlll 11111<;< 't':

o a importância do planejamento escolar; li h. pll 1I\I 1" lIl'fplO,', dircrriz 'S • pr .dim 't'll d tra alh .d,. I~l'
que . 'li!' m a articulação entre as tarc~a~ da_escola e a ?XIgcnclus
o requisitos gerais para o planejamento;
do c ntcxt social e do processo de parucrpaçao democrática.
o o plano da escola; b) Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, ~o:ítico~pe-
o o plano de ensino; dagógico e profissional e as ações efetivas que o professor Ira realizar
o o plano de aulas. na sala de aula, através de objetivos, conteúdos, métodos e formas
organizativas do ensino.
c) Assegurar a racionalização, organização e coordenação do, ~a?alho
docente, de modo que a previsão das ações docentes possibilite ao
.Importância do planejamento escolar professor a realização de um ensino de qualidade e evite a improvisação.
e a rotina.
d) Prever objetivos, conteúdos e métodos a partir da consideração das
o trabalho docente, como vimos, é uma atividade consciente e si te exigências postas pela realidade social, do nível de preparo e das con-
mática, em cujo centro está a aprendizagem ou o estudo dos alunos sob a dições sócio-culturais e individuais dos alunos.
direção do professor. A complexidade deste trabalho foi evidenciada ao e) Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, uma vez _que
longo deste livro: ele não se restringe à sala de aula; pelo contrário, está toma possível inter-relacionar, num plano, os elem~ntos que comp?em
Jdireta~e~te 2igado a exig~ncias sociais ~ ~ experiência de vida dos alunos. o processo de ensino: os objetivos (para que ensinar), os c~nteudos
tA assimilação de conhecimentos e habilidades e o desenvolvimento das (o que ensinar), os alunos e suas possibilidades (a quem .e~slllar), os
capacidades mentais decorrentes do processo de ensino não têm valor em métodos e técnicas (como ensinar) e a avaliação, que está intimamente
si mesmos, mas visam instrumentalizar os alunos como agentes ativos e relacionada aos demais. .
participantes na vida social. f) Atualizar o conteúdo do plano sempre que é revisto, aperfeiçoando-o
O planejamento é um processo de racionalização, organização e coor- em relação aos progressos feitos no campo de conhecim~ntos, a~e-
denação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática quando-o às condições de aprendizagem dos alunos, aos metodo~: te~-
nicas e recursos de ensino que vão sendo incorporados na experiencia
do contexto social. A escola, os professores e os alunos são integrantes da
dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar está cotidiana.
atravessado por influências econômicas, políticas e culturais que caracte- g) Facilitar a preparação das aulas: selecionar o material didático em
I \ rizam a sociedade de classes. Isso significa que os elementos do planeja- tempo hábil, saber que tarefas professor e alunos devem executar,
mento escolar - objetivos, conteúdos, métodos - estão recheados de replanejar o trabalho frente a novas situações que aparecem no decorrer
implicações sociais, têm um significado genuinamente político. Por essa das aulas.
1 razã~, o plan~amento é uma at~vidade de reflexão acerca das nossas opções Para que os planos sejam efetivamente instrumentos para a ação:.dev~m C
le açoes; se nao pensarmos c tidamente sobre o rumo que devemos dar ao ser como um guia de orientação e devem apresentar ordem seqüencial,
nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses objetividade, coerência, flexibilidade.
dominantes na sociedade. A ação de planejar, portanto, não se reduz ao i Em primeiro lugar, o plano é um guia de orientação, pois nele são
simples preenchimento de formulários para controle administrativo; é, antes, estabelecidas as diretrizes e os meios de realização do trabalho docent~.
a atividade consciente de previsão das ações docentes, fundamentadas em Como a sua função é orientar a prática, partindo das exigências. da própna
opções político-pedagógicas, e tendo como referência permanente as situa- prática, ele não pode ser um documento rígido e absoluto, pOIS u~a das
ções didáticas concretas (isto é, a problemática social, econômica, política características do processo de ensino é que está sempre em mO~lmento,
e cultural que envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a co- está sempre sofrendo modificações face às condições reais. E~peclalmente
munidade, que interagem no processo de ensino). em relação aos planos de ensino e de aulas, nem sempre as COIsas ocorrem

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unm Ilt \ mo f rum pluncjada : por cx mplo, 'rios 'oul lido ( I} 1111
d I 1(lI't'l1dizLl1'111 n pode reduzir-se apcna a uma prova bimestral, ~as
lI1uis I 'l11pOd que o previ to; o plano não previu um p r odo til' h 111
I'v 'Jl1 • apli ar muitas formas de avaliação ao longo do processo de ensino.
turn nt de pré-requisitos para iniciar a matéria nova; no d s mvolvln« 1110
do programa houve necessidade de maior tempo para consol idll\'!\o (Il' f Em quinto lugar, o plano deve. ter flexibilidade: No decorrer do ano
Sã necessárias, portanto, constantes revisões. ?
I tivo, o professor está sempre orgamzando e reor~a!:l1z.ando seu trabalh_o.
j Em segundo lugar, o plano deve ter uma ordem seqüencial, pr r 'SSiVII, Como dissemos, o plano é um guia e não uma decisão mfle~Ivel. A r~laçao
Para alcançar os objetivos, são necessários vários passos, de modo que I pedagógica está sempre sujeita a condições concretas, a r~al.Idade esta s~m-
ação docente obedeça a uma seqüência lógica. Não se quer dizer que, 1111 pre em movimento, de forma que o plano está sempre sujeito a a1teraçoe~.
prática, os passos não possam ser invertidos. A ocorrência dessa po si bi Por exemplo, às vezes o mesmo plano é elaborado para duas classes di-
lidade é uma coisa positiva, embora indique que a nossa previsão falh u; ferentes, pois não é possível fazer previsões definitivas antes de ~oloc~ o
somente sabemos que falhou porque fizemos uma previsão dos passos. plano em execução; no decorrer das aulas, entretant~, o p~ano VaI obnga-
toriamente passando por adaptações em função das situações docentes es- .
Em terceiro lugar, devemos considerar a objetividade. Por objetividade
pecíficas de cada classe.
entendemos a correspondência do plano com a realidade à que se vai aplicar.
Não adianta fazer previsões fora das possibilidades humanas e materiais
da escola, fora das possibilidades dos alunos. Por outro lado, é somente
tendo conhecimento das limitações da realidade que podemos tomar deci-
(.j
I
Falamos das finalidades e das características do planejamento. Resta
dizer que há planos em pelo menos três níveis: o plano da escola, o pla~o
de ensino e o plano de aula. O plano da escola é um documen~o m_aIs
sões para superação das condições existentes. Quando falamos em realidade, global; expressa orient.ações gerais q~e sintetizam, de um lado, ~s h~açoes
devemos entender que a nossa ação, e a nossa vontade, são também com- . da escola com o sistema escolar mais amplo e, de outro, ~s hgaçoe~ do
ponentes dela. Muitos professores ficam lastimando dificuldades e acabam
I projeto pedagógico da escola com os planos ~e ensin~ ~ropname~te. ditos.
por se esquecer de que as limitações e os condicionantes do trabalho docente O plano de ensino (ou plano de unidades) e a prevIsao, dos objetivos e
podem ser superados pela ação humana. Por exemplo, no início do ano o tarefas do trabalho docente para um ano ou semestre; e um documento
professor logo percebe que os alunos vieram da série anterior sem certos v mais elaborado, dividido por unidades seq~enciais, no qua~ ~parecem ob-
pré-requisitos para começar matéria nova. Pode até acontecer que o pro- jetivos específicos, conteúdos e de~envolvImento ~etodologICO. O plano
fessor da série anterior tenha desenvolvido a matéria necessária, mas os de aula é a previsão do desenvolvimento do conteudo para uma aula ou
alunos esqueceram os conhecimentos ou não os consolidaram. Essa cir- conjunto de aulas e tem um caráter bastante específico.
cunstância é um dado de realidade. Não resolverá nada criticar o professor
O planejamento não assegura, por si só, o andam,:nto do. pro_cesso de
da série anterior ou tachar os alunos de burros. Ao contrário, trata-se de
ensino. Mesmo porque a sua elaboração está em funçao da direção, o~ga-
tomar esta realidade como ponto de partida e trabalhar os pré-requisitos,
nização e coordenação do ensino. É preciso, pois, .que os planos e.stejam
sem os quais é impossível começar matéria nova.
continuamente ligados à prática, de modo que sejam sempre revistos e
'/..Em quarto lugar, deve haver coerência entre os objetivos gerais, os refeitos. A ação docente vai ganhando eficácia na medida em que o p~ofes~or
objetivos específicos, conteúdos, métodos e avaliação. Coerência é a relação vai acumulando e enriquecendo experiências ao lidar com as situações
que deve existir entre as idéias e a prática. É também a ligação lógica concretas de ensino. Isso significa que, para planejar, o professor se ser;e,
entre os componentes do plano. Se dizemos nos nossos objetivos gerais
de um lado, dos conhecimentos do processo did~tico e ~~s ~eto~o~ogIaS
que a finalidade do trabalho docente é ensinar os alunos a pensar, a de-
específicas das matérias e, de outro, da sua própna expenenc!a pr~tlca. A
envolver suas capacidades intelectuais, a organização dos conteúdos e mé-
cada etapa do processo de ensino convém que o profe~sor va registrando
todos deve refletir esse propósito. Quando estabelecemos objetivos espe-
no plano de ensino e no plano de aula~ novos conh,ecI.me~t~s: nova~ ex-
íficos da matéria, a cada objetivo devem corresponder conteúdos e métodos
periências. Com isso, vai criando e recnando sua pr~pna didática, va~ en-
compatíveis. Se queremos conseguir dos alunos autonomia de pensamento, e

riquecendo sua prática profissional e ganhando maIs. segurança. Ag~ndo


apacidade de raciocínio, devemos programar tarefas onde os alunos possam
assim, o professor usa o planejamento como oportumdade de reflexao e
desenvolver efetivamente, ativamente, esses propósitos. Se temos em mente
avaliação da sua prática, além de tomar menos pesado o seu trabalho, uma
que não há ensino sem a consolidação de conhecimentos, a nossa avaliação
vez que não precisa, a cada ano ou semestre, começar tudo do marco zero.

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1111 ('lltldll dl' PIll(HII '1011\I IIl'SSlI pO( uluç:l) um' xlucn .uo u 'rui, iul Ir tu"
Requisitos para o planejamento l IHoli -iOIlIlI.
A 's .olu dcrn crática, portanto, é aquela que possibilita a to.das as
Conforme vimos, o planejamento escolar é uma atividade qu ' mh 111 ,
.\ iunçns u a imitação de conhecimentos científicos e o desenvolVImento
a tomada de decisões da escola e dos professores em relação à situnçoc»
ti. suas apacidades intelectuais, de modo a estarem preparadas para par-
docentes de ensino e aprendizagem, tendo em vista alcançar os m lhon••
ti cipar ativamente da vida social (na profissão, na polític~, ~a :ultu~a).
resultados possíveis. O que deve orientar a tomada de decisões? Quais SUl
I\s im as tarefas da escola, centradas na transmissão e assimilação ativa
os requisitos a serem levados em conta para que os planos da escola, de
d s conhecimentos, devem contribuir para objetivos de formação profis-
ensino e de aula sejam, de fato, instrumentos de trabalho para a intervenção
ional, para a compreensão das realidades do mund~ do tr~balho;. ~e fo!-
e transformação da realidade?
mação política para que permita o exercíc~o ativo d,a.cidadania (partlCI~açao
Os principais requisitos para o planejamento são: os objetivos e tarefa nas organizações populares, atitude consciente e cntica no processo elelt~r~l
da escola democrática; as exigências dos planos e programas oficiais; as etc.); de formação cultural para adquirir uma visão de mundo compatível
condições prévias dos alunos para a aprendizagem; os princípios e as con- com os interesses emancipatórios da classe trabalhadora.
dições do processo de transmissão e assimilação ativa dos conteúdos. Ao planejarem o processo de ensino, a escola e os professo~es dev~m,
pois, ter clareza de como o trabalho docente pod~ pre~ta: ur,nefetlv? s.erv19°
à população e saber que conteúdos respo~dem as eXI~enCIaS _profISSIOnaIS,
Objetivos e tarefas da escola democrática políticas e culturais 'postas por uma SOCIedadeque ainda nao alcançou a
democracia plena.
A primeira condição para o planejamento são convicções seguras sobre Se acreditamos que a educação escolar tem um papel na democratiza~ão
a direção que queremos dar ao processo educativo na nossa sociedade, ou nas esferas econômica, social, política e cultural, ela será mais democrática
seja, que papel destacamos para a escola na formação dos nossos alunos. quanto mais for universalizada a todos, assegurando tant? o acess?e a
Desde o início deste livro mostramos que os objetivos e tarefas da escola permanência nas séries iniciais, quanto o domínio de conhecIme~tos baslc~s
democrática estão ligados às necessidades de desenvolvimento cultural do e socialmente relevantes e o desenvolvimento das capacidades intelectuais
povo, de modo a preparar as crianças e jovens para a vida e para o trabalho. por parte dos alunos.
Sabemos que a escola pública de hoje é diferente da escola do passado.
~\ A escola pública do passado era organizada para atender os filhos das
famílias das camadas alta e média da sociedade, que, geralmente, já dis- Exigências dos planos e programas oficiais
punham de uma preparação familiar anterior para terem êxito nos estudos.
Era uma escola que proporcionava uma formação geral e intelectual para (r A educação escolar é direito de todos os brasileiros con:o condição
os filhos dos ricos, enquanto os pobres que conseguiam ter acesso à esco- de acesso ao trabalho, à cidadania e à cultura. Enquanto tal e dever dos
larização tinham outra escola: a de preparação para o trabalho físico (para governos garantir o ensino básico a todos, traçar um~ política educa~ional,
profissões manuais), com conhecimentos reduzidos e quase nenhuma preo- prover recursos financeiros e materiais para o funcionamento do SIstema
cupação com o desenvolvimento intelectual. escolar administrar e controlar as atividades escolares de modo a assegurar
A situação pouco mudou no que se refere aos conteúdos do ensino, o direito de todas as crianças e jovens receberem um ensino de qualidade
mas houve uma modificação fundamental: a escola pública de hoje - e e socialmente relevante. Sabemos que em nosso país as coisas não se passam
aqui falamos das escolas dos centros e periferias urbanas das grandes ci- assim e em todos os lugares a educação escolar do povo tem sido relegada
dades, das escolas das cidades de médio e pequeno porte e das escolas ao se~undo plano. Entretanto, os diversos set~res organizados da socied~de
rurais - recebe um grande contingente de crianças e jovens pertencentes _ organizações e movimentos populares, pais, pro.fess~res, ~u~os - tem
à população pobre. Esta realidade impõe às escolas e aos professores a exigido dos governos o cumprimento das suas obngaçoes públicas em re-
exigência de recolocar a questão dos objetivos e dos conteúdos de ensino, lação ao atendimento do direito à educação.

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.1 I ira u iutr dução de conhecimentos novos e, portanto, para
Uma das responsabilidade d p der pú li LI labor I' () tI~ (lI "I\!
e programas oficiais de instrução, de âmbito naci nal, r' .lubor \th' ~,11I o 'xito de uça que se planeja. . _
ganizados nos estados e municípios em face de diver idad r ionui: l 10 Em relação aos alunos da escola pública, a verificação das Co~dIçoes
cais. Os programas oficiais, à medida que refletem um núcl ouiuui ti potenciais de rendimento escolar depende. ~e um ~azoável ~onhecIment.o
conhecimentos escolares, têm um caráter democrático, pois, a par de S 'I '111 dos condicionantes sócio-culturais e matenais: ambiente .socIal em que VI-
garantia da unidade cultural e política da nação, levam a assegurar a t UON vem, a linguagem usada nesse meio, as ~ondições de vId~ e de tra"?alho:
os brasileiros, sem discriminação de classes sociais e de regiões, o direito Esse conhecimento vai muito além da simples constataçao da r~alIda~e,
de acesso a conhecimentos básicos comuns. deve servir de ponto de apoio pedagógico para o trabalho doce~te. E precls~
que o professor esteja disponível para aprender com a realidade, extrair
Os planos e programas oficiais de instrução constituem, portanto, um
dos alunos infonnações sobre a sua vida cotidiana, lev~-los a confro,ntar
J utro requisito prévio para o planejamento. A escola e os professores, porém,
os seus próprios conhecimentos com a informação embutida nos co~te~d~s ,
d:vem ter em conta que os planos e programas oficiais são diretrizes gerais,
escolares. O fato é que os deterrninantes sociais e culturais da sua eXI~tencIa
s~o,~ocumentos, ~e referência, a partir dos quais são elaborados os planos
didáticos específicos. Cabe à escola e aos professores elaborar os seus concreta influem diretamente na apreensão dos objetos de ~onheclmento
própri~s planos, selecionar os conteúdos, métodos e meios de organização trazidos pelo professor e, portanto, constituem ponto de partida para a as-
do ensmo, em face das peculiaridades de cada região, de cada escola e -similação dos conhecimentos sistematizados.
das particularidades e condições de aproveitamento escolar dos alunos. O planejamento da escola e do ensino depende~ das ~~ndições esco-
I A conversão dos planos e programas oficiais em planos de ensino lares prévias dos alunos, De nada adianta introduzIr ~~tena nova, se os
para situações docentes específicas não é uma tarefa fácil, mas é o que alunos carecem de pré-requisitos. A introdução ~e matena n?va ou a con-
assegura a liberdade e autonomia do professor e a adequação do ensino às solidação da matéria anterior requerem necessan.amente ven~car o ponto
realidades locais. Além disso, nenhum plano geral, nenhum guia metodo- de preparo em que os alunos se enc~ntram, a fim .de. garantlf a b~s~ de
lógico, nenhum programa oficial tem respostas pedagógicas e didáticas conhecimentos ~ habilidades necessána para a continuidade da matena.
para garantir a organização do trabalho docente em situações escolares Um professor não pode justificar o fracasso dos alunos ~ela falta de
concretas. base anterior; o suprimento das condições prévias de aprendIzage~ de~e
Na verdade, cabe ao professor, mais que o cumprimento das exigências ser previsto no plano de ensino. Não pode alegar que. os alunos sao ,dIS-
dos planos e programas oficiais, a tarefa de reavaliá-Ios tendo em conta persivos; é ele quem deve criar as condições, os incentivos e os co~teudos
objetivos. d~ ~nsino para a realidade escolar onde trabalha. Conta-se, aqui, para que os alunos se concentrem e ~e ~ediquem ao ~abalho. Nao po~e
com a criatividade, o preparo profissional, os conhecimentos de Didática alegar imaturidade; todas os alunos dispõem de ~m nível d~ d~senvolv~-
de Psicol~gia, de Socio!og.ia e, especialmente, da disciplina que esse pro~ mento potencial ao qual o ensino deve chegar. Nao po~e atribuir aos pais
(essor leciona e seu significado social nas circunstâncias concretas do o desinteresse e a falta de dedicação dos alunos, muito menos a~usar a
ensino. pobreza como causa do mau desempenho escolar; as desvantag~ns mtelec-
tuais e a própria condição de vida material dos alunos, que dificultam o
enfrentamento das tarefas pedidas pela escola, devem ser tomadas como
ponto de partida para o trabalho docente.
Condições prévias para a aprendizagem
? planejamento escolar - seja da escola, seja do professor - está
ndicionado pelo nível de preparo em que os alunos se encontram em Princípios e condições de
relação às tarefas da aprendizagem. Conforme temos reiterado, os conteúdos
de ensino são transmitidos para que os alunos os assimilem ativamente e
transmissão / assimilação ativa
o transformem em instrumentos teóricos e práticos para a vida prática. Este requisito diz respeito ao domínio dos meios e condições de orie~-
Saber em que pé estão os alunos (suas experiências, conhecimentos ante- tação do processo de assimilação ativa nas aulas. O planejamento das UI1l-
I i res, habilidades e hábitos de estudo, nível de desenvolvimento) é medida

229
228
. . () (I vo 'nv Ivirncn; das capacidades
1 III I ., nstu
l'lIll' ) o
li \tIl. I li Ilira.' • 11I~uulus ti 'V' 'stnr '111 '011 '~pOlltl 1\( ill ruru I 11111111
111 'k 'lu lis Ias alun s;
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• o ,'iSl sma de rganização e administração da escola.
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pllllO de nsin H I s ri' das situa s d ' nt 's '~P" li, I" '11111 I ~. . I olítica e cultural do contexto em
IIHIi 'I -uo ti qu s alun s farã para se nvolv r m na utividudc d,,'( 1111 \. uru 'l 'riz.ação economlca, SOCIa, P
• tio «11' o pr ~ ar fará para dirigir a atividade nos itivu dos dlllltl [uc stã in erida a nossa escola:
('111 l'11I~~ .• l a unto já foi desenvolvido em capítul s ant 'ri I' '~, • panorama geral do contexto; . .
• aspectos principais desse contexto que incidem no processo ensi-
no-aprendizagem.
() lano da escola Características sócio-culturais dos alunos: .
• origem social e condições materiais de VIda; . _
plano da escola é o plano pedagógico e administrativo da unidade ectos culturais: concepção de mundo, práticas de ~na~ao ~ edu-
asp _ d . motivações e expectativas profiSSIOnaIS, lingua-
l H .olar, onde se explicita a. concepção pedagógica do corpo docente, a~ caçao as cnanças, . _ ,
II IS 'S teórico-metodológicas da organização didática, a contextualização gem recreação, meios de comumcaçao etc.,
o .ial, econômica, política e cultural da escola, a caracterização da clientela • cara~terísticas psicológicas de cada faixa etária em termos de apren-
l," lar, os objetivos educacionais gerais, a estrutura curricular, diretrizes dizagem e desenvolvimento. , .
1\1·t dológicas gerais, o sistema de avaliação do plano, a estrutura organi- Objetivos educacionai.s gerais da esc~~a quanto a(s).
5.
zuci nal e administrativa,
• aquisição de conhecimentos e ~abIhdades;
O plano da escola é um guia de orientação para o planejamento do • capacidades a serem desenvolvIdas;
pro esso de ensino. Os professores precisam ter em mãos esse plano abran-
• atitudes e convicções. .
~ .ntc, não só para uma orientação do seu trabalho, mas para garantir a . Ib
ão do plano de ensmo:
6. Diretrizes geraIs para a e a oraç .
unidade teórico-metodológica das atividades escolares.
• sistema de matérias - estrutura curricular:
O plano da escola, enquanto orientação geral do trabalho docente,
• critérios de seleção de objetivos e conteúdos; . _ '.
ti svc ser consensualentre o corpo docente. Pode ser elaborado por um ou
• diretrizes metodológicas gerais e formas de orgamzaçao do ensmo,
mui membros do corpo docente e, em seguida, discutido. O documento
final deve ser um produto do trabalho coletivo, expressando os posiciona- • sistemática de avaliação.
m ntos e a prática dos professores. Com efeito, o plano da escola deve Diretrizes quanto à organização e à administração:
7.
xpressar os propósitos dos educadores empenhados numa tarefa comum. • estrutura organizacional da escola; , .
/\. não-confluência em tomo de princípios básicos de ação pode ser nefasta • atividades coletivas do corpo docente: reuniões pedagog1cas, con-
pura a ação coletiva na escola, ~m repercussões negativas na sala de aula. selho de classe, atividades comuns;
A seguir; sugerimos um roteiro para a elaboração do plano da escola. • calendário e horário escolar;
1• Posicionamento sobre as finalidades da educação escolar na sociedade • sistema de organização de classes;
e na nossa escola. sistema de acompanhamento e aconselhamento dos alunos;
Bases teórico-metodológicas da organização didática e administrativa • sistema de trabalho com os pais; . c
são o nosso entendimento sobre: 'bl' ~ .o estudantil esportes, les-
atividades extra-classe: bi íoteca, grerm . . . -' I . da
• o tipo de homem que queremos formar; tas, recreação, clubes de estudo, visitas a ínsutuiçoes e OCaIS

as tarefas da educação geral; cidade;. 1d t e ad-


sistema de aperfeiçoamento profissional do pessoa ocen e
o significado pedagógico-didático do trabalho docente: as teorias
ministrativo;
do ensino e da aprendizagem;
231
230
cspccíf O , conteúdo (com a divisão ternática de cada unidade); tempo
• normas gerais de funcionamento da vida j 1111 111 I
provável e desenvolvimento metodológico (atividades do professor e dos
na escola e na sala de aula. alunos). Sua elaboração pode ser apresentada de acordo com o quadro da
página anterior.
o plano de ensino
o plan o d e ensmo
., e ym roteiro. organizado das unidades di dãti , Justificativa da disciplina
para um ano ou semestre E d . do també I I H/'l
de unidades d' dá . " enomma ? tambem plano de curso ou plano
d' . r 1 ~tlC~S e contem os segumtes componentes: justificativa da Este tópico do plano de ensino deve responder à seguinte pergunta:
lSClp ma em re açao aos objetivos da escola; objetivos gerais; objetivo. I qual a importância e o papel da matéria de ensino no desenvolvimento das
capacidades cognoscitivas dos alunos? Em outras palavras, para que serve
ensinar tal matéria? O estudante do curso de Habilitação ao Magistérib
PLANO DE ENSINO (ANUAL/SEMESTRAL)
precisa saber responder a esta questão.
Disciplina: . A justificativa pode ser iniciada com considerações sobre as funções
Série: . sociais e pedagógicas da educação escolar na nossa sociedade, tendo em
vista explicitar os objetivos que desejamos alcançar no trabalho docente
Ano: .
com os alunos. Em seguida, descrevem-se brevemente os conteúdos básicos
N.? de aulas no ano: no semestre: . da disciplina para indicar para que serve o que se vai ensinar. Com isso
Professor: . se vão definindo os objetivos prioritários, tendo em vista a sua relevância
social, política, profissional e cultural. Finalmente, trata-se de explicitar as
Justificativa da disciplina (urna ou mais páginas) formas metodológicas para atingir os objetivos, com base nos princípio
Objetivos gerais: didáticos gerais e no método próprio de cada disciplina, tendo em vista a
assimilação ativa dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades
Objetivos Conteúdos N.O de Desenvolvimento metodológico cognoscitivas dos alunos.
específicos aulas Em resumo, a justificativa da disciplina responderá a três questões
básicas do processo didático: o por quê, o para quê e o como. Este primeiro
Unidade I passo facilitará enormemente nos passos seguintes da elaboração do plan .
1).
2).
3). _. Delimitação dos conteúdos
4).
No passo anterior foram explicitados os objetivos do ensino da mat riu,
Unidade II
ainda que de forma mais geral. Para que possamos definir objetivos e P'
1). cíficos, que, na verdade, são já os resultados esperados da aquisiçã dl'
2). conhecimentos e habilidades (ainda que fixados de antemão), devemos de
3). limitar os conteúdos por unidades didáticas, com a divisão temáticu ti
cada uma.
Bibliografia (do professor): Unidades didáticas são o conjunto de temas inter-relacionados qll

Livro adotado para estudo dos alunos: ccmpõem o plano de ensino para uma série. Cada unidade didática c nt 111
um tema central do programa, detalhado em tópicos.

233
232
1)1111 1111i Iudc did Ili '0 1'111 'OIllO 'unlell'1 slj 'U:: 10111111 \11\1 1\1 lI! 11\1 I\ o xnu 'ú I
1111ti IIt!O: LI I r Ifuma) da di iplina clcci nad e
1I\llp 'l\l'O I' '()llt 'ÚdOf; em 10111
li' uma i leia . .uuul: I 'I 111111\ 11,1 I 111 nt p IlIizmlc .m unidad didáti as, estas subdivididas em tópicos. A prin-
l~lJlitl('ntivll .ntrc os I pi fim de fa ilitur
s u .studo tio.'
:1111111),; 1'1 11111 'jpal virtude I lima unidade didática é que os seus tópicos não são sim-
\' 1I 1i 'I' I' r .lcvância s cial, no . nLido d [uc os ionteúclo: ,"" 111111\ 111 pl 'SII1 .ntc itens de subdivisão do assunto, mas conteúdos problematizados
"ViVOf;" na experiência ial c ncrcta d s alunos. rn função dos objetivos e do desenvolvimento metodológico.

ç~o ~ organização dos contcúd


, ,1\ sei pas arn I r d 'L 'l'Il1inados I ' Quanto mais cuidadosamente for formulado o conjunto de unidades,
'IIII.'II)fI bem como pela especificidad da mat riu, J) 'Vl'1111),
critérios, mais facilmente o professor poderá extrair delas os objetivos específicos,
1"lllhrur-I10S de que os conteúdos não consistem apena de nh i111 'lHos os métodos e procedimentos de ensino.
11101,' também de habilidades, capacidades, atitudes e convicções. • A respeito da seleção e dos critérios de seleção de conteúdos, consultar
, " procedimento mais simples de organização do conjunto das unidad 'S o capítulo 5.
dldn(lcas do plano é o seguinte:
I) Tendo em mente sua concepção de educação e escola, seu posiciona-
me~to sobre os o?jetivos sociais e pedagógicos do processo de ensino Os objetivos específicos
c, amd~, seu posicionarnento e conhecimento em relação à disciplina
que leciona, o professor começa a elaborar o programa. Para isso deve, Ao escrever a justificativa da disciplina, o professor traçou a orientação
cons~l~a~o pro~rama. o~i~ial da matéria (recomendado pelo estado ou geral do seu plano explicitando a importância e o seu papel no conjunto
rnunicípio), o livro didático escolhido e outros livros de consulta. do plano da escola, o' que espera que os alunos assimilem após o estudo
da disciplina e as formas para atingir esse propósito. Agora, partindo dos
11 O programa ou conteúdos para a série é inicialmente dividido em
conteúdos, fixará os objetivos específicos, ou seja, os resultados a obter
unidades didáticas (como se fossem capítulos de um livro), cada uma
do processo do transmissão-assimilação ativa de conhecimentos, conceitos,
com seus respectivos tópicos. A primeira versão é o levantamento
habilidades.
geral d:. temas que podem ser trabalhados. Uma segunda versão será
necessar:la_para adequar o programa ao nível de preparo dos alunos, Uma vez redigidos, os objetivos específicos vão direcionar o trabalho
às C?ndlçoes. concretas de desenvolvimento das aulas, aos objetivos docente tendo em vista promover a aprendizagem dos alunos. Passam, in-
gera~s.do enSl?O da matéria, à continuidade do programa desenvolvido clusive, a ter força para a alteração dos conteúdos e métodos. Na redação,
na sene antenor e, finalmente, ao tempo disponível. o professor transformará tópicos das unidades numa proposição (afirmação)
que expresse o resultado esperado e que deve ser atingido por todos os
.) ~o~c,luída a segunda versão, o professor terá um conjunto de unidades alunos ao término daquela unidade didática.
didáticas para um ano ou semestre e o número de aulas para cada
uma. Pará então uma última checagem para verificar: Os resultados são conhecimentos (conceitos, fatos, princípios, teorias,
interpretações, idéias organizadas etc.) e habilidades (o que deve aprender
se as unidades formam urfi'todo homogêneo e lógico; para desenvolver suas capacidades intelectuais: organizar seu estudo ativo
se as unidades realmente contêm o conteúdo básico essencial em re- e independente; aplicar fórmulas em exercícios; observar, coletar e organizar
laç~o às condições de aprendizagem dos alunos e à exigência de con- informações sobre determinado assunto; raciocinar com dados da realidade;
solidação da matéria assimilada; formular hipóteses; usar materiais e instrumentos dirigidos pela aprendiza-
gem da matéria, como dicionários, mapas, réguas etc.).
se o tempo provável de desenvolvimento de cada unidade é realista
em relação ao que dissemos no item anterior; Na redação dos objetivos específicos, o professor pode indicar também
as atitudes e convicções em relação à matéria, ao estudo, ao relacionamento
se os tópicos de cada unidade realmente possibilitam o entendimento humano, à realidade social (atitude científica, consciência crítica, respon-
da idéia central contida nessa unidade; sabilidade, solidariedade etc.). Embora dificilmente possam ser transfor-
se os tópicos de cada unidade podem ser transformados em tarefas de mados em proposições expressando resultados, esses itens fazem parte dos
estudo para os alunos e em objetivos de conhecimentos e habilidades. objetivos e tarefas docentes.

234 235
Formular objetivo é uma tal' fa qu n 'iSI .• hu.'ie IIlII'lIft. \'111 Ih II 1'111 I lIlIlllldll, ti' I. IlIdll ,'tIl'tll :
crever os conhecimentos a serem assimilad ,as hubilid Idl • 11 1111111 I
atitudes a serem desenvolvidos, ao término do cstud de "I to ollll'tldn
I~ pl '\I por qu OS S .rviço» ti' 111 .udim Illo
de ensino. Objetivos refletem, pois, a estrutura do c nt .údo d I 111111 I I pO(l1l11't O snúclo, ducu uo, trans] ort s 'I .
Devem ser redigidos com clareza, expressando o que o alun ti 'v' IJlI('1I1I 'I dII O ' obri 'LI '; d s r' s públi s.
Devem ser realistas, isto é, expressar resultados de aprendiza ' .m rcnlnu-uü- Ap s .stu I brc atividade econômica bási as, OH dllllll
possíveis de s~rem alc~nçados no tempo que se dispõe c nas 'OIH,J ~'ill d 'v n xplicar a interdcpcndência entre agricultura, indust: ia t

em que se realiza o ensino, Evidentemente, sua formulação c eu 0111 IItft I om rcio, dando vários exemplos.
devem corresponder à capacidade de assimilação dos aluno I1f 1II1l' I
Ajudar o aluno na compreensão das mudanças que o tcmp provo, I
sua idade e nível de desenvolvimento mental. Estas orientaçõe ,0 im na pessoas, comparando a seqüência de fatos da sua pr priu l'
portantes de .serem.levadas e~.conta, pois o que importa é menos a rcdaç: I) periência de vida (linha do tempo) com a de amigo de idtuh
formal e muito mais a sua utilidade para motivar e encaminhar a atividnck diferentes, com a da vida da professora, dos pais etc. '
dos alunos.
Nestes exemplos, pode-se verificar que os objetivos se ref r 11I I
Vejamos alguns exemplos de redação de objetivos: operações mentais simples (definir, listar, identificar, reconhecer, 11,111.
o No conteúdo sobre relação entre os seres vivos e o ambiente: aplicar, reproduzir) e operações mais complexas (comparar, rela i IIlII,
analisar, justificar, diferenciar etc.). Embora a preocupação do prof SHOI
<?bservar e iden~ificar, numa certa área da escola ou próxima dela, deva ser a de formular um objetivo com suficiente clareza para ser '0111
tipos de seres VIVOSconforme diferentes habitats em que são en-
preensível a ele próprio e pelos alunos, sem necessidade de prend " i
contrados: no solo, no ar, em troncos podres, debaixo de pedras à sua "forma" de redação, há alguns verbos que o ajudam a expli ·illl
e outros.
com mais precisão o que ele espera da atividade de estudo dos aluno ,
Após diferenciar os elementos que compõem o ambiente de urna Por exemplo: apontar (num gráfico, num mapa), localizar, desenhar, 1111
determinada região, explicar os seus diversos efeitos sobre os seres mear, destacar, distinguir, demonstrar, classificar, utilizar, organizar, li
vivos. tar, mencionar, formular etc.
Dar exemplos da influência do ambiente sobre os seres vivos e Cabe uma observação sobre os chamados objetivos jormativos, 111'
da interferência do homem sobre o ambiente. são os referentes a atitudes, convicções, valores. Há expectativas do
o No conteúdo sobre unidades de medida: professor de que os alunos vão formando traços de personalidade di
caráter, que tenham uma postura diante da vida, que formem atitude
Relacionar unidades de medida (comprimento, massa, volume, positivas em relação ao estudo etc. Tais expectativas podem ser trun
tempo, valor) aos tipos de objetos medidos. formadas em objetivos, mas o professor deve ter em mente que eles n 11
Sa~e~ apli~ar adequadamente essas medidas em várias situações se alcançam de imediato e sua comprovação não pode ser constatud I
SOCIaiSreais (uso do metro, do quilo, da dúzia etc.) objetivamente. São projeções futuras de objetivos cuja consecução
o No conteúdo sobre concordância verbal: . vai dando ao longo do processo, inclusive com a cooperação de todo
os demais professores.
Relacionar corretamente sujeito, verbo e complementos, sa-
bendo fazer uso da norma prática de concordância verbal,
em que o verbo deve concordar com o sujeito em número e
pessoa. Desenvolvimento metodológico
o No conteúdo sobre multiplicação:
O desenvolvimento metodológico é o componente do plano de ensino
Resolver problemas de multiplicação de um número com três al- que dará vida aos objetivos e conteúdos. Indica o que o professor o
garismos por outro com dois algarismos. alunos farão no desenrolar de uma aula ou conjunto de aulas.

236 237
Devemos lembrar que no processo de ensino há duas fu tas lu li ,\I 1111 'I l' 10, \1\1110 •• O, dUIlO, ti 'Vl'll' do,' oh.l'tivo" 101
','111 11101111 ,ti l'

ciáveis: a assimilação de novos conhecimentos e o desenvolvim .nto da, 111" til' ti ,h "11o, UU!' '~I 0, mut .riul ti, stu 1 qu \ ~ \rú uí ilizu 1 l, quun 111
capacidades cognoscitivas dos alunos, a segunda realizando-se no trans urso 'I' () da lo~ 'x 'r i s 1 avalíaç: ele. As ativida les d stu rns \ I od '111
da primeira, sob a direção do professor. ser: .ouv 'I'StI " dirigida sobre; perguntas sobre; ob crvação d ; 1\11~()II,
A força motriz do processo de ensino é a contradição entre as exigências (ru '[ o d I ma através de ilustrações (jornais, objetos, cartazc , r VIS! ,
de assimilação do saber sistematizado e as condições internas de atividade 'r ific ), leitura individual de um texto. A escolha de método pr .. 'di
mental e prática dos alunos (manifestadas nos seus conhecimentos já dis- n cnt S depende do conhecimento da matéria, da criatividade do pr I 'S~OI
poníveis, nas suas experiências de vida e no seu desenvolvimento intelec- C de cada situação concreta.
tual). Os objetivos e conteúdos organizados pelo professor devem contribuir
para o desenvolvimento intelectual dos alunos por meio de tarefas que
suscitem sua atividade mental e prática. Não é suficiente, pois, "passar" Desenvolvimento ou estudo do conteúdo
a matéria; é preciso que a matéria se converta em problemas e indagações
para os alunos. A função deste componente do plano de ensino, o de-
É a fase da assimilação e sistematização do objeto de estudo, vi ando
senvolvimento metodológico, é articular objetivos e conteúdos com mé-
todos e procedimentos de ensino que provoquem a atividade mental e o máximo de compreensão e elaboração interna por parte do alun . 1\
prática dos alunos (resolução de situações-problemas, trabalhos de ela- atividades podem ser: exposição oral pelo professor, conve.sação, tra~alho
boração mental, discussões, resolução de exercícios, aplicação de co- independente dos alunos, estudo dirigido, exercícios de compreensao tk
nhecimentos e habilidades em situações distintas das trabalhadas em texto, trabalho em grupos, exercícios de solução de problemas. Conv 11\
classe etc.). que em qualquer atividade escolhida esteja pre~ente a idéia do~inanl' ,
pergunta central) da unidade. Ao elaborar este Item d~ plano na~ ~asl!l o
O desenvolvimento metodológico de objetivos e conteúdos estabelece
professor citar as atividades, mas mencionar o conteudo das atividade .
a linha que deve ser seguida no ensino (atividade do professor) e na assi-
Exemplo: Resolver os seguintes exercícios, Estudo dirigido sobre, No estutln
milação (atividade do aluno) da matéria de ensino. Ao preencher este item
do plano de ensino, o professor estará respondendo às seguintes questões: do meio observar os seguintes aspectos.
que atividades os alunos deverão desenvolver para assimilar este assunto
da matéria, tendo em vista os objetivos? Que atividades o professor deve
desenvolver de forma a dirigir sistematicamente as atividades dos alunos
adequadas à matéria e aos objetivos?
Aplicação
A primeira tarefa é verificar os objetivos e a matéria a ser ensinada, É a fase de consolidação, que revisa cada tópico da unidade remct 'lIdll
pois eles determinarão os métodos e procedimentos, bem como os recursos à pergunta central. As atividades aqui tê~ o sentido ?e reforço: :xercÍ'io
de ensino a lançar mão. Em seguida devem ser especificadas as ações de fixação, organização de resumos, depoimentos oraIs,.elaboração de I'"
docentes e discentes (do professor e do aluno) correspondentes a cada passo dro-síntese da matéria, tarefas de aplicação dos conhecimentos a situaçoe
da seqüência de desenvolvimento de uma aula ou conjunto de aulas. novas debates. O significado mais importante desta fase é a consolida' I I
Conforme estudamos no capítulo 9, a aula pode ter a seguinte seqüên- de conhecimentos e habilidades para início de uma nova unidade didát j • ,
cia: introdução, desenvolvimento e aplicação.
O conteúdo de uma unidade didática e seu desenvolvimento mel) 10
lógico estão exemplificados no quadro seguinte.

Introdução e preparação do conteúdo


São atividades que visam a reação favorável dos alunos ao conteúdo.
Pode-se fazer uma apresentação global do tema, a fim de aproximá-lo do

238 239
CONTEÚDO DESENVOLVIMENTO METonrn óot ' o plano de aula
No capítulo 9 tratamos detalhadamente dos passos ou fa s de dl'. 'lI
Unidade Ill - O que Pe?ir ~os al.un.os que citem nomes de plantas,
volvimento de uma aula ou conjunto de aulas. Vimos que a aula é a 1"01111 \
são os seres vivos. arumais, objetivos. A professora irá anotando
predominante de organização do processo de ensino. É na aula qu ' 01 ' \
os nomes no quadro-negro.
nizamos ou criamos as situações docentes, isto é, as condições e 111 'io
1. Os seres vivos nas- ~s alunos deverão separar, dentre os elementos necessários para que os alunos assimilem ativamente conheciment s, 11 \
cem, crescem, se re- citados, os que nascem, crescem, se reprodu- bilidades e desenvolvam suas capacidades cognoscitivas. Vimos, tamb 111.
produzem e morrem. zem e morrem. que uma das principais qualidades profissionais do professor é estab Ice 1
A professora explicará o que são os seres vivos. uma ponte de ligação entre as tarefas cognitivas (objetivos e conteúcl s {
Os alunos devem repetir a definição, dar novos as capacidades dos alunos para enfrentá-Ias, de modo que os objetiv ~ d \
exemplos. A professora dirigirá perguntas a di- matéria sejam transformados em objetivos dos alunos.
versos alunos, individualmente.
O plano de aula é um detalhamento do plano do ensino. As unidad .
C:0nstruir, com os alunos, uma tabela de seres e subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são a 01 ,
VIVOSe seres não-vivos assim: especificadas e sistematizadas para uma situação didática real. A prepara '\ ti
de aulas é uma tarefa indispensável e, assim como o plano de ensino, d 'VI'
resultar num documento escrito que servirá não só para orientar as aç{ {'
SERES VIVOS SERES NÃO-VIVOS
do professor como também para possibilitar constantes revisões e apri 11\0
Animais Plantas ramentos de ano para ano. Em todas as profissões o aprimoramento pl'O
fissional depende da acumulação de experiências conjugando a prática I
.Cachorro Bananeira Pedra a reflexão criteriosa sobre ela, tendo em vista uma prática constantem IItl
Gato Árvore Caderno transformada para melhor.
Peixe Legumes Carteira Na elaboração de plano de aula, deve-se levar em consideração, 'li
Galinha Laranjeira Sapato primeiro lugar, que a aula é um período de tempo variável. Dificilm 1111
etc. Hortaliças etc. completamos numa só aula o desenvolvimento de uma unidade ou tópic:
etc. de unidade, pois o processo de ensino e aprendizagem se compõe de UIIl
seqüência articulada de fases: preparação e apresentação de objetivos, 011
teúdos e tarefas; desenvolvimento da matéria nova; consolidação (fixa' 11
exercícios, recapitulação, sistematização); aplicação; avaliação. Isso i '111
fica que devemos planejar não uma aula, mas um conjunto de aulas.
2. Há uma dependên- Reforço: recordar a definição, fazer uma sín- Na preparação de aulas, o professor deve reler os objetivos gerais I
cia entre os seres vi- tese do tópico, dizer nomes de seres e pedir matéria e a seqüência de conteúdos do plano de ensino. Não pode esquo .
vos e a alimentação. a~s a~unos para identificarem como vivos e que cada tópico novo é uma continuidade do anterior; é necessário, asslui
3. Precisamos conser- naO-VIVOS.As crianças devem reproduzir a ta- considerar o nível de preparação inicial dos alunos para a matéria nov \
var a flora e a fauna. bela no caderno. Deve, também, tomar o tópico da unidade a ser desenvolvido e dI'
dobrá-lo numa seqüência lógica, na forma de conceitos, problemas, id i,
Trata-se de organizar um conjunto de noções básicas em tomo de UII\
idéia central, formando um todo significativo que possibilite ao aluno UII\
(Adapt~do do Programa de 1.° Grau - 2.a série. Secretaria Munici aI de percepção clara e coordenada do assunto em questão. Ao mesmo t m]
~~~~ç~8~e) São Paulo/Departamento de Planejamento e Orientaçã~, São em que são listadas as noções, conceitos, idéias e problemas, é fcitu

241
240

1--_
u e tud do meio, aula de exercícios, aula de recapitulação, aula de ve-
previsão do tempo necessário. A previ ão d tempo, nesta íusc, uin I, 1110
é definitiva, pois poderá ser alterada no momento de detalhar cJ 'S nvol- rificação para avaliação. .
vimento metodológico da aula. O professor consciencioso deverá fazer uma avaliação da própna aula.
Sabemos ue o êxito dos alunos não depende unicamente do ~rofessor e
Em relação a cada tópico, o professor redigirá um ou mais objetiv
de seu mé;odo de trabalho, pois a situação docente ~n;o~ve muitos f:tores
específicos, tendo em conta os resultados esperados da assimilação de
de natureza social psicológica, o clima geral da dinâmica da esc o ~ etc.
conhecimentos e habilidades (fatos, conceitos, idéias, relações, métodos e
Entretanto o trab~lho docente tem um peso significativo ao propor~~on~
técnicas de estudo, princípios, atitudes etc.). Estabelecer os objetivos é uma
condi ões' efetivas para o êxito escolar dos alunos. Ao faze: ~ ava Iaça~
tarefa tão importante que deles vão depender os métodos e procedimentos
das a~las convém ainda levantar questões como estas: Os Obr~IV~S e c~n?
de transmissão e assimilação dos conteúdos e as várias formas de avaliação
teúdos foram adequados à turma? O tempo de duração da aula 01 a equa. o.
(parciais e finais).
Os métodos e técnicas de ensino foram variados e opor~unos para SUSCItar
O desenvolvimento metodológico será desdobrado 110Sseguintes itens, a atividade mental e prática dos alunos? F?ram feitas. venficaçoe~ de apren-
para cada assunto novo: preparação e introdução do assunto; desenvolvi- diza em no decorrer das aulas (ínformaís e formais)? O relaClOname?t.o
mento e estudo ativo do assunto; sistematização e aplicação; tarefas de prof:ssor-aluno foi satisfatório? Hou:e uma organizaião s~gug ~asa~~~~~
casa. Em cada um desses itens são indicados os métodos, procedimentos dades de modo a ter garantido um clima de trabalho avorave. s..
e materiais didáticos, isto é, o que professor e alunos farão para alcançar realm~nte consolidaram a aprendizagem da matéria, num grau sufIc~ente
os objetivos. Para isso, deve-se consultar o capítulo 9. para introduzir matéria nova? Foram propiciadas tarefas de estudo ativo e
Em cada um dos itens mencionados, o professor deve prever formas independente dos alunos?
de verificação do rendimento dos alunos. Precisa lembrar que a avaliação
é feita no início (o que o aluno sabe antes do desenvolvimento de matéria
nova), durante e no final de uma unidade didática. A avaliação deve con-
jugar variadas formas de verificação, podendo ser informal, para fins de
diagnóstico e acompanhamento do progresso dos alunos, e formal, para
fins de atribuição de notas ou conceitos. Para isso, consultar o capítulo 8.
Os momentos didáticos do desenvolvimento metodológico não são rí-
gidos. Cada momento terá duração de tempo de acordo com o conteúdo,
om o nível de assimilação dos alunos. Às vezes ocupar-se-á mais tempo
om a exposição oral da matéria, em outras, com o estudo da matéria.
utras vezes, ainda, tempo maior pode ser dedicado a exercícios de fixação
consolidação. Por exemplo, pode acontecer que os alunos dominem per-
feitamente os conhecimentos e habilidades necessários para enfrentar a
matéria nova; nesse caso, a preparação e introdução do tema pode ser mais
I reve. Entretanto, se os alunos não dispõem de pré-requisitos bem conso-
lidados, a decisão do professor deve ser outra, gastando-se mais tempo
I ara garantir uma base inicial de preparo através de recapitulação, pré-teste
de sondagem, exercícios.
No desenvolvimento metodológico pode-se destacar aulas com fina-
lidades específicas: aula de exposição oral da matéria (com os devidos
.uidados que já assinalamos no capítulo 7), aula de discussão ou de trabalho
'111 grupo, aula de estudo dirigido individual, aula de demonstração prática

243
242
Exemplo de um plano de aula:

Escola: Disciplina: Português Data: _ OBJETIVOS CONTEÚDOS N° DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO


a ESPECÍFICOS AULAS
Série: 2. PROFESSOR(A):
UNIDADE DIDÁTICA: Expressão oral, leitura e escrita (Texto: "O Domador
• Ampliar a conversação: quando se
de Monstros" - Ana Maria Machado) formam sombras? Por que apare-
OBJETIVOS CONTEÚDOS N.o DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
cem? Já utilizaram o corpo ou ob-
jetos para projetar sombras? Que fi-
ESPECÍFICOS AULAS
guras foram formadas? Já tiverair
1. Expressão de
opiniões e senti-
1. Expressão
verbal e não-
120
mino
• Conversar com as crianças sobre
estórias e figuras de monstros que 4. Leitura em voz 4. Leitura
.• medo como Sérgio? Como foi?
Pedir leitura oral:
mentos por meio verbal. conhecem (TV, revistas, figurinhas alta com expres- oral. - do trecho que acharam mais in
da fala, gestos, etc.). Pedir que expressem com sividade. teressante;
mímica. gestos como imaginam monstros, - do diálogo de Sérgio com (
• Pedir que contem alguma estória monstro;
de monstros. - do final da estória.
(Se necessário, a professora pode
• Indagar o que acham dos monstros ler uma vez, antes de os alunos le
(assustam? dão medo? dão vontade rem.)
de rir? será que existem mesmo?
etc.).
5, Compreensão 5. Expressão
do texto escrito e escrita.
· Pedir aos alunos que escrevam ou
tro final para a estória, outra forma
• Conversar sobre o título do texto, dar asas à de enfrentar o monstro. Poderão in
"O Domador de Monstros". Como imaginação. troduzir outro personagem, se qui-
será a estória? Quem será o doma- serem,
dor? Como será esse monstro? O • Pedir que façam desenhos de mons
domador conseguirá domar o tros.

2. Compreensão 2. Leitura si- •


monstro? Etc.
Pedir leitura silenciosa do texto. (A
· Reproduzir o texto em quadrinhos
(a estória do texto ou a estória corr
do texto escrito. lenciosa -e· professora esclarecerá dúvidas so- outro final).
..
comentários. bre o vocabulário se solicitada pe- (Obs.: As três últimas tarefas po-
los alunos.) dem ser feitas em casa ou em outrs
3. Expressão ver- 3. Expressão aula.)
• Após a leitura silenciosa, indagar
bal de experiên- verbal. às crianças: quem é o domador de O DOMADOR DE MONSTROS
cias. monstros? O que o domador en- Ana Maria Machado
tiu? O que acham do modo como Era uma vez um menino chamado Sérgio. Uma noite, antes de dormir, ele ficou olhando as manchas
Sérgio enfrentrou o mon tr ? P r que as sombras das árvores lá de fora iam formando na parede do quarto.
Sérgio ficou com medo. Para espantar o medo, o jeito era conversar com o monstro:
que o monstro da parede se assus- - c ficar me olhando assim, eu chamo um monstro mais feio ainda para te assustar.
tou e foi embora? Como imo inum Mn O monstro da parede nem ligou. Então Sérgio avisou:
o monstro (repres ntar '0111 "fitos - Ar V '111 um monstro de um olho só, dua bocas, três chifres, quatro trombas, cinco umbigos,
·IN 1(11\11, 'I' I' Ih()~, 0110 01' iovns, nove pcrnns, d z r S, OIlZ' CM Ias, doz sorrisos, Ir zc I'iSlldlnhns,
e son )? Já aeont ' li isso COl)) 11 q\llllOl/l li' 11111111111
• C!I,lnYr 1I11hlllholl~",
u rn? ""1'"
1 dll 11111111
q\l' 1I1'1I11'11111'~III\1flllu tllrl'iltl A(o 111011110dI JllIl'lh' I' I 1111111l'ílllll1l1l1l
11 plllhll~11I11I 111111111111111
-'-
Sugestões para tarefa d t (()
11 de plan s de ensino e planos de aulas.
I ,llhol"ll~! o
,I ( '( IIstruçt de programas por séries.
Perguntas para o trabalho indep ndenlc II Tomur apítulos (unidades) de livros didáticos e preparar o seu de-
dos alunos tl .nv lvimcnto metodológico para um conjunto de aulas.

o Qual a importância política e pedagógica do planejamento de 1'1l illll


o Explicar cada uma das características do planejamento.
o Quais as funções do planejamento escolar?
o Como os objetivos e tarefas da escola democrática devem refi ,til I'
no planejamento?
Bibliografia complementar
o Como devemos articular os planos e programas oficiais no plano dI'
ensino? BALZAN, Newton C. "Supervisão e Didática". In: ALVES, Nilda (org.) et alii.
o De que forma o plano de ensino e o plano de aula se conjugam '()III Educação e Supervisão - O Trabalho Coletivo na Escola. São Paulo, Cor-
as condições sócio-culturais e individuais dos alunos? tez!Autores Associados, 1984.
o Por que é importante o plano da escola? ENRICONE, Délcia et alii. Ensino - Revisão crítica. Porto Alegre, Sagra, 1988.
o Descrever os elementos que compõem o plano de ensino e o plano FUSARI, José C. "O Planejamento Educacional e a Prática dos Educadores".
de aula. Revista da Ande, (8): 33-35, São Paulo, 1984.
LIBÂNEO, José C. A Democratização da Escola Pública. São Paulo, Loyola,
1987.
Temas para aprofundamento de estudos LUCKESI, Cipriano C. "Elementos para uma Didática no Contexto de uma Pe-
dagogia para a Transformação". Anais da III CBE. São Paulo, Loyola, 1984.
o Dividir os alunos em pequenos grupos, conforme as disciplinas do PIMENTA, Selma G. "A Organização do Trabalho na Escola". Revista da Ande,
ensino de I? grau (português, Matemática, História etc.) para a ela (11): 29-36, São Paulo, 1986.
boração da justificativa da disciplina. RAYS, Osvaldo A. "Planejamento de ensino: um ato político-pedagógico". IV
Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino, Recife, 1986 (mimeo.).
o Verificar em escolas da cidade como é feito o planejamento de ensin I

se há plano da escola, planos de ensino, se os professores recorrem SÃO PAULO - Secretaria de Educação Municipal - Departamento de Plane-
ao plano de ensino ou nao. jamento e Orientação. Programa do 1.° Grau, 1985.
VEIGA, lima P.A. (org.). Repensando a Didática. São Paulo, Papirus, 1988.
o Coletar exemplares de planos de ensino para estudo e análise.
VIANNA, Ilca O. de A. Planejamento Participativo na Escola: Um Desafio ao
Educador. São Paulo, EPU, 1986.

Temas para redação


o A prática do planejamento escolar e a realidade social.
o Planejamento escolar e a ação pedagógica crítica e transformadora.
o Planejamento de ensino entre a escola e o contexto social.
o Planejamento e ação integrada do corpo docente.
247
246

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