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DIDATICA DA

PRÁTICA DOCENTE
EM MAPAS MENTAIS
Ementas/conteúdos
programáticos

Didática.
Processo de ensino e aprendizagem.
Concepções de educação.
Papel do professor e suas competências.
Teoria da atividade.
Prática docente e o sujeito ativo no
processo de ensino-aprendizagem.
Planejamento, pressupostos
metodológicos e avaliação da
aprendizagem.
Fundamentos sócio-políticos-
epistemológicos da Didática.
Identidade docente.
Plano de aula com foco nas competências
e habilidades.
Metodologias interativas.
Planejar é uma atividade humana Para LIBÂNEO planejamento docente é uma tarefa docente
rotineira, que realizamos sem nem nos que irá incluir a definição das atividades didáticas a serem
darmos conta: planejamos desenvolvidas a fim de alcançar os objetivos de
mentalmente o eu faremos para o dia aprendizagem dos alunos, quanto o processo de revisão e
do trabalho, fazemos para o dia de adequação dessas atividades no decorrer do processo. Ou
trabalho, fazemos uma lista seja, o planejamento docente sempre funcionará no tríade A IMPORTÂNCIA DO
planejando o que devemos comprar planejamento- reflexão/avaliação- replanejamento PLANEJAMENTO
no mercado, férias... Enfim, grande
parte da atividade humana está LIBÂNEO diz que o planejamento é “um
associada a dois princípios básicos,
que utilizamos também diariamente Planejamento processo de racionalização, organização e
coordenação do trabalho docente” e deve

Escolar
na educação: o planejamento e a articular a atividade escolar com o contexto
avaliação. E esses dois princípios são social da escola. A ação de planejar não
indissociáveis na prática docente. deveria ser apenas para cumprimento de
uma tarefa burocrática, mas sim ser encarado
como um momento de tomada de decisões e
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO PLANEJAMENTO definições sobre o rumo que o professor
É SEQUENCIAL: para alcançar objetivos, a ação docente precisa seguir o caminho pretende tomar.
ordenado;
É OBJETIVO: objetividade aqui, entendida como a correspondência do plano com a
realidade da escola; Planejamento deve ter um caráter reflexivo,
É COERENTE: precisa existir coerência e harmonia entre objetivos gerais, objetivos o professor determina onde deseja chegar e
específicos, conteúdos, métodos e avaliação; qual rumo pretende seguir, pensa nas ações
É FLEXÍVEL: permite que o professor reflita sobre os rumos tomados e redefina o e estratégias que deve tomar para alcançar
planejamento sempre que necessário. seus objetivos.

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LIBÂNEO em seu livro “Didática”, destacou como requisitos fundamentais para planejar:
Como construir I- Os objetivos e tarefas da escola através de uma perspectiva democrática,

o planejamento
II- As exigências dos documentos e das orientações oficiais,
III- As condições prévias dos alunos, ou seja, o que eles já sabem,

escolar IV- Os princípios de condições do processo de ensino e aprendizagem

Objetivos e Tarefas da escola democrática Exigências Oficiais


Primeiro passo para planejar é ter clareza do que Os planos, programas e a legislação educacional nos
entendemos por educação, como enxergamos o âmbitos federal, estadual e municipal, servem como
processo de ensino e qual ideal de cidadão que requisitos prévios para o planejamento escolar. Apesar de
queremos formar. O processo de educação determinada autonomia conferida às escolas e aos
sempre estará em consonância com o que professores para definir qual rumo tomar, algumas
entendo como sociedade e como perfil de orientações devem, obrigatoriamente, seguir o
cidadão, afinal, a escola não vive isolada, ela está determinado pelas instâncias superiores e, mais do que
contextualizada pelos aspectos econômicos, isso, adequá-las a sua realidade local.
políticos, sociais e culturais da sociedade.

Condições prévias de aprendizagem


Uma parte importante do planejamento é a descrição das
situações docentes específicas, pensando n caráter mais
prático do ato pedagógico em sala de aula. Além disso, essa
descrição deve ser coerente com os objetivos delimitados no
plano. 40
O plano da escola engloba duas esferas: a administrativa e a pedagógica. No plano, a escola
O plano da determina qual a concepção pedagógica, quais as bases teóricas, quais metodologias irão utilizar.
No documento, também deve-se conter a contextualização social, econômica, política e cultural

Escola da escola, como são os alunos e a comunidade, os objetivos educacionais gerais, a estrutura
curricular, o sistema de avaliação e a estrutura organizacional e administrativa.

LIBÂNEO coloca em sua obra Esse plano é um guia geral do trabalho e deve ser consensual entre os docentes, sendo um
“Didática”, um roteiro de como produto final coletivo, democrático.
podemos elaborar um plano da
escola:

1. Finalidades da Educação,
2. Bases teórico- metodológicas (a partir de homem que queremos formar, as tarefas da
educação, as teorias de ensino e aprendizagem),
3. Caracterização econômica, social, política e cultural do contexto em que a escola está
inserida,
4. Características socioculturais dos alunos (origem, condições de vida, concepção de mundo,
etc.),
5. Objetivos gerais da escola quanto à aquisição de conhecimentos, capacidades e atitudes a
serem desenvolvida.
6. Diretrizes gerais para elaboração do plano de ensino: estrutura curricular; critérios de
seleção de objetivos e conteúdos, avaliação
7. Diretrizes administrativas: estrutura organizacional, organização de classes/ ciclos, reuniões
pedagógicas, conselho de classe, calendário, horário escolar, atividades extraclasse, formação
continuada dos docentes.

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Projeto Político
Em 1996, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), tornou-
se obrigatório eu toda escola tivesse seu PPP. O PPP nada mais é que um documento que traz

Pedagógico informações importantes sobre a escola. Não devendo ser confundido com plano de escola, o
PPP é um documento bem mais complexo e abrangente.

O PPP além de ser construído no início do ano letivo, deve Esse documento deve ser feito de forma coletiva e
estar sempre à disposição da comunidade; ou seja, ele não democrática, com participação de toda comunidade escolar:
é um documento que pode ser arquivado e esquecido. O docentes, funcionários, comunidade, pais e alunos. Ele deve
lugar dele é sempre à mão, para que todos tenham a mostrar qual é a comunidade em que a escola está inserida:
possibilidade de consulta-lo, e para que as modificações que perfil de gestores, dos professores, demais funcionários e
necessárias sejam realizadas com rapidez. O PPP deve ser alunos, além de conter claramente quais são os objetivos de
um raio-X perfeito da escola no momento em que é lido. todos esses com relação à escola.

Essa mudança na nomenclatura


(chamar PPP em lugar de Plano de
• É PROJETO porque demonstra as ações que serão fomentadas na
Escola) possibilitou que todas as faces
escola;
desse plano ficassem em evidência
• É POLÍTICO porque considera a escola como local de formação de
cidadãos críticos e participativos;
• É PEDAGÓGICO porque define as atividades e os projetos que são
necessários para alcance dos objetivos de aprendizagem da escola.

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Planos de
Planos de ação são incorporados ao PPP e servem para traçar um rumo ainda mais específico e certeiro
de pontos a serem melhorados na escola. Geralmente, a construção dos planos de ação parte da análise
de resultados das avaliações externas e internas, que proporcionaram um mapeamento das
Ação aprendizagens e das dificuldades dos alunos.

A partir desse mapeamento, levantam-se as propostas para sanar as dificuldades. Essas propostas são o
que chamamos de plano de ação.

Um bom plano de ação precisa ter algumas características e elaborar alguns


pontos. Por exemplo, é importante que ele contenha
• Como foi feito esse diagnóstico/ mapeamento
• Quais dados foram obtidos
• Ação eu será executada para melhora desse diagnóstico
• Replanejar as atividades
• Delegar responsabilidades aos segmentos escolares diversos (gestão, docentes, alunos, família)
• Prazo para execução de cada uma das etapas.

O PPP reúne as ações concretas a serem executadas num período de tempo (em geral, um ano letivo.)
Ele deve levar em conta que a escola é espaço para formação de cidadãos críticos e participativos,
privilegiar uma construção democrática e coletiva de escola e definir e organizar cada uma das
atividades pedagógicas necessárias para o aprendizado das crianças e adolescentes.

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Planejamento ‘[...] processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e
Curricular ordenada de toda a vida escolar do aluno. Portanto, essa modalidade de planejar constitui um
instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral
das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos
componentes curriculares.” VASCONCELLOS, 1995, P.56)

‘[...] é uma tarefa multidisciplinar que tem por objetivo a organização de um sistema de relações lógicas e psicológicas dentro
de um ou vários campos de conhecimento, de tal modo que se favoreça ao máximo o processo ensino-aprendizagem. É dessa
forma, a previsão de todas as atividades que o educando realiza sob orientação da escola para atingir os fins da educação”
Luckesi (2006, p.112).

Portanto, devemos entender o planejamento curricular como uma forma de antever, de planejar, sistematicamente o que será
ensinado. Alguns documentos oficiais nas esferas federal, estadual e municipal já fazem o planejamento do currículo

Segundo Coll (2004), definir o currículo é uma das tarefas mais complexas da prática educativa. Sem dúvidas, fazer escolhas
sobre o que é ensinar e quais são as prioridades é uma tarefa exaustiva e de grande responsabilidade. É necessário ter muita
clareza quanto aos objetivos da escola e quanto ao ideal de homem que pretendemos formar.

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Plano de Em geral, um plano de ensino bem estruturado é composto por: justificativa da disciplina em relação
aos objetivos da escola; objetivos específicos; conteúdos; cronograma e metodologia.

Ensino
• Damos início ao planejamento buscando responder qual a relevância daquela matéria que pretendemos
ensinar para o desenvolvimento dos alunos. Ou seja, inicia de uma reflexão sobre para que “serve” aquele
conteúdo.
JUSTIFICATIVA • LIBÂNEO coloca como sugestão trazer nesse tópico as funções sociais e pedagógicos da matéria e como ela
DA DISCIPLINA auxiliará os alunos e atingirem os objetivos da escola (aqueles, mais amplos, definidos no nosso PPP).
Depois, descreve os conteúdos básicos da disciplina e metodologia que será utilizada.
• O Plano de Ensino deve responder três perguntas básicas: “o quê”, “para quem” e “como” irei ensinar

• Para garantir a aprendizagem e delimitar nossos objetivos específicos, precisamos decidir quais conteúdos
iremos ministrar por unidades didáticas, com a divisão temática de cada uma.
• Ainda de acordo com LIBÂNEO, Unidades Didáticas são um conjunto de temas que têm relação entre si e
DELIMITAÇÃO formam o plano de ensino para uma série/ano; e possui um tema central que vai se aprofundando,
DOS CONTEÚDOS trabalhando em tópicos . Também é importante que os tópicos tenham relevância para os alunos.
• Não podemos perder de vista que , quando falamos de conteúdos, não estamos falando só do
conhecimento em si, mas também de um conjunto de habilidades, capacidades, atitudes e competências

• Temos que ter em mente, sempre, nossa concepção de escola e o ideal de homem que
Ok. Entendemos o que é a delimitação dos
queremos formar.
conteúdos na teoria. Mas, e na prática?
• Consultar o programa oficial da matéria, recomendado pelo estado ou município, o
Como organizar as unidades didáticas?
livro didático escolhido pela instituição e outros materiais de consulta.
LIBÂNEO nos traz um roteiro a ser seguindo
• Vamos organizando esses conteúdos em unidades didáticas, assim como fazem os livros
para colocar em prática essa seleção:
didáticos. 45
• Verificar pontos importante, como se o conteúdo é suficiente para garantir a aprendizagem das crianças, se o tempo previsto é suficiente, se
cada um dos tópicos pode ser transformado em tarefas e em desenvolvimentos de habilidades, visando alcançar determinados objetivos

Os objetivos específicos são os resultados que se pretendem obter do processo de transmissão- assimilação
ativa de conhecimentos, conceitos e habilidades. Partimos deles para promover a aprendizagem dos alunos.
OBJETIVOS
Exemplo de objetivos específicos:
ESPECÍFICOS
• Aplicar fórmulas em exercícios;
• Observar, coletar e organizar informações;
• Usar materiais e instrumentos;
• Formular hipóteses, etc.

INTRODUÇÃO E De acordo com LIBÂNEO, são atividades propostas eu buscam oferecer uma reação favorável dos alunos ao
PREPARAÇÃO DO conteúdo. Em geral, é realizada uma apresentação global do tema, a fim de aproximá-lo dos alunos. Que devem
CONTEÚDO sempre ser informados dos objetivos que o professor tem ao ensinar aquele conteúdo

É a sistematização do estudo, a concretização do ato pedagógico/o processo de ensino- aprendizagem. Pode


DESENVOLVIMENTO envolver atividades como: estudo do meio, resolução de exercícios, trabalho em grupo, aula expositiva, etc.
DO CONTEÚDO

Fase de consolidação. Revisa cada tópico e as atividades são uma espécie de “reforço”: resumos, exercícios de
APLICAÇÃO fixação, elaboração de quadro- sínteses e mapas mentais, debates, etc. Serve também para preparar o aluno
para a próxima unidade temática.

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Plano de O planejamento de aula é de fundamental para que se atinja êxito no processo de ensino-aprendizagem.
A sua ausência pode ter como consequência, aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando o

Aula desinteresse dos alunos pelo conteúdo e tornando as aulas desestimulantes.

Para LIBÂNEO a aula é formada predominante de organização do processo de ensino, e é na aula que organizamos
e/ou criamos as práticas docentes. Ou seja, é durante esse momento que criamos condições que favoreçam o
aprendizado dos alunos. O plano de aula é um detalhamento minucioso do plano de ensino, onde os tópicos e
conteúdos que privilegiamos são transformados em uma situação real.

Durante a produção de um plano de aula, existem alguns critérios que devemos levar em conta:
• Aula é um período de tempo variável. Nem sempre damos conta do conteúdo em uma única aula de 50 minutos.
• Processo de ensino- aprendizagem acontece em uma sequência de fases. Apresenta-se os objetivos e conteúdos, desenvolve
a matéria, consolidação através de exercícios, aplicação e avaliação. Portanto, quando falamos em Plano de Aula não estamos
falando de planejar um CONJUNTO DE AULAS sobre um mesmo conteúdo.
• Precisa levar em consideração o que os alunos já sabem.
• O desenvolvimento metodológico será abordado em itens: preparo e apresentação dos objetivos, introdução do assunto,
desenvolvimento e estudo ativo do assunto, sistematização e aplicação, tarefas de casa. Em casa um desses itens são
indicados métodos, procedimentos e materiais didáticos;
• Para cada um desses itens, precisamos prever formas de verificação do rendimento dos alunos. A avaliação deve ser realizada
no início, durante e no final de uma unidade didática.
• Não existe um tempo pré-definido para cada uma dessas etapas. Pode ser que demore mais nas aulas expositivas em uma
unidade didática e mais em exercícios de fixação em outra;
• Quando falamos em desenvolvimento metodológico, podemos pensar em várias estratégias para trabalhar um conteúdo:
aulas expositivas , discussões e trabalhos em grupos, estudo dirigido individual, aula prática , estudo do meio, aula de
exercícios, aula de recapitulação, avaliação.
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Bom, quando vamos planejar uma aula, também precisamos pensar em alguns elementos, para que
o plano de aula possa ser exequível . E esses elementos são:

• Ter clareza e objetividade do que deseja com a aula;


• Atualizar o plano periodicamente;
• Conhecer os recursos disponíveis da escola;
• Articular entre a teoria e a prática;
• Utilizar metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de ensino- aprendizagem;
• Sistematizar as atividades com o tempo;
• Elaborar de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes.

O plano de aula funciona no movimento ação- reflexão- ação

Além da avaliação da aprendizagem dos alunos, o professor deverá sempre avaliar a própria aula. Quando vamos avaliar a aula,
devemos levar em consideração: os conteúdos foram adequados? E o tempo programado? A metodologia foi bem escolhida?
Foram feitas avaliações periódicas? Os alunos aprenderam?

METODOLOGIAS QUE PODEM SER UTILIZADAS PARA GARANTIR A APRENDIZAGEM:

É a mais forma antiga de aula. Trata de exposição, pelo professor, dos conteúdos, conceitos, habilidades, tarefas, etc.
AULA através da fala, ilustração, exemplificação, demonstração, etc. Professor é transmissor do conteúdos e o aluno receptor.
EXPOSITIVA Muitas vezes, essa escolha metodológica é taxada como método tradicional e que deve ser abolido da sala de aula.
Porém, não podemos menosprezar sua importância. Afinal de contas, aqui estamos falando uso dessa metodologia. A
escolha metodológica não é sozinha, o que determinará se uma aula é tradicional ou não. A forma como você estabelece
a relação com os alunos, sim, demonstrará o que você entende por educação.

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Partindo do pressuposto que os alunos já tenham alguns conhecimentos, o professor pode determinar tarefas que os
TRABALHO alunos possam executar sozinhas, sem necessidade de orientação direta do professor. É uma metodologia que
INDEPENDENTE favoreça a autonomia.
Alguns exemplos são o trabalho individual de estudo com textos ou gráficos e a leitura, estudo dirigido sobre um
tema: a partir de um roteiro de estudos elaborado pelo professor, etc.

MÉTODO DE Partindo de um tema previamente selecionado e que os alunos já possuam alguns conhecimentos, organizar
ELABORAÇÃO conservações. Os alunos devem ler as perguntas, discutir sobre o tema e responder em conjunto. As perguntas devem
CONJUNTA ser possíveis de serem respondidas, mas favorecendo o pensamento crítico e o diálogo entre os alunos.

Distribuem-se temas de estudo, que podem ser iguais ou diferentes, para grupos que são escolhidos
MÉTODO
preferencialmente pelo professor, que possuem níveis diferentes do rendimento.
TRABALHO EM
O objetivo dessa metodologia é a capacidade de cooperação, verbalização e expressão de pontos de vista.
GRUPO
Exemplos são seminários, apresentações, escrita coletiva, avaliação em grupo, etc.

ATIVIDADES Visitas a museus, indústrias, estações de tratamento, elaboração de feira de ciências, jornal escolar, apresentações
ESPECIAIS artísticas, etc.

Atividades em que os alunos têm a possibilidade de colocar em prática o conteúdo que foi aprendido na teoria.
AULAS Através de atividades que simulam situações reais, os alunos devem produzir, encontrar resultados. Alguns exemplos
PRÁTICAS são: atividades nos laboratórios nas aulas de Ciência e Matemática, a produção de jornais, blogs, quadrinhos e livros
nas aulas de Língua Portuguesa, entre outras.

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Assim como ás aulas práticas, os exercícios teóricos são um momento de oportunidade de colocar em prática o que foi
AULAS DE
aprendido em outros momentos de aula. Acaba servindo também como uma auto avaliação: se o aluno não consegue
EXERCÍCIOS
realizar os exercícios, é a hora de retomar o conteúdo.

Durante todos esses momentos eu citamos acima, o professor deve permanecer atento para as dificuldades que vão
AULAS DE
surgindo durante o desenvolvimento do trabalho realizado pelos alunos. É fundamental que, percebendo os pontos
RECAPITULAÇÃO
que ainda não estão claros, o professor retome essas informações e recapitule o conteúdo. Essa aula pode ser
expositiva ou não. Algumas vezes, uma atividade dirigida realizada em grupos, pode sanar as dúvidas, se a divisão dos
grupos de trabalho for bem elaborada.

O professor deve prever avaliação em três momentos distintos:


ATIVIDADES DE • No início: fazendo levantamento prévio do conhecimento dos alunos, buscando saber o que eles já sabem ou não
AVALIAÇÃO sabem sobre o tema;
• No decorrer: enquanto os alunos vão realizando os momentos de atividade, o professor deve ir percebendo as
principais dificuldades para retomar os conteúdos quando necessário;
• No final: o professor cria um instrumento para avaliar aprendizado dos alunos e a assimilação dos conteúdos. Pode
ser um instrumento formal, como uma prova, ou a avaliação pode ser realizada informalmente.

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Sequência É um conjunto de atividades eu envolvem o mesmo conteúdo. Elas devem ser organizadas aumentando
o grau de dificuldade. Ela é elaborada partindo dos conhecimentos prévios dos alunos e permite

Didática interação frequente entre estudantes.

Na elaboração de uma • Nos objetivos: o que pretende com aquelas atividades;


sequência didática • Organização: organizar o cronograma de atividades e o tempo que será
devemos pensar: dispendido em cada uma delas é fundamental para êxito da sequência.

• A sequência didática costuma ser a modalidade mais frequente de organização no planejamento docente.
Pode ser empregada por vários conteúdos no decorrer do ano e possui flexibilidade para reorganizar número
de atividades e o tempo dedicado a cada uma delas, de acordo com a resposta da turma.

O projeto é elaborado a partir da realidade dos alunos, propõe situações e problemas reais, significativos.

Projeto Portanto, os projetos costumam envolver com mais facilidade os alunos.


Nessa metodologia, várias decisões podem ser tomadas pelo professor em conjunto com as crianças e

Didático desenvolve alguns aspectos atitudinais como autonomia, responsabilidade e cooperação; além dos conteúdos.

O trabalho por projetos também reflete na mudança do papel do professor, que deve agir como um facilitador.
Aqui, ele não é a única fonte de informação; pelo contrário, ele é quem irá proporcionar aos alunos que tenham
acesso a diferentes fontes de informações relacionadas ao tema.

E na prática? Como é o Primeiro, o professor deve partir de um tema que interessem aos alunos, depois deve prever e organizar atividades
processo de relacionadas ao tema em uma sequência gradual e, por último, os alunos devem ter a oportunidade de participar
elaboração de um de um momento de reflexão e auto avaliação sobre suas produções e o professor avaliar o desempenho de cada
projeto didático? um dos alunos.
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ETAPAS DO PROCESSO DIDÁTICO

TEMA: deve ser definido em conjunto com os alunos, partindo do que eles gostam;
ANO/ CICLO: caracterização sucinta da turma (ou das turmas) envolvidas no projeto;
DURAÇÃO: um projeto pode durar um mês, um semestre, um ano letivo... Algumas instituições definem um projeto único,
envolvendo todos os alunos e professores, que dura durante todo ano e os professores vão desdobrando os conteúdos em outros
projetos de menor duração;
ÁREAS DO CONHECIMENTO ENVOLVIDAS: um projeto didático pode envolver apenas uma disciplina, mas não é o ideal. Na verdade,
o projeto didático é pensado justamente para favorecer a integração das diversas áreas de conhecimento. O trabalho interdisciplinar
e transdisciplinar é favorecido por essa metodologia;
APRESENTAÇÃO/ JUSTIFICATIVA: explica o motivo da escolha do tema e porquê o tema é relevante;
OBJETIVOS: delimita o que se pretende alcançar; quais metas de aprendizagem para o ano/ ciclo serão alcançadas;
ETAPAS PREVISTAS: conduzem o processo didático, delimita o passo-a-passo;
ENCAMINHAMENTO DAS ATIVIDADES/ CRONOGRAMA: detalhe o tempo de dedicação para cada uma das etapas previstas;
RECURSOS: materiais, espaços, aparelhos tecnológicos e todos os demais recursos que serão necessários para desenvolvimento do
trabalho;
PRODUTO FINAL: produção de algo que poderá servir para o professor como instrumento de avaliação. O ideal é que esse produto
seja uma produção original e que tenha uma função, que “sirva para alguma coisa”

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• O Brasil foi um dos países a
• Inegavelmente a democratização do acesso e da
democratizar o acesso ao ensino,
permanência a escola são essenciais e dever ser
tornando a educação um direito para
prioridade dos governos e das políticas públicas
todos. Enquanto países vizinhos,
da educação. Esse modelo republicano de uma
como Argentina por exemplo,
escola laica, gratuita e para todos é um grande
democratizaram acesso a uma
avanço social para o país e deve ser mantido.
educação laica, gratuita e para todos
no final do Século XX

Educação
Pública de
Qualidade
• TEBEROSKY percebeu em sua
pesquisa que as crianças que não
tinham acesso ao mundo letrado, ou
seja, cujo famílias não tinhas
• No Brasil, a condições de acesso à cultura,
democratização do apresentavam maior dificuldade no
• Tínhamos uma escola momento da aprendizagem da
ensino se
homogênea, muito leitura. Provavelmente, essas
concretizou a partir crianças venham justamente dessas
da década de 90. diferente da realidade que
temos hoje. A famílias que não tiveram acesso à
democratização do acesso escola e, sem a democratização de
modificou radicalmente as ensino, provavelmente ainda não
relações escolares. teriam.

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O que é uma
• Existe uma unanimidade entre os autores que essa maior demanda e mais facilidade
de acesso à escola comprometeu a qualidade de ensino. Porém, o conceito de

Educação de
qualidade na educação não é unanimidade . Longe disso. O que cada indivíduo tem
como modelo de educação e de formação do homem e de vida em sociedade,

Qualidade? determinará suas convicções sobre o que é ou não qualidade na escola. Assim, a
avaliação da qualidade na escola pode ser bem subjetiva.

• PARO também afirmará que a indefinição


precisa do conceito de qualidade causa
• DOURADO diz em seu texto • LIBÂNEO afirma que precisamos ter claro o prejuízo, visto que dessa forma não são
que “a discussão acerca da modelo de aluno e definir de forma delimitados objetivos a serem alcançados
qualidade da educação remete concreta e objetiva quais as diretrizes, e, portanto, não temos um caminho a ser
à definição do que se entende quais os nossos objetivos para alcançar seguido.
por educação. Para alguns, ela uma educação de qualidade. Ou seja,
se restringe às diferentes precisamos definir o que é essa educação Devemos inferir, portanto, que a educação de
etapas da escolarização que se de qualidade para, em sequência, qualidade é aquela mediante a qual a escola
apresentam de modo definirmos um caminho para atingir esse promove para todos, o domínio dos
sistemático por meio do objetivo. conhecimentos e o desenvolvimento das
sistema escolar. Para outros, a
capacidades cognitivas e afetivas
educação deve ser entendida
• CORTELLA também compartilha da ideia indispensáveis ao atendimento de
como espaço múltiplo, que
eu a qualidade da educação passa pelos necessidades individuais e sociais dos alunos,
compreende diferentes atores,
processos de fortalecimento de uma bem como sua inserção no mundo e a
espaços e dinâmicas
gestão democrática, a garantia de acesso constituição da cidadania também como poder
formativas, efetivado por meio
e permanência e a democratização da de participação, tendo em vista a construção
de processos sistemáticos e
instituição escolar na mesma perspectiva de uma sociedade mais justa e igualitária.
assistemáticos.”
que traz Paro. LIBÂNEO (pag. 132)
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O PISA e a
O PISA é referência em avaliação educacional no mundo. Desenvolvido e coordenado pela
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade que reúne

Qualidade na 30 países, funciona como fórum de discussão das questões ligadas a desenvolvimento e

Educação no BR.
aperfeiçoamento de políticas econômicas e sociais.

CIÊNCIAS LEITURA

PAÍS RAKING MÉDIA PAÍS RAKING MÉDIA


Finlândia 5-9 522 Canadá 4-8 520
MATEMÁTICA Coreia 6-10 519 Finlândia 4-9 520
Canadá 6-10 518 Coreia 6-11 514
USA 12-23 502 USA 10-20 505
PAÍS RAKING MÉDIA
Portugal 21-29 492 Portugal 20-26 492
Peru 62-67 400 MÉDIA OCDE
MÉDIA OCDE -- 489 -- 487
Colômbia 66-70 391
Espanha 29-32 483 Chile 42-44 452
Brasil 69-79 391
Chile 44-47 444 Uruguai 46-52 427
Argentina 70-72 384
Uruguai 51-57 426 Costa Rica 46-54 426
Panamá 76-77 353
México 55-62 419 México 49-57 420
Rep. Dom 78-78 325
Costa Rica 56-63 416 Brasil 55-59 413
Colômbia 58-64 413 Colômbia 54-61 412
( parâmetros do pisa de 2018) Argentina 60-66 402
Peru 63-67 404
Argentina 63-68 404 Peru 61-66 401
Brasil 64-67 404
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O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) surgiu em 2007 e tem como objetivo

IDEB como avaliação avaliar a qualidade do ensino no Brasil em todos os seus níveis: sistema de ensino federa,
estadual e municipal. Seu resultado é o produto de dois importantes indicadores para avaliar a

De qualidade da qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações.

educação Muitos autores, como CHIRNÉA e BARREIRO criticam os modelos de


educação padronizada, como o caso do IDEB e do PISA, dizendo que, em
geral, os dados coletados por essas avaliações levam ao julgamento das
escolas ou dos sistemas envolvidos sem, de fato, a preocupação com o
desenvolvimento de novas políticas públicas que favoreçam uma educação
FREITAS também defende que as avaliações de qualidade.
padronizadas quando encaradas apenas de
forma a encontrar culpados é ineficiente e
não favorece a real aprendizagem dos PARO também afirma que educação não é apenas
alunos, pois não se desenrola em definições informação e que a qualidade da educação não pode “ser
de políticas públicas mais integradas verificada de forma e relativamente rigorosa por meio de
mecanismos convencionais de aferição, aplicáveis à maioria
dos produtos postos à venda no mercado “

É importante ressaltar que o IDEB e o PISA surgiram com o objetivo de criar uma
escala única, aplicável para todos, para avaliar o desempenho dos alunos. Os
resultados obtidos devem servir para avaliar os sistemas de ensino e não as escolas.
A ideia é que os sistemas de ensino em contato com esse resultado reveja suas
práticas e reformule seu currículo com o objetivo final de garantir um melhor
desempenho nessas avaliações, o que também pode ser entendido como uma
garantia de melhora na qualidade da educação
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LIBÂNEO afirma que para nós que existe já um relacionamento geral da necessidade de a
O caminho para educação preparar para o mundo do trabalho, o que impacta diretamente o desempenho da
economia e o desempenho técnico-científico do país .

A qualidade O autor defende que não devemos nos limitar a isso, sendo necessário também prover uma
formação voltada para a cidadania e a formação de valores, que possibilite a valorização da vida
humana em todas as dimensões. Assim, uma educação de fato de qualidade favorecia a
qualidade é aquela que promove o desenvolvimento integral dos alunos

Selecionar os melhores professores Preparar grandes gestores

Tendo em vista todo esse cenário, muitos autores apontam


caminhos para alcançar a qualidade na educação como:

Não deixar nenhum aluno pra trás Cuidar da formação continuada

Essas quatro grandes mudanças foram responsáveis por uma melhora considerável no desempenho de
países como Japão, Suécia e Islândia nas avaliações internacionais, como PISA, por exemplo

Além disso, os autores apontam que falar em qualidade da educação deve ser uma discussão mais ampla
que leve em conta o rendimento dos alunos nas provas, mas também que prepare para a vida em
sociedade e para a dimensão ética e política, formando o indivíduo em todas as suas esferas.

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CELINA AREAS é uma das A educação em seu sentido mais amplo A autora defende que, portanto, existem
autoras mais cobradas em acontece nos mais diversos lugares e tem algumas tarefas que são indispensáveis à
concursos quando se trata desse muitas “caras”. Porém, claro, a escola é o lugar escola:
assunto . privilegiado para garantia do direito à educação
✓ Socializar o saber sistematizado;
Ela traz educação como um e é onde os processos de educação mais
✓ Fazer com que o saber seja
processo e como uma prática sistemáticos e organizados acontecem.
criticamente apropriado pelos
social, contínuo e com foco
alunos;
formativo, sendo um direito
✓ Aliar saber científico ao saber

Função Social
inalienável do cidadão.
prévio dos alunos;
✓ Adotar uma gestão participativa/
A nossa Constituição Federal traz democrática;
em seu Art. 5º a definição de
função social da escola.
“A educação como direito de todos e
Da escola ✓ Contribuir para a construção de
um país mais justo e igualitário

dever do Estado e da Família, será


promovida e incentivada com a TÍTULO I –Da Educação
colaboração da sociedade, visando o Art. 1º A educação abrange os processos formativos que desenvolvem na vida familiar, na
pleno desenvolvimento da pessoa, seu convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos
preparo para o exercício da cidadania sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais
e sua qualificação para o mercado de Art. 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
trabalho. “
TÍTULO II- Dos princípios e fins d Educação Nacional
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos
Na LDB também aparecem definições ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,
dos princípios e função da escola seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
58
PABLO GENTILI afirma que a visão neoliberal da função social da escola, a ARES, indo na contramão da função social da
instituição deve por função e princípio a transmissão de competências e escola na visão neoliberalista, afirma que a função
habilidades necessárias para atuarem competitivamente no mercado de social da escola é um compromisso com a
trabalho, que é altamente seletivo e cada vez mais restrito, deixando de formação do cidadão através do fortalecimento
lado os aspectos de formação ética dos estudantes dos valores de solidariedade, um compromisso
com a transformação da sociedade

Essa tríplice responsabilidade, segundo o autor, indicam Assim podemos entender que “a função social da
três objetivos fundamentais da escola pública atual. escola é o desenvolvimento das potencialidades
Preparação para o processo produtivo e para a vida em uma sociedade técnico- físicas, cognitivas e afetivas do indivíduo,
informacional, que envolve o preparo para o mercado de trabalho através da capacitando-o a tornar um cidadão, participativo
formação geral, cultural e científica de cada um dos estudantes, desenvolvendo na sociedade em que vivem.
saberes e habilidades, além do desenvolvimento do pensamento crítico criativo.
Formação para a cidadania crítica e participativa, onde o cidadão é capaz de Para LIBÂNEO, no contexto da sociedade
interferir positivamente na sua própria comunidade, sendo agente da mudança contemporânea, a escola tem uma tríplice
buscando a justiça social. Para isso é necessário também que a escola favoreça o responsabilidade
desenvolvimento de competências sociais, como relação grupais e intergrupais,
processos democráticos e eficazes de tomada de decisões, capacidades ✓ Ser agente de mudança, capaz de gerar
sociocomunicativas, de iniciativa, liderança, responsabilidade, resolução de conhecimento e desenvolver a ciência e
problemas, etc. tecnologia;
✓ Trabalhar na tradição e os valores nacionais;
A formação ética, que é um dos pontos fortes da escola do presente e do futuro. ✓ Preparar cidadãos capazes de entender o
Trata-se de formar valores e atitudes de solidariedade, respeito às diferenças e mundo, seu país, sua realidade e de
empatia. A escola deve auxiliar no desenvolvimento de competências comunicativas transformá-la positivamente.
que possibilitarão diálogo e consenso baseados na razão crítica.
59
✓ Aluno como centro do processo de ensino;
PARO e LIBÂNEO são autores Dessa forma, para garantir uma
✓ Professor com boa formação e com boas
bastante cobrados em educação de qualidade, em suas
oportunidades de formação continuada;
concursos com esse tema. esferas pessoais e sociais,
✓ Acesso aos patrimônios artísticos, culturais e
Eles defendem que a precisamos que a escola
científicos da humanidade;
qualidade de ensino perpassa apresente algumas características:
✓ Recursos humanos e financeiros;
para todos os aspectos da
✓ Uma gestão democrática da escola.

Gestão
organização da escola.

Democrática
POR QUE A GESTÃO DEVE COMO SE CONSTRÓI UMA
SER DEMOCRÁTICA? GESTÃO DEMOCRÁTICA?
• Para uma educação ter qualidade social, ela precisa ser • Podemos dizer que a garantia de uma gestão democrática se
orientada como uma educação para a democracia. Ou seja, dá, em especial, pela garantia de que os processos
a educação precisa ser voltada para preparar o sujeito para decisórios serão feitos pela maioria da comunidade escolar,
não só participar da vida pública da sua comunidade como representada pelo Conselho da Escola, pela Associação de
também para ser capaz de modifica-la. Pais e Mestres, pelo Grêmio Estudantil, entre outros.
• Paro afirma que não tem como pregarmos uma educação • Esses instrumentos de participação de todos envolvidos na
para a democracia se a própria instituição escolar não é uma escola (professores, funcionários, pais, alunos e comunidade
instância democrática. em geral) buscam um exercício mais transparente e
• Ele afirma que o discurso de formar o cidadão, de preparar o coerente da gestão escolar, e que de fato atenta as
aluno para o exercício da cidadania tem sido cada vez mais demandas da comunidade.
empregado pelas escolas e pelos sistemas de ensino.
60
A participação Paro, ao ressaltar que a escola
deve ser um local de
A primeira é que para a construção de uma
escola democrática, precisamos prever uma

Democrática da democracia, aponta que


existem uma série de fatores
estruturação horizontal entre os envolvidos no
processo de tomada de decisão, e, apesar do
Comunidade na que dificultam ou até mesmo discurso democrático, as escolas ainda se

Escola
impossibilitam a gestão compõe em sua grande maioria, com uma
democrática. estrutura hierarquizada, em formato piramidal:

Dentro desse formato, o diretor é a autoridade máxima da escola, o que coloca em


uma posição especialmente delicada: a decisão, mesmo eu feita democraticamente,
de, como será realizado os eventos e de como será gasto a verba, é integralmente de Direção
sua responsabilidade.
Coordenação
Outro ponto sempre recorrente quando falamos em participação ativa na escola, é o
discurso que os pais não querem participar. Paro apresenta pesquisas em sua obra pedagógica
que demostram que sim, os pais tem interesse em fazer parte da escola, mas não de
Professores
forma como a escola oferece esse espaço de participação.
Funcionários não
Em geral, os pais percebem que a escola age com que eles a partir de uma
perspectiva paternalista: como se eles fosse “cotados”, desprovidos de capacidade de professores
compreensão e carentes em todos os sentidos da palavra, sendo incapazes de ajudar
no processo de decisão. Alunos
Órgãos colegiados
Ainda relacionado a participação dos pais, muitos complementam que gostariam de
participar, mas que os horários da reunião impossibilitam a participação, por Pais e Responsáveis
coincidirem com horário dos seus afazeres essenciais.
Comunidade escolar
61
O colegiado e sua
A gestão democrática foi delimitada “ Os sistemas de ensino definirão as normas da
na CF. de 88 em seu artigo 206 e é gestão democrática do ensino público na
Participação nos processos repetido no artigo 3º da LDB. No
artigo 12 da LDB, fica um pouco
educação básica de acordo com as suas
peculiaridades, conforme os seguintes princípios:

Decisórios da escola mais detalhado sobre como


acontecerá o processo
I- participação dos profissionais da educação
na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II- participação das comunidades escolar e local
em conselhos escolares ou equivalentes”
O conselho de Escola é um órgão colegiado composto
CONSELHO DA ESCOLA
por representantes da comunidade escolar que tem
como função deliberar sobre as questões pedagógicas,
O conselho possui
administrativas e financeiras da escola. O plano Nacional da Educação (PNE)
quatro dimensões:
repete o texto da LDB e acrescenta que
DELIBERATIVA: quando decidem sobre o projeto político pedagógico e outros “(...) bem como a descentralização da
assuntos da escola, fazem encaminhamentos e garantem cumprimento das ordens gestão educacional, com o fortalecimento
internas. da autonomia da escola e garantia de
participação da sociedade na gestão da
CONSULTIVA: caráter de assessoramento, analisando as questões encaminhadas pelos escola e da educação”
diversos segmentos da escola e apresentando sugestões ou soluções, que poderão ou
não ser acatadas pelas direções das escolas.
Assim, vemos que a legislação prevê que a
FISCAIS: quando acompanham a execução das ações pedagógicas, administrativas e gestão escolar ocorra de forma democrática
financeiras, avaliando e garantindo o cumprimento das normas escolares e a qualidade a partir de duas permissões básicas: a
social do cotidiano escolar. participação de todos na construção do PPP
das escolas e com a participação da
MOBILIZADORAS: quando promovem a participação dos segmentos representativos comunidade nos colegiados.
da escola e da comunidade em diversas atividades. 62
Outro órgão colegiado presente nas escolas é a Associação de Pais e Mestres, que consiste em uma
ASSOCIAÇÃO DE PAIS E associação sem fins lucrativos que representa os interesses comuns dos profissionais e dos pais dos
MESTRES alunos da escola

DIREÇÃO: Responsável pela execução da associação, que deve ser reunir todo mês
COMPOSIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS E CONSELHO DELIBERATIVO é responsável pelas decisões de ações da entidade que
MESTRES deve se reunir semestralmente
CONSELHO FICAL : é responsável pelo controle das atividades e decisões da
associação que deve se reunir juntamente ao conselho deliberativo

GRÊMIO ESTUDANTIL Por último, temos o grêmio estudantil, que é também um órgão colegiado. Porém, nesse caso, ele é
composto apenas pelos alunos e representam todo corpo discente da instituição.

A primeira legislação que falou sobre a garantia de organização aos estudantes foi a Lei nº 7.398, de 4 de novembro de 1985

Art. 1º - Aos estudantes dos estabelecimentos de ensino 1] e 2º g GRAUS FICA ASSEGURADA A ORGANIZAÇÃO DE Estudantes como
entidades autônomas representativas dos interesses dos estudantes secundaristas com finalidades educacionais, culturais, cívicas
esportivas e sociais
§1º vetado
§2º - A organização, o funcionamento e as atividades dos Grêmios serão estabelecidos nos seus estatutos , aprovados em Assembleia
Geral do corpo dissente de cada estabelecimento de ensino convocada para este fim.
§3º - A aprovação dos estatutos, e a escolha dos dirigentes e do representantes do Grêmio Estudantil serão realizadas pelo voto direto e
secreto de cada estudante observando-se no que couber, as normas de legislação eleitoral .

No Plano Nacional da Educação, o Grêmio Estudantil também aparece como uma das principais instâncias de garantia de
uma gestão democrática da escola pública. O grêmio irá atuar em conversas com a direção escolar, nos momentos de
conselho de escola e de reunião da APM, nas reuniões de representantes de sala. 63
SISTEMAS DE ENSINO LEI DE DIRETRIZES E BASES (LDB)
A educação brasileira se divide entre
os seguintes sistemas de ensino: Sistema de ensino é “ o conjunto de Art. 8º - A união, os estados e o Distrito
instituições de ensino que, sem Federal e os Municípios organizarão, em
✓ Federal constituírem uma unidade ou primares por regime de colaboração, os respectivos
✓ Estaduais seu caráter coletivo, são interligadas por sistemas de ensino.
✓ Municipais normas, por leis educacionais” § 1º Caberá a União a coordenação da
política nacional de educação, articulando
A união é responsável por coordenar os diferentes níveis e sistemas e exercendo

Organização
a Política Nacional de Educação, a coordenação da política nacional de
articulando os diferentes níveis e educação, articulando os diferentes
sistemas, exercendo sua tripla

Escolar
níveis e sistema de ensino e exercendo
função ( normativa, redistributiva e função normativa, redistributiva e
supletiva) supletiva em relação às demais instâncias
educacionais.
A legislação dá um papel de
maior responsabilidade para
a União, que além de cuidar Nas diferentes esferas, nos diferentes sistemas de ensino, existem alguns órgãos administrativos que
do seu sistema de ensino, são responsáveis por coordenar as ações tomadas em conjunto, servido de apoio mas também de
deverá atuar de forma fiscalização são para as unidades educacionais. São eles:
(legislando), redistributiva
FEDERAIS: Ministério da Educação (MEC) e Conselho Nacional da Educação (CNE)
(redistribuindo arrecadações
ESTADUAIS: Secretaria Estadual da Educação (SEE); Conselho Estadual de Educação (CEE); Delegacia
e verbas) e supletiva
Regional de Educação (DRE)
(auxiliando os estados e
MUNICIPAIS: Secretaria Municipal de Educação (SME) e Conselho Municipal de Educação (CME).
municípios que não podem
sozinhos garantir uma
educação de qualidade).
64
Segundo LIBÂNEO, o termo organização se

Organização do refere-se ao modo pelo qual se ordena e se


constitui um sistema. A organização da educação
SISTEMA FEDERAL DE ENSINO

Sistema de ensino brasileira se faz através de suas esferas O ART. 211º DA


administrativas, ou seja, pela União, pelos CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios. ESTABELECE QUE:

“ A união organizará o sistema federal


A UNIÃO CUMPRE SUA FUNÇÃO NORMATIVA, de ensino e o dos territórios, financiará
LEGISLANDO SOBRE EDUCAÇÃO, ATRAVÉS DO CONSELHO as instituições de ensino públicas
NACIONAL DE EDUCAÇÃO. AO CNE COMPETE: federais e exercerá, em matéria
✓ Acompanhar e implementar o Plano educacional, função redistributiva, de
Nacional da Educação; forma a garantir equalização de
✓ Universidades federais; oportunidades e padrão mínimo de
✓ Manifestar-se sobre as mais
✓ Instituições isoladas de ensino qualidade de ensino mediante
diversas questões relacionadas à
superior; assistência técnica e financeira aos
educação;
✓ Centros federais de educação estados, ao Distrito Federal e aos
✓ Assessorar o MEC;
tecnológica (CEFETs); municípios.
✓ Emitir pareceres sobre assuntos da
✓ Estabelecimentos de ensino médio;
área educacional;
✓ Escolas técnicas federais e agro
✓ Manter intercâmbio com os
técnicas;
sistemas de ensino estaduais e do OS SISTEMA FEDERAL DE ENSINO É
✓ Escolas de ensino fundamental e
Distrito Federal; COMPOSTO POR ALGUMAS
médio vinculadas às universidades
✓ Elaborar seu próprio regimento, que INSTITUIÇÕES MANTIDAS PELA UNIÃO
(colégios de aplicação)
deve passar passar por aprovação
✓ Colégio Pedro II
do ministro de educação
✓ Instituições de educação especial
65
A união cumpre sua função normativa,
legislando sobre educação, através do SISTEMA ESTADUAL DE ENSINO É função dos sistemas de ensino
Conselho Nacional de Educação. Ao CNE Os estados, por meio dos seus próprios estaduais atenderem:
compete: sistemas de ensino, são responsáveis ✓ Educação Infantil;
por ofertar o acesso à educação e ✓ Ensino Fundamental;
✓ Acompanhar e implementar o legislar sobre ela, claro, sempre ✓ Ensino Médio;
Plano Nacional de Educação; observando o disposto na CF, na LDB e ✓ Ensino Superior
✓ Manifestar-se sobre as mais nas demais deliberações do CNE sobre
diversas questões relacionadas a educação.
à educação;
✓ Assessorar o MEC;
✓ Emitir pareceres sobre assuntos
da área educacional; SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO
✓ Manter intercâmbio com os
sistemas de ensino estaduais e A constituição prevê que os municípios devem manter, com cooperação técnica e
do Distrito Federal financeira da União e dos Estados, programas de educação pré-escolar e de
✓ Elaborar seu próprio regimento, ensino fundamental. Assim, sendo, prioritariamente, os municípios que devem
que deve passar por aprovação garantir as crianças até os seis anos de idade .
do ministro da educação.
Aqueles municípios que atendam com facilidade a demanda dessa faixa etária,
pode expandir para os demais níveis e modalidades de educação.

Os municípios que ainda, devem administrar seu próprio sistema de ensino,


podendo definir normas e procedimentos pedagógicos que melhor se adaptem
as especificidades da população.

66
Educação Infantil
Níveis e modalidades
Existem no Brasil dois níveis:
Ensino Fundamental

Da educação e do Educação Básica: Ensino Médio

Ensino Educação Superior

A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando de forma integral,


NÍVEIS proporcionando uma formação que o prepare para o exercício da cidadania e também para eu
progrida no trabalho ou nos estados superiores

EDUCAÇÃO INFANTIL É a primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança e atende
bebês de 0 a 5 anos de idade. Essa é educação é oferecida em creches ou equivalentes para crianças de até 3 anos
e em pré-escolas ou equivalentes para crianças entre 4 e 5 anos.
Nessa etapa, a avaliação funciona como registro de aprendizagem dos bebês e das crianças e de forma alguma,
deve servir como critério de promoção, nem mesmo para aqueles que irão ingressar no primeiro ano

O que orienta as instituições de educação infantil na sua organização são as DCNs para EI, e agora a BNCC>

ENSINO
FUNDAMENTAL O desenvolvimento da capacidade de aprender a ler, escrever e resolver cálculos
A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores que
O objetivo do ensino fundamentam a sociedade;
fundamental é a
formação do cidadão O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em visa a aquisição do conhecimentos e habilidades e
mediante: a formação de atitudes e valores .
67
A forma de organização do ensino fundamental pode acontecer em I- LINGUAGENS:
ciclos, séries, etapas.. Embora usualmente hoje, ele seja demarcado a) Língua Portuguesa;
por ciclo, não existe na lei essa obrigatoriedade . b) Língua materna, para população indígena;
c) Língua estrangeira moderna;
d) Arte;
De acordo com as DCNs para o ensino fundamental, o ensino
e) Educação Física
fundamental, os componentes curriculares articulam-se em áreas do
II- MATEMÁTICA
conhecimento, a fim de favorecer a comunicação entre os diferentes
III- CIÊNCIAS DA NATUREZA;
campos do saber. Esses componentes são organizados da seguinte
IV- CIÊNCIAS HUMANAS:
forma:
a) História;
b) Geografia
ENSINO RELIGIOSO: Obrigatório a escola oferecer, mas optativo ao aluno V- Ensino Religioso

O ensino médio só passou a integrar a educação básica em 1996, com a nova LDB. Tem sofrido com mudanças
ENSINO MÉDIO
ideológicas, que vão acontecendo a cada governo. Basicamente, temos dois grandes opostos pontos de vista:
• Aqueles que acham que o ensino médio deve ser técnico e profissionalizante;
• Aqueles que acham que o ensino médio deve favorecer a formação integral dos alunos e encaminhar para
prosseguimento no ensino superior.
Segundo a LDB, a
finalidade do • A consolidação e aprimoramento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o
ensino médio é: prosseguimento de estudos.
• A preparação básica para o trabalho e cidadania ;
• Aprimoramento da pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico;
• A compreensão dos fundamentos científicos- tecnológicos dos processos produtivos.
68
A educação superior também está expressa na LDB e tem como objetivo:
ENSINO SUPERIOR
• Formar profissionais nas diferentes áreas do saber;
• Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos;
• Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico;
• Incentivar a pesquisa científica;
• Promover a extensão.

Existem alguns cursos e programas que estão sobre abrangência do ensino


superior, conforme veremos a seguir:

• CURSOS SEQUENCIAIS por campo do saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos
que tenham requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino e concluído o ensino médio;
• CURSOS DE GRADUAÇÕES, abertos para candidatos eu tenham o ensino médio ou equivalente e tenham
sido aprovados no processo seletivo;
• CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO, incluindo mestrado e doutorado, especialização, aperfeiçoamento e
outros, aberto a candidatos diplomados na graduação;
• CURSOS DE EXTENSÃO, abertos a candidatos que atendam os requisitos de cada instituição.

As instituições de ensino superior classificam-se em públicas e privadas. As instituições públicas são as


criadas pelo poder público e são classificadas em federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal.

O ano letivo é de duzentos dias e a presença de alunos e professore é obrigatória, devendo ser controlada.

69
MODALIDADES Quando falamos em modalidades da educação, estamos abrangendo a forma como exercemos a
educação. De acordo com a legislação brasileira, as modalidades de educação são:

• Destinadas aqueles que não tiveram acesso na idade certa. Prevê cursos e exames supletivos a serem
EDUCAÇÃO DE realizados no nível de conclusão do ensino fundamental, para maiores de 15 anos, e do ensino médio, para
JOVENS E ADULTOS maiores de 18 anos.
• Além disso, preferencialmente, a EJA devem articular-se com a educação profissional e tecnológica.

• Integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação, se articulando também com as dimensões do
trabalho, da ciência e da tecnologia. Os cursos oferecidos podem ser de formação inicial, continuada ou,
EDUCAÇÃO ainda, para qualificação profissional.
PROFISSIONAL E • Um dos pilares do ensino médio, conforme vimos, é a preparação para o trabalho. Assim essa preparação
TECNOLÓGICA pode ocorrer tanto na própria instituição de ensino médio como em parceria com instituições
especializadas em educação profissional.
• A educação profissional pode ser oferecida de forma articulada a ensino médio ou na forma subsequente.

• É a modalidade caracterizada pela oferta de serviços educacionais a crianças ou jovens com necessidades
EDUCAÇÃO educacionais especiais, em razão da deficiência física, sensorial ou cognitiva. Na LDB existe um artigo que
ESPECIAL trata especificamente desse tema, conforme segue:

Art. 58- Entende-se por educação especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na
rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais
§ 1º Haverá quando necessário, serviços de apoio especializado, na grade regular, para atender as peculiaridades da clientela da
educação especial
70
§ 2 º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes regulares comuns de ensino.
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem inicio na faixa etária do zero a seis anos, durante a educação
infantil.

• A educação especial acontecerá com as crianças, preferencialmente, tendo aulas na classe regular e, no contraturno escolar,
sendo atendidas no AEE (atendimento educacional especializado), que atua de forma suplementar ou complementar para
garantir o desenvolvimento desses sujeitos.

71
DEFINIÇÃO COMPROMISSOS DO CURRÍCULO
COM A SOCIEDADE
É UM DOCUMENTO VIVO, PERMEADO POR
CONTRADIÇÕES • PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO,
ESTÁ SITUADO NUM MOMENTO HISTÓRICO, • INTERCÂMBIO COM OUTROS SETORES DA SOCIEDADE,
SUAS CONCEPÇÕES ESTÃO LIGADAS AS SEGUINTES • SUPERAÇÃO DE PROBLEMAS DE CUNHO ÉTICO,
QUESTÕES: SOCIAL, POLÍTICO, ECONÔMICO, CIENTÍFICO E
1ºQUE SER HUMANO SE QUER CONSTRUIR? TECNOLÓGICO,
2ºPARA QUE TIPO DE SOCIEDADE? • (IN) FORMAÇÃO CRÍTICA PRODUTIVA DE INDIVÍDUOS E
3ºQUE CONHECIMENTO DEVE SER VALIDADO? GRUPOS SOCIAIS
4º QUEM DEVE SELECIONAR O CONHECIMENTO
ESCOLAR? Introdução ao
CONCEPÇÕES
Currículo
• É A REPRESENTAÇÃO DA CULTURA • É UM ESPAÇO TENCIONADO DE • É O CONJUNTO DE CONTEÚDOS COGNITIVOS
NO COTIDIANO ESCOLAR [...] O FORÇAS CULTURAIS E POLÍTICAS, E SIMBÓLICOS (SABERES, COMPETÊNCIAS,
MODO PELO QUAL SE SELECIONAM, NÃO ESTÁ PRONTO E POST PARA SER REPRESENTAÇÕES, TENDÊNCIAS, VALORES)
CLASSIFICAM, DISTRIBUEM E CUMPRIDO. ELE É CONSTRUÍDO NA TRANSMITIDOS (DE MODO EXPLÍCITO OU
AVALIAM CONHECIMENTOS NO MEDIDA EU OS SUJEITOS SE IMPLÍCITO) NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E
ESPAÇO DAS INSTIUIÇÕES ESCOLARES ENVOLVEM, SE ENTRELAÇAM E SE NAS SITUAÇÕES DE ESCOLARIZAÇÃO, ISTO É,
[...] UM MODO PELO QUAL A COMPROMETEM NA CONSTRUÇÃO TUDO AQUILO A QUE PODERÍAMOS CHAMAR
CULTURA É REPRESENTADA E DOS CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS DE DIMENSÃO COGNITIVA E CULTURAL DA
REPRODUZIDA NO COTIDIANO PARA A SOBREVIVÊNCIA DO GRUPO EDUCAÇÃO ESCOLAR. ( FORQUIN (2012)
ESCOLAR. (PEDRO, 2009) SOCIAL. (SILVA,2013)

72
TEORIAS DO

Concepções
CURRÍCULO
PARA QUE ENSINAR?
• É NECESSÁRIO QUE O A IMPLEMENTAÇÃO DO
O QUE ENSINAR?

De Currículo
CURRÍCULO, DENTRO DE ESPAÇOS
DEMOCRÁTICOS DE FORMAÇÃO E PARTICIPAÇÃO COMO ENSINAR?
ESCOLAR, FAVOREÇAM A REFLEXÃO EM TORNO O QUE E COMO AVALIAR?
DAS QUESTÕES:
CURRÍCULO FORMAL
TRADICIONAL CRÍTICO PÓS CRÍTICAS
• ESTABELECIDO PELAS REDES DE
CONCEPÇÕES • Ensino • Ideologia • Multiculturalism ENSINO, TRADUZINDO DIRETRIZES.
• Metodologia • Poder o (PCN, CURRÍCULO EM MOVIMENTO.
• Neutralidade • Classes sociais • Diversidade
• Eficiência
• Oculto • Alteridade CURRÍCULO REAL
• Reprodução
• O QUE É REALIZADO EM SALA DE
AUTORES Bobbit, Tyler e Althusser, Bourdieu Miguel Arroyo,
AULA, A TRADUÇÃO DO PPP
Dewey e Passeron, Paulo Tomás Tadeu
Freire
CURRÍCULO OCULTO

PALAVRAS Educação Científica. Poder, classe social, Diversidade • REFERE-SE A CULTURA


Técnica. Definição currículo oculto, cultural, ORGANIZACIONAL, ASPECTOS DO
de metas/objetivos. resistência, subjetividade, AMBIENTE ESCOLAR QUE
Taylorismo. Rigor. emancipação, Identidade, INFLUENCIAM DE FORMA
Currículo Técnico ideologia sexualidade, IMPLÍCITA NAS APRENDIZAGENS.
operacional multiculturalismo. 73
BASE NACIONAL
OS CONTEÚDOS CURRICULARES DA EDUCAÇÃO
BÁSICA OBSERVARÃO, AINDA, AS SEGUINTES I – na Língua Portuguesa;
DIRETRIZES: II – na Matemática;
III – no conhecimento do mundo físico, natural, da
I – a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos realidade social e política, especialmente do Brasil,
direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à
incluindo-se o estudo da História e Cultura Afro-
ordem democrática;
Ii – consideração das condições de escolaridade dos estudantes Brasileira e Indígena,
em cada estabelecimento; IV – na Arte em suas diferentes formas de expressão,
Iii – orientação para o trabalho; incluindo-se a música;
Iv – promoção do desporto educacional e apoio às práticas V – na Educação Física;

Componentes
desportivas não-formais VI – no Ensino Religioso.

Curriculares
A LDB DEFINIU PRINCÍPIOS E OBJETIVOS MULTIDISCIPLINARIDADE: Sistema de um só nível e de objetivos
CURRICULARES GERAIS PARA O ENSINO múltiplos. Não há cooperação
FUNDAMENTAL E MÉDIO, SOB OS ASPECTOS: PLURIDISCIPLINARIDADE: Sistema de um só nível e de objetivos
múltiplos. Há cooperação, mas sem coordenação
I – DURAÇÃO: ANOS, DIAS LETIVOS E CARGA INTERDISCIPLINARIDADE: Sistema de dois níveis e de objetivos
HORÁRIA MÍNIMOS; múltiplos; cooperação procedente de nível superior
II – UMA BASE NACIONAL COMUM; TRANSDISCIPLINARIDADE Sistema de dois níveis e de objetivos
III – UMA PARTE DIVERSIFICADA.
múltiplos; coordenação com vistas e finalidade comum 74
Na organização da matriz curricular, serão observados os critérios:

I – de carga horária e componentes), em forma de eixos, módulos ou projetos, tanto no que se refere à base nacional comum, quanto à parte
diversificada, sendo que a definição de tais eixos, módulos ou projetos deve resultar de amplo e verticalizado debate entre os atores sociais
atuantes nas diferentes instâncias educativas;
II – de duração mínima anual de 200 (duzentos) dias letivos, com o total de, no mínimo, 800 (oitocentas) horas, recomendada a sua
ampliação, na perspectiva do tempo integral, sabendo-se que as atividades escolares devem ser programadas articulada e integradamente, a
partir da base nacional comum enriquecida e complementada pela parte diversificada, ambas formando um todo;
III – da interdisciplinaridade e da contextualização, que devem ser constantes em todo o currículo, propiciando a interlocução entre os
diferentes campos do conhecimento e a transversalidade do conhecimento de diferentes disciplinas, bem como o estudo e o
desenvolvimento de projetos referidos a temas concretos da realidade dos estudantes;
IV – da destinação de, pelo menos, 20% do total da carga horária anual ao conjunto de programas e projetos interdisciplinares eletivos criados
pela escola, previstos no projeto pedagógico, de modo que os sujeitos do Ensino Fundamental e Médio possam escolher aqueles com que se
identifiquem e que lhes permitam melhor lidar com o conhecimento e a experiência. Tais programas e projetos devem ser desenvolvidos de
modo dinâmico, criativo e flexível, em articulação com a comunidade em que a escola esteja inserida;
V – da abordagem interdisciplinar na organização e gestão do currículo, viabilizada pelo trabalho desenvolvido coletivamente,
planejado previamente, de modo integrado e pactuado com a comunidade educativa;
VI – de adoção, nos cursos noturnos do Ensino Fundamental e do Médio, da metodologia didático-pedagógica pertinente às
características dos sujeitos das aprendizagens, na maioria trabalhadores, e, se necessário, sendo alterada a duração do curso,
tendo como referência o mínimo correspondente à base nacional comum, de modo que tais cursos não fiquem prejudicados;
VII - trabalhadores das turmas do período noturno devem ser consideradas como subsídios importantes para garantir o
acesso ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio, a permanência e o sucesso nas últimas séries, seja em curso de tempo
regular, seja em curso na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, tendo em vista o direito à frequência a uma escola
75
que lhes dê uma formação adequada ao desenvolvimento de sua cidadania;
CURRÍCULO E
EDUCAÇÃO INFANTIL
EDUCAÇÃO BÁSICA
Devem abranger o estudo de língua portuguesa e de A educação infantil, primeira etapa da educação básica,
matemática, o conhecimento do mundo físico e natural tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança
e da realidade social política, especialmente do Brasil. de até 5 anos, em seus aspectos físico, psicológico,
O ensino da arte, especialmente em sua expressões intelectual e social, complementando a ação da família e
regionais, constituirá componente curricular obrigatório comunidade
da educação básica.

DIRETRIZES DOS CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL


CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA I. O desenvolvimento da capacidade de aprender,
I. A difusão de valores fundamentais ao interesse tendo como meios básicos o pleno domínio da
social, aos direitos e deveres do cidadãos, de leitura, da escrita e do cálculo;
respeito ao bem comum e à ordem democrática. II. A compreensão do ambiente natural e social, do
II. Consideração da condições de escolaridade dos sistema político, da tecnologia, das artes e dos
alunos em cada estabelecimento valores em eu se fundamenta a sociedade
III. Orientação para o trabalho III. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,
IV. Promoção do desporto educacional e apoio às tendo em vista a aquisição de conhecimentos e
práticas desportiva não-formais. habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV. O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços
de solidariedade humana e de tolerância recíproca
em que se assenta a vida social
76
A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR DEFINIRÁ
ENSINO MÉDIO DIREITOS E OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO ENSINO
I. A consolidação e o aprofundamento dos MÉDIO, CONFORME DIRETRIZES DO CONSELHO NACIONAL
conhecimentos adquiridos no ensino DA EDUCAÇÃO, NAS SEGUINTES ÁREAS DO
fundamental, possibilitando o prosseguimento CONHECIMENTO:
de estudos; I. Linguagens e suas tecnologias
II. A preparação básica para o trabalho e a II. Matemática e suas tecnologias
cidadania do educando, para continuar III. Ciências da natureza e suas tecnologias
aprendendo, de modo a ser capaz de se IV. Ciências humanas e sociais aplicadas
adaptar com flexibilidade e a novas condições
de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores O CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO SERÁ COMPOSTO PELA BASE
III. O aprimoramento do educando como pessoa NACIONAL COMUM CURRÍCULAR E POR ITINERÁRIOS
humana, incluindo a formação ética e o FORMATIVOS, QUE DEVERÃO SER ORGANIZADOS POR MEIO DA
desenvolvimento da autonomia intelectual e OFERTA DE DIFERENTES ARRANJOS CURRICULARES, CONFORME
do pensamento crítico A RELEVÂNCIA PARA O CONTEXTO LOCAL E A POSSIBILIDADE
IV. A compreensão dos fundamentos científico- DOS SISTEMAS DE ENSINO, A SABER:
tecnológicos dos processor produtivos,
I. Linguagens e suas tecnologias
relacionando a teoria com a prática, no ensino
II. Matemática e suas tecnologias
de cada disciplina.
III. Ciências da natureza e suas tecnologias
IV. Ciências humanas e sociais aplicadas
V. Formação técnica e profissional

77
Teorias Curriculares
• Ensino humanístico
• Centra-se no conhecimento; homem constituído por uma essência imutável
• Ensino de caráter verbalista, autoritário e inibidor da participação do aluno
TEORIAS TRADICIONAIS • Conteúdos enciclopédicos, descontextualizados
• Educação centrada no professor
• Ensinar é repassar conhecimentos
• Behaviorismo, Comportamentalismo, ambientalismo.

ESCOLA CONTEÚDO AVALIAÇÃO PROFESSOR ALUNO


Realiza a preparação Conhecimentos Aspectos Centro do saber; Tábula rasa;
moral e intelectual verdadeiros quantitativos, Relação autoritária; Passivo
dos indivíduos para acumulados pela memorização, Técnica e disciplina
assumirem se lugar sociedade produtividade
na sociedade de
trabalho.

78
• A educação é instrumento de discriminação social
• Evidenciam o comprometimento da educação com os interesses da classe dominante
TEORIAS CRÍTICAS • A escola além de transmitir, deve ser produtora do conhecimento
• Currículo Oculto: Crítica a reprodução não expressa no currículo oficial, mas
manifestada pelas relações sociais na escola.
ESCOLA CONTEÚDO AVALIAÇÃO PROFESSOR/ ALUNO
Espaço socializador dos Conteúdos culturais universais que Meio de obter informações sobre Relação interativa, ambos são
conhecimentos e saberes são incorporados pela o desenvolvimento da prática sujeitos ativos na caminhada da
universais humanidade frente à realidade pedagógica para a reformulação aprendizagem. Aluno é
social. participante e ativo

• Concepção do currículo como sendo um currículo multiculturalista


• Estão intimamente ligadas ao tipo de sociedade que se desenvolveu no século seguinte
TEORIAS PÓS • Critica os padrões ‘rígidos” da modernidade
CRÍTICAS • Os significados são culturais e socialmente produzidos, envoltos em relações de poder

• A visão pós crítica do currículo distingue o currículo como uma linguagem dotada de
VISÃO PÓS CRÍTICA significados , imagens, falas, posições discursivas e, nesse contexto, destaca que nas
DE CURRÍCULO margens do discurso curricular se comunicam códigos distintos, histórias esquecida, vozes
silenciadas que, por vezes, se imiscuem com o estabelecido, regulamentado e autorizado
79
CURRÍCULO, DIVERSIDADE
E FAMÍLIA • Currículos são orientados pela • As diferenças são também construídas
• CURRÍCULO: conjunto de dinâmica da sociedade. pelos sujeitos sociais ao longo do
matérias constantes de um curso • DIVERSIDADE: construção histórica, processo histórico e cultural, nos
• DIVERSIDADE: diferente, cultural e social das diferenças processos de adaptação do homem e
distinto, variado, alterado, da mulher ao meio social e no contexto
discordante, vários, alguns. das relações de poder
• FAMÍLIA: conjunto de todos os
parentes de uma pessoa, e Currículo e • A diversidade se faz presente na
produção de práticas, saberes, valores,

Diversidade
principalmente dos que moram linguagens, técnicas artísticas,
nela. científicas, representações do mundo,
experiências de sociabilidade e de
aprendizagem.
• Elvira de Souza Lima (2006, p.17), a A INSERÇÃO DA DIVERSIDADE NOS CURRÍCULOS IMPLICA
diversidade é norma da espécie COMPREENDER AS CAUSAS
humana: seres humanos são diversos
em suas experiências culturais, são • políticas,
únicos em suas personalidades e são • econômicas e
também diversos em suas formas de • sociais de fenômenos como
perceber o mundo. Seres humanos • etnocentrismo,
apresentam, ainda, diversidade • racismo,
biológica. • sexismo,
• homofobia e xenofobia
80
APRENDER A VIVER JUNTOS

A complexidade do • Aprender a compreender o próximo,

Conhecimento Gadotti e os
desenvolver uma percepção, estar
pronto para gerenciar crises e
participar de projetos comuns.
• Descobrir que o outro é diferente e
saber encarar essas diversidades, faz
quatro pilares da parte da elevação educacional de
cada um.
APRENDER A FAZER educação
• É ir além do conhecimento teórico e APRENDER A SER APRENDER A CONHECER
entrar no setor prático
• Faz com que o ser humano passe a saber • Desenvolver o pensamento • É o ato de compreender,
lidar com situações de emprego, trabalho crítico, autônomo, incitar a descobrir ou construir o
em equipe, desenvolvimento criatividade e elevar o conhecimento
coorporativo e valores para cada trabalho crescimento de • É o interesse nas informações,
• Esse pilar é essencial para que vivamos conhecimentos, além de ter libertação da ignorância
em sociedades assalariadas e eu, em mente um sentido ético e • Sendo assim, o aprender a
frequentemente, o trabalho humano é estético perante a sociedade conhecer exercita a atenção, a
trocado pelas máquinas, o que exige uma memória e o pensamento
realização de tarefas mais intelectuais e
mentais
81
Edgar Morin e o
pensamento complexo
ORDEM
• É aquilo que está posto e é tido como
DESORDEM
verdade absoluta a ser obedecida. Saber
e poder caminham juntos. • É o que não está inscrito na rotina, são os atravessamentos
• Na ordem, há uma suposição de que há externos e o inusitado.
determinismo, estabilidade, objetividade, • É o não controle e carrega o extraordinário e o impensado
regularidade, portanto, certezas.
• É ordinário e a previsibilidade, o que
garante certo controle e rotina à
organização ORGANIZAÇÃO
• É a estabilidade que produz e também se • É a palavra que traduz o modo de conceber o mundo complexo.
alimenta da convergência. Do ponto de • “... A organização é aquilo que constitui um sistema a partir de
vista de um sistema é o que dá uma elementos diferentes; portanto ela constitui, ao mesmo tempo,
estabilidade mínima para contemplar a uma unidade e uma multiplicidade” (MORIN,2002, P.180)
desordem e a reorganização

82
A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à
O QUE É AVALIAÇÃO?
realização de provas e atribuição de notas. A mensuração
• É um instrumento que possibilita apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma
identificar e analisar o rendimento e as apreciação qualitativa. (LIBÂNEO, 1994, p. 195).
aprendizagens do educando.

Segundo Luckesi (2011, p. 64). “o

Modalidades da
ato de avaliar dedica‐se a Segundo Libâneo (1994) a prática da
desvendar impasses e buscar avaliação utilizada nas escolas, em sua

Avaliação
soluções” maioria, está reduzida a uma função de
controle mensurado num resultado
quantitativo obtido por meio de provas.

AVALIAÇÃO FORMATIVA AVALIAÇÃO SOMATIVA


AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
• Ocorre ao fim do processo
• Deve acontecer no início de cada • Avalia o caminho pedagógico;
• Preocupa-se com os resultados da
ciclo ou ano letivo; • Deve respeitar o estudante e avisar
aprendizagem;
• Detecta os erros e planeja as quando e como vai avaliá-lo;
• Os resultados servem para verificar,
atividades que serão realizadas; • Exige acompanhamento e
classificar, situar, informar e
• Deve ser permanente. orientação processual.
certificar.
83
Avaliação e Indicadores O QUE PODE AUXILIAR
TODA ESCOLA A SE INDICADORES
Indicadores de Qualidade AVALIAR?

Na Educação O QUE SÃO


INDICADORES?
• Indicadores são sinais que revelam
MEC INDICA SETE
O QUE É EDUCAÇÃO DE aspectos de determinada realidade
DIMENSÕES
QUALIDADE e que podem qualificar algo.
• A variação dos indicares possibilita • Ambiente educativo
• Qualidade é um conceito dinâmico, constatar mudanças • Prática pedagógica
reconstruído constantemente • Os indicadores apresentam a • Avaliação
• Cada escola tem autonomia para qualidade da escola em relação a • Gestão escolar democrática
refletir, propor e agir na busca da importantes elementos de sua • Formação d condições de
qualidade da educação. realidade: as dimensões trabalho dos profissionais da
• Não existe um padrão ou uma escola
receita única para uma escola na O QUE É EDUCAÇÃO DE • Espaço físico escolar
qualidade. QUALIDADE • Acesso, permanência e sucesso
• De acordo com os contextos na escola.
• Periodicamente
socioculturais locais, da comunidade • Garantir a participação de toda
escolar comunidade
• Compartilhando com as
Secretarias de Educação 84
Em cada momento histórico, ou em cada tendência pedagógica, temos

Concepções de
uma nova concepção de avaliação. Observe a seguir

Avaliação

TENDÊNCIAS CONCEPÇÕES
TRADICIONAL Medir, classificar
RENOVADA PROGRESSIVISTA Descobrir, experimentar
RENOVADA NÃO DIRETIVA Autoavaliar-se
TECNICISTA Medir, classificar, instrumentalizar resultados
LIBERTADORA Conhecer a realidade, instrumentalizar resultados
LIBERTÁRIA Desnecessária
CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS Aprender os conteúdos de forma crítica

85
POR QUE POLÍTICO?
Para Veiga, é político, pois revela a função
POR QUE PROJETO? social da escola, seu processo POR QUE PEDAGÓGICO?
De acordo com Veiga, é projeto, democrático e interações sociais, Assim a
pois é um documento que registra escola é uma instituição política e seu Para Veiga, é pedagógico, pois é a
os objetivos, estratégias e métodos ensino precisa ter esse princípio como expressão da finalidade da escola. É o
para realização das ações. Pois isso, norte para formar cidadãos responsáveis. objetivo que cumpre seus métodos,
todos os que utilizam devem técnicas e estratégias devem ser voltados
estabelecer essas metas e propor ao processo de ensino e aprendizagem,

Projeto Político
meios de transformar a escola. que decorre justamente do contato
constante e cotidiano com os estudantes
da instituição.

Pedagógico
LEI 9394/96
ART. 14. Os sistemas de ensino ART. 15. Os sistemas de ensino
ART. 12. Os estabelecimentos de definirão as normas da gestão assegurarão às unidades escolares
ensino, respeitadas as normas comuns democrática do ensino público na públicas de educação básica que os
e as do seu sistema de ensino, terão a educação básica, de acordo com integram progressivos graus de
incumbência de: suas peculiaridades e conforme autonomia pedagógica e administrativa
I- Elaborar e executar sua proposta os seguintes princípios: e de gestão financeira, observadas as
pedagógica; normas gerais de direito financeiro
público
86
Estudos atuais na área da educação apontam
para a importância do projeto político
pedagógico. De acordo com Veiga (2003), temos INOVAÇÃO REGULADORA
duas grandes concepções de PPP, uma pautada
na inovação regulatória ou técnica e outra Nesta concepção há a distinção entre fins
pautada na concepção de inovação e meios. O processo de inovação
emancipatória ou edificante de PPP. orientam-se para a padronização,
uniformidade, controle burocrático e
planejamento centralizado.

Concepções do
O PPP volta-se para a aplicação técnica do
conhecimento, pauta-se na tríade
insumo/processo/produto, visando à

INOVAÇÃO
PPP eficácia. Assim, torna-se um documento
programático e burocrático.

EMANCIPATÓRIA
Essa perspectiva entende o PPP como a própria A inovação emancipatória trabalha com os
organização do trabalho pedagógico da escola, processos formativos de natureza ético social.
articulando-o com a inovação e integrando o Para Veiga, a inovação é fruto da reflexão da
processo de construção com o produto. Portanto realidade interna pautada no contexto social
a escola deve assumir como tarefa a reflexão mais amplo.
sobre sua intencionalidade educativa

87
Veiga (2003) aponta que é necessário considerar a
autonomia da escola no momento de construção e
execução do PPP. Ela possui um sentido sociopolítico e AUTONOMIA JURÍDICA
se volta para a construção da identidade da instituição
e pode se considerar em quatro dimensões • Poder elaborar as próprias normas e
orientações.
AUTONOMIA
ADMINISTRATIVA
• Pode indicar os dirigentes da
instituição;
• Negociação entre os atores.
Autonomia do
PPP
AUTONOMIA
AUTONOMIA FINANCEIRA
PEDAGÓGICA
• Possui recursos próprios que possibilitem • Liberdade de ensino e pesquisa;
condições de funcionamento efetivo; • Está ligada à identidade e função
• Elaborar e executar seu orçamento a partir social
do investimento público.
88
Princípios, Eixos •
A CONSTRUÇÃO DO PPP DEMANDA:
Aglutinação de crenças;

Norteadores do PPP •


Convicções;
Conhecimento da comunidade escolar;
Do contexto social e científico;
• Compromisso político e pedagógico

Para tanto, deve ser construído a partir de princípios que propiciem a


aglutinação de crenças e ideias. Conforme Veiga (2003), os princípios para a
elaboração do PPP são:

IGUALDADE De condições para acesso e permanência na escola, é mais eu a expansão quantitativa


de vagas.
QUALIDADE De educação para todos, implica duas dimensões indissociáveis técnica/ formal e política
GESTÃO Consagrada pela constituição e abrange as dimensões política, administrativa e
DEMOCRÁTICA financeira, visa romper como os pressupostos neotecnicistas (separação entre concepção
e execução, entre pensar e fazer, entre teoria e prática).
LIBERDADE Associada à deia de autonomia, liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
arte e o saber direcionados para uma intencionalidade definida coletivamente.
VALORIZAÇÃO Formação inicial e continuada, condições de trabalho, dedicação integral à escola,
DO redução do número de alunos, renumeração etc.
MAGISTÉRIO
89
MARCO OPERACIONAL
DIAGNÓSTICO MARCOS
Apresenta as grandes linhas de ação
• Trabalha a dimensão da referentes: gestão democrática; currículo
realidade escolar; formação continuada e qualificação
• Não deve ser apenas descritivo, das condições físicas e didático-pedagógicas
mas tem de ser também
analítico
• Diagnóstico escolar abrange Estrutura Básica de MARCO SITUACIONAL

Um PPP
procedimentos e constante
revisão Identifica, explicita e analisa os
problemas e necessidades presentes
na realidade social e suas influências
PROGRAMAÇÃO nas práticas educativas da escola.
• É a definição do que vai ser feito e dos meios para a superação dos
problemas detectados , definição do que é necessário e possível MARCO CONCEITUAL
fazer para diminuir a distância entre a distância entre o eu a escola
deveria ser. Expressa a opção teórica que revela a
• Quanto a periodicidade, a programação ou projeto pode ter aspiração social e educacional: o que se
abrangência anual, bianual ou outra definida pelo grupo. pretende alcançar em termos de
transformação da prática pedagógica e
social.
90
ILMA PASSOS VEIGA
• Documento que não se reduz ao conjunto de
LIBÂNEO
projetos, atividades diversas e planos de aula
ou mero cumprimento de uma tarefa
burocrática • É a concretização do processo de
• Deve apontar um rumo, uma direção planejamento.
• É uma ação intencional, eu integra o • Engloba os objetivos, diretrizes, ações do
pedagógico- possibilidade de efetivação da processo educativo.
• Expressa a síntese das exigências sociais e

Autores
intencionalidade da escola e a formação do
cidadão participativo, responsável, legais do sistema de ensino e os
compromissado, crítico e criativo. propósitos e expectativas da comunidade
escolar.
• É a expressão da cultura organizacional e
CELSO VASCONCELLOS ainda um conjunto de princípios e práticas
que reflete e recria essa cultura, visando á
• É a sistematização, nunca definitiva de um intervenção e transformação da realidade.
processo de planejamento participativo que • Deve ser compreendido como
se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada. instrumento e processo de organização da
• É um importante caminho para a construção escola. O projeto é um guia para a ação,
da identidade da instituição. prevê, dá uma ação direta política e
• É um instrumento teórico- metodológico para pedagógica para o trabalho escolar,
a intervenção e mudança da realidade. formula metas, institui procedimentos e
• É um elemento de organização e integração da instrumentos de ação
atividade prática da instituição nesse processo
de transformação.
91
Autores como Paulo Freire, Luckesi, Libânio, Saviani e Gadotti,
• Surgiram a partir dos diferentes dedicaram grande parte de suas vidas a estudos que
pensamentos filosóficos pudessem contribuir para o avanço da educação,
desenvolvendo teorias para nortear as práticas pedagógicas,
objetivando melhorar a qualidade de ensino

“Concepções que
pretendem dar conta da Tendências
compreensão e da
orientação da prática
educacional em diversos
Pedagógicas
momentos e
circunstâncias da história
humana” (LUCKESI, 2011)
Existe dois modelos de
tendências
LIBERAL: quer manter a sociedade do jeito que
• Teorias que norteiam as práticas
está.
pedagógicas, objetivando
melhorar a qualidade do ensino PROGRESSISTA: coloca a educação como
eu é aplicado nas escolas transformadora da sociedade.
92
Tendências • Não tem sentido democrático ou de aberto
• Surgiu como justificação capitalista
Pedagógicas Liberais • Defende a predominância da liberdade e dos interesses
individuais da sociedade

Tendência Tradicional Liberal


PAPEL DA ESCOLA CONTEÚDOS MÉTODOS PROFESSOR X APRENDIZAGEM MANIFESTAÇÕES
ALUNO
Preparação moral e Conhecimentos e Exposição e Autoridade do Receptiva e mecânica, Em escolas que adotam
intelectual dos alunos valores sociais demonstração professor que exige sem considerar as filosofias humanísticas
para assumir o papel acumulados através verbal da matéria atitude receptiva do características próprias clássicas ou científicas.
na sociedade dos tempos e aluno de cada idade
repassados aos alunos

Tendência Liberal Renovada Progressivista


PAPEL DA ESCOLA CONTEÚDOS MÉTODOS PROFESSOR X APRENDIZAGEM MANIFESTAÇÕES
ALUNO
Deve adequar as São estabelecidos a Experiência, pesquisas, O professor é Baseada na motivação Montessory, Decroly,
necessidades partir das experiências e resolução de auxiliador e motivador e na estimulação de Dewey, Piaget,
individuais ao meio vividas pelos alunos. problemas problemas. O aluno Cousinet, Lauro de
social aprende fazendo. Oliveira.

93
Tendência Liberal Renovada Não Diretiva (escola nova)
PAPEL DA ESCOLA CONTEÚDOS MÉTODOS PROFESSOR X APRENDIZAGEM MANIFESTAÇÕES
ALUNO
Formação de atitudes Baseia-se na busca dos Baseado na facilitação Educação centralizada Aprender é modificar Carl Rogers,
conhecimentos pelos da aprendizagem no aluno e o professor as percepções da “Sumerhill”, escola de
próprios alunos deve garantir um clima realidade. A. Neill.
confortável.

Tendência Liberal Tecnicista


PAPEL DA ESCOLA CONTEÚDOS MÉTODOS PROFESSOR X APRENDIZAGEM MANIFESTAÇÕES
ALUNO
Modeladora do Informações ordenadas Procedimentos e Relação objetiva. O Baseada no Skinner, Gagné, Bloon,
comportamento numa sequência lógica técnicas para a professor transmite e o desempenho Mager
humano e psicológica transmissão e recepção aluno deve fixar.
de informações

94

Tendências
Termo usado para designar as tendências que partem de uma
análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente

Pedagógicas Progressistas
as finalidades sociopolíticas da educação
• Analisam de forma crítica as realidades socias
• Possibilita a compreensão da realidade histórico- crítico social.

Tendência Progressista Libertadora


PAPEL DA ESCOLA CONTEÚDOS MÉTODOS PROFESSOR X APRENDIZAGEM MANIFESTAÇÕES
ALUNO
Atuação não formal. Temas geradores Diálogos, grupos de Relação de igual para Valorização da Paulo Freire
atividade na qual, retirados da discussão. igual, horizontalmente. experiência vivida
professores e alunos problematização do como base da relação
mediados pela cotidiano dos educativa. Codificação
realidade que educandos e decodificação.
aprendem e extrai a Resolução da situação
aprendizagem. problema.

Tendência Progressista Libertária


PAPEL DA ESCOLA CONTEÚDOS MÉTODOS PROFESSOR X APRENDIZAGEM MANIFESTAÇÕES
ALUNO
Escola como As matérias são Vivência grupal na O professor é Valoriza a vivência Lovrt, C. Freinet,
transformadora da colocadas, mas não forma de autogestão. orientador e os alunos cotidiana . Miguel Gonzales,
personalidade. exigidas. livres Aprendizagem informal Vasquez, Ouri,, 95
via grupo Maurício Tragtenberg...
Tendência Progressista Histórico- Crítica
PAPEL DA ESCOLA CONTEÚDOS MÉTODOS PROFESSOR X APRENDIZAGEM MANIFESTAÇÕES
ALUNO
Difusão dos conteúdos, Conteúdos culturais Parte de uma relação O papel do aluno como Baseada nas estruturas Makarenko, B.Charlot,
concretos. universais que são direta da experiência participador e do cognitivas já Suchodolski,
incorporados pela do aluno confrontada professor como estruturadas nos Manacorda, G.Snyders,
humanidade frente a com o saber mediador entre o saber alunos Demerval Saviani.
realidade social sistematizado. e o aluno.

96
• Esse documento tem caráter normativo, ou seja,
• A BNCC foi construída de forma democrática.
ele “define um conjunto orgânico e progressivo de
Vários especialistas em educação foram chamados
aprendizagens essenciais que todos os alunos
para participar da construção desse documento
devem desenvolver” no decorrer da sua
norteador, que tem como principal objetivo elevar
escolarização. Ele é orientado por princípios
os índices de qualidade da educação brasileira,
éticos, políticos e estéticos que visam a formação
diminuindo as taxas de evasão e repetência.
integral dos alunos, com vistas a construção de
uma sociedade justa, democrática e inclusiva,

Base Nacional
como fundamentado nas DCNs.

Comum Curricular

• COMPETÊNCIA, na BNCC, é entendida como a


“mobilização de conhecimentos (conceitos e
• A BNCC propõe que, ao longo da escolarização
procedimentos), habilidades (práticas,
básica, o aluno deverá desenvolver dez
cognitivas e socioemocionais), atitudes e
competências gerais, que garantem seus
valores para resolver demandas complexas da
direitos de aprendizagem e desenvolvimento
vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania
e do mundo do trabalho”.

97
5- Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação

10 Competências
de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais para se
comunicar , acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6- Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de


conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias
1- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente
do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar
para a construção de uma sociedade justa, democrática e 7- Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
inclusiva. negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns eu respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
2- Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas,
elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar 8- Conhecer e apreciar-se e cuidar da sua saúde física e emocional,
soluções com base nos conhecimentos de diferentes áreas. compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as de
outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
3- Valorizar e fluir as diversas manifestações artísticas e
culturais, das locais e às mundiais, e também participar de
9- Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e cooperação, fazendo-
práticas diversificadas para a produção artístico-cultural.
se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
4- Utilizar diferentes linguagens- verbal, corporal, visual, sonora
saberes, identidades, culturas, potencialidades, sem preconceitos de qualquer
e digital-, bem como conhecimentos das linguagens artística,
natureza
matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes
10- Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
contextos e produzir sentidos eu levem ao entendimento
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,
mútuo.
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 98
Estrutura da EDUCAÇÃO BÁSICA

BNCC
COMETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

ETAPAS

EDUCAÇÃO INFANTIL ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO

Direitos de aprendizagem e Áreas do conhecimento


Áreas do conhecimento
desenvolvimento
Competências específicas de Competências específicas de
Campos de experiência área área
Componentes curriculares
Língua portuguesa e
matemática
• Bebês (0 – 1 a 6 m) Competências específicas de
• Crianças bem pequenas (1 a componente
7m- 3 a 11m )
• Crianças pequenas (4 a- 5 a
11m) Anos iniciais e finais

• Unidades temáticas,
Objetivos de aprendizagem e • Objetos do conhecimento, Habilidades
desenvolvimento • Habilidades
99
Educação • Quando falamos em educação infantil, ela aparece em seu eixo estruturante
(interações e brincadeiras) e devem ser assegurados seis direitos de aprendizagem

Infantil e desenvolvimento: conviver, brincar, participar, explorar, expressar, conhecer-se.


Esses são os direitos que os bebês e as crianças pequenas têm durante sua
vivência na educação infantil, sendo responsabilidade da escola e do professor
oferecer possibilidades para a apropriação desses direitos

• Levando em consideração esses • O eu, o outro e o nós,


direitos, de aprendizagem, a BNCC • Corpos, gestos e movimento;
estabelece cinco campos de • Traço, sons e cores e formas;
experiências: • Escuta, fala, pensamento e imaginação;
• Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.

• Em cada um desses campos de experiências são definidos objetivos de


aprendizagem e desenvolvimento, organizados em três faixas etárias:

• Bebês- 0 a 1 anos e 6 meses


• Crianças bem pequenas: 1 ano e 6 meses a 3 anos
• Crianças pequenas: 4 a 5 anos.

100
Ensino • A BNCC organiza o ensino fundamental em cinco áreas do conhecimento, que
favorecem a comunicação entre os conhecimentos e saberes dos diferentes

Fundamental componentes curriculares.

ÁREAS DO CONHECIMENTO
• Cada uma dessas áreas do conhecimento estabelece COMPONENTES CURRICULARES
competências específicas da área, cujo desenvolvimento ANOS INICIAIS (1º ao 5º ano) ANOS FINAIS (6º ao 9º ano)
deve ser promovidas ao longo dos nove anos do ensino
fundamental, que são as dez competências gerais . • Linguagens • Língua Portuguesa
• Matemática • Arte
• Para aquelas áreas do conhecimento que são compostas • Ciências da • Educação Física
por mais de um componente curricular( linguagens e Natureza • Língua Inglesa
ciências humanas) , também serão desenvolvidas • Ciências • Matemática
competências específicas de cada um dos componentes. Humanas • Ciências
• Ensino • Geografia
• O objetivo dessa nova organização curricular é Religioso • História
possibilitar a articulação horizontal entre as áreas, • Ensino Religioso
perpassando todos os componentes do curriculares, e
também a articulação vertical, ou seja, a progressão
• Além disso, para garantir o desenvolvimento dessas competências
entre os anos iniciais e os anos finais do ensino
específicas, cada componente curricular apresenta um conjunto de
fundamental e a continuidade das experiências dos
habilidades, que estão relacionados a diferentes objetos de
alunos.
conhecimento (conteúdos, conceitos e processos), que por sua vez estão
organizados em unidades temáticas.

101
Essas unidades temáticas definem um arranjo dos objetos de
conhecimento ao longo do ensino fundamental.

A BNCC do Ensino fundamental nos Anos Iniciais, ao valorizar as


situações lúdicas de aprendizagem, aponta para a necessária articulação
com as experiências na Educação Infantil. Além disso, as características
dessa faixa etária demandam um trabalho no ambiente escolar que se
organize em torno dos interesses manifestos pelas crianças.

Os dois primeiros anos do ensino fundamental deverá ter com foco a


alfabetização e o letramento. Ao longo do ensino fundamental, a
progressão do conhecimento ocorre pela consolidação das
aprendizagens anteriores.

Nos anos finais do ensino fundamental, os desafios vão se


intensificando e torna-se essencial fortalecer a autonomia dos alunos,
para que eles tenham condições e ferramentas para acessar e interagir
criticamente com diferentes conhecimentos e fontes de informação.

102
Na BNCC, o ensino médio está organizado em quatro áreas do conhecimento.

Ensino Médio As habilidades relacionadas a Língua Portuguesa e Matemática são detalhadas e é


considerado que esses componentes curriculares devem ser oferecidos nos três anos
de escolarização mas essas habilidades não tem determinação de seriação, para
garantir uma maior flexibilidade na organização do currículo de cada escola.
ÁREAS DO CONHECIMENTO
Assim como ocorre com o ensino fundamental, cada área do conhecimento aqui irá
COMPONENTES CURRICULARES estabelecer competências específicas de área cujo desenvolvimento deve ser
(1ª a 3ª série) promovido ao longo dessa etapa.

• Linguagens e suas • Língua A área de linguagens e suas tecnologias engloba os componentes curriculares
tecnologias portuguesa de Língua portuguesa, Arte, Educação física e a Língua Inglesa. Já a área de
• Matemática e suas Ciências humanas e sociais aplicadas engloba História, Geografia, Sociologia e
• Matemática
Filosofia. Ciências da Natureza engloba Biologia, Física e Química.
tecnologias
• Ciências da Natureza e
Na BNCC, protagonismo e autoria são estimulados. Para o Ensino Médio existe a proposta da
suas tecnologias construção do projeto de vida é aquilo que os estudantes almejam alcançar e construir durante seu
• Ciências Humanas e processo formativo
sociais aplicadas
Na BNCC, protagonismo e autoria são estimulados. Para o Ensino Médio existe a proposta da
construção do projeto de vida é aquilo que os estudantes almejam alcançar e construir durante seu
processo formativo

103
MÉTODO: Vem do grego, Desde o início da criação do modelo de escola tal qual
métodos, que significa “ como concebemos hoje até agora, inúmeros métodos de A forma como o professor vai
caminhos para chegar a um ensino fora criados e testados , todos tendo em vista esse apresentar o conteúdo em sala
fim” . Assim métodos de mesmo objetivo: de encontrar uma forma efetiva de de aula é extremamente
ensino são os caminhos , as ensinar e, principalmente, de aprender relevante para o processo de
ações, que a escola e que os ensino- aprendizagem e, de
professores irão desenvolver acordo com HAYDT, ao escolher
um procedimento de ensino

Metodologias
visando o aprendizado dos
alunos. devemos levar em conta vários
critérios de seleção, bem como a

Ensino
reflexão do eu queremos ensinar
e qual o melhor caminho para
alcançar isso.

MÉTODOS São aqueles que valorizam o atendimento às diferenças individuais HAYDIT descreve que os
INDIVIDUALIZADOS durante o processo de ensino aprendizagem, utilizando como estratégia o métodos de ensino podem
DE ENSINO estudo dirigido e fichas, por exemplo. A aprendizagem aparece como uma ser classificados em três
atividade pessoal. tipos de métodos
MÉTODOS São aqueles métodos que valorizam a interação social como, por
SOCIALIZADOS DE exemplo, o trabalho em grupo, as dramatizações e os estudos de caso.
ENSINO
MÉTODOS São os métodos que combinam a individualizada e socializada.
SOCIOINDIVIDUALIZ
ADOS
104
• Ainda mais aplicada nas escolas brasileiras, surge com COMENIUS em sua obra “Didática Magna”. Tem
como principal característica o ensino através do método expositivo: o professor transmite o conhecimento
METODOLOGIA aos alunos.
TRADICIONAL • As salas de aula costumam ser organizadas em fileiras e o professor fica na frente da turma. Os estudantes
são avaliados constantemente e quem não atinge as médias necessárias é reprovado.
• Geralmente é adotado por essas escolas materiais didáticos apostilados ou livros didáticos de modelo mais
rígido, engessando as ações didáticas em sala de aula.
• Aqui a ênfase é o conteúdo e quem está no centro do processo de ensino- aprendizagem é o professor.

• Baseado no trabalho desenvolvido por SKINNER, dentro dessa metodologia o professor tem como tarefa
METODOLOGIA controlar o tempo e as respostas dos alunos, dando feedback constantes sobre desenvolvimento de cada
COMPORTAMENTALISTA um deles nas tarefas.
• Acredita-se que a criança aprende através de estímulos e respostas e o ensino deve ser bem planejado e
controlado minuciosamente pela obtenção de bons resultados.
• A ênfase está na técnica e no processo e o processo de avaliação é valorizado por é a métrica do quanto se
atingiu do esperado.

• As metodologias que derivam do construtivismo partiram das teorias de Jean Piaget sobre o
METODOLOGIA desenvolvimento infantil e tem como base o princípio de que o conhecimento é construído pelo sujeito ,
internamente. Assim, cada estudante é único e possui seu próprio tempo para aprender.
CONSTRUTIVISTA
• As salas de aula costumam favorecer o trabalho em grupo e a interação entre os alunos, as avaliações não
são essenciais no processo e pretende-se favorecer a criação de um pensamento crítico apurado nos
alunos.

105
• Criado pela MONTESSORI, nessa metodologia a criança deve buscar sua autoformação, com menos
METODOLOGIA intervenção possível por parte dos adultos. As crianças têm a liberdade de escolher quais atividades
MONTESSORIANA desejam fazer em sala de aula e o professor tem como papel ser um guia que remove obstáculos apenas.
• Não existe separação por faixa etária e o trabalho em grupo, principalmente entre crianças diversas, é
valorizado. Em geral, as salas são dispostas em círculo.
• Alguns materiais criados por MONTESSORI são utilizados em quase todas as escolas do país, mesmo
aquelas eu não são Montessorianas. Um exemplo disso é o material dourado.

• Na metodologia desenvolvida por WALDORF procura-se equilibrar o desenvolvimento cognitivo com o


METODOLOGIA desenvolvimento de outras habilidades, como por exemplo, as habilidades artísticas, musicais e de
WALDRF movimentação. É desejável uma formação integral dos alunos e não existe a valorização das ciências exatas
em detrimento as artes, por exemplo, como tanto vemos acontecer hoje.
• Os alunos são divididos por faixa etária, seguem co o mesmo professor dos 7 aos 14 anos e não existe
repetência.

METODOLOGIA • Com base nas teorias de FREINET, essas escolas acreditam que o aprendizado acontece por meio do
FREINETIANA trabalho e da cooperação. Nessas escolas, o trabalho em grupo é super valorizado e as crianças são
incentivadas a compartilhar seu trabalho com outras crianças de diferentes turmas e até de diferentes
escolas.
• A troca de cartas entre os alunos com método de alfabetização, estudos de campo para as aulas de ciências
e elaboração do jornal da escola, são atividades marcantes dessa metodologia e que, hoje, são encontradas
até mesmo em que escolas que não são dessa abordagem.

106
• “Esse método de ensino foi proposto pelo Fomento Centros de Enseñanza, uma instituição fundada na
METODOLOGIA Espanha em 1963, por um grupo de pais, profissionais e educadores. No projeto Optimist desenvolvido
OPTIMIST para a educação infantil (0-6 anos), adota-se princípio da educação personalizada, idealizada pelo
pedagogo espanhol VITOR GARCIA HOZ, que respeito o aluno como respeita o aluno como pessoa singular
e cm ritmo próprio desde a educação infantil, levando-o a alcançar o máximo de desenvolvimento”.
• A ideia é favorecer o desenvolvimento integral das crianças e a escola compreende que os laços entre ela e
as famílias dos alunos devem ser estreitados. Assim, os pais também passam por um sistema de formação
que tem como objetivo acontecer em casa uma continuidade do que é trabalhado na escola.

• A metodologia Freiriana procura explicitar que não há conhecimento pronto e acabado. Ele está sempre
em construção.
METODOLOGIA • “Aprendemos ao longo da vida e a partir das experiências anteriores, que alguém está totalmente pronto
FREIRIANA para ensinar e alguém está “totalmente” pronto para receber esse conhecimento, como uma transferência
bancária.
• Esse caráter político, libertador, conscientizador é o diferencial da metodologia de Paulo Freire dos demais
métodos de alfabetização.

• Criada pela médica húngara EMMI PIKLER, essa metodologia é focada no desenvolvimento infantil das
METODOLOGIA crianças pequenas e tem grande aplicabilidade na educação infantil. Parte-se do princípio que cada criança
PIKLER possui seu próprio ritmo de desenvolvimento e não deve ser apressada pelos professores.
• Nessa metodologia, não se foça a criança a fazer nada que ela ainda não esteja preparada para fazer,
favorece o brincar, livremente, propõe que os brinquedos fiquem a disposição das crianças e que os adultos
interfiram o mínimo possível nas atividades infantis.
• Essa metodologia também compreende a indissociabilidade entre o cuidar e defende que, nos momentos
de cuidado, é essencial que o cuidador converse com as crianças e sempre lhe explique o que está
acontecendo 107
• Criada pela médica húngara EMMI PIKLER, essa metodologia é focada no desenvolvimento infantil das
METODOLOGIA DE crianças pequenas e tem grande aplicabilidade na educação infantil. Parte-se do princípio que cada criança
REGGIO EMILIA possui seu próprio ritmo de desenvolvimento e não deve ser apressada pelos professores.
• Nessa metodologia, não se foça a criança a fazer nada que ela ainda não esteja preparada para fazer,
favorece o brincar, livremente, propõe que os brinquedos fiquem a disposição das crianças e que os adultos
interfiram o mínimo possível nas atividades infantis.
• Essa metodologia também compreende a indissociabilidade entre o cuidar e defende que, nos momentos
de cuidado, é essencial que o cuidador converse com as crianças e sempre lhe explique o que está
acontecendo

• Nos últimos anos, as metodologia ativas têm ocupado espaço central nessa discussão sobre metodologias
do ensino. Elas são um modelo de aprendizagem que busca manter o estudante engajado e motivado
METODOLOGIAS durante todo o período letivo.
ATIVAS • Nas metodologias ativas o aluno é sempre o principal protagonista no processo de ensino- aprendizagem e
o professor atua como um mediador entre os estudantes e o conhecimento.
• Os defensores dessa metodologia apontam diversos benefícios em trabalhar com elas, em especial, a forma
como se concebe o aprendizado, proporcionando que o aluno pense de uma forma diferente e resolva
problemas conectando ideias. Outros aspectos que são desenvolvidos dentro dessa metodologia de merece
destaque são:

• Autonomia • Aptidão para resolver problemas • Colaboração

• Confiança • Respeito • Senso crítico

• Aprendizado • Empatia • Responsabilidade


envolvente e participação
108
• Existem várias metodologias ativas. Vamos conhecer um pouco mais delas?

METODOLOGIA BASEADA EM PROJETOS: A metodologia dos projetos propõe que os alunos coloquem a mão na massa,
enquanto investigam uma situação para chegar à solução. O interessante na escolha por essa metodologia é que aqui as
diversas áreas do conhecimento interagem naturalmente, sendo estimulado o desenvolvimento de competências e o trabalho
em equipe.

METODOLOGIA DA APRENDIZAGEM ENTRE TIMES: Essa metodologia tem como objetivo a formação de equipes dentro da
turma e privilegia o fazer em conjunto e o compartilhando de ideias. Esse modelo de aprendizagem podem ser desenvolvido
através de propostas como um estudo de caso ou a elaboração de um projeto, sempre visando que os alunos devem
desenvolver todas as etapas em conjunto e resolver os desafios de forma colaborativa.

SALA DE AULA INVERTDA : É considerado um apoio para trabalhar com as metodologias ativas, como forma de substituir a
maioria das aulas expositivas por extensões da sala de aula em outros ambientes. Dentro desse modelo de trabalho, os alunos
têm acesso ao conteúdo de forma antecipada, podendo ser online, inclusive fazendo que ele já possua um conhecimento
prévio maior sobre tema abordado e possa interagir com os colegas para realizar projetos e resolver problemas propostos.

GAMIFICAÇÃO: Esse tipo de metodologia pode favorecer a aprendizagem e contribuir para que os alunos sejam protagonistas
de seu próprio processo de ensino. Basicamente, estamos falando da utilização de jogos que estimulam pensamento crítico, a
motivação e a dedicação nos momentos de estudo.

ENSINO HÍBRIDO: Dentro desse formato metodológico, ocorre uma fusão entre o ensino tradicional com os outros formatos e
métodos de ensino, como, por exemplo, o ensino à distância. Dentro dessa metodologia, a tecnologia assume um papel
central, fazendo com que a transmissão do conhecimento aconteça de forma mais profunda. Assim, o aluno consegue buscar,
de forma autônoma, fontes, informações e dados eu contemplem o que foi passado em sala de aula, tornando o aprendizado
mais eficiente.

109
METODOLOGIA ATIVA DOS INCIDENTES CRÍTICOS: Incidentes críticos são os momentos, episódios que as pessoas
vivenciaram durante sua trajetória de vida e, de alguma forma, foram importantes e geraram consequências para o seu
desenvolvimento pessoal e profissional. Podem ser positivos ou negativos e servem como elementos de autoavaliação,
auxiliando o professor na sua prática didática.

STEAM: A sigla STEAM ( em língua inglesa) representa Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. Ela propõe uma
aprendizagem integrada como sendo mais eficiente, colocando o aluno como protagonista do processo de aprendizagem em
um processo pautado em investigação e interação com os colegas, com o objetivo de promover o letramento científico,
tecnológico, matemático e artístico.

DESIGN THINKING: É mais uma metodologia que se baseia na resolução de problemas. É portanto, uma abordagem
investigativa, onde os alunos trabalham sempre de forma colaborativa.

110
2º BLOCO: CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
 Alfabetização e Letramento 23
24
25
26
 Processos de aprendizagem 27
28
29
30
31
 Avaliação 32
33
34
35
36
 Tendências Pedagógicas 37
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39
40
´
41
42
43
44
45
46
47
48
 Psicologia da Educação 49
50
 Aspectos sociais da educação 51
52
53
54
55
56
57
 Educação Infantil 58
59
60
61
62
3º BLOCO: ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
63
 Currículo 64
65
66
67
68
 Função Docente 69
70
71
72
73
 Gestão 74
75
76
 Projeto Político Pedagógico (PPP) 77
78
 Planejamento 79
80
81
Criou sua teoria psicogenética tentando
compreender como acontecia a aprendizagem
Para ele, o bebê recém-
nascido não tem
Sua principal ideia era que o desenvolvimento intencionalidade em suas
humano é um processo de adaptação e a mais ações e nasce apenas com os
BREVE HISTÓRICO forma de adaptação é a cognição reflexos básicos e com a
capacidade de se adaptar.

Jean
1896- 1980 Nasceu na Suíça
• Escreveu seu primeiro trabalho
aos 11 anos Então, com o contato com o ambiente, els
passam a tornar seus primeiros reflexos em

Piaget
• Se formou em doutor em
Biologia aos 22 anos ações intencionais (pegar objetos, sugar
• Aos 30 anos já tinha publicado parasse alimentar, chorar para conseguir
dezenas de artigos atenção). Esse seria o processo de
ADAPTAÇÃO

ASSIMILAÇÃO: capacidade do sujeito incorporar um novo objeto a um esquema já


existente, enquanto acomodação seria a tendência que temos de nos adaptar ao novo,
para nos adequarmos a esse objeto

A assimilação exige reagir a um novo objeto ou nova situação com base naquilo que você já
conhece e ACOMODAÇÃO é modificar aquilo que você já conhece para se adequar a esse
novo objeto.

3
Estágios do
Piaget criou uma teoria que tinha Ele então divide o desenvolvimento
como princípio fundamental a noção humano em 4 estágios, que são
de que o desenvolvimento da

Desenvolvimento
reorganizados em vários substágios.
criança progride ao longo do tempo
através de estágios

ESTÁGIO IDADE PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


SENSÓRIO MOTOR 0 AOS 2 ANOS • Linguagem como monólogo
• Reflexos instintos
• Inteligência prática
• Sentidos interação
PRÉ- OPERATÓRIO 2 AOS 7 ANOS • Imitação ->Representação simbólica
• Socialização
• Egocentrismo - > Linguagem como monólogo coletivo
OPERATÓRIO 7 AOS 11 ANOS • Seriação
CONCRETO • Pensamento concreto reversibilidade
• Socialização, Noção de regras
• Linguagem como diálogo
OPERATÓRIO 12 ANOS Maior autonomia; Pensamento hipotético
FORMAL Procura fazer parte do grupo; consegue argumentar e questionar
4
Em sua obra “O juízo Moral da Para ele, a moralidade infantil não é

A moral Criança”, Piaget buscou investigar


como se constrói a moral e criou uma
uma interiorização passiva dos
valores transmitidos pelos adultos

Segundo Piaget teoria também baseada em algumas


fases que se sucedem
para as crianças, mas sim o produto
de uma construção interna.

Assi, a criança, em contato com o meio, re- significa valores, princípios e regras
que lhe são apresentadas, a partir de estruturas mentais já construídas.
As fases descritas por Piaget são

FASES IDADE PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


ANOMIA 0 AOS 2 ANOS • Ausência total de regras. A criança não é ainda capaz de
fazer representações mentais, o que torna difícil a
compreensão de regra e leis.
HETERONOMIA 2 AOS 10 ANOS • Nessa fase a criança começa a compreender regras que são
estabelecidas pelo outro
AUTONOMIA A PARTIR DOS 10 • Aqui, a criança já se relaciona bem com as regras e consegue
ANOS criar as próprias. São mais questionadoras, tem pensamento
crítico e seguem apenas as regras que façam sentido

5
O brincar/
O brincar para Piaget, é uma forma como
as crianças entram em contato com o Em suas observações, Piaget chegou a

jogo
mundo. A brincadeira exercita a conclusão que também existem alguns
capacidade de assimilação e acomodação, estágios do “brincar” de acordo com a
sendo uma forma bem efetiva de aprender faixa etária das crianças.

Piaget divide o jogo em três tipos:

JOGOS DE REGRAS
JOGOS DE EXERCÍCIO JOGOS SIMBÓLICO • Aqui a criança já alcançou a capacidade
• Também chamado de jogos sensório- de reversibilidade do pensamento
motores, aparece no primeiro momento • Muito comum entre 2 e 7 anos, operatório e começa a compreender a
de desenvolvimento das crianças. surge aqui a capacidade de usar existência e a necessidade de regras
símbolos, de imaginar. para viver em sociedade.
• Ele é caracterizado pela ação e
realizado apenas pelo prazer. • Esse tipo de jogo permite a • Esses jogos são marcados pela
assimilação do mundo exterior. possibilidade de trabalharem a
• Apesar de ser característico dos atenção, concentração, raciocínio e
primeiros anos de vida, esse tipo de memória.
• EX: Casinha, escolinha, mamãe e
jogo aparece durante toda infância e
filhinha, etc.
até mesmo a vida adulta • EX: Xadrez, jogos de tabuleiro em
geral, práticas de esportes, etc.
• EX: Jogar bola, escalar obstáculo,
produzir ruídos e sons com a boca,
etc. 6
Segundo Piaget, no estágio pré-operacional o
Para Piaget, a construção do pensamento
A construção do
pensamento ainda é intuitivo, mas, a partir
lógico- matemático se dá através da ação
do operatório- concreto, a criança já começa

pensamento lógico-
mental da criança sobre o mundo.
a ser capaz de pensar de forma lógica. Ele
analisa levando em consideração a

matemático
Essa construção necessita da interação da
capacidade da criança de conservar,
criança com o objeto.
classificar, seriar e analisar, conseguindo
dessa forma introjetar a concepção de mundo
Vamos pensar um pouco sobre essas
capacidades?

CONSERVAÇÃO SERIAÇÃO
• É a compreensão que quantidade de
• A partir dessas experiências com materiais
objetos não se altera em decorrência de
concretos, as crianças passam a organizá-los em
como está organizado e sim quando
série e comparar uma com a outra.
adicionamos ou tiramos algo.

ANALISE COMBINATÓRIA
CLASSIFICAÇÃO
• Para Piaget, conforme a criança vai se • As crianças o período operatório concreto, em
desenvolvendo seu raciocínio lógico, a maneira sua maioria, fazem contagem por
dela lidar com classes, números e séries correspondência (de um em um), enquanto
também se modifica e fortalece. Para aquelas eu já estão no operatório formal, são
acontecer isso, ele acreditava ser essencial a capazes de contar de 3 em 3, 5 em 5, de 10 em
manipulação dos objetos concretos. 10.
7
• Se dedicava a estudar as estruturas orgânicas que faziam
BREVE HISTÓRICO parte do desenvolvimento psíquico.
• Sua teoria foi desenvolvida levando em conta os aspectos
• Nasceu em Paris em 1879 e também biológicos do desenvolvimento humano, em
viveu até os 83 anos de idade especial, o desenvolvimento motor e cerebral.
• Foi médico, trabalhou na
primeira e segunda guerra
mundial.
• Aliou-se ao partido comunista e •

Henri
Ficou conhecido por ter criado uma teoria
participou da reforma de ensino muito organicista, isto é focada apenas nos
da França fatores genéticos, biológicos. Porém, ele

Wallon
compreendia o ser humano como
organicamente social- somos tão parte do
mundo que nos cerca e das relações que
• Iniciou sua teoria a partir da estabelecemos, que nossa genética e o
observação de crianças e adultos nosso corpo são também sociais
doentes ou com alguma deficiência
motora. Para ele, a psicologia deveria
promover um tratamento • Wallon, então pensou sobre o desenvolvimento motor, o
biopsicossocial. Ou seja, é necessário desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento afetivo
englobar as esferas biológicas e das crianças.
sociais à psicológica.

8
• Wallon se dedicou a estudar as questões FUNÇÃO CINÉTICA: O músculo em

O ato motor motoras do corpo e pensava no ser humano movimento, aquelas diferenças no corpo

e ato mental
como a indissociabilidade da esfera que podemos observar
biológica e psicológica. Passou a aprofundar FUNÇÃO POSTURAL O músculo parado
seus estudos nos músculos e identificou
duas funções distintas para os músculos

• Essa função tônica é permanente e geralmente assumida


durante exercício do ato mental. Fazemos “força” para ficarmos
• Além disso, é através da sua mobilidade que o ser humano parado. Para Wallon, o ato mental é também uma atividade
transforma seu ambiente social e, posteriormente, consegue corpórea e se desenvolve a partir do ato motor.
modificar até mesmo o meio físico. O contato do ser humano
com o meio físico nunca é direto. Ele é sempre mediado pelo
meio social.

MOVIMENTO REFLEXOS Aqueles controlados apenas em nível da medula


• Wallon também se dedica a
MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS Controlados à nível subcortical;
pensar sobre os tipos de
movimentos e os separa
assim: MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS Controlados no nível cortical.

Essas estruturas existem a partir de uma hierarquia: o nível cortical


controla o subcortical, mas, ao mesmo tempo, se estabelece uma
relação de reciprocidade.
9
É através do nosso corpo que conseguimos fazer parte do mundo. Assim, a
Fases do construção do esquema corporal é essencial para boa postura, para o equilíbrio e

Desenvolvimento
também para a aprendizagem e percepção do espaço- temporal

motor Wallon divide esse processo de construção do esquema corporal em três etapas:

ETAPA IDADE CARACTERÍSTICAS


Corpo vivido Nascimento aos 3 • Período em que o bebê não consegue se diferenciar do outro ou do
anos de idade ambiente.
• Ainda não é possível para ele identificar o contornos do seu próprio corpo.
• Nesta fase, a exploração de sua imagem no espelho, a exploração do
ambiente, ao toque, as diferentes texturas, são experiências essenciais
para o desenvolvimento.
Corpo percebido Entre 3 e 7 anos de • Período que começa a se organizar o esquema corporal
idade • O próprio corpo vira um ponto de referência e os movimentos passam a
ser mais coordenados.

Corpo representado Por volta dos 7 anos • Período marcado pela capacidade da criança em coordenar e adaptar seus
movimentos.
• Já existe a compreensão das partes e do todo do próprio corpo.

10
Desenvolvimento Ao aprofundar seus estudos na intersecção do desenvolvimento motor e do
desenvolvimento cognitivo, Wallon também identificou em fases o processo do

Cognitivo desenvolvimento humano.

ESTÁGIOS IDADE CARACTERÍSTICAS


IMPULSIVO- EMOCIONAL Do nascimento até • É uma fase predominantemente afetiva
aproximadamente aos • A criança ainda não é capaz de diferenciar o que é ela e o que é o outro.
12 meses
SENSÓRIO-MOTOR E Dos 3 meses aos 3 anos • É uma fase de predominância da inteligência prática, obtida a partir da
PROJETIVO exploração do meio e da inteligência discursiva, adquirida com o
surgimento da linguagem.
PERSONALISMO Entre os 3 e 6 anos de • Marcado pela formação dos aspectos pessoais da criança, ou seja, da sua
idade personalidade.
• Nessa fase, é comum a criança passar por um período de crise negativista
CATEGORIAL Entre os 6 e 12 anos de • Fase que existe um grande predomínio de inteligência sobre afetividade.
idade • Também fase que se desenvolvem capacidades de abstração, memória e
atenção voluntária
ADOLESCÊNCIA A partir dos 12 anos • Período de transformações físicas e psicológicas.
• Amplo desenvolvimento de afetividade, agora mais ligada aos aspectos
sexuais.
11
Apesar de outros estudiosos e pesquisadores também terem se dedicado a pensar no

Afetividade papel da efetividade, foi Wallon que mais aprofundou os estudos nessa área e
afirmava que a afetividade tinha papel fundamental na constituição do sujeito e na
aprendizagem.

Wallon defende que a afetividade pode ser manifestada de três maneiras e essas
manifestações surge durante toda nossa vida, mas possui uma evolução, assim
como o desenvolvimento cognitivo

EMOÇÃO
Para Wallon, a emoção é a primeira expressão da afetividade, em especial, porque ela é orgânica, não
podendo ser controlada através da razão.

SENTIMENTO
O sentimento já possui um caráter mais próximo do racional. Surge quando a criança já desenvolveu a
linguagem e consegue dizer o que a afeta.

PAIXÃO
Diferentemente do que costumamos conceituar como paixão, Wallon denomina dessa forma a
capacidade de autocontrole e função de um objetivo (controlar o medo para sair de uma situação de
perigo; dominar a preguiça para ir à academia).

12

Sigmund
Freud (1956- 1939) era judeu, de uma família de classe média, o “xodó” de
sua mão. Foi criado para ser alguém especial, e, certamente, isso influenciou
sua trajetória. Formou-se médico e iniciou suas pesquisas na área da

Freud
psiquiatria atendendo mulheres histéricas

• Freud é o pai da Psicanálise e sua teoria sobre o funcionamento da mente


humana é extremamente complexa e longa.
• Freud se tornou famoso e foi muito questionado quando falou que os seres humanos são seres sexuais
DESENVOLVIMENTO desde o momento do nascimento. Se hoje sua teoria ainda encontra grande resistência, imagina como
PSICOSSEXUAL foi na década de 10 falar sobre sexualidade infantil
Pensaremos aqui no desenvolvimento psicossexual como um processo dividido em 5 fases:

ESTÁGIO IDADE CARACTERÍSTICAS


ORAL Do nascimento até • Durante essa fase, a zona erógena é a boca, ou seja, é através da sucção e da amamentação que o
primeiro ano de vida bebê encontra prazer e conforto.
ANAL Entre 1 e 3 anos • Nesse estágio, as zonas erógenas são os órgãos excretores. Aqui, a libido está totalmente
concentrada no controle da bexiga e da evacuação
FÁLICA Entre 3 e 6 anos • Essa fase tem como zona erógenas os órgãos sexuais. É nesse período que a crianças começam a
identificar diferenças entre o sexo masculino e feminino.
PERÍODO DE Entre 6 e 12 anos • É uma fase em que a libido se volta totalmente ao desenvolvimento da Inteligência e para o
LATÊNCIA desenvolvimento social. É uma época de grande aprendizado e dedicação na escola.

GENITAL A partir dos 12 anos • Nesse período, que se inicia com a puberdade, volta a ter como zona erógena os órgãos sexuais.
Mas, nesse momento, o interesse não é mais apenas o título de curiosidade e sim a tendência de se
perpetuar a espécie 13
• Contemporâneo de Piaget era crítico da teria
psicogenética. Ambos buscavam compreender como
se construía o conhecimento. A grande diferença entre
os dois autores é que Vygotsky enfatiza como cultura a
BREVE HISTÓRICO interação social construída . Ou seja, Vygotsky pensa
eu a construção por forças de fora da criança ao passo
• 1896-1924, Nasceu na que Piaget defende que isso acontece internamente.

Lev
Bielorrússia.
• Estudou medicina na
universidade de Moscou e

Vygotsky
trocou o curso por direito;
• Foi professor de psicologia em
1924.

• Suas pesquisas são marcadamente • Para Vygotsky, todas as atividades cognitivas do


fundamentadas no materialismo histórico indivíduo são influenciados por sua história social
dialético de Karl Marx. Com a Guerra Fria e a e se constituem no produto do desenvolvimento
tensão entre a antiga União Soviética e os histórico- cultural. Nosso desenvolvimento
Estados Unidos sua obra demorou chegar ao cognitivo é marcadamente sócio-histórico.
Ocidente.

14
O papel da • Para Vygotsky, interação social é a forma de a criança entrar em contato com o mundo,
com a cultura. E é a cultura que molda o funcionamento mental humano.
cultura e biologia •
para Vygotsky
Falar em Vygotsky é falar no social. Porém, isso não significa que ele não tenha dado
nenhuma importância ao biológico

• Vygotsky acreditava que o cérebro era um sistema aberto, com grande plasticidade, e eu
é moldado de acordo com as relações que o sujeito faz com o mundo .
• Ele distingue duas funções
psicológicas:

FUNÇÕES MENTAIS ELEMENTARES FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES

• As funções elementares dizem respeito as • As funções mentais superiores são construídas através
nossas tendências e aqueles comportamentos da interação social. São todas as atividades eu exigem
eu são naturais e não aprendidos. pensamento. Ou seja, tudo aquilo que não é nato na
• São habilidades que tem os bebês recém- espécie humana.
nascidos: sugar, balbuciar, chorar e demandas • Essa proposta de organização cerebral construída por
cerebrais que comandam nosso corpo: a ele se estabelece num processo filogenético e
respiração, a circulação sanguínea, o movimento ontogenético.
muscular, por exemplo

15

A importância
Para Vygotsky, a linguagem é o sistema simbólico fundamental na mediação entre sujeito
e objeto de conhecimento e tem duas funções: o intercâmbio social e pensamento

da linguagem
generalizante.

• Dividiu o desenvolvimento da linguagem em dois estágios: pré-linguístico, quando o


bebê ainda não fala e o linguístico, quando a linguagem está estabelecida
• Em seguida ele antecipou a teoria de Piaget utilizando os estágios de desenvolvimento
• Assim, ele determina que a criança
progrida ao longo de três estágios
no desenvolvimento da fala:

IDADE ESTÁGIO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Até 3 anos Fala social • É a mais simples e busca determinar o comportamento do outro
(“quero, dá, não”).
• Busca controlar o comportamento do outro; expressa emoções simples.

Dos 3 aos 7 anos Fala egocêntrica • Nesse estágio, as crianças falam “para elas mesmas”, numa tentativa de
controlar e ordenar o próprio comportamento.
• Frequentemente falado em voz alta

A partir dos 7 anos Fala interna • É o estágio de uma fala consciente. Nosso falar nos permite dirigir nosso
pensamento e comportamento. É essa fala que torna possível o
funcionamento mental superior
• Fala pra si mesmo, em busca de interiorizar e compreender o
pensamento e controlar o comportamento. 16
• Para compreender a teoria sócia histórica, é essencial compreender a ideia de mediação O
O papel da sujeito, ao ter contato com o mundo, ele não tem acesso direto aos objetos. Esse contato é
mediado pelas simbolizações.

Mediação • Podemos pensar nesse conceito de mediação como o próprio processo de representação
mental- se o sujeito pode operar mentalmente sobre o mundo, é porque existe algum conteúdo
mental da natureza simbólica . Bom, da mesma forma que a ideia de mediação remete a esses
processos de representação mental, por outro lado, também se remete ao fato de que os
sistemas simbólicos que estão entre o sujeito e objeto, são de origem social.

O PAPEL DO PROFESSOR ZONA DE DESENVOLVIMENTO REAL E PROXIMAL

Para Vygotsky, a relação entre professor e aluno Essa relação de mediação que vão se estabelecendo nos processos de
envolve ensinar e aprender para ambas as partes. aprendizagem, foram bem descrita pelo Vygotsky quando ele pensa na
O professor também aprende com a criança, da zona de desenvolvimento real e na zona de desenvolvimento proximal
mesma forma que ela aprenderá com o professor.
Zona de Desenvolvimento Real é tudo aquilo que o sujeito é
efetivamente capaz de fazer, de forma autônoma
O professor é entendido como medidor desse
processo de ensino e as relações que se Zona de Desenvolvimento Proximal é aquilo que consegue fazer com
estabelecem na sala de aula terão grande impacto uma pequena ajuda de um par mais experiente, ou seja com a
na constituição dos sujeitos e na efetivação da mediação de um terceiro.
aprendizagem.

17
A partir de suas primeiras experiências no
Rio Grande do Norte, em 1963, quando
BREVE HISTÓRICO ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45
dias, Paulo Freire desenvolveu um método
• Paulo Freire foi um grande
inovador de alfabetização, adotado
educador brasileiro, que tem
primeiramente em Pernambuco. Seu projeto
como base de seus estudos a
educacional estava vinculado ao
educação popular

Paulo
nacionalismo.
• Bastante cobrado em
concursos de educação, duas

Freire
de suas obras são
constantemente cobradas:
“Pedagogia do Oprimido” e A IMPORTÂNCIA NO
“Pedagogia do Oprimido”. ATO DE LER

A leitura do mundo precede sempre a leitura da


Professor de Jovens e adultos, Freire palavra.
criou o método de alfabetização O ato de ler se dá pela experiência, primeiro a
para aqueles eu não tiveram acesso leitura do mundo, deste pequeno mundo que o
à escola na idade correta cerca, depois a leitura da palavra com a
escolarização.

18
Pedagogia do
Essa é provavelmente a mais famosa obra de Freire. Ele explica no começo do livro eu
esses escritos não se baseavam apenas em teorias, mas também em sua experiência
prática como educador.

oprimido Paulo Freire justifica as necessidades de sua obra para a educação como prática de
liberdade. Para ele, é na escola que podemos libertar os oprimidos – e
consequentemente os opressores

EDUCAÇÃO
A DIALOGICIDADE
EDUCAÇÃO BANCÁRIA PROBLEMATIZADORA
• Freire então afirma eu a única forma de • Para a educação ser uma prática da
• Freire dizia que uma educação em que liberdade, é essencial eu ela aconteça
o professor é detentor do termos uma educação realmente
problematizadora e libertadora dentro de um processo de ação- reflexão.
conhecimento e o aluno está atento A ação pela ação, sem a reflexão, nega a
em que o professor fala, é uma • “Ninguém educa ninguém e ninguém se
educa sozinho”, dizia Freire, “os homens práxis verdadeira, impossibilita um
educação bancária diálogo e, consequentemente,
• Essa nomenclatura é exatamente para se educam em comunhão”. Dessa forma,
a escola é o espaço em potencial para impossibilita a educação. A reflexão sobre
criticar a visão que o aluno é um a própria ação é o que norteia o trabalho
recipiente pronto a ser preenchido acontecer a troca e a comunhão,
concretizando uma educação do professor humanista e é o que
com todo o saber do professor possibilita uma educação como prática de
• Esse molde de educação, então, seria libertadora.
• A metodologia freiriana, começa e liberdade.
uma tentativa de “domesticar” os • Freire propõe então uma pedagogia
alunos e esse processo é benéfico termina na realidade do aluno. É através
da realidade do aluno, de um problema aberta ao diálogo, que comece na busca
justamente para aqueles que detém o do conteúdo programático, quando
poder. a ser resolvido, que mergulhamos no
mundo científico e acadêmico, atrás de utilizamos temas geradores para
respostas que auxiliarão a mudança delimitar o currículo 19
4º BLOCO: TEÓRICOS E TEORIAS DA EDUCAÇÃO
82
83
 Jean Piaget 84
85
86
87
 Perrenoud 88
89
 Comte 90
 Decroly 91
 Mittler 92
93
 Dewey 94
 Emilia Ferreiro 95
 Freinet 96
 Freire 97
 Froebel 98
 Gadotti 99
 Veiga 100
 Candau 101
 Libâneo 102
 Luckesi 103
 Montessori 104
 Demo 105
 Pestalozzi 106
 Rousseau 107
 Saviani 108
 Vygotsky 109
110
 Valente 111
 Vasconcellos 112
 Wallon 113

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