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Nicolau Maquiavel foi um escritor renascentista, que dedicou sua principal obra, - O Príncipe
- á Lorenzo di Piero de Medici, a qual se tratava sobre um conjunto de estratégias para se
manter no poder como um bom príncipe. O livro foi escrito em 1513, mas lançado somente em
1532.
De acordo com Maquiavel, o amor é um vínculo mantido por obrigação e pode ser rompido
por conveniência, uma vez que os homens são desleais. Já o temor, é mantido por um medo
de punição que jamais acaba.
Como exemplo deste modo de poder, tem-se ao longo da história, Mao Tsé-tung - Ex
presidente da República Popular de China - mandante direto do assassinato de mais de 77
milhões de cidadãos considerados, na época, inimigos do governo.
Para o autor, o príncipe deve ser dotado das qualidades de uma raposa e de um leão, “pois
o leão não sabe se defender das armadilhas, e a raposa não consegue defender-se dos lobos.
É preciso, portanto, ser raposa para conhecer as armadilhas e leão para afugentar os lobos.”
Em síntese, um bom príncipe deve ser íntegro, mas sem deixar-se ser enganado.
“O príncipe que dá de si tal impressão alcança boa reputação e, contra quem é reputado, só
com muita dificuldade seconspira”. De acordo com Maquiavel, um governante gostado por seus
súditos não precisa se preocupar com pequenos focos de conspiração, diferente de
governantes odiados, que devem se preocupar com tudo e todos, pois os odiadores se tornam
usurpadores de bens e poderes. Este prestígio da população, portanto, não deve ser
fundamentado somente nas coisas boas que faz, pois muitas vezes, um príncipe precisa ser
corromper a más ações para conservar o Estado.
“A melhor fortaleza que possa existir é o não ser odiado pelo povo: mesmo que tenha
fortificações, elas de nada valem se o povo te odeia, e uma vez que o povo toma as armas,
nunca faltam estrangeiros para apoiá-lo”. Nesse ponto de vista, o escritor diz que, mais vale o
prestígio do povo que firmes e estonteantes fortalezas, pois tendo a lealdade de seus súditos,
nunca faltarão protetores e soldado. Em contrapartida, um governante odiado, se enfraqueceria
ainda mais em caso de vulnerabilidade, pois não poderia contar com seu próprio povo.