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Aluna: Joana Victória Oliveira dos Santos

Curso: Direito, 1º Período Noite

Niccolo Machiavelli, mais conhecido como Maquiavel, nasceu em Florença, em


3 de maio de 1469.
O Príncipe, escrito por Maquiavel, é dividido em 26 capítulos, onde ao decorrer
do livro ele conceitua os diferentes princípios nos diferentes governos; podendo
existir de forma geral - os hereditários, honrado pelo sangue ou os novos, poder
conquistar sem ser príncipe -.
De acordo com Maquiavel (1996), os principados hereditários são bem mais
fáceis, tanto para ser coroado, quanto para manter, ou seja, você só precisa ter um
bom carisma e não exagerar nos limites postos a eles. Já os novos, para Maquiavel
(1996) as complicações são maiores, começando pelos laços cortados com aqueles
que o colocaram no poder, para que não haja ameaça ao seu trono.
Ao desenrolar do capítulo III: Dos principados mistos. O autor da dica das
formas que os governantes novos podem continuar no poder; como por exemplo,
manter costumes das mesmas culturas, para não haver conflitos maiores, estar
sempre fisicamente no seu trono, etc. E para aqueles que não seguirem essas
regras, perderam a sua governança, como é deixado bem claro durante todo o livro.
Seguindo os capítulos, o autor reitera as diferentes ações de um príncipe com
mais autoridade - porque ele é o único reconhecido como o maioral, sendo um
governo de acordo com as suas próprias leis -, para um príncipe que os seus servos
não o veem como único maioral - fazendo com que às leis não sejam estabelecidas
só por ele -.
No capítulo V, é citado as cidades ou os principados que tinham suas próprias
leis, fala das dificuldades estabelecidas por esse fato. O autor aconselha 3 formas
de lidar com isso: destruir - que pelo que é passado no livro é a melhor forma -,
habitar pessoalmente ou continuar nas mesmas leis. Portanto, as duas últimas
formas citadas não funcionariam, porque aos poucos a cidade seria destruída. Pois
segundo O Príncipe (1996, p. 36) "acostumados a viver livres, os cidadãos sempre
se apoiaram na rebelião em nome dessa mesma liberdade e de suas antigas leis".
Já que era dessa forma que eram acostumados a viver.
Seguindo nesse pensamento de novas leis, é totalmente difícil essa parte do
principado, pois aqueles que são contra, seriam novos inimigos, pelo fato de
perderem seus privilégios antigos.
E se aqueles principados novos, citado anteriormente, fossem concebidos pela
sorte? Seja tanto por dinheiro, quanto por favorecimento. Eles teriam que ter muita
força de vontade e sorte, pois eles não teriam a habilidade de governança por serem
pessoas que não são desse meio, já que o povo fora concebido a esse cargo.
Ele também coloca em xeque, ser concebido ao principado por desonra
passando por cima daquilo considerado certo, como Agatócles, mencionado no livro
como um exemplo, por ter conquistado o seu trono na violência. O autor deixa claro
que isso não pode ser chamado de virtude, mas também é um meio de conquistar o
principado, sendo ele certo ou não. Ele aconselha que as crueldades feitas por meio
da violência devem ser finalizadas de uma vez só.
Ao oposto do governo principado citado anteriormente, é apontado pelo autor o
tipo de principado civil, que não é realizado por meio da violência, e sim pelo
favoritismo do povo. Esses príncipes - eleito pelo povo -, são mais honestos do que
aqueles eleitos pelos grandes - que é quando eles recorrem a meios para se tornar
príncipe e ter um poder maior -. O principado eleito com a ajuda do povo, ao mesmo
tempo que estará sozinho em aliados no poder, não terá inimigos, pois os cidadãos
estarão ao seu lado. O que é o oposto do principado eleito pelos grandes. E então,
conforme O Príncipe (1996, p. 59) "quem se apoia no povo apoia-se no barro".
Maquiavel tirou isso de um provérbio, deixando claro que o principado civil terá a
defesa do povo.
Depois de ter deixado bem claro os tipos de principados existentes, eles nos
mostram a forma de identificar se podem ser considerados fortes ou não. Aqueles
que são julgados independentes, têm ao seu lado tropas e dinheiro - o tal dos
principados fortes -. Já os dependentes se escondem dos seus inimigos.
No capítulo XI: Dos principados eclesiásticos; ele lembra da falta do
comentário sobre esse principado, que seria conquistado pela virtude ou pela
fortuna. Mas o motivo da ausência desse comentário, Maquiavel diz que seria
presunçoso e temerário tentar explicar o que é mantido por Deus.
Depois de ao decorrer do livro Maquiavel ter detalhado todos aqueles tipos de
principados, ele propõe a falar dos ataques e das defesas desses principados.
De acordo com O Príncipe (1996, p. 67) "o poder de um príncipe seja
estabelecido sobre boas bases, do contrário, cairá em desgraça". Ele aconselha o
não uso de tropas mercenárias, pois eles não têm motivos suficientes para morrer
pelos seus governantes, além do dinheiro. O autor também usa vários exemplos de
principados que caíram do seu trono pelo uso de exércitos mercenários. Pior do que
as tropas mercenárias, são as tropas auxiliares -elas também lhe levaram a ruína,
porque essas obedecem a outros -. Portanto, o mais aconselhável é lutar com suas
próprias armas, isso os tornará príncipes sábios.
Retornando o que um príncipe sábio deve fazer, sua mente deve estar voltada
à arte da guerra, deve sempre pensar em forma de uma boa guerra; e sua mente
precisa se manter em exercícios voltados para a arte da guerra.
Um príncipe sábio também deve saber manter o equilíbrio entre suas
qualidades e seus defeitos, como afirma o autor. Mas, ele ressalta que o principal é
saber expandir o seu lado virtuoso.
Mais uma das defesas de um principado, está o não excesso da liberdade e a
economia. A liberdade deve ser colocada discretamente para evitar problemas e
evitar ser reconhecido por miserável, pela falta da liberdade. E saber economizar na
sua governança, para não ter que roubar seus súditos, sendo mais um motivo para
ser taxado de miserável.
Quase ao final do livro, no capítulo XVII, Maquiavel (1996) faz a seguinte
pergunta: é melhor ser amado ou temido? E ele mesmo responde dizendo que é
mais seguro ser amado. Mas, ele ressalta particularmente que um príncipe sábio
precisa ter em mente que se deve basear-se no que depende de si mesmo e não a
depender dos outros.
Todos sabemos a importância da lealdade, que é o que é dito no livro – um
príncipe deve cumprir com aquilo que promete -. O autor também ressalta que há
formas de combatê-la, podendo usar tanto as leis, quanto a força, a violência. Para
O Príncipe (1996, p. 91) ``A primeira é própria do homem, enquanto a segunda é
própria dos animais. ´´ Ele diz que as leias é uma ação que os homens têm em si,
mas se não funcionar, ele poderá recorrer a segunda, que é a violência.
Maquiavel comenta todos os impérios arruinados pelo ódio e desprezo dos
outros. Por isso, ele deve evitar ser reconhecido por volúvel, leviano, efeminado,
pusilânime e irresoluto, pois são defeitos que ao ser observado em um príncipe,
pode levar outros pelo ódio.
No seu principado, um príncipe precisa realizar ações para manter-se no trono,
e é o que maquiavel chega a comentar se podem ser consideradas úteis ou não. Um
principado não deve tomar a atitude de dividir uma cidade, pois cidade divididas
caem rápido. O autor também comenta que é uma atitude sábia conquistar aqueles
que eram, antes, inimigos. Entretanto, deve analisar bem os fatos do que pesa mais
a favor do príncipe e não confiar nas pessoas erradas. E para finalizar esse
pensamento, ele declara que fortalezas são de grande importância, e a maior que se
pode ter, é o afeto do povo e a ausência do ódio.
Já chegando ao final do livro, se têm exemplos das formas que um príncipe
deve se comportar para ter o afeto do povo; começando por um príncipe que dar de
si em todas asa suas ações no seu governo. Outro ponto, é ele não se manter
neutro, se comprometer em ter inimigos, e até amigos; aquele que se mantém
neutro em seu trono, tende a cair no fracasso. Ele também enfatiza que um príncipe
nunca deve se aliar a alguém que seja mais poderoso que ele, por questões óbvias.
Por fim, um príncipe deve se mostrar interessado nas virtudes dos seus cidadãos,
incentivar eles em suas atividades do comércio, promovendo prêmios para mostrar
interesse nessas atividades. E também, realizar atividades em épocas importantes
do ano.
Por mais que até agora só foi falado pelo autor sobre príncipes, para eles é
também de suma importância ter os seus próprios ministros – eleitos pelos príncipes
-. Pode existir três tipos: os que tem discernimento próprio, discernem o que os
outros entendem e os que não discernem e nem entendem o discernimento dos
outros. Um ministro para ser considerado bom o suficiente para o príncipe, deve
pensar menos em si e mais no príncipe.
Todos os principados estão rodeados de aduladores. Portanto, Maquiavel
sugere que os príncipes escolham homens sábios para ter a liberdade de falar
verdades – quando pedidas pelo príncipe -.
Como foi evidenciado acima, Maquiavel deu dicas de como não perder o trono.
A partir disso, no capítulo XXIV foi dado o exemplo dos príncipes da Itália que
perderam seus Estados, por terem usado armas não recomendáveis - as tropas
citadas anteriormente -, por também terem criado o ódio do seu povo, entre outros
motivos.
A sorte pode ou não pode influenciar no seu governo. Mas Maquiavel se
pergunta por que um príncipe prospera hoje e amanhã acaba caindo em desgraça,
já que dizem que é sorte é o que move um principado. Ele também ressalta que os
homens agem de formas diferentes, uns de forma cautelosa, outros de forma mais
violenta, etc. Então é importante adaptar-se a forma que o faça alcançar um
resultado vitorioso.
Por fim, Maquiavel resume toda a história da Itália baseada no seu livro.
Deixando claro a importância de um príncipe que esteja disposto a salvar sua pátria,
a si e ao povo.
Ele sempre ressalta no decorrer do livro a importância de manter o ódio longe
do seu principado. Independente de suas atitudes, o ódio e o desprezo dos outros
precisa ser mantido afastado.
De forma implícita, ele impõe que independente de suas ações no seu
principado, terão prós e contras.
Maquiavel pode ser considerado muito radical, mas muito coerente com a sua
visão sobre os governos, e até das repúblicas.

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