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UNIVERSIDADE DE

SÃO PAULO
Bauxita
Cassiterita Recursos Minerais Psilomelana
(0440413 )

COMMODITIES MINERAIS PERTENCENTES AO GRUPO


DOS ÓXIDOS E HIDRÓXIDOS (PARTE II)

Prof. Dr. Rafael Rodrigues de Assis


Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental (GSA – IGC, USP)
assis.rafael@usp.br
Hidrotermalismo
Alteração Hidrotermal PROCESSO PRINCIPAIS PROCESSOS NA GÊNESE DE
HIDROTERMAL ALGUNS DEPÓSITOS NA FORMA DE ÓXIDOS
Cristalização Fracionada
Sn, W
Ti, Cr, V Laterização Precipitação
Th, U Química
Nb, Ta, Nb, Ta,
PROCESSO
Th, U Th, U INTEMPÉRICO

PROCESSO Nb, Ta
METAMÓRFICO PROCESSO Mn, Al
MAGMÁTICO Fe Fe

 
 Metassomatismo Enriquecimento
PROCESSO
SEDIMENTAR
Relativo
Vimos que minerais do grupo dos óxidos podem formar minerais por processos magmáticos (depósitos de Filiação Magmática)
e sedimentares (Formações Ferríferas Bandadas – BIFs) ...,

..., porém, um grupo importante de depósitos é derivado do processo HIDROTERMAL ....


FLUIDOS HIDROTERMALISMO / ALTERAÇÃO HIDROTERMAL
ALTERAÇÃO HIDROTERMAL
Podem envolver mudanças na:
➢ Em depósitos
(1) cor, (2) textura, (3) mineralogia, (4) química da rocha (balanço de massa).
hidrotermais as rochas
hospedeiras geralmente
mostram efeitos de reação
com os fluidos hidrotermais.
➢ Rocha e fluido procuram
atingir o equilíbrio químico.
➢ Resultado e um
halo/envelope ou zona de
alteração.
➢ Concentra-se em regiões
da crosta onde ocorrem
grandes movimentações de
fluidos hidrotermais.
➢ A extensão da alteração
pode ser medida de mm's a
km's.
Tonalito Tonalito potassificado e com epídoto Cloritizado Cloritizado e Alt. K
DEPÓSITOS HIDROTERMAIS DE Sn – W
.... Essenciais na gênese de depósitos de óxidos de Sn e W (sistema magmático – hidrotermal).
Fluidos magmáticos se encontram em equilíbrio químico, isotópico
e termal com um fundido silicático (magma), sendo provenientes
diretamente de sua cristalização.
CRISTALIZAÇÃO FRACIONADA E CONCENTRAÇÃO DE METAIS
Cr, Ti, Cx( c )

ULTRAMÁTICO - MÁFICO
1500°C olivina Zircão Dunito ÓXIDOS K DX =
Apatita Fe, V
Cromita Pt, Pd, Ir,
Cx(l )
(FeCr2O4) Plagioclásio Peridotito Ligas
Rh, Os, Ru,
Ca (anortita) KDX > 1
1300°C Ortopiroxênio Au
(elementos compatíveis)
Ni,Cu, EGP Sulfetos
Magnetita Preferem a fase sólida
1100°C ilmenita Gabro
clinopiroxênio Exs → Mg, Fe, Ca, Ti, Cu, Co,
Cr, Ni, Sr, Zr, etc

INTERMEDIÁRIO
900°C hornblenda W, Sn

A ÁCIDO
Diorito Cu, Mo, Zn, Pb
Monzonito KDX < 1
Au, Ag (elementos incompatíveis)
800°C biotita + K-feldspato + Na (albita) Granito Sulfetos e
Mn
óxidos Preferem a fase líquida
(líquido magmático)
600°C Quartzo Sn – W,

MAGMÁTICO –
HIDROTERMAL
Muscovita Th, U, Exs → Na, K, Rb, Ba, U, Th,
B,F,Cl,PO4 2-,
ÓXIDOS Li, etc.
Be,

EVOLUÍDO)
metais

(ÁCIDO /
500 – 300°C FLUIDO Pegmatitos
MAGMÁTICO Nb, Ta RELACIONADOS AO:
Li, ETR Raio iônico
Eletronegatividade
Sistemas (fluido) magmático-hidrotermal

SISTEMA
MAGMÁTICO-
HIDROTERMAL
Fonte de metais,
fluidos, sais e
enxofre.
DEPÓSITOS MAGMÁTICO-HIDROTERMAIS DE Sn-W

Greisens correspondem a depósitos hidrotermais mineralizado à de Sn e W (em óxidos),


derivados de sistemas graníticos (magmático-hidrotermal) reduzidos. São usualmente
acompanhadas por inúmeros outros minerais de elementos incompatíveis (e.g. ETR, Be, Bi,
Mo, U e F).
DEPÓSITOS MAGMÁTICO-HIDROTERMAIS DE Sn-W

Nome do sistema mineral


mineralizado a Sn - W Sistemas epigenéticos

Greisens correspondem a depósitos hidrotermais mineralizado à de Sn e W (em óxidos),


derivados de sistemas graníticos (magmático-hidrotermal) reduzidos. São usualmente
acompanhadas por inúmeros outros minerais de elementos incompatíveis (e.g. ETR, Be, Bi,
Mo, U e F).
DEPÓSITOS MAGMÁTICO-HIDROTERMAIS DE Sn-W

Nome do sistema mineral Sn → Cassiterita


mineralizado a Sn - W Sistemas epigenéticos W → Wolframita

Greisens correspondem a depósitos hidrotermais mineralizado à de Sn e W (em óxidos),


derivados de sistemas graníticos (magmático-hidrotermal) reduzidos. São usualmente
acompanhadas por inúmeros outros minerais de elementos incompatíveis (e.g. ETR, Be, Bi,
Mo, U e F).
DEPÓSITOS MAGMÁTICO-HIDROTERMAIS DE Sn-W

Nome do sistema mineral Sn → Cassiterita


mineralizado a Sn - W Sistemas epigenéticos W → Wolframita

Greisens correspondem a depósitos hidrotermais mineralizado à de Sn e W (em óxidos),


derivados de sistemas graníticos (magmático-hidrotermal) reduzidos. São usualmente
acompanhadas por inúmeros outros minerais de elementos incompatíveis (e.g. ETR, Be, Bi,
Mo, U e F).
Magmas graníticos ricos em voláteis e
água, que se cristalizam a elevadas
profundidades e associados a
magmatismo alcalino.
DEPÓSITOS MAGMÁTICO-HIDROTERMAIS DE Sn-W

Nome do sistema mineral Sn → Cassiterita


mineralizado a Sn - W Sistemas epigenéticos W → Wolframita

Greisens correspondem a depósitos hidrotermais mineralizado à de Sn e W (em óxidos),


derivados de sistemas graníticos (magmático-hidrotermal) reduzidos. São usualmente
acompanhadas por inúmeros outros minerais de elementos incompatíveis (e.g. ETR, Be, Bi,
Mo, U e F). Magmatismo alcalino tipo S
(série da ilmenita) gerados
Magmas graníticos ricos em voláteis e pela fusão de
água, que se cristalizam a elevadas metassedimentos
profundidades e associados a (ambiente tectônico
magmatismo alcalino. estável; intra-placa)
DEPÓSITOS MAGMÁTICO-HIDROTERMAIS DE Sn-W

Nome do sistema mineral Sn → Cassiterita


mineralizado a Sn - W Sistemas epigenéticos W → Wolframita

Greisens correspondem a depósitos hidrotermais mineralizado à de Sn e W (em óxidos),


derivados de sistemas graníticos (magmático-hidrotermal) reduzidos. São usualmente
acompanhadas por inúmeros outros minerais de elementos incompatíveis (e.g. ETR, Be, Bi,
Mo, U e F). Magmatismo alcalino tipo S
(série da ilmenita) gerados
Magmas graníticos ricos em voláteis e pela fusão de
água, que se cristalizam a elevadas LILE → Large ion lithophile metassedimentos
profundidades e associados a elements (ambiente tectônico
magmatismo alcalino. HSFE → high field strength estável; intra-placa)
elements
HIDROTERMALISMO NA GÊNESE DE MINERALIZAÇÕES NA FORMA DE ÓXIDOS
Depósitos de óxidos de Sn – W → Hospedeiras

▲ Álcali-feldspato granitos
▲ Sienogranitos

◄ Sienitos

Magmatismo granítico e
sienítico (granitos tipo S e/ou A)

Quartzo-sienitos ►
HIDROTERMALISMO NA GÊNESE DE MINERALIZAÇÕES NA FORMA DE ÓXIDOS
Depósitos de óxidos de Sn – W → Hospedeiras

❖ Intrusões alojadas a profundidades > 5km

❖ Geralmente na forma de grandes lacólitos

❖ Zonas hidrotermalizadas e mineralizadas


geralmente nas regiões de cúpula e em veios
que truncam as hospedeiras.

❖ Concentração de fase aquosa + volátil nas


porções apicais da intrusão (cúpula).
HIDROTERMALISMO NA GÊNESE DE MINERALIZAÇÕES NA FORMA DE ÓXIDOS
Depósitos de óxidos de Sn – W → Minerais de Minério Wolframita

O minério é essencialmente Cassiterita


composto por:
Cassiterita (SnO2)
Wolframita [(Fe,Mn )WO4]
tungstato de ferro (FeWO4)
tungstato de manganês (MnWO4).

Outras fases que comumente estão presentes:


Scheelita
Estanita Cu2FeSnS4 Estanita
Scheelita CaWO4
Arsenopirita FeAsS
Pirita FeS2
Calcopirita CuFeS2
Molibdenita MoS2
Esfalerita ZnS
Fluorita CaF2
Apatita Ca5(PO4)3(F,OH,Cl)
Veio de quartzo + cassiterita em granito
hidrotermalizado (greisen)

Veio de cassiterita em granito


Espesso veio de quartzo + cassiterita
+ wolframitaem granitoide HIDROTERMALISMO NA GÊNESE DE
hidrotermalizado (greisen) MINERALIZAÇÕES NA FORMA DE ÓXIDOS
Depósitos de óxidos de Sn → Reservas

FONTE: Sumário Mineral ANM 2014 http://www.anm.gov.br/dnpm/sumarios/zirconio-sumario-mineral-2014/view


HIDROTERMALISMO NA GÊNESE DE MINERALIZAÇÕES NA FORMA DE ÓXIDOS
Depósitos de óxidos de Sn → Importância
Processo Pilkington (produção das
superfícies planas de vidros)

Soldas Folha de flandres Ligas e bronze


Sais de Sn: fixador de
tintas, e em sabão,
sabonete e perfumes
para manter a cor e
perfume.
Estanho (Sn) → Preços

▲ 23 de abril/20

▲ 19 de maio/20
FONTE:
http://www.infomine.com/investment/metal-
prices/tin/all/
HIDROTERMALISMO NA GÊNESE DE MINERALIZAÇÕES NA FORMA DE ÓXIDOS
DEPÓSITOS DE FERRO – COBRE – OURO (IOCG)
Sistemas hidrotermais IOCG
Iron oxide-copper-gold deposits
Depósitos hidrotermais de óxidos de ferro, sulfetos de cobre e ouro

Características gerais
MINERALOGIA ÍGNEAS DE DIFERENTES COMPOSIÇÕES
Ultramáficas, máficas, intermediárias,
Óxidos de ferro dominantes (magnetita,
félsicas
hematita) Vulcânicas e plutônicas
Sulfetos mais subordinados: calcopirita, pirita,
Vulcanoclásticas
calcocita, bornita.
Carbonatitos
Além de carbonatos, anfibólios, quartzo, barita.

ROCHAS SEDIMENTARES
Químicas e clásticas
ASSINATURA GEOQUÍMICA
Fe- ETR-Cu-Au (U, Ag, Co, Ni, Zn, etc.) ROCHAS METAMÓRFICAS
Depende da química das rochas alteradas pelos Xistos, gnaisses, etc
fluidos hidrotermais.
Sistemas hidrotermais IOCG
Iron oxide-copper-gold deposits
Depósitos de óxidos de ferro, sulfetos de cobre e ouro

Aspectos do minério

Mineralização na forma de brechas,


veios e vênulas, stockwork, maciça e
disseminada.
Sistemas hidrotermais IOCG
Geração de corpos maciços de óxidos de ferro (hematita + magnetita)

Olympic Dam deposit (Austrália)


Sistemas hidrotermais IOCG
Distribuição Espacial
Sistemas hidrotermais IOCG
Modelo Genético
Depósitos IOCG ocorrem em áreas intracratônicas relativamente próximas aos limites dos crátons, mas também em
zonas convergentes de placas (arcos continentais), mais especificamente em bacias de back-arc.

Ambiente extensional (intra-arco


ou back arc)
Ex. IOCG dos Andes,
Suécia

X
Ambiente cratônico (intra-
continental)
Ex. Austrália (Olympic
Dam), África do Sul (Palabora)

ENORME CIRCULAÇÃO DE FLUIDOS


METALÍFEROS AQUECIDOS E
SALINOS.
Sistemas hidrotermais IOCG
Iron oxide-copper-gold deposits
Depósitos de óxidos de ferro, sulfetos de cobre e ouro

Os depósitos IOCG de Carajás estão localizados próximo ao


contato do embasamento com as unidades metavulcano-
sedimentares (Bacia Carajás), ao longo de zonas de cisalhamento
regionais (> 100 km de extensão).

A Província Mineral de Carajás


PROVÍNCIA DE corresponde a uma das maiores
CARAJÁS províncias IOCG do planeta, e a única
de idade arqueana.
PROCESSOS LATERÍTICOS NA GÊNESE DE MINERALIZAÇÕES DE Mn E Al
Hidrotermalismo PRINCIPAIS PROCESSOS NA GÊNESE DE ALGUNS
Alteração Hidrotermal PROCESSO
HIDROTERMAL DEPÓSITOS NA FORMA DE HIDRÓXIDOS
Cristalização Fracionada
Sn, W
Ti, Cr, V Laterização Precipitação
Th, U Química
Nb, Ta, Nb, Ta,
PROCESSO
Th, U Th, U INTEMPÉRICO

PROCESSO Nb, Ta
METAMÓRFICO PROCESSO Mn, Al
MAGMÁTICO Fe Fe

 
 Metassomatismo Enriquecimento
PROCESSO
SEDIMENTAR
Relativo
DEPÓSITOS MINERAIS SUPÉRGENOS NA GÊNESE DE MINERALIZAÇÕES

REMOBILIZAÇÃO
QUÍMICA
LATERÍTICOS
Fe , Al, Mn , Ni , Nb,
caulim, etc.

OXIDAÇÃO
Cu, Au, outros metais.
DEPÓSITOS MINERAIS SUPÉRGENOS NA GÊNESE DE MINERALIZAÇÕES
INTEMPERISMO QUÍMICO
dominado por reações entre minerais e rochas com água
meteórica com O2 e CO2 dissolvidos.

→ O2 causa a oxidação (e.g. Fe2+ → Fe3+).


→ CO2 moderada acidez (passagem pela atm e
horizontes húmicos do solo).
Remoção de cátions móveis (e.g. Ca2+, Na+, K+) em relação a
componentes residuais estáveis (e.g. Al3+, Ti4+).
LIXIVIAÇÃO

pH e Eh são os principais fatores que controlam os produtos das reações


(acidificação e oxidação).
INTEMPERISMO
QUÍMICO
Remoção de constituintes
químicos das rochas
Geração de novos minerais

SOLUÇÕES LIXIVIANTES
Perfil Laterítico
Minério laterítico (e.g. Al, No, Co, Fe, Mn, Cro, Au,
etc) ocorrem quanto rochas favoráveis são
submetidas:

(i) condições morfológicas favoráveis;


(ii) Condições geoquímicas que permitam sua
dissolução, transporte e precipitação;
(iii) Longo tempo de intemperismo sob condições
estáveis (minério de alto teor)

Laterita (sensu stricto)


porção lixiviada e oxidada de certos perfis
pedogenéticos com intenso desenvolvimento vertical
(em horizontes de solo).
Perfil Laterítico
ACUMULAÇÃO ABSOLUTA

Destruição do mineral primário e formação de


minerais secundários mais ricos que o mineral
primário no elemento de interesse.

Ex. Elementos de baixa solubilidade, como Al (gibbisita),


Ti (anatásio), ou elementos mais solúveis que migram no
perfil e precipitam como fases secundárias em outros
horizontes, como Ni (garnierita e Ni-goethita), Mn
(psilomelana e pirolusita), etc.

ACUMULAÇÃO ABSOLUTA ≠ RELATIVA


IMPORTÂNCIA DOS PERFIS LATERÍTICOS PARA AS COMMODITIES MINERAIS

ZONA DE ELUVIAÇÃO
Saída de elementos para
os perfis inferiores.

Fluidos intempéricos
(descendentes no
perfil → ação da
gravidade)

ZONA DE ILUVIAÇÃO
Entrada de elementos
oriundos dos
perfis/setores superiores
DEPÓSITOS
LATERÍTICOS DE
MANGANÊS
(Mn)
DEPÓSITOS MINERAIS LATERÍTICOS → MANGANÊS (ÓXIDOS DE Mn)
ÓXIDOS DE MANGANÊS → Reservas Mundiais FONTE: Mineral commodity summaries 2020
U.S. Geological Survey
https://pubs.usgs.gov/periodicals/mcs2020/mcs2020.pdf
DEPÓSITOS MINERAIS LATERÍTICOS → MANGANÊS (ÓXIDOS DE Mn)
ÓXIDOS DE MANGANÊS → Variação dos Preços Fonte: http://www.metalary.com/manganese-price/

Preço da tonelada
métrica (t3)
DEPÓSITOS MINERAIS LATERÍTICOS → MANGANÊS (ÓXIDOS DE Mn)
DEPÓSITO MnO (ppm) Mn/ΣFe
Depósitos minerais ROCHAS ÍGNEAS
Granito 260 0,015
formados a partir de Granodiorito 390 0,017
Diorito 1.390 0,019
processos de Gabro 1.390 0,016
Peridotito 1.050 0,016
laterização que se
SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
desenvolvem sobre Grauvaca 690 0,020
Arenito quartzoso 170 0,03
rochas pré- Argilito 600 0,013
Argilito negro 150 0,008
enriquecidas em Mn Calcário 550 0,12
Argilas de fundo oceânico (CaCO3-free) 5.700 0,095
(protominério), com Água do mar 0,0013 -
reconcentração de até
Mn tem grande dispersão (maior habilidade)
10x às concentrações
→ Substitui vários elementos em diversos minerais.
iniciais do metal. → Maior dispersão litológica (em praticamente todas as rochas: Mn: 0,1%;
Ni: 0,007%).
DEPÓSITOS MINERAIS LATERÍTICOS → MANGANÊS (ÓXIDOS DE Mn)
Mineralogia dos depósitos
❖ Há mais de 100 minerais de Mn, mas depósitos
econômicos são dominantemente constituídos por
poucos óxidos

Valência do Mn
Mn2+ Mn3+ Mn4+ (mais comum)

MINERALOGIA COMPLEXA E ANALITICAMENTE


DIFÍCIL:
◄ Psilomelana (MnO3)
* Grande número de fases
* Baixa cristalinidade
* Granulometria muito fina
* Intenso intercrescimento
* Propensão a rápida alteração
Pirolusita (MnO3) ►
▼ Psilomelana (MnO3) ▼ Pirolusita (MnO3) ▼

ÓXIDOS DE BAIXA CRISTALINIDADE E DE TEXTURA BOTOIDRAL E CONCRECIONÁRIA

Pirolusita (MnO3)
DEPÓSITOS MINERAIS LATERÍTICOS → MANGANÊS (ÓXIDOS DE Mn)
Em ambiente sedimentar e superficial → Geoquímica do Mn governada pelo estado redox e pH.

Necessidade de
separação do Fe
do Mn
(protólitos têm
alta razão Mn/Fe)
PROCESSOS LATERÍTICOS NA GÊNESE DE MINERALIZAÇÕES NA FORMA DE HIDRÓXIDOS
Bauxita (Alumínio)
Rocha residual laterítica muito aluminosa,
derivada do intemperismo químico de rochas
ricas em Al.

DEPÓSITOS MINERAIS LATERÍTICOS → HIDRÓXIDOS DE ALUMÍNIO (BAUXITA)

É geralmente concrecionada, do tipo pisolítico


(grão arredondado ou elipsóide do tamanho de
grânulo, de estrutura concêntrica e radial), que
congrega uma mistura de óxidos e hidróxidos de Al
e Fe (e.g. gibbsita, goethita e hematita) e
Ti (e.g. anatásio).
DEPÓSITOS MINERAIS LATERÍTICOS → HIDRÓXIDOS DE ALUMÍNIO (BAUXITA)
BAUXITA → Reservas Mundiais de Alumínio

Fonte: http://www.anm.gov.br/dnpm/publicacoes/serie-estatisticas-e-economia-mineral/sumario-mineral/sumario-brasileiro-mineral-2017/aluminio_sm_2017/view
DEPÓSITOS MINERAIS LATERÍTICOS → HIDRÓXIDOS DE ALUMÍNIO (BAUXITA)
BAUXITA → Variação dos Preços FONTE: http://www.metalary.com/aluminum-price/

Preço da tonelada
métrica (t3)
DEPÓSITOS MINERAIS LATERÍTICOS → HIDRÓXIDOS DE ALUMÍNIO (BAUXITA)

BAUXITA → Mineralogia principal


Termo universalmente empregado para perfis lateríticos com 80-90% de Al2O3.

Diásporo: AlO(OH)
Gibbisita Boehmita
Al(OH)3 AlO(OH)

A acumulação de perfis ricos em Al na zona superior do perfil laterítico em função de altíssimas taxas de
pluviosidade, mas médias térmicas intermediárias (~22°C do que 28°C para ferricrete), oposto do observado para
perfis enriquecidos em Fe.
DEPÓSITOS MINERAIS LATERÍTICOS → HIDRÓXIDOS DE ALUMÍNIO (BAUXITA)

BAUXITA → Metalotecte climático

FONTE: https://www.researchgate.net/figure/225905681_fig1_Figure-
1-World-distribution-of-karst-and-laterite-bauxite-deposits
DEPÓSITOS MINERAIS SUPÉRGENOS NA GÊNESE DE MINERALIZAÇÕES
HIDRÓXIDOS DE ALUMÍNIO (BAUXITA)
Tendência
climática

BAUXITA
[Al2O3] > 40%
[Fe2O3] < 45%
[SiO2] < 10%
DEPÓSITOS MINERAIS SUPÉRGENOS NA GÊNESE DE MINERALIZAÇÕES
HIDRÓXIDOS DE ALUMÍNIO (BAUXITA)
• Maior mobilidade da sílica do que do Al Feldspato (perda de Si) → Caolinita (perda de Si) →
• Reflete pH entre 4,5 a 9 → gibbisita (Al(OH)3)
• Isso resulta em uma reação de dissolução
incongruente dos minerais (e.g. feldspato e
caolinita) => produção de um perfil
rico/tipo gibbsita – Al(OH)3

Alumínio ocorre na superfície terrestre


apenas como Al3+, portanto, sua Fonte: Robb (2005)
concentração não depende de oscilações do
estado redox, tais como Cu, Fe e U.
GÊNESE DE MINERALIZAÇÕES BAUXITA
DEPÓSITOS MINERAIS SUPÉRGENOS NA
(3) Bauxita não se forma devido a
lixiviação de Al do perfil. Formam-se
lateritas ferrosas

(3 e 4) restrita solubilidade de Fe e Al
(formação de laterita e bauxita
apenas se rocha-mãe for enriquecida
em Al ou Fe) Al lixiviado
(gibbisita)

(1 e 2) Lixiviação tanto do Fe
quanto do Al (resultam em solos
podzol ricos em Si) Fe lixiviado
(hematita e goethita)

(5-6) Melhor condição para formação de


bauxita: soluções percolantes lixiviarão
preferencialmente o Fe

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