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PLANTÃO PSICOLÓGICO: ACOLHIMENTO E ESCUTA

EMERGENCIAL
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Vivemos tempos corridos. Vida que tem pressa e escorre pelos dedos
deixando aturdido o homem em sua existência. Tudo é fluido. Cada vez mais
as urgências se estabelecem exigindo um dar conta que nem sempre se
encaixa na escassez do tempo presente. Como retratado por Bauman (2007), a
vida é líquida numa modernidade líquida e quase que alucinada.
A "vida líquida" é uma forma de vida que tende a ser levada à frente numa
sociedade líquido-moderna. "Líquido-moderna" é uma sociedade em que as
condições sob as quais agem seus membros mudam num tempo mais curto
do que aquele necessário para a consolidação, em hábitos e rotinas, das
formas de agir. A liquidez da vida e a da sociedade se alimentam e se
revigoram mutuamente. A vida líquida, assim como a sociedade líquido
moderna, não pode manter a forma ou permanecer em seu curso por muito
tempo.(BAUMAN, 2007, p.7).

O tempo que urge é o tempo curto que insiste em não dar espaço para
as vicissitudes do humano. Mais do que nunca, as exigências do existir
parecem abafar e pressionar os homens em nossa sociedade globalizada.
Vive-se na constante tentativa de conciliar os padrões da globalização e o
clamor interno das singularidades humanas.
Cada época, em especial o tempo atual, abre diante dos indivíduos um
leque de dilemas, de escolhas, para as quais não se permitem tempo para
pensar, sentir e mesmo viver e tornar-se um ser no mundo com todas as suas
potencialidades. O tempo presente tem imposto padrões que muitas vezes
geram conflitos, especialmente a insatisfação com a própria pessoa, exposta à
supervalorização do sucesso pessoal, ao culto às celebridades, ao sucesso
profissional e pessoal aos sorrisos e à vida “fácil” das mídias sociais.
O ser humano dos dias atuais vem enfrentando uma realidade que,
quase que inevitavelmente, estabelece um estado de tensão permanente
causando desgaste de seu organismo como um todo. Os estados depressivos,
de crises de pânico, o estresse, as angústias existenciais, a crescente
insegurança, o medo globalizante, a ansiedade latente e tantos outros estados
psicológicos e incertezas as mais diversas são os produtos patenteados pelo
padrão atualmente adotado pela nossa sociedade.
Diante e mergulhado nesse contexto de urgências, surge a questão de
como praticar o acolhimento e a escuta terapêutica em uma sociedade cujos
indivíduos muitas vezes não têm disponibilidade de tempo ou recurso para
buscar ajuda da psicoterapia tradicional para tentar dar conta das questões do
ser-no-mundo.
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Tassinari (2011) ressalta que por muito tempo a Psicologia esteve


restrita a responder ao sofrimento psicológico de uma maneira quase invariante
através da psicoterapia individual, realizada em consultórios, o que restringe e
empobrece o alcance da Psicologia.

Durante muito tempo, a Psicologia, através de seus praticantes, tem


respondido às pessoas de uma maneira quase que invariante com
psicoterapia individual, duas a três vezes por semana, durante um período
longo. É quase como se a Psicologia fosse identificada somente como
Psicologia Clinica, esta entendida como psicoterapia individual de
fundamentação psicanalítica, realizada nos consultórios particulares de duas
a quatro vezes por semana, por cerca de cinco anos. Parece-nos
empobrecedor reduzir a Psicologia a este entendimento, excluindo assim
outras possibilidades eficientes de atendimento psicológico, bem como
diferentes propostas psicoterápicas (TASSINARI, 2011, p. 48).

O desafio de ser na contemporaneidade, diante do contexto social,


político, econômico e cultural clama por mudanças na prática psicológica para
além da psicologia clínica tradicional e psicoterapia. A prática psicológica
precisa estar disponível quando o sujeito desta contemporaneidade depara-se
com o sofrimento, não necessariamente o causado por patologia.
O plantão psicológico surge como uma possibilidade de acolhimento e
escuta na busca pelo alívio do sofrimento, seja ele oriundo de patologia ou dos
desafios que a contemporaneidade impõe ao sujeito enquanto constrói sua
existência.
Segundo Rocha (2009), o plantão psicológico é uma modalidade de
atendimento psicológico cuja proposta está fundamentada no acolhimento às
pessoas que procuram ajuda no momento de angústia, buscando auxiliar na
compreensão e no esclarecimento de sua demanda. Psicólogo e sujeito em
sofrimento, no momento do cuidado, buscam construir um possível desfecho
dentro dos possíveis desdobramentos para aquele determinado momento de
vida.
O plantão, portanto, não pretende medir ou controlar qualquer coisa, mas
compreender, com o cliente, seu projeto de cuidado nesse momento de vida.
Dessa maneira, pode durar uma ou mais sessões, quinze minutos ou duas
horas. Ele finda quando a demanda é esclarecida e um desfecho pode ser
construído. Algumas vezes, a busca por ajuda se encerra no próprio plantão,
não sendo necessárias outras providências. A psicoterapia pode ser um, mas
apenas um, dos possíveis desdobramentos do plantão e todos eles são
examinados junto com o cliente.(ROCHA, 2009, p. 106).
Como relatado por Rocha (2011), a proposta inicial do Serviço de
Plantão Psicológico surgiu em 1969, no Brasil (no Serviço de Aconselhamento
Psicológico da Universidade de São Paulo), sob a orientação da dra. Rachel
Lea Rosenberg, a qual propunha uma maneira de atender os clientes no
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momento em que chegavam ao serviço de Aconselhamento Psicológico (SAP)


do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. A partir destas
reflexões, Rosemberg propôs a criação de um Serviço de Plantão de
Psicólogos, no Centro de Desenvolvimento da Pessoa (CSP) do Instituto Sedes
Sapíentiae em São Paulo, cuja inspiração veio das walk-in-clinics norte-
americanas.
O Serviço de Aconselhamento Psicológico (SAP) do Instituto de Psicologia da
USP foi fundado em 1969, pelas mãos de Rachel Léa Rosenberg e Oswaldo
de Barros Santos, tendo como objetivos a formação de psicólogos, a
pesquisa e o atendimento à comunidade. Nasceu vinculado à Abordagem
Centrada na Pessoa - dentro da chamada Terceira Força em relação ao
Behaviorismo e à Psicanálise - desenvolvida por Carl Rogers, psicólogo
americano. Atualmente, sem abandonar essa referência, temos nos
aproximado e tomado como pano de fundo de nossos estudos e práticas a
Fenomenologia Existencial e o Existencialismo. Rogers nos oferece sua
proposta de prática psicológica e filósofos nos alimentam com suas reflexões
sobre a existência humana. (ROCHA, 2011, p. 120).

O plantão psicológico pode ser estruturado e desenvolvido a partir de


diferentes abordagens teóricas sendo, entretanto, originário da proposta
formulada a partir da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) de Carl Rogers,
psicólogo americano, a partir dos anos 50. Esta abordagem se destaca pelo
seu caráter não diretivo estando essencialmente baseada no referencial e nas
demandas trazidas pelos clientes. Segundo Rebouças e Dutra (2010), o
plantão psicológico baseia-se na prática de aconselhamento proposta por Carl
Rogers, que propõe uma mudança de perspectiva que passa a dar importância
ao cliente e não ao problema.
O plantão psicológico baseia-se no modelo de aconselhamento psicológico
proposto por Carl Rogers, o qual, inicialmente, esteve atrelado ao exame da
personalidade por meio dos testes psicológicos. No entanto, Rogers, a partir
de sua prática, começa a questionar esse modelo de aconselhamento e
propõe uma mudança de perspectiva, passando a dar importância ao cliente
e não ao problema, à relação e não ao instrumental de avaliação, ao
processo ao invés do resultado.(REBOUÇAS e DUTRA, 2010, p. 22).

De acordo com Ramos (2012), o plantão psicológico se caracteriza


essencialmente pela relação que se estabelece no encontro entre duas
pessoas: uma pessoa angustiada, a qual espontaneamente vai em busca de
ajuda, e um profissional capaz, ou pelo menos interessado e disponível, para
ajudar, no exato momento de seu sofrimento, de sua angústia.
O plantão psicológico é uma modalidade de atendimento específica,
diferenciada de outras propostas, cuja ideia principal, segundo Rocha (2009) é
acompanhar e facilitar através do acolhimento, do respeito, da escuta e da
abertura o processo de significação da procura por ajuda psicológica. É um
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estabelecimento de um ambiente de cuidado ético e responsável para com as


singularidades que lhe são trazidas pela pessoa em seu momento emergencial
de angústia.
De acordo com Tassinari (2005), é um movimento para além da catarse,
que busca a compreensão do momento da pessoa em seu pedido de ajuda,
propiciando um desdobramento que promova crescimento e mudança.
A consulta no Plantão não visa somente a uma catarse, ainda que a inclua,
mas objetiva facilitar uma maior compreensão da pessoa e de sua situação
imediata. O plantonista e o cliente vão juntos procurar no “momento-já” as
possibilidades ainda não exploradas que podem ser deflagradas a partir de
uma relação calorosa, sem julgamentos, onde a escuta sensível e empática,
a expressividade do plantonista e seu genuíno interesse em ajudar
desempenham papel primordial, especialmente no sentido de desdobrar o
pedido inicial e explicitar o movimento da pessoa em busca de crescimento e
de mudança (TASSINARI, 2005, p. 5).

No entendimento de Mahfoud (2012), este momento de encontro no


plantão psicológico é significativo para a pessoa que busca o atendimento e
tende a torna-se como uma referência existêncial: portas abertas que podem
significar a facilitação para um novo pedido de ajuda ou para suportar o
intervalo para que outro processo psicoterápico se inicie.
O plantão psicológico é a face prática do acolhimento e da escuta
qualificada e terapêutica, os quais representam a base desta proposta de
atendimento psicológico de emergência, que visa, através do diálogo da
entrevista, caminhar com o sujeito em sofrimento em busca de compreensão e
entendimento de seu momento de vida. Nesta perspectiva, segundo Rocha
(2009), o profissional não elege os caminhos a serem seguidos no
atendimento, mas oferta um clima de confiança e aceitação no qual o cliente
cria e descobre seus próprios recursos que o capacitarão a enfrentar a sua
situação em seu momento de vida.
Segundo Rocha (2009), esse acolhimento e escuta durante o percurso
de estar ao lado de quem busca atendimento no plantão psicológico, requer
algumas condições do terapeuta. Tais condições facilitadoras do processo
terapêutico foram destacadas por Carl Rogers como a empatia, a congruência
e a aceitação incondicional. A empatia é o local de onde se parte para o
encontro com o cliente, numa disposição para entrar em contato com suas
experiências, próprias, singulares, mas passíveis de serem acolhidas e
reconhecidas como parte da humanidade que nos é comum. A congruência é a
capacidade de autenticamente reconhecer que somos afetados pelo que se
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ouve, vê e sente. A aceitação incondicional é um princípio que permite a


possibilidade de estar com, de acolher e conviver com a diversidade, com o ser
diferente, sem julgamentos.
É poder encontrar-se com uma pessoa, com as escolhas que fez, os atos que
praticou, os sentimentos que vive e provoca, com a maneira como se coloca
no mundo, com seu jeito de ser. É, sobretudo, estar com o outro diferente de
mim, encontrá-lo sem querer que sejamos a mesma pessoa, sem oferecer-
lhe sentidos, mas estar junto na sua procura por eles. (ROCHA, 2009, p. 108)

A possibilidade de escuta sensível abre um espaço de acolhimento para


que a narrativa de uma experiência, de uma história de vida possa ser
encaminhada, através do diálogo com o plantonista, para uma compreensão
mais ampla por parte do próprio sujeito que busca ajuda.
A entrevista no plantão psicológico é marcada pela busca por facilitar a
compreensão de um sofrimento emergente de uma pessoa que clama por
cuidados. Na entrevista, é fundamental que a condução da mesma vise ajudar
a pessoa a enfrentar sua situação e vislumbrar encaminhamentos possíveis
para sua demanda, quaisquer que sejam eles, inclusive psicoterapia. Na
entrevista do plantão o foco principal está na disponibilidade para compreender
e enfrentar um sofrimento emergente de uma pessoa que precisa de cuidados,
possibilitando que a própria pessoa encontre um caminho para ao menos
tornar tolerável o seu sofrimento.
Conforme exposto por Scorsolini-Comin (2014), o plantão psicológico se
caracteriza por ser uma relação de ajuda na qual a pessoa busca atendimento
para alívio de suas tensões e preocupações, esclarecimento de suas questões
ou dúvidas e acompanhamento terapêutico diante de problemas em diversas
situações de vida. Portanto, a entrevista do plantão não é formatada, delimitada
ou sistematizada, sendo imprescindível a disponibilidade do profissional para
estar com o outro no momento em que este busca por ajuda.
Para que o acolhimento e a escuta sejam facilitadores do processo
terapêutico que se estabelece em situações de urgência, a entrevista não
diretiva deve focar na intenção de propiciar o autoconhecimento,
esclarecimento dos sentimentos, pensamentos e avaliação das alternativas
disponíveis para o enfrentamento da demanda trazida.
Na entrevista do plantão psicológico, a coleta de dados se dá a partir da
escuta da livre expressão da pessoa que busca ajuda, onde nada lhe é
induzido. Faz-se a opção pela entrevista mais aberta às narrativas da pessoa
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que vem em busca do atendimento psicológico em sua emergência. Não há um


questionário padronizado com perguntas pré-estabelecidas. Nada é imposto e
no diálogo que se estabelece no encontro do plantão psicológico, buscando-se
a expressão espontânea, a livre exteriorização da angústia e do sofrimento.
Conforme explica Mucchielli apud PALMIERI e CURY (2007):
A entrevista não diretiva, como técnica qualitativa de coleta de dados, é o
inverso do questionário que se baseia em perguntas. A entrevista é aqui
“aberta” e “centrada”, quer dizer, ela se baseia não nas reações do
entrevistado a perguntas precisas, mas na expressão livre de suas ideias
sobre um assunto. Para um entrevistador, ser “não diretivo” é querer não
impor nada ao entrevistado, mas obter dele expressões espontâneas,
absolutamente não devidas a induções vindas da situação do encontro ou de
suas próprias atitudes, comportamentos e reações no momento deste
encontro (Mucchielli, 1991, p. 28)

Para Ramos (2012), a potencialidade terapêutica do plantão psicológico


é revelada mais pelas atitudes do terapeuta do que pelas técnicas por ele
empregadas, as quais propiciam que o cliente faça contato consigo mesmo e
crie condições de resgatar sua autonomia pessoal para administrar suas
angústias e assim possa tomar as decisões necessárias em relação aos
problemas que lhe afligem.
A partir do olhar daquele que acolhe com empatia é possível criar um
ambiente em que a compreensão do sofrimento vivenciado aconteça, numa
escuta que ouve palavras, pensamentos, sentimentos, significados pessoais e
mesmo o grito silencioso de gestos e lágrimas. A compreensão desejada neste
acolhimento pode ser facilitada através de perguntas que ajudem a pessoa a
elaborar sua angústia e seu sofrimento. Para Amatuzzi (2012) a compreensão
envolve um contato relacional, através de uma escuta ressonante que
possibilita a própria pessoa se ouvir e vislumbrar um caminho a seguir.
A contribuição básica do psicólogo, como de qualquer pessoa disposta a
ajudar alguém intrigado com questões pessoais e recursos subjetivos, é
oferecer uma caixa de ressonância na qual a própria pessoa possa se ouvir
e, assim, enxergar um caminho. (AMATUZZI, 2012, p. 11).

Estar em plantão psicológico é estar disponível para receber, para


acolher, para escutar o outro em sua busca por ajuda psicológica para
compreender o seu momento de vida. Nesse encontro, segundo Rocha (2009),
a principal qualidade ou oferecimento do facilitador, é a sua escuta. Escuta que
vai além de ouvir um problema, mas é escutar uma pessoa que traz um
problema e, no diálogo da entrevista, indagar sobre como esta pessoa lida com
o que lhe incomoda e quais alternativas consegue vislumbrar ou não. Não há
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uma preocupação com diagnósticos, mas com compreensão, com o como a


pessoa se percebe e é afetada. Rocha (2009) faz um alerta quanto à sedução
de ser aquele que encontra soluções ou saídas para a dor ou problema trazido
para o encontro do plantão psicológico. Rosenberg (1987, p. 87) classifica o ato
de privilegiar o problema em detrimento do cliente como uma armadilha, pois
“se o psicólogo encara um problema do cliente como algo ‘a resolver’, tenderá
a pensar e decidir por ele, em vez de acompanhá-lo em sua própria
caminhada”.
Há cada vez menos tempo e espaço para que o sucesso ou o fracasso
sejam vividos autenticamente. Há cada vez menos disponibilidade para
encontros acolhedores onde a escuta terapêutica seja a tônica. Oferecer um
encontro acolhedor, empático, sem julgamentos, onde a pessoa possa narrar a
sua história, seu sofrimento, sua dor, abre a possibilidade para que a pessoa,
na reverberação do seu discurso, possa se encontrar e vislumbrar caminhos
para lidar com suas questões. Não é tarefa fácil! Mas a prática de plantão
psicológico tem se apresentado como uma grande oportunidade para suprir
esta demanda e motivado profissionais a aventurar-se numa relação que o fará
testemunhar o amadurecimento da capacidade que a pessoa humana tem para
desenvolver-se plenamente.
Como posso proporcionar uma relação que essa pessoa possa utilizar para
seu próprio crescimento pessoal? (...) Se posso proporcionar um certo tipo
de relação, o outro descobrirá dentro de si mesmo a capacidade de utilizar
aquela relação para crescer, e mudança e desenvolvimento pessoal
ocorrerão (ROGERS, 2009. p.36,37).
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ANEXO I

ENTREVISTA PLANTÃO PSICOLÓGICO – NÃO DIRETIVA

Acolher, abrindo espaço para que o momento seja vivenciado sem


julgamentos, mas que possa haver compreensão dos pensamentos,
sentimentos e uma reestruturação para que a própria pessoa encontre
soluções para seu momento.

 Boa tarde, eu sou Cátia, e faço parte da equipe de plantão


psicológico. Eu só queria esclarecer para você que este é uma espaço de
acolhimento, um encontro em que estarei aqui com você para entender o seu
momento, mas que ainda não estamos num processo de terapia.
 Então, qual o seu nome?
 O que traz você aqui hoje?
 Entendo que seja um momento bem delicado que está passando.
Como você está se sentindo em relação a este problema?
 Você consegue dizer quando começou a se sentir desta maneira?
 Já esteve com esses sentimentos ou já passou por isso antes?
 Quando se sente desta maneira, como reage?
 E a sua reação incomoda você? Como? Você sofre por reagir
assim?
 O que está machucando você: sentir-se dessa maneira, reagir
assim ou as consequências de sua reação?
 Você consegue compreender esse seu momento?
 Como você costumava se sentir antes dessa situação?
 Esses sentimentos que você experimenta agora têm mudado a
sua maneira de ser? De que forma?
 Você já falou como se sente para outra pessoa? Quem?
 Você acha que sentir-se assim é uma reação normal diante do
que está enfrentando?
 Gostaria de reagir de outra maneira? Qual? O que a impede de
agir diferente?
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 Você consegue pensar em alguma outra forma de lidar com o que


está sentindo?
 Você já tentou procurar essa pessoa e dizer o que você está
sentindo? Como foi?
 Você já pensou na possibilidade de fazer uma terapia?
 Como eu falei pra você no início, esse nosso encontro não é uma
terapia, mas um lugar de acolhimento, no qual você pode recorrer em situações
de emergência, para falar da sua angústia e para tentar se estruturar para
encontrar um caminho ou enquanto aguarda o início do processo de terapia, se
essa for a sua escolha.
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