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MARKETING DIGITAL E NOVAS

MÍDIAS
AULA 5

Prof. Sérgio Czajkowski Júnior


CONVERSA INICIAL

Nesta aula, teremos a oportunidade de nos aprofundarmos em temáticas


relacionadas, em especial, ao chamado marketing de busca, ferramenta cada
vez mais empregada nas estratégias digitais de sucesso.
Teremos a oportunidade de aprendermos mais detalhes sobre como as
organizações, com a consolidação da sociedade da informação, esmiuçada nas
primeiras aulas, podem alavancar os seus negócios de forma a se destacar
perante os seus concorrentes, via emprego assertivo das informações, muitas
delas outrora dispersas na web, pois, conforme já aprendemos, é justamente por
meio da compreensão dessa nova conjuntura, ultrainterconectada e dinâmica,
na qual observamos a presença de mudanças cada vez mais intensas e que
acontecem em um ritmo cada vez mais acelerado, que os gestores e demais
profissionais que atuam com marketing digital precisam constantemente inovar
para prosperar.
Se, na contemporaneidade, percebemos que o mundo mudou e
continuará mudando de forma bastante acentuada pelos próximos anos, cabe-
nos enaltecer, no primeiro tema, o papel de empreendedores visionários como o
norte-americano Larry Page e o russo (naturalizado norte-americano) Sergey
Brin, que, no dia 4 de setembro de 1998, no condado de Menlo Park, no estado
da Califórnia, localizado na costa oeste dos Estados Unidos (bem próximo do
Vale do Silício – berço de uma boa parte das empresas de alta tecnologia hoje
em dia existentes), tiveram uma ideia que iria mudar para sempre a história da
internet (Torres, 2009, p. 295), projeto que, tal como iremos perceber, só se
mostrou viável e próspero porque estes dois estudantes do curso de doutorado
da Universidade de Stanford souberam não só analisar de forma muito criteriosa
as principais características oriundas com o advento do ciberespaço (LEVY,
2009, p. 17) mas também as aplicaram, desde o início, na concepção do Google.
Torres (2009), em seu livro A Bíblia do marketing digital, salienta que o
marketing digital não é algo monolítico, podendo ser segmentado em diversas
vertentes, tais quais: o content marketing (marketing de conteúdo), o marketing
viral (viral marketing), o social midia (marketing que se utiliza das redes sociais
virtuais), o search marketing (marketing de busca), dentre outras, cada qual
dotada de suas peculiaridades e usos específicos. Torres (2009, p. 45)
prossegue a sua análise defendendo que “quando você ouve falar de marketing

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digital estamos falando em utilizar efetivamente a internet como uma ferramenta
de marketing, envolvendo comunicação, publicidade, propaganda e todo arsenal
de estratégias e conceitos já conhecidos na teoria no marketing”. Assim, um
ponto muito importante (já detalhado em nossas demais aulas) é que o advento
das novas tecnologias digitais não promoveu uma alteração na essência do
marketing. O que, de fato, mudou foi a necessidade de se gerir de forma muito
mais efetiva as informações que se fazem presentes no universo digital.
É justamente com base nessa constatação que observamos o surgimento
do search marketing, também conhecido como marketing de busca, o qual
almeja possibilitar que os gestores tenham ao seu dispor um ferramental capaz
de não só potencializar a análise, como também o uso assertivo das diversas
informações disponibilizadas na internet (na nuvem), e que será abordado em
nossos temas dois, três e quatro.
Para concluirmos nossa aula, ainda faremos uma abordagem bastante
sucinta, mas não menos relevante, das práticas de web mining e web analitics,
as quais visam a garimpar/coletar informações, muitas vezes, dispersas na Web
e que podem ser, após serem devidamente lapidadas e analisadas, inseridas
nos planos de negócios e/ou de comunicação das organizações. Portanto, por
meio das considerações tecidas até aqui, bem como dos novos desafios
apresentados a todos os gestores que atuam com marketing digital, é que a
presente unidade temática se propõe a apresentar conteúdos como:

• Marketing digital e o sucesso do Google;


• Breve história dos mecanismos de busca e a importância dos processos
de otimização;
• A importância das estratégias de SEO (Search Engine Optimization);
• Práticas de Black Hat, White Hat e Grey Hat;
• Web mining e Web analitics.

CONTEXTUALIZANDO

Pierre Levy (1999), em seu clássico Cibercultura, destaca que o desafio


reinante, por ora, não é mais o da democratização (acesso) e sim do uso
assertivo das informações alocadas no universo virtual. Frente a essa
constatação, nesta aula, teremos a oportunidade de conhecer um pouco mais
sobre a história dos mecanismos de busca, bem como mais detalhes acerca de

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duas importante ferramentas empregadas pelos profissionais que atuam com
SEM (Search Engine Marketing): o SEO (Search Engine Optimization –
otimização para mecanismos de busca – em tradução livre) e os Links
Patrocinados (Sponsored Links) ambas destinadas a ampliar a efetividade das
estratégias postas em prática no universo digital, seja como forma de se
segmentar de forma mais eficiente a audiência, seja para atrair novos
(potenciais) clientes, ou ainda para de se captar leads.

Saiba mais

1. Quando nos referimos aos mecanismos de busca, é sempre importante


nos lembrarmos de que o termo Search Engine Marketing foi originalmente
criado, no ano de 2001, pelo jornalista e empreendedor norte-americano Danny
Sullivan. Deste momento histórico em diante, as práticas de SEM se voltaram à
gestão de todas as atividades vinculadas ao “patrocínio de links nos buscadores,
à indexação de sites em diretórios e às estratégias online de conteúdo para
empresas e pessoas” (Torres, 2009, p. 92).
2. CORDEIRO, M. O que são leads? Aprenda como qualificar, gerenciar
e nutrir os visitantes do seu site para transformá-los em fiéis compradores. Rock
Content, 5 nov. 2020. Disponível em: <https://rockcontent.com/br/blog/o-que-e-
lead/>. Acesso em: 3 fev. 2021.

A adoção desses processos no universo da web é, a cada dia que passa,


mais e mais valorizada, pois, a exemplo do que aprendemos nas quatro aulas
anteriores e seguindo o pensamento de Castells (1999, p. 498) – que prefere a
expressão sociedade em rede em vez de sociedade da informação –,
acreditamos que o atual momento histórico é caracterizado pela configuração de
uma grande network, constituída por “um conjunto de nós interconectados” e que
fomenta uma teia de interconexões (Castells, 1999, p. 499), que se expandem
em todas as direções e que permitem que diferentes mensagem possam ecoar
por ambientes até então inacessíveis. Frente a essa nova conjuntura e diante da
prevalência de mecanismos de busca como o Google (cujas principais
características serão abordadas em nosso primeiro tema), cabe aos profissionais
que atuam com estratégias digitais empregarem mecanismos capazes de
potencializar a visualização de seus empreendimentos.

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Portanto, quando falamos em marketing de busca ou SEM (Search Engine
Marketing), estamos diante de estratégias voltadas à otimização de sites, blogs
ou ainda de páginas na web, via crescimento orgânico (o qual não implica
investimentos financeiros) ou por meio de mídia paga, como ocorre com os links
patrocinados, sendo que, em ambos os casos, procura-se conquistar uma
posição de destaque no ranking estruturado pelo Google (ou por outros
mecanismos de busca) em prol de uma maior possibilidade de se potencializar
os resultados almejados pelas organizações. Dessa forma, o objetivo final é
ganhar um maior destaque nas SERPs (Search Engine Result Pages), as quais
nada mais são do que as páginas de resultados dos buscadores, fazendo com
que aquelas cataloguem prioritariamente os endereços de certas organizações,
situação que é capaz de redundar uma maior visibilidade, bem como um tráfico
mais intenso, quesitos que podem potencializar os futuros lucros.
No caso mais específico do SEO, tal processo consiste na utilização de
práticas capazes de fazer com que, ao se promover uma busca orgânica no
Google (ou outro buscador como o Bing e o Yahoo!), um determinado endereço
eletrônico apareça nas primeiras colocações (sem que se faça algum aporte
financeiro em termos de investimento), o que é extremamente relevante para as
organizações, pois estudos demonstra que os usuários tendem a clicar nas
primeiras opções que aparecem. Assim, ao falarmos em marketing de busca
(SEM – Search Engine Marketing) e mais especificamente em SEO, estamos
diante de estratégias que se destinam a alavancar organicamente endereços
eletrônicos fazendo com que estes fiquem mais perto do topo das páginas de
resultados, que são as grandes vitrines do universo virtual.

Saiba mais

Esse processo se deve, mesmo que em parte, à constatação de que, em


decorrência do advento das NTDICs (Novas Tecnologias Digitais da Informação
e da Comunicação), tanto o tempo quanto o espaço estariam sofrendo
transformações cada vez mais acentuadas, as quais redundam em impactos nos
processos socias e econômicos (Castells, 1999, p. 403). Na atual sociedade em
rede, observaríamos a consolidação de um imperativo da instantaneidade,
fazendo com que a noção de agora prevaleça com cada vez mais intensidade
(Castells, 2001), processo este que faz com que os usuários tendam a visitar

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uma quantidade limitada de páginas em torno da busca da satisfação dos seus
anseios.

No caso mais específico dos links patrocinados, o intuito é exatamente o


mesmo, com a diferença de que, em vez de se canalizar a atenção dos
internautas com base em recursos narrativos (como o uso de palavras-chave ou
ainda por assunto/tema), opta-se pelo investimento monetário (sendo importante
ainda frisarmos que tais opções estratégicas – SEO e Sponsored Links –, em
muitas situações, caminham em paralelo, até mesmo porque ambas objetivam
posicionar determinados sites, vinculados a bens e/ou serviços, entre os
primeiros resultados dos mecanismos de busca). Portanto, a exemplo do que
iremos apresentar nos temas a seguir, o profissional de sucesso é aquele que,
por meio de uma compreensão mais apurada de plataformas de busca como o
Google, consegue potencializar as chances de sucesso dos seus respectivos
empreendimentos.

Figura 1 – Google

Crédito: Pixinoo/Shutterstock.

TEMA 1 – MARKETING DIGITAL E O SUCESSO DO GOOGLE

Para que sejamos capazes de compreender muitos aspectos inerentes às


estratégias digitais, em especial às vinculadas às ações de Search Marketing,
devemos, mesmo que brevemente, tecermos alguns breves comentários acerca
da história do Google, plataforma que, tal como ficará mais claro a seguir, mudou
para sempre a história da internet. Para que consigamos compreender o sucesso
estrondoso do Google, devemos ter em mente que uma boa parte disso se deu

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pelo fato de seus criadores terem desenvolvido o seu projeto no timing correto,
ou seja, ao observarem o advento de uma nova conjuntura sociocultural
denominada cibercultura (Lévy, 1999, p. 15) foram capazes de transformar
certos aspectos vistos, até então, como ameaças em novas oportunidades de
negócio.

Saiba mais

O neologismo cibercultura especifica: “o conjunto de técnicas (materiais e


intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que
se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço” (Lévy, 1999, p.
17).

Pierre Levy (1999, p. 13), ao estudar as principais características da


chamada sociedade da informação, menciona que Albert Einstein, já no século
passado, acreditava na existência de três bombas no século XX: a atômica, a
demográfica e a das telecomunicações. Enquanto as duas primeiras seriam
ameaças à humanidade, a terceira abriria a possibilidade de uma nova
sociedade vir a ser estruturada, visto que as “telecomunicações são, de fato,
responsáveis por estender de uma ponta à outra do mundo as possibilidades de
contato” (Lévy, 1999, p. 14), até mesmo porque a mesma tecnociência que
produziu o fogo nuclear é aquela que pode fomentar o incremento das redes
interativas, capazes de conferir uma nova dinâmica às relações sociais (Lévy,
1999, p. 16).
Frente à consolidação de um contexto cada vez mais interconectado pelas
telecomunicações, as informações que outrora ficavam restritas a um grupo
bastante seleto de pessoas passam a fluir com uma liberdade crescente.

Saiba mais

Como forma de corroborar a sua tese, Lévy (1999) salienta que, ao


contrário do que havia no passado, quando um reduzido grupo de tiranos
poderia, por exemplo, determinar com mão de ferro aquilo que seria, ou não,
lido, escrito ou dito pela população, tal processo não pode mais ser delineado na
web, uma vez que “esta biblioteca de Babel não pode ser queimada” (Lévy, 1999,
p. 16), porquanto as vozes que se fazem presentes na internet não podem ser
silenciadas.

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Além do mais, Levy (1999) também acreditava na ascensão de um
ciberespaço, entendido este como equivalente à expressão rede, o qual adviria
da interconexão global dos computadores, sendo que esse “termo especifica não
apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo
oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que
navegam e alimentam este universo” (Lévy, 1999, p. 17), o qual seria
responsável, mesmo que parcialmente, por uma maior democratização do
acesso aos saberes.
No caso do Google, percebemos que ele prosperou justamente, pois
surgiu em um contexto no qual já havia se dado, mesmo que forma parcial, uma
maior democratização dos fluxos de comunicação sendo que o desafio seguinte
seria o de gerar uma mínima ordem (organização) no espaço (virtual), o qual
acabou sendo dominado pelo caos (frente à enorme quantidade de dados e
informações que passou a ser publicada e compartilhada nos meios virtuais).
Para Lojkine (1995, p. 14-16), uma das principais transformações propiciadas
pelo advento da sociedade da informação foi a possibilidade de uma quantidade
bastante considerável de informações ser criada, armazenada e distribuída de
forma descentralizada, rompendo com os antigos monopólios. Esse processo,
como não poderia deixar de ser, gerou o espaço propício ao surgimento de um
serviço que não só primasse pela democratização dos fluxos, como também
permitisse que boa parte dessas informações fosse devidamente indexada
(catalogada), ou seja, organizada.
Foi nesse contexto que se observou o advento do Google, sendo que,
guardadas as devidas proporções, tal inovação poderia vir a ser comparado com
um bibliotecário que é contratado pelos curadores de uma grande biblioteca
virtual não apenas com o objetivo de arrumar os livros nas diversas prateleiras,
mas também com a nobre missão de permitir que os leitores (usuários), num
curto espaço de tempo, possam escolher e, na sequência, acessar o livro
(informação) de sua preferência. Essa característica, como iremos observar a
seguir, é o cerne das práticas de search marketing e é de suma importância que
o nosso aluno a compreenda.
Levy (1999. p. 125) prossegue a sua análise e defende que “o crescimento
da comunicação baseada na informática foi iniciado por um movimento de jovens
metropolitanos cultos que veio à tona no final dos anos 80”, e que esses
indivíduos passaram a empregar o espaço virtual não apenas como o local de

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interações, mas também como um ponto de encontro, capaz de suscitar
fenômenos como o de compartilhamento, alicerce da invenção/inteligência
coletiva. Nesse caso, outro mérito do Google se deu pelo fato de este, mesmo
que indiretamente, ter propiciado que pessoas que até então não se conheciam,
mas que possuíam interesses e/ou hábitos em comum, pudessem interagir com
uma facilidade até então nunca antes vista. Esse apontamento nos esclarece,
por exemplo, parte do sucesso das chamadas redes sociais virtuais (RSV), cujos
usos por parte dos profissionais que atuam com marketing digital serão
apresentados posteriormente.
Outro ponto bastante interessante observado por Lévy (1999, 126) é que
“se a internet constitui o grande oceano do novo planeta informacional, é preciso
não esquecer dos muitos rios que a alimentam: redes independentes de
empresas, de associações, de universidades, sem esquecer das mídias
clássicas (bibliotecas, museus, jornais, televisão etc.)”. E é nesse ponto que
observamos mais uma característica bastante interessante do Google, o qual
acaba servindo como se fosse um grande hub, ao permitir uma maior
interconectividade entre informações já dispostas no meio virtual a outras que
ainda se faziam presentes em espaços mais tradicionais (com as mídias físicas).
Com uma vantagem extra, essa interconectividade se dá de forma instantânea,
sendo que durante o processo de navegação o usuário nem sempre tem uma
noção muito clara do local originário daquela informação, embora a tenha em um
breve espaço de tempo. Essa característica é de grande relevância para os
profissionais que atuam com marketing digital, pois, por meio de processos de
otimização, os quais serão detalhados a seguir, pode-se conduzir um usuário a
determinado site, potencializando a sua quantidade de visualizações e, por
conseguinte, seu impacto e a sua pertinência no ambiente virtual.
Por fim, o Google também faria o papel de curadoria, indicando-nos
opções interessantes frente às nossas preferências outrora analisadas por uma
inteligência artificial, pois, a exemplo do que acontece em uma grande livraria
física – a qual conta com um sem número de livros, nem sempre muito bem
organizados –, é mais do que necessária a presença de um funcionário
especializado na escolha dos títulos que teríamos o interesse em ler. Situação
análoga acontece quando nos deparamos com um restaurante que possui uma
enorme carta de vinhos, dotada de uma enormidade de rótulos. Nesse caso,
para que façamos a correta harmonização entre o prato e a bebida, o papel do

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sommelier é imprescindível, pois, diante do amplo espectro de opções, o que os
consumidores, nessas situações, realmente desejam é a presença de alguém ao
seu dispor para os ajudarem diante das várias opções voltadas à sua satisfação.
Somando todos esses aspectos apresentados até aqui, podemos afirmar
que o Google foi uma ideia tão genial que Torres (2009, p. 295) defende que a
empresa criada por dois estudantes do curso de doutorado da Universidade de
Stanford Google “só pode ser definida pela palavra fenômeno”.

Saiba mais

O professor Claudio Torres (2009, p. 295) também nos lembra que o


Google não foi o primeiro mecanismo de busca (pois, antes do seu lançamento
já existiam outros sistemas semelhantes como o Yahoo nos EUA e o Cadê no
Brasil), mas aquele que realmente conseguiu prosperar.

Figura 2 – Google, um fenômeno

Crédito: Ana Lysi S Studio/Shutterstock.

TEMA 2 – BREVE HISTÓRIA DOS MECANISMOS DE BUSCA E A


IMPORTÂNCIA DOS PROCESSOS DE OTIMIZAÇÃO

Para que entendamos a importância do marketing de busca (bem como


das práticas de SEO e de links patrocinados), cabe-nos, primeiramente,
conhecermos um pouco mais acerca da história da própria internet, cuja trajetória
cronologia pode ser dividida, em termos didáticos, em quatro momentos, cujas
características mais relevantes serão descritas a seguir.

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2.1 Web 1.0

Nesse primeiro momento histórico, compreendido entre o final dos anos


1980 e início dos anos 1990, os usuários se deparavam basicamente com um
ambiente virtual estático, no qual a ampla maioria dos sites disponíveis eram de
grandes empresas (ou de outras organizações como as universidades), as quais
enxergavam o meio web como um espaço para a mera apresentação dos seus
negócios e/ou produtos. Nesse contexto (pré-popularização da internet), o
universo virtual era habitado por indivíduos dotados de conhecimentos
tecnológicos mais aprofundados (como programação), e a interatividade era
muito reduzida, sendo que atividades bastante corriqueiras, nos dias de hoje,
como o e-commerce (comércio eletrônico), o e-banking e o e-learning, ou
qualquer outro negócio eletrônico não passavam de sonhos ufanistas existentes
nas mentes de pessoas mais idealistas.
Nesse período, como muitos endereços eletrônicos não primavam por
qualquer preocupação estética ou incremento gráfico (sendo constituídos, em
muitos casos, apenas por textos), a atração exercida em relação ao público mais
leigo (grandes massas) era muito limitada, fazendo com que a necessidade por
mecanismos de busca também fosse bastante reduzida.

Saiba mais

Foi também neste contexto que se deu a consolidação da World Wide


Web – WWW (Rede de Alcance Mundial), “uma rede flexível formada por redes
dentro da internet onde as instituições, empresas, associações e pessoas físicas
criam os próprios sítios (sites), que servem de base para que todos os indivíduos
com acesso possam produzir sua homepage, feita de colagens variadas de
textos e imagens” (Castells, 1999. p. 439). No caso mais específico do marketing
de busca, é pertinente destacarmos que a web foi a primeira tentativa concreta
de organização do conteúdo até então disposto no universo virtual, ao propiciar
o surgimento de agrupamentos de interesses e projetos na rede mundial, sendo,
portanto, um importante passo para a superação da busca caótica e bastante
demorada da internet pré-WWW, constituída pelos diretórios (os quais
armazenavam os endereços virtuais sem a existência de um crivo técnico ou
algum tipo mais refinado de critério).

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2.2 Web 2.0

Essa denominação foi criada em 2004 pela empresa norte-americana


O’Really Media para designar a segunda geração da internet, na qual a
interatividade começou a se fazer presente com mais intensidade (Avis, 2019, p.
36), pois, ao contrário da sua antecessora, o próprio usuário passou a ser,
simultaneamente, o produtor e o selecionador dos conteúdos de seu interesse.
Foi nesse momento que se percebeu, de fato, o potencial comercial/financeiro
da internet, fazendo com que as páginas, até então pouco atraentes (muitas
delas ainda em preto e verde, o que gerava um sentimento de cansaço em boa
parte dos internautas), dessem lugar a espaços bem mais sedutores e dinâmicos
(voltados, por exemplo, à apresentação de produtos). Os grandes ícones dessa
mudança são as redes sociais virtuais, compartilhadores de conteúdo,
mensageiros instantâneos e, claro, os blogs (os quais, pelo menos em sua
origem, se distinguiam dos sites ou aplicativos diante do seu baixo custo de
desenvolvimento, ao mesmo tempo em que o conteúdo surgiria “de baixo para
cima (bottom-up) a partir do relacionamento entre participantes (User Generated
Content ou UGT)” (Spyer, 2009. p. 28). Por fim, é importante lembrarmos que
“as mídias sociais, as redes sociais, os blogs e os sites colaborativos surgiram
por iniciativa e necessidade dos próprios consumidores, que assumiram o
controle da rede após o fracasso das empresas ponto.com na virada do milênio”
(Torres, 2009, p. 352);

Saiba mais

AVIS, M. C. SEO de verdade: se não está no Google, não existe.


Curitiba: InterSaberes, 2019.
Recomenda-se a leitura do Capítulo 2 (“A web 2.0 e o universo Google”).
Neste capítulo, a professora Maria Carolina Avis (2019) nos apresenta as
principais características da chamada Web 2.0, ao mesmo tempo em que
salienta quais foram os motivos que fizeram com que o Google prosperasse com
tanta intensidade nesse contexto.

2.3 Web 3.0

É nesse momento que observamos o advento da web semântica, a qual


promoveu uma verdadeira revolução na forma por meio da qual a internet passou
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a ser utilizada tanto pelos internautas quanto pelas organizações, porquanto os
processos de busca, os quais, até então, eram feitos apenas por key-words,
foram aprimorados – permitindo que buscas mais complexas, nas quais o
significado das expressões também ganhasse espaço. No caso da web
semântica, “o usuário poderia fazer perguntas em sua ferramenta de busca, e
esta seria capaz de ajudá-lo de forma mais eficiente, entendendo sua real
necessidade, pela análise semântica da pergunta e de seu contexto” (Torres,
2009, p. 351).

Saiba mais

A web semântica (ao contrário da sua antecessora, a web sintática, que


trabalhava apenas baseada em palavras-chave) é um movimento “colaborativo
para organizar a informação de maneira legível para computadores e máquinas”
(Torres, 2009, p. 351). As buscas, a partir do surgimento da Web 3.0, tornam-se
por assim dizer mais inteligentes e precisas.

Desse momento histórico em diante, os processos de busca ganharam


uma maior complexidade e agilidade, ao mesmo tempo em que o meio web
passou a ser visto como um espaço propicio à promoção do comércio eletrônico,
bem como de outras modalidades de transações econômico-financeiras. É
justamente por esse motivo que, na Web 3.0, observamos o advento dos
negócios eletrônicos, bem como do próprio e-commerce, nos endereços
eletrônicos desenvolvidos pelas organizações, os quais passaram a ser
localizados por usuários que digitassem, por exemplo: “quero comprar um forno
micro-ondas” nos buscadores. Também foi nesse contexto que plataformas
como o Altavista (surgido em 1995), o Yahoo! (1995), o próprio Google (1998)
e, no caso do Brasil, o Cadê? (empresa nacional surgida em setembro de 1995
e, posteriormente, comprada pelo Yahoo! Brasil sendo renomeada de Yahoo!
Search), criadas orginalmente no contexto da Web 2.0, ganharam maior
relevância. Também foi nesse período, mais especificamente em 2000, que o
Google Adwords (o qual, posteriormente passou a ser chamado simplesmente
de Google Ads), como plataforma de mídia paga, foi lançado, cujo “serviço dá
suporte aos links patrocinados” (Torres, 2009, p. 296);

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2.4 Web 4.0

Trata-se do atual momento da internet, no qual tecnologias como o Big


Data e a IA (Inteligência Artificial) ganham cada vez mais relevância. É nessa
conjuntura que o Google, enquanto ferramenta de busca, passou a ganhar
destaque, não porque seja a única, muito menos a melhor, mas sim porque, por
ser dotado de uma cobertura incomparável, tornando o seu uso imprescindível
em boa parte das estratégias postas em prática no meio web (seja por meio das
buscas orgânicas, seja via o emprego dos links patrocinados), até mesmo
porque, desse momento em diante, as empresas começaram a entender que as
buscas feitas pelos usuários não eram genéricas e que existiam técnicas que
poderiam aprimorar a busca de um site. Para que possamos ter uma noção,
mesmo que parcial do poder de fogo do Google, salientamos que, segundo
dados apresentados pela StatCounter (2020) e dispostos a seguir, o Google
domina 91,89 % das buscas em todas as plataformas; 86,02 % das buscas em
desktops e 95,62 % das buscas em dispositivos móveis, fazendo com que reine
praticamente absoluto nesse mercado:

Figura 3 – Comparação das ferramentas de busca na internet

Saiba mais

Você sabia que o Brasil foi um dos pioneiros a se associar à WWW?


Quando pensamos nos primórdios da internet no Brasil, salientamos que
o nosso debut no meio virtual se deu em 1987, quando pesquisadores da
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Universidade de São Paulo (USP), em conjunto com representantes do governo
e funcionários da Embratel, passaram a discutir a viabilidade de se estruturar
uma rede voltada a fins acadêmicos e que pudesse fomentar a pesquisa no
Brasil. De acordo com Moura (2004. p. 22), a partir do ano de 1989, nosso país
se tornou o terceiro ponto de acesso à rede mundial logo, quando a UFRJ
(Universidade Federal do Rio de Janeiro) “liga-se à Bitnet, auxiliada pela
Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA)”. Até este momento
histórico, quem não estava inserido no desenvolvimento dessa pesquisa tratava
tal inovação tecnológica apenas como um sistema que permitirá a troca de e-
mail e/ou outras mensagens de forma eletrônica.

TEMA 3 – IMPORTÂNCIA DAS ESTRATÉGIAS DE SEO NAS PRÁTICAS DE


MARKETING DIGITAL

Hoje, como relatamos na Contextualização, um dos maiores desafios dos


profissionais que atuam com estratégias digitais está em possibilitar que o site
que está sob a sua responsabilidade ganhe uma posição de destaque nos
diversos mecanismos de busca, disponíveis no meio web, perante os seus
principais e/ou potenciais concorrentes.
Com base nessa constatação, frisamos que tanto as práticas de
otimização das buscas (SEO) quanto as de links patrocinados (pagos) consistem
no conjunto de estratégias destinadas a potencializar e a melhorar o
posicionamento de um dado endereço eletrônico nas chamadas SERPs (Search
Engine Result Pages), as quais nada mais são do que as páginas de resultados
dos diversos buscadores existentes na web, como o Google, o Yahoo! e o Bing,
fazendo com que sejam catalogados prioritariamente os endereços de certas
organizações (produtos e/ou marcas), sem que, para tanto, no caso mais
específico das do SEO, aconteça algum aporte financeiro para os buscadores.

Saiba mais

Ao contrário do que observamos nas práticas de SEO, as políticas de links


patrocinados (pagos) pautam-se por processos de monetização, os quais se
baseiam no sistema de pagamento por clique (pay-per-click service).

Esse processo é cada vez mais necessário, pois os endereços bem


ranqueados tendem a receber uma quantidade maior de internautas e, por
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conseguinte, de potenciais clientes, o que maximiza as chances de que novos
negócios venham a ser concretizados e/ou que os índices de fidelidade (e/ou
lealdade) já existentes se fortaleçam ainda mais.
Como essas estratégias demandam um conhecimento técnico bastante
aprimorado, o ideal é que elas sejam deixadas a cargo de colaboradores
capacitados para tanto (e que possuam uma maior experiência na estruturação
e subsequente implementação de estratégias digitais), ou ainda que seja
contratada uma consultoria externa capaz de dar conta de tal incumbência.
Frisamos isso porque o mais comum no atual cenário é que pequenos
empresários – que ainda não estão plenamente familiarizados com essas
ferramentas tecnológicas – apresentem, pelo menos no início, algumas
dificuldades na sua operacionalização, até mesmo porque palavras-chave que,
num primeiro momento, possam parecer bem próximas (como brinquedos e
diversão infantil) podem redundar em resultados bem diferentes.
Quando desejamos salientar as principais razões que fazem com que as
práticas de SEO ganhem uma importância crescente nas estratégias de
marketing digital, também é importante que estruturemos nossa leitura por meio
de definições oriundas de autores/pesquisadores que se debruçam em torno de
tais temáticas. Diante desse intento, salientamos que autores como a professora
Avis (2019, p. 110) defendem que o SEO: “refere-se à otimização dos conteúdos
de um site com o objetivo de cumprir com mais de 200 fatores analisados pelo
Google para ordenar os resultados que aparecem para um usuário quando ele
faz uma busca”. Esse processo contribui para um incremento na quantidade de
acessos, o que pode, pelo menos em tese, favorecer a promoção de novos
negócios.
Já para os professores Ferreira Junior e Azevedo (2015, p. 209), o SEO
“é o campo de estudo das técnicas de otimização dos mecanismos de busca,
sendo que o foco é entender quais são os fatores que mais impactam no
posicionamento de determinada palavra-chave dentro de canais como o Google
e adotar técnicas que facilitem a busca pelas primeiras colocações”. Shenoy e
Prabhu (2016) ainda defendem que as práticas de Search Engine Optimization
(SEO) consistem em uma metodologia empregada com intuito de se
potencializar o tráfego de um determinado site, permitindo que ganhe uma maior
visibilidade nos resultados dispostos nos mecanismos de buscas, com o

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emprego de técnicas orgânicas e que não envolvam qualquer tipo de
investimento financeiro.
Também é importante enfatizarmos, como é mencionado por Silva et al.
(2017, p. 636-637), que as práticas de SEO sempre devem estar baseadas em
posturas legítimas (éticas), especialmente porque atitudes antiéticas podem
redundar em punições por parte dos mecanismos de busca, os quais vêm
desenvolvendo mecanismos cada vez mais aperfeiçoados para combater as
práticas maliciosas e/ou fraudulentas (tal como ficará mais claro em nosso quarto
tema). Dessa forma, “também pode-se dizer que SEO é a arte ou a ciência de
afetar a visibilidade dos sites nos resultados de pesquisa, desprezando a
utilização de formas manipuladoras que visam burlar os mecanismos de
busca, respeitando todas as diretrizes pré-definidas pelos buscadores” (Silva et
al., 2017, p. 637, grifo nosso).
Avis (2019, p. 111) prossegue seu raciocínio ao afirmar que as estratégias
de SEO, que se destinam a alavancar organicamente endereços eletrônicos
fazendo com que estes fiquem mais perto do topo das páginas de resultados –
que são as grandes vitrines do universo virtual –, podem resultar em uma maior
visibilidade, bem como um tráfego mais intenso. Além disso, quesitos que podem
potencializar os futuros lucros se mostram cada vez mais relevantes, pois
diversos estudos demonstram que os usuários tendem a clicar nas primeiras
opções que aparecem. Dessa forma, obter a primazia nos resultados é algo
almejado por todos os empreendimentos na contemporaneidade.
Mas, para que tal intento seja atingido, é necessário que sejam
observados certos requisitos técnicos, visto que os critérios que fazem com que
um determinado endereço passe a desfrutar de uma condição mais favorável
são variados, sendo que, destes, podemos destacar: tanto o conteúdo (em
especial a redação, ou seja, pelo emprego das palavras ao longo do texto) como
também a forma por meio da qual uma página acaba sendo codificada. Mesmo
assim, frisamos que o campo de atuação das estratégias de SEO está
relacionado, prioritariamente, “à credibilidade e à relevância de uma página ou
um site” (Ferreira Junior; Azevedo, 2015, p. 209).
Ou seja, um dos critérios de maior relevância para o Google, por exemplo,
são os atinentes à reputação do site, fazendo com que um fator que pesa
sobremaneira para que seja alcançado um resultado mais expressivo seja a
conectividade, pois, na prática, “o gigante das buscas avalia toda a conexão de

17
links existente entre as diferentes páginas na internet” (Ferreira Junior; Azevedo,
2015, p. 210). Assim, e a exemplo do que também é promovido pelo Yahoo!, um
site será considerado mais ou menos relevante conforme o conteúdo nele
disposto, em relação ao que é falado ou com quem está se falando, constatação
esta que reforça ainda mais a necessidade das estratégias de SEO serem
pensadas com bastante esmero e dedicação.
Além do mais, como reforçamos anteriormente, as estratégias de SEO
jamais devem ser encaradas com um mero dispêndio de recursos, como mais
um custo inerente a uma estratégia digital, mas sim como um investimento
bastante lucrativo e capaz de auferir resultados bastante robustos, diante dos
seus impactos de médio e longo prazos. Reforçamos esse apontamento porque
muitos profissionais mais afoitos e dotados de menor experiência no mercado
digital, em muitos casos, se veem frustrados diante dos resultados que surgem
nas primeiras semanas da implementação de uma estratégia de SEO,
sentimento este que deve ser combatido, até mesmo porque, ao se empregar
uma prática pautada em ações orgânicas, os benefícios, além de mais
consistentes, tendem a ser muito mais perenes.
Por fim, outro ponto bastante relevante e que nem sempre recebe a devida
atenção por parte dos gestores refere-se à necessidade dos profissionais que
atuam com estratégias digitais estarem cientes de que as práticas de SEO e links
patrocinados devem sempre agir de forma sinérgica e integrada, pois, enquanto
as primeiras tendem a promover um rápido incremento na quantidade de
visualizações, esse processo não necessariamente promoverá a subsequente
conversão desse tipo de público, até mesmo porque o tráfego é originário das
buscas orgânicas.

TEMA 4 – O QUE SÃO AS PRÁTICAS DE BLACK HAT E GREY HAT E POR QUE
ELAS DEVEM SER EVITADAS PELAS ORGANIZAÇÕES?

Quando desenvolvemos um portal, um site, um blog, um canal no


YouTube e/ou outra modalidade de plataforma geradora de conteúdo, a
tendência é que queiramos que ela atinja na menor quantidade de tempo
possível uma base considerável de leitores/usuários, visto que, o quão maior for
o tráfego observado em um espaço virtual, mais intenso será o seu sucesso (o
que, no caso das organizações, pode representar uma lucratividade mais
expressiva). Infelizmente, ainda observamos na prática que muitas pessoas,
18
sejam físicas e/ou jurídicas, se valem de práticas condenáveis com o objetivo de
que seus empreendimentos virtuais ganhem uma maior representatividade.
Portanto, o mais aconselhável, posição esta que encontra respaldo em Neil Patel
(2019) e Camargo (2019), é que os profissionais primem por ações de White Hat,
as quais atendam a todos os requisitos de ética e de transparência.

Saiba mais

Caso você tenha se interessado pelas práticas de Black Hat, White Hat e
Grey Hat, recomendamos as seguintes leituras:
1. CAMARGO, G. O que é Black Hat e como essa estratégia pode
prejudicar seu site? Rock Content, 11 jun. 2019. Disponível em:
<https://rockcontent.com/br/blog/black-hat/>. Acesso em: 4 fev. 2021.
Nesse material, conheceremos mais detalhes em torno das práticas de
Black Hat e porque estas devem ser evitadas pelas organizações.

2. PATEL, N. Black Hat SEO: Saiba a diferença entre Black, Grey e White
Hat SEO. Neil Patel, S.d. Disponível em: <https://neilpatel.com/br/blog/black-
hat-seo-desvendado-7-taticas-absurdas-que-geraram-grandes-resultados/>.
Acesso em: 4 fev. 2021.
Neste material, teremos uma noção mais clara entre as diferenças
existentes entre as práticas de Black Hat, Grey Hat e White Hat, sendo que estas
últimas, muito embora não sejam as que necessariamente apresentem os
resultados mais expressivos no curto prazo, são justamente as que sempre
devem ser empregadas pelas organizações (diante dos benefícios de médio e
longo prazos).

Segundo Gabriel Camargo (2019), as práticas de Black Hat consistem,


em sua essência, em táticas que procuram burlar (enganar) os mecanismos
adotados pelo Google em prol de um melhor ranqueamento. Nas palavras de
Camargo (2019), “o Black Hat SEO é um conjunto de estratégias de otimização
de páginas com o objetivo de conquistar melhores posições nos motores de
busca de uma forma rápida, mas eticamente questionável. Práticas como
cloacking, keyword stuffing e spam em comentários são as principais formas de
fazer Black Hat”. Em outras palavras, são ações maliciosas feitas de forma
deliberada e com a finalidade de fraudar os processos baseados no algoritmo do
Google.

19
Já as táticas de Grey Hat (Chapéu Cinza) seriam aquelas que, ao
contrário das anteriores, se pautam em estratégias maliciosas menos explícitas,
seja pelo fato de promoverem uma melhor maquiagem (disfarce) destas, seja
por as adotarem por um período mais curto de tempo, o que, pelo menos em
tese, reduziria a chance de serem flagradas e, na sequência, punidas pelo
Google. Lembramos que tanto as ações de Black Hat quanto as de Grey Hat,
além de ética e moralmente condenáveis, sempre devem ser evitadas pelas
organizações (bem como pelos profissionais que atuam com marketing digital),
pois os prejuízos advindos dessas ações, na ampla maioria dos casos, superam
os benefícios, ainda mais no atual contexto no qual os programadores do
Google, a cada dia passa, estão promovendo aprimoramentos ininterruptos nos
seus mecanismos (justamente com o objetivo de coibir tais ações inescrupulosas
feitas por gestores que desejam se beneficiar injustamente dos processos de
ranqueamento).

Figura 4 – O Blackhat SEO

Crédito: Maximilian Laschon/Shutterstock.

Saiba mais

Você sabe o que é um HeatMap?


Após termos comentado sobre os benefícios relativos às práticas de SEO,
vamos explicar quais foram os motivos que fizeram com que o Google alterasse
a disposição dos endereços eletrônicos em suas páginas.

Figura 5 – HeatMap

20
No passado, o Google exibia os resultados originário da busca orgânica
(SEO) no lado esquerdo da tela e os originários dos links patrocinados – Google
Ads (originalmente denominados de Google Adwords) no lado direito da tela. No
entanto, a exemplo do que podemos perceber na Figura 5 – que é um Heatmap
(ou mapa de calor) e que denota a quantidade de cliques nos mais diversos
locais de um mesmo endereço eletrônico –, os cliques/interações concentram-
se no canto superior esquerdo. Após essa constatação, os links patrocinados
passaram a ser exibidos prioritariamente nesse local (a noroeste do usuário), até
mesmo como forma de incentivar que uma maior quantidade de pessoas (físicas
ou jurídicas) optem pelos links patrocinados.
Os links patrocinados a exemplo do que aprendemos nas aulas
anteriores, são uma forma bastante interessante de se ampliarem as
visualizações de um dado site. No entanto, é sempre importante frisarmos que
essa prática, na maior parte dos casos, sempre deve vir acompanhada por
estratégias de SEO, sob pena de o valor do investimento final ficar por demais
elevado. Outra dificuldade que deve sempre ser relatada refere-se à duração
dessa posição, a qual somente se mantém enquanto a campanha estiver no ar.
Ou seja, o ideal é que as práticas de Adwords sejam pensadas apenas como
instrumentos capazes de alavancar um site, visto que a sua manutenção dos
primeiros rankings depende muito mais das políticas de otimização orgânica
(SEO)

21
TEMA 5 – WEB MINING E WEB ANALYTICS

Após termos aprimorado a nossa leitura acerca da importância do Google,


bem como da relevância das práticas de search marketing, promoveremos,
neste momento final da nossa aula, uma breve análise acerca das práticas de
Web mining e Web analytics, cada dia mais necessárias para os profissionais
que atuam com marketing digital.
Torres (2009, p. 38), ao se referir aos usos estratégicos das informações
disponíveis no meio web, nos brinda com uma frase muito brilhante, pertinente
e que merece destaque: “a internet é uma rede de pessoas, não de
computadores. Portanto, o consumidor está inserido em um ambiente, um
habitat, o qual deve ser entendido para poder ser corretamente trabalhado”.
Frente a essa constatação, nosso primeiro desafio consiste em nos darmos
conta de que, devido à “grande quantidade de informações disponíveis na
internet, a web se tornou um campo fértil para a pesquisa de mineração de
dados” (Torres, 2009, p. 41), trabalho que, mesmo sendo operacionalizado pelas
máquinas, deve ser conduzido em termos estratégicos pelos colaboradores.
Quando nos referimos à expressão mineração de dados, é muito
importante frisarmos que ela se insere em um conceito mais vasto intitulado Web
Mining, o qual consiste no emprego técnico de práticas de data mining para se
encontrar e, na sequência, se extraírem automaticamente informações
relevantes vinculadas a documentos e demais materiais virtuais existentes no
meio web (Kosala; Blockeel, 2000). Kosala e Blockeel (2000), indo mais a fundo
nessa temática, defendem que, ao contrário do que é geralmente apregoado pelo
senso comum, o Web mining seria um processo mais amplo e interdisciplinar, o
qual não se restringiria à mera mineração de dados, ao passo que englobaria
outros processos igualmente relevantes vinculados, por exemplo, ao emprego
da Inteligência Artificial (IA) e que dependem não só de equipamentos poderosos
e tecnologicamente avançados, mas também de um corpo técnico dotado das
expertises necessárias – pois os colaboradores, na gestão estratégica do
conhecimento, como é muito bem lembrado por Senge (2004, p. 13), não podem
ser caracterizados como mero insumo para a consecução do resultado final
almejado.
Senge (2004) exemplifica que, por mais que as máquinas, em decorrência
da própria evolução tecnológica, se encarreguem de fazer o trabalho mais braçal,

22
são os colaboradores que, durante o processo de mineração das informações,
são os entes responsáveis por criar ferramentas capazes de, por exemplo, se
constituírem numa espécie de malha fina virtual (a qual retire todas as opções que,
mesmo tendo um certo grau de similitude, não se encaixem dentro de padrão
solicitado).
Também devemos ressaltar que o processo de coleta e subsequente
emprego das informações dispostas no meio virtual se destinam a alavancar o
processo de inovação (essencial para que um empreendimento seja dotado de
diferenciais competitivos únicos e marcantes), tanto que para Liu (2007), o Web
mining visa a garimpar informações úteis, com base em conteúdos dispostos em
endereços eletrônicos, como forma de que sirvam como catalisadoras dos usos
e/ou das transformações que uma organização realmente almeja. Nas palavras
de Cooley et al. (1997, p. 19), o Web mining pode ser caracterizado como sendo:

uma área de pesquisa que visa integrar as tecnologias Web e a


Mineração de Dados, focalizando o desenvolvimento de novas
ferramentas e métodos para análise e descoberta de conhecimento de
dados na Web. Ela pode ser definida como a descoberta e análise de
informações úteis, novas e interessantes da Web, onde, a partir das
informações descobertas, seja possível demonstrar características,
comportamentos, tendências e padrões de navegação do usuário na
Web.

Tais informações, uma vez se revelando realmente úteis, serão


posteriormente empregadas pelos demais profissionais que fazem parte do corpo
de funcionários de uma organização em prol dos intentos outrora dispostos no
planejamento estratégico, garantindo-se, dessa forma, a vantagem competitiva
necessária para o seu respectivo sucesso.

Saiba mais

1. Após os conhecimentos absorvidos com a leitura desta nossa aula, é


muito importante que você tente colocar em prática uma boa parte dos
conhecimentos apreendidos até aqui. Para tanto, indicamos que você leia o
seguinte material:
MOUSINHO, A. O que é SEO (Search Engine Optimization): o guia
completo para você conquistar o topo do Google. Rock Content, 16 abr. 2020.
Disponível em: <https://rockcontent.com/br/blog/o-que-e-seo/>. Acesso em: 3
fev. 2021.

23
Neste material on-line, André Mousinho (2020) nos apresenta de forma
bastante clara e didática as formas através das quais as práticas de SEO podem
ser inseridas nas estratégias de Marketing Digital postas em práticas pelos
profissionais que atuam com Estratégias Digitais.

2. Acesse o link a seguir e assista ao vídeo:


ENTENDA o PageRank. Mychel de Souza Mendes, 19 maio 2011.
Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=Nayx_4y4l5E&feature=emb_logo>. Acesso
em: 4 fev. 2021.
Nesse vídeo, teremos uma compreensão um pouco mais aprimorada
acerca da forma pela qual as diversas páginas são ranqueadas pelos Google.

3. O QUE É o PageRank e como ele funciona. Rafael Rez, 27 dez. 2013.


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=U5vTp6vzRGM>. Acesso
em: 4 fev. 2021.
Nesse vídeo, o professor Rafael Rez Oliveira explica para que serve o
Page Rank, que é o algoritmo originalmente criado pelos criadores do Google,
Lary Page e Sergey Brin. O Page Rank, como ficará mais claro no vídeo, é
constituído pela quantidade de links que um site recebe, bem como do grau de
importância de cada um destes. Contudo, e esse é um ponto que o nosso aluno
deve dedicar uma atenção muito grande, o ranqueamento do Google leva em
consideração muito mais o conteúdo apresentado (relevância de conteúdo).

TROCANDO IDEIAS

Como muito bem nos lembram Luz e Sorima Neto (2006), “o Google se
tornou um fenômeno no mundo dos negócios e entre internautas graças a seu
sistema de buscas na web”. No entanto, é muito importante reforçarmos que
esse patamar de excelência somente foi alcançado em decorrência de “uma
outra busca, bem mais complexa: a busca pelo talento, principal desafio de todas
as empresas do planeta”, a qual se fez presente desde o início da empresa.
Situação análoga se dá com relação à compreensão das principais aspirações e
desejos dos usuários, fazendo com que Google esteja sempre se reinventando,
tendo-se em vista o encantamento dos seus diversos targets. De posse dessas
informações e das pesquisas apresentadas pela StatCounter (2020), que
apontam que entre 70 a 80% dos usuários de buscadores (dependendo do

24
gênero, grau de escolaridade e renda) dão prioridade aos resultados orgânicos
ao invés dos pagos, debata com seus colegas sobre

a. A importância das organizações, em especial as de tecnologias contarem


com um backoffice bastante qualificado (constituído por colaboradores
motivados e engajados), bem como um modelo e gestão que prime
sempre pela satisfação do usuário;
b. A necessidade de as empresas contarem com profissionais que sejam
hábeis no desenvolvimento de práticas de SEO, justamente pelo fato de
esta modalidade ser a preferida pelos usuários.

NA PRÁTICA

Após os conhecimentos absorvidos com a leitura desta aula, é muito


importante que você tente colocar em prática uma boa parte dos conhecimentos
apreendidos até aqui. Para tanto, indicamos que você o seguinte material:

1. JARVIS, J. O que a Google faria? – Como atender às novas exigências


do mercado. Barueri: Manole, 2010.
Neste livro, conheceremos mais detalhes em torno da ascensão do
Google à categoria de maior e mais famoso buscador de conteúdos, bem como
a forma pela qual outras organizações podem se inspirar nos acertos postos em
prática por Larry Page e Sergey Brin.

2. Na sequência, acesse o link a seguir e assista ao seguinte vídeo:


O QUE o Google faria? João Francisco, 3 abr. 2017. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=DxzWFn8Iq2g>. Acesso em: 4 fev. 2021.
Este é um vídeo baseado no livro homônimo e que procura apresentar o
mind setting de Larry Page (um dos fundadores do Google), bem como a visão
empresarial que impulsionou boa parte do sucesso da empresa de Mountain
View.
Por meio das informações apresentadas nesses dois materiais, discuta
com seus colegas e, na sequência, apresente as principais razões que se
mostraram determinantes para o sucesso do Google, como mecanismo de busca
mais famoso e poderoso da atualidade.

25
FINALIZANDO

Ao longo desta aula, pudemos conhecer um pouco mais sobre a


importância e os usos das ferramentas Search Engine Marketing, as quais vêm
se mostrando cada vez mais relevantes nas estratégias digitais. Tal como
abordamos no início de nossa aula, muito do estrondoso sucesso do Google se
deve à genialidade dos seus dois fundadores, Sergey Brin e Larry Page, os
quais, desde o início dessa empreitada, se deram conta de que a internet havia,
a partir dos anos 1990, se tornado um espaço cada vez mais abarrotado por
informações oriundas das contribuições dos mais diversos atores e que, ao
contrário do que se observava em seu início, o meio virtual passou a ser
frequentado com intensidade crescente por um público cada vez mais leigo em
termos tecnológicos, e que precisava encontrar e acessar aquilo que desejava,
em um curto espaço de tempo (ao mesmo tempo em que não dispunha, na
ampla maioria dos casos, de qualquer formação na área de Tecnologia da
Informação – TI).
Ou seja, cientes das demandas dos usuários, Brin e Page desenvolveram
não apenas uma empresa, mas um negócio (um empreendimento) capaz de
atender às demandas e aos demais anseios dos usuários da internet, seja no
campo acadêmico, seja inclusive no campo do entretenimento. Para que
tenhamos uma noção um pouco mais clara da capilaridade da empresa de
tecnologia fundada pelos dois estudantes egressos do curso de doutorado da
Universidade de Stanford, basta lembrarmos que, segundo uma reportagem
veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo, no ano de 2019, o Google, hoje em dia,
vem expandindo os seus negócios no campo do entretenimento, vindo a
ameaçar a posição mais do que consolidada da Disney Company, líder nesse
segmento.
No momento seguinte, nos debruçamos sobre as práticas de SEM e seus
respectivos desdobramentos nas estratégias digitais. Dentro dessa temática, é
muito importante que os nossos alunos tenham consciência de que, o advento
da Revolução 4.0 (Digital) trouxe consigo o advento de um novo tipo de receptor,
ultraconectado e dotado de níveis crescentes de expectativa e de exigência, e
que, por conseguinte, demanda soluções cada vez mais personalizadas e que
precisam se concretizar em um tempo cada vez mais exíguo (McKinsey, 2019,
p. 28). Tais intentos podem ser, mesmo que parcialmente, solvidos por meio de

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ações de SEO e de links patrocinados, os quais, além de fornecerem
informações num ritmo bem mais célere, são capazes de potencializar os
resultados e empreendimentos virtuais.
Por fim, também reforçamos que as estratégias de SEO sejam tratadas
da forma mais profissional possível, evitando-se a adoção de posturas amadoras
e/ou antiéticas, as quais podem resultar em prejuízos futuros. Portanto, a
presença de uma equipe constituída por profissionais experientes e dotados das
qualificações e especificações técnicas necessárias permitirá que as
organizações não adotem estratégias denominadas de Black Hat SEO ou Gray
Hat SEO, as quais são passíveis de punição por parte do Google.

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REFERÊNCIAS

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