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BELÉM/PA
2023
EDUARDO CORRÊA BATISTA
BELÉM/PA
2023
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Bibliotecas da Universidade Federal Rural da Amazônia
Gerada automaticamente mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
CDD 636.7
EDUARDO CORRÊA BATISTA
Banca Examinadora:
BELÉM/PA
2023
RESUMO
A cada ano, a quantidade de animais de estimação aumenta no Brasil e no mundo, resultando
em um fortalecimento do setor pet, com maior geração de empregos e renda para a sociedade,
com a fabricação de novos produtos e serviços para atender este mercado. Dessa forma, foi
realizada uma revisão de literatura sobre o mercado pet no Brasil para verificar a estabilidade
do mercado ao longo dos anos, bem como destacar a exigência dos consumidores, e entender
como acontece a relação entre os donos e seus pets. A pesquisa foi realizada utilizando
plataforma as eletrônicas como Google Scholar, Scielo, PubMed, portal de periódicos
CAPES. Foi observado, com os dados levantados neste trabalho, que o mercado pet é uma
área extremamente lucrativa, já que o animal de estimação é visto como alguém da família,
com muito afeto e carinho, e, por este motivo, os consumidores não se importam em pagar
mais pela prestação de serviços deste setor.
Palavras-chave: Animais. Bem-estar. Serviços. Exigência. Consumidores.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - População de animais no Brasil 13
Figura 2 - Faturamento dos segmentos pet no Brasil 14
Figura 3 - Faturamento mundial em 2021 15
Figura 4 - Exportaçõs brasileiras 16
Figura 5 - Importações brasileiras 16
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 9
2. OBJETIVOS 10
2.1. Objetivo Geral 10
2.2. Objetivos Específicos 10
3. METODOLOGIA 10
4. REVISÃO DE LITERATURA 11
4.1. O Mercado Pet 11
4.2. Dados Gerais do Mercado Pet 12
4.3. Consumo no Mercado Pet 17
4.4. Ramos Específicos no Mercado Pet 19
4.5. Relação entre os Donos e seus Animais de Estimação 22
4.6. Animais de Estimação durante a Pandemia 24
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 25
6. REFERÊNCIAS 26
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1. INTRODUÇÃO
Em 2021, a população de animais de estimação, no Brasil, alcançou a marca de 149,6
milhões, sendo 58,1 milhões de cães, 41 milhões de aves canoras e ornamentais, 27,1 milhões
de gatos, 20,8 milhões de peixes ornamentais e 2,53 milhões compõem o grupo de répteis e
pequenos mamíferos (ABINPET, 2021).
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de
Estimação - ABINPET, o faturamento da indústria pet no ano de 2021 atingiu um total de R$
35,8 bilhões. Desse total, 79% representaram o Pet Food (alimentação para os animais), 14%
corresponderam ao Pet Vet (serviços veterinários) e 7% disseram respeito ao Pet Care
(cuidados com os animais).
No ano de 2021, o faturamento mundial do mercado pet foi de US$ 139,2 bilhões,
com crescimento de 5,4% comparado ao ano anterior. Os Estados Unidos aparecem em
primeiro lugar com 44,8% desse faturamento, em segundo lugar está a China com 9% e em
terceiro lugar está o Reino Unido com 4,6%. O Brasil se posiciona entre os 10 países que
mais faturaram no mercado de pets, ocupando a sexta colocação, com 4,5% do provento
(ABINPET, 2021).
O mercado pet cresce cada vez mais, com o passar dos anos, pelo fato da grande
maioria da população possuir ao menos um animal de estimação. Em muitas dessas famílias,
o pet é tratado como membro da família e isso resulta em custos elevados; devido à
humanização dos animais, há maior preocupação dos donos com a qualidade de vida e
bem-estar dos seus pets (DALMAS, 2019).
Com a melhoria do poder aquisitivo de parte da sociedade, escolhas em relação a
produtos e serviços passaram a ser realizadas de maneira mais exigente. Com isso, as
empresas precisam estar constantemente atualizadas, seguir as tendências e novidades do
mercado e oferecer melhor atendimento aos seus clientes (GRAF, 2016).
A indústria pet é um nicho de mercado promissor e está em processo de expansão,
onde novos investidores têm surgido, consequentemente aumentando a concorrência. Por isso,
é importante conhecer o perfil do consumidor, identificar seus desejos e necessidades para
criar estratégias com o intuito de atrair esse público-alvo e desenvolver um negócio de
sucesso (ELIZEIRE, 2013).
No presente trabalho foi realizada uma revisão de literatura, com a finalidade de
levantar dados acerca do mercado pet no Brasil.
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2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Realizar revisão de literatura sobre o mercado pet no Brasil.
3. METODOLOGIA
Foi realizada uma revisão de literatura sobre o mercado pet, utilizando plataformas
eletrônicas como Google Scholar, Scielo, PubMed, portal de periódicos CAPES. Foram
pesquisados artigos em português e em inglês, para contemplar a pesquisa.
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4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1. O Mercado Pet
O termo pet é uma expressão inglesa que significa animal. Esta expressão é usada
extensivamente nas áreas de vendas, marketing e mídia. Para Marichalar (2006), mercado pet
é um setor que inclui produtos e serviços dedicados aos animais de estimação.
As principais espécies desta categoria incluem cães, gatos, aves canoras e
ornamentais, pequenos roedores, peixes, cobras e répteis, entre outros. Uma característica
dessa relação é a responsabilidade do proprietário pela criação desses animais e o contato
entre eles (ELIZIERE, 2013).
O mercado econômico no país está em expansão, entre os ramos com alto crescimento
está o Pet Shop, que é destinado aos animais. Os clientes procuram novos produtos e serviços
disponíveis no mercado, mas os empresários são obrigados a acompanhar essas tendências
neste mercado tão competitivo. Nesse cenário, o setor de serviços se desenvolve e surgem
novos produtos que são modernos e trazem conforto aos pets e satisfação aos seus donos. O
que move esse mercado é a relação entre humanos e animais (GRAF, 2016).
Atualmente, é comum encontrar pessoas de diferentes classes sociais, faixas etárias e
profissões que possuem um animal de estimação em suas casas. Devido ao aumento do
número de animais de estimação no Brasil, o mercado pet tornou-se uma promissora
oportunidade de negócio para um pequeno empreendedor brasileiro, e o mercado nacional de
produtos e serviços desse setor segue a tendência mundial (DALMAS, 2019).
Os proprietários de pet shops reconhecem que podem arriscar grandes investimentos
em serviços e produtos direcionados a seus clientes para garantir o bem-estar, longevidade e
qualidade de seus animais de estimação (GRAF, 2016).
De acordo com a pesquisa sobre o mercado de pet shops de Meuer (2008), esse
mercado está crescendo de forma muito expressiva, isso se deve a vários motivos, sendo o
principal deles que os donos dos pets não estão dando banho ou fazendo as devidas limpezas,
banhos, tosa, em suas casas. Os donos destes animais decidem levá-los a locais especializados
neste tipo de serviço, onde recolhem o animal apenas após a finalização do serviço. Os
serviços de banho e tosa são chamados de serviços essenciais que são fornecidos por todos os
pet shops, pois são usados diariamente.
O mercado pet chama atenção à questão do aumento do seu consumo. De furôs a
salões de beleza para animais de estimação, acessórios, brinquedos educativos importados e
roupas hipoalergênicas são fornecidos neste mercado. As empresas oferecem aos clientes
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20,8 milhões (crescimento de 4,5%), os animais de outras espécies alcançaram 2,53 milhões
(aumento de 1%). No geral, a população de animais teve um aumento de 3,6% comparado ao
ano anterior.
O faturamento do mercado pet no ano de 2021 foi de R$ 35,8 bilhões, onde se destaca
o segmento pet food com 79% de participação deste valor, em seguida estão o pet vet com
14% e pet care com 7%. É notório a consolidação deste mercado no Brasil com o passar dos
anos, por isso, o investimento no universo dos animais de estimação tem se mostrado
vantajoso.
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No ano de 2021, o faturamento mundial do mercado pet foi de US$ 139,2 bilhões,
com crescimento de 5,4% comparado ao ano anterior. Os Estados Unidos surgem em primeiro
lugar com 44,8% desse faturamento, a China se mantém em segundo lugar com 9% e em
terceiro lugar está a Alemanha e o Reino Unido com 4,6%. O Brasil ocupa a sexta colocação
com 4,5%, em seguida está o Japão também com 4,5%, o próximo país é a França com 4,2%,
seguido de Canadá com 3,3%, Itália com 2,9% e Austrália com 2,6%, fechando os 10 países
com os maiores faturamentos do mundo (ABINPET, 2021).
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pode-se afirmar que a necessidade de satisfazer as exigências dos donos dos pets é parte
integrante das ações de consumo.
A questão do aumento da renda dos brasileiros é um aspecto considerado relevante no
perfil do consumidor, pois tem forte poder de influência no setor pet, o que tem levado a um
aumento no número de novos consumidores no setor, consequentemente, o crescimento e
demanda do setor. Com essa mudança na economia surge um mercado consumidor cada vez
mais forte e complexo. A classe C teve o maior crescimento, portanto as empresas estão aptas
a atender as necessidades desse público-alvo (VENTURA, 2010).
O vínculo afetivo que está presente entre humanos e animais de estimação é muito
destacado, assim como o aspecto social que ele desempenha. Por esse motivo, os donos de
animais pet, independentemente de sua situação financeira, estão dispostos a cuidar deles e,
assim, têm gastos constantes com eles, com alimentação e com outras necessidades diversas
(MALAS, 2011).
A frase de que o cachorro é o melhor amigo do homem não descreve mais totalmente
essa relação entre pessoas e animais de estimação. Hoje, os pets são vistos como mais do que
apenas companheiros leais, são tratados como verdadeiros membros da família. Essa
proximidade cada vez mais forte entre humanos e animais está impulsionando um mercado
empresarial especializado que se moderniza com diferentes produtos e serviços, tornando-o
mais rentável e profissional. No Brasil, o nicho ainda está longe de atingir a maturidade, como
nos países europeus e nos Estados Unidos, que representam oportunidades para as empresas
que atuam nesse segmento (DALMAS, 2019).
Além da questão dos cuidados com o bem-estar, há a questão da saúde do pet, e para
isso, o mercado tem a oportunidade de adquirir produtos voltados para diversos segmentos e
nichos, como alimentos light para animais obesos, com problemas cardíacos e alimentos para
raças e tamanhos específicos (GRAF, 2016).
Os brasileiros estão consumindo cada vez mais produtos saudáveis e repassando esse
alimento para seus animais de estimação. Eles estão mais atentos às necessidades e doenças
específicas de seus pets, buscando alternativas mais naturais, com menos ingredientes
artificiais e mais semelhantes à alimentação humana. Sendo rações premium importados
grande parte da categoria de ração úmida, os preços ainda são bastante intimidadores para os
brasileiros. À medida que mais empresas nacionais investem nesse segmento, as
multinacionais trazem a produção para o Brasil, portanto, espera-se que os alimentos úmidos
se tornem mais acessíveis para os brasileiros (DALMAS, 2019).
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4.4.1. Alimentação
Diversas opções têm sido exploradas na indústria de pet food e ainda há grande
potencial de crescimento. A alimentação humana evolui em versões análogas para animais de
estimação. Esta área é um segmento competitivo do mercado pet, caracterizado pela variedade
e qualidade dos produtos e um número crescente de produtores que veem o setor como uma
oportunidade de crescimento e sucesso empresarial (CARCIOFI et al., 2009).
Os produtos oferecidos incluem rações industriais, rações especiais, alimentos
caseiros, suplementos alimentares e outros classificados como petiscos. Os alimentos
oferecem benefícios adicionais que podem prevenir a saúde bucal, reduzir o odor e o volume
das fezes, ajudar a remover bolas de pelo e atuar na beleza e qualidade da pele e da pelagem.
Linhas especiais são projetadas para garantir benefícios à saúde de animais com sensibilidade
alimentar, animais castrados, com doenças renais, cardiopatas, idosos, entre outros
(ELIZIERE, 2013).
As rações industriais são basicamente divididas em quatro categorias: econômica,
comercial, premium e superpremium. Os produtos classificados como econômicos são aqueles
que são mais baratos para o mercado, geralmente têm menor valor nutricional e são
formulados com ingredientes mais baratos, como subprodutos de milho, soja e farelo de
algodão. Os alimentos classificados como comerciais têm qualidade média e estão na faixa de
preço médio. São produtos de empresas conceituadas, que na maioria das vezes buscam uma
maior participação no mercado consumidor por meio da mídia. Por serem produtos de grandes
empresas, têm maior comprometimento com a qualidade e são formulados com ingredientes
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qualitativamente melhores do que rações econômicas. Contêm farinha de carne e ossos, glúten
de milho e gordura animal (ELIZIERE, 2013).
Os alimentos premium e superpremium têm os melhores indicadores de qualidade em
termos de ingredientes e formulações e são mais caros. Sua formulação é baseada em frango,
ovelha e peru. Esses ingredientes derivados de origem animal possuem maior digestibilidade,
permitindo que o trato digestivo do cão os metabolize mais facilmente. Outra característica da
ração premium é o fato de que quanto maior a digestibilidade, menor o consumo diário de
ração (que reflete no custo diário da ração). O cliente percebe isso porque reflete na redução
do volume de excrementos do animal. (ELIZIERE, 2013).
4.4.2. Saúde
Os produtos veterinários na área da saúde não se limitam a vermífugos, antipulgas e
vacinas, mas incluem polivitamínicos, suplementos nutracêuticos, fitoterápicos, homeopatia
entre outros. A grande variedade e semelhança com o mercado farmacêutico humano está
intimamente ligada ao fato de o animal estar firmemente inserido na família, recebendo os
mesmos cuidados que o restante do grupo. Grandes laboratórios humanos têm direcionado
parte de suas pesquisas e estudos para o mercado de produtos para animais de estimação,
produzindo medicamentos como antibióticos e anti-inflamatórios com propriedades de
desempenho semelhantes tanto no mercado humano quanto no animal. Essa semelhança fica
evidente quando encontramos nas prateleiras de pet shops suplementos que, por exemplo,
ajudam um animal a emagrecer para combater a obesidade em cães, utilizando os mesmos
princípios ativos da indústria farmacêutica humana (ELIZIERE, 2013).
Outro fator que influenciou significativamente na saúde e longevidade dos animais é a
especialização dos veterinários. Seguindo os moldes da medicina humana, essa tendência em
formar profissionais cada vez mais especializados já tem sido observada frequentemente nas
clínicas e hospitais veterinários .O animal pode ser tratado inicialmente por um clínico geral,
e depois encaminhado para um cardiologista, dermatologista, endocrinologista, oncologista,
odontologia, fisioterapeuta, acupunturista, oftalmologista, traumatologista , entre muitas
outras especializações existentes que qualificam um veterinário (ELIZIERE, 2013).
4.4.3. Lazer
Nesta área encontramos uma infinidade de brinquedos, uma variedade de acessórios e
serviços, desde hospedagem durante por períodos até horas de recreação durante o turno
trabalho de um dono de animal de estimação. Como entretenimento para o seu animal de
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4.4.4. Higiene
Produtos de higiene e cuidados com a beleza dominam quanto à novidades no
mercado pet. As empresas produzem itens cada vez mais semelhantes aos humanos, como
shampoo, condicionadores e hidratantes, além de produtos específicos, como tapetes
higiênicos. Também nesta categoria se pode encontrar escova, rasqueadeira, pente, secador,
absorvente higiênico, lenço umedecido, pasta e escova de dentes, enxaguatórios bucal,
cortador de unhas, coletor de fezes, entre outros. Outras facilidades também podem ser
oferecidas, como buscar e entregar o animal de estimação em casa, de acordo com o horário
do proprietário (ELIZIERE, 2013).
4.4.5. Beleza
Esse segmento inclui perfumes, tonalizantes de pelos, cosméticos, botas, roupas,
bonés, gravatas, bandanas, fantasias, biquínis, óculos, bijuterias, capas de chuva, protetores de
unhas. Não é incomum entrar em uma pet shop e se deparar com serviços especializados
voltados ao cuidado de animais. Dentre os serviços estéticos oferecidos incluem alisamento
dos pelos, tosa personalizada, tonalização e coloração da pelagem, hidratação, cauterização,
mechas, assim como diversos outros tratamentos de higiene e beleza. No segmento de moda,
a criatividade vai além do simples propósito de proteger o bichinho do frio, como também
para a satisfação de consumo do dono, graças a artigos desenvolvidos por estilistas renomados
que criam roupas e acessórios fazendo alusão à moda feminina, como colares de strass,
jaquetas de couro e colares de brilhantes. Além desses itens de luxo, o proprietário também
encontrará camisetas de time de futebol para seu animal de estimação (ELIZIERE, 2013).
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na velhice, uma fase da vida em que as pessoas naturalmente têm que lidar com perdas e
mudanças, além de qualquer sensação de improdutividade que pode ser neutralizada com uma
rotina diária de cuidados com animais de estimação e outros benefícios físicos mencionados
(ELIZEIRE, 2013).
Atualmente, os animais são mais valorizados, aos poucos tem sido abandonada a ideia
de que são apenas animais para serem usados em funções de utilidade como caça e guarda, e
assim surgiram novas práticas e dinâmicas sociais. Devido a esta postura, o convívio entre
homem e animal ganhou um horizonte mais amplo no contexto afetivo. Nesta situação, o
animal de estimação torna-se um animal de companhia, um membro da família, sua
dependência é evidente, transformando-o em sujeito nesta relação (PASTORI, 2012).
Cada vez mais se tem consciência da importância que os animais de estimação estão
ganhando na vida das pessoas à medida que ocupam novos espaços na sociedade, seja para a
companhia ou para Intervenções Assistidas por Animais (IAA), auxiliando nas atividades de
resgate, para criar um ambiente de trabalho mais amigável, a verdade é que os animais
começaram a ostentar do status de protagonistas na vida das pessoas (OLIVEIRA, 2018).
Surge também o questionamento sobre os aspectos negativos que a presença de um
animal de estimação pode trazer ao ser humano, como mordidas, alergias, quedas de pelos,
etc. Contudo, são poucos os casos relatados em que houve malefícios gerados pela presença
de animais de estimação no ambiente familiar (BECK, 2013).
A coabitação das pessoas com o seu animal de estimação adquiriu os contornos das
relações familiares de tal forma que hoje em dia é frequente encontrar um animal de
estimação que tenha o sobrenome da família, muitos deles têm perfis nas redes sociais e para
muitos são “garotos de propaganda” de várias marcas. Filmes, desenhos, programas de
televisão, livros, revistas, sites especializados são distribuídos com grande frequência para
atender o crescente público. Muitos tutores se esforçam para mostrar que seus animais de
estimação são considerados seus próprios filhos. Isso pode ser percebido na forma como os
animais são tratados. Fazem passeios em família, idas ao shopping, cuidados com a higiene e
estética, enxoval, festas de aniversário, os “filhos de quatro patas” recebem os mesmos
cuidados e mimos que seus filhos humanos (OLIVEIRA, 2018).
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
● Com o estudo feito, foi verificado que o mercado pet é uma área extremamente lucrativa e
estável e ainda tem tendência de crescimento com o passar dos anos;
● Os consumidores estão mais exigentes quantos à prestação de serviços no mercado pet,
pois estes tratam seus animais como membro da família e adquirem os produtos de melhor
qualidade sem se importar com o preço;
● A relação entre os donos e seus pets está muito próxima, em que os animais são tratados
como membro da família, surge a necessidade de cuidar e dar carinho, e através desse
afeto, esse vínculo se estreita.
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6. REFERÊNCIAS
Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET).
Disponível em: <https://abinpet.org.br/dados-de-mercado/>. Acesso em: 23. set. 2022.
GUIMARÃES, D. Pet shops de luxo em São Paulo. Petmag. São Paulo: Citrus7. n. 4, fev.
2011.
OLIVA, J. L. et al. Puppy love in the time of Corona: dog ownership protects against
loneliness for thos e living alone during the covid-19 lockdown. International Journal Of
Social Psychiatry, v. 67, n. 3, p. 232-242, 23 jul. 2020.
PEREIRA, S. A presença dos animais na história do homem. In: Mundo dos animais, 12,
ago-set, 2009. p. 28-33.
RIDGWAY, N. M. et al. Does excessive buying for self relate to spending on pets? Journal of
Business Research, v. 61, n. 5, p. 392–396, 2008.