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Ensaio

Filosófico
Violência no Namoro

Luís Silva Nº12 T:10ºA

Filosofia

Professora: Teresa Fernandes

12/02/2023
Sumário:
Tema: Violência no namoro

Questão-Problema: Poderemos prevenir a violência e construir a igualdade?

Teses: Immanuel Kant assume uma posição contrária à violência no namoro, pois
Kant é contra todos os tipos de violência.
Marta Martins não é a favor da violência no namoro, mas fala sobre o porquê
das ações violentas e que tipo dessas ações que ocorrem no namoro.

Argumentos: Kant formulou o Imperativo Categórico em que, sem exceções, só


podemos agir se a ação for uma regra/lei universal. Também defende que o ato só é
correto se ele gerar mais felicidade/prazer para as pessoas afetadas. Kant expressa
afirmando que “devemos tratar as pessoas sempre como um fim em si mesmas e não
apenas como um meio”, indicando que existe uma lei moral em que devemos
respeitar os outros e nunca os usar como objetos para conseguir o que queremos.
Marta diz que existem diversas formas de abordar e explicar relativamente a
este problema. O Modelo da Transmissão Intergeracional estipula que as ações/atos
violentos são compreendidos através da observação ou vitimação dos mesmos.
Segundo Marta “A família é o principal meio de socialização e de aprendizagem da
criança por isso se neste contexto existirem comportamentos violentos a criança pode
recriá-los futuramente”.
Introdução: Este trabalho foi feito no âmbito da disciplina de Filosofia, vai ser
apresentado enquanto ensaio e será tratado o tema “Violência no namoro”. Serão
abordadas duas perspetivas no que ao tema diz respeito, Kant com uma posição
contra a violência no namoro e Marta com a comunicação de atos e ações violentos.
Também irei dar uma pequena explicação do que é a violência no namoro e alguns
tipos de violência que podem ocorrer. De seguida vou falar mais aprofundadamente
sobre as duas perspetivas e os seus argumentos. No final vou-vos dar a conhecer a
minha opinião sobre este assunto e um breve resumo.

Desenvolvimento:
O que é a violência no namoro, e quais os dois pontos de vista.
A violência no namoro é praticada por um parceiro da relação que nos magoa
e, que nos controla a nós e à relação. A violência pode ser um ato que ocorre de
forma pontual ou contínua, e isto tudo tem como objetivo, uma pessoa da relação, ter
mais controlo e poder do que a outra pessoa envolvida, não a respeitando. Existem
vários tipos de violência no namoro, como por exemplo: a violência física, sexual,
verbal, psicológica e entre outros tipos que não foram aqui mencionados. No namoro
uma relação não é saudável quando estão envolvidas atitudes desrespeitosas,
controladoras e abusivas. Mesmo que alguma vez tenha ouvido ou visto os pais, ou
outras pessoas, a discutir e a desrespeitarem-se, pois isso não é correto nem normal,
muito menos deve ser aceitável.
Na atualidade já há várias organizações e palestras que falam sobre a violência
no namoro, e também leis que proíbem, ao contrário de antigamente em que as
pessoas, religiões, que legalizavam a violência no namoro, em muitas das vezes
usava-se o ditado “Entre marido e mulher não se mete a colher.” Ao longo da história,
felizmente, a violência no namoro tem vindo a diminuir, mas ainda não é inexistente.
Na filosofia existem vários filósofos que falaram sobre a violência e a violência no
namoro, em que quase todos esses filósofos eram contra a violência e a violência no
namoro, como é o caso de Immanuel Kant, mas poucos filósofos ou mesmo nenhuns
eram a favor da violência no namoro. Por isso tive de procurar uma pessoa que
entenda e que fale deste tema, mas também que seja qualificada para este tipo de
ensaio, que é o caso da Marta Martins
Immanuel Kant (nasceu em 1724 e faleceu em 1804) era um filósofo contra a
violência, sendo assim do mesmo modo, obrigatoriamente contra a violência no
namoro. Kant argumentava que existe um dever universal que se baseia em leis
morais e esse dever está sujeito a qualquer situação racional. Todos os seres vivos
racionais, seres humanos ou outros seres, devem obedecer ao que é estabelecido
pela lei moral. Ele formulou o Imperativo Categórico, o imperativo categórico é a
criação de duas máximas ou leis morais. A primeira máxima consiste, segundo Kant,
em “Age de tal modo que possas considerar a tua máxima universal”, ou seja, temos
de defender a universalidade da lei. Enquanto a segunda máxima consiste, segundo
Kant, em “Age de tal modo que possas considerar a humanidade como um fim em si
mesmo e não como um meio”, ou seja, temos de tratar o homem como o fim em si
mesmo. Para Kant uma ação é correta se essa mesma gerar mais prazer ou felicidade
para as pessoas afetadas. Kant também defende a autonomia, o que quer dizer que,
os indivíduos têm a habilidade de tomar decisões e agir com suporte nas suas
próprias razões e no livre-arbítrio. Argumentou, Kant, dizendo que a autonomia para
a moralidade e para a dignidade humana é fundamental.
Marta Martins, como eu tinha dito antes, não é a favor da violência no namoro,
mas fala sobre o porquê das ações violentas e que tipo dessas ações que ocorrem
no namoro. Marta diz que existe várias abordagens diferentes e explicativas
relativamente ao problema da violência no namoro. Uma destas abordagens é O
Modelo da Transmissão Intergeracional formulou-se com base na Teoria da
Aprendizagem Social criada por Bandura que tem como definição de atos violentos
que são ensinados através da visualização ou vitimação dos mesmos. Marta também
diz que existem diversas crenças e mitos ligados à violência no namoro que a
legitimam e a banalizam. Marta afirma, “Por este motivo é necessário que se
compreenda o fenómeno da violência no namoro de acordo com a cultura, estilos de
vida, crenças, época e sistema político dos intervenientes.”, logo, não são apenas
atos que promovem a violência no namoro, mas também são as crenças, mesmo que
muitas dessas crenças tenham mudado e evoluído, ainda há igrejas e pessoas com
crenças, mentalidade e pensamentos antiquados. Também é importante, segundo
Marta, retratar o papel do Educador Social que pode ter na prevenção da violência no
namoro, em que as metas profissionais passam por evoluir o desenvolvimento
pessoal e social dos seres humanos, o Educador Social deve "criar covas redes de
espaços de pertença e referência afetiva, atuando de forma direta, mas sem tomar
partido ou dar a solução”.
Com base nos argumentos e na filosofia de Kant, pode se assumir que é
possível prevenir a violência e construir a igualdade, pois a partir de condições justas
e iguais para todos os seres humanos. Pretendendo garantir aos seres humanos a
sua liberdade e a autonomia para tomar suas próprias escolhas e ações e agir com a
sua razão. Incluindo o imperativo categórico indica que deve se agir de forma que
possamos os nossos atos sejam transformadas em leis universais. Sendo assim se
formos de acordo com essa lógica, é possível que, se todos seguissem com o que diz
o imperativo categórico, a violência possa ser prevenida, pois ações violentas não
podem se transformar em leis universais.
Com base nos argumentos e na informação de Marta Martins, pode se assumir
que é possível prevenir a violência no namoro e construir igualdade, pois a partir do
educador social pode atuar como mediador na prevenção da violência no namoro. E
para isso o educador social também deve, desta forma, “criar novas redes de espaços
de pertença e referência afetiva, atuando diretamente, mas sem tomar partido ou
oferecer a solução”.

Opinião:
Do meu ponto de vista é possível prevenir a violência e construir igualdade,
pois através de iniciativas e esforços que tentam minimizar o risco de violência ou
de crime e com a construção da igualdade que, é um processo complexo e contínuo,
leva ao envolvimento de vários fatores que podem ser alcançados de diversas
maneiras, podemos criar uma sociedade menos violenta, agressiva e com mais
direitos de igualdade. Para mim a violência nunca deve ser aceitável em um
relacionamento, seja ela física, emocional ou psicológica. Também acho que as
vítimas de violência no namoro têm de se opor a esse tipo de tratamento e têm de
buscar ajuda para sair de um relacionamento abusivo e para se recuperar. As vítimas
devem ter acesso aos recursos como aconselhamento, abrigo, assistência jurídica e
serviços de apoio. E para além disso, eu acho que os agressores devem ser
responsabilizados pelas suas ações e tem de haver consequências para o
comportamento abusivo dos agressores. Pois é importante que todos sejam
responsáveis pelos seus atos e as vítimas de violência devem receber apoio e os
recursos de que necessitam para recuperarem-se.

Conclusão:
Em suma, a violência no namoro é uma ação praticada por um dos parceiros,
que controla o relacionamento e nos controla, magoa, no relacionamento. Estes
atos de violência podem ocorrer de forma ocasional ou continuamente. E existem
vários tipos de violência no namoro.
Immanuel Kant foi um dos filósofos contra a violência, incluindo a violência no
namoro. Kant argumentou que existe um dever universal que se baseia em leis
morais e que esse dever está submetido a várias situações racionais. Também
formulou o Imperativo Categórico, isto é, a criação de duas máximas ou leis morais.
Marta Martins, fala sobre os atos violentos e os motivos desses mesmos atos
no namoro. Marta diz que existe várias crenças e mitos ligados à violência no
namoro que a legitimam e banalizam, por isso é necessário compreender o
fenômeno da violência no namoro. E que um Educador Social pode ajudar na
prevenção da violência no namoro.
Com base nos argumentos de Kant e de Marta, pode-se assumir que é
possível prevenir a violência e construir a igualdade, pois a partir de condições
justas e iguais para todos os seres humanos, se todos seguirem o que diz o
imperativo categórico, a violência pode ser prevenida, segundo Kant. E também a
partir do educador social pode atuar como mediador na prevenção da violência no
namoro, segundo Marta.

Webgrafia:
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