Você está na página 1de 23

NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA IEC
61241-2-3
Primeira edição
11.10.2011

Válida a partir de
11.11.2011

Aparelhagem elétrica para utilização em


presença de poeira combustível
Parte 2: Métodos de ensaio – Seção 3: Método
para determinação da energia mínima de ignição
de misturas de poeira com o ar
Electrical apparatus for use in the presence of combustible dust
Part 2: Test methods – Section 3: Method for determining minimum ignition
energy of dust/air mixtures
em 20/08/2013
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

ICS 29.260.20 ISBN 978-85-07-03048-5

Número de referência
ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011
17 páginas

© IEC 1994 - © ABNT 2011


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011


em 20/08/2013

© IEC 1994
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT, único representante da ISO no território brasileiro.
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

© ABNT 2011
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT.

ABNT
Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br

ii © IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

Sumário Página

Prefácio Nacional ...............................................................................................................................iv


1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referências normativas .....................................................................................................1
3 Definições ...........................................................................................................................2
4 Aparelhagem de ensaio .....................................................................................................2
4.1 Circuito gerador de centelha .............................................................................................2
4.2 Vaso de ensaio ..................................................................................................................3
5 Amostras para ensaio ........................................................................................................3
6 Procedimento .....................................................................................................................4
6.1 Breve descrição ..................................................................................................................4
6.2 Calibração ...........................................................................................................................5
6.3 Relatório de ensaio ............................................................................................................5
6.3.1 Características do produto ................................................................................................5
6.3.2 Características da aparelhagem de ensaio......................................................................6
6.3.3 Resultados ..........................................................................................................................6
6.3.4 Formulário do relatório ......................................................................................................6
Anexo A (informativo) Exemplos de sistemas de geração de centelhas .........................................7
em 20/08/2013

A.1 Generalidades.....................................................................................................................7
A.2 Acionamento por centelha auxiliar utilizando um sistema de três eletrodos .............7
A.3 Acionamento por movimento de eletrodo .......................................................................7
A.4 Acionamento pelo aumento da tensão (circuito de carregamento em degraus) .........8
A.5 Acionamento por centelha auxiliar, utilizando um sistema normal de dois eletrodos
(acionamento por transformador no circuito de descarga) ...........................................9
Anexo B (informativo) Significado da energia mínima de ignição .................................................14
Anexo C (informativo) Bibliografia ....................................................................................................17

Figuras
Figura A.1 – Exemplo de relatório de ensaio..................................................................................10
Figura A.2 – Aparelhagem para determinação da energia mínima de ignição de poeiras
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

(esquemática) – Acionamento por centelha auxiliar, utilizando sistema


de três eletrodos ..............................................................................................................11
Figura A.3 – Dispositivo para determinação da energia mínima de ignição de poeiras
(esquemática) – Acionamento pelo movimento do eletrodo .......................................12
Figura A.4 – Aparelhagem para determinação da energia mínima de ignição de poeiras
(esquemática) – Acionamento por incremento de tensão ...........................................12
Figura A.5 – Aparelhagem para determinação da energia mínima de ignição de poeiras
(esquemática) – Transformador de acionamento no circuito de descarga .................13

Tabela
Tabela B.1 – Capacidades de ignição para vários tipos de descargas eletrostáticas ................14

© IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados iii


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE),
são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR IEC 61241-2-3 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03),
pela Comissão de Estudo sobre Poeiras Combustíveis – Características das poeiras combustíveis,
classificação de áreas, tipos de proteção “iD”, “mD”, “pD” e “t” (CE-03:031.06). O Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 06, de 10.06.2011 a 11.07.2011, com o número
de Projeto 03:031.06-006.
Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação,
à IEC 61241-2-3 − Ed. 1.0:1994, que foi elaborada pelo Technical Committee Electrical Apparatus
for Explosive Atmosphere (IEC/TC 31), Subcommittee Apparatus for use in the preserve of combustible
dust (SC 31 H), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.
em 20/08/2013

A ABNT NBR IEC 61241, sob o título geral “Equipamentos elétricos para uso em presença de poeira
combustível”, tem previsão de conter as seguintes partes:
— Parte 0: Requisitos gerais;
— Parte 1: Proteção por invólucros “tD”;
— Parte 2: Métodos de ensaio;
— Parte 2-1: Métodos para determinação da temperatura mínima de ignição de poeiras;
— Parte 2-2: Método para determinação da resistência elétrica de poeiras em camadas;
— Parte 2-3: Método para determinação da energia de mínima de ignição de misturas poeira
com ar;
— Parte 4: Tipo de proteção “pD”;
— Parte 11: Proteção por segurança intrínseca “iD”;
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

— Parte 18: Proteção por encapsulamento “mD”;


Na seção 2 e no corpo desta parte da ABNT NBR IEC 61241 são mencionadas as IEC 1241-2,
IEC 50 (301, 302, 303) e a ISO 4225:1980, as quais são tecnicamente equivalentes a:

IEC 1241-2, Electrical apparatus for use in the IEC 61241-2, Electrical apparatus for use in
the presence of combustible dust –
presence of combustible dust – Part 2: Test
Part 2: Test methods – Section 3: Method for
methods – Section 3: Method for determining
determining minimum ignition energy of dust/
minimum ignition energy of dust/air mixtures air mixtures

iv © IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

IEC 50 (301, 302, 303):1983, International IEC 60050, International Electrotechnical


Electrotechnical Vocabulary Vocabulary

— Chapter 301: General terms on measurements IEC 60050-300 – International


in electricity Electrotechnical Vocabulary – Electrical and
electronic measurements and measuring
— Chapter 302: Eletrical measuring instruments instruments – Part 311: General terms
relating to measurements, Part 312: General
— Chapter 303: Electronic measuring instruments terms relating to electrical measurements,
Part 313: Types of electrical measuring
instruments,
Part 314: Specific terms according to the type
of instrument
ISO 4225:1980, Air quality – General aspects – ISO 4225:1994, Air quality – General aspects
Vocabulary – Vocabulary

A aplicação desta parte da ABNT NBR IEC 61241 não dispensa o respeito aos regulamentos de
órgãos públicos que os equipamentos, os serviços e as instalações devem satisfazer. Como exemplos
de regulamentos de órgãos públicos, podem ser citadas as Normas Regulamentadoras do Ministério
do Trabalho e Emprego e as Portarias Ministeriais elaboradas pelo Inmetro contendo os Requisitos
de Avaliação da Conformidade (RAC) para equipamentos elétricos para atmosferas explosivas, nas
em 20/08/2013

condições de gases e vapores inflamáveis e poeiras combustíveis.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This section of ABNT NBR IEC 61241-2 specifies a method of test to determine the minimum ignition
energy of a dust/air mixture by an electrically generated high-voltage d.c. spark. This test method
is intended to develop data to be used in deciding whether or not combustible dust/air mixtures
are considered to be ignitable with respect to electrical discharge. It is intended that the dust be tested
in a form (particle size, moisture content etc.) representing conditions of actual use so that assessment
of the hazard present can be made. Ignition energies determined by this method would be compared
with ignition energies of other dusts to assess the relative hazard with regard to ignition by an electrical
or electrostatic discharge, thereby permitting decisions to be made on the suitability of electrical
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

apparatus for installation in areas where combustible dust is present.

The test method is not suitable for use with recognized explosives, gunpowder, dynamite, explosives
which do not require oxygen for combustion; pyrophoric substances, or substances or mixtures
of substances which may under some circumstances behave in a similar manner. Where any doubt
exists about the existence of a hazard due to explosive properties, an indication may be obtained
by placing a very small quantity of the dust in question on the heated surface of the apparatus
described in section 1 of the IEC 61241-2-1, heated to 400 °C.

NOTE Precautions should be taken to safeguard the health of personnel conducting the tests against
the risk of fire, explosion and/or the effects, including toxic effects, of combustion. Compliance with this national
standard does not itself confer immunity from legal obligations

Annex B of this section includes guidance on the significance of minimum ignition energy with respect
to electrostatic discharges.

© IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados v


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras
em 20/08/2013
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO
NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

NORMA BRASILEIRA ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

Aparelhagem elétrica para utilização em presença de poeira combustível


Parte 2: Métodos de ensaio – Seção 3: Método para determinação da
energia mínima de ignição de misturas de poeira com ar

1 Escopo
Esta seção da ABNT NBR IEC 61241-2 especifica um método de ensaio para determinar a energia
mínima de ignição das misturas de poeira com ar gerada por uma centelha de alta tensão contínua.
Este método de ensaio destina-se a fornecer os dados a serem utilizados para decidir se as misturas
poeira combustível com o ar devem ser consideradas inflamáveis por uma descarga elétrica.
É necessário que a poeira seja ensaiada de forma (granulometria, teor de umidade etc.) a representar
suas condições de emprego, de tal maneira que a estimativa do risco presente possa ser feita.
As energias de ignição determinadas por este método poderiam ser comparadas com as energias
de ignição de outras poeiras para avaliar o risco relativo em relação à ignição por uma descarga elétrica
ou eletrostática, permitindo assim que sejam tomadas decisões sobre a adequação de equipamentos
elétricos para instalação em áreas onde poeiras combustíveis estão presentes.

O método de ensaio não é adequado para utilização com explosivos reconhecidos, como pólvora,
dinamite, explosivos que não necessitam de oxigênio para a combustão, substâncias pirofóricas
ou substâncias ou misturas de substâncias que podem, em algumas circunstâncias, se comportar
em 20/08/2013

de maneira semelhante. Quando houver alguma dúvida sobre a existência de um risco devido
às propriedades explosivas, a indicação pode ser obtida através da colocação de uma quantidade
muito pequena de poeira em questão sobre a superfície aquecida a 400 °C do dispositivo descrito
na seção 1 da IEC 61241-2-1.

NOTA Recomenda-se que precauções sejam tomadas para preservar a saúde do pessoal encarregado
dos ensaios contra o risco de incêndio, explosão e/ou seus efeitos, incluindo efeitos tóxicos da combustão.
A conformidade com esta Norma não exime do cumprimento das obrigações legais aplicáveis.

O Anexo B desta seção inclui orientações sobre a interpretação da energia mínima de ignição no que
diz respeito a descargas eletrostáticas.

2 Referências normativas
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

Os seguintes documentos normativos contêm disposições que, ao serem citadas neste documento,
constituem disposições para esta seção da ABNT NBR IEC 61241-2. No momento da publicação,
as edições indicadas estavam em vigor. Todos os documentos normativos estão sujeitos a revisão e as
partes dos acordos com base nesta secção da ABNT NBR IEC 61241-2 são encorajadas a investigar
a possibilidade de aplicarem as edições mais recentes dos documentos normativos indicados abaixo.
Os membros do IEC e ISO mantêm registros atualizados das Normas Internacionais em vigor.

NOTA BRASILEIRA Ver informações sobre referências normativas no prefácio.

IEC 60050 (301, 302, 303): 1983, International electrotechnical vocabulary

— Chapter 301: General terms on measurements in electricity

© IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 1


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

— Chapter 302: Electrical measuring instruments

— Chapter 303: Electronic measuring instruments

ISO 4225: 1980, Air quality – General aspects – Vocabulary

3 Definições
Para os efeitos desta seção da ABNT NBR IEC 61241-2, aplicam-se as definições
da ABNT NBR IEC 60050-426 e as seguintes.

3.1 poeira: Pequenas partículas sólidas que podem se depositar sob ação de seu próprio peso,
mas que podem permanecer suspensas no ar por algum tempo.
NOTA Esta definição inclui o que está definido na ISO 4225 como “poeira” e “grão”.

3.2 poeira combustível: Poeira que é inflamável em mistura com o ar.

NOTA 1 Misturas de poeiras combustíveis no ar são inflamáveis somente entre certos limites
de concentração.

NOTA 2 Poeiras combustíveis são capazes de ser inflamadas por fontes de ignição externa e continuam
a queimar a temperaturas ambientes, mas elas só se inflamam espontaneamente acima da temperatura
mínima de ignição.
em 20/08/2013

3.3 centelha de descarga: Descarga elétrica transitória que ocorre entre dois condutores
que estão em diferentes potenciais. Uma centelha é uma descarga discreta que preenche a lacuna
entre os condutores sob a forma de um canal único de ionização.

3.4 energia mínima de ignição (de uma mistura poeira combustível com o ar): Menor energia
de ignição (medida pelo procedimento desta norma) que é capaz de inflamar a mistura de poeira
com ar mais sensível com uma combustão sustentada.

3.5 ignição: No ensaio, considera-se que a ignição ocorreu quando:

— um aumento de pressão de pelo menos 0,2 bar acima de qualquer pressão introduzida
pela centelha de ignição for medido em um vaso fechado (por exemplo, esfera de 20 L); ou

— uma chama que se propaga pelo menos 6 cm de distância da posição da centelha for observada
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

em um tubo aberto (tubo Hartmann, por exemplo).

3.6 tempo de atraso da ignição: Intervalo de tempo entre a dispersão da poeira e a ocorrência
da centelha de descarga.

4 Aparelhagem de ensaio
4.1 Circuito gerador de centelha

O Anexo A descreve algumas formas adequadas de circuitos; todas elas devem possuir as seguintes
características. O apresentado a seguir trata apenas do circuito:

— indutância do circuito de descarga: 1 mH a 2 mH, exceto quando os dados forem utilizados para
a avaliação dos riscos eletrostáticos, quando a indutância do circuito de descarga não pode
exceder 25 μH;

2 © IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

— resistência ôhmica do circuito de descarga: a mais baixa possível e menor que 5 Ω;

— material do eletrodo: aço inoxidável, latão, cobre ou tungstênio;

— diâmetro e forma do eletrodo: 2,0 mm ± 0,5 mm. Eletrodos com pontas arredondadas podem ser
utilizados para reduzir o efeito corona que pode ocorrer com eletrodos pontiagudos, e que pode
dar valores incorretos de energia de centelha. Se eletrodos pontiagudos forem utilizados, o efeito
corona deve ser cuidadosamente considerado;

— distância entre os eletrodos: 6 mm (mínimo);

— capacitores: do tipo baixa indutância, resistente ao valor de pico da corrente;

— capacitância do arranjo de eletrodos: tão baixa quanto possível;

— resistência de isolamento entre os eletrodos: suficientemente elevada para evitar correntes


de fuga.

NOTA Usualmente, uma resistência mínima entre eletrodos de 1012 Ω é necessária para uma energia
mínima de ignição de 1 mJ e de 1010 Ω para uma energia mínima de ignição de 100 mJ.

4.2 Vaso de ensaio


em 20/08/2013

A aparelhagem recomendada são os vasos esféricos de 20 L e o tubo de Hartmann. Estes vasos


estão descritos nas referências [6] e [7]1. Outros vasos podem ser utilizados, desde que os requisitos
de calibração de 6.2 sejam atendidos.

5 Amostras para ensaio


Os ensaios devem ser realizados em amostras em um estado de preparação que corresponda àquele
encontrado na prática, sob as condições da planta.

A energia mínima de ignição é decrescente com a diminuição do tamanho da partícula. Os ensaios


devem ser efetuados em amostras com tamanhos de partículas iguais ou mais finos que o material
mais fino que possa estar presente na aplicação pretendida.
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

Para os ensaios comparativos as amostras devem ser preparadas por um método consistente,
que objetive manter a distribuição do tamanho das partículas e o teor de umidade.

NOTA Quando os tamanhos das partículas do material não forem conhecidos, recomenda-se
que os ensaios sejam realizados em partículas de tamanhos menores que 63 μm.

A energia mínima de ignição diminui com a redução do tamanho da partícula. Recomenda-se verificar
se os tamanhos das partículas da amostra são representativos do material mais fino que possa estar
presente na planta. Recomenda-se que os ensaios sejam realizados em partículas de tamanhos
menores que 63 μm.

1 Números entre colchetes referem-se à Bibliografia, Anexo C.

© IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 3


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

6 Procedimento
6.1 Breve descrição

A poeira combustível a ser ensaiada é uniformemente dispersada no ar à pressão e temperatura


atmosféricas, em uma aparelhagem apropriada, e a mistura de poeira com ar é submetida
a uma centelha de descarga de um capacitor carregado.

A energia da descarga é calculada pela fórmula:

W = 0,5.C.U2

onde

W é a energia armazenada, em joules (J);

C é a capacitância total de descarga, em farads (F);

U é a tensão do capacitor carregado, em volts (V).

NOTA 1 Em centelhamentos com energia acima de 100 mJ, a resistência da centelha pode tornar-se
tão pequena que a resistência do circuito torna-se significante em comparação à resistência da centelha,
particularmente quando o circuito contém uma bobina de indutância da ordem de 1 mH. Nesses casos,
em 20/08/2013

a energia eficaz da centelha pode ser obtida a partir da equação:


W = l (t ) U (t )dt

onde

I(t) é a corrente na centelha, e

U(t) é a tensão da centelha; ambos obtidos por medição.

NOTA 2 Outras informações relativas ao cálculo das energias da centelha estão contidas no anexo A.

É necessário levar em conta as seguintes possíveis influências sobre o ensaio:

— aerodinâmica da mistura de poeira com ar (por exemplo, atraso no tempo de ignição, pressão de
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

dispersão);

— concentração de poeira;

— tensão em que o capacitor é carregado;

— capacitância do capacitor;

— indutância do circuito de descarga;

— resistência ôhmica do circuito de descarga;

— materiais e dimensões dos eletrodos e o espaço entre eles.

4 © IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

Para limitar os custos dos ensaios, todos os dispositivos utilizam eletrodos compostos de um material
específico, com dimensões padronizadas e um espaçamento mínimo entre os eletrodos. A resistência
ôhmica do circuito de descarga deve ser mantida tão baixa quanto possível (ver Seção 4).

Iniciando com uma centelha de energia que seguramente cause a ignição da poeira sendo testada,
a concentração e os parâmetros de dispersão da poeira (por exemplo, atraso do tempo de ignição
e pressão de dispersão) são ajustados para estabelecer a nuvem de poeira mais inflamável. Utilizando
as condições ótimas para a ignição, a energia da centelha é sucessivamente reduzida pela metade,
ajustando a capacitância do capacitor e/ou a tensão com a qual é carregado, até que não ocorra
ignição em 20 ensaios sucessivos.

NOTA Quando os ensaios forem realizados utilizando-se a esfera de 20 L, o atraso no tempo para ignição
é de 120 ms.

A energia mínima de ignição, Wmin, situa-se entre a maior energia, W1, em que a ignição não ocorre
em 20 tentativas sucessivas para inflamar a mistura de poeira com ar, e a energia mais baixa, W2,
em que a ignição ocorre dentro de 20 tentativas sucessivas.

W1 < Wmim < w2

6.2 Calibração

A calibração para os ensaios deve ser realizada com três poeiras de referência, que devem ter sido
em 20/08/2013

secas sob pressão atmosférica, a 50 °C, por 24 h, antes das medições.

Os resultados devem estar dentro das seguintes faixas:

licopódio: Wmin = (5 a 15) mJ, diâmetro médio das partículas de 31 μm;

antraquinona: Wmin = (2 a 6) mJ, diâmetro médio das partículas de 18 μm;

poliacrilonitrilo: Wmin = (2 a 6) mJ, diâmetro médio das partículas de 27 μm.

Os parâmetros de dispersão da poeira, incluindo o atraso no tempo de ignição, para cada amostra,
devem ser registrados.

6.3 Relatório de ensaio

Sempre que o ensaio for realizado em conformidade com esta Norma, o relatório de ensaio deve
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

fornecer as informações enunciadas em 6.3.1, 6.3.2 e 6.3.3. Embora os valores da concentração


de poeira associados com os limites da faixa da energia mínima de ignição sejam registrados pelo
laboratório de ensaio, os valores expressos em termos da quantidade da poeira que é pesada, dividida
pelo volume do vaso de explosão, não são normalmente incluídos no relatório de ensaio.

6.3.1 Características do produto

— designação da amostra (nome e descrição química quando não implícita no nome);

— origem da amostra ou fonte;

— pré-tratamento da amostra;

— dados característicos da distribuição granulométrica e teor de umidade, se disponíveis, e não já


obtidos pelos procedimentos do pré-tratamento.

© IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 5


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

6.3.2 Características da aparelhagem de ensaio

— acionamento (disparo);

— vaso de explosão;

— sistema de dispersão de poeira;

— indutância total do circuito de descarga;

— tensão de carregamento, material do eletrodo e comprimento do interstício do circuito otimizado


de descarga.

6.3.3 Resultados

— a maior energia W1 em que não ocorre a ignição;

— a menor energia W2 em que a ignição é obtida.

6.3.4 Formulário do relatório

Exemplo de um formulário adequado é dado na figura A.1.


em 20/08/2013
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

6 © IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

Anexo A
(informativo)

Exemplos de sistemas de geração de centelhas

A.1 Generalidades
As seções A.2, A.3, A.4 e A.5 contêm descrições de quatro modelos de circuitos geradores de centelha
adequados para utilização neste ensaio. Com qualquer um destes modelos, é possível utilizar diferentes
vasos de explosão, desde que a dispersão da poeira seja otimizada e sejam tomadas precauções
adequadas, a fim de evitar os efeitos secundários do fenômeno de carregamento eletrostático que
ocorre em vasos relativamente grandes durante a dispersão da poeira. Estes fenômenos incluem
carregamento/descarregamento do capacitor.

Se o capacitor for desacoplado do eletrodo durante o processo de carregamento, o efeito da diminuição


da tensão que vai ocorrer devido ao aumento da capacitância quando é feita a ligação ao eletrodo
deve ser levado em conta no cálculo da energia da centelha. Em todos os cálculos de energia,
a capacitância total do circuito de descarga deve ser utilizada, bem como a tensão no momento
da descarga.
em 20/08/2013

A.2 Acionamento por centelha auxiliar utilizando um sistema de três eletrodos


A figura A.2 ilustra o arranjo geral da aparelhagem de ensaio.

O componente essencial é o centelhador com três eletrodos. Os dois eletrodos que formam
o espaçamento principal (1) possuem diâmetro de 3,2 mm, e suas extremidades são reduzidas para
um diâmetro de 2,0 mm ao longo de um comprimento de 20 mm. A extremidade livre do eletrodo
auxiliar (2) é angulada na direção do espaçamento principal, e o comprimento desta parte angulada
é de 20 mm. Este arranjo de eletrodos é instalado em um tubo Hartmann aberto no topo e também
é adequado para instalação em outros vasos de explosão.

Após a introdução da quantidade desejada de poeira no dispositivo de geração da mistura, o tubo


Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

é colocado na posição. O capacitor de ensaio C (20 pF a 10 000 pF), que armazena a energia de
ignição, é carregado por meio da unidade de carregamento de alta tensão UCAT através da resistência
de carregamento R, a qual limita a corrente de carga em 1 mA. As tentativas de inflamar a mistura de
poeira com ar são iniciadas por meio do dispositivo de controle DC. O início de cada tentativa envolve,
em primeiro lugar, o acionamento do dispositivo que dispersa a poeira em suspensão, seguido, após
um determinado intervalo de tempo, pela centelha auxiliar e, com isto, é efetuado o acionamento
da descarga da centelha principal pelo capacitor de ensaio.

A energia do circuito auxiliar é limitada a não mais de um décimo da energia do circuito principal de
descarga.

A.3 Acionamento por movimento de eletrodo


A figura A.3 ilustra o arranjo geral da aparelhagem de ensaio.

© IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 7


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

Limitadores de politetrafluoretileno (PTFE) (2) são colocados nos dois suportes dos eletrodos no tubo
Hartmann de abertura no topo (1). Estes limitadores são perfurados, a fim de receber os eletrodos
(3), de forma a possibilitar o ajuste em diferentes posições. Um dos eletrodos, que está no potencial
de terra, é conectado ao parafuso do micrômetro (4). O batente do micrômetro é reduzido e fixado
ao tubo Hartmann modificado. O outro eletrodo, no qual a alta tensão é aplicada, é ligado à haste
de acionamento de um pistão pneumático controlável de duplo acionamento (6) (diâmetro nominal
do pistão: 35 mm; pressão operacional: 600 kPa), que tem um curso de trabalho de 10 mm, sendo
a conexão realizada através de uma peça isolante de PTFE (5). O eletrodo de alta tensão é conectado
eletricamente a um capacitor (7), com um valor entre 26 pF e 311 μF. A tensão a que este capacitor
é carregado, é indicada por meio de um voltímetro eletrostático (8). Depois de desconectar o gerador
de alta tensão (9) do circuito do capacitor, o ar é liberado eletropneumaticamente do vaso de pressão
(10) no qual é armazenado sob pressão, de maneira a formar uma mistura de poeira com o ar por
dispersão da poeira em suspensão. Após um retardo, que é definido com o auxílio de um dispositivo
de tempo (11), o eletrodo de alta tensão que está na posição definida pelo comprimento do interstício
de centelhamento recebe a descarga da energia armazenada no capacitor, liberando-a no interstício
de centelhamento.

A.4 Acionamento pelo aumento da tensão (circuito de carregamento em


degraus)
A figura A.4 ilustra o arranjo geral da aparelhagem de ensaio.
em 20/08/2013

O circuito de carregamento em degraus é um dos métodos mais simples para a produção de centelhas
com energia conhecida, necessárias para determinar a energia mínima de ignição das misturas
de poeira com ar.

Uma fonte de alta tensão c.c. eleva lentamente o potencial do capacitor até ocorrer uma centelha.
O ciclo é então repetido, gerando uma série de centelhas, todas com a mesma energia. Um resistor de
limitação de corrente com um valor entre 108 Ω e 109 Ω faz parte do circuito. O potencial no capacitor
é medido por um voltímetro eletrostático em série com um resistor de desacoplamento de valor entre
108 Ω e 109 Ω. Centelhas de qualquer nível de energia a partir de 1 mJ podem ser prontamente
produzidas utilizando-se este circuito, variando o valor do capacitor e, se necessário, a tensão
de descarga.

Os ajustes para as centelhas com a energia requerida são determinados antes que qualquer poeira
seja colocada na câmara de ignição. Um capacitor de valor apropriado é escolhido e uma tensão
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

entre 10 kV a 30 kV, selecionada. A tensão e a separação do eletrodo são, em seguida, ajustadas


por ensaios até que a centelha com a energia necessária, dada por 0,5 CU2 , ocorra no eletrodo.
Nesta expressão, U é a tensão em que ocorre a centelha e C é a capacitância total no eletrodo
de alta tensão, que pode ser medida utilizando-se métodos comuns com pontes c.a. Para fazer um
ensaio de ignição, o eletrodo de alta tensão é aterrado e a quantidade requerida da poeira preparada
é colocada na cuba de dispersão. A fonte de tensão c.c é então chaveada para o circuito e, conforme
as centelhas vão ocorrendo entre os eletrodos, a poeira é dispersada por um jato de ar. É registrado
se ocorrer ignição e se a chama se propagar além do interstício de centelhamento.

Os primeiros ensaios geralmente são realizados com uma centelha de alta energia, tipicamente
de 500 mJ. Se ocorrer uma ignição, a energia da centelha é então reduzida em degraus, e o ensaio
é repetido até não ocorrer ignição, conforme descrito em 6.1.

8 © IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

A.5 Acionamento por centelha auxiliar, utilizando um sistema normal de dois


eletrodos (acionamento por transformador no circuito de descarga)
A figura A.5 ilustra o arranjo geral da aparelhagem de ensaio.

Este circuito não pode ser utilizado para ensaios sem indutância. C é o capacitor de descarga, com
tensão inicial de U. Com uma série de capacitores, iniciando em 40 pF, com intervalos decrescentes
com fator de 10, e de valores decrescentes de tensão, iniciando em 1 000 V, onde valores de 400 V
a 500 V é o nível mínimo encontrado na prática. Desta forma, será possível obter uma ampla faixa de
0,5CU². O início da centelha de descarga no momento desejado, que é essencial se for necessária
a sincronização da centelha de descarga com a formação de uma nuvem de poeira momentânea,
é realizado por meio de um circuito de acionamento no qual o capacitor CTr, um interruptor S e o primário
do transformador de acionamento T, são os componentes essenciais. Ao acionar o interruptor, um
pulso de alta tensão, de aproximadamente 15 kV de pico, é induzido no secundário do transformador,
causando a ruptura do dielétrico no interstício de centelhamento G, e consequentemente a descarga
do capacitor principal C. A experiência tem mostrado que é muito difícil reduzir a energia de entrada
no interstício para valores abaixo de 2 mJ a 5 mJ. Por esta razão, este princípio de acionamento
é aplicável apenas para centelhas com energia acima de 5 mJ.

A energia eficaz da centelha, gerada pelas várias combinações de C e U são determinados de


forma convencional, medindo-se a corrente e a tensão no interstício de centelhamento como função
do tempo e integrando-se a curva de potência × tempo. A função do diodo D é produzir apenas
descargas unidirecionais. A autoindutância do secundário do transformador de disparo deve ser
em 20/08/2013

de 1 mH a 2 mH.
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

© IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 9


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

Energia mínima de ignição de uma mistura de poeira com ar, medida de acordo com
ABNT NBR IEC 61241-2-3

1) Características do produto

descrição da amostra: .................................................................................................

origem da amostra: .................................................................................................

pré-tratamento da amostra: .................................................................................................

informação sobre o tamanho da partícula .........................................................................


(por exemplo. médio, faixa, máximo)

conteúdo de umidade: ........................................................................................................

2) Dispositivo de ensaio
em 20/08/2013

disparo: .....................................................................................................................

vaso de explosão: .....................................................................................................

sistema de dispersão de poeira: ...............................................................................

indutância total: .........................................................................................................

distância dos eletrodos: .............................................................................................

tensão de carregamento: ...........................................................................................


Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

Resultado:

< Wmin <

Data: ......../......./........ Assinatura: ...........................................

Figura A.1 – Exemplo de relatório de ensaio

10 © IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

CA DC

(2)

(1)

V M

Reservatório de
ar comprimido
L
Ar comprimido
VM
C
R
UCAT
em 20/08/2013

CA circuito auxiliar
C capacitor de ensaio
DC dispositivo de controle
UCAT unidade de carregamento
M manômetro
L indutância
VM válvula magnética
R resistência de carregamento
V válvula de corte

Figura A.2 – Aparelhagem para determinação da energia mínima de ignição de poeiras


(esquemática) – Acionamento por centelha auxiliar, utilizando sistema de três eletrodos
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

© IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 11


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

Fonte principal
(1)

(2) (4)

(9) (5)
(6) (3)

(8) V (7)
U

(10)

(11)

1 tubo Hartmann aberto no topo 7 capacitor


2 limitadores de PTFE 8 voltímetro eletrostático
3 eletrodos 9 gerador de alta tensão (5 a 10 kV)
em 20/08/2013

4 parafuso do micrômetro 10 vaso de pressão


5 isolador em PTFE 11 dispositivo temporizado
6 pistão pneumático de dupla ação

Figura A.3 – Dispositivo para determinação da energia mínima de ignição de poeiras


(esquemática) – Acionamento pelo movimento do eletrodo

Câmara de
ignição

Resistor
limitador de
corrente
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

Fonte de Indutância
Resistor de
tensão Capacitor desacoplamento 1 mH
CC
Voltímetro
eletrostático

Figura A.4 – Aparelhagem para determinação da energia mínima de ignição de poeiras


(esquemática) – Acionamento por incremento de tensão

12 © IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

3
C T

C
Tr
G

C capacitor principal
CTr capacitor no circuito de disparo
D diodo
S interruptor
T transformador
G interstício de centelhamento
V voltímetro
em 20/08/2013

Figura A.5 – Aparelhagem para determinação da energia mínima de ignição de poeiras


(esquemática) – Transformador de acionamento no circuito de descarga
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

© IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 13


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

Anexo B
(informativo)

Significado da energia mínima de ignição

Embora não esteja no escopo desta norma especificar limites ou precauções de segurança em função
dos valores medidos das energias mínimas de ignição, é oportuno dar algumas orientações sobre o
significado dos valores medidos em relação à segurança das instalações industriais.

Vários tipos de descarga devem ser considerados. São eles:

— corona luminescente em fontes pontuais ou condutores de raios pequenos

— leque em poeiras em granel ou isolantes sólidos

— cone em grãos altamente isolantes

— leque propagante em superfícies isolantes polarizadas

— centelha
em 20/08/2013

As descrições detalhadas dessas descargas e suas ocorrências podem ser encontradas na literatura
[11]. As capacidades de ignição são indicadas na tabela abaixo em relação à energia mínima de
ignição medida por este método.

Tabela B.1 – Capacidades de ignição para vários tipos de descargas eletrostáticas

Energia mínima de ignição


Tipo de descarga Capacidade de ignição
mJ
Não é provável a ignição de
Corona luminescente nuvens de poeira, exceto as Até 0,1
de material explosivo
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

Misturas híbridas e algumas


Leque poeiras muito sensíveis Até 3
podem ser ignitadas
A maioria das poeiras
Aumenta com o volume do
Cone combustíveis pode ser
material
ignitada
A maioria das poeiras
Leque propagante combustíveis pode ser Tipicamente até vários joules
ignitada
Qualquer poeira combustível
Centelha Sem limites
pode ser ignitada

14 © IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

Centelhas são o tipo mais potente de descarga eletrostática, e são capazes de ignitar uma grande
variedade de misturas inflamáveis. A precaução básica contra a ocorrência de descargas acendíveis é
garantir que todas as partes condutoras da instalação e dos equipamentos, assim como os materiais
condutores estejam seguramente aterrados.

A fim de prover uma ampla margem de segurança e permitir variações da resistência ao longo do
tempo, uma resistência à terra menor que 108 Ω é recomendada para partes condutoras.

O valor máximo seguro da resistência elétrica (R) entre uma parte condutora e a terra pode ser
determinada a partir da máxima corrente de carga eletrostática (I) no sistema.

É bem conhecido que centelhas que ocorrem com 100 V ou menos não causam ignição, principalmente
porque o interstício que deve ser atravessado é muito menor que a distância para sua extinção.

Utilizando a lei de Ohm e uma tensão máxima de 100 V, o máximo valor seguro para a resistência
é dado por:

R = 100 V / I

A máxima corrente de carga para a maioria dos tipos de operação é de 10-6 A e, portanto a máxima
resistência de aterramento segura para estes casos é de 1×108 Ω. Em operações com muita energia
envolvida, as correntes de carga podem alcançar 104 A. Em tais casos, a máxima resistência segura
deve ser de 1×106 Ω.
em 20/08/2013

Nos casos em que não seja possível prover o aterramento adequado, a mínima energia de ignição
pode ser utilizada para determinar se o aterramento é essencial. A partir dos dados da taxa de
carregamento, da capacitância elétrica, da duração da operação e da resistência à corrente de fuga,
é possível determinar a máxima quantidade de energia que pode ser armazenada. Esta pode ser
comparada com a mais baixa das energias mínimas de ignição entre todos os materiais existentes
na planta. Opcionalmente, se o máximo potencial que puder ocorrer for limitado por um interstício fixo
e estreito através do qual qualquer centelha possa passar (por exemplo, em alguma máquina rotativa
como válvulas rotativas), cálculos similares podem ser feitos e comparados com a energia mínima de
ignição medida. Em todos estes casos é essencial que a mais baixa energia mínima de ignição entre
os materiais manuseados ou processados seja utilizada nas comparações.

A análise e o controle de outros tipos de descarga exigem conhecimento especializado, mas orientações
gerais podem ser encontradas na literatura [11].
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

Descargas de centelhas originárias de partes metálicas carregadas e não aterradas, da planta


e de seus equipamentos, são capacitivas. Para analisar o risco de ignição no caso de tais centelhas,
valores de energia mínima de ignição podem ser determinados através da utilização de um simples
circuito capacitivo de descarga. Em alguns casos, a repetibilidade e a reprodutibilidade dos resultados
resultantes de tais circuitos podem ser aumentadas através da inclusão de uma indutância de 1 mH
no circuito de descarga. Porém, deve ser observado que esta modificação normalmente produz
centelhas com mais energia que as do circuito capacitivo de descarga e, portanto, diminui os valores
da energia mínima de ignição. Isto pode levar à adoção de precauções que não são estritamente
necessárias, com impacto nos custos.

Investigações experimentais em um grande número de poeiras, utilizando outras fontes de ignição além
de centelhas elétricas, indicam que a ordem de inflamabilidade de nuvens de poeira, obtidas através
da presente metodologia de teste para a energia mínima de ignição, também é válida para outros
tipos de fontes de ignição. Diferenças nas características da liberação de energia são responsáveis
pelas diferenças na quantidade total de energia necessária para inflamar uma dada mistura através

© IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 15


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

de várias fontes de ignição. Um exemplo bem conhecido do problema de tirar conclusões com base
somente em uma comparação dos valores totais de energia é a tentativa de determinar a capacidade
de ignitar nuvens de poeira através das descargas do tipo leque. Experimentos anteriores mostraram
que descargas em leque podem inflamar misturas explosivas de gás que possuem energias mínimas
de ignição por centelhas de 4 mJ. Porém, até o momento não foi possível demonstrar que nuvens de
poeira com energias mínimas de ignição por centelha de valores consideravelmente menores que 4
mJ, possam ser inflamadas por descargas do tipo leque. Uma razão para isso pode ser o fato de que
nos casos de descargas em leque o tempo da descarga é diferente.

A determinação das energias absolutas necessárias para inflamar nuvens de poeira é possível no
que se refere a ignições por centelhas elétricas, considerando que o método de medição satisfaça
os requisitos previamente comentados. A princípio, a distribuição espacial e temporal da energia na
descarga constitui as características básicas da inflamabilidade de qualquer descarga. Porém, uma
energia equivalente pode ser atribuída a uma descarga através da comparação da energia de uma
descarga por centelha que forneça a mesma inflamabilidade da descarga sob estudo.

A determinação de energias equivalentes para centelhas mecânicas é discutida amplamente em [1]


e [2].

As considerações acima só são aplicáveis a nuvens de poeira. Quando há referência à inflamabilidade


de descargas de centelhas em misturas de uma nuvem de poeira com um gás explosivo, a literatura
técnica deve ser consultada em [3], [4], [5], [6]. Em caso de dúvida, convém que apenas o valor do gás
seja utilizado.
em 20/08/2013
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

16 © IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados


NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011

Anexo C
(informativo)

Bibliografia

[1] Ritter, K., Mechanisch erzeugte Funken als Zündquellen. VDI-Berichte 494, VDI- Verlag,
Düsseldorf, 1984.

[2] Ritter, K., Die Zündwirksamkeit mechanisch erzeugter Funken gegenüber Gas /Luftund Staub /
Luft-Gemischen. Dissertation TH Karlsruhe, 1984.

[3] Franke, H., VDI-Berichte 304, VDI-Verlag, Düsseldorf (69-72).

[4] Pellmont, G., Explosions- und Zündverhalten von hybriden Gemischen aus brennbaren Stäuben
und Brenngasen. Diss. ETH Zürich, No. 6498, 1979.

[5] Bartknecht, W., Untersuchung des Explosions- und Zündverhaltens brennbarer Stäube und
hybrider Gemische. Schriftenreihe „Humanisierung des Arbeitslebens“, Vol. 64, VDI-Verlag,
Düsseldorf, 1985.
em 20/08/2013

[6] Siwek, R., Zuverlassige Bestimmung explosionstechnischer Kenngrossen in der 20-Liter-


Laboratapparatur, Proceedings of the Colloquium “Sichere Handhabung brennbarer Staube”,
Nürnberg 1988. VDI-Berichte 701, VDI-Verlag, Düsseldorf.

[7] Field, P., Dust Explosions Handbook of Powder Technology, volume 4. Elsevier Amsterdam, 1982.

[8] Eckhoff, R.K., Dust Explosions in the Process Industries, section 5.3, pp. 411-426. Butterworth-
Heinemann, Oxford, 1991.

[9] Alvestad, B., An electric spark generator for determination of minimum ignition energies for dust
clouds. Chr. Michelsen Institute Research Report No. 803301-3, November 1980.

[10] Berthold, W. (Hrsg), Bestimmung der Mindestzündenergie von Staub /Luft-Gemischen. VDI
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

Fortschrittsbericht, Reihe 3, No. 134.

[11] Luettgens, G., Glor, M., Understanding et Controlling Static Electricity. Expert Verlag, Ehningen
bei Böblingen, 1989.

© IEC 1994 - © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 17

Você também pode gostar