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O Espírito Santo

Nosso Divino Consolador


C. R. Alves
Presenteado a:
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Por:
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Por Ocasião de:


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Data:
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Alves, Cleber da Rosa – 1981 -
O Espírito Santo Nosso Divino Consolador
CR Produções (Pleno Publicações)
1ª Edição Porto Alegre – RS – Brasil – 2022
1. Espírito Santo 2. Doutrina Bíblica I. Titulo

Copyright © 2008 por CR Produções


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e 186 do Código Penal.
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Índice Para Catálogo Sistemático

1. Espírito Santo: Cristianismo


Índice
Agradecimentos................................................................................ 04
Introdução........................................................................................ 05
Capítulo 01 – O Espírito Santo e a Santíssima Trindade................ 06
Capítulo 02 – A Pessoa do Espírito Santo....................................... 08
Capítulo 03 – Atuações do Espírito Santo....................................... 10
Capítulo 04 – Vivendo na Dispensação do Espírito Santo.............. 13
Capítulo 05 – Nomes, Símbolos e Ações do Espírito Santo............. 15
Capítulo 06 – O Fruto do Espírito................................................... 19
Capítulo 07 – O Batismo com o Espírito Santo............................... 28
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais.................................................. 35
Capítulo 09 – Pecados Contra o Espírito Santo.............................. 65
Capítulo 10 – O Cristão Genuinamente Cheio do Espírito Santo....70
Referências Bibliográficas............................................................... 73
Uma Carta ao Querido Espírito Santo............................................ 75
Anotações......................................................................................... 76
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Agradecimentos

Agradecimentos
Louvado seja Deus por permitir que eu escrevesse essa
obra. Glória seja dada ao Nome de Jesus. Toda honra, toda
glória e todo o louvor seja dada única e exclusivamente ao Pai,
ao Filho e ao Espírito Santo.
Gostaria de agradecer muito a um grande homem de
Deus, Pr. Edvaldo Barbosa da Silva (In Memoriam). Louvo a
Deus pela vida dos meus irmãos e companheiros de ministério,
que pertencem a Igreja verdadeira.
Eu louvo a Deus também pela vida de grandes amigos e
irmãos que tenho conhecido, e que tenho grande respeito por
eles: Edvaldo Barreto, Davi Rocha, Ronaldo Brasil. Adenilo
Gonçalves, Christopher Vieira, Pr. Sérgio Falcão, que o meu
Deus abençoe esses irmãos e amigos maravilhosos.
Agradeço a Deus pela vida de meus pais, o Sr. Lidoci
(In Memoriam) e a Srª Maria, e os meus irmãos. Agradeço a
Deus pela vida da minha namorada e companheira Lisiane de
Souza Ribeiro.
Gostaria de agradecer por ter me dado inspiração, e ter
me dado paciência e perseverança para poder escrever essa
obra ao meu querido amigo e companheiro o Espírito Santo.
Agradeço do mais profundo do meu coração a todas as
pessoas que adquirirem um exemplar desta simples obra. Que
Deus possa lhes recompensar em conhecimento.
Que você possa conhecer mais a Pessoa maravilhosa do
Espírito Santo, o seu Grande Amigo e Consolador.
Seu irmão em Cristo Jesus.

Cleber Rosa (C. R.) Alves

4 C. R. Alves
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Introdução

Introdução
O Espírito Santo é uma realidade viva e presente na
vida da Igreja do Senhor Jesus Cristo. Suas multiformes
operações, mantém a Igreja de Cristo viva, dinâmica e atuante.
Na dispensação que vivemos, chamada de “Ministério
do Espírito” (2 Coríntios 3.8), a Sua operação vem superando
as demais, pois a Sua presente missão é dar continuidade a obra
de Jesus Cristo na cruz do Calvário.
Muitas pessoas têm se equivocado a respeito do Espírito
Santo, o tratando como se Ele fosse uma coisa qualquer, um
poder, uma energia ou mesmo uma simples influência.
É absolutamente necessário conhecer o que a Bíblia
Sagrada nos ensina sobre o Espírito Santo. Ele não é uma
força, energia ou qualquer sensação, fruto de emoções. Sua
atuação se dá na vida do cristão de uma maneira concreta e
permanente, pois Ele glorifica a Jesus (João 16.14). E anuncia
ao pecador as bênçãos originarias do sacrifício de Cristo. (João
16.15).
A falta de conhecimento acerca do Espírito Santo tem
causado grande prejuízo espiritual na vida de muitos cristãos.
(Mateus 22.29).
Cinquenta dias após a morte e ressurreição de Cristo,
Deus enviou o Espírito Santo a Igreja, que estava reunida no
Cenáculo no dia de Pentecostes, a apresentando para o mundo;
e Jesus continua batizando a todos que tem um encontro
pessoal com Ele, nesse Espírito.
Assim sendo o Espírito Santo quando veio, recebeu a
missão de habitar na vida do cristão. O Espírito Santo é o Selo
de Deus, o sinal pelo qual a Igreja é reconhecida e temida no
inferno.

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 1 – O Espírito Santo e a Santíssima Trindade

Capitulo 01
O Espírito Santo e a Santíssima Trindade
Embora a Santíssima Trindade seja um mistério para ser
revelado apenas quando estivermos diante do trono da graça,
ainda assim, podemos ter certeza da sua existência, pelas
informações registradas nas Escrituras Sagradas.
Deus é uno e, ao mesmo tempo, triuno (Gênesis 1.1,26,
Gênesis 3.22, Gênesis 11.7, Deuteronômio 6.4, 1 João 5.7).
O Pai, o Filho e o Espírito Santo são três divinas e
distintas pessoas. São verdades bíblicas que transcendem a
razão humana, e as aceitamos alegremente pela fé. A fé
precede a doutrina. (1 Timóteo 4.6).
Se a unidade composta do homem – espirito, alma e
corpo, continua como fato inexplicável para a ciência e para os
homens mais sábios e santos, quanto mais a triunidade – do
Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Às três divinas pessoas da trindade são co-eternas e
iguais entre si. Mas, em suas operações concernentes à criação
e a redenção, Deus o Pai, planejou a criação de tudo (Efésios
3.9), Deus o Filho, executou o plano, criando (João 1.3,
Colossenses 1.16, Hebreus 1.2, Hebreus 11.3), e Deus, o
Espírito Santo, vivificou, ordenou, pôs tudo, todo o universo
em ação: desde a menor partícula invisível até o maior objeto
existente. (Jó 33.4, Salmos 33.6, João 6.63, Gálatas 6.8, Tito
3.5).
Ou seja, o Pai domina, o Filho realiza, e o Espírito
Santo vivifica, preserva e sustenta.
Na redenção da humanidade, o Pai planejou a salvação,
no céu; o Filho consumou-a, na terra; e o Espírito Santo realiza
e aplica essa tão grande salvação à pessoa humana. Entretanto,
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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 1 – O Espírito Santo e a Santíssima Trindade
se examinarmos cuidadosamente a Biblia veremos que, em
qualquer desses atos divinos, as três Pessoas da trindade estão
presentes.
Uma tentativa de definição do Trino Deus é:
1) Deus Pai (Jeová) é a plenitude da divindade invisível (João
1.18).
2) Deus Filho (Jesus Cristo) é a plenitude da divindade
manifesta (João 1.1-17).
3) Deus Espírito Santo é a plenitude da divindade operando na
criatura (1 Corintios 2.12-16).
Alguns versículos são bastante explícitos a este
respeito. O exemplo mais claro e evidente da manifestação da
Santíssima Trindade foi exatamente no batismo do Senhor
Jesus (Mateus 3.13-17).
Daí às três pessoas são identificadas:
1) O Filho, sendo batizado.
2) O Espírito Santo, que desceu em forma visível de pomba
(uma alegoria).
3) O Pai, que falou no céu, identificando Jesus o Seu Filho
amado.

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 2 – A Pessoa do Espírito Santo

Capitulo 02
A Pessoa do Espírito Santo
Ele é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, muito embora
não fique no terceiro lugar na divindade. O Pai, o Filho (Jesus
Cristo) e o Espírito Santo estão no mesmo plano. O Pai é Deus, o
Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Todas estas pessoas são
distintas, no entanto, às três formam um único Deus.
Como um simples exemplo, poderíamos citar o ovo: a casca é
uma parte, a clara é outra parte e a gema é a outra parte que completa
o ovo. Embora cada parte seja diferente uma da outra, às três juntas
formam um único ovo.
Ai vemos o mistério que não se pode desvendar. No caso, é
válida a soma 1+1+1=1.
Sua Personalidade
Personalidade é o conjunto de atributos de várias categorias
que caracterizam uma pessoa. No seu aspecto psíquico, a
personalidade consiste de: intelecto, sensibilidade e vontade. Os três
são também chamados de: inteligência, afetividade e
autodeterminação.
No Espírito Santo vemos essa triplicidade de atributos da
personalidade, a saber:
1) Intelecto: (1 Coríntios 2.1).
2) Sensibilidade: (Efésios 4.30).
3) Vontade: (1 Coríntios 12.11).
O Espírito Santo não é uma influência, uma energia
imperceptível ou um mero poder impessoal, como erradamente
ensinam alguns. Ele é uma Pessoa dotada de personalidade própria.
A Bíblia usa pronome pessoal em relação ao Espírito Santo: Quando
Ele vier... (João 16.8,13, João 14.26).

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 2 – A Pessoa do Espírito Santo
Do Nome Consolador
Jesus dirigindo-se aos discípulos os instruiu acerca do
Espírito Santo (João 14.16).
A palavra consolador no original grego significa “Paracleto”,
cujo sentido literal é, um que é chamado para colocar-se ao lado de
outro para o ajudar em igualdade de condições. Significa aquele que
vem para socorrer, ajudar, assistir.
Atributos Divinos do Espírito Santo
1) Criador: (Gênesis 1.1,2, Jó 33.4).
2) Eterno: (Hebreus 9.14).
3) Soberano: (João 3.8, 1 Coríntios 12.11).
4) Onisciente: (1 Coríntios 2.10,11).
5) Onipresente: (Salmos 139.7-10).
6) Onipotente: (Lucas 1.35).
Das Atitudes Humanas Contra o Espírito Santo
1) Mentir: (Atos 5.3,4).
2) Falar contra: (Mateus 12.32).
3) Fizer Agravo: (Hebreus 10.29).
Atividades Pessoais do Espírito Santo
1) Ensinará e fará lembrar: (João 14.26).
2) Penetra: (1 Coríntios 2.10).
3) Testifica: (Romanos 8.16).
4) Diz: (Atos 13.2, Apocalipse 2.7).
5) Envia: (Atos 13.4).
6) Guia: (João 16.13).

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 3 – Atuações do Espírito Santo

Capitulo 03
Atuações do Espírito Santo
O Espírito Santo no Antigo Testamento
No Pentateuco: O Espírito Santo atuou de forma
marcante:
1) Na criação, criando e dando forma a tudo: (Salmos 104.30).
2) Nos dias antediluvianos, exortando: (Gênesis 6.3).
3) Na vida de alguns personagens, capacitando-os a execução
de importantes tarefas:
a) José: (Gênesis 41.33-44).
b) Moisés: (Deuteronômio 18.18).
c) Bezaliel: (Êxodo 31.2-4).
d) Josué: (Números 27.18).
e) Calebe: (Números 14.24).
Nos Livros Históricos: O Espírito revestiu de poder
homens como:
1) Otoniel, para julgar: (Juízes 3.9,10).
2) Gideão, para liderar: (Juízes 6.34).
3) Sansão, para vencer adversários: (Juízes 14.19, Juízes
15.14).
4) Saul e Davi, para reinarem: (1 Samuel 10.6,10, 1 Samuel
11.6, 1 Samuel 16.13).
Nos Livros Proféticos: O Espírito Santo inspirou os
profetas que Dele falaram sobre:
1) O seu derramamento: (Joel 2.28,29).
2) Seu poder irrestrito: (Miqueias 2.7, Miqueias 3.8).
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Capítulo 3 – Atuações do Espírito Santo
3) Seu poder restaurador: (Ezequiel 37.1).
4) Sua rejeição: (Isaías 30.1).
5) Sua soberania: (Isaías 40.13).
O Espírito Santo no Novo Testamento
No ministério de Jesus, pela atuação do Espírito Santo o
Senhor Jesus foi:
1) Gerado no ventre de Maria: (Lucas 1.35).
2) Preservado em vida: (Mateus 2.12).
3) Revelado a Simeão: (Lucas 2.25-29).
4) Ungido com poder: (Atos 10.38).
5) Oferecido a Deus como sacrifício: (Hebreus 9.14).
6) Ressuscitado dos mortos: (Romanos 8.11).
Nas Epístolas: Entre tantas outras referências ao
ministério do Espírito Santo temos:
1) A intercessão: (Romanos 8.26).
2) Os dons: (1 Coríntios 12.1-12).
3) A transformação: (2 Coríntios 3.18).
4) O fruto: (Gálatas 5.22).
5) O enchimento: (Efésios 5.18).
6) O socorro: (Filipenses 1.19).
7) O fortalecimento: (Colossenses 1.11).
8) O gozo: (1 Tessalonicenses 1.6).
9) A santificação: (2 Tessalonicenses 2.13).
10) A advertência: (1 Timóteo 4.1).
11) O depósito: (2 Timóteo 1.14).
12) A Renovação: (Tito 3.5).

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Capítulo 3 – Atuações do Espírito Santo
13) O testemunho: (Hebreus 10.15).
14) A regeneração: (1 Pedro 1.23).
No Apocalipse: Após revelar a João todos os fatos que
estavam ocorrendo nas Igrejas da Ásia Menor, e o que hão de
ocorrer, o Espírito convida-nos a posicionar-nos perante Deus.
(Apocalipse 22.17).

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Capítulo 4 – Vivendo na Dispensação do Espírito Santo

Capitulo 04
Vivendo na Dispensação do Espírito Santo
Podemos distinguir três diferentes dispensações, nas
quais, Deus tem operado de modo diferente em cada uma.
1) Dispensação do Pai: No Antigo (Velho) Testamento
observamos o Senhor Deus agindo, falando, guiando e
operando. Vemos de modo nítido que o próprio Deus sempre
estava à frente de tudo. Sempre lemos: Deus falou, Deus fez,
Deus viu, etc. Ao lado Dele operava também o Filho e o
Espírito Santo.
2) Dispensação do Filho: Os Evangelhos focalizam Jesus
como o Salvador que ensinou o caminho da salvação e, depois,
com a Sua vida entregue a morte, ganhou a eterna salvação.
Essa dispensação começou quando Jesus se fez homem, e
apareceu no cenário deste mundo. Deus então:
a) Falou pelo Filho: (João 14.9, Hebreus 1.1).
b) Lhe entregou todo o juízo: (João 5.22).
c) Pôs tudo nas suas mãos: (João 3.35).
d) Ensinou ao Filho o que devia falar ao mundo: (João 8.28,
João 12.50).
Na cruz do Calvário Jesus consumou a obra, para qual
havia sido enviado (João 19.30, Hebreus 2.9), e tornou para o
céu, (João 13.3, João 16.28), onde está a destra de Deus,
intercedendo por nós. (Hebreus 7.25, Romanos 8.34).
Durante esta dispensação também o Pai operava (2
Coríntios 5.19), assim como o Espírito Santo (Hebreus 9.14).
3) Dispensação do Espírito Santo: Nos Atos dos Apóstolos e
nas Epístolas a atenção é fixada na pessoa do Espírito Santo,
quando ele aplica a obra de Cristo e faz que a vida espiritual se
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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 4 – Vivendo na Dispensação do Espírito Santo
aperfeiçoe. Essa dispensação começou quando Jesus chegou ao
céu, após a sua ascensão e enviou o Espírito Santo para o
mundo (Atos 2.32,33) para ficar conosco (João 14.16).
Nesta dispensação tanto Deus como o Filho operam
através do Espírito Santo (Atos 14.3, Atos 14.27, Atos 21.19).

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 5 – Nomes, Símbolos e Ações do Espírito Santo

Capitulo 05
Nomes, Símbolos e Ações do Espírito Santo
A Bíblia apresenta vários nomes do Espírito Santo, os
quais expressam algumas das diferentes características que Ele
possui. Por meio destes nomes podemos penetrar no
conhecimento sobre a sua natureza e também compreender
algo da obra que o Espírito Santo quer fazer em nós e por nós.
Nomes do Espírito Santo
1) Meu Espírito: (Gênesis 6.3).
2) Espírito purificador: (Isaías 4.4).
3) Espírito de justiça: (Isaías 4.4).
4) Espírito do Senhor: (Isaías 11.2, 2 Coríntios 3.17).
5) Espírito de sabedoria: (Isaías 11.2, Efésios 1.17).
6) Espírito de entendimento: (Isaías 11.2).
7) Espírito de conselho: (Isaías 11.2).
8) Espírito de fortaleza: (Isaías 11.2).
9) Espírito de conhecimento: (Isaías 11.2).
10) Espírito de temor do Senhor: (Isaías 11.2).
11) Bom Espírito: (Salmos 143.10).
12) Consolador: (João 14.16).
13) Espírito: (Efésios 5.18).
14) O Espírito Santo: (Efésios 1.13).
15) Espírito de adoção: (Romanos 8.15).
16) Espírito de amor: (2 Timóteo 1.7).
17) Espírito de Deus: (Gênesis 1.2, Romanos 8.9).

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Capítulo 5 – Nomes, Símbolos e Ações do Espírito Santo
18) Espírito de Cristo: (Romanos 8.9).
19) Espírito de glória: (2 Crônicas 7.3, 1 Pedro 4.14).
20) Espírito da graça: (Zacarias 12.10, Hebreus 10.29).
21) Espírito de fortaleza: (2 Timóteo 1.7).
22) Espírito de moderação: (2 Timóteo 1.7).
23) Espírito da promessa: (Atos 1.4,5, Efésios 1.13).
24) Espírito de santificação: (Romanos 1.4).
25) Espírito da verdade: (João 14.17).
26) O Santo: (1 João 2.20).
27) Espírito de vida: (Romanos 8.2).
28) Espírito eterno: (Hebreus 9.14).
29) Espírito da fé: (2 Coríntios 4.13).
30) Espírito do Pai: (Mateus 10.20).
31) Espírito de consolo: (Atos 9.31).
32) Espírito de mansidão: (1 Coríntios 4.21).
33) Espírito de revelação: (Efésios 1.17).
Da mesma forma que os nomes variados identificam o
trabalho do Espírito Santo, Ele também é representado através
de muitos símbolos.
Símbolos do Espírito Santo
1) Vento: (Atos 2.2): Podemos ver e sentir os efeitos do vento,
mas ele próprio não é visto. O vento é empregado como figura
de linguagem, para descrever a vinda do Espírito Santo no dia
de Pentecostes.
2) Água: (João 7.38): A água é necessária ao sustento da vida.
O Espírito da Verdade flui da Palavra como águas vivas que
sustentam e refrigeram o cristão, e o revestem de poder.

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 5 – Nomes, Símbolos e Ações do Espírito Santo
3) Fogo: (Êxodo 13.21): O Fogo possui um aspecto
purificador, o fogo ardente e purificador do Espírito Santo da
Santidade também opera na vida do cristão, fazendo uma
limpeza naquilo que não Lhe agrada.
4) Óleo: (Êxodo 29.7): Desde o princípio, o azeite é usado
primeiramente para ungir os sacerdotes, e depois os reis e os
profetas. O azeite é o símbolo da consagração divina do cristão
para o serviço no reino de Deus.
5) Pomba: (Mateus 3.16): A pomba é a representação da
mansidão e da paz.
6) Selo: (2 Coríntios 1.22): O selo representa a autenticidade,
mostra que pertencemos a Deus.
7) Penhor: (2 Coríntios 5.5): Representa a nossa garantia de
compra efetuada por Jesus na cruz do Calvário.
8) Orvalho: (Gênesis 27.28): Representa o refrigério adicional
a escassez da vida espiritual.
9) Chuva: (Oséias 6.3): A chuva sempre representou a benção
de Deus, que alegra os corações.
Ações do Espírito Santo
1) Abre os céus: (Mateus 3.16).
2) Consola: (João 14.16,17).
3) Convence do pecado: (João 16.8).
4) Dá acesso ao Pai: (Efésios 2.18).
5) Faz dar frutos: (Gálatas 5.22,23).
6) Da ousadia para falar a respeito de Jesus: (Atos 4.31).
7) Ressuscitará os nossos corpos mortais: (Romanos 8.11).
8) Derrama o amor de Deus nos corações: (Romanos 5.5).
9) Ensina: (João 14.26).

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 5 – Nomes, Símbolos e Ações do Espírito Santo
10) Usa para expulsar demônios: (Mateus 12.28).
11) Guia: (Atos 8.29).
12) Inspira: (2 Timóteo 3.16).
13) Intercede por nós: (Romanos 8.26).
14) Habita em nós: (João 14.17).
15) Justifica: (1 Coríntios 6.11).
16) Revela a vontade de Deus para as nossas vidas: (Efésios
3.5).
17) Santifica: (1 Pedro 1.2).
18) Testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus:
(Romanos 8.16).

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 6 – O Fruto do Espírito

Capitulo 06
O Fruto do Espírito
Embora muitas pessoas considerem o fruto do Espírito
de maneira pluralizada, a Bíblia o mostra de maneira singular,
considerando-os o fruto (Gálatas 5.22).
No momento em que você é salvo e o Espírito Santo
habita em sua vida, você não está mais sob a escravidão da
natureza pecaminosa. Quando você entrega o controle ao
Espírito Santo, Ele impede que a carne tenha poder sobre você.
Ser santo significa ser semelhante a Cristo. As
características chamadas o fruto do Espírito, são as
características de Cristo produzidas em nós pelo Espírito Santo
quando nos submetemos ao Seu controle.
O fruto do Espírito é a manifestação das virtudes de
Deus na vida do cristão autêntico, que se submete à vontade do
Senhor. O cristão não pode pelos seus próprios esforços, ou
méritos, produzir o fruto do Espírito, isso se dá através de uma
cooperação mutua do Espírito Santo e do cristão, quando este
se rende sem reservas a Ele.
O cristão que quiser mandar na sua vida e fazer a sua
vontade para agradar a si mesmo, pode continuar como cristão,
mas nunca será vitorioso no seu viver em geral, e jamais terá o
testemunho do Espírito na sua consciência cristã de que está
em tudo agradando a Cristo e fazendo o Seu querer.
O Espírito Santo não vai impor a ninguém a Sua própria
vontade, a fim de que se produza o fruto. Precisa haver uma
disposição real do homem na busca da suprema vontade de
Deus, para que, então, o seu Espírito possa efetuar a
transformação radical no íntimo do homem.

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 6 – O Fruto do Espírito
O fruto é o resultado final daquilo que se planta. É
muito importante lembrar que, se alguém pretende colher um
determinado fruto, precisa plantar a semente desse fruto, ou
seja, o fruto é uma resposta a uma plantação. Ele pode ser bom
ou mau; depende naturalmente daquilo que se planta, ou seja,
da semente que nós semeamos.
Se desejamos que a nossa vida produza os frutos
espirituais ou o fruto do Espírito Santo, devemos semear em
nossos corações os pensamentos divinos que estão na Bíblia
Sagrada.
Todo bom agricultor, antes de plantar, escolhe a boa
semente, terra apropriada e o tempo determinado para semear,
pois cada semente tem uma época certa para ser plantada e
colhida. A vida cristã não é muito diferente: há o momento
certo da plantação e também da colheita.
O fruto do Espírito nada mais é que a expressão do
amor de Deus na vida do cristão produzida pelo Espírito Santo.
Cada virtude é a expressão de um só e único amor.
O fruto é o amor de Deus, mas cada uma das virtudes:
amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé,
mansidão, temperança, são expressões desse amor. Assim
sendo o fruto é semelhante a uma flor, com nove pétalas
diferentes, que constituem a mesma flor.
1) O Amor (Grego = Ágape): O amor em seu conceito mais
sublime é personificado em Deus. A melhor e mais curta
definição do amor é Deus, pois Deus é Amor (1 João 4.8).
O amor de Deus foi revelado à humanidade por seu
Filho Jesus Cristo (Romanos 5.8).
No amor estão os dois grandes mandamentos da Lei de
Deus (Mateus 22.37-40).
No amor existe um relacionamento sincero e
verdadeiro, maior que um simples sentimento de compaixão ou
20 C. R. Alves
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 6 – O Fruto do Espírito
afeição. Realmente, o amor é definido com sacrifícios de quem
ama, sem esperar da pessoa amada a resposta, pois quem ama,
o faz sem nenhum interesse próprio.
Tipos de Amor:
a) Amor Ágape: A palavra ágape é grega e significa amor
abnegado, amor profundo e constante, como o amor de Deus
pela humanidade (João 3.16).
Este amor perfeito e inigualável abrange nossa mente,
nossas emoções, nossos sentimentos, nossos pensamentos –
todo o nosso ser. Este é o tipo de amor que o Espírito Santo
quer manifestar em nossa vida quando nos entregamos
inteiramente a Deus.
É um amor que nos leva a amá-lo e obedecer a Sua
Palavra. Este amor abençoado flui de Deus para nós e retorna
de nosso coração para Ele em louvor, obediência, adoração e
serviço fiel (1 João 4.19).
O amor ágape é o caráter de Cristo em ação.
2) Amor Philia (fraternal): Este amor é: amizade, um amor
humano que é limitado, como o amor de mãe para filho, pois
amamos e somos amados (Lucas 6.32).
A bondade ou amizade fraterna é essencial nas relações
humanas, mas é inferior ao amor ágape, porque depende de
uma relação recíproca; quer dizer, somos amigáveis e
amorosos com aqueles que são amigáveis e amorosos conosco.
3) Amor Eros (físico): Este é o amor físico que emana dos
sentidos naturais, instintos e paixões. Trata-se de um aspecto
importante do amor entre marido e mulher.
Mas pelo fato de estar baseado no que a pessoa vê e
sente, o amor Eros pode ser: egoísta, temporário e superficial.
Em seu aspecto negativo, se torna concupiscência. Este amor é
mal-usado com frequência.

C. R. Alves 21
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 6 – O Fruto do Espírito
2) O Gozo – Alegria (Grego = Chara): A alegria, como fruto
do Espírito, é absolutamente diferente da alegria provocada
pelo mundo, porque esta, como fruto da imaginação humana,
através de piadas embriaguez ou coisa semelhante, tem sua
duração limitada, tal qual uma nuvem passageira e que após a
sua passagem, muitas vezes deixa um rastro de tristeza e dor
insuportável.
A alegria faz parte da perfeição divina. A alegria como
fruto do Espírito, é muito mais que uma simples sensação
vivida pelo homem. É uma vida verdadeira de eterno gozo na
alma, pelas convicções implantadas pelo Espírito Santo dentro
do homem.
A alegria é produto do Evangelho dentro de nós (Lucas
2.10), e da profunda experiência da salvação. O grande
regozijo que o Senhor nos concede é o de verificar-se no seu
povo a diferença do povo deste mundo. Com Ele, testificamos
a felicidade existente dentro de nós. O próprio Deus
experimenta essa sensação, conforme está escrito: (Neemias
8.10).
A alegria é uma qualidade de vida caracterizada pelo
bem-estar espiritual, consequência de uma correta relação com
Deus; é o regozijo no Espírito Santo. Deus nunca apreciou o
desânimo; pelo contrário, a Sua Palavra nos diz: (Salmos 100.2,
Salmos 105.3).
O verdadeiro cristão tem profunda alegria, pois
reconhece que o Senhor está em Seu trono, e tudo está sob Seu
controle. Essa alegria é a inspiradora da esperança e da
coragem; é a confiança no Senhor Jesus e a satisfação de
estarmos vivos n’Ele. Um coração alegre produz: um rosto
radiante, um cântico de louvor, a força divina.
3) Paz (Grego = Eirene): A paz é uma coisa preciosa, e feliz é
o homem que a alcança. Quando falamos de paz como fruto do
Espírito, não estamos nos referindo ao alívio momentâneo
22 C. R. Alves
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 6 – O Fruto do Espírito
proporcionado em momentos de silêncio em algum lugar
tranquilo.
Muitos homens poderosos financeiramente pensam que
podem adquirir a paz resolvendo os seus grandes problemas
por intermédio do dinheiro e, então, não medem esforços e
gastam fabulosas quantias com a finalidade de livrarem-se
deles. Pensam que, uma vez livres dos problemas, podem gozar
a paz.
A paz como fruto do Espírito, diz respeito a um estado
ou condição de tranquilidade (grande calma) ou quietude; fala
de unidade e harmonia, de segurança ou confiança. Deus é
nosso abrigo, nosso refúgio, protegendo-nos de todos os
ataques do maligno, e encontramos perfeita paz e descanso
n’Ele.
É impossível encontrar a verdadeira paz, enquanto
tentar manter o controle de si mesmo e confiar na força do seu
próprio braço, permanecendo soberbo e indiferente às
promessas de Deus. Se, porém, dermos ouvidos à Palavra de
Deus, teremos a verdadeira paz.
A paz é uma virtude do glorioso fruto do Espírito Santo
em nós. Sem Deus não há a verdadeira paz! Sem a presença do
príncipe da paz, de quem o profeta Isaías fala: (Isaías 9.6), não
há união em amor. Jesus disse aos seus discípulos; antes de os
deixar para não se desesperarem (João 14.27).
4) Longanimidade – Paciência (Grego = Makrothumia):
Longanimidade significa uma tolerância paciente. Esta é uma
qualidade genuinamente cristã, pois ninguém pode evidenciar
um caráter longânimo se não estiver absolutamente envolvido
pelo Senhor Jesus, porque ser longânimo significa ser paciente
para suportar ofensas.
O sentido da palavra original significa resignação,
obstinação, constância de ânimo e equilíbrio emocional, nas

C. R. Alves 23
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 6 – O Fruto do Espírito
dimensões divinas. Em outras palavras, a pessoa em quem o
Espírito Santo está produzindo o fruto da paciência está
aprendendo a esperar no Senhor sem perder a esperança,
admitir a derrota ou ser controlada pela raiva.
A paciência, como fruto do Espírito, capacita o cristão a
exercer o autodomínio (conter-se ou refrear-se) diante da
prova. Não é precipitado em acertar as contas ou punir. Ao
mesmo tempo, não se entrega nas circunstâncias difíceis ou sob
provações continuas.
É a perseverança ou a capacidade de suportar. Sem
essa paciência desfaleceríamos. É em nossos sofrimentos que é
produzida em nós a paciência do Espírito.
Quando manifestamos este fruto, suportamos as
provações alheias, porque sabemos que também o Senhor Jesus
suporta os nossos pecados, devido a Sua grande
longanimidade.
5) Benignidade (Grego = Chrestotes): A palavra original
significa: bondade como qualidade de pureza e também como
disposição afável em termos de caráter e atitudes. Abrange
ternura, compaixão e meiguice.
Essa é uma virtude que nos dá condições de tratarmos
os outros com carinho e meiguice. É a característica de uma
pessoa boa, amável, que não quer magoar ou causar dor aos
outros.
O cristão que possui esta virtude tem um caráter
excelente, pois é gracioso e gentil com todos os seus
semelhantes, não se mostrando inflexível e exigente. A Bíblia
nos fala que o Pai é benigno (Lucas 6.35). Também nos fala
que Jesus é benigno (2 Coríntios 10.1).
Como cristãos fiéis, devemos proceder igualmente.
6) Bondade (Grego = Agathousune): É a prática do bem. Uma
coisa é querer o bem, desejá-lo; outra é realizá-lo. Aquele que
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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 6 – O Fruto do Espírito
possui essa virtude como fruto do Espírito, nunca olha somente
para si mesmo; mas também na direção do outro, do aflito, com
o intuito de proporciona-lhe o bem.
A pessoa boa nunca espera da outra parte a recompensa.
Não vê cor, sexo, aparência física e nem situação financeira;
antes, seu prazer é glorificar o Senhor Jesus através dos seus
atos de generosidade.
Quem possui esta virtude em sua vida é feliz
(Provérbios 14.14), e é uma benção para os outros (Romanos
15.14).
A Bíblia diz que Deus é bom (Salmos 145.9).
7) Fé – Fidelidade (Grego = Pistis): Fé é a certeza absoluta
que Deus vai fazer o que está escrito na Sua Palavra. Assim
como nosso Deus é, nós também devemos ter para com Ele
lealdade, fidelidade. Deus é fiel (1 Coríntios 1.9, 1
Tessalonicenses 5.24, 2 Coríntios 1.18). Jesus é fiel
(Apocalipse 19.11).
É uma demonstração do caráter leal do Senhor Jesus
Cristo, por causa de uma confiança total n’Ele. Através da
conversão do homem ao Senhor Jesus, sua alma passa a ser
dependente d’Ele pela entrega total. Isso é confiança ou fé, que
por sua vez produz a fidelidade propriamente dita.
É fácil ser fiel quando tudo vai bem. Quando as coisas
vão mal, a fidelidade é um sacrifício. O que o Espírito Santo
deposita dentro de nós, através da fidelidade, atravessa
qualquer barreira, transpondo os obstáculos contrários a fé.
Deus está sempre provando a nossa fidelidade para com
Ele, e os olhos do Senhor procuram os fiéis (Salmos 101.6).
Sejamos fiéis até a morte para alcançarmos à coroa da
vida (Apocalipse 2.10).

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 6 – O Fruto do Espírito
Fé é a nossa confiança inabalável em Deus e na Sua
Palavra, o que acaba gerando fidelidade. Existem algumas
qualidades de fé:
a) Fé natural: Todos nós nascemos com a fé natural, a qual
está relacionada com o raciocínio humano. Diariamente temos
de exercer nossa fé natural de muitas maneiras: quando
atravessamos a rua num cruzamento movimentado, quando
ligamos o interruptor de luz, quando pegamos um ônibus para
determinado lugar.
b) Fé como crença: Aquilo que é crido ou o conteúdo da
crença é chamado fé pessoal.
c) Fé salvífica: Está é a fé dada ao coração pela Palavra de
Deus ungida pelo Espírito Santo. Esta é a fé que Deus incita
em nosso coração quando ouvimos a mensagem do Evangelho.
d) Fé viva: Depois que aceitamos a Cristo, temos uma fé que é
a confiança firme e resoluta em Deus, pouco importando o que
aconteça, porque estamos seguros n’Ele.
e) O fruto da fé: Diferente do dom da fé, a fé como fruto do
Espírito cresce dentro de nós.
f) O Dom da fé: Esta fé é um dom sobrenatural do Espírito
Santo, dado a Igreja como lhe apraz. Esta fé é exercida na
Igreja através de milagres, curas e outras manifestações do
Espírito de Deus. Esta é a fé de Deus que opera pelo homem.
8) Mansidão (Grego = Prautes): É uma virtude amorosa, pela
qual temos condições de nos conservarmos pacíficos, com
serenidade e brandura, sem alterações, quando nos deparamos
com as coisas adversas, irritantes, perturbadoras,
desagradáveis.
A mansidão é o resultado da verdadeira humildade, pelo
reconhecimento do valor alheio, com a recusa de nos
considerarmos superiores. Se o Senhor Jesus não tivesse essa

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 6 – O Fruto do Espírito
virtude, jamais conseguiria suportar a provocação dos que O
insultavam (Isaías 53.7, 1 Pedro 2.23).
Devemos aprender com o Senhor Jesus, pois Ele é o
nosso Grande Mestre (Mateus 11.29).
A mansidão é ser moderado, atencioso, calmo e
submisso; sem a idéia de fraqueza ou inferioridade. Não há
nada de covardia na mansidão.
Essa virtude deve ser a marca e a característica dos
cristãos, porque todo cristão nasce do Espírito, o qual habita
em seu interior.
9) Temperança – Domínio Próprio (Grego = Egkrateia): Essa
virtude do fruto do Espírito nos dá o domínio para refrearmos a
nossa inclinação carnal. Serve de freio no momento da tentação
quando o nosso velho homem quer ceder à tentação, as
paixões, as coisas ilícitas (Tiago 1.14,15).
A idéia principal de temperança é: força, poder ou
domínio sobre o ego, inclusive arrogância, brutalidade e
vanglória. É o controle de si mesmo sob a orientação do
Espírito Santo.
O Espírito Santo é o poder que trabalha em nosso
interior aperfeiçoando a santidade em nós e tornando Cristo
uma realidade viva em nossa vida. Ele faz isto produzindo em
nós o fruto da temperança. Ele cria em nós o desejo de nos
separar do mundo pecaminoso e viver de modo a agradar a
Deus.
Quando o Espírito flui no cristão o domínio próprio, a
carne, o mau humor ou as concupiscências não determinam o
que ele faz ou o que deixa de fazer, mas ele tem vitória sobre
todas estas coisas.

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 7 – O Batismo com o Espírito Santo

Capitulo 07
O Batismo Com O Espírito Santo
O batismo com o Espírito Santo é um revestimento de
poder, em outras palavras é a confirmação de Deus, em toda a
Sua plenitude, dentro de nós. Através do batismo com o
Espírito Santo, o cristão é introduzido em uma vida de poder,
adoração, coragem, audácia, intrepidez, vitória e de serviço a
Deus, tal qual viveu o Senhor Jesus aqui na terra.
O batismo com o Espírito Santo é uma experiência real
que nos faz entrar em: uma esfera de ação completamente
nova, num terreno mais elevado, em um novo capítulo da vida,
em um novo desejo de viver para outras pessoas, em novas
possibilidades antes desconhecidas, numa nova vida espiritual,
num grau mais alto de santidade.
O batismo com o Espírito Santo é o cumprimento da
Palavra de Deus, que prometeu derramar o Seu Santo Espírito
sobre aqueles que, mediante a fé ativa e obediência, o buscam
e recebem, abrindo-lhe o coração.
Essa benção é para todos, indiferente de opção
denominacional, pois é uma necessidade imprescindível, de tal
forma que sem Ele a chance de sobrevivência cristã neste
mundo é praticamente impossível. Essa promessa é para todos,
pois a Palavra de Deus não mudou.
As promessas de Deus são válidas para todos os tempos.
Os homens de hoje são iguais aos homens daquele tempo. As
suas necessidades, fraquezas e problemas também são iguais.
Podemos definir o batismo com o Espírito Santo como:
uma dádiva de Deus, um dom do céu. Ora um dom ou um
presente, só é dado a quem está pronto a aceitá-lo. Deus não
manda o Espírito Santo onde os homens levantaram barreiras

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 7 – O Batismo com o Espírito Santo
de incredulidade, rejeitando o poder do alto. Por este motivo,
muitos cristãos não têm vitória em suas vidas, não chegam
onde podiam e deviam chegar.
Batizar com o Espírito Santo pertence ao Senhor Jesus;
Ele é quem dá, quando e como quer. Dos cerca de 500 irmãos
que viram Jesus ressuscitado e ouviram o Seu chamado para o
Cenáculo em Jerusalém (Lucas 24.49), apenas 120 deles
atenderam (1 Coríntios 15.6).
O que aconteceu aos demais que lá foram? Nem todos
estão com sede e perseverança para receberem o Batismo com
o Espírito Santo.
No batismo nas águas por imersão, temos três
elementos:
1) O candidato.
2) As águas.
3) O Pastor.
No batismo com o Espírito Santo, também temos três
elementos:
1) O candidato.
2) O Espírito Santo.
3) O Senhor Jesus.
Ao ser batizada com o Espírito Santo, a pessoa
semelhantemente ao batismo nas águas, é literalmente imersa
(coberta) pelo Espírito Santo. E conforme o testemunho de
João Batista, quem batiza assim é o Senhor Jesus,
acrescentando a palavra fogo que, exerce aparente contrastando
com a água, a ação de purificar ao queimar e destruir as
impurezas (Mateus 3.11).

C. R. Alves 29
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 7 – O Batismo com o Espírito Santo
É impossível alguém se dizer batizado com o Espírito
Santo se, verdadeiramente, não tem o Senhor Jesus como o seu
Único Senhor e Salvador pessoal.
A Evidência Inicial do Batismo com o Espírito Santo:
No dia de Pentecostes, o derramamento do Espírito
Santo foi acompanhado por um sinal externo bem evidente e
audível (Atos 2.4).
A evidência de que os discípulos haviam, de fato,
recebido o batismo com o Espírito Santo foi o falar em línguas.
Esta evidência deixou bem claro que os discípulos haviam
recebido A Promessa do Pai.
O falar em línguas (glossolalia), pois serve como
padrão e evidência incontestável e clara para se aferir se
alguém foi ou não batizado com o Espírito Santo.
Esta mesma evidência continuou a acompanhar todos os
que recebiam o batismo com o Espírito Santo. Podemos
verificar isto observando as referências: (Atos 2.4, Atos
10.45,46, Atos 19.6).
O Batismo Com O Espírito Santo Foi Anunciado Por:
1) Salomão: (Provérbios 1.23).
2) Isaías: (Isaías 28.11, Isaías 44.3).
3) Joel: (Joel 2.28).
4) Zacarias: (Zacarias 12.10).
5) João Batista: (Mateus 3.11).
6) Jesus: (João 14.16,17, 26, João 16.7,13, Atos 1.4,5. 8).
Para Quem é o Batismo com o Espírito Santo:
A luz da Palavra de Deus, o Batismo com o Espírito
Santo é para:

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 7 – O Batismo com o Espírito Santo
1) Pessoas de qualquer nação – toda carne: (Atos 2.17).
2) Pessoas de ambos os sexos – filhos e filhas: (Atos 2.17).
3) Pessoas de qualquer idade – vossos mancebos e vossos
velhos: (Atos 2.17).
4) Pessoas de qualquer camada social – os meus servos e as
minhas servas: (Atos 2.18).
5) Os judeus – o povo escolhido: (Atos 1.13,14).
6) Os samaritanos – o povo misto e menosprezado: (Atos 8.17).
7) Os romanos – o povo tido como auto-suficiente: (Atos
10.44-46).
8) Os gregos – os povos gentílicos: (Atos 19.6).
9) Quem já tem o Espírito Santo: (João 14.17, João 20.22).
10) A tantos quantos Deus nosso Senhor chamar: (Atos 2.39).
Os Conceitos do Batismo com O Espírito Santo:
1) Uma ditosa promessa da parte de Deus: (Atos 1.4).
2) Uma dádiva celestial inestimável: (Atos 2.38).
3) Uma imersão do cristão no sobrenatural de Deus: (Atos 1.5).
4) Um revestimento de poder do alto: (Lucas 24.49).
Três Maneiras Bíblicas de Batismo Com o Espírito Santo:
Há pelo menos três maneiras Bíblicas de o Senhor Jesus
batizar com o Espírito Santo os cristãos, embora seja um só
batismo e em cada uma dessas manifestações tenha ocorrido a
evidência das línguas estranhas.
1) O Espírito Santo de repente como um vento veemente e
impetuoso, sem nenhuma intervenção humana ou dramatização
para estimular a fé, batiza a todos que estão assentados no
Cenáculo. (Atos 2.2-4).

C. R. Alves 31
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 7 – O Batismo com o Espírito Santo
2) O batismo se dá através da imposição de mãos, em Samaria,
Damasco e Éfeso. (Atos 8.15-18, Atos 9.17,18, Atos 19.6).
3) Através da pregação da Palavra, o Espírito Santo caiu sobre
todos os que escutavam (Atos 10.44).
O Batismo Com O Espírito Santo Não é o Mesmo Que:
1) Salvação: Os discípulos já eram salvos antes do Pentecostes
(Lucas 10.20, Lucas 22.28, João 13.10, João 15.3). Restava-
lhes, porém, serem revestidos de poder do alto.
2) Santificação: Embora o Espírito Santo promova a
santificação na vida do cristão (Gálatas 5.16-18, 24-26), isso
nada tem a ver com o batismo com o Espírito Santo. A pessoa
pode ser santificada e cheia do Fruto do Espírito, e, mesmo
assim não ser batizada com o Espírito Santo.
A santificação é desenvolvida pouco a pouco, de
maneira gradual em nossa vida, enquanto que o batismo com o
Espírito Santo é um dom concedido por Deus uma única vez.
3) Alegria: A salvação traz grande alegria ao coração do ser
humano (Romanos 14.17), porém, sentir grande alegria, ou
emoção, não significa que o cristão é ou tenha sido batizado
com o Espírito Santo. A alegria é o resultado da salvação (2
Coríntios 2.2, 2 Coríntios 6.10)
Resultados do Batismo com o Espírito Santo:
1) Edificação espiritual individual, mediante o cultivo das
línguas recebidas com o batismo, o cristão é edificado
pessoalmente (1 Coríntios 14.4,15).
2) Maior dinamismo espiritual, maior disposição e coragem na
vida cristã para testemunhar de Cristo e proclamar o
Evangelho. Compare nesse sentido o caso de Pedro antes e
depois do batismo (Marcos 14.66-72, Atos 4.6-20).
3) Maior desejo de orar e interceder, o cristão cheio do Espírito
Santo ora e intercede constantemente a favor dos filhos de

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 7 – O Batismo com o Espírito Santo
Deus (Atos 3.1, Atos 4.24-31, Atos 6.4, Atos 10.9, Romanos
8.26).
4) Maior glorificação do nome do Senhor Jesus, em espírito e
verdade (João 4.24), nos atos e na vida do cristão (João
16.13,14).
5) Maior consciência de que Deus é o nosso Pai celeste, e que
nós somos seus filhos (Romanos 8.15,16, Gálatas 4.6).
6) Ajuda o cristão a entender melhor o plano de Deus e
assimilar melhor a verdade da Bíblia (João 14.26, João 16.13).
7) Capacitar o cristão para momentos especiais de aflição e
sofrimento.
8) O batismo com o Espírito Santo é a porta aberta para os
dons espirituais. Somente após o batismo com o Espírito Santo
o cristão pode receber os dons espirituais.
Como Receber o Batismo com o Espírito Santo:
O recebimento do batismo com o Espírito Santo não
está vinculado a mérito, pois é um dom de Deus (Atos 10.45),
nem a métodos, pois o Espírito opera como o vento, que
sempre toma direções diferentes (João 3.8), nem a datas, pois
Jesus, o batizador é Soberano, e batiza quando lhe apraz; nem a
locais, pois Ele batiza onde quer; nem a posturas corporais,
pois o que vale é a posição do coração (Jeremias 23.13, João
7.38).
Todo servo de Jesus Cristo pode e deve ser batizado
com o Espírito Santo, pois Ele é para todos (Atos 2.38).
Vejamos Algumas Atitudes Para Recebê-lo:
1) Crendo na Promessa divina do batismo: O batismo com o
Espírito Santo é chamado “A Promessa do Pai” (Lucas 24.49,
Atos 1.4, Atos 2.16,32, 33). É somente pela fé em Cristo que
recebemos o batismo (João 7.38, Gálatas 3.14), não é por

C. R. Alves 33
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 7 – O Batismo com o Espírito Santo
mérito, haja vista ser um dom, uma dádiva de Deus para seus
filhos, quando cremos vemos a glória de Deus.
2) Buscando em oração: A Oração é um elemento necessário e
indispensável para o cristão obter o batismo com o Espírito
Santo. Os discípulos permaneceram 10 dias em oração,
aguardando A Promessa do Pai.
3) Adorando a Deus com perseverança: Louvando sempre a
Deus, bendizendo ao Senhor, alegrando-se em Deus. Assim
fizeram os primeiros candidatos antes do dia de Pentecostes
(Lucas 24.52,53).
4) Perseverando em unidade fraternal: Isso também os
primeiros candidatos fizeram (Atos 1.14).
5) Vivendo em obediência à vontade do Senhor: A Bíblia
afirma expressamente que o Senhor concede o Espírito Santo
aos que lhe obedecem (Atos 5.32).
6) Cuidando o cristão da sua espiritualidade: É o cristão
separando-se do mundo quanto à sua iniquidade e pecados.
Jesus disse que o mundo não pode receber o Espírito Santo.
7) Arrependimento: Voltando para Deus, em uma mudança
radical de atitude (Atos 2.38,39).
8) Pedir: (Mateus 7.7, Lucas 11.13, Tiago 1.6): Muitos estão
esperando a boa vontade de Deus, enquanto Deus está
esperando o seu pedido sincero, perseverante, e de fé (João
14.13.14, Atos 1.12-14).
9) Ter sede: Isto significa sentir real necessidade, aspirar
ardentemente (Salmos 143.6, Isaias 41.17,18, Isaias 44.3,
Apocalipse 21.6).
10) Buscar ardentemente, com Perseverança: (Mateus 7.7,
Lucas 11.9-13), até receber o Poder (Lucas 24.49).

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais

Capitulo 08
Os Dons Espirituais
Os dons espirituais representam à manifestação do
Espírito Santo na Igreja, sendo o grande chamariz para atrair
pecadores para o Reino de Deus. Eles manifestam a glória
divina, resultando em edificação para os fiéis.
Dentre as insondáveis riquezas espirituais que o Senhor
Jesus colocou a disposição da Sua Igreja na terra, destacam-se
os dons sobrenaturais do Espírito Santo, que são apresentados
pelo apóstolo Paulo. O apóstolo explica que os dons são
faculdades divinas operando na pessoa comum, capacitando
homens e mulheres a servirem melhor a Deus no crescimento e
edificação da Igreja do Senhor. Os dons espirituais são dádivas
(presentes) concedidos aos servos do Deus Altíssimo com o
objetivo de capacitar o cristão.
A Igreja é comparada a um corpo, onde cada cristão
tem uma função específica. Todos estão ligados à cabeça, que é
Jesus, de onde emanam todas as bênçãos e diretrizes para o
perfeito funcionamento desse corpo.
Os dons do Espírito são dados para edificação da Igreja,
para manter o corpo de Cristo na unidade da fé; para inspirar e
auxiliar o pregador, para animar o povo e confirmar a Palavra,
enfim para o bem de todos os salvos (1 Coríntios 12.7).
Os dons do Espírito Santo são as jóias com que a Noiva
de Cristo (A Igreja) se deve adornar, para o grande dia, o dia
das Bodas do Cordeiro.
Infelizmente, muitas Igrejas têm rejeitado ás jóias
verdadeiras, enfeitando-se com atavios falsos, com jóias de
muito brilho e pouco valor, só querem coisas vistosas, como:
filosofia, história, teologia, homilética, literatura, e tantas

C. R. Alves 35
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
outras matérias que enchem o cérebro e deixam vazio o
coração, enquanto o povo continua faminto, pedindo coisas
reais.
A palavra dom vem do grego charisma, que significa
um dom pela graça, uma dádiva. Os dons espirituais não se
tratam de mera capacidade ou de dotes naturais de alguém, os
quais tenham sido melhorados ou aperfeiçoados pela operação
do Espírito Santo; não se trata de merecimento humano, mas da
manifestação de um milagre, é uma coisa dada.
A Igreja da atualidade precisa mais e mais conhecer,
buscar, receber e exercitar a provisão divina imensurável que
há nos dons espirituais, para o seu contínuo avanço, edificação,
consolidação e vitória contra as hostes infernais, e, ao mesmo
tempo, glorificar muito mais a Cristo.
Dois princípios doutrinários devem ficar bem claro
aqui, concernentes aos dons espirituais:
Primeiro, uma pessoa que recebeu do Senhor dons do
Espírito não significa que ela alcançou um estado de perfeição
e que é merecedora das bênçãos de Deus. As manifestações e
operações do Espírito Santo por meio de alguém não devem
jamais ser motivo de orgulho para o cristão seja ele quem for.
Segundo, assim como o cristão não é salvo pelas obras,
mas tão somente pela graça divina (Efésios 2.8, Tito 3.5),
assim também os dons do Espírito Santo nos são concedidos
pela graça de Deus para que ninguém se engrandeça – segundo
a graça (Romanos 12.6).
O portador de um dom não o recebe para proveito
próprio ou para usá-lo quando e como achar melhor. Os dons
são dados aos membros do corpo de Cristo, para que os use
conforme a direção de Jesus, que é a cabeça da Igreja (1
Coríntios 12.12,27, Efésios 1.22).

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
Quando os dons são usados deste modo, o poder do
Espírito se manifesta na Igreja, capacitando-a a cumprir a sua
alta missão na terra, pois a Igreja é o instrumento usado por
Deus para a evangelização do mundo (Mateus 28.18-20,
Marcos 16.15-20).
Os dons espirituais constituem um poder sobrenatural,
uma autoridade que vence as forças malignas que procuram
impor o seu domínio sobre o povo. Principalmente nos últimos
tempos, esta força do mal tem aumentado (1 Timóteo 4.1).
A superioridade do cristianismo diante de todas as
outras religiões, filosofias e movimentos demoníacos se
manifesta através do poder sobrenatural (Atos 8.6-8,12-17,
Atos 19.13-17).
Se o cristianismo hoje somente se basear no poder de
sua própria sabedoria, argumentos e psicologia, vários
opositores se acharão com condições de combatê-lo. Porém,
quando o poder sobrenatural pelos dons se manifesta, então
cumprirá a Palavra de Jesus (Mateus 16.18).
Foi à poderosa e abundante operação dos dons do
Espírito que promoveu a expansão da Igreja Primitiva como se
vê no livro de Atos e nas Epístolas. Foi dotada de dons
Espirituais que a Igreja de então continuou crescendo sem
parar e triunfando, apesar das limitações da época, da oposição
e das perseguições. A obra missionária da Igreja avançou
poderosamente como um fogo em campo aberto.
As principais passagens sobre os dons Espirituais são
sete: (Romanos 12.6-8, 1 Coríntios 12.1-11, 28, 31, 1 Coríntios
13.1-13, 1 Coríntios 14.1-40, Efésios 4.7-16, Hebreus 2.4, 1
Pedro 4.10,11).
Os Dons Espirituais e o Fruto do Espírito Andam Juntos
Quando o apóstolo Paulo escreveu aos coríntios
observou que a irregularidade ali existente no uso dos dons era

C. R. Alves 37
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
a falta do fruto do Espírito entre os cristãos, por isso intercalou
entre os capítulos 12 ao 14, onde fala a respeito do uso correto
dos dons, um capítulo inteiro – o 13, que contém ensino
substancial sobre o fruto do Espírito, que é o amor (caridade).
Primeiro enfatizou que o uso de qualquer dom é inútil
se não houver amor (1 Coríntios 13.1-3), depois escreveu as
qualidades do amor (1 Coríntios 13.4-8).
Com isso evidenciou que foi exatamente a falta da
manifestação do fruto do Espírito, isto é, do amor, que trouxe
problema no uso dos dons. O fruto do Espírito domina o
portador do dom (1 Coríntios 13.4,5).
O amor jamais permite que o uso do dom venha a
produzir confusão (1 Coríntios 14.33). O fruto do Espírito
também domina os sentimentos. Importa que haja no homem
controle próprio (Provérbios 16.32; Provérbios 25.28).
O fruto do Espírito conserva o portador do dom em
humildade, pois o amor não se ensoberbece (1 Coríntios 13.4).
Um dos maiores perigos que cercam os que usam os dons é a
soberba, pois quando alguém os usa torna-se notável.
(Provérbios 27.21).
A humildade sempre dá a Jesus toda honra e glória, e
nunca faz o cristão procurar o primeiro lugar para si (Mateus
18.1, Mateus 19.25-28).
O fruto do Espírito impede que os dons sejam usados
por interesse próprio (1 Coríntios 13.5). Isso caracterizou Paulo
no uso dos dons (1 Coríntios 10.33, Romanos 15.12).
Foi nesse ponto que o diabo procurou tentar Jesus:
transformar pedras em pães para saciar a fome, porém Jesus
não aceitou a insinuação de Satanás (Lucas 4.3,4).
Quando falta o fruto do Espírito na vida do cristão, ele
se apresenta num estado de imaturidade espiritual (1 Coríntios
3.1-3). E o uso do dom é prejudicado. Foi isto que o apóstolo
38 C. R. Alves
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
reclamou em Corinto. Escreveu: não sejais meninos (1
Coríntios 14.20).
Em que sentido a imaturidade espiritual prejudica os
dons? Paulo respondeu aplicando no sentido espiritual a sua
experiência de menino, disse: (1 Coríntios 13.11).
Falava como menino: um menino age rápida e
impensadamente. Chora, grita e ri com a mesma facilidade.
Sentia como menino: um menino deixa-se levar pelos
seus sentimentos. Às vezes fica zangado, outras sente-se
importante, e sonha com grandezas. Gosta mais de doce que de
comida.
Discorria como menino: um menino esquece facilmente
de que maneira deve comportar-se. Às vezes se isola com seus
amiguinhos. Nem sempre quer ouvir os conselhos dos pais.
Paulo findou sua palavra comparativa, com a solução
do problema, dizendo: logo que cheguei a ser homem, deixei as
coisas de menino. Quando o fruto do Espírito aparece na vida,
acompanhando o uso do dom, então o dom é usado com
maturidade e prudência.
Toda energia e poder sem controle é desastroso. Deus
concede dons espirituais aos homens, mas não é o responsável
pelo mau uso deles, por desobediência do portador à doutrina
bíblica, ou por ignorância desta. A eletricidade quando
domada nas subestações, torna-se apropriada ao consumo
doméstico, mas nas linhas de alta tensão é letal e destruidora.
O uso dos dons na Igreja deve ser regulado e
equilibrado pela Palavra de Deus, corretamente entendida,
interpretada e aplicada. A Palavra e o Espírito combinam-se em
sua operação conjunta na Igreja. A Palavra é a espada do
Espírito, e o Espírito interpreta e emprega a Palavra.

C. R. Alves 39
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
Na Igreja, a predominância da doutrina do Senhor
(quando é pregada com base na Bíblia Sagrada) corrige erros,
evita confusão e repara estragos. Ela quando ensinada e
aplicada, neutraliza o fanatismo, que é zelo religioso sem
entendimento. São exageros, práticas antibíblicas,
emocionalismo, gritaria e outros desmandos.
Por sua vez, quando o Espírito predomina, neutraliza o
formalismo, que é excesso de regras, regulamentos, legalismo,
rotina religiosa, formalidades secas e enjoativas, mornidão,
fórmulas, ritos e coisas assim.
Quem recebe os dons de Deus, a primeira coisa a fazer
é procurar conhecer o que a Palavra ensina sobre o exercício
deles. No exercício dos dons e de outras manifestações do
Espírito Santo, ninguém que haja desordenadamente e cause
confusão, venha a dizer que está agindo assim por direção do
Espírito Santo. Ele não é o autor de tais coisas!
A Palavra de Deus é a autoridade, o código para o uso
dos dons. A Palavra nos mostra que, no uso dos dons, devemos
aprender a não ir além do que está escrito.
As manifestações dos dons não podem entrar em
choque com a Palavra de Deus, porque jamais poderá haver
contradição entre a manifestação do Espírito Santo na Palavra
(2 Pedro 1.21), e a sua manifestação pelos dons (1 Coríntios
12.7).
Por isso é que cada portador de um dom deve
conservar-se como vaso de barro (2 Coríntios 4.7), que com
humildade aceita a Palavra de Deus, para ser instruído (2
Timóteo 3.16,17).
É Preciso Ter Responsabilidade Quanto aos Dons
1) Conhecer os dons: (1 Coríntios 12.1).
2) Buscar os dons: (1 Coríntios 12.31).

40 C. R. Alves
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
3) Zelar pelos dons: (1 Coríntios 14.1).
4) Ser abundante nos dons: (1 Coríntios 14.12).
5) Ter autodisciplina nos dons: (1 Coríntios 14.32).
6) Ter decência e ordem no exercício dos dons: (1 Coríntios
14.40).
Classificação dos Dons Espirituais
Podemos subdividir os dons espirituais em três grupos
distintos:
1. Dons de Poder: Esses dons manifestam o poder de Deus
através de ações sobrenaturais. São os dons: da fé, os dons de
curar e o dom de operação de maravilhas.
Os dons de poder são dons espirituais de ação direta aos
que carecem de ajuda imediata e urgente. Eles existem em
função do sucesso e do cumprimento da grande comissão
(Mateus 28.15-20) dada por Jesus Cristo. A maior parte do
ministério do Senhor Jesus foi justamente na operação dos
dons de poder.
O Evangelho é o poder de Deus (Romanos 1.16), e é
natural que tenha a sua pregação confirmada com sinais e
maravilhas sobrenaturais, que confirmem esse Evangelho e lhe
dão confirmação.
1) O dom da Fé: Este dom não se refere à fé salvadora (Atos
16.31), nem ao crescimento da fé (2 Tessalonicenses 1.3), mas
consiste num impulso à fé implantada pela oração do Espírito
Santo para executar aquilo que Deus determinou que
fizéssemos.
Esta fé mencionada como dom espiritual é uma
operação completamente sobrenatural do Espírito Santo,
capacitando o ser humano para uma confiança sem igual no
poder de Deus, para a realização de coisas extraordinárias e
milagrosas. O verdadeiro dom da Fé nos leva a crer no poder

C. R. Alves 41
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
de Deus em todas as circunstâncias críticas, e nos dá a certeza
de que Ele nos ouve quando com fé clamamos.
É um dom de manifestação de poder sobrenatural pelo
Espírito Santo. Superação e eliminação de obstáculos sejam
quais forem, e de impedimentos; liberação do poder de Deus;
intercessão. O Espírito Santo opera no mais profundo do
coração humano, produzindo uma reação imediata da alma e
levando-a a certeza e à evidência. Essa fé é o estado de espírito
que consiste na firme adesão de uma verdade conhecida (na
Palavra de Deus), sem temor do engano. A Palavra é o que
fundamenta a certeza.
A fé concedida como um dom é um trabalho direto do
Espírito Santo. Esta fé é depositada no coração do cristão, ela
vai além da imaginação humana. É produzida de tal modo que
grandes milagres podem ser realizados por Deus.
Este dom em ação gera uma atmosfera de fé, que dá a
convicção de que agora tudo é possível (João 11.41,42, Marcos
9.23). Jesus se referiu a este dom (João 14.12). O cristão não
possui sempre está fé, ela só é permitida quando surge uma
necessidade, segundo a hora e o lugar que o Espírito Santo
determinar.
Este dom é um impulso poderoso à oração da fé (Tiago
5.17), pois impõe a certeza de que para Deus tudo é possível
(Mateus 19.26, Marcos 10.27, Lucas 1.37, Atos 27.23-25,
Daniel 3.25-28, Daniel 6.23).
2) Os dons de Curar: A cura do corpo doente pela fé é um
fruto da morte de Cristo na cruz do Calvário (Isaías 53.4,5,
Mateus 8.16,17, Mateus 9.35,36, 1 Pedro 2.24,25). O profeta
Isaías, que profetizou 700 anos antes do nascimento de Cristo,
descreveu a redenção de Jesus. No capítulo 53 do seu livro, ele
fala com detalhes sobre o trabalho remidor de Jesus Cristo e
salienta que todas as doenças estavam incluídas no ato da
redenção (Isaías 53.4,5,10). As verdades dessa profecia são
42 C. R. Alves
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
confirmadas pelos testemunhos dos discípulos de Jesus, pois
Mateus após relatar os maravilhosos trabalhos de cura
realizados por Jesus, afirmou que este era de fato o
cumprimento de Isaías 53.4 (Mateus 8.16,17).
Os dons de curar consistem numa operação do Espírito
Santo, pela qual o poder da cura que Jesus ganhou é
transmitido ao doente, para a cura completa. Esses dons são
concedidos aos servos do Senhor Jesus para a restauração da
saúde física, por meios divinos e sobrenaturais.
Os dons de curar estão no plural, à pluralidade deste
dom provavelmente indica que existe uma variedade de modos
na operação desse dom pelo Espírito Santo. Vemos no livro de
Atos este dom em plena atividade no ministério de vários
homens de Deus:
1) Estevão: (Atos 6.8).
2) Pedro: (Atos 4.6,7, Atos 9.32-43).
3) Filipe: (Atos 8.7).
4) Paulo: (Atos 14.8-10, Atos 28.8,9).
Este dom não significa uma capacidade de curar quando
e como a pessoa quer, porém, é sempre uma transmissão de
poder do Espírito Santo, por isto é indispensável que o portador
esteja ligado a Cristo e siga a sua direção. Jesus deve sempre
ser o único glorificado, como observamos a atitude de Paulo
(Atos 14.13-15), e de Pedro (Atos 3.12).
Os dons de curar não são concedidos a todos os cristãos
(1 Coríntios 12.11,30). Isso, porém não significa dizer que
apenas algumas pessoas especiais ou com cargos ministeriais
podem orar pelos enfermos. Todas as pessoas podem orar
pelos necessitados, independente dos dons de curas. O
importante é que haja fé. A Palavra de Deus nos diz que a
oração de um justo é poderosa e eficaz (Tiago 5.15,16).

C. R. Alves 43
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
Aqueles que não tem o dom de curar podem fazer a oração da
fé conforme nos foi ensinado nas Escrituras.
Quando uma pessoa faz a oração da fé por uma pessoa
enferma, em Nome de Jesus, a partir do momento em que ela
impõe as mãos, o Espírito Santo é transmitido para a parte do
corpo que esta enferma, e a atuação do Espírito Santo destrói a
enfermidade que está atuando no corpo da pessoa doente. O
efeito pode ser imediato ou pode aparecer gradativamente.
3) O dom de Operação de Maravilhas (Milagres): Este dom
constitui uma operação do Espírito Santo pela qual é
transmitido o poder ilimitado de Deus. São operações de
milagres extraordinários, surpreendentes, prodígios espantosos
pelo poder de Deus, para despertar e converter incrédulos,
céticos, oponentes, cristãos duvidosos.
O dom de operação de maravilhas trata de poderes
sobrenaturais que interferem nas leis da natureza. São atos
divinos em que as maravilhas do poder de Deus se manifestam
de tal forma que contrariam todas as leis da natureza. Por
maravilhas ou milagres, entende-se todo e qualquer fenômeno
que altera uma lei preestabelecida.
Também pode ser classificado como o dom de operação
de maravilhas (milagres) o resultado da operação divina na
cura de determinadas enfermidades, para as quais ainda não
existem remédios ou a cura pela medicina.
Este dom se manifestou no ministério de:
1) Moisés: (Êxodo 4.17, Êxodo 7.20,21, Êxodo 8.5,6,17, Êxodo
9.10,23-25, Êxodo 10.13-15, Êxodo 14.21-26, Êxodo 17.5-7).
2) Josué: (Josué 3.13-17, Josué 10.12-14).
3) Paulo: (Atos 13.10,11, Atos 20.9-12).
4) Jesus: (Mateus 8.26, Mateus 14.25, João 2.9).

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
Um milagre, portanto, é uma intervenção sobrenatural
no decurso normal da natureza, uma suspensão temporária da
ordem costumeira, ou uma interrupção no sistema da natureza
conforme conhecemos, operada pelo Espírito Santo.
O dom de operação de maravilhas é um dom poderoso,
que glorifica o Deus de todo o poder, e deixa atônitos e
confusos a incredulidade dos ímpios.
2. Dons de Revelação: Esses dons revelam a sabedoria de
Deus, proporcionando um saber sobrenatural. São os dons: da
palavra da sabedoria, dom da palavra da ciência e dom de
discernimento de espíritos.
1) O dom da Palavra da Sabedoria: É um dom de
manifestação da sabedoria sobrenatural, pelo Espírito Santo.
Através deste dom, o Espírito Santo nos conduz a decisões
sábias e inteligentes e com toda a justiça. Como no caso de
Salomão, quando julgou a causa entre duas mulheres (1 Reis
3.16-28).
Este dom proporciona pela operação do Espírito, uma
visão, uma compreensão da profundidade da sabedoria de Deus
(Efésios 3.4), ensinando a aplicá-la, seja no trabalho ou nas
decisões no serviço do Senhor, e a expô-la aos outros de modo
a ser bem percebida.
É uma força na evangelização, porque transmite
conhecimento da salvação (Lucas 1.77, 1 Timóteo 2.14), com
palavras que o Espírito Santo ensina (1 Coríntios 2.13) e assim
convence a consciência (2 Coríntios 4.2) para ganhar as almas
(Provérbios 11.30). O dom da palavra da sabedoria é uma força
na defesa do Evangelho (Filipenses 1.16).
Jesus usou este dom (Mateus 21.23-29, Mateus
22.21,22), Estevão (Atos 6.10), e outros. Deus dá esta
sabedoria aos seus servos na hora exata (Mateus 10.16, Lucas

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
12.12, Lucas 21.15, Salmos 119.98, Provérbios 24.5,
Eclesiastes 9.16).
Esse dom não depende da habilidade humana de
solucionar problemas, pois é uma revelação do conselho
divino. A Palavra da Sabedoria como dom é completamente
sobrenatural: uma operação divina através do Espírito Santo.
2) O dom da Palavra da Ciência (Conhecimento): É um dom
de manifestação de conhecimento sobrenatural pelo Espírito
Santo. Este dom consiste em penetração nas profundezas da
ciência de Deus (Efésios 3.3), pelo qual podemos saber
(Efésios 1.17-19), e assim compreender e conhecer (Efésios
3.18,19), aquilo que pelo entendimento humano jamais
poderíamos alcançar (1 Coríntios 2.9,10).
Este dom é a revelação sobrenatural de algum fato que
existe na mente de Deus, mas que o homem, devido as suas
limitações, não pode conhecer, a não ser pela poderosa
intervenção do Espírito Santo.
Enquanto o dom da palavra da ciência penetra nas
profundezas da ciência de Deus, o dom da palavra da sabedoria
nos faz aptos a expô-la com palavras que o Espírito Santo
ensina (1 Coríntios 2.13).
Através deste dom, os segredos mais profundos do
coração são revelados, enquanto que obstáculos ao
desenvolvimento e crescimento da Igreja são manifestos, e
desmascarada toda e qualquer hipocrisia. Este dom é de grande
importância para o ministério, pois pode apontar os maus
obreiros, e possíveis candidatos ao ministério cristão.
Há muitas Igrejas que possuem homens com dons
naturais, sabedoria adquirida nos estudos, ciência alcançada
com esforço próprio. Esse conhecimento terá o seu valor,
atingirá o alvo, se for colocado no lugar próprio, e não tomar o
lugar dos dons espirituais, pois a Igreja necessita mais dos dons

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
do Espírito que dos dons naturais. O dom da Palavra da Ciência
é algo sobrenatural, não é meramente conhecimento adquirido
por estudos e pesquisas dirigidas e sistematizadas.
Este dom pode manifestar-se por diferentes meios, seja
através da pregação da Palavra no altar (púlpito), da profecia,
do aconselhamento aos necessitados e aos que buscam
orientação divina, ou também por sonhos.
3) O dom de Discernimento de Espíritos: No tempo da Igreja
Primitiva existiam muitas pessoas dotadas de poderes psíquicos
e espirituais, que não pertenciam à comunidade cristã. Essas
pessoas manifestavam coisas fantásticas, a ponto de deixarem
perplexos muitos. Essas pessoas embora professassem quase
sempre a fé cristã, entretanto, nunca conheceram o Senhor
Jesus conforme a Bíblia nos apresenta. Atualmente também
existem muitas pessoas dotadas de poderes espirituais e
psíquicos que não pertencem ao Reino de Deus.
O dom de discernimento de espíritos é um dom de
conhecimento e revelação sobrenatural pelo Espírito Santo. É
um dom de proteção divina para não sermos enganados e
prejudicados por Satanás e seus demônios, e também pelos
homens.
O dom de discernir espíritos não é uma técnica, perícia
ou psicologia humana, mas é uma atuação direta do Espírito
Santo, que permite o portador deste dom distinguir as
manifestações vindas de Deus das procedentes de espíritos
demoníacos. Através deste dom o Espírito Santo revela que
Jesus tem olhos como chama de fogo, Ele vê (Apocalipse 1.14,
Salmos 139.1,2). Uma das principais atividades de Satanás é
enganar (1 Timóteo 4.1, Apocalipse 12.9, Apocalipse 20.8,10).
Os homens também enganam (Efésios 4.14, 1 João 2.26, 2
João. 7).
O portador desse dom recebe pelo Espírito Santo, como
num laudo, o resultado de uma análise vindo do laboratório de
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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
Deus, sobre a qualidade exata do espírito que inspira e opera
em determinadas pessoas (Mateus 7.15, Atos 8.18-24, Judas.
12, Apocalipse 2.2).
Sobre:
1) Ações: (2 Reis 5.26,27, Atos 5.1-11).
2) Manifestações e milagres: (Êxodo 7.11,12, 2 Reis 2.9,11,
Atos 16.16-18).
3) Doutrinas: (Colossenses 2.8,16,18-23, 1 Timóteo 4.1).
Este dom revela a fonte de onde vem a inspiração das
profecias e revelações, pois elas podem vir de:
a) Inspiração divina: (Atos 15.32, 1 Coríntios 14.3).
b) Do coração do homem: (Jeremias 14.14, Jeremias 23.16,
Ezequiel 13.2,3).
c) Fonte impura ou contaminada: (1 Reis 22.19-24, Jeremias
2.8, Jeremias 23.13, Apocalipse 2.20-24).
O dom de discernir os Espíritos é útil, pois constitui
uma proteção divina, pela qual a Igreja fica guardada de más
influências. Esse dom não pode de maneira nenhuma ser
confundido com a autocrítica de algumas pessoas, que pensam
que possuem o dom, porém o seu discernimento é pela carne e
não pelo Espírito Santo.
3. Dons de Elocução (Inspiração): Esses dons transmitem a
mensagem de Deus, concedendo poder para um falar
sobrenatural. São os dons de: profecia, o dom de variedade de
línguas e o dom de interpretação de línguas.
1) O dom de Profecia: É um dom de manifestação sobrenatural
de mensagem inspirada pelo Espírito Santo, para edificação,
exortação e consolação do povo de Deus (1 Coríntios 14.3),
podendo também predizer acontecimentos futuros (Atos 11.27-
30, Atos 21.10,11), o profeta deve comunicar como a recebeu

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
(Jeremias 23.22). A atitude daquele que profetiza, deve ser
falar o que Deus mandar (Números 22.38), o grau da profecia
na Igreja não é o mesmo da Profecia da Escritura (1 Pedro
1.20), que é infalível – A Profecia da Bíblia.
A profecia na Igreja está sujeita à falhas por parte do
profeta. No momento em que a profecia é transmitida, não é
Deus que está falando, mas é o homem que está transmitindo o
que de Deus recebeu.
Se fosse o próprio Deus que estivesse falando, não
haveria necessidade de se julgar a mensagem. Por isso a
recomendação bíblica (1 Coríntios 14.29, 1 Tessalonicenses
5.21).
A Bíblia fala de uma limitação no uso desse dom que
deve ser observada (1 Coríntios 14.29,30, 40).
A profecia não deve ser fonte de consulta ou meio de
obter direção, seja na vida espiritual ou material. Muitas
pessoas ingênuas acabam dando ouvidos a certas categorias
de profetas, e acabam se dando mal, pois esses profetas
profetizaram pelo espírito humano ou diabólico.
Jesus é o único mediador entre Deus e os homens (1
Timóteo 2.5). É Ele que dirige e orienta todos os que O
buscam. A finalidade da profecia é outra. Quando o dom da
profecia é usado conforme a orientação da Bíblia, traz muitas
bênçãos. A Igreja é edificada (1 Coríntios 14.3), e preparada
para a batalha (Oseias 12.10,13, 1 Coríntios 14.8).
O dom transmite temor à Igreja (1 Coríntios 14.24), e
faz o povo evitar a corrupção (Provérbios 29.18).
2) O dom da Variedade de Línguas: É um dom de expressão
plural, como indica o seu título. É um milagre linguístico
sobrenatural. Existe uma diferença entre a língua estranha
dada como evidência do batismo com o Espírito Santo e o dom
de variedade de línguas. A língua recebida como sinal,

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
devemos falar só com Deus (1 Coríntios 14.2,28), e por isso ela
não precisa de interpretação. Este sinal é dado a todos que são
batizados com o Espírito Santo, mas o dom da variedade de
línguas não é dado a todos os cristãos (1 Coríntios 12.30).
Esse dom tem por finalidade transmitir à Igreja uma
mensagem em línguas estranhas, e por isto precisa de
interpretação para que a Igreja seja edificada (1 Coríntios
14.5,27).
O dom de variedade de línguas é a expressão falada e
sobrenatural de uma língua nunca estudada pela pessoa que
fala; uma palavra emitida pelo poder do Espírito Santo, não
compreendida por quem fala (exceto se a mesma pessoa
possuir o dom de interpretação de línguas), e usualmente
incompreensível para o ouvinte.
Não é o mesmo que uma pessoa que aprende um ou
mais idiomas estrangeiros (poliglotismo), tampouco tem a ver
com intelecto. É a manifestação da mente de Deus por
intermédio dos órgãos da fala do ser humano (glossolalia).
O cristão portador deste dom, ao falar em línguas
perante a congregação, não havendo intérprete, deve este
cristão falar somente consigo e com Deus, isto é, ficar em
silêncio (1 Coríntios 14.4,28).
3) O dom da Interpretação de Línguas: É um dom de
manifestação de mensagem verbal, sobrenatural pelo Espírito
Santo. Não se trata de tradução de línguas, mas de
interpretação de línguas. Tradução tem a ver com palavras em
si, interpretação tem a ver com mensagem. A Igreja do Senhor
Jesus somente será edificada pelas línguas estranhas se o
Espírito Santo usar alguém para interpretá-las.
O dom de interpretação de línguas está intimamente
ligado ao dom de variedades de línguas, pois a manifestação

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
deste dá lugar àquele; não havendo dom de variedade de
línguas é desnecessário, não há lugar para interpretação.
O dom de interpretação de línguas serve para explicar e
interpretar as elocuções sobrenaturais, inspiradas pelo Espírito
Santo, pronunciadas em línguas estranhas, para edificação da
Igreja e para conhecimento do povo, coisa que nenhum infiel é
capaz de fazer, ainda que conheça todos os idiomas humanos.
Assim o que fala em línguas não deve procurar decifrá-las, mas
pode receber a interpretação da mesma fonte divina de onde
surgiram.
As línguas estranhas como dom Espiritual, quando
interpretadas, assemelham-se ao dom de profecia, mas não são
a mesma coisa. O dom de interpretação é um dom em si
mesmo, e não uma duplicação do dom de profecia (1 Coríntios
12.10,30, 1 Coríntios 14.5,13,26-28).
O dom de interpretação de línguas revela o poder, a
riqueza, a soberania e a sabedoria de Deus.
Dons Espirituais Auxiliares (De Ministérios Práticos)
São dons de ministração residentes no portador, pela
natureza de sua finalidade junto às pessoas ou grupos:
assistência, serviço, socorro, auxilio, amparo, provisão.
Estes dons têm sido pouco estudados na Igreja, daí os
equívocos e dúvidas existentes. São da mesma natureza
espiritual e sobrenatural dos demais dons da graça
(charismata) de Deus.
A Bíblia os coloca em conjunto com os demais dons (1
Coríntios 12.28, Romanos 12.7,8).
1) Ministério: Ministração, servir, prestar serviço material e
espiritual, sem primeiramente esperar recompensa,
reconhecimento, retribuição, remuneração, com motivação e
capacitação mediante este dom. É servir capacitado
sobrenaturalmente pelo Espírito Santo.
C. R. Alves 51
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
2) Ensinar: Ensinar no sentido didático, como deixa claro o
original. É o dom espiritual de ensinar, tanto na teoria, como na
prática, ensinar fazendo, ensinar a fazer, ensinar a entender,
treinar outros. Educar no sentido técnico desta palavra. Não
devemos confundir com o ministério do ensino, que tem a ver
com Ministros do Evangelho (Pastores, Profetas e Mestres).
3) Exortar: Exortar significa ajudar, assistir, encorajar, animar,
consolar, unir pessoas separadas, admoestar. O exortador
encoraja o perdido a ser salvo. O exortador exorta os cristãos a
uma vida cristã mais elevada, a uma íntima transformação
segundo a imagem de Cristo. Trata-se de uma conclamação do
Espírito Santo ao arrependimento, pois as palavras de
exortação são ensinadas pelo Espírito Santo.
Muitas pessoas que se dizem possuir o dom ministerial
de Evangelista nos dias atuais são na realidade exortadores,
pois um Evangelista tem os dons de Milagres e Curas
acompanhando o seu ministério.
4) Repartir: O sentido no original é dar generosamente, doar,
oferecer, distribuir aos necessitados sem esperar recompensa
ou reconhecimento, movido pelo Espírito Santo. Este dom
ocupa-se da benevolência, beneficência, humanitarismo,
filantropia, altruísmo. A Igreja primitiva possuía sem dúvida
nenhuma esse dom operando nela (Atos 4.34).
5) Presidir: É conduzir, organizar, liderar, governar, orientar
com segurança, conhecimento, sabedoria e discernimento
espiritual. Isso em se tratando de Igreja, congregação,
instituição, etc. No original, o termo presidir fala de funções
administrativas na Igreja, envolvendo os responsáveis pelo
bom funcionamento de alguns de seus segmentos e do
ministério.
6) Executar Misericórdia: Este dom refere-se à assistência aos
sofredores, necessitados, carentes, fracos, enfermos, presos,
visitação, compaixão. Este dom envolve tanto a ajuda material
52 C. R. Alves
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
quanto a espiritual. O Apóstolo Paulo lembra aos anciãos da
igreja de Éfeso que não esqueçam da misericórdia (Atos 20.35).
Existe quem exercite a misericórdia como um dever, é o
primeiro passo, porém só poderá dar o segundo passo quem
possuir a misericórdia como dom.
7) Socorros: Literalmente achegar-se para socorrer. É o caso de
enfermos, exaustos, famintos, órfãos, viúvas, etc. Como o dom
de Executar Misericórdia, tem abrangência material e
espiritual. É um dom citado no plural em função das inúmeras
necessidades da Igreja, que são de ordem espiritual, moral e
social. Nas horas mais difíceis, pessoas com o dom de socorros
estão prontas para ajudar. São impulsionadas pelo Espírito
Santo a um interesse especial e intuitivo pelos necessitados, e
descobrem meios para resolver essas necessidades.
8) Governos: É um dom plural no seu exercício. É dirigir, guiar
e conduzir com segurança e destreza. O termo original sugere
pilotar uma embarcação com segurança, destreza e
responsabilidade. Este dom está relacionado diretamente com o
ministério de Apóstolo e Pastor. Na época da Igreja primitiva
havia a necessidade de pessoas dotadas de habilidades
especiais para a administração e a ordem social. Existe em
nossos dias pessoas que possuem uma grande capacidade
administrativa, mas trata-se apenas de habilidade humana,
técnica. A administração bíblica, porém é uma aptidão
concedida ao homem ou a mulher pelo Espírito Santo, para que
administrem os bens terrenos e espirituais pertencentes à Igreja
ou a comunidade.
Dons Ministeriais
A palavra Ministro (1 Coríntios 3.5, 1 Coríntios 4.1, 2
Coríntios 3.6, 2 Coríntios 6.4), significa um servo de Deus que
ocupa um ministério (1 Coríntios 4.1,2, 1 Coríntios 6.3), que é
um encargo, constituído por Deus que, da parte de Cristo (2

C. R. Alves 53
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
Coríntios 5.20), funciona na Igreja do Deus Vivo (1 Timóteo
3.15).
Os Ministros são os instrumentos pelos quais Jesus, a
cabeça da Igreja, executa a Sua direção sobre ela. Por isso Ele
mesmo reserva-se o direito de indicar as pessoas, que têm
chamado para ocupar esses cargos às quais oferece uma
preparação sobrenatural, para a função que irão exercer. Tudo
isso Jesus faz por meio do Espírito Santo. A indicação dos
Ministros deve permanecer nas mãos de Jesus. (Isaías 45.11).
Há um prejuízo incalculável, quando os Ministros são
escolhidos por preferências humanas, sistemas e organizações,
pois assim o Ministro não obtém a necessária ajuda que
acompanha um Ministro escolhido pelo Espírito Santo. Os
Ministérios da Palavra de Deus são cinco:
1) Apóstolos: A palavra apóstolo significa alguém enviado. O
Senhor Jesus é o nosso maior exemplo de alguém enviado. O
verdadeiro apóstolo é uma pessoa com um comissionamento -
não é simplesmente uma pessoa que vai por conta de sua
própria vontade, mas é alguém enviado pelo Espírito Santo. No
capítulo 13 do livro de Atos vemos o comissionamento de
Paulo e Barnabé para serem apóstolos dos gentios.
Um apóstolo possui as credenciais do apostolado que
são: sinais, prodígios e poderes miraculosos (2 Coríntios
12.12). Um apóstolo também deve possuir o fruto desse
ministério, a saber: igrejas estabelecidas e pessoas fruto do seu
trabalho que estão embasadas na Palavra (1 Coríntios 9.1,2).
Um apóstolo é primeiro um pregador ou um mestre, ou
um pregador e um mestre da Palavra de Deus (1 Timóteo 2.7; 2
Timóteo 1.11).
Para que a pessoa possua esse ministério, ela deve ter
tido uma experiência pessoal com o Senhor Jesus, algo muito
profundo e pessoal, algo real e além do ordinário. (1 Coríntios

54 C. R. Alves
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
9.1). O apóstolo Paulo não viu o Senhor Jesus em carne e osso
como os doze viram, mas ele viu o Senhor Jesus numa visão
espiritual (Atos 9.3-6). Ele teve uma profunda experiência
pessoal com o Senhor Jesus. O Evangelho que Paulo pregava
não lhe foi ensinado por nenhum homem, foi o Espírito Santo
que lhe ensinou. (Gálatas 1.11,12).
Observando a Palavra de Deus podemos verificar que
existem quatro classes de apóstolos:
a) Jesus O Apóstolo Supremo: Encontramos na epístola aos
Hebreus 3.1 que Jesus foi chamado de Apóstolo e Sumo
Sacerdote de nossa confissão. Ele foi o Enviado pelo Pai com a
missão de proporcionar a expiação dos pecados do mundo. Não
existiu e nunca existira uma pessoa no mundo com esse mesmo
chamado, pois somente o Senhor Jesus poderia exercer esse
ministério específico.
b) Apóstolos do Cordeiro: Estes eram os doze que foram
testemunhas oculares da vida, ministério, morte, sepultamento,
ressurreição e ascensão de Jesus (Atos 1.21,22). Esta era a
finalidade deles - testemunhar o ministério terreno de Jesus e
dar testemunho de Seu ministério para o mundo. Existiram
somente doze apóstolos do Cordeiro (Apocalipse 21.14). A
Bíblia Sagrada nos diz quais eram as qualificações que os doze
deveriam ter, quando da seleção daquele que substituiria Judas
(Atos 1.15-22). Para ser um dos doze apóstolos do Cordeiro, a
pessoa deveria ter acompanhado os apóstolos e o Senhor Jesus
durante todo o tempo do ministério terreno do Senhor Jesus.
c) Apóstolos do Novo Testamento: Esta classe inclui Paulo,
Barnabé e outros apóstolos do Novo Testamento. Além do
Senhor Jesus ser chamado de Apóstolo, e dos doze apóstolos
do Cordeiro, o Novo Testamento chama muitos outros de
apóstolos:
✓ Barnabé e Paulo (Atos 14.14).

C. R. Alves 55
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
✓ Tiago, o irmão do Senhor (Gálatas 1.19).
✓ Andrônico e Júnias (Romanos 16.7).
✓ Silvano e Timóteo (1 Tessalonicenses 1.1; 2.6).
✓ Apolo (1 Coríntios 4.4-9).
Os apóstolos do Novo Testamento não eram apóstolos
no mesmo sentido que os doze apóstolos do Cordeiro. Em
primeiro lugar eles não eram testemunhas da vida e ministério
de Jesus. Em segundo lugar, eles pareciam ter chamados mais
limitados. Paulo, por exemplo, era um apóstolo (enviado) para
os gentios.
d) Apóstolos contemporâneos (dias atuais): Existem muitas
especulações sobre a necessidade de apóstolos contemporâneos
lançarem fundamento para a Igreja. Porém, o fundamento da
Igreja, já foi lançado. Esse trabalho foi realizado pelos
Apóstolos do Cordeiro e os outros Apóstolos do Novo
Testamento. Paulo nos explica isso (1 Coríntios 3.10; Efésios
2.20).
Atualmente não existem Apóstolos como os
mencionados nas três classes anteriores. Se a fundação não
fosse lançada pelos Apóstolos do Novo Testamento e nós
precisássemos dos Apóstolos contemporâneos para fazê-lo,
então precisaríamos de uma nova pedra angular da mesma
forma.
Através da História da Igreja, o Senhor tem levantado
grandes homens e mulheres de Deus, verdadeiros Apóstolos
que fundaram grandes trabalhos em países e regiões. O próprio
Deus deu-lhes o selo do apostolado, pois Ele mesmo os
escolheu (1 Coríntios 9.2), permitindo que no ministério deles
aparecessem os sinais do apostolado (2 Coríntios 12.12).
O trabalho do Apóstolo de hoje é estabelecer Igrejas
locais em todo o mundo. Adentrar novo território e abrir
Igrejas onde elas não existam. Se alguém me perguntar se
56 C. R. Alves
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
existem Apóstolos atualmente, eu irei responder que sim, e
graças a Deus por isso.
2) Profeta: Segundo o livro de Atos (Atos 13.1, Atos 15.32) os
Profetas constituíam o Ministério da Palavra de Deus
impulsionado por inspiração profética. Um profeta fala por
inspiração divina direta, uma revelação imediata, não é algo
que ele pensa, mas algo dado subitamente por inspiração
divina. Por meio desta inspiração, este ministério é
acompanhado de edificação, exortação e consolação, que são
evidências do verdadeiro Espírito da Profecia (1 Coríntios
14.3).
Um Profeta é uma pessoa chamada e separada por Deus
para esse ministério. Um Profeta é primeiro um pregador ou
um mestre da Palavra. Um cristão comum cheio do Espírito
Santo pode profetizar, conforme a vontade e necessidade do
Espírito Santo, mas não quer dizer que seja um profeta só
porque profetiza, porque profetas são pessoas chamadas para
trabalhar no ministério em tempo integral. Existem ocasiões
em que Deus usa uma pessoa para levar uma palavra de Deus
para outra pessoa.
Observamos, assim, que o simples uso do dom de
profecia não faz de ninguém um profeta, pois profeta é um
Ministro da Palavra (Atos 21.9,10).
Na Bíblia Sagrada vemos algumas pessoas usadas nesse
ministério:
1) As filhas de Filipe: Atos 21.9.
2) Àgabo: Atos 21.10,11.
Todo cristão deve tomar cuidado, pois existem pessoas
que querem controlar a vida dos outros através de profecias
(muitas vezes da carne ou de Satanás). Isso não é uma coisa
que tem respaldo bíblico. Todo cristão deve aprender a se
orientar pelo testemunho interior do Espírito Santo, pois Ele

C. R. Alves 57
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
está dentro de nós para nos guiar, pois somos filhos de Deus
(Romanos 8.14).
Mesmo se houver a manifestação desse dom, a pessoa
que recebeu uma profecia sempre deve colocar a Palavra de
Deus em primeiro lugar, porque você não deve construir o seu
ministério, sua vida, sobre manifestações espirituais, e sim
somente sobre a Palavra de Deus. Mesmo você possuindo o
dom de profecia, construa o seu ministério sobre a Palavra.
Um verdadeiro profeta faz muito mais do que
profetizar. O principal ministério do Profeta é pregar e ensinar
a Palavra. Muitas pessoas possuem um conceito errado sobre o
ministério do Profeta, pois elas acham que ele deve saber tudo
sobre todos, e tudo o que está acontecendo ao seu redor.
O dom de profecia não pode ser ativado na hora que
você quer, conforme a sua vontade, pois ele é um dom
espiritual e opera conforme a necessidade ou conforme a
vontade de Deus. Você jamais deve ficar dando “profecias
toda à hora”, pois isso é antibíblico e muito perigoso.
3) Evangelista: O Evangelista é um desbravador da primeira
linha da evangelização. A função de um Evangelista não é em
primeiro lugar a de apascentar. Porém, quando abre trabalhos,
ele os dirige e apascenta até entregá-los a um Pastor, mas pode
acontecer que a mesma pessoa possua mais de um dom
ministerial.
A palavra Evangelista ocorre três vezes no Novo
Testamento:
a) Atos 21.8.
b) Efésios 4.11.
c) 2 Timóteo 4.5.
O significado original da palavra Evangelista é: alguém
que traz o Evangelho (as boas novas); um mensageiro de boas

58 C. R. Alves
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
notícias. O Evangelista traz a mensagem da graça redentiva de
Deus. O único exemplo que possuímos no Novo Testamento é
o de Felipe. Portanto, o ministério de Filipe é o modelo, pois é
o único que Deus nos deu. Filipe tinha basicamente só uma
mensagem, e a sua mensagem era Jesus Cristo (Atos 8.5; Atos
8.35).
Pelas Escrituras Sagradas nós vemos que os dons de
Operação de Maravilhas e os dons de Curas devem
acompanhar o ministério do Evangelista (Atos 8.5-8). As curas
acompanharam a pregação de Cristo, pois está é uma parte
importante do Evangelho.
A pessoa que possui este ministério possui uma forte
chama que queima por dentro, incitando-a a pregação do
Evangelho. Uma das características que podemos notar em
uma pessoa que tem o ministério de Evangelista é que, não
importa por qual parte das Escrituras comecem a pregar, eles
sempre acabam pregando Jesus, pois esse é o chamado deles.
Hoje em dia a Igreja tem se equivocado, pois muitas
pessoas que se dizem possuir o dom de Evangelista, na
verdade, são “exortadores”. Um exortador exorta as pessoas a
serem salvas. Os equipamentos sobrenaturais dos dons
espirituais de milagres e curas não acompanham o ministério
de exortação.
É possível que alguém comece como um exortador e, à
medida que Deus vê a fidelidade dessa pessoa, Deus o chame
para o ministério do Evangelista.
Vemos nas Escrituras Sagradas que Filipe começou
como diácono na Igreja (Atos 6.1-6). Os Apóstolos ordenaram
Felipe como diácono, mas não lhe deram nenhum
comissionamento para evangelizar. Contudo, nós o vemos em
Samaria com este dom celestial queimando em seu espírito,
incitando-o a pregar o Evangelho com resultados gloriosos.

C. R. Alves 59
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
Existem marcas que caracterizam um verdadeiro
evangelista, conforme podemos ver no ministério de Filipe,
nosso único modelo do Novo Testamento:
a) Proclamação sobrenatural: Havia algo para ver e ouvir no
ministério de Filipe (Atos 8.6).
b) Pregação da Palavra de Deus: No ministério do Evangelista
a pregação da Palavra de Deus é essencial, pois somente a
pregação da Palavra afeta a vontade do pecador. (Atos 8.12).
O ministério de Evangelista, assim como os outros,
possui a necessidade dos outros ministérios. Uma pessoa
jamais será capaz de fazer tudo sozinha, pois cada um de nós é
limitado. Todo ministro é limitado, mas Deus não é limitado.
Precisamos um do outro.
4) Pastor: É o responsável pela direção e apascentamento do
rebanho. É o anjo da Igreja (Apocalipse 2.1). Serve sob a
direção do Sumo Pastor, a quem pertence à Igreja (1 Pedro
5.2,4), e deve andar nas Suas pisadas (Jeremias 17.16), e sob a
Sua direção (Jeremias 3.15).
Cabe ao Pastor velar pelos cristãos, como quem tem que
dar conta deles (Hebreus 13.17). É o responsável pela
doutrinação da Igreja (Hebreus 13.7).
Vemos o maior exemplo de Pastor na Pessoa do Senhor
Jesus, que é o nosso modelo de um verdadeiro Pastor (João
10.11; Hebreus 13.20).
Os Pastores são necessários e de grande importância
para o amadurecimento e preparação do povo de Deus (Igreja).
Nos dias do Novo Testamento, quando os cristãos começaram
a se reunir numa Igreja local, ou grupo, nos dias da Igreja
primitiva, eles precisavam de pessoas para exercer a função de
supervisão e cuidado do rebanho. Esta é a verdadeira posição
do Pastor.

60 C. R. Alves
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
O Pastor tem a supervisão do rebanho. Os únicos
ministros que a Igreja tinha inicialmente eram os doze
Apóstolos. Um neófito (novo convertido) não podia ser
estabelecido como Pastor de um rebanho. Então até que alguns
daqueles neófitos fossem chamados e aperfeiçoados para o
ministério de Pastor, eles tiveram que tomar algumas pessoas
mais velhas (anciãos), porque as pessoas mais velhas
geralmente são mais maduras mentalmente (isso não quer dizer
que Deus não possa chamar uma pessoa mais jovem de idade,
mas madura de espírito), e colocá-las como encarregadas do
rebanho.
Nos dias atuais não temos mais essa situação, pois a
Igreja não está mais em um estágio infantil de
desenvolvimento. Os dons ministeriais já têm se desenvolvidos
na Igreja. Deus nos mostra através das Escrituras Sagradas o
Seu plano para a Igreja: Ele quer que ela cresça.
O ministério de Pastor é um dos ministérios mais
importantes, pois sem o ministério de Pastor em operação no
Corpo de Cristo (Igreja), todos os outros ministérios são
praticamente em vão.
Uma das mais notáveis características de uma pessoa
que possui o ministério de Pastor é um coração de Pastor. Ele
deve amar as ovelhas. Deve ser leal ao rebanho, e muitas vezes
deve se dar ao custo de se privar de muitas coisas por causa do
rebanho.
O maior exemplo de Pastor é o próprio Senhor Jesus
Cristo (João 10.11).
5) Doutor ou Mestre: Os Doutores ou Mestres são ensinadores
(1 Coríntios 12.28). Os Doutores ou Mestres abrangem um
lugar importante no ensino da Palavra de Deus no Novo
Testamento. No tempo dos Apóstolos este ministério era
apoiado pelos dons da Palavra da Sabedoria e da Palavra da
Ciência (1 Coríntios 12.8).
C. R. Alves 61
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
O ensinador se dedica ao ensino (Romanos 12.7), nas
Igrejas (Atos 13.1); conforme a ordem de Jesus (Mateus
28.19,20, Hebreus 5.12).
As Escrituras Sagradas mencionam cinco homens que
eram ou profetas, ou mestres (Atos 13.1). O dom de ensino é
um dom de Deus. Isso é um ofício dado por Deus, pois são
homens e mulheres chamados por Deus, estabelecidos pelo
Espírito Santo, para permanecerem naquele ofício e ensinarem
pela capacidade sobrenatural.
Naturalmente qualquer cristão que conhece a Bíblia
pode ensinar o que sabe. Qualquer cristão deve compartilhar
com os irmãos em Cristo o que sabe, ensinando-os e ajudando-
os. Mas devemos ressaltar que, isso não significa que ela
possua o dom de ensino, pois o dom de ensino é um dom
ministerial.
Um Mestre não é um mestre por habilidade natural ou
inclinação natural ao ensino. A inclinação e a capacidade
natural podem fornecer um pano de fundo para este dom,
porém devemos nos lembrar que o dom de ensino não é um
dom natural, é um revestimento divino para ensinar a Palavra
de Deus.
Nenhum, ministério de ensino que opera no poder do
Espírito Santo é seco! Ele comunicará e transmitirá rios de
água viva para aqueles que o ouvem. Se o ensino não renova,
não refrigera e reaviva, então não é feito no poder do Espírito
Santo.
Apolo era um Mestre (Atos 18.27), Barnabé era um
Mestre (Atos 11.22-26). Paulo era um Mestre (Gálatas 1.12;
Efésios 3.3; 1 Timóteo 2.7). Um verdadeiro Mestre do
Evangelho nunca irá ensinar o erro doutrinário que irá dividir o
Corpo de Cristo. Ele jamais irá causar divisão devido ao que
ensina. Divisões muitas vezes podem acontecer devido a
incredulidade e dureza de corações, mesmo quando o ensino é
62 C. R. Alves
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
no poder do Espírito Santo baseado na Palavra de Deus. Isso
aconteceu no ministério do Senhor Jesus, pois não aceitaram o
seu ensinamento (João 6.66).
O verdadeiro Mestre não abre mão de ensinar os
princípios elementares da doutrina de Cristo. Na epístola aos
Hebreus temos os princípios elementares da doutrina de Cristo.
Esses ensinamentos devem ser fundamentais para o Corpo de
Cristo e não devem ser de maneira nenhuma comprometidos
(Hebreus 6.1-3).
1) Arrependimento de obras mortas.
2) Fé em Deus.
3) Ensino de batismos.
4) Imposição de mãos.
5) Ressurreição dos mortos.
6) Juízo eterno.
Um Mestre deve usar de sabedoria para pregar a
Palavra de Deus, jamais deve tentar converter todos os cristãos
à mensagem de fé pela sua força. Algumas pessoas jamais
aceitarão. Por isso o Mestre deve amá-los de qualquer maneira,
porque o Senhor Jesus os ama e não se esquecerá deles.
O trabalho de uma pessoa que possui o ministério de
Mestre é edificar e não destruir as ovelhas de Cristo. O Senhor
Jesus deu o dom de Mestre para a edificação da Igreja (Efésios
4.11,12).
Uma pessoa que possui o ministério de Mestre deve
observar algumas considerações:
1) Deve estar sempre aberto e pronto para receber revelações
da verdade da Palavra de Deus.
2) Deve ser dócil.
3) Deve manter o coração e a mente humildes.

C. R. Alves 63
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 08 – Os Dons Espirituais
4) Deve estar disposto sempre para aprender.
5) Não deve ser um sabe tudo.
A Bíblia Fala de Encargos Adicionais na Igreja
1) Presbíteros: Tito 1.5-7, 1 Timóteo 3.2, 1 Timóteo 5.7:
Constituídos pelo Espírito Santo (Atos 20.28), também
chamados Anciãos (Atos 11.30, Atos 15.2,4, 6, Atos 16.4, Atos
20.17), e Bispos (Atos 20.28, 1 Timóteo 3.2, Tito 1.7), nomes
que constituem o mesmo cargo.
Os Presbíteros em conjunto constituem o Presbitério (1
Timóteo 4.14), formando um corpo de auxiliares imediatos do
Pastor, com o qual cooperam ativamente no apascentamento do
rebanho (Atos 20.28, 1 Pedro 5.2, João 21.15-17).
No livro de Atos os Anciãos eram mencionados após os
Apóstolos (Atos 15.2-6,22), mostrando que os Ministros tinham
a direção e eram auxiliados por eles.
2) Diáconos: 1 Timóteo 3.8,12: No livro de Atos, temos a
relação dos primeiros Diáconos no Novo Testamento e uma
descrição sobre a sua função e posição (Atos 6.1-7). É um
encargo sob a direção do Ministro da Igreja (Atos 6.3),
relacionado com os serviços de ordem material e social.
A Bíblia faz referências a alguns desses encargos da
esfera de ação dos Diáconos, como o repartir e exercer
misericórdia (Romanos 12.8), e o socorro (1 Coríntios 12.28).
Conforme o modelo do Novo Testamento, os Diáconos
não tomavam parte na administração e direção da Igreja, mas
além de fazerem serviços materiais e sociais, alguns
cooperavam na pregação da Palavra, como Estevão (Atos
6.8,10) e Filipe (Atos 6.5, Atos 8.4).

64 C. R. Alves
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 9 – Pecados Contra o Espírito Santo

Capitulo 09
Pecados Contra o Espírito Santo
Os pecados contra o Espírito Santo consistem em:
palavras, atitudes e atos. Entre os pecados por palavras,
acham-se as afrontas verbais e as blasfêmias. As atitudes e os
atos constam da resistência ao Espírito, e da recusa continua de
se cumprir à vontade de Deus.
Contudo, a resistência ao Espírito é o pecado inicial que
se comete contra o Consolador. Uma vez cometida esta ofensa,
as demais parecerão de menor importância, visto que o coração
de quem está ofendendo, está terrivelmente afetado pela
iniquidade, passando a considerar o pecado um ato comum e
continuo.
1) Resistir ao Espírito Santo: É recusar, de forma consciente, a
vontade divina transmitida pelo Espírito Santo mediante a
Palavra de Deus e por meio do Seu trabalho em nossos
corações. Este pecado contra o Espírito pode ser compreendido
pelo modo como Estevão concluiu o seu sermão diante dos
anciãos de Israel (Atos 7.51).
O pecado daqueles homens não era um ato isolado, mas
continuo: Resistir “sempre” ao Espírito Santo. Isso se trata de
uma atitude oposicionista contra o Espírito Santo, quando Ele
fala ao homem (Neemias 9.30).
Essa atitude caracterizava os religiosos no tempo de
Estevão, os quais embora convencidos pelas palavras
inspiradas que haviam ouvido, levantaram-se contra ele (Atos
6.9-15).
Os ouvintes da mensagem de Estevão lutavam contra o
Espírito Santo, empregando nessa peleja todas as suas forças

C. R. Alves 65
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 9 – Pecados Contra o Espírito Santo
(Gênesis 6.3, Isaías 30.1, Neemias 9.30, Ezequiel 8.3,6,
Zacarias 7.12).
Tal atitude expressa uma rebeldia contra Deus, e o
Espírito do Senhor voltou-se contra eles (Isaias 63.10).
2) Agravo ao Espírito Santo: Acostumados como estavam ao
culto levítico, e sob perseguição por causa do evangelho de
Cristo, os cristãos de origem judaica começaram a deixar a
Igreja e a retornar ao judaísmo centrado no templo em
Jerusalém. Esses irmãos foram exortados a não fazerem isso
(Hebreus10. 29).
Aqueles irmãos cometeram três pecados horrendos: o
de pisar o Filho de Deus; o de ter por comum o sangue da
aliança; e o de agravar o Espírito Santo (agravar como aqui é
empregado significa: ultrajar, debochar, zombar, injuriar,
insultar com desdém).
3) Entristecer o Espírito Santo: Cada cristão foi comprado por
bom preço, e assim pertence a Deus (1 Coríntios 6.20, 1 Pedro
1.18,19), por isso o Espírito Santo quer domínio total sobre
cada um (Romanos 12.1,2, Tiago 4.4,5).
Quando, porém, o cristão deixa que sua carne o domine,
é levado a cometer faltas que entristecem o Espírito Santo
(Efésios 4.30). Acontecendo isso, o cristão deve imediatamente
pedir perdão a Jesus (1 João 1.7,9), então o Espírito Santo de
novo testificará com o espírito dele que tudo está bem
(Romanos 8.16).
O Espírito Santo também é entristecido quando,
desprezando a vontade divina, preferimos seguir nossos desejos
e ambições; quando o cristão não reverência a Sua presença
manifesta e ignora a Sua voz; e quando o cristão não busca a
Sua vontade e direção.
4) Mentir ao Espírito Santo: A mentira ao Espírito Santo está
exemplificada em Atos 5.3.

66 C. R. Alves
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 9 – Pecados Contra o Espírito Santo
Qual é o sentido da palavra “mentira”, nessa passagem?
Aqui o termo original corresponde a contar uma falsidade
como se fosse verdade.
Quais as implicações de se mentir ao Espírito Santo?
Quem mente ao Espírito Santo menospreza a sua divindade;
Ele é Deus (Atos 5.3,4).
Como a terceira Pessoa da Santíssima Trindade, Ele é
onisciente, onipresente e onipotente. Isso significa que o
Espírito Santo tudo sabe e tudo conhece.
Assim sendo, mentir é tentar o Espírito do Senhor (Atos
5.9). É testar a tolerância de Deus, isto é, pecar até enquanto
Deus suportar (Números 14.22,23, Deuteronômio 6.16, Mateus
4.7).
5) Apagar o Espírito Santo: 1 Tessalonicenses 5.19: Aqui se
trata de uma ação praticada pelos cristãos de Tessalônica, a
qual ameaçava extinguir o fogo do Espírito Santo no meio
deles. Eles haviam, em seu zelo de manter a doutrina correta do
uso dos dons, agido de modo exagerado.
O que é extinguir o Espírito Santo? O termo traduzido
por “extinguir”, referente ao Espírito Santo, tem o sentido de
apagar aos poucos uma chama, um fogo que está a arder.
Portanto, extinguir o Espírito é agir de modo a impedir,
suprimir ou limitar a manifestação do Espírito do Senhor.
Quando perdemos o primeiro amor, extinguimos ou apagamos
de nossa vida o Espírito de Cristo (Apocalipse 2.4).
Qual é o perigo de se extinguir o Espírito Santo? A
extinção das operações do Espírito Santo na vida da Igreja
quando não é letal, a adoece e debilita, sem que ninguém o
perceba. Mais tarde, resta somente a lembrança do passado
quando o fogo do céu ardia. Sempre que for detectada a falta de
operações do Espírito Santo em nosso meio, devemos clamar a
Deus sem cessar por um avivamento espiritual. A extinção do

C. R. Alves 67
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 9 – Pecados Contra o Espírito Santo
Espírito Santo leva a Igreja à mornidão espiritual (Apocalipse
3.14-22).
6) Blasfêmia contra o Espírito Santo: Este é um pecado
diferente dos demais, pois para ele não existe perdão. Qual o
significado deste pecado? Não se trata de blasfêmia que se
possa dizer contra a Palavra de Deus, contra Deus, ou contra
qualquer ministro da Igreja, porque para tudo isso existe perdão
(1 Timóteo 1.13-15, Mateus 12.32).
A blasfêmia contra o Espírito Santo é um pecado
singular. É aquele que os adversários de Jesus cometeram com
o intuito de afastar o povo de seguir a Jesus, declarando
consciente, proposital e seguidamente que Jesus operava
milagres pelo poder de Satanás, o chefe dos demônios (Mateus
9.32-34, Mateus 12.22-24, Marcos 3.22, Lucas 11.14,15).
Com essa blasfêmia, eles estavam rejeitando de modo
deliberado o Espírito Santo que operava em Jesus, o Messias
(Mateus 12.28, Lucas 4.14-19, João 3.34, Atos 10.38).
A blasfêmia contra o Espírito Santo é imperdoável? O
ser humano pode chegar a tal cegueira espiritual a ponto de
blasfemar contra o Espírito (Mateus 23.16,17, 19, 24,26).
A blasfêmia contra o Espírito Santo é a consequência de
pecados similares que a precedem como:
1) Rebelar-se e resistir ao Espírito: (Isaías 63.10, Atos 7.51).
2) Abafar e apagar o fogo interior do Espírito: (Gênesis 6.3,
Deuteronômio 29.18-21, 1 Tessalonicenses 4.4, 1
Tessalonicenses 5.19).
3) Endurecimento total do coração: A cauterização da
consciência é cegueira espiritual. Chegando o ser humano a
este ponto, torna-se perverso quanto à fé (2 Timóteo 3.8), e
passa a chamar o mal de bem e o bem de mal (Isaias 5.20).

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 9 – Pecados Contra o Espírito Santo
Portanto, a blasfêmia contra o Espírito Santo é
imperdoável porque sendo Ele o que nos convence do pecado,
da justiça e do juízo (João 16.7-11), e, que intercede por nós
(Romanos 8.26,27), é recusado, rejeitado e blasfemado (1
Samuel 2.25).
Como se consta o efeito deste pecado na vida dos que o
cometem? Aquele que comete pecado dessa natureza sofre um
afastamento imediato do Espírito Santo da sua vida, o que
ocasiona morte espiritual total e irreversível. Tal pessoa jamais
sentirá qualquer tipo de remorso ou desejo de buscar a Deus.
O Espírito Santo jamais o chamaria para o
arrependimento. Às vezes, acontece de aparecerem pessoas
preocupadas, até chorando, por acharem que pesa sobre eles
este pecado.
Julgam que jamais poderão ser perdoados. Porém, só o
fato de estarem arrependidas, desejosas de salvação ou de
perdão, prova que não cometeram pecado contra o Espírito
Santo, pois o Espírito Santo os está chamando para o
arrependimento.

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 10 – O Cristão Genuinamente Cheio do Espírito Santo

Capitulo 10
O Cristão Genuinamente Cheio do Espírito Santo
Os cristãos devem entender que toda a vida cristã é um
estado sob o qual a pessoa vive. No sol escaldante do deserto
(o mundo), aqueles que encontram uma árvore (Jesus Cristo)
estão protegidos, mas, ao saírem da sombra, se expõe
novamente a ação dos raios solares. Assim acontece com quem
está em Cristo (Salmos 91.1,2).
Muitos cristãos se dizem cheios do Espírito Santo,
porém os seus frutos são de má qualidade, e isso acaba se
tornando duvidoso (Mateus 12.33, Lucas 6.43,44).
O cristão vive em uma constante guerra espiritual
contra Satanás – o nosso inimigo, o mundo – e seus prazeres, e
a carne – que é a natureza pecaminosa com seus desejos
corruptos, sendo inimiga do espírito (Gálatas 5.17).
Para a pessoa ser cheia do Espírito Santo, não é
somente pular na Igreja, falar em mistérios alto, animar os
irmãos, como um animador de púlpito, etc. Para ser realmente
cheio do Espírito Santo, o cristão deve imitar em todas as
áreas da sua vida o modo de viver e as atitudes do Senhor
Jesus.
O cristão cheio do Espírito Santo passe o que passar, ele
não deixa de buscar a face do Senhor, está sempre presente na
casa do Senhor, adorando e exaltando o seu Deus, pois sabe em
quem confia. Não é aquele fogo de palha, que está apagado a
semana inteira, e quando chega no domingo, quer incendiar a
Igreja, dando pulos, saltando em um pé só e profetizando, para
se mostrar cheio do Espírito Santo.
O cristão cheio do Espírito Santo ama a Escola Bíblica,
os Cultos de Doutrina, a Evangelização. Não mede distâncias

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 10 – O Cristão Genuinamente Cheio do Espírito Santo
para fazer a Obra de Deus, torna o longe em perto, e não o
perto em longe. Vejamos a luz da Palavra de Deus, os frutos
duvidosos que alguns cristãos cheios do Espírito Santo
produzem:
1) Prostituição (Grego = pornéia): Imoralidade sexual de todas
as formas. Isto inclui, também, gostar de quadros, filmes ou
publicações pornográficas (Mateus 5.32, Mateus 19.9, Atos
15.20,29, Atos 21.25, 1 Coríntios 5.1). Os termos moichéia e
pornéia são traduzidos por um só em português: prostituição.
2) Impureza (Grego = akatharsia): Pecados sexuais, atos
pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos
do coração (Efésios 5.3, Colossenses 3.5).
3) Lascívia (Grego = aselgeia): Sensualidade. É a pessoa
seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a
vergonha e a decência (2 Coríntios 12.21).
4) Idolatria (Grego = eidololatria): A adoração de espíritos,
pessoas ou ídolos, e também a confiança numa pessoa,
instituição ou objeto como se tivesse autoridade igual ou maior
que Deus e sua Palavra (Colossenses 3.5).
5) Feitiçarias (Grego = pharmakeia): Espiritismo, magia
negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros
materiais, na prática da feitiçaria (Êxodo 7.11,22, Êxodo 8.18,
Apocalipse 9.21, Apocalipse 18.23).
6) Inimizades (Grego = echthra): Intenções e ações fortemente
hostis; antipatia e inimizade extremas.
7) Porfias (Grego = eris): Brigas, oposição, luta por
superioridade (Romanos 1.29, 1 Coríntios 1.11, 1 Coríntios
3.3).
8) Emulações (Grego = zelos): Ressentimento, inveja amarga
do sucesso dos outros (Romanos 13.13, 1 Coríntios 3.3).

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Capítulo 10 – O Cristão Genuinamente Cheio do Espírito Santo
9) Iras (Grego = thumos): Ira ou fúria explosiva que irrompe
através de palavras e ações violentas (Colossenses 3.8).
10) Pelejas (Grego = eritheia): Ambição egoísta e a cobiça do
poder (2 Corintios 12.20, Filipenses 1.16,17).
11) Dissensões (Grego = dichostasia): Introduzir ensinos
heréticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de
Deus (Romanos 16.17).
12) Heresias (Grego = hairesis): Grupos divididos dentro da
congregação, formando indivíduos egoístas que destroem a
unidade da igreja (1 Coríntios 11.19).
13) Invejas (Grego = fthonos): Antipatia ressentida contra
outra pessoa que possui algo que não temos e queremos.
14) Homicídios (Grego = phonos): Matar o próximo por
perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de
Almeida está embutida na tradução de methe, a seguir, por
tratar-se de práticas conexas.
15) Bebedices (Grego = methe): Descontrole das faculdades
físicas e mentais por meio de bebida embriagante.
16) Glutonarias (Grego = Komos): Diversões, festas com
comida e bebida de modo extravagante e desenfreado,
envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes.
Como Igreja do Senhor Jesus, devemos tomar muito
cuidado com os frutos que estes tipos de cristãos produzem,
pois, a Palavra de Deus é a Verdade que não nos deixa cair em
confusão. Que Deus nos abençoe.

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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Referências Bibliográficas

Referências Bibliográficas
Almeida, João Ferreira de, – Bíblia Sagrada Edição Revista e Corrigida Edição 1995
– Sociedade Bíblica do Brasil.
Horton, Stanley M, – Teologia Sistemática Uma Perspectiva Pentecostal – Casa
Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD).
Horton, Stanley M, – O Que a Bíblia Diz Sobre o Espírito Santo – Casa Publicadora
das Assembléias de Deus (CPAD).
Conde, Emilio – Pentecostes Para Todos – Casa Publicadora das Assembléias de
Deus (CPAD).
Bergstén, Eurico – Teologia Sistemática – Casa Publicadora das Assembléias de
Deus (CPAD).
Bergstén, Eurico – Lições Bíblicas 1º Trimestre de 2004 – Casa Publicadora das
Assembléias de Deus (CPAD).
Cabral, Elienai – Lições Bíblicas 1º Trimestre de 2001 – Casa Publicadora das
Assembléias de Deus (CPAD).
Bícego, Valdir Nunes – Lições Bíblicas 1º trimestre de 1998 – Casa Publicadora das
Assembléias de Deus (CPAD).
Gomes, Geziel N. – Lições Bíblicas 2º Trimestre de 1990 – Casa Publicadora das
Assembléias de Deus (CPAD).
Gilberto, Antonio – Verdades Pentecostais – Casa Publicadora das Assembléias de
Deus (CPAD).
Gilberto, Antonio – O Fruto do Espírito – Casa Publicadora das Assembléias de
Deus (CPAD).
Gilberto, Antonio – Lições Bíblicas – 1º trimestre de 2005 – Casa Publicadora das
Assembléias de Deus (CPAD).
Gilberto, Antonio – Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2006 – Casa Publicadora das
Assembléias de Deus (CPAD).
Macedo, Edir – O Espírito Santo – Universal Produções.
Macedo, Edir – Seminário do Espírito Santo – Universal Produções.
Pearlman, Myer – Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Editora Vida.
Lindsay, Gordon – Como Receber o Batismo no Espírito Santo – Graça Editorial.
Hagin, Kenneth E. – Os Dons do Ministério – Graça Editorial.
Hagin, Kenneth E. – O Espírito Santo e Seus Dons – Graça Editorial.

C. R. Alves 73
O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Referências Bibliográficas
Hagin, Kenneth E. – Sete Passos Vitais Para Receber O Espírito Santo – Graça
Editorial.
Silva, Severino Pedro da – A Existência e a Pessoa do Espírito Santo – Casa
Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD).
Cho, David (Paul) Yonggi – O Espírito Santo, Meu Companheiro – Editora Vida.
Oliveira, Raimundo F. de – A Doutrina Pentecostal Hoje – Casa Publicadora das
Assembléias de Deus (CPAD).
Graham, Billy – O Espírito Santo – Sociedade Religiosa Edições Vida Nova.
Silva, Genival Olegário da – O Segredo de uma vida renovada – Casa Publicadora
das Assembléias de Deus (CPAD).
O meu povo foi destruido, porque lhe faltou o conhecimento; (Oséias 4:6a)
Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor... (Oséias 6:3a)

QUE DEUS LHE ABENÇOE.


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O Espírito Santo – Nosso Divino Consolador
Uma Carta ao Querido Espírito Santo

Uma Carta ao Querido Espírito Santo


Nessa carta procure dizer tudo o que o Precioso Espírito
Santo significa para você querido (a) irmão (ã):
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Anotações
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Louvado seja Deus por ter lhe dado a oportunidade de ler esta obra,
minha oração é: que ela venha a lhe acrescentar mais conhecimento sobre a
Pessoa maravilhosa do querido Espírito Santo.
Nesta obra procurei abordar a luz da Palavra de Deus, assuntos
como: O Espírito Santo e a Santíssima Trindade, A Pessoa do Espírito Santo,
Atuações do Espírito Santo, O Fruto do Espírito, Os Dons do Espírito Santo.
Que você possa aprender, entender e compreender as verdades bíblicas
contidas nessa obra.
Do seu irmão em Cristo Jesus.
Cleber Rosa (C. R.) Alves

Biografia do Autor
Nascido no dia 10 de Junho de 1981, na
cidade de Porto Alegre – RS, Cleber da Rosa
Alves abraçou o Evangelho do Senhor Jesus no
ano de 2003 na cidade de Pinheiros, São Paulo –
SP. No ano de 2005 batizou-se nas águas na
cidade de São José da Laje, Alagoas – AL.
Recebeu a Ordenação Ministerial de Ministro do
Evangelho no ano de 2008. E no ano de 2013 foi
consagrado a Missionário. No campo teológico
possui os cursos: Bacharel em Teologia (STUB –
Seminário Teológico Universal Brasileiro); Curso
Fundamental de Teologia (STUB – Seminário Teológico Universal
Brasileiro); Curso Fundamental de Teologia ITC (Instituto Teológico Carisma);
Curso Básico de Teologia (Fafiteal – Faculdade de Filosofia e Teologia de
Alagoas); Curso Bíblico Radiopostal; Curso Internacional de Teologia
(Editora Central Gospel).
É o diretor e fundador do Instituto Bíblico Dunamis, uma instituição
que possui cursos bíblicos que tem como propósito preparar homens e mulheres
para a obra de Deus. C. R. Alves é Ministro do Evangelho e um escritor com
alguns títulos publicados. Os seus escritos, como todo leitor que tiver a
oportunidade de ler, poderá verificar, são de grande estimulo ao crescimento da
fé na Palavra de Deus.
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Categoria: Vida Cristã
Espírito Santo / Cristianismo
Pleno Publicações

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