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OBJETO E DOMÍNIOS DE

INTERVENÇÃO DA PSICOLOGIA
JURÍDICA
ProfªKarina Guimarães
CONHECIMENTO DO SISTEMA DE JUSTIÇA:
Psicólogos que realizam avaliações
psicológicas para o sistema de justiça
devem entender seu funcionamento, lógica
operacional e expectativas dos agentes
jurídicos.

É crucial adaptar os dados psicológicos


para que sejam compreensíveis aos leitores
leigos e atendam às exigências éticas da
psicologia.
FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE JUSTIÇA

PODER JUDICIÁRIO

MINISTÉRIO PÚBLICO

DEFENSORIA PÚBLICA

POLÍCIAS JUDICIÁRIAS
PODER JUDICIÁRIO
É o órgão responsável pela aplicação da lei e pela resolução de conflitos
judiciais. É composto por diversos tribunais em diferentes níveis, cada um
com sua própria competência e jurisdição.

A hierarquia do Poder Judiciário brasileiro é estruturada da seguinte


forma, em ordem ascendente:

Tribunais de primeira instância (Varas Judiciais)


Tribunais de segunda instância (Tribunais de Justiça Estaduais ou
Regionais Federais)
Tribunais de terceira instância (Superior Tribunal de Justiça - STJ e
Supremo Tribunal Federal - STF)
PODER JUDICIÁRIO/EX:
1. Tribunais de primeira instância (Varas Judiciais):
Um caso de divórcio litigioso, envolvendo disputas sobre guarda de
filhos, pensão alimentícia e partilha de bens, pode ser tratado em uma
vara judicial de primeira instância. Neste caso, um juiz de primeira
instância seria responsável por tomar decisões sobre essas questões,
após análise do caso e consideração das provas apresentadas pelas
partes.
PODER JUDICIÁRIO/EX:
2.Tribunais de segunda instância (Tribunais de Justiça Estaduais ou
Regionais Federais):
Um recurso de apelação contra uma decisão de primeira instância em
um caso criminal, como condenação por roubo, pode ser julgado em
um tribunal de segunda instância, como um Tribunal de Justiça
Estadual. Nesse caso, um grupo de desembargadores revisaria a
decisão do juiz de primeira instância para garantir que ela esteja de
acordo com a lei e os precedentes judiciais.
PODER JUDICIÁRIO/EX:
3.Tribunais de terceira instância (Superior Tribunal de Justiça - STJ e
Supremo Tribunal Federal - STF):
Um recurso extraordinário contra uma decisão de um tribunal de
segunda instância em um caso que envolve interpretação da
Constituição Federal pode ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal
(STF). Por exemplo, um caso que questiona a constitucionalidade de
uma lei estadual pode ser levado ao STF para determinar se a lei está
de acordo com a Constituição Federal.
MINISTÉRIO PÚBLICO
É A INSTITUIÇÃO QUE ZELA PELO INTERESSE DA NOSSA SOCIEDADE

Defesa dos direitos sociais e coletivos;

Defesa da ordem jurídica;

Defesa do regime democrático;

Fiscal da Lei
MINISTÉRIO PÚBLICO
É A INSTITUIÇÃO QUE ZELA PELO INTERESSE DA NOSSA SOCIEDADE

vida saúde meio ambiente patrimônio público cidadania

O MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO ESTÁ VINCULADO A


NENHUM PODER (INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL ART 127,
PARÁG.1)
resumindo: O Ministério Público é uma instituição
independente e autônoma que atua na defesa da
ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis.

Ele desempenha funções de fiscalização da lei e de


representação dos interesses da sociedade em
processos judiciais.
DEFENSORIA PÚBLICA
A Defensoria Pública é uma instituição que oferece assistência
jurídica gratuita para pessoas que não têm condições financeiras
de contratar um advogado particular.

Ela atua na defesa dos direitos individuais e coletivos,


especialmente dos vulneráveis socialmente.
DEFENSORIA PÚBLICA
A hierarquia da Defensoria Pública é estruturada da seguinte forma,
em ordem ascendente:

Defensorias Públicas de primeira instância (Defensorias Públicas


Estaduais)
Defensorias Públicas de segunda instância (Defensorias Públicas
Regionais ou Gerais)
POLÍCIAS JUDICIÁRIAS
As polícias judiciárias são responsáveis pela
investigação de crimes e pela coleta de provas
que serão utilizadas no processo judicial. No
Brasil, as principais polícias judiciárias são a
Polícia Civil, responsável pela investigação de
crimes comuns, e a Polícia Federal, responsável
pela investigação de crimes federais e pela
segurança pública em âmbito nacional.
POLÍCIAS JUDICIÁRIAS
As polícias judiciárias atuam sob a supervisão do Ministério
Público e em cooperação com o Poder Judiciário, contribuindo
para a produção de provas e informações necessárias para a
aplicação da lei.
AFINAL, POR QUE A
PSICOLOGIA
JURÍDICA PRECISA
SABER DISSO?
Compreender a estrutura e funcionamento do sistema
judiciário permite ao psicólogo jurídico situar sua
atuação dentro desse contexto. Isso ajuda a entender
como as decisões judiciais são tomadas, quais são as
instâncias de recurso disponíveis
ATRIBUIÇÃO E NORMAS DO
CRP PARA A ATUAÇÃO
Algumas das resoluções emitidas pelo Conselho Federal de Psicologia
(CFP) que são relevantes para a atuação do psicólogo jurídico, perito e
forense incluem:

Resolução CFP nº 01/1999: Estabelece normas de atuação para os psicólogos


em relação à prestação de serviços psicológicos em instituições e serviços
públicos e privados.

Resolução CFP nº 07/2003: Define normas para a avaliação psicológica.

Resolução CFP nº 12/2005: Dispõe sobre a regulamentação da atuação do


psicólogo como perito examinador de trânsito.
Resolução CFP nº 15/1996: Define as atribuições do psicólogo no âmbito
jurídico e forense, além de estabelecer critérios para a realização de perícia
psicológica.

Resolução CFP nº 001/2009: Dispõe sobre a atuação do psicólogo como


assistente técnico no Poder Judiciário.

Resolução CFP nº 012/2011: Regulamenta a atuação do psicólogo na


elaboração de documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica.
Atuação ética e legal: O psicólogo jurídico, perito e forense deve atuar de
acordo com os princípios éticos estabelecidos no Código de Ética Profissional
do Psicólogo, respeitando a legislação e as normas vigentes relacionadas à sua
área de atuação.
Competência técnica: O profissional deve possuir conhecimento e
habilidades específicas para atuar no contexto jurídico, incluindo avaliação
psicológica forense, elaboração de laudos periciais, pareceres técnicos e
demais atividades relacionadas à psicologia aplicada ao Direito.
Sigilo profissional: O psicólogo deve garantir o sigilo das informações obtidas
durante a realização de avaliações e intervenções no contexto jurídico,
respeitando a confidencialidade dos dados e informações dos envolvidos no
processo.
Imparcialidade e objetividade: O psicólogo jurídico,
perito e forense deve manter-se imparcial e objetivo
em suas análises e pareceres, evitando qualquer tipo
de influência externa que possa comprometer a
qualidade e integridade de seu trabalho.
O campo da psicologia jurídica foi reconhecido como especialidade pelo
Conselho Federal de Psicologia em 2007, permitindo atuação como perito
judicial em várias áreas.

Não é necessário título de especialista pelo CFP para atuar como perito, mas tal
qualificação pode valorizar o trabalho do profissional.
Diretrizes curriculares do Ministério da Educação para cursos de psicologia
incluem competências para realizar psicodiagnóstico em contextos forenses,
como:

Identificar e analisar necessidades psicológicas, diagnosticar e planejar ações


coerentes.
Formular questões de pesquisa científica, escolher métodos de coleta e
análise de dados.
Utilizar instrumentos de coleta de dados pertinentes.
Avaliar fenômenos cognitivos, comportamentais e afetivos em diferentes
contextos.
Realizar diagnóstico e avaliação psicológica de indivíduos, grupos e
organizações.
Atuar inter e multiprofissionalmente quando necessário.
Elaborar relatos científicos, pareceres técnicos, laudos e outras
comunicações profissionais.
Buscar e utilizar conhecimento científico relevante à prática profissional,
além de gerar conhecimento a partir da prática.

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