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e Legais da Biotecnologia
São Paulo
2023
1. Introdução
A International Flavors & Fragrances Inc. (IFF) (IFF, 2023) é uma empresa
multinacional focada, de acordo com a empresa, em soluções em nutrição, saúde e
biociências, aromas e farmacêuticas. A DANISCO S/A é uma empresa da área de
alimentos e que possui foco na fabricação de aditivos de uso industrial e é uma das
muitas empresas subsidiárias da IFF. A DANISCO S/A detém a patente e
autorização para comercialização, no Brasil, da produção de α-amilase a partir de
um organismo geneticamente modificado (OGM) de Bacillus Iicheniformis.
A princípio, a patente foi requerida pela DANISCO US INC. (Palo Alto, CA
(US)) e é reconhecida por China (CN110520520A), Europa (EP3585910A1), Japão
(JP2020508072A; JP7231228B2), Coréia (KR102375732B1; KR20190121331A) e
Estados Unidos (US2020056193A1; WO2018156705A1). Nos Estados Unidos, a
publicação de aplicação da patente tem identificação de No. US 2020/0056193 A1 e
foi publicada no dia 20 de fevereiro de 2020, tendo sido submetida para a avaliação
em 22 de fevereiro de 2018. A identificação da patente reconhecida pelo Patent
Cooperation Treaty (PCT), um tratado internacional de internacionalização de
patentes, administrado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual
(WIPO), é de PCT/US18/19140.
No Brasil, a liberação da comercialização da produção de α-amilase a partir
de Bacillus Iicheniformis modificada foi submetida e aceita pela CTNBio (Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança CTNBio) uma vez que é o órgão competente
para a avaliação da aplicação de OGMs na pesquisa e na indústria. A entidade
requerente do processo de liberação da comercialização em território brasileiro foi a
empresa Danisco Brasil Ltda (CNPJ: 46.278.016/0002-42 [FILIAL PIRAPOZINHO,
SP (BR)]) e correu com o nome “Liberação comercial do derivado de OGM
alfa-amilase (Bacillus licheniformis linhagem Bra7) para uso na produção de etanol e
aminoácido lisina”, processo 01200.002435/2016-71.
A invenção refere-se a células/cepas geneticamente modificadas de Bacillus
licheniformis, derivadas das cepas parentais do mesmo microrganismo. Estas
estirpes modificadas representam uma modificação específica no gene rghR2 onde
dezoito pares de bases que normalmente se replicam são removidos e inibem este
gene regulador. Esta deleção resulta num efeito positivo na produção de diversas
proteínas pelas células hospedeiras modificadas. Em particular, a deleção reativou o
gene rghR2, que codifica a proteína RghR2, resultando num aumento significativo na
produção de amilase, atingindo até 9%.
Por sua vez, a α-amilase é uma enzima que catalisa a quebra de amido em
carboidratos mais simples. Uma vez tendo sua produção aumentada, tem-se o
objetivo de associar o OGM da Bacillus licheniformis à produção de etanol, a fim de
impulsioná-la. Nos tópicos a seguir, exploraremos todos os marcos regulatórios e
órgãos reguladores pelos quais esta proposta teve de passar para que chegasse
efetivamente à produção industrial e à comercialização.
3. Principais regulações
Referências Bibliográficas
Anotações