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CAPITALISMO/ SOCIALISMO/ COLONIALISMO

Pensamento abissal- duas linhas visíveis ou invisíveis opostas de saberes

Pensamento abissal se concretiza como impossibilidade de coexistência das duas linhas, sendo
assim, o que está do “outro lado” é inexistente ou não-importante. Leitura Racial- colonialismo

Polarização entre as dicotomias, falta de mediação acarreta na exageração de um ou outro


polo, não havendo um meio termo.

Prioridade máxima a um polo gera uma relação que no próximo momento essa seja dada a um
polo oposto, no entanto a reação nunca sempre carregará resquícios de seu antecessor.

Século XX foi marcado pelo estado de bem estar social ou Estado- Providência, onde cabe ao
estado garantir o bem estar social, onde a formalidade e as regras eram aspectos centrais, o
formalismo reformista pode ser definido no campo artístico pelo modernismo, individualismo
de LE Corbusier por exemplo.

Em meados do século 60, na crise do formalismo reformista surge como reformas modelos de
informalismo fascista.

Modelo vigente hoje pode ser chamado de capitalismo desorganizado, onde há a política
Trump, por exemplo da criação de inimigos nas vítimas, a tática de jogar vítima contra vítima.
O proletariado de classe média é instigado a achar o proletariado imigrante seu inimigo e
portanto uma ameaça.

O formalismo é marcado por três pilares, sendo ele a burocracia, retórica e violência. Qualquer
modelo anti-formalista pregará um decréscimo da burocracia, no entanto pode tanto reforçar
a retórica quanto a violência.

Um fenômeno pós moderno, atual, marcante, é a oscilação mais fictícia do que real dos polos
extremos. De modo que um polo dominante, quase imperceptivelmente se aproprie do outro.

Pode-se observar esse exemplo na relação Ser humano- Natureza por exemplo em que desde a
industrialização e o espirito Burgues Capitalista se implementou ocorre a desumanização da
Natureza e a Desnaturalização do homem. Ou seja, criou-se a Natureza e a humanidade como
polos opostos e não como frutos do mesmo meio, desse modo, se estabeleceu a dominância
aparentemente humana sobre a natureza a utilizando só como mais um meio para um fim.

Outra dicotomia, seria o estado e a sociedade civil. Neste sentido, o modelo à um tempo mais
abrangente, liberalismo se apresenta em uma grande contradição onde prega
fundamentalmente a liberdade da economia frente ao estado, no entanto para que isso seja
possível o estado deve intervir em uma lógica onde “O estado deve intervir para não intervir”

Polo dominante coloniza o seu oposto e o tranforma em seu duplo.

Nesse sentido, atualmente o estado se confunde com instituições privadas de uma maneira
que possa aparentar que ocorre um processo de retração dos poderes do estado sobre a
sociedade civil, mas na realidade ocorre a expansão do mesmo. Dessa maneira, ele pode se
expandir sem ser notado de uma maneira que o controle social é confundido facilmente com a
participação social..
“O ESTADO E A SOCIEDADE CIVIL SE DUPLICAM UM NO OUTRO CRIANDO A CADA UM DELES
AQUILO QUE SE OPÕE.”

Dessa maneira, Boaventura propões que a solução seria um pluralismo político de maneira a
reconhecer as subjetividades dos indivíduos nos pilares principais da família, classe e nação.
De uma maneira a “REGRESSAR AO INDIVIDUALISMO, MAS NÃO DE MANEIR INDIVIDUALISTA”
Pregando que se lute pelas reciprocidades no lugar das políticas hegemônicas presentes no
capitalismo.

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