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Florestan Fernandes e a democratização do ensino

Florestan Fernandes foi um estudioso que se destacou na área da sociologia.


Certamente, a história de vida influencia o modo de enxergar o mundo. Assim, é
relevante destacar que este sociólogo adveio de uma família humilde, sendo filho de
uma empregada doméstica, não conheceu seu pai, trabalhou como engraxate e amava
ler. O amor pela leitura era notório. Vendo isto, um de seus clientes o aconselhou a
ingressar num curso da universidade e sucedeu que este conselho foi atendido.

O Sociólogo defendia a tese que o ser humano é um ser social, que, ao conviver com
seus pais, reproduz os comportamentos, ações, crenças, gostos, etc. Além disso,
acreditava que, embora houvesse essa reprodução, a sociedade poderia se transformar
através de uma nova educação. É por este motivo que Florestan ganha destaque tanto
como sociólogo, quanto educador, sendo necessário considerar suas teorias no âmbito
educacional do Brasil.

Observado a estruturação da sociedade em relação à economia e à divisão de classes, o


educador aponta que é necessário oferecer uma educação escolar democrática e
universal, que atenda não somente os interesses da classe alta, mas de todos.

“A demora cultural” é um dos principais conceitos defendidos pelo sociólogo. Muitos


leigos acreditam que uma parcela da sociedade consegue alcançar objetivos no tempo
certo e outras pessoas, por incapacidade, demoram ou não conseguem se desenvolver,
menosprezando os muitos fatores que interferem nesse processo. De acordo com o
conceito de “Demora cultural”, Florestan adverte que essa demora faz parte do processo
de desenvolvimento, que reforça o processo de pobreza e exploração de alguns para
favorecer o enriquecimento de outros. Assim, a desigualdade faz parte do processo de
desenvolvimento.

Diante do que foi discutido, é perceptível que o sociólogo Florestan Fernandes acredita
que a educação é uma forma de mobilidade social. Deste modo, é necessário oferecer
uma educação para todos, que ofereça possibilidades de crescimento econômico e
princípios que destaquem a importância de uma educação libertadora e não apenas um
educar que se distancie da vida social e/ou que não transforme a vida miserável numa
vida próspera.

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