Você está na página 1de 5

A origem da Arte e sua função

Fischer (1983) explica que a arte nasceu há muito tempo, que faz parte da vida em
sociedade. Ele continua relatando que a arte pode ser comparada ao trabalho e que a arte
é um trabalho, relembrando que o trabalho é uma característica humana: “a Arte é quase
tão antiga quanto o homem. É uma forma de trabalho, e o trabalho é uma atividade
característica do homem” (FISCHER, 1983, p. 21).

Fischer (1983) argumenta que através do trabalho o homem pode transformar a


natureza. De acordo com o autor o homem primitivo percebeu que ao transformar a
natureza, criando novos objetos, o criador não somente constrói novos objetos, mas o
resultado final de sua criação era relacionado à magia. Assim, todo homem é um
mágico. Quanto ao surgimento da arte e sua relação com a magia, Fischer (1983, p. 44 e
45) define que:

A arte era um instrumento mágico e servia ao homem na dominação da natureza e no


desenvolvimento das relações sociais. Seria errôneo... continuar escrevendo a citação

Ao se referir à origem da arte Azevedo Junior (2007, p. 06) também demostra a relação
entre o trabalho e a arte e argumenta que:

[...] A arte é uma das primeiras manifestações da humanidade como forma do


ser humano marcar sua presença criando objetos e formas (pintura nas
cavernas, templos religiosos, roupas, quadros, filmes etc) que representam
sua vivência no mundo, comunicando e expressando suas idéias, sentimentos
e sensações para os outros.

Diante dessas reflexões é notório que a arte advém do trabalho e que sua função está
ligada tanto a vida cotidiana como às relações sociais.

DE SOUZA, Odemar Mendes. A ARTE E SUAS FUNÇÕES SOCIAIS E


EDUCATIVAS. Abordagens Sobre Ensino-aprendizagem. Disponível em:
http://www.isciweb.com.br/livros/images/Abordagens_sobre_ensino-
aprendizagem.pdf#page=7 . acesso em: 20. abr de 2022.

AZEVEDO JUNIOR, José Garcia de. Apostila de Arte – Artes Visuais. São

Luís: Imagética Comunicação e Design, 2007. 59 p.: il.


FISCHER, Ernst. A Necessidade da Arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.

https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=zGgvDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT2&dq=Arte&ots=gvYcCxL_B3&sig=
hdAa-s1IU9ugd-0C8h_XPDMNJt0#v=onepage&q=Arte&f=false IDADE MEDIA

https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=vWLrCgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PP4&dq=arte+no+tempo+primitivo&ots
=p3BZbxIfg5&sig=vXoiE-MsAPHnQXCCvNL71cbOfeI#v=onepage&q=arte%20no
%20tempo%20primitivo&f=false ARTE NO TEMPO PRIMITIVO

https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/32932466/
Producao_sentido_leitura_revista_querubim_7_v_1-with-cover-page-v2.pdf?
Expires=1650230811&Signature=bTmaks92JP7W56OmKusCQ3Hm4ebKBH6G7gZR
39BHMTkK1TRK3It9YiOjbNojB2iYkAPEBKx7BTjsf-
yw6EiYVV7tz70C7crMgRUGlzjydSV7KEwEpzCc95mGxeNnKqdNmbTAYASAfPQ
AOUJ1qhTjrrA3t4Fp55xtUO1a1jdEaD087O8X~AZ~p80waFH4G7n1-
LA5A67arGm7wNNFAek~yL-
4ep2x1MiZY21Xx5CLAw5oa6sptwex7Wbc28egSK7Ah~GS2RlCyovKFPPZhiBeTWS
iJa-
LIrEZ2Xez6TAZxUNfXxWjjRb2F1Hu0nWMu6To8kmDvQzC88kd6t3mSzRDJw__&
Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA#page=89

REFORMA PROTESTANTE E LITERATURA- PAG 88

https://www.scielo.br/j/ep/a/tBR8R4H5zwGVm3fhZqyTnqg/?format=pdf&lang=pt
Impactos da Reforma Protestante na Literatura

Barbosa (2007) descreve que Martinho Lutero apresentou um novo currículo para a
educação da população, ele criticava a educação oferecida na idade medieval que se
baseava em livros de filosofia de Aristóteles, alegando que estes afastavam as pessoas
da verdade bíblica. Diante desse argumento, Lutero defendia a bíblia como fonte
principal de conhecimento. Barbosa, (2007, p. 168) explica os requisitos necessários
para estuda-la:

O novo currículo proposto tem a Bíblia como cerne do ensino e, como


conseqüência desse fato, para melhor estudá-la, Lutero defende, como algo
indispensável para as novas escolas, o ensino das línguas antigas.
Principalmente no tratado de 1524, apresenta vários argumentos sobre a
importância de se aprender o hebraico e o grego, línguas consideradas santas
e necessárias para um estudo mais aprofundado do Velho e do Novo
Testamento, além do estudo do latim, o que se mostrou indicado para o
ensino secundário na proposta dos colégios humanistas.

Para Lutero a bíblia era a principal literatura que deveria ser acessível para todos, ele
acreditava que a leitura deste livro poderia trazer benefícios pessoais e coletivos, assim
como afirma Júnior (2017) apud Barbosa, Barbosa e Silva (2019, p. 40) ao deferem a
tese que a educação e o currículo sugerido por Lutero trazia consigo uma autonomia, já
que: “as pessoas deveriam ter conhecimento bíblico e estudarem as Sagradas Escrituras
para alcançarem autonomia e não ter uma condição de servilidade diante de grupos ou
pessoas”.

Mesmo defendendo as Sagradas Escrituras como a principal literatura, Lutero


acreditava que a leitura de outros livros extras bíblicos e até mesmo obras literárias
pagãs acrescentariam conhecimentos na educação que era ofertada. Barbosa (2007, p.
168) confirma: “era fundamental que se estudasse latim, grego e hebraico, além do
ensino da gramática e a leitura de textos mediante o estudo de obras literárias pagãs e
cristãs”.

Além de sugerir livros de literatura pagã e cristã, Lutero também escreveu diversos
livros:

As ideias e concepções que Martinho Lutero elabora sobre a educação,


durante o movimento da Reforma Protestante, podem ser encontradas em
diversos de seus escritos, entretanto, suas propostas específicas para a
educação escolar concentram-se em três deles: “À nobreza cristã da nação
alemã, acerca da melhoria do estamento cristão”, de 1520; “Aos conselhos de
todas as cidades da Alemanha para que criem e mantenham escolas cristãs”,
de 1524, e “Uma prédica para que se mandem os filhos à escola”, de 1530
(Lutero, 1995,v.5 apud Barbosa, 2011, p. 870).

Diante dessa explicação é possível perceber que Lutero não somente influenciou nas
escolhas das literaturas, mas escreveu livros defendendo suas teorias e alertando o sobre
a relevância da educação, que de acordo com ele deveriam ser obrigatória e gratuita.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, LEOCIMAR RODRIGUES; BARBOSA, VERA MOTA DA SILVA;


SILVA, JÚLIA BUENO DE MORAIS. A CONTRIBUIÇÃO DE LUTERO PARA A
EDUCAÇÃO CONFESSIONAL.: Confessionalidade. Lutero. Ensino. Anais do
Seminário de Atualização de Práticas Docentes, v. 1, n. 1, p. 37-42, 2019. Disponível
em: <http://anais.unievangelica.edu.br/index.php/praticasdocentes/article/view/
4036>.Acesso em: 18 de abr. 2022.

BARBOSA, Luciane Muniz Ribeiro. As concepções educacionais de Martinho


Lutero. Educ. Pesqui. [online]. 2007, vol.33, n.1, p. 163-183. ISSN 1517-
9702. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ep/v33n1/ a11v33n1.pdf>. Acesso
em: 17 de abr. 2022.
BARBOSA, Luciane Muniz Ribeiro. Estado e educação em Martinho Lutero: a
origem do direito à educação. Cadernos de Pesquisa. [online]. 2011, v.41, n.144, p.
866-885. ISSN 0100-1574. Disponível em: <http://
www.scielo.br/pdf/cp/v41n144/v41n144a12.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2022.

Você também pode gostar