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João Pedro é um personagem

enigmático e extremamente
discreto, que legou à Doutrina do
Santo Daime um dos hinários
mais belos e venerados,
principalmente usado nos
trabalhos de cura.
Sabe-se que era paraibano,
de estatura alta, pele escura,
muito alegre e que o Mestre tinha
amizade por ele. Vivia como agregado na casa de
Leôncio Gomes e não tinha família própria. Era um
homem simples e tão discreto que passava despercebido.
Sofria de elefantíase e tinha a saúde frágil. Devotado ao
Mestre, mantinha seu hinário com muita humildade.
Dizem que nos finais dos hinários, quando todos já
estavam fora de forma ele ficava na mesa cantando seus
hinos, pois não tinha oportunidade de fazer um trabalho
com eles.
Seu hinário “O Relógio de Luz” ficou desaparecido
por muitos anos. Foi recuperado graças a uma
encomenda do Padrinho Wilson Carneiro à pesquisadora
Geovânia Corrêa, que localizou a Professora Maria Luiza
Nunes em sua residência na Estrada de Porto Acre, em
Rio Branco, e que, apesar de não frequentar muito (pela
idade), era fardada da antiga sede do Mestre, sendo ela a
zeladora indicada por João Pedro.
Desde então o hinário de João Pedro, passou a ser
estudado com afinco e tomou
seu lugar de direito, como um
dos fundamentos da Doutrina do
Santo Daime.

Ana de Souza Brito, nascida no


município Limoeiro no estado do
Ceará no dia 07 de Outubro de
1920.
No ano 1952, migrava para
a Amazônia e, com o marido e
seus filhos estabeleceram-se no Seringal extraindo látex
seringueira fazendo borracha, e neste vai e vem logo, por
força destinal conheceu o Mestre Irineu e tomou Daime,
logo se tornou uma irmã doutrinária com muita
abnegação, considerada pioneira que ombro a ombro,
gozou de uma convivência com o Mestre por vários anos
consecutivos, portadora de 26 belíssimos hinos, seu
hinário se denomina “ALVORADA”.
Quem tem a incumbência de zelar por este hinário é
o irmão Saturnino Brito do Nascimento. Daí, como tudo
neste mundo é passageiro, Ana desencarnou-se num dia
04 de dezembro. Deixando boas recordações em toda
plenitude.

Texto escrito por


Luiz Mendes do Nascimento, maio 2008.

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