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História

Modernidade Europeia: Perspectivas


sobre África e América

1o bimestre – Aula 06
Ensino Fundamental: Anos Finais
● A visão eurocêntrica do ● Identificar os principais
mundo; elementos da visão europeia
● Idade Moderna. sobre os continentes
africano e americano durante
a Modernidade;
● Analisar os impactos dessa
visão nas relações entre
Europa, África e América;
● Debater para estimular a
reflexão crítica dos
estudantes.
Vire e converse

1– Você já vivenciou alguma situação em que, por algum motivo,


sentiu-se “diferente” das outras pessoas?
1. Analise as imagens abaixo e responda às questões oralmente.
Fonte 1 Fonte 2
1. Analise as imagens e responda às questões Todos juntos
oralmente.
a) O que você observa nas imagens? Quais são os detalhes mais
importantes que você identifica nas imagens?
b) Em que contexto histórico elas foram produzidas?
c) Considerando as representações visuais dos Tupinambás, disponíveis
para os europeus do século XVI, quais hipóteses podem ser levantadas
sobre a percepção europeia em relação à cultura, costumes e
sociedade dos Tupinambás? Como essas representações podem ter
influenciado a construção do imaginário e as culturas na época?
Alguns elementos
Visão europeia sobre a África da visão

A visão europeia sobre a África,


durante a Modernidade, era marcada Inferioridade
pela crença de que seus povos eram
inferiores. Os africanos eram,
frequentemente, representados como
selvagens, primitivos e atrasados. Essa População pobre e incivilizada

visão justificava a exploração e a


colonização da África pelos europeus.

Naturalmente propensos à escravidão


Alguns elementos
da visão
Visão europeia sobre a América
A visão europeia sobre a América, durante a
Modernidade, também era marcada pela Inferioridade
inferioridade. Os americanos eram,
frequentemente, representados como
primitivos, pagãos e atrasados. Essa visão Conversão
justificava a conquista e a dominação dos
americanos pelos europeus.

Oportunidades
Visão
eurocêntrica

A visão eurocêntrica é uma perspectiva que coloca a Europa como o centro


do mundo e todas as outras culturas como inferiores. Essa visão foi
desenvolvida durante a Modernidade, quando países do continente
europeu emergiram como uma potência global.
A partir de uma visão etnocêntrica, isto é,
O encontro entre os povos indígenas e julgando a partir de seus próprios hábitos
os portugueses foi marcado por uma e costumes, os portugueses
visão etnocêntrica. caracterizaram e julgaram os indígenas
como povos ‘inferiores’ e ‘selvagens’:
‘sem lei, sem rei e sem fé’.

Interessados na exploração do pau-brasil e na


Etnocentrismo é quando
dominação do território dos povos indígenas,
observamos e julgamos a vida, as
os portugueses passaram a exterminar a
crenças, os hábitos e os costumes
população indígena: mortes, assassinatos e
de outros povos a partir da
doenças. Impuseram também, por meio da
perspectiva particular do povo e
violência, os costumes europeus, como a
da cultura aos quais
religião católica, a língua portuguesa e a
pertencemos.
obediência ao rei de Portugal.
[...] Eurocentrismo é, aqui, o nome de uma perspectiva de conhecimento cuja
elaboração sistemática começou na Europa Ocidental antes da metade do século
XVII, ainda que algumas de suas raízes são sem dúvida mais velhas, ou mesmo
antigas, e que nos séculos seguintes se tornou mundialmente hegemônica
percorrendo o mesmo fluxo do domínio da Europa burguesa. Sua constituição
ocorreu associada à específica secularização burguesa do pensamento europeu e
à experiência e às necessidades do padrão mundial de poder capitalista,
colonial/moderno, eurocentrado, estabelecido a partir da América.

QUIJANO, Aníbal. “Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina”. In: LANDER,


Edgardo (Org.) A Colonialidade do saber: Eurocentrismo e Ciências Sociais – Perspectivas
latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p 115.
Mostre-me

2. Vamos analisar os impactos dessa visão nas relações entre Europa,


África e América.

Após a explicação de seu professor, cada estudante deve escrever uma


frase sobre o que compreendeu dos impactos dessa visão dos europeus
sobre a África e a América.

Compartilhe sua frase quando solicitado pelo professor.


Aventureiros europeus
Narrativas de aventureiros europeus, como a de Hans Staden, do século
XVI, apresentavam os continentes africano e americano como locais
atrasados, povoados por selvagens, que, segundo eles, somente se
modernizaram após o contato com a cultura europeia. No entanto, um
estudo do passado nos permite conhecer e desmistificar ideias
preestabelecidas. Em primeiro lugar, temos que, na África e na América,
sempre houve uma grande diversidade de povos, com diferentes
características culturais, sociais e políticas.
A cerâmica e a metalurgia do ouro e da prata, por exemplo, eram conhecidas
pelas antigas sociedades africanas e americanas, possibilitando a produção
de utensílios, ferramentas e artefatos simbólicos. Exemplos de construções
arquitetônicas, como Machu Picchu, na América, e a Grande Mesquita de
Djenné, na África, ambas declaradas Patrimônios da Humanidade pela
UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura), são representações da complexidade tecnológica dessas
sociedades. Essas e outras fontes históricas nos permitem conhecer as
características desses povos.
Fonte: Currículo em Ação
Todo do mundo
escreve

3. Leia o texto e responda às questões em seu caderno.

a) De acordo com o texto, como os aventureiros europeus, a partir do


século XVI, costumavam apresentar os continentes africano e
americano?

b) Debata em dupla e responda por que essa concepção é considerada


equivocada atualmente?
Correção
a) De acordo com o texto, como os aventureiros europeus, a partir
do século XVI, costumavam apresentar os continentes africano
e americano?
Resposta: De acordo com o texto, os aventureiros europeus, a partir do
século XVI, costumavam apresentar os continentes africano e americano
como locais atrasados, povoados por selvagens. Essa concepção era
baseada em uma visão eurocêntrica, que colocava a Europa como o
centro do mundo e todas as outras culturas como inferiores.
Correção
b) Debata em dupla e responda por que essa concepção é considerada equivocada
atualmente?
Resposta: Essa concepção é considerada equivocada atualmente por uma série
de razões. Vamos apontar algumas nesta resposta.
Em primeiro lugar, sabemos que na África e na América sempre houve uma
grande diversidade de povos, com diferentes características culturais, sociais e
políticas.
Em segundo lugar, sabemos que os povos africanos e americanos desenvolveram
tecnologias sofisticadas em diversas áreas, como a cerâmica, a metalurgia, a
arquitetura e a astronomia.
Em terceiro lugar, sabemos que os povos africanos e americanos não eram
selvagens, mas, sim, seres humanos com uma cultura e uma história complexas.
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4. Vamos elaborar um mapa conceitual com os principais conceitos


que foram abordados na aula, indicados abaixo:

A Modernidade – Os europeus visão


sobre continentes africano e americano
● Hoje, na aula de História do 7o ano, aprendemos a
respeito da visão europeia sobre os continentes
africano e americano durante a Modernidade. Essa
visão foi marcada pela crença dos povos europeus
de que os povos africanos e americanos eram
inferiores, o que serviu como justificativa para as
ações de imposição, conquista e submissão,
iniciadas por países do continente europeu a partir
do início do séc. XVI.
Referências

Slide 4 – Imagem 1–
Fonte: Domínio Público. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/imagem/ic00001
3.jpg . Acesso em: 05 ago. 2022. Imagem 2 –
Fonte: Domínio Público. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/imagem/ic00000
8.gif . Acesso em: 05 ago. 2022.
Slide 8 – Imagem 3 –
Fonte: Wikipedia. Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/13/Waldseemull
er_map_in_color.jpg Acesso em: 05 nov. 2023.
LEMOV, Doug. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre:
Penso, 2023.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo Paulista: Etapas Educação Infantil e Ensino
Fundamental. Secretaria da Educação – São Paulo: SEE, 2019.
QUIJANO, Aníbal. “Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina”. In: LANDER, Edgardo
(Org.) A Colonialidade do saber: Eurocentrismo e Ciências sociais – Perspectivas latino-americanas.
Buenos Aires: CLACSO, 2005. p 115.

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