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Domingues Petrônio . Lino Guedes: de filho de ex-escravo à "elite de cor".

Afro-Ásia [em
linha]. 2010, (41), 133-166[fecha de Consulta 20 de Março de 2024]. ISSN: 0002-0591.
Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=77020005004

Um breve resumo, por Jósimo Jesus

Lino Guedes nasceu em Socorro interior de São Paulo, em 24 de junho de 1897 e


conseguiu ascender socialmente até se tornar um intelectual negro na grande imprensa
paulistana. Ele escrevia de forma integracionista, preconizando o progresso da população
negra e lutando contra o preconceito racial. Trabalhou em vários jornais em Campinas
(Diário do Povo, Correio de Campinas, Correio Popular) e posteriormente em São Paulo
(Jornal do Comércio, O Combate, À Razão, Correio Paulistano e Diário de São Paulo).

Lino Guedes nasceu de pais ex-escravos, José Pinto Guedes e Benedita Eugênia Guedes.
Após a morte de seu pai, quando tinha apenas dois meses, sua mãe assumiu a
responsabilidade pela educação dele e de sua irmã Gracinda. A família enfrentou
dificuldades até receber ajuda do “coronel” Olímpio Gonçalves dos Reis, que os apoiou
financeiramente e facilitou a entrada de Guedes na escola, uma vez que muitas instituições
na época recusaram a matrícula de crianças negras. Essa relação paternalista foi
fundamental para o desenvolvimento educacional e social de Guedes desde a infância.
Sua principal forma de militância foi a imprensa negra, tendo sido fundador de três jornais
do gênero (A União, Getulino e Progresso), além de ter contribuído como articulista de ou
tros, como O Clarim d’Alvorada.

Embora a compreensão dos leitores de Lino Guedes ainda esteja em desenvolvimento, o


artigo que você mencionou oferece pistas valiosas para desvendar esse público. Na época
em que atuava, diversos grupos de pessoas negras já se organizavam em torno de
diferentes objetivos, desde o entretenimento e a vida social até a politização.

Nesse artigo é muito falado dos movimento associativo dos "homens de cor", um grupo
engajado em buscar melhores condições e direitos para a população negra no Brasil. e a
participação ativa de Guedes nesse movimento incluiu não apenas críticas públicas, mas
também ações concretas para promover mudanças sociais e políticas.

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