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reportagem
As figuras de linguagem são empregadas para dar um efeito mais expressivo ao texto. A escolha de palavras
específicas ou expressões surgem para transmitir um sentido figurado ou conotativo, no intuito de causar beleza,
emoção, ironia, ênfase ou sonoridade ao texto.
Dividem-se em figuras de palavras, de construção (ou sintaxe) e de pensamento.
1- Em seu caderno, construa um mapa mental das figuras de linguagem a seguir, incluindo os exemplos.
Metáfora - Atribuição de determinada característica a um ser com o qual não tem uma relação direta.
Exemplo: Minha namorada é uma flor.
Comparação - Aproximação de dois termos para estabelecer relações de características semelhantes.
Exemplo: Meus pensamentos são como um foguete desgovernado.
Pleonasmo - Repetição de um termo para enfatizar a mensagem.
Exemplo: “Me sorri um sorriso pontual.” (Chico Buarque)
Antítese - Aproximação de palavras de sentidos opostos.
Exemplo: Ele foi da alegria a tristeza em segundos com aquela notícia.
Sinestesia - Mistura sensações dos cinco órgãos do sentido (visão, olfato, audição, tato e gustação).
Exemplo: Aquelas cores doces me embrulharam o estômago.
Metonímia - Substituição de uma palavra por outra, com a qual mantém alguma relação de sentido.
Exemplos: Ele tomou três copos de suco de maracujá para se acalmar.
Li Clarice Lispector no ensino médio.
Paradoxo - Ideias que se contradizem em uma frase.
Exemplo: O clima estava perturbadoramente tranquilo.
Eufemismo - Atenuação de termos que podem ser desagradáveis, impactantes.
Exemplo: Otávio foi convidado a se retirar da festa.
Personificação - Atribuir características humanas a seres inanimados.
Exemplo: As ondas lambiam a praia vagarosamente.
Ironia - Expressa o contrário do sentido original das palavras e é percebido pelo contexto.
Exemplo: Ele é tão inteligente quanto um asno.
TEXTO
2. No Texto “O Rio de Janeiro em 1877”, de Artur Azevedo, identifique as figuras de linguagem, transcrevendo-as
no caderno.
3. A palavra “calamidade” foi utilizada algumas vezes no texto “O Rio de Janeiro em 1877”. Identifique qual figura
de linguagem foi utilizada com o termo nas frases a seguir:
4. Leia o trecho, ele representa um monólogo do personagem Jaques na peça “Como você quiser” (também
conhecida como “Como Quiserdes”), escrita por William Shakespeare. Essa peça faz parte das comédias de
Shakespeare e foi publicada pela primeira vez em 1623.
5. Responda:
Qual figura de linguagem é frequentemente utilizada neste trecho da peça para expressar a ideia de que a vida
humana passa por diferentes estágios e fases? Identifique-as, retirando trechos da peça:
Vícios de linguagem
Em seu caderno, faça um mapa mental dos vícios de linguagem, incluindo os exemplos.
Cacofonia – repetição de sons desagradáveis, como em:
Eu vi ela essa tarde na escola. (viela)
Pagamos por cada prejuízo. (porcada)
Uma mão lava outra. (mamão)
Pleonasmo – Uso excessivo de informações, como:
subir para cima;
descer para baixo;
elo de ligação.
Ambiguidade – Frases com duplo sentido, como em:
Vi a vizinha com o cachorro do seu irmão.
Tenho uma novidade inédita para lhe contar!
Ocorre ambiguidade, por exemplo, na falta de pontuação:
Marina foi atrás do pai correndo: Marina, correndo, foi atrás do pai dela.
Barbarismo – Uso incorreto de palavras, como: “nós vamos” por "nós vai“; pneu por peneu; cidadãos por cidadões;
aeronáutica por areonáutica. E em orações como “Ela está meio cansada” por “Ela está meia cansada”.
Clichê – Expressões muito repetidas, como: "A última gota d'água"; “A toque de caixa”; “A união faz a força”.
Estrangeirismo – Uso desnecessário de palavras de outras línguas como show em vez de espetáculo. Em frases como:
Essa bike, apesar de ser um modelo vintage, está muito trash.
Neologismo – Criação de palavras novas, como internauta, mensalão (ato de corrupção).
Eufemismo – Suavização de palavras duras, como: “partiu dessa vida” em vez de morreu; “Aquele político enriqueceu
por meios ilícitos” no lugar de “Aquele político enriqueceu por ter roubado”.
Sobre os vícios de linguagem, responda:
(UNAERP – MODELO ENEM) – Algumas vezes encontramos dificuldades ao usar algumas expressões da "moda",
principalmente, por ouvirmos seu emprego de forma inadequada.
Assinale a opção que traz a expressão usada de forma adequada:
a) Você pensa como eu, logo suas ações vão de encontro com as minhas.
b) Vamos vender esse produto a nível de Brasil.
c) Há dez anos atrás, eu o reencontrei.
d) Referia-se ao livro cujo o autor acaba de morrer.
e) Ao invés de falar o que sabia, calou-se.
(Enem/2003). No ano passado, o governo promoveu uma campanha a fim de reduzir os índices de violência.
Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte manchete:
CAMPANHA CONTRA A VIOLÊNCIA DO GOVERNO DO ESTADO ENTRA EM NOVA FASE. A manchete tem um duplo
sentido, e isso dificulta o entendimento.
Considerando o objetivo da notícia, esse problema poderia ter sido evitado com a seguinte redação:
a) Campanha contra o governo do Estado e a violência entram em nova fase.
b) A violência do governo do Estado entra em nova fase de Campanha.
c) Campanha contra o governo do Estado entra em nova fase de violência.
d) A violência da campanha do governo do Estado entra em nova fase.
e) Campanha do governo do Estado contra a violência entra em nova fase.
(Enem) Carnavália
Repique tocou
O surdo escutou
E o meu corasamborim
Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mim? […]
ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002 (fragmento).
No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que é a junção coração + samba + tamborim, refere-se, ao mesmo
tempo, a elementos que compõem uma escola de samba e à situação emocional em que se encontra o autor da
mensagem, com o coração no ritmo da percussão.
Atividade de pesquisa
a) pesquise vícios de linguagem em locais da cidade;
b) fotografe exemplos encontrados;
c) compartilhe e identifique os vícios de linguagem
d) e=registre os impactos na comunicação;
e) proponham revisões para os exemplos encontrados;
f) conclua, enfatizando a importância da comunicação como expressão do pensamento ao escrever textos
acadêmicos, redações nos vestibulares e no ENEM.
FOTORREPORTAGEM
REPORTAGEM
Há dez anos, horta comunitária da USP promove educação ambiental e alimentação saudável
Semana comemorativa de aniversário da horta comunitária da Faculdade de Medicina da USP contará com oficinas,
atividades na cozinha e seminário sobre agricultura
Neste mês, a horta comunitária da Faculdade de Medicina (FM) da USP completa dez anos de existência. Do dia 12
ao 16 de junho, será realizada uma série de atividades abertas ao público que evocam o legado socioeducativo do
projeto, unindo a medicina à alimentação saudável e integrando a sociedade às ações de educação ambiental.
A horta nasceu a partir do cultivo de alguns temperos em um espaço da Faculdade de Medicina até então inutilizado,
localizado no terraço da faculdade, próximo ao Prédio da Administração, na Av. Dr. Arnaldo 453, conta Thais Mauad,
professora da FM e coordenadora da iniciativa.
Com o passar dos anos, mais pessoas se voluntariaram para colaborar, o que viabilizou a organização de ações
voltadas ao curso e à sociedade, como a criação da disciplina de Medicina Culinária e o fornecimento de ervas e
temperos aos pacientes do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo. “A horta hoje
tem esse papel socioeducativo, para pensar em alimentação saudável na medicina e tentar introduzir na dieta do
hospital um pouco mais de biodiversidade”, afirma Thais.
Hoje são cerca de 500 metros quadrados de cultivo de plantas medicinais, frutas, verduras e flores comestíveis. Toda
semana, são doados temperos como alecrim, tomilho, hortelã e salsinha, utilizados para enriquecer a dieta dos
pacientes, seja elaborando chás ou adicionando sabor às refeições.
O projeto também provê ervas mais diversas, as chamadas Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc), como a
folha de batata-doce. Essa proposta de introduzir a biodiversidade alimentar no tratamento hospitalar é uma das
principais realizações do projeto, diz a professora: “Conseguimos colocar diferentes alimentos da nossa horta dentro
do hospital”.
Disponível em: https://jornal.usp.br/universidade/ha-dez-anos-horta-comunitaria-da-usp-promove-educacao-ambiental-e-alimentacao-saudavel/. Acesso em: 14
ago. 2023.
4. Explique como a horta comunitária da USP promove a educação ambiental e a alimentação saudável, conforme
relatado na reportagem.
5. Qual é o papel da professora Thais Mauad na coordenação da horta comunitária da Faculdade de Medicina da USP,
e como essa iniciativa se conecta aos princípios da educação ambiental?
6. Analise como a horta comunitária da FM-USP exemplifica a prática de sustentabilidade urbana, considerando sua
localização e as atividades desenvolvidas.
7. Com base na reportagem, discorra sobre como a horta comunitária da USP vai além do cultivo de plantas,
impactando tanto a comunidade acadêmica quanto o tratamento hospitalar, e como isso contribui para uma visão
mais ampla de saúde e bem-estar.