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Radioatividade nos Alimentos e na Agricultura

A radioatividade vem sendo usada na agricultura de diversas formas, sendo que uma delas é na
conservação de alimentos. A irradiação de frutas, legumes, cereais, frutos do mar, entre outros,
diminui a quantidade de fungos e bactérias, aumentando, assim, seu tempo de conservação. Isso
porque a multiplicação desses microrganismos é um dos principais causadores do apodrecimento
dos alimentos.

Normalmente o alimento é irradiado por raios gama e beta de elementos radioativos,


principalmente o cobalto 60; além também de sofrer radiação ionizante proveniente de raios X e
elétrons acelerados. O alimento costuma ficar exposto a essa fonte de radiação, mas sem ter contato
direto com tal elemento. Além disso, essa radiação é controlada, ou seja, acontece por um tempo
prefixado e com objetivos bem determinados.

Por exemplo, se o alimento for submetido a uma radiação de 200 000 a 500 000 rad, ocorre a
pasteurização do alimento, ou seja, ele vai ter mais tempo de conservação, mas desde que seja
guardado em embalagens especiais ou em baixas temperaturas. No entanto, se essa radiação for
maior, entre 2 e 4 milhões de rad, ocorre o que é chamado de esterilização, sendo que o alimento
poderá ser conservado por mais tempo mesmo em temperatura ambiente.

Outro fator que aumenta o seu tempo de conservação é que a radiação pode alterar a estrutura
molecular das frutas e legumes e inibir sua maturação por alterar processos fisiológicos das plantas.

Um ponto negativo visto até o momento é que o sabor e aroma do alimento sofrem algumas
alterações.

O leite e seus derivados, além de alimentos muito gordurosos, não podem ser irradiados, pois
sofrem reações de oxidação e ficam rançosos.

Outro uso da radiação na agricultura é na determinação da absorção de fertilizantes pelas plantas.


Por exemplo, o P-32 é usado como radiotraçador, detectando quais partes da planta utilizou o
nutriente. Há também o uso da radioatividade no controle de insetos e na verificação da
autenticidade. Por exemplo, a determinação da razão isotópica estável do carbono 13 é usada para
verificar se o mel é mesmo puro ou se foi adulterado com xarope de milho ou cana de açúcar.

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