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CONTEÚDO
1. Prosseguir Com o Senhor de Acordo Com a Nossa Idade
Para a Edificaçã o da Igreja
2. Os Jovens Lutando na Batalha, Os Novos Guardando o
Taberná culo, e Os Mais Velhos Cuidando Diretamente da
Tenda da Congregaçã o
3. Sustentando o Testemunho da Unidade da Igreja em Cristo
4. Pastoreando Os Santos
5. O Temperar do Corpo e o Cuidar dos Santos

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Todas as Idades Para o


Testemunho do Senhor
Witness Lee

CAPÍTULO UM

PROSSEGUINDO COM O SENHOR DE ACORDO COM A


NOSSA IDADE PARA A EDIFICAÇÃO DA IGREJA

D urante algum tempo muitos irmã os foram


influenciados pelo conceito de que a vida da igreja
dependia principalmente dos jovens. Aqueles que
têm menos de trinta anos podem pensar que a restauraçã o
do Senhor é a esfera deles, e aqueles com mais de trinta
anos podem sentir que sã o inú teis e obsoletos. Este
conceito nã o é verdadeiro. No Velho Testamento aqueles
com menos de trinta anos nã o estavam qualificados para
ministrar dentro ou ao redor do taberná culo que era um
tipo da igreja hoje como o testemunho do Senhor. Em vez
de serem inú teis, os que sã o de trinta anos para cima sã o os
mais ú teis para cuidar do taberná culo, a igreja como o
testemunho do Senhor.

DOIS SERVIÇOS IMPORTANTES

No mover do Senhor há dois tipos principais de


serviços: o serviço para o taberná culo e a guerra. Hoje nó s
devemos, por um lado, manter um testemunho forte e vivo;
por outro lado, nó s precisamos combater na guerra. Para
lutar na guerra, nó s precisamos desses abaixo de trinta
anos, mas para manter o testemunho, nó s precisamos dos
de trinta anos para cima.

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Por nã o deixar claro no passado a questã o sobre
estes dois serviços, alguns ficaram confusos e pensavam
que havia somente um serviço e que dependia somente dos
jovens. Portanto, eu me preocupo em que nó s possamos ver
estas duas categorias de serviço no mover do Senhor. Hoje
muitos jovens que estã o nos campus lutando para ganhar
uma base para o Senhor. Porém, os mais velhos estã o
sustentando o testemunho. Isto é muito mais importante do
que guerrear.
A maioria dos irmã os de meia-idade e os irmã os e
irmã s mais velhos estã o deslocados ou desarticulados.
Parece que os dedos têm funcionado, mas que os ombros
foram deslocados. Eu espero que através deste capítulo e
dos quatro capítulos seguintes todos os membros sejam
colocados no seu devido lugar.

AS FAIXAS ETÁRIAS ENTRE O


POVO DO SENHOR

Vá rias porçõ es do Velho Testamento falam das


faixas etá rias diferentes entre o povo de Deus (Ê x. 30:12-
16; Lv. 27:2-8; Nm 1:3; 4:3, 30, 46-49; 8:24-25). Pois Ê xodo
30:12-16 trata com a questã o da redençã o, e nã o faz
nenhuma distinçã o entre as faixas etá rias. Do ponto de vista
da redençã o de Deus, todos nó s somos iguais; nó s somos
todos pecadores. Em Ê xodo 30:14 a idade de vinte anos
significa a habilidade para sustentar responsabilidade
diante de Deus como um homem adulto. Todos os de vinte
anos para cima tinham que dar a mesma oferta ao Senhor,
meio siclo. Este meio siclo, vinte geras, cumpria as
exigências dos dez mandamentos.
Ê xodo é um livro de redençã o, mas Levítico é um
livro de consagraçã o. Na redençã o somos todos iguais, mas
na consagraçã o há diferenças. Levítico 27:2-8 menciona

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vá rias faixas etá rias: os de vinte a sessenta, de cinco a vinte,
de um mês a cinco anos, e os de mais de sessenta. Na
redençã o todos temos o mesmo valor, meio siclo. Na
consagraçã o, porém, há avaliaçõ es diferentes para idades
diferentes. Entre os de vinte a sessenta, o homem vale
cinqü enta siclos e a mulher, trinta. Entre os de cinco a vinte,
o valor do homem era vinte e a mulher, dez. Entre os de um
mês a cinco anos, o valor do homem era cinco e a mulher,
três. Finalmente, entre os de mais de sessenta, o valor do
homem era quinze e a mulher, dez. Entã o, em Levítico 27:2-
8 há quatro níveis de idades, com a idade mais valiosa entre
vinte e sessenta anos. O testemunho do Senhor depende
principalmente destes nesta faixa etá ria. Como nó s vimos,
de acordo com a escala de Deus a idade mais importante
para o testemunho Dele é a idade entre trinta e cinqü enta
anos.
Seguindo Levítico, nó s chegamos a Nú meros, um
livro de serviço. A palavra hebraica a qual Darby traduz
“serviço” em Nú meros 4:3 (“anfitriã o” em KJV) tem o
significado de serviço militar e assim refere-se à guerra.
Deus via os filhos de Israel no deserto como um exército
que lutava pelo Seu testemunho. Aparentemente os filhos
de Israel estavam lutando para eles mesmos. Na verdade,
eles estavam lutando pelo testemunho de Deus na terra,
pois entre eles estava o taberná culo do testemunho, o lugar
de habitaçã o de Deus na terra. Nesta guerra havia duas
funçõ es principais: a funçã o de combater os inimigos e a
funçã o de sustentar o taberná culo que representava o
testemunho de Deus no universo. Somente aqueles entre as
idades de trinta e cinqü enta anos tinham o privilégio de
fazer o trabalho dentro e ao redor do taberná culo. Aqueles
entre os de vinte e trinta anos estavam qualificados para o
serviço militar, isto é, combater o inimigo. Nú meros 1:3 diz:
“Da idade de vinte anos para cima, todos os capazes de sair

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à guerra em Israel: a esses contareis segundo seus
exércitos, tu e Arã o”. Isto indica que aqueles acima da idade
de vinte anos estavam qualificados para serviço militar.

SUSTENTANDO O TESTEMUNHO
DO SENHOR

Nú meros 4:3 diz, “Da idade de trinta anos para cima


até os cinqü enta anos será todo aquele que entrar neste
serviço, para exercer algum encargo na tenda da
congregaçã o” (Hb.). Quando o taberná culo era levantado,
aqueles desta faixa etá ria o sustentavam. Quando os filhos
de Israel estavam viajando, as pessoas deste grupo também
levavam as vá rias partes do taberná culo e seus utensílios.
Conseqü entemente, aqueles entre as idades de vinte e
trinta anos eram os que lutavam, e aqueles entre as idades
de trinta a cinqü enta anos eram as pessoas para manter e
levar o taberná culo.
Aplicando este tipo à situaçã o de hoje, nó s vemos
que os jovens estã o lutando no “front”, e os mais velhos
estã o em casa sustentando o testemunho. Sustentar o
testemunho do Senhor é mais importante do que lutar. Se
nã o houver nenhum testemunho, os jovens estã o lutando
em vã o. Portanto, vamos nos levantar e sustentar o
testemunho. Portanto, a guerra na qual os jovens estã o
envolvidos será significante. O testemunho hoje é a igreja.
Os irmã os e irmã s de meia-idade devem ser aqueles que
estabelecem o testemunho, sustenta-o, e que o leva para
todo lugar. Que responsabilidade!

A NECESSIDADE DE UM APRENDIZADO

Nú meros 8:24 menciona as pessoas de vinte e cinco


anos de idade. Esta era a idade para alguém começar o

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aprendizado, nã o para lutar, mas para servir no
taberná culo. Provavelmente nã o era necessá rio nenhum
aprendizado para guerrear; porém para aprender a auxiliar
no taberná culo, era necessá rio passar por um aprendizado
de vá rios anos de duraçã o. Muita aprendizagem era
necessá ria para este ministério. Os anos de aprendizado
eram necessá rios e prá ticos. Todo aspecto do serviço no
taberná culo tinha que ser exato; nenhum erro era tolerado.
Entã o, aqueles que serviam no e ao redor do taberná culo
tinham que ser treinados completamente para fazerem as
coisas com precisã o. Depois que um Levita tinha
completado o aprendizado de cinco anos, ele estava
qualificado, com idade de trinta anos, servir no taberná culo.

A UTILIDADE DOS MAIS JOVENS

Nú meros 3:28 estranhamente menciona os homens


Levitas “de um mês de idade para cima”, indicando que eles
também tinham sua funçã o no santuá rio. Este versículo
revela que até mesmo alguém muito jovem é ú til para
oficiar no taberná culo. Um bebê de um mês de idade,
certamente, nã o é capaz de lutar. Porém, ele pode ajudar a
sustentar o testemunho. Com respeito ao serviço ou
ministério do taberná culo, há no livro de Nú meros três
faixas etá rias: aqueles entre trinta e cinqü enta anos que
estavam qualificados completamente para servir; aqueles
entre vinte e cinco e trinta anos, que estavam envolvidos
com o aprendizado de cinco anos, aprendendo a auxiliar no
taberná culo; e os de um mês para cima, que poderiam
oficiar no taberná culo. Um bebê de um mês de idade pode
parecer nã o poder fazer qualquer coisa, mas ele é uma
ajuda para sustentar o taberná culo. Se mil pequenas
crianças cercassem nosso local de reuniã o, elas estariam
ajudando a mantê-lo certamente.

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O serviço em Nú meros é um quadro do serviço da
igreja. O serviço da igreja nã o depende principalmente dos
jovens. Para o serviço do taberná culo, nó s precisamos dos
pequenos, de um mês a vinte anos de idade; os aprendizes,
de vinte e cinco a trinta; e aqueles entre as idades de trinta
a cinqü enta anos, estã o qualificados completamente para
servir. Nó s precisamos muito das crianças, os da pré-escola,
do primá rio, e do secundá rio. Nó s precisamos muito destes
nesta faixa etá ria para cercar o taberná culo.
Você pode pensar que tais jovens sã o inú teis para o
testemunho de Deus, mas a economia de Deus é diferente
do nosso conceito natural. De acordo com Nú meros 3, Deus
usará as crianças até mesmo para proteger o testemunho
Dele. Nó s precisamos seguir a estratégia de Deus. Isto
significa que nó s precisamos de mais jovens de um mês a
vinte anos de idade e nó s precisamos dos mais velhos para
cuidar deles. As igrejas na restauraçã o do Senhor precisam
ser normais nesta questã o de: CUIDAR DAS PESSOAS MAIS
JOVENS.
Entre nó s houve vá rios irmã os que estavam
buscando posiçã o por causa da ambiçã o. Eu estou
preocupado de que tal desejo ainda possa ser encontrado
em certos irmã os hoje. Até mesmo as irmã s podem ser
ambiciosas por posiçã o. Se você tiver este tipo de ambiçã o,
você pode ficar desapontado quando outra pessoa tornar-
se líder. Nos Estados Unidos há só um presidente. Porém,
isto nã o significa que em mais de duzentos milhõ es de
pessoas neste país, nã o haja ninguém mais inteligente ou
capaz que o presidente. Este país nã o só é mantido pelo
presidente, mas também por uma grande quantidade de
outras pessoas capazes. Embora esta ilustraçã o nã o seja
adequada, pode nos ajudar a ver que na vida da igreja nó s
nã o devemos esperar ser um responsá vel ou um líder. Há
muitas maneiras para servir o testemunho do Senhor.

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Em novembro de 1975, todos os presbíteros e
diá conos em Taipei renunciaram, muitos dos quais
ocupavam determinados cargos por mais de vinte e cinco
anos. Mas, depois que eles renunciaram, a igreja foi
reavivada e tornou-se muito viva. Aquela era uma igreja
com vinte e três mil membros e dezessete locais de
reuniõ es. Em Anaheim há somente centenas de irmã os e
irmã s. Para este nú mero nã o precisamos de muitos
presbíteros, mas nó s precisamos de mais irmã os e irmã s
para cuidar dos jovens e de tantos assuntos prá ticos. É
impossível todo irmã o ser um presbítero ou para uma irmã
ser uma irmã responsá vel. Vamos deixar a preocupaçã o
com liderança e dedicar nossa atençã o ao cuidado dos
jovens. Nó s precisamos de algumas irmã s que nã o se
preocupam em ser líderes, mas que sejam cheias de
encargo para cuidar dos jovens. É uma vergonha ser
ambicioso por posiçã o e liderança!
Nó s precisamos daqueles que sã o fieis à restauraçã o
do Senhor. Tais irmã os fieis nã o estã o preocupados com
liderança. Ao invés disso, eles cuidam da praticidade da
vida da igreja. Onde estã o estes tipificados pela faixa etá ria
citada em Nú meros 3:28? No taberná culo do Senhor hoje,
nó s estamos com falta deles. Nã o há nenhuma necessidade
de você esperar por um presbítero lhe pedir para cuidar de
algum jovem. Simplesmente tome o encargo e venha orar
junto com os outros. Diga para o Senhor que você está
disposto a ter encargo pelos mais jovens e cuidar deles.
Freqü entemente nó s enfatizamos a necessidade de
funcionar nas reuniõ es e encorajamos a que todos os santos
funcionem. Mas muitos que freqü entemente dã o teste-
munhos na reuniã o funcionam de acordo com a sua
eloqü ência, nã o de acordo com as riquezas de Cristo. Nó s
nã o queremos testemunhos de eloqü ência; nó s queremos
testemunhos de realidade. Muitos desses que nã o podem

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falar eloqü entemente se sentem inú teis nas reuniõ es. Eles
se sentem mais inú teis ainda quando consideram que nã o
sã o responsá veis ou líderes de coisa alguma. Conseqü ente -
mente, eles ficam desapontados. Por favor, se esqueçam de
posiçã o e eloqü ência e comecem a tomar conta dos jovens.

TREINANDO OS APRENDIZES

Nó s vimos que vinte e cinco anos era a idade na qual


os Levitas começavam o aprendizado deles. Nó s também
podemos aplicar isto à situaçã o de hoje. É certo que esses
abaixo de trinta anos estejam envolvidos com a guerra.
Porém, quando algum deles alcança a idade de vinte e cinco
anos, eles devem estar dispostos a voltar ao taberná culo
para aprender a cuidar do testemunho do Senhor. Muitos
têm a aspiraçã o para ser presbíteros, mas junto com esta
aspiraçã o, eles precisam ser treinados. Além disso, os
responsá veis devem ter o encargo de treinar outros. Pode
haver quatro presbíteros numa localidade, mas deve haver
muito mais aprendizes. Porém, algumas igrejas existem há
anos e ainda nenhum novo presbítero foi gerado lá . Por
isto, nó s estamos com falta de líderes.
Apó s a conferência de verã o em 1964, muitos irmã os
em Los Angeles estavam ansiosos para migrar para outras
localidades para a prá tica da vida de igreja. Porém, eu lhes
falei que nã o era a hora certa para saírem; e eles
precisariam permanecer em Los Angeles por mais algum
tempo. Muitos aceitaram esta palavra e permaneceram.
Aqueles que saíram experimentaram o fracasso e voltaram
alguns meses depois. Em 1967 vá rios irmã os novamente
sentiram que estava na hora de começar a vida da igreja em
outros lugares. Porém, em uma das reuniõ es eu sugeri que
eles ficassem em Los Angeles até 1970 e entã o começariam
as migraçõ es. As migraçõ es em 1970, 1971, e 1972 tiveram

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êxito. Mas algumas das migraçõ es que aconteceram em
1973 sofreram porque a liderança nã o era adequada. Nó s
tínhamos reduzido a liderança que havia progredido. Entã o,
a decisã o era consolidar certas igrejas. Por isto nó s vimos
que simplesmente nã o é suficiente aspirar ser um
presbítero. Há a necessidade de treinamento. Somente
através de treinamento um irmã o pode se tornar um
presbítero adequado.
Todos aqueles que agora sã o responsá veis deveriam
ter o desejo e a habilidade para treinar os aprendizes. Em
Taipei nó s sempre tivemos vá rios aprendizes, eles
aprendiam a ser presbíteros. Em cada treinamento para
presbíteros, vá rios irmã os, alguns ainda com seus vinte
anos de idade, participavam como aprendizes.
Nó s nã o somente estamos com falta de presbíteros
como também de líderes nos serviços da igreja. No passado
havia muita organizaçã o no serviço da igreja. Nó s
desaprovamos fortemente a organizaçã o, mas damos boas-
vindas à vida e o funcionamento vivo. Nó s nã o temos uma
organizaçã o; nó s temos um organismo. Se o serviço
funciona quando há organizaçã o, mas pá ra de outra
maneira, isto é um indicador de que a igreja nã o é normal.
Em vez de organizar coisas, nó s deveríamos aprender a
cuidar dos jovens e treinar os aprendizes. Até mesmo no
serviço da igreja há a necessidade de aprender.

PASTOREANDO E MINISTRANDO VIDA

Sempre que um assunto relacionado ao serviço for


colocado em suas mã os, nã o organize nada. Ao invés disso,
exercite seu espírito para orar e ministrar vida aos outros.
O pastorear é colocado no melhor contexto do serviço da
igreja. A razã o para isto é que todos os líderes dos grupos
de serviço espontaneamente sã o pastores. Porém, na

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prá tica, muitos dos líderes funcionam como organizadores,
nã o como pastores. É fá cil organizar, mas pastorear requer
exercício considerá vel do espírito, paciência, e amor.
Também exige que nó s ministremos vida aos outros, até
mesmo para aqueles que nã o estã o tã o abertos. Nã o
negligencie as pessoas que você considera como inú teis. É
sua responsabilidade cuidar delas, torná -las vivas, e ajudá -
las a crescerem em vida. Em outras palavras, vocês
precisam torná -las ú teis. Isto nã o vem pela organizaçã o;
vem pelo orar, pastorear, suprir, e ministrar vida a eles com
paciência. Nã o se concentre naqueles que você pensa que
sã o os melhores. Ao invés disso, preste atençã o à queles que
parecem ser inú teis, até mesmo as pessoas mundanas. A
maneira correta de cuidar de uma pessoa mundana é
ministrar vida a ela, até que haja transformaçã o em sua
vida. Esta nã o é a maneira de organizar; é a maneira de
pastorear orando e ministrando vida.
Alguns responsá veis e cooperadores ainda têm o
conceito e atitude de que eles nã o podem fazer nada com
aqueles que nã o parecem ser promissores. À s vezes eu
pergunto para os presbíteros de determinados lugares por
que eles nã o produziram nenhuma pessoa ú til. A razã o para
a ausência é que eles nã o treinaram ninguém. Quarenta
anos atrá s, nó s treiná vamos os irmã os e irmã s em minha
cidade natal Chefoo. Nó s éramos como marceneiros na
fabricaçã o de mó veis. Se nó s nã o pudéssemos obter a
melhor madeira, nó s usá vamos qualquer madeira que
estava disponível. E se nã o havia nenhuma madeira, nó s
usá vamos papelã o. Do mesmo modo, se nó s nã o tivermos
as pessoas mais qualificadas, nó s devemos treinar as
pessoas que nó s temos. Se um marceneiro conhece bem seu
negó cio, ele poderá fazer mó veis de quase todo e qualquer
material. Nó s precisamos ser assim na restauraçã o do
Senhor.

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SUSTENTANDO O TESTEMUNHO

Nó s vimos que os Levitas entre as idades de trinta e


cinqü enta anos eram pessoas que sustentavam o
testemunho. Eles estavam qualificados ambos em idade e
treinamento. Sustentar o testemunho é ter a vida da igreja
atual. Nem aqueles que lutam na fronteira nem os que
cuidam dos jovens sã o o serviço direto do testemunho da
vida de igreja. Porém, para manter a vida da igreja, nó s
precisamos de ambos os que estã o lutando e os que cuidam
dos pequenos. Aqueles que estã o lutando na fronteira
mantêm o inimigo distante, e os pequenos, formam um
muro ao redor do taberná culo, sustentando o testemunho.
Mas aqueles tipificados pelos Levitas entre as idades de
trinta e cinqü enta anos cuidam diretamente da vida da
igreja. Com eles estã o vá rios aprendizes. É necessá ria uma
grande quantidade de pessoas para o testemunho do
Senhor, todas das quais sã o direta ou indiretamente para o
taberná culo. Atualmente nó s estamos seriamente com falta
daqueles que sabem como cuidar do taberná culo de uma
maneira refinada para carregar o testemunho do Senhor
adequadamente. Na restauraçã o do Senhor nó s precisamos
de um grupo de pessoas experientes que sejam treinadas
para sustentar o testemunho.
Nó s nã o estamos aqui como parte do Cristianismo;
nem estamos aqui para ser mais uma denominaçã o ou um
grupo independente. Nó s somos a restauraçã o do Senhor.
Por isto, nó s devemos ser sérios para com o Senhor e temos
que caminhar com Ele segundo a nossa idade. Assim, um
forte testemunho será levantado. Haverá um testemunho
claro para os cristã os, para os incrédulos, e para os
principados e potestades no ar. Nó s seremos capazes de
testemunhar a todos que o Senhor cumpriu Sua profecia em
Mateus 16:18 relacionado à edificaçã o da igreja. O quadro

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claro do tipo no Velho Testamento nos ajuda a ver o que
nó s precisamos hoje.

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OS JOVENS LUTANDO NA GUERRA, OS


MAIS NOVOS GUARDANDO O
TABERNÁCULO, E OS MAIS
VELHOS CUIDANDO
DIRETAMENTE
DA TENDA DA
CONGREGAÇÃO
CAPÍTULO 2

N ó s vimos que no mover do Senhor na terra, há duas


á reas de açã o: lutar na guerra e sustentar o
testemunho. Para lutar na guerra os Israelitas entre
as idades de vinte a trinta anos eram ú teis, mas para
sustentar o testemunho, os mais velhos, aqueles com idade
de trinta anos para cima, eram necessá rios. De acordo com
o quadro no Velho Testamento, esses do grupo de meia-
idade sã o os mais necessá rios para o mover do Senhor.

A NECESSIDADE DE UMA ESFÉRA PACÍFICA

Os capítulos um e dois do livro de Nú meros revela


que os filhos de Israel formaram um exército porque eles
estavam rodeados pelos inimigos. Este exército era
necessá rio para a proteçã o do testemunho do Senhor. Ao
redor da igreja como o testemunho do Senhor hoje, há
muitos inimigos. Por sermos um anti-testemunho, há
muitos inimigos contra a restauraçã o do Senhor.

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Conseqü entemente, há a necessidade de um exército para
proteger o testemunho. Nó s vimos que este exército nã o
cuida da tenda da congregaçã o diretamente. Além do mais,
de acordo com o quadro em Nú meros, o exército estava
acampado ao redor do taberná culo para proteger a esfera, o
reino no qual o taberná culo era levantado. Para guardar a
tenda da congregaçã o, havia a necessidade de uma esfera
pacifica. Por causa disto, as doze tribos acampavam ao
redor da tenda da congregaçã o, onde quer que os filhos de
Israel fossem, havia uma esfera pacífica na qual o
taberná culo poderia ser levantado. Hoje na restauraçã o do
Senhor nó s precisamos que as pessoas jovens estejam
acampadas como um exército ao redor da vida da igreja.

GUARDANDO O TABERNÁCULO

As doze tribos dos filhos de Israel nã o só combatiam


o inimigo, mas também ganhavam terreno para propiciar
uma esfera pacifica para o estabelecimento do taberná culo.
Este terreno tornou isto possível para que a habitaçã o de
Deus fosse levantada seguramente. Hoje nó s precisamos
das pessoas jovens para afugentar o inimigo e ganhar as
pessoas mais jovens para garantir a segurança do
testemunho do Senhor. Em toda cidade principal há a
necessidade de uma esfera pacifica para o estabelecimento
da vida da igreja. É responsabilidade das pessoas jovens
ganharem tal esfera.
Estudando o quadro apresentado no livro de
Nú meros, nó s podemos ver qual deve ser a responsa-
bilidade dos irmã os e irmã s de meia-idade. No capítulo três
de Nú meros nó s vimos como manter a tenda da
congregaçã o. Aqueles que estavam relacionados com o
serviço sã o separados em três seçõ es de acordo com suas
idades: uma seçã o para os de um mês a vinte anos; uma

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segunda seçã o para os de vinte a trinta anos; e uma terceira
seçã o para aqueles acima de trinta anos. Nó s vimos que
esses entre as idades de vinte a trinta anos eram para lutar
na guerra e que aqueles com mais de trinta anos eram para
manter o testemunho diretamente. Mas e quanto à queles
entre as idades de um mês a vinte anos? Esses nesta faixa
etá ria cercavam o taberná culo para guardá -lo. A Bíblia nã o
nos diz o significado de guardar o taberná culo. Talvez isto
signifique proteger o taberná culo e participar da sua
manutençã o. Como o testemunho do Senhor hoje, a igreja
precisa de mais jovens, mais novos. Porém, muitos de nó s
na vida da igreja nã o temos uma maneira para usar os
novos. Parece que quanto mais novos temos, mais
problemas nó s encontramos. Mas quanto mais jovens há ,
mais a igreja é protegida. Quã o maravilhoso seria se a igreja
em Anaheim tivesse mil novos para proteger a vida da
igreja!
Nas reuniõ es da igreja muitas vezes os mesmos dã o
testemunhos vez apó s vez. Eu fico ansioso para ouvir os
novos falarem nas reuniõ es. Se muitos novos testemu-
nhassem na reuniã o da mesa do Senhor, eu ficaria muito
emocionado. Alguns dos que falam freqü entemente sã o
bastante eloqü entes. Mas eloqü ência nã o significa nada. A
igreja nã o é um lugar para oraçã o eloqü ente. Em vez de
eloqü ência, eu prefiro ouvir o falar infantil dos novos. Quã o
doce é tal oraçã o! Nó s nã o queremos ouvir as mesmas
vozes todo o tempo. Se nã o houver nenhum novo falando
nas reuniõ es, a vida da igreja estará sob ataque. Uma irmã
pode ter sessenta anos na sua idade física, mas
espiritualmente, se tiver sido convertida recentemente, ela
poderá ter apenas um mês de idade. Ouvir tal pessoa
adorar o Senhor é muito doce. Embora o falar dela possa
nã o ser eloqü ente, ela está refrigerando e encorajando.
Quã o refrescante nó s seríamos se vá rios novos convertidos

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se levantassem nas reuniõ es e louvassem a Deus pela
salvaçã o deles! Nó s precisamos do falar de tais bebês e
jovens. Nó s precisamos dos novos convertidos para
guardar o testemunho do Senhor. Nó s precisamos de uma
linha de bebês espirituais e jovens para cercar a vida da
igreja.

CUIDANDO DOS NOVOS, NÃO POR LIDERANÇA

Nú meros 3:32 diz: “E Eleazar o filho de Arã o o


sacerdote: terá a superintendência dos que tem a seu cargo
o santuá rio”. Este versículo mostra que Eleazar era
supervisor de todos aqueles entre as idades de um mês a
vinte anos. Eu espero que entre os presbíteros nas igrejas
alguns sejam os supervisores dos bebês ou adolescentes.
Nó s deveríamos nos esquecer de ser líderes. Por
muitos anos eu tenho clamado ao Senhor por uma maneira
de ter uma vida da igreja sem que os presbíteros sejam tã o
aparentes. Eu também tenho buscado uma maneira de ter o
serviço da igreja sem enfatizar a liderança. Embora haja
uma necessidade de presbítero, a posiçã o é uma tentaçã o
muito forte para muitos irmã os. No passado, certos irmã os
foram ambiciosos, pois queriam ser presbíteros. Uma vez
eu recebi um telefonema de um irmã o que me perguntou se
ele seria um presbítero na localidade para a qual ele estava
migrando. Eu lhe falei que migraçã o nã o é para ser
presbítero. Qualquer um que se muda para uma cidade e
que espera ser um presbítero nã o está qualificado para ser
presbítero. Outros desejam ser os líderes nos grupos de
serviço. Muitos que tiveram tal expectativa foram
desapontados quando eles nã o foram designados
responsá veis ou líderes do grupo de serviço. Meu objetivo
aqui é que nó s precisamos derrubar nosso conceito natural
de “liderança”. Porém, nó s precisamos de muitos irmã os e

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irmã s que tenham o encargo de cuidar dos jovens e dos
novos. Nã o espere pelos presbíteros organizarem algo. Seja
encorajado a levar a cabo seu encargo para cuidar dos
novos.

LEVANDO CRISTO EM ASPECTOS DIFERENTES

A faixa etá ria mais importante com respeito ao


taberná culo era o grupo entre as idades de trinta a
cinqü enta anos. O encargo de cuidar da tenda da
congregaçã o estava diretamente sobre eles. Era estes desta
faixa etá ria que levavam as vá rias partes do taberná culo de
lugar em lugar. Na vida da igreja nó s precisamos desses
entre vinte a trinta anos para a guerra, aqueles de um mês a
vinte anos para guardar a tenda da congregaçã o, e os de
mais de trinta anos para cuidar diretamente da tenda da
congregaçã o. De acordo com o livro de Nú meros, as pessoas
de trinta anos para cima, carregavam a arca, a mesa dos
pã es da preposiçã o, o candelabro, o altar de incenso, o altar
de bronze, e todas as vasilhas e utensílios. Os filhos de Coré
cuidavam das vasilhas; os filhos de Gerson, das cortinas,
dos suportes e das cobertas; e os filhos de Merari, das
colunas, das tá buas, e das bases. Nó s podemos aplicar estes
tipos à vida da igreja de hoje. Nó s precisamos de muitos
santos experientes em Cristo para cuidar de aspectos
diferentes de Cristo para a constituiçã o da vida da igreja.
Nó s precisamos de vá rios santos experientes para cuidar de
Cristo como a arca, como o altar de incenso, como a mesa
dos pã es da preposiçã o, como o candelabro, e como o altar
de bronze. Aqueles que têm experimentado Cristo destas
maneiras deveriam transmitir estes aspectos de Cristo aos
novos. Muitos estã o com falta da experiência de Cristo
como a arca ou como o altar de incenso. Assim, há a

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necessidade dos mais experientes para levar Cristo a eles
dessas maneiras.
A arca nã o era carregada dentro da tenda da
congregaçã o. Igualmente, nó s nã o precisamos só levar
Cristo como a arca para os novos nas reuniõ es. Há muita
oportunidade para fazer isto fora das reuniõ es. Por isto, nó s
temos algumas noites a cada semana para as reuniõ es vitais
da igreja, reuniõ es para oraçã o, a mesa do Senhor, e estudo
da Bíblia; uma noite para nossa vida familiar; e as outras
noites livres para ter comunhã o com os santos,
especialmente cuidar dos novos ou dos jovens. Nó s
precisamos usar este tempo para ministrar Cristo aos
outros como a arca, a mesa dos pã es da preposiçã o, ou
como o candelabro. Isto é o que significa cuidar das vasilhas
que pertencem à tenda da congregaçã o.

LIBERDADE PARA LEVAR A CABO O ENCARGO

No passado os mais velhos exercitavam demais


fazendo arranjos e selecionando os santos para fazerem
coisas. Em vez disto, nó s deveríamos dar aos santos a
liberdade de levar a cabo o encargo deles e encorajá -los a
fazerem assim. Nã o muito tempo atrá s eu propus aos
presbíteros que muitas casas fossem abertas para estudos
da Bíblia. Embora vá rios irmã os tenham tomado o encargo
para isto, eles estã o esperando pelos presbíteros
organizarem algo. Nã o espere pelos presbíteros fazerem
arranjos ou decidir quem está qualificado para ter um
estudo da Bíblia em sua casa. Todos nó s podemos estudar a
Bíblia. Você nã o pode reunir alguns de seus vizinhos para
um estudo da Bíblia sobre o Evangelho de Joã o? Certamente
você pode. Quer você queira ou nã o você pode conduzir um
estudo da Bíblia, pois nã o depende de eloqü ência; depende
do seu encargo. As pessoas nã o querem eloqü ência — elas

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20
querem realidade. Eu encorajo vocês, de acordo com seu
encargo, a ter um estudo vivo e informal da Bíblia segundo
o espírito. Este simplesmente é um exemplo das muitas
coisas que os santos podem fazer.
Desde que chegamos à vida da igreja, nó s ouvimos
mensagem apó s mensagem. Os santos nã o só precisam
comer a comida espiritual; eles precisam trabalhar e ser
ú teis. Todos os irmã os e irmã s podem ser ú teis e podem
fazer algo. Eu encorajo os presbíteros a deixarem de fazer
arranjos e deixar os santos se ocuparem. Na igreja eu gosto
de ver que os santos estã o ocupados e que os presbíteros
têm muito tempo para orar. Embora os santos nã o devam
esperar pelos arranjos dos presbíteros, eles nã o devem ser
rebeldes ou independentes naquilo que fizerem.
A igreja precisa dos presbíteros, mas os presbíteros
nã o devem fazer tudo, pois isto produzirá o sistema
clérigos e leigos. Nó s precisamos dos presbíteros, nã o do
clérigo. Contanto que os santos nã o sejam rebeldes ou
independentes e contanto que eles sejam para a
restauraçã o do Senhor, tudo que eles fizerem estará
correto. Eles precisam de suas liberdades. Seleçã o sempre
forma uma classe entre os santos, e isto causa divisã o. Os
presbíteros devem dar aos santos a liberdade de dirigir o
“carro”. Contanto que eles estejam se movendo para o
mesmo alvo, nã o importa se eles estã o dirigindo
diferentemente.

MINISTRANDO CRISTO

Nó s mostramos que nó s precisamos de alguns mais


experientes para ministrar Cristo de maneiras específicas
para os novos. Suponhamos que certo irmã o, qualificado
em marcenaria, sirva com o grupo de manutençã o. Embora
muitas coisas em nosso local de reuniã o precisem de

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21
manutençã o, nossa meta nã o é somente cuidar das
necessidades prá ticas, mas levar Cristo como a arca para
aqueles que estã o servindo no grupo de manutençã o. Uma
pessoa nova com habilidade em marcenaria pode participar
espontaneamente deste serviço. Os mais experientes
devem ser gratos por esta pessoa, nã o pela ajuda que ela
possa prestar na manutençã o, mas pela oportunidade de
ministrar Cristo a ela como a arca. Isto é pastorear. Se
nestes serviços de manutençã o ministrarmos Cristo para
outros desta maneira, este serviço estará cheio de Cristo.
Porém, esta nã o é, contudo, a situaçã o entre nó s no
serviço da igreja. Em vez de ministrar Cristo a outros, nó s
cuidamos do grupo em si e, por causa do grupo, nó s
fazemos freqü entemente uma seleçã o entre os santos. Nã o
pense que ministrar Cristo é somente a responsabilidade
dos presbíteros. É a responsabilidade de todos os santos.
Há oportunidades inumerá veis para ministrar Cristo. Se
houvesse milhares de irmã os ministrando Cristo, nó s ainda
nã o poderíamos esgotar as oportunidades.

SERVINDO O SENHOR NO ESPÍRITO

Com respeito ao taberná culo, Moisés e Arã o nã o


faziam muito. Eles nã o embalavam nem carregavam. Os
presbíteros nas igrejas hoje, pelo contrá rio, fazem muito. Os
presbíteros nã o devem promover organizaçã o. Organizaçã o
conduz a hierarquia, a qual resulta no sistema clérigos e
leigos. Há uma tendência forte, até mesmo entre nó s, de ter
leigos. Mas se nó s temos os leigos, entã o nó s também temos
o clérigo. A igreja precisa dos presbíteros, nã o para
controlar os santos nem para fazer tudo por eles, mas
deixá -los cumprir seus pró prios encargos. Os presbíteros
devem decidir o tempo das reuniõ es, e eles devem
representar a igreja em certos assuntos. Em vez de esperar

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pelos arranjos dos presbíteros, os santos devem orar e
funcionar segundo o espírito. Porém, nã o deve haver
nenhuma tendência à independência ou rebeliã o. Se nó s
formos independentes ou rebeldes, entã o nó s nã o estamos
preocupados com a restauraçã o do Senhor.
Nó s precisamos levar a cabo a restauraçã o do
Senhor de acordo com a visã o divina. Debaixo da luz desta
visã o, nó s nos preocupamos com o testemunho para viver
em unidade. Nã o obstante, nesta unidade há grande
variedade. Os santos sã o livres para promover um estudo
da Bíblia em suas casas ou se ocuparem de outras
atividades espirituais para cuidar dos outros. Eles nã o
precisam esperar pela aprovaçã o ou permissã o dos
presbíteros. Os presbíteros nã o têm nenhum direito de
conceder esta permissã o. Todo santo tem a liberdade para
servir o Senhor no espírito contanto que ele nã o seja
independente nem rebelde. Esta é a maneira de edificar a
igreja.

A NECESSIDADE DE TODAS AS IDADES

Na restauraçã o do Senhor nó s precisamos de todas


as idades. Os jovens precisam ser liberados para a guerra e
ganhar terreno para a restauraçã o. Embora eles precisem
ser liberados, eles nã o devem ter um espírito de rebeliã o.
Se houver uma libertaçã o adequada entre os jovens, haverá
uma explosã o espiritual entre nó s. Isto envolve riscos, mas
sem correr riscos nada pode ser realizado. Se Colombo nã o
tivesse disposto a correr um risco, ele nunca teria
descoberto este continente.
Em Anaheim nó s tivemos muita organizaçã o e
seleçã o. Nó s precisamos mudar isto. Nó s nã o estamos
qualificados para determinar quem é bom ou nã o tã o bom.
Nossas manobras nada podem fazer para o Senhor. Só Deus

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sabe quem é confiá vel e fiel. Sem a misericó rdia Dele,
nenhum de nó s pode ser confiá vel. Sempre que eu vejo uma
organizaçã o ou seleçã o na vida da igreja, meu coraçã o dó i.
De agora em diante, vamos derrubar toda organizaçã o e
seleçã o. Todos os santos sã o ú teis nas vá rias seçõ es da vida
da igreja. Os jovens sã o bons para lutar, os novos sã o bons
para guardar o taberná culo, e os mais velhos sã o bons para
cuidar diretamente da tenda da congregaçã o. Vamos fazer
tudo o que pudermos para o Senhor no espírito, mas sem
qualquer traço de independência ou rebeliã o. Além disso,
nó s nã o precisamos ser unificados nem controlados pelos
presbíteros. Todos os irmã os e irmã s devem avançar para
fazer suas tarefas e cumprir suas responsabilidades.

NENHUM SERVIÇO ESPECIAL

Na vida da igreja, nó s nã o devemos fazer nada de


especial. Pelo contrá rio, nó s devemos ser gerais. Por
exemplo, há um tempo atrá s havia a necessidade de montar
um escritó rio empresarial para a igreja em Anaheim. Para
ter um escritó rio empresarial, há a necessidade de ter os
irmã os e irmã s para servir no escritó rio. Alguns
consideraram isto como um serviço especial, e ficaram
desapontados quando nã o foram convidados para servir no
escritó rio empresarial. Outros se sentiram muito
orgulhosos ao serem solicitados para servir. Se você servir
no escritó rio empresarial, você nã o deve se sentir
orgulhoso por causa disto. Ao contrá rio, você deve se
considerar como um servo. Se você considerar isto uma
gló ria ao ser escolhido para servir no escritó rio
empresarial, talvez você precise renunciar, pois você nã o
está cuidando do taberná culo de uma maneira adequada.
Nó s precisamos derrubar o conceito de prestígio na vida da
igreja. Há mais de cinqü enta anos atrá s, nó s fomos

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levantados pelo Senhor para demolir estas coisas. Nã o
vamos deixar reconstruí-las novamente. Nó s nã o
deveríamos estar tã o interessados por estar num assim
chamado serviço especial; pelo contrá rio, nó s deveríamos
nos preocupar em cuidar de outros.

CRISTO MANIFESTADO

Os filhos de Gerson levavam as cortinas e as quatro


camadas da cobertura do taberná culo. Estes se referem a
aspectos diferentes de Cristo. Nó s precisamos experimentar
Cristo em certos aspectos específicos e entã o ajudar a
outros também a terem estas experiências Dele. Se nó s
fizermos isto, nó s estaremos aqui como o testemunho do
Senhor, nã o como parte da religiã o. Por causa do
testemunho vivo, nó s precisamos de muitos que conheçam
Cristo de uma maneira rica e em muitos aspectos. Por
exemplo, alguns devem conhecer Cristo como as peles de
texugos e como os tecidos do taberná culo. Se nó s
conhecermos Cristo de uma maneira plena, Ele será
manifestado ricamente entre nó s. Esta é a vida da igreja.
Que vergonha termos organizaçã o, seleçã o, arranjos, e
tarefas sem a experiência de Cristo! Fazer isto é repetir a
histó ria do Cristianismo. Todos nó s precisamos nos
levantar contra tal tendência. Nó s precisamos ter Cristo
manifestado entre nó s em muitos aspectos diferentes. Para
isso precisamos nos reunir e expressar Cristo nas reuniõ es
da igreja e O ministrar a outros.
A família de Merari carregava as colunas, as tá buas, e
as bases. Em outras palavras, eles suportavam os elementos
só lidos da tenda da congregaçã o. Isto significa que alguns
dentre nó s precisam experimentar Cristo como as bases
que sã o pesadas e cheias de Cristo e como as tá buas que
formam a estrutura só lida do taberná culo. Aqueles que

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experimentam Cristo desta maneira precisam ajudar os
outros com suas experiências. Se esta for nossa prá tica na
vida da igreja, entã o na reuniã o da mesa do Senhor, muitos
novos darã o testemunhos cheios de realidade. Esta é a vida
da igreja adequada. Tal vida da igreja, o testemunho de
Deus na terra, é a habitaçã o de Deus. Enquanto nó s
sustentamos este tipo de testemunho, os jovens estarã o na
fronteira combatendo o inimigo e ganhando terreno, e os
novos estarã o guardando o taberná culo. Que possamos ter
todas as três seçõ es na vida da igreja.

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MANTENDO O TESTEMUNHO DA
UNIDADE E DA IGREJA EM CRISTO
CAPÍTULO 3

A restauraçã o do Senhor nã o é principalmente uma


questã o de doutrina. Hoje na restauraçã o nó s
estamos preocupados pela experiência de Cristo e
pela prá tica da vida da igreja adequada.

DIVISÕES POR CAUSA DE DOUTRINAS

Martinho Lutero tomou o caminho da igreja estatal.


Nisto ele cometeu um erro. É um grave erro o governo e a
igreja se misturarem. Aproximadamente duzentos anos
depois da Reforma, o Senhor começou a restauraçã o da
vida da igreja sob os cuidados de Zinzendorf e os irmã os da
Moravia. No século seguinte, o Senhor levantou os Irmã os
na Grã Bretanha para a prá tica adicional da vida da igreja.
No princípio, suas experiências eram maravilhosas, e o
Irmã o Watchman Nee até mesmo considerava isto como o
cumprimento da profecia relacionada à igreja em Filadélfia.
Porém, houve uma divisã o, principalmente por causa das
opiniõ es diferentes com respeito à volta do Senhor por dois
Irmã os e excelentes mestres, John Nelson Darby e
Benjamim Newton. Se Darby e Newton tivessem tido a luz
com respeito à unidade, eles nã o teriam discutido sobre a
volta do Senhor, mas teriam mantido a unidade da igreja. A
divisã o entre Darby e Newton foi seguida por muitas outras
divisõ es. Eu conheço uma assembléia de Irmã os que foi
dividida por causa do uso de um instrumento musical.
Hoje cristã os estã o divididos por causa de muitas
coisas, por exemplo, por causa do método de batismo ou

26
27
pelo fato de batizar as pessoas no nome de Jesus ou no
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Pelo fato de
haver tanta divisã o causada por debates por causa de tanta
doutrina, nó s precisamos enfatizar o fato de que a
preocupaçã o principal na restauraçã o do Senhor hoje nã o é
nenhuma doutrina. Porém, isto nã o significa que nó s nã o
estudamos a Bíblia. Nó s estudamos a Bíblia e a conhecemos
muito bem. Mas nossa preocupaçã o central é a restauraçã o
de Cristo como vida e da igreja como nosso viver. Nó s
somos para a restauraçã o de Cristo e a igreja, nã o para a
restauraçã o de doutrinas relacionadas ao uso do véu, lavar
os pés, ou o método de imersã o. Se qualquer um ainda
quiser discordar de alguma doutrina, a igreja na
restauraçã o do Senhor nã o é o lugar para ele. Ele deve se
reunir com aqueles cuja doutrina ele acha aceitá vel.

VIVENDO POR CRISTO E O EXPRESSANDO


EM UNIDADE

Nó s estamos aqui como a restauraçã o do Senhor,


nã o como parte do Cristianismo de hoje. A igreja sã o as
pessoas redimidas, salvas, perdoadas e regeneradas que
têm Cristo como sua vida e que juntas expressam Cristo em
unidade. Isto está de acordo com a economia de Deus para
o cumprimento do Seu propó sito eterno. Ao longo dos
séculos, a igreja foi degradada. Entã o, o Senhor levantou um
testemunho no final desta era para restaurar a vida da
igreja adequada. Na vida da igreja nó s vivemos por Cristo
como nossa vida e nos reunimos para expressá -Lo em
unidade.
O Senhor nã o exige que os crentes sejam uniformes
na doutrina. O capítulo quatorze de Romanos prova isto
fortemente. Com respeito ao comer e o guardar dias, a
atitude de Paulo neste capítulo era liberal. No versículo 6

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Paulo disse: “Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o
faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a
Deus; e quem nã o come, para o Senhor nã o come, e dá
graças a Deus”. Nestes assuntos os santos nã o julgavam uns
aos outros. Pelo contrá rio, eles recebiam uns aos outros.
Versículo 3 diz, “Quem come nã o despreze a quem nã o
come; e quem nã o come nã o julgue a quem come; pois Deus
o acolheu”. Relacionado à recepçã o dos crentes, Paulo disse,
“Quem come nã o despreze a quem nã o come; e quem nã o
come nã o julgue a quem come; pois Deus o acolheu”. (Rm.
15:7). Deus recebe os crentes, nã o importa o que eles
comem, e nó s também deveríamos recebê-los. O mesmo é
verdade com respeito à questã o de guardar certos dias. Nó s
devemos receber uns aos outros, nã o devemos criticar uns
aos outros nem devemos debater uns com os outros. Todos
nó s precisamos ter uma atitude cortês e liberal.
Suponhamos que alguém critique as reuniõ es da
igreja por serem barulhentas demais e alegam que reuniõ es
barulhentas sã o contrá rias ao versículo em 1 Coríntios 14
que nos diz para que façamos todas as coisas com decência
e ordem. Aquele que sustenta tal uma opiniã o deve ir para
um lugar que ele considera decente e em ordem. Se nó s
impusermos nossas visõ es aos outros, nó s causaremos
divisã o. Se você falar em línguas, você nã o deve insistir que
outros façam assim. Tal atitude causará divisã o.
Em Romanos 15:5 Paulo nos exorta “ser pacientes
uns para com os outros segundo Cristo Jesus”. Nó s nã o
podemos ser pacientes doutrinariamente; nó s só podemos
ser pacientes segundo Cristo. À parte de Cristo, crentes de
culturas diferentes e com disposiçõ es diferentes nã o podem
ser pacientes. Um irmã o pode nem mesmo ser paciente com
sua esposa. Embora podemos nã o ser paciente com
respeito a tantas coisas, nó s podemos ser pacientes com
respeito a Cristo e a igreja. Nó s somos um em Cristo, e nó s

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somos um para a igreja. O Senhor pode testificar que minha
esposa e eu nã o temos opiniõ es diferentes em relaçã o a
Cristo e a igreja.

PROFETAS, MESTRES E OS QUE EXORTAM

Atos 2:14 diz que Pedro permaneceu com os onze.


Os “onze” aqui se refere aos apó stolos. Na época de Atos 2,
as pessoas dotadas eram os apó stolos. Nã o havia nenhum
profeta ou mestre. Mas Atos 13:1 diz que na igreja em
Antioquia havia os profetas e mestres, e também as pessoas
dotadas. Em contraste com a realeza e o sacerdó cio que
eram ministérios particulares, o profetizar nã o é um
ministério separado, mas um ministério adicional. Quando
o Rei Davi caiu em pecado, o profeta Natã o repreendeu.
Mas se Davi nã o tivesse pecado, nã o haveria necessidade de
Natã falar uma palavra de repreensã o. Isto indica que se os
reis fossem sempre irrepreensíveis, nã o teria havido
nenhuma necessidade dos profetas. Os profetas eram
levantados quando o sacerdó cio e a realeza estavam fracos.
Na época da restauraçã o do Velho Testamento, Josué
o sumo sacerdote e Zorobabel o governador, um
descendente de Davi, sã o mencionados. Os ministérios
deles foram usados por Deus na Sua restauraçã o. Mas
quando eles enfraqueceram e o trabalho de restauraçã o
cessou, Deus levantou os profetas Ageu e Zacarias para
fortalecê-los. Isto indica que o profetizar nã o é um
ministério separado, independente. Alem do mais, funciona
para apoiar o ministério da realeza e o sacerdó cio.
Romanos 12 fala das funçõ es de profetas, mestres, e
os que exortam. Qual a diferença entre profetizar, ensinar e
exortar? A funçã o principal de um profeta nã o está em
predizer o futuro; além disso, um profeta fala por Deus
como Seu porta-voz. Os profetas de Deus na Bíblia foram

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enviados por Deus para falar por Ele. Embora algumas
vezes falassem coisas relacionadas ao futuro, na maioria
das vezes eles proferiam palavras de repreensã o,
declaraçã o, ou condenaçã o. O que os profetas falavam eles
nã o aprendiam de homens, mas recebiam diretamente de
Deus. Os profetas Isaias, Jeremias, Ezequiel, e Daniel nã o
repetiam os ensinamentos de outros; eles falavam o que foi
revelado diretamente a eles por Deus. Eles falavam o que
viam na visã o de Deus, a revelaçã o de Deus. Em contraste
com os profetas, mestres nã o têm revelaçã o direta. Ao invés
disso, eles ensinam de acordo com o que os profetas falam.
Para ser um mestre, a pessoa tem que saber o que foi falado
pelos profetas. Aquele que exorta usa o ensino dos mestres
para exortar outros. Por isto, Romanos 12 menciona os
profetas primeiro, em seguida os mestres, e depois os que
exortam. Os profetas recebem a revelaçã o direta, os
mestres instruem os outros de acordo com a revelaçã o
dada aos profetas, e os que exortam o fazem exortando de
acordo com este ensino.
Agora nó s precisamos aplicar isto à situaçã o na vida
da igreja hoje. Nó s mostramos que os irmã os e irmã s de
meia-idade sã o a maioria necessá ria para a vida da igreja.
Esses nesta faixa etá ria cuidam da tenda da congregaçã o
diretamente, considerando que as pessoas jovens sã o ú teis
para a guerra, e os novos, para guardar o taberná culo.
Sendo assim, o testemunho da igreja hoje depende
diretamente dos irmã os e irmã s de meia-idade. Para que os
irmã os e irmã s de meia-idade funcionem adequadamente,
eles precisam pô r de lado a ambiçã o por liderança ou o
desejo de ser presbítero. Os presbíteros sã o necessá rios na
igreja, mas a funçã o deles nã o é necessá ria acima de tudo.
Também há a necessidade dos profetas, mestres, e os que
exortam. Em Anaheim há uma grande necessidade dos
santos serem estabelecidos e confirmados por aqueles que

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31
ensinam e exortam. Muitos jovens precisam de alguém para
ensiná -los alimentando-os por meio da comunhã o.
Na igreja a necessidade de presbíteros é limitada. Se
todos os irmã os estã o buscando ser um presbítero, eles
encontrarã o uma placa na frente da “sala” deles escrito:
“nã o há vagas”. Nã o desperdice seu tempo esperando por
uma vaga nesta sala. Ao invés disso, vá para sala de
ensinamentos e exortaçõ es onde há muitas vagas.

ABRINDO NOSSAS CASAS

Eu tenho o encargo de que os santos em Anaheim


abram as suas casas para a pregaçã o do evangelho ou para
a comunhã o com os santos. Nã o há nenhuma necessidade
dos presbíteros organizarem isto. Famílias no mesmo
bairro podem vir orar e buscar juntos a direçã o do Senhor.
O Senhor pode dirigir algumas famílias a manter uma
reuniã o de pregaçã o do evangelho informal em uma das
casas. Outros podem ser levados a convidar seus vizinhos
nã o salvos a uma casa para um momento de refrigério. Ao
fazer isto, nó s nã o devemos tentar converter os outros. Pelo
contrá rio, nó s devemos ministrar a salvaçã o aos nã o salvos
e ministrar Cristo para os crentes. Se nó s ministrarmos as
riquezas de Cristo aos outros, eles serã o incentivados a
buscar a Deus. É o Senhor que acrescenta pessoas à igreja.
Nossa intençã o nã o é converter; é ministrar Cristo como
vida para outros e lhes dar um testemunho da nossa
salvaçã o, do nosso amor para com o Senhor e da nossa
unidade. Nó s estamos aqui para ser um testemunho vivo
coletivo daqueles que vivem por Cristo e para Cristo.
Seguramente na restauraçã o do Senhor há a
necessidade dos presbíteros cuidarem da administraçã o da
igreja e tomar decisõ es de assuntos prá ticos como horá rios
das reuniõ es. Mas nem todo irmã o numa igreja local pode

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ser um irmã o responsá vel. Outras funçõ es, incluindo
ensinamento e exortaçã o, sã o urgentemente necessá rias
para a edificaçã o da igreja. Nó s precisamos pregar o
evangelho aos pecadores, e nó s precisamos compartilhar o
testemunho do Senhor com os cristã os. Os presbíteros nã o
podem fazer isto sozinhos. Todos os santos precisam tomar
o encargo de pregar o evangelho, espalhar o testemunho do
Senhor, e edificar os santos por meio da comunhã o. Se nó s
fizermos isto, a igreja crescerá , e a restauraçã o espalhará .
Por haver necessidade de muitas funçõ es diferentes,
deixemos de lado a idéia de liderança. Quer você seja um
líder ou nã o, isto nã o tem importâ ncia. O importante é que
você esteja disposto a pregar o evangelho, cuidar dos
outros cristã os e edificar os santos.

NENHUMA DIVISÃO, INDEPENDÊNCIA,


OU REBELIÃO

Como aqueles na restauraçã o do Senhor, nosso


espírito e nosso motivo devem ser puros, e nó s temos que
fazer todo o possível para evitar divisã o. A restauraçã o do
Senhor é uma questã o de Cristo e a igreja em unidade. Se
nó s formos divisívos, entã o nó s nã o somos para a
restauraçã o. Além disso, nó s nã o devemos agir
independentemente da igreja. Embora nã o haja nenhuma
necessidade de pedir a permissã o dos presbíteros para
funcionar e abrir sua casa, nã o seja individualista ao fazer
isto. Além disso, nã o seja rebelde, pois a rebeliã o mata o
nosso propó sito. Nã o há nenhuma sala para rebeliã o na
igreja. Os santos devem respeitar os presbíteros como
irmã os mais velhos na igreja e ter comunhã o com eles. Os
presbíteros nã o devem controlar os santos, mas os santos
devem estar dispostos a ter comunhã o com os presbíteros.

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Porém, nó s nã o devemos fazer da comunhã o uma questã o
de legalidade.

NÃO ENSINANDO DIFERENTEMENTE

Nó s vimos que os crentes nã o precisam ser os


mesmos em doutrina. Porém, em 1 Timó teo 1:3 Paulo
indica que nó s nã o devemos ensinar diferentemente. Isto
significa que nó s nã o devemos ensinar nossa doutrina
particular. Nó s nã o somos para nossa doutrina, mas para a
unidade da igreja em Cristo. Dezenas de casas podem ser
abertas pela pregaçã o do evangelho ou pela comunhã o, mas
nestas reuniõ es de casa nó s devemos todos ensinar as
mesmas coisas. Nã o use a reuniã o em sua casa como uma
oportunidade para ensinar sua doutrina particular. Nã o
ensine lavar os pés, uso do véu, ou certa visã o do
arrebatamento, mas ensine com respeito a Cristo e a igreja.

NÃO INSISTINDO EM NOSSA MANEIRA

Além do mais, nó s nã o devemos ter a atitude de que


a nossa maneira é a correta. Também, nó s nã o devemos
tentar ser minuciosos. Tudo o que você fizer, nã o rotule
como algo especial. Isto causa divisã o. Em 1 Coríntios 1:10
Paulo exortou os Coríntios para que fossem inteiramente
unidos no mesmo parecer. Nã o tenha a atitude de que todos
na vida da igreja devem tomar a sua maneira, e nã o insista
de maneira alguma. Por exemplo, há muitas maneiras para
dirigir de Anaheim para o Los Angeles. Embora algumas
maneiras sejam melhores que outras, aqueles que tomam a
melhor maneira nã o devem insistir que todos façam o
mesmo. Igualmente, na vida da igreja nã o devemos dizer
que nó s temos a maneira para ser espiritual, ser um, ou ser
edificado.

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AMANDO OS OUTROS

Além de todos os assuntos que nó s já abordamos,


nó s também precisamos mostrar a importâ ncia de amar
uns aos outros. Nó s precisamos amar todas as pessoas,
especialmente todos aqueles que confessam o nome do
Senhor Jesus. Se nó s nã o amamos todos os crentes, nó s
somos limitados e sectá rios. Nó s nã o só devemos amar
aqueles que sã o amá veis, mas especialmente aqueles que
nã o sã o amá veis. Em Mateus 5:46 o Senhor Jesus disse, “Se
vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa
tereis? Também nã o fazem os publicanos o mesmo?” Na
vida da igreja nó s devemos dar mais honra aos membros
menos dignos. De acordo com 1 Coríntios 12, as partes
menos dignas sã o mais necessá rias. Como um testemunho
vivo de Jesus e como um anti-testemunho para esta era, nó s
estamos aqui, nã o como parte do Cristianismo de hoje, mas
para Cristo e a igreja. Para isto, nó s precisamos amar uns
aos outros.

NUNCA FORMANDO UM PARTIDO

Na vida da igreja nó s nunca deveremos formar um


partido. Se a formaçã o de um partido é intencional ou nã o, a
existência de um partido na vida da igreja sempre será
prejudicial. Ao longo dos anos, eu nã o tive intimidade
especial com qualquer um dos irmã os. Tal intimidade no
Velho Testamento é tipificada pelo mel que conseqü en-
temente fermenta. Uma intimidade pessoal é algo da vida
natural. Entã o, nã o forme relaçõ es íntimas de acordo com
sua escolha natural. As irmã s especialmente têm que dar
devida atençã o a esta advertência, por elas serem emo-
cionais, é fá cil para elas terem “mel” nas suas relaçõ es com
os outros. Irmã s, nã o gastem tanto tempo com aqueles que

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35
vã o de encontro com seu gosto pessoal; pelo contrá rio,
tenha comunhã o com aqueles que diferem da sua escolha
natural. Se nó s formos pelo testemunho do Senhor, nó s nã o
teremos nada a ver com qualquer partido.
Se nó s praticarmos todos os pontos abordados neste
capítulo, a igreja crescerá e será edificada, e a restauraçã o
do Senhor se espalhará . Entã o a vida da igreja será um
testemunho vivo. Nas atividades nó s podemos ser diferen-
tes, mas em nosso falar de Cristo e a igreja nó s somos um,
nã o porque os presbíteros se empenham para tornar-nos
um, mas porque nó s somos para o testemunho da unidade
da igreja em Cristo. Um testemunho forte de Cristo e a
igreja derrotará o inimigo e pavimentará o caminho para o
Senhor Jesus voltar. O Senhor precisa de tal um testemunho
forte e vivo hoje. Isto depende de todos nó s. Nó s nã o
podemos falhar com Ele!

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PASTOREANDO OS SANTOS

CAPÍTULO 4

N ó s vimos que na vida da igreja nã o só há a


necessidade de presbíteros, mas também de
profetas, mestres, e os que exortam. Nosso
problema hoje é que o presbítero ocupa um estimado lugar
em nosso conceito. Irmã os que amam o Senhor e têm a
habilidade de fazer algo para a igreja têm no subconsciente
o desejo de ser presbítero. Nada me aborrece mais pelo que
tenho visto através dos anos do que ver em tantos irmã os
esta expectativa oculta de ser presbítero. Sim, em 1
Timó teo 3:1 Paulo diz que aquele que almeja episcopado,
excelente obra almeja. Mas o motivo deve ser puro,
completamente para o interesse do Senhor e sem ambiçã o
pessoal. Porém, alguns dos irmã os que querem ser
presbíteros sã o incentivados pela ambiçã o. Por isto, eu
tenho o encargo de mostrar que há muito mais na vida da
igreja do que presbíteros. No “hotel” da vida da igreja na
restauraçã o do Senhor há nã o apenas a “sala” de
presbíteros, mas também a de profetizar, ensinar, e exortar.
Nã o obstante, muitos irmã os se esforçam para entrar na
sala chamada “presbítero” e muitas irmã s querem entrar na
sala chamada “as irmã s líderes”. Mas nó s nã o temos tal
coisa como irmã s líderes. Eu nem mesmo gosto de ouvir
este termo ser usado. Todos nó s precisamos nos esquecer
de posiçã o e título. O Novo Testamento revela que além de
presbítero há muitas outras funçõ es que os santos podem
cumprir de acordo com o encargo deles.

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UM TESTEMUNHO E UM EXEMPLO

Eu agradeço o Senhor pelo testemunho e exemplo do


irmã o Eugene Gruhler. Embora ele nunca tenha sido um
presbítero e nem um líder entre nó s, ele pastoreava muito.
Ele funcionou desta maneira até o momento em que o
Senhor o tomou para Si. Durante os anos que ele esteve
conosco, ele convidou uma grande quantidade de irmã os e
irmã s para a sua casa. Todos os que gastavam tempo com
ele eram fortalecidos e edificados. Isto é o que a igreja
precisa hoje. Embora, o irmã o Gruhler nunca tenha se
sentado nas fileiras da frente, ele sempre estava atento para
os novos e os convidava para uma refeiçã o em sua casa na
primeira oportunidade. A igreja precisa de tal pastorear
hoje.

ESPIRITUALIDADE PRÁTICA

Em Shanghai as irmã s mais experientes exercitavam


cuidar de outros durante as reuniõ es. Percebendo que
muitos precisavam ser aquecidos e confortados, elas senta-
vam propositadamente pró ximo aos novos ou fracos para
ajudá -los. Se você sentar pró ximo de um irmã o mais fraco
na reuniã o, ele será grandemente ajudado.
Na vida da igreja nó s precisamos de “mã es e pais”
para cuidar dos filhos espirituais. A igreja precisa pasto-
rear; nã o precisa de irmã os e irmã s para reunir em grupos
especiais de acordo com suas preferências. Nã o é normal
“as mã es” abandonarem seus filhos espirituais e gastar todo
seu tempo em reuniõ es. Isso nã o é a vida familiar adequada.
Embora “as mã es” possam reunir algumas vezes, elas
devem gastar mais tempo cuidando dos novos, dos jovens e
dos fracos. Nó s precisamos de uma espiritualidade prá tica,

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nã o de uma espiritualidade teó rica. Se nó s tivermos tal
espiritualidade prá tica, nó s cuidaremos daqueles que nã o
estã o vindo à s reuniõ es da igreja.
Certas pessoas entre nó s afirmam que viram o
Corpo. O tempo provará se elas viram ou nã o viram o Corpo
de fato. Porém, nó s nã o deveríamos fazer tal afirmaçã o nem
deveríamos ter alguma confiança em tal afirmaçã o. Você
pode dizer que viu o Corpo, mas você pode nã o ter nada
prá tico. Se você viu o Corpo verdadeiramente, você se
preocupará com os mais fracos.

SEM DISTINÇÃO OU CLASSE ESPECIAL

Na vida da igreja nó s precisamos cuidar dos


pequenos, dos mais fracos e dos menos dignos. Nó s nã o
devemos fazer nenhuma distinçã o; os mais fortes nã o
devem formar uma classe especial segundo sua vontade. Se
os presbíteros têm consciência do fato de que eles sã o
presbíteros, entã o eles devem renunciar. Os presbíteros
devem considerar-se como irmã os simples. Esta é a razã o
de nó s nunca usarmos o termo “Anciã o” como título para
falar de um Anciã o fulano de tal. De certa forma, nó s nã o
devemos ter o conceito das assim chamadas irmã s líderes.
Sim, nó s temos líderes ambos na realidade e na prá tica, mas
nó s nã o devemos ter títulos ou a consciência de posiçã o. É
uma vergonha buscar posiçã o ou título na vida da igreja por
causa da ambiçã o!

SEM INTIMIDADE PRIVADA

Neste momento eu preciso falar uma palavra forte:


nunca tenha intimidade privada com qualquer um na vida
da igreja. Nã o importa quã o espiritual possamos ser, nó s
ainda estamos na carne e somos influenciados pela carne.

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Se nó s verdadeiramente somos pela restauraçã o do Senhor,
nó s temos que crucificar a carne e nunca permitir formar
uma intimidade privada. Eu posso testemunhar que eu nã o
tenho intimidade pessoal com ninguém. Embora eu
compartilhe sobre responsabilidade com certos irmã os, eu
raramente vou à suas casas, e eles raramente vêm à minha.
No lugar de amizade privada ou intimidade pessoal, deve
haver simplesmente o fato se sermos membros do Corpo.

MINISTRANDO VIDA E PASTOREANDO

A genuína espiritualidade é mostrada no ministrar


Cristo como vida para os outros. Um provérbio diz que a
alma generosa prosperará , e o que regar também será
regado (Pv. 11:25). A espiritualidade na vida da igreja nã o é
uma questã o de estar em certo grupo seleto; é uma questã o
de ministrar vida.
Novamente eu digo que há uma grande necessidade
de pastorear. Nã o espere que todos na vida da igreja sejam
um gigante espiritual. Pelo contrá rio, a pró pria vida da
igreja é uma grande família que inclui os avó s, jovens,
fracos, e até mesmo os doentes. Quando todos os santos se
preocuparem, nó s teremos uma vida da igreja maravilhosa.
Por favor, esqueça de presbitério e liderança e cuide das
necessidades prá ticas da igreja. Eu espero que muitos
tenham o coraçã o de cuidar daqueles que estã o
desanimados e nã o estã o reunindo. Ao menos, ligue para
eles e diga-lhes que você sente a falta deles e que espera vê-
los em breve. Até mesmo tal pastorear os ajudarã o mantê-
los na vida da igreja. Se nó s amamos a igreja, vamos mudar
nosso conceito com respeito à liderança e cuidarmos dos
membros do Corpo. Se todos nó s fizermos isto, que gloriosa
vida da igreja gloriosa nó s teremos!

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A FUNÇÃO DOS PRESBÍTEROS

Vamos considerar a funçã o dos presbíteros agora.


Atos 14:23 diz que o apó stolo Paulo e seus cooperadores
designaram os presbíteros em cada igreja, e em Atos 20:28
Paulo fala dos presbíteros da igreja em É feso como bispos.
As palavras gregas para anciã o e bispo, ou diá conos é
respectivamente presbyteros e episkopos. Títulos para dois
tipos de organizaçõ es — Presbiteriano sectá rio e Episcopal
— sã o tirados destas palavras gregas. De acordo com a
Bíblia, os presbíteros e os bispos sã o as mesmas pessoas. A
responsabilidade deles é supervisionar; nã o é fazer todas as
coisas prá ticas. Por exemplo, um presbítero nã o deve
passar o dia todo varrendo o estacionamento do local de
reuniã o. Além do mais, junto com a possibilidade dele até
mesmo de fazer alguma limpeza, ele deve supervisionar o
serviço de limpeza. Igualmente, os presbíteros devem
supervisionar o pastorear dos santos e assegurar de que
todos estã o sendo cuidados. Esta é maneira correta dos
presbíteros funcionarem como supervisores.
Porém, a responsabilidade principal dos presbíteros
é pastorear. Em 1 Pedro 5:1 Pedro refere-se a ele como um
presbítero (Gk.). Pedro era um presbítero em uma
localidade, visto que alguns daqueles endereçados na sua
Epístola eram presbíteros em outras localidades. O termo
“co-participantes” é muito significativo. Ele implica que
embora os presbíteros estejam em localidades diferentes,
eles devem trabalhar juntos uns com os outros como co-
participantes. Nó s estamos pastoreando um rebanho, nã o
muitos rebanhos, porque o Senhor Jesus tem apenas um
rebanho. Parte deste rebanho está em Anaheim, outra parte
está em Los Angeles, e ainda outra parte está em San Diego.
Os presbíteros em todas as igrejas sã o os co-participantes, e

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o Senhor Jesus é o Supremo Pastor. Pastorear é a funçã o
principal dos presbíteros.

APTO PARA ENSINAR

Para pastorear os santos, os presbíteros devem ser


aptos para ensinar. Ao pastorear outros por meio de
ensinar, nó s nã o devemos lhes dar conferências ou
mensagens. Pelo contrá rio, nó s damos edificaçã o e
instruçõ es nutritivas. Nó s podemos nã o ser eloqü entes, mas
ainda podemos nutrir outros por meio da instruçã o.
De acordo com Efésios 4, os pastores e os mestres
sã o uma ú nica categoria. Isto indica que qualquer um que
seja pastor também deve ser um mestre. Do mesmo modo,
um bom mestre também é um pastor. Porém, alguns
denominados mestres nã o sabem nada sobre pastorear.
Eles podem dar sermõ es, mas eles nã o pastoreiam
ninguém. Mas na Bíblia um pastor é um mestre, e um
mestre é um pastor. Da mesma maneira que uma mã e
pastoreia suas crianças alimentando e cuidando delas,
assim nó s também precisamos pastorear os filhos de Deus.
Por exemplo, alguns têm a necessidade de conhecer a base
da igreja. Para que eles fiquem claros a respeito da base da
igreja, alguém precisa pastoreá -los e ensiná -los. Quem fará
este trabalho? Todos nó s temos que nos levantar para fazê-
lo. Nã o importa quantos presbíteros nó s possamos ter, eles
nã o serã o suficientes para preencher a lacuna. Para o
pastorear, há a necessidade de todos os irmã os e irmã s
funcionarem.
Nó s ensinamos os outros pelo que fazemos.
Suponhamos que um irmã o novo sente-se pró ximo a você
numa reuniã o e nã o consegue achar o livro de Ageu. Ao
ajudá -lo achar este livro, você o ensina. Talvez outra pessoa
nã o esteja familiarizada com certo termo que é usado.

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Tendo comunhã o com ele, você pode ajudá -lo a entender o
significado deste termo. Isto é pastorear. Todos os fracos,
novos e os jovens precisam muito de tal ensino. Sempre que
alguém os ajuda dessa maneira, eles sã o edificados.
Conseqü entemente, por receber este tipo de ajuda, eles
também se tornarã o ú teis. Esta é a maneira de edificar a
igreja.
Nos capítulos anteriores, eu encorajei os santos que
abrissem as suas casas. Agora eu encorajo vocês a pasto-
rearem. Irmã s, algumas de vocês estã o no Senhor e na vida
da igreja há anos, e vocês assistiram a muitas conferências
e treinamentos. Seguramente vocês receberam algo do
Senhor. Agora é a hora de exercitar para usar a graça que
vocês receberam e o dom que foi dado a vocês para cuidar
dos outros.
A maneira para crescer nã o está em se reunir de
maneira seletiva; é pelo comer e trabalhar. Minha saú de
vem destas duas fontes. Eu como bem, e trabalho com cada
fibra do meu ser. Depois que eu trabalho, eu descanso.
Quanto mais eu trabalho, melhor eu descanso. Irmã s, eu
encorajo vocês a irem para os mais fracos. Se vocês fizerem
isto, as reuniõ es da igreja serã o cheias de alegria e gló ria.
Oh, quantos doentes, magoados e jovens precisam ser
cuidados! Como poderemos nos reunir e louvar o Senhor
pela nossa unidade se nó s nã o estivermos dispostos a
pastorear os santos? Sempre que eu ouço este tipo de
louvor, eu pergunto sobre os fracos e os jovens e quanto
à queles que nã o tem vindo à s reuniõ es. Eu quero saber
quem está cuidando deles. Nã o há nenhuma necessidade de
me dizer quanta unidade vocês tem. Se vocês se preocupam
com os mais fracos e os pastoreia, entã o a unidade de vocês
é genuína e prá tica. Eu agradeço ao Senhor que todos vocês
sã o para a restauraçã o do Senhor. Mas nó s ainda
precisamos ser para a restauraçã o de uma maneira prá tica.

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TRAZENDO DE VOLTA A OVELHA PERDIDA

Eu espero que nos pró ximos dias muitas ovelhas


perdidas sejam trazidas de volta. Eu ainda posso me
lembrar da preocupaçã o de minha mã e pelos seus sete
filhos. Sempre que um dos filhos estava muito atrasado,
minha mã e me dizia que eu nã o deveria ter paz ou descanso
até que este filho nã o estivesse em casa. Ela me dizia que se
eu nã o estivesse disposto a procurar meus irmã os e irmã s,
eu nã o os amava verdadeiramente. Entã o, eu tinha que ir
procurar o irmã o ou irmã que nã o estava em casa. Minha
mã e nã o aceitava nenhuma desculpa. No mesmo princípio,
como nó s podemos descansar, enquanto muitos dos nossos
irmã os e irmã s ainda nã o foram trazidos de volta à vida da
igreja? Você pode estar descansado, mas eu nã o estou,
porque eu estou preocupado por aqueles que nã o estã o
conosco.

TOMANDO A INICIATIVA

Em 1 Timó teo 5:17 Paulo fala daqueles que


presidem bem. Este presidir bem é como um pastor que
conduz um rebanho. Na vida da igreja há necessidade de
administraçã o, por exemplo, tomar decisõ es relativas aos
horá rios e dias das reuniõ es e de outros arranjos prá ticos.
Para isto, há a necessidade de presbíteros que façam um
bom trabalho e tomem a iniciativa. Uma vez que os
presbíteros tomam a iniciativa numa determinada questã o,
talvez quanto ao limpar o local de reuniã o, eles devem
abdicar e supervisionar o trabalho dos outros. Isto é neces-
sá rio para a vida da igreja adequada.
Primeira Timó teo 5:17 enfatiza que alguns presbí-
teros sã o melhores para presidir bem e que outros sã o
melhores para ensinar. Este verso diz que os presbíteros

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que presidem bem devem ser merecedores de dobrado
honorá rio, especialmente aqueles que se afadigam na pala-
vra e no ensino. Entre os presbíteros, alguns presidem bem,
e outros, ensinam.
Muitos de nó s precisamos tomar o encargo de ser
co-pastores e co-mestres com os presbíteros. Entã o a igreja
sustentará um testemunho forte para todo o universo. Se
nos esquecermos quanto à liderança e nos concentrarmos
em pastorear, o Senhor honrará o que nó s fizermos.

SOMENTE PARA A RESTAURAÇÃO


DO SENHOR

Nó s nã o estamos aqui por nó s mesmos, mas para a


restauraçã o do Senhor. Nó s nã o queremos corromper a
restauraçã o agindo de acordo com nosso sentimento
natural ou conceito natural. Nó s queremos ver a igreja
edificada de uma maneira pura. Para isto, nó s precisamos
que nosso coraçã o e todo o nosso ser seja dedicado para
pastorear os santos.
Eu posso testificar que meu coraçã o é somente para
a restauraçã o do Senhor. Somente a restauraçã o pode me
fazer feliz. Mas qualquer coisa que danifica a restauraçã o
me aflige profundamente. Todos nó s temos que estar
atentos contra o Diabo, a carne, e o ego sutil. Porque nó s
podemos ser danificados a qualquer momento, precisamos
estar atentos. Eu espero que todos vocês permaneçam na
restauraçã o do Senhor e que possamos nos ver uns aos
outros em gló ria no reino vindouro. Para estar na gló ria do
Senhor e no Seu reino, todos nó s devemos tomar a graça e
nã o repetir o dano causado pelo Cristianismo. Por amarmos
a Cristo e a igreja, nó s devemos tomar Cristo como nossa
vida prá tica e a vida da igreja como nosso viver prá tico.
Qualquer coisa que causa danos à restauraçã o nó s devemos

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abandonar. Na restauraçã o do Senhor nó s somos absolutos
para Cristo e a igreja.

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O TEMPERAR DO CORPO E O
CUIDAR DOS SANTOS

CAPÍTULO 5

N esta mensagem nó s consideraremos alguns


versículos em 1 Coríntios 12. No versículo 22 Paulo
diz: “Pelo contrá rio, os membros do corpo que
parecem ser mais fracos sã o necessá rios” Nó s podemos
pensar que os mais fortes sã o necessá rios, e que os mais
fracos sã o difíceis. Mas este versículo diz que os mais fracos
sã o necessá rios. Eles sã o necessá rios para a edificaçã o da
igreja. Na igreja local, entã o, há a necessidade dos mais
fracos.

O TEMPERAR DO CORPO

No versículo 24 Paulo nos diz que “Deus temperou o


corpo juntamente”. Para a edificaçã o do Corpo há a
necessidade do temperar. Para que Deus tempere o Corpo,
os membros mais fracos sã o necessá rios. A palavra de
Paulo aqui nã o só estava de acordo com a revelaçã o que ele
tinha recebido, mas também de acordo com a experiência
dele. Em sua experiência Paulo percebeu que Deus precisou
dos membros mais fracos para edificar o Corpo de Cristo.
Nó s podemos pensar que se todo membro da igreja em
Anaheim fosse um Pedro, um Paulo ou um Joã o, a igreja
seria maravilhosa. Talvez seria maravilhosa, mas nã o seria
temperada. Nã o seria equilibrada. O Senhor nã o quer uma
igreja que por um lado é extrema e por outro, dese-
quilibrada.

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EMBELECENDO OS MEMBROS
MENOS HONRADOS

Continuando o versículo 22, o 23 diz, “Aqueles que


nos parecem menos dignos no corpo, a estes damos muito
maior honra; também os que em nó s nã o sã o decorosos
revestimos de especial honra”. Se nó s considerarmos que
certo irmã o ou irmã é menos honrado, entã o nó s
precisamos revesti-lo com especial honra. Isto significa que
nó s precisamos revesti-los de beleza. Todos os mais fracos
sã o merecedores de nosso respeito porque eles sã o
necessá rios. Igualmente, todos os que aparentemente sã o
menos honrados precisam ser revestidos com maior honra.
Apó s estes membros serem revestidos com honra, eles
serã o mais atraentes.
Com o que nó s estamos revestindo os membros
aparentemente menos honrados? Nó s temos que revesti-los
com Cristo. De acordo com o livro de Ê xodo, o taberná culo
tinha quatro camadas de coberturas. Estas coberturas
tipificam Cristo. Além disso, todos os tecidos relacionados à
tenda da congregaçã o sã o tipos de Cristo em aspectos
diferentes. Para revestir os outros com Cristo, nó s
precisamos experimentá -Lo de uma maneira rica como
nossa veste, cobertura, e embelezamento. Entã o nó s
poderemos revestir nossos irmã os e irmã s com Ele.
Suponha que certa irmã seja inclinada a discutir com
seu marido. Além disso, suponha que seu marido um irmã o
na igreja, tenha um temperamento ruim. Aos seus olhos
estes irmã os nã o sã o tã o honrados. O que você deve fazer
com eles? Você deve desistir deles ou deve criticá -los? Nã o.
Se você for fiel para pastoreá -los, você os revestirá com
Cristo ministrando Cristo a eles. Ensinar esta irmã a
submeter-se ao seu marido nã o a ajudará . Ao falar com ela
sobre o seu há bito de discutir com o marido, você precisará

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do cuidado de Cristo. Você pode dizer, “Irmã , em nossa vida
diá ria nó s nã o devemos seguir somente o Senhor Jesus, mas
também viver por Ele como nossa vida. Se você discutir
com seu marido, você nã o estará vivendo por Cristo. Nossa
necessidade urgente hoje é viver por Cristo”. Talvez tal
comunhã o encorajará aquela irmã a orar para que ela possa
viver por Cristo. Ela pode pedir ao Senhor em sua oraçã o
que a ajude a viver por Ele ao tratar com seu marido. Por
este tipo de pastorear a irmã é revestida e embelezada com
Cristo. Cristo é ministrado a ela como o seu elemento de
beleza. Isto é o que significa revestir os menos honrados
com Cristo. Isto deveria ter lugar continuamente na
restauraçã o do Senhor. Por sermos instruídos em como
tomar Cristo como vida e como viver por Ele, nó s
superaremos nosso há bito de discutir eventualmente ou de
perder nossa paciência.

OS NOBRES E OS MENOS HONRADOS

No versículo 24 Paulo continua dizendo: “Nossos


membros nobres nã o têm nenhuma necessidade”. Aqueles
que sã o nobres nã o têm nenhuma necessidade e entã o nã o
requer qualquer cuidado especial. De certa maneira, nó s
podemos nos esquecer deles. Ambos os nobres e os menos
honrados sã o necessá rios. A diferença aqui é que os nobres
nã o têm nenhuma necessidade porque eles já sã o nobres.
Os menos honrados, ao contrá rio, precisam ser revestidos
com honra para que tenham mais nobreza.
Estes versículos falam de três tipos de membros: o
mais fraco, o menos honrado ou indecoroso e o nobre. Qual
tipo você é? De fato, nó s nã o podemos dizer se nó s somos o
mais fraco, o menos honrado, ou o nobre. Nó s nã o
deveríamos confiar em nossa auto-estima. Eu simplesmente
nã o sei que tipo de membro eu sou. Porém, eu posso

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discernir quando um irmã o está em falta de honra ou
nobreza. Como eu posso estar em paz enquanto meu irmã o
está em falta? Eu nã o devo estar em paz até que eu o revista
com Cristo. Se todos nó s praticá ssemos isto, quã o diferente
a vida da igreja seria!

A PROVA DA NOSSA ESPIRITUALIDADE

Nó s mostramos que no versículo 24 Paulo fala do


temperar do Corpo. Temperar algo é torná -lo equilibrado
tratando com os extremos. Por exemplo, nó s nã o podemos
beber á gua quente ou gelada demais. Mas se a á gua quente
for suavizada com á gua fria, a á gua chegará a uma
temperatura certa para beber. Nas igrejas locais há muitos
santos diferentes. Alguns sã o muito espirituais; outros nã o
sã o tã o espirituais. Os espirituais precisam ser temperados
com aqueles que nã o sã o espirituais. Entã o os espirituais
serã o espirituais de uma maneira adequada. Os mais fracos
sã o necessá rios para testar a autenticidade de nossa
espiritualidade. Irmã s, se vocês sã o verdadeiramente
espirituais e se vocês viram a unidade genuinamente, eu
lhes peço para irem para as irmã s mais fracas, menos
honradas e ver o que vocês podem fazer por elas. Vocês têm
tanto calor, mas elas sentem-se frias. Vocês sã o tã o
honradas, mas elas sã o menos honradas. Por elas estarem
totalmente sem honra, elas precisam ser revestidas por
vocês. Se vocês fizerem isto, vocês descobrirã o o que elas
precisam. No Corpo há a necessidade do temperar. Até
mesmo nossa espiritualidade deve ser temperada. Através
deste temperar, nó s descobriremos quã o genuína nossa
espiritualidade é na verdade. Nossa espiritualidade será
provada pelo temperar de Deus.
Nã o espere que todo santo na vida da igreja seja um
gigante espiritual. Esta nunca será a situaçã o da igreja. De

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acordo com a Bíblia, devemos ser temperados juntos, o
quente com o frio, e o espiritual com aqueles que nã o sã o
espirituais. Na vida da igreja adequada haverá sempre os
membros mais fracos, os membros menos honrados, e os
membros nobres. Nã o obstante, por sermos temperados
juntos, estas nã o sã o três divisõ es.

VIOLANDO O PRINCÍPIO DO CORPO

No versículo 24 Paulo também diz que Deus deu


muito mais honra à quele membro que está em falta.
Qualquer grupo dentro da igreja que afirma ser espiritual
sempre se desmoronará . Eu vi isto acontecer vá rias vezes e
em vá rios lugares. Em minha cidade natal, Chefoo, certo
grupo de irmã s pensavam ser elas as Madames Guyons de
hoje. Elas consideravam a si mesmas como as mais
espirituais, e tentavam ajudar os outros a serem iguais a
elas. Mas a assim espiritualidade denominada por elas era
anormal e danosa para o Corpo.
Quando o Irmã o Nee estava ministrando sobre a
questã o do Corpo em Shanghai, ele enfatizou a importâ ncia
de ver o Corpo. Certos cooperadores testemunharam
fortemente que eles tinham visto o Corpo. Porém, nenhum
deles se tornou uma ajuda real para o Corpo. Ambos as
irmã s em Chefoo e esses cooperadores em Shanghai
violaram o princípio do Corpo.
A cura de doenças ou danos em nossos corpos físicos
sã o substituídos principalmente pela nutriçã o. Suponhamos
que certa parte de seu corpo esteja ferida ou doente. Nã o é
possível alimentar somente esta parte do corpo. Pelo
contrá rio, você alimenta todo seu corpo, e esta parte do
corpo será curada. Nã o pense que o Corpo receberá algum
benefício se você selecionar e reunir alguns membros fortes
do Corpo. Nã o, o mais forte e o mais fraco precisam ser

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misturados juntos. Deus nã o põ e todos os fracos em um
grupo e todos os fortes em outro grupo; ao invés disso, Ele
os tempera misturando-os. Nã o é correto os fortes se
agruparem.
Se os fortes se agruparem, o resultado será divisã o.
De acordo com os versículos 24 e 25, Deus tempera o Corpo
de tal forma para que nele nã o haja nenhuma divisã o. Se os
ombros fossem reunidos, haveria uma divisã o no Corpo.
Embora você possa nã o ter nenhuma intençã o de danificar
o Corpo, você frustrará o crescimento do Corpo se você se
reunir com os mais fortes ou os mais espirituais.
O versículo 26 diz, “Se um membro sofre, todos os
membros sofrem com ele; se um membro é honrado, com
ele todos se regozijam”. Um membro sofrendo no Corpo
nã o deve ser deixado sozinho. Pelo contrá rio, o Corpo com
todos os membros têm que suportar o sofrimento junto
com este membro.
O Corpo de Cristo nã o é edificado somente com
gigantes espirituais. Pelo contrá rio, o Corpo é edificado com
todos os membros — os nobres, os menos honrados, e o
mais fracos. Porém, isto nã o significa que todos os
membros diferentes sã o organizados em grupos distintos.
Nã o, todos estã o juntos e misturados de forma que o Corpo
possa ser temperado. Quando nó s somos temperados, os
menos honrados sã o misturados com os nobres, e os mais
fracos sã o nutridos pelos mais fortes. Entã o nó s temos o
Corpo.

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CUIDANDO DOS SANTOS

Nó s nunca deveríamos nos considerar espirituais ou


ostentar aquilo que temos visto. Aquelas irmã s em Chefoo
que afirmavam ser as Madames Guyons de hoje nã o eram
de fato espirituais. Igualmente, os cooperadores em
Shanghai que afirmavam terem visto o Corpo, de fato, nã o
viram muita coisa. Freqü entemente nossa estimativa de nó s
mesmos nã o é precisa. Por causa disto, nó s nã o deveríamos
nos classificar. O que quer que possamos ser, nó s
precisamos ter comunhã o com os santos e os pastorear. O
melhor que você pode fazer é tomar o encargo de cuidar
dos santos. Ao cuidar dos outros, você será testado. Quando
você contatar os fracos, você nã o apenas descobrirá como
eles estã o, mas também como você está . Antes de contatá -
los, você pode pensar que é correto, que você conhece
Cristo e a igreja, e que você é totalmente para a restauraçã o
do Senhor. Mas através do seu contato com os mais fracos,
você poderá descobrir que nã o tem nenhum alimento para
alimentá -los, nenhum remédio para curá -los, e nenhuma
roupa para vesti-los. Em outras palavras, você será exposto
e perceberá que o que você mais tem é vaidade.

ADMOESTANDO OS INSUBMISSOS

Primeira Tessalonicenses 5:14 diz, Exortamo-vos,


também, irmã os, a que admoesteis os insubmissos, conso-
leis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longâ nimos
para com todos”. Este versículo descreve a vida da igreja.
Na vida da igreja os insubmissos sã o necessá rios
para provar a nossa paciência. Por isso, nó s precisamos
louvar o Senhor pelos insubmissos. Nó s temos dito para
que admoestem aqueles que sã o insubmissos. Isto é muito
difícil. Se você os advertir muito severamente, eles poderã o

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ficar revoltados e até brigar com você. Admoestar os
insubmissos requer muita oraçã o, experiência, e exercício
do espírito. Sempre que eu tenho que advertir os insub-
missos, eu tenho a sensaçã o de que eu estou caminhando
em gelo fino em cima de um rio profundo. Nã o é uma
questã o simples de se ter na vida da igreja. Se nó s nã o
prestarmos nenhuma atençã o aos insubmissos entre nó s,
Deus enviará mais deles para mostrar-nos que nó s nã o
podemos ignorá -los. De acordo com 1 Tessalonicenses 5:14,
nó s temos que adverti-los. Os insubmissos seguramente
expõ em como nó s estamos.

CONSOLANDO OS TÍMIDOS

Primeira Tessalonicenses 5:14 também fala do


tímido ou desanimado (Gk.). Pelo fato de alguns nascerem
com uma alma tímida, eles sã o facilmente ofendidos,
desapontados, ou desanimados. Outros, pelo contrá rio,
nasceram com uma alma extrovertida e podem resistir a
muito tratamento. Aqueles com uma alma tímida nã o
podem suportar qualquer coisa. Cedo ou tarde na vida da
igreja, você conhecerá alguns irmã os e irmã s que têm almas
tímidas. Se nã o houvesse este tipo de pessoa na igreja, a
Bíblia nã o falaria de consolar ou confortar as pessoas
tímidas. O que você fará com eles? Você nã o pode
negligenciá -los. Se você tentar evitá -los, o Senhor
acrescentará muito mais iguais a eles. Os tímidos sã o
necessá rios para os mais fortes.
Pelo fato desses irmã os e irmã s tímidos nã o
poderem resistir ao sofrimento, nó s precisamos confortá -
los. Nó s precisamos falar com eles de uma maneira muito
amá vel para evitar ofendê-los. Se um irmã o vem a você
aborrecido porque a esposa dele está chateada, nã o diga
muita coisa a ele e nem discuta com ele. Pelo contrá rio,

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diga-lhe que você orará por ele. Em vez de argumentar com
os desanimados, você deve confortá -los. Argumentos
somente os ferirã o. Nossa habilidade para confortar tal
pessoa depende completamente do quanto nó s
experimentamos de Cristo. Se você experimentou Cristo
como o altar de incenso, você poderá dizer ao irmã o
desanimado que Cristo hoje, nosso Sumo Sacerdote está
intercedendo por ele e pelos seus problemas. Desta
maneira, você ministra Cristo a ele. Nã o tente confortar o
irmã o desanimado com meras palavras humanas, mas
conforte-o com o Cristo que você experimentou em vá rios
aspectos. Quando uma pessoa desanimada for nutrida com
Cristo, ela será confortada. Vamos aprender a confortar os
desanimados com Cristo.

SUSTENTAR OS FRACOS

Em 1 Tessalonicenses 5:14 Paulo também nos fala


para “sustentar os fracos”. Para apoiar o fraco, ou débil, nó s
precisamos experimentar Cristo como as tá buas, as colunas
e as bases do taberná culo. Os fracos, por nã o serem
constantes, precisam de Cristo para ser suas tá buas, suas
colunas e suas bases. Tal Cristo os tornarã o fortes e os
colocarã o de pé.

LONGÂNIMOS COM TODOS

Finalmente, Paulo nos diz para que sejamos


longâ nimos com todos os homens neste versículo. Advertir
os insubmissos, confortar os insubmissos, e sustentar os
fracos requer paciência. Os insubmissos, os desanimados, e
os fracos esgotam nossa paciência natural. Portanto, para
pastorear tais santos nó s precisamos de Cristo como nossa
paciência.

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ESTIMULANDO, ÊXORTANDO, E RESTAURANDO

Hebreus 10:24 diz: “Consideremo-nos também uns


aos outros, para nos estimularmos ao amor e à s boas
obras”. De acordo com este versículo, nó s nã o deveríamos
considerar somente a nó s mesmos, mas uns aos outros.
Considere aqueles que estã o desanimados e nã o estã o
vindo à s reuniõ es. Se você os considera, visite-os ou pelo
menos telefone para eles, você os estimulará ao amor e as
boas obras. Tal estimular aumentarã o o amor mú tuo entre
nó s.
Hebreus 10:25 diz: “Nã o deixemos de congregar-nos,
como é costume de alguns; antes, façamos admoestaçõ es e
tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”. Este
versículo indica que nenhum de nó s deveria criar o há bito
de ficar longe das reuniõ es. Pelo contrá rio, como nó s vemos
que o dia está se aproximando, nó s precisamos exortar uns
aos outros.
Gá latas 6:1 diz que se alguém for surpreendido
nalguma falta, vó s, que sois espirituais, corrigi-o com
espírito de brandura; e guarda-te para que nã o sejais
também tentado, nó s precisamos restabelecê-lo com nosso
espírito. Este tipo de pastorear nã o somente deve ser feito
pelos presbíteros, mas por todos os santos. Se todos nó s
fizermos isto, a igreja crescerá .
Os de meia-idade cuidam da igreja diretamente
como o testemunho do Senhor. Pastoreando, tendo
comunhã o, ensinando, confortando, e sustentando os
outros, eles sustentarã o o encargo da restauraçã o do
Senhor hoje.

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